Membros de Honra Jorge Soto Postado Março 11, 2008 Membros de Honra Compartilhar Postado Março 11, 2008 PARATI-UBATUBA: EM BUSCA DA TRILHA PERDIDA A densa e espessa floresta engolia td, lentamente, apagando do mapa boa parte daquela vereda tropeira q outrora rasgara aqueles sertoes. Nao bastasse isso, o mato caído das fortes chuvas se encarregava de sepultar o q restava dela. Essas eram as atuais condicoes da "Trilha do Corisco", tb conhecida como "Corisquinho-Picinguaba" ou "Ubatuba-Paraty". Utilizada pelos locais pra se deslocar ate o Engenho da Fazenda, este caminho colonial menos conhecido q fora utilizado à exaustão ate a construção da Rio-Santos hj se encontrava em pleno desuso. Contudo, foi o mesmo espirito desbravador dos antigos colonizadores q nos levou a explora-la este ultimo feriado. Assim, em 3 arduos dias e emendando tb o Pico do Cuscuzeiro, trouxemos à luz esta vereda esquecida no mato e no tempo. SUBIDA E PERRENGUE PELA SERRA DE PARATI 5 cansativas hrs foram necessarias p/ chegar em Paraty, após sair na alta madru paulistana. Entretanto, nem o atraso pela parada p/ trocar o pneu furado da Rê ou o tempo totalmente encoberto conseguiu abalar nossos ânimos. Assim, tomamos a rotatória na entrada da cidade e logo a estradinha de terra q nos levaria serra acima, no bairro do Corisquinho, q alcançamos as 10hrs. Breve lanche na mercearia local seguida da arrumação final das mochilas - na casa da simpatica Dna Neuza, q gentilmente cedeu espaço p/ deixar os veículos - e eis q por fim colocamos pé-na-estrada, dando inicio à nossa audaciosa empreitada, as 11:30. O grupo era composto pelo Ângelo, Rafa, Rê, Lu, Ana Lucia (a Lux), Paulinho, Rex, Marina e o Nemo. Mesmo heterogêneo sob tds aspectos, o grupo tinha apenas um objetivo... chegar ate Ubatuba. Assim q passamos pelo pto final de bus, a estradinha de terra continua serra acima, serpenteando pequenos sítios, sempre acompanhando o Rio Corisquinho, q marulha à nossa direita. A caminhada é puxada devido à inclinação, mas é constante por conta da nebulosidade e mormaço brandos. Aos poucos, as casas somem dos morros desnudos e adentramos no frescor da floresta, q alterna mata nativa c/ limoeiros, pés-de-jaca, bananeiras, fruta-do-conde, entre outras. Antes, porem, temos o ultimo vislumbre do selado q, em tese, seria nosso pernoite, à sudoeste; um estreito vértice forrado de vegetacao entre o Morro do Cuscuzeiro e o Morro do Corisco, guardiões imponentes da exuberante Serra de Parati. As 13hrs alcançamos o final da estrada e tomamos a picada à esquerda, indo de encontro a um belo riacho c/ vários poçinhos e minúsculas pererecas. O local é cênico e merece uma breve parada p/ abastecer os cantis, um rápido tchibum da Lu & Lux, e um tombo cinematográfico do Angelo. Atravessado o rio, o caminho bordeja um ombro de serra, pela esquerda, e cruza + dois córregos, sempre subindo sinuosamente em meio a mata. Mas antes de cruzar o 3º córrego, tomamos uma discreta picada q sai à esquerda e adentra de vez em espessa floresta. Daqui em diante é preciso subir devagar pq requer mta atencao; a trilha é confusa e a mata parece esconde-la à menor distração. Ignorando um trilho perpendicular, a pernada continua floresta adentro mas não dá nem 100m ate esbarrar numa enorme qtdade de mata tombada, carregada por pesadas arvores moribundas, ocluindo a trilha de forma consideravel. Aqui começaram nossas dificuldades. Eu e o Ângelo buscamos a continuidade da mesma, s/ sucesso, daí decidimos subir lentamente a encosta, tateando por pirambas menos íngremes e fechadas pela mata, na esperança de interceptar a trilha + acima. E la fomos nos, galgando lentamente encostas e ombros de serra perpendiculares, sempre forradas de espessa mata. Apesar de dificil e cansativo na maior parte do tempo - c/ direito a muito sobe-desce beirando abismos por tapetes de folhas e troncos podres q se esfarelavam ao menor toque ou perigosas pedras escorregadias nos trechos + úmidos - a água esteve sempre presente, fosse na forma de discretos filetes nos pequenos vales ou despencando na forma de majestosas cachus por enormes lajotas verticais montanha abaixo. O melhor era constatar o astral positivo de tds, não dando margem à desânimo de qq espécie, onde as risadas das piadas do Rex e Paulinho rompiam o silencio constantemente, abafando até o canto metálico das arapongas. Outro destaque foi o espírito de equipe; enqto uns abriam caminho, os demais se ajudavam mutuamente nos trechos + delicados. As horas foram passando, mas estávamos convictos q uma hora a trilha seria interceptada no selado, na crista da serra, ate pq já havíamos avançado bastante pelo nosso "atalho", s/ nenhum sinal dela ate entao. Não nos restou opção senão continuar varando mato pela encosta ate chegar lá. Contudo, há uma diferença entre querer e poder; nosso ritmo era lento naquelas condições adversas, diluindo a certeza de nosso local de pernoite. Como se não bastasse, começou a chover. Dizem q rir é o melhor remédio, e era o q td mundo se esmerava em fazer. Só restava saber se o riso era de nervoso ou pelas piadas da galera. O tempo parecia voar e p/ não ter de descer ate um vale transversal fundo, bordejamos a montanha (sempre) pela esquerda, subindo lentamente encostas menos íngremes e varando bambuzais secos menos espessos ate atingir um ombro de serra razoável, em cima de uma enorme pedra q formava uma mini-toca em sua base. Foi ai q eu e o Rafa nos adiantamos p/ ver o qto faltava p/ selado apenas p/ constatar o óbvio, ou seja, q não chegaríamos la c/ o resto de luz natural disponivel. Decidimos estacionar num calombo daquele estreito ombro de serra, à beira de um enorme paredão vertical de pura rocha, q era efetivamente o local "menos pior" dali, as 18:30. Mas como acomodaríamos 10 pessoas ali c/ menor desconforto possível, já q não havia espaço p/ barraca alguma? Bem, eu e a Lu montamos nossas redes s/ dificuldade em meio ao arvoredo; Ângelo, Lux e Rafa bivacaram entre voçorocas de grossos bambus, e o resto limitou-se a jogar o isolante por cima de uma lona no chão folhado, e se acotovelar na parte menos inclinada daquela enorme piramba. Pensando bem, tds deram um jeito. O q não faz a necessidade... A chuva havia cessado e assim q escureceu preparamos nossa janta, p/ depois jogar conversa fora ou apenas admirar os enormes vagalumes faiscando ao redor. As 22hrs o cansaço chegou implacável e as gargalhadas e cochichos foram substituídas pelo som arranhado das cigarras, do insistente toc-toc de um pica-pau maroto e do hipnótico marulhar de um curso dágua correndo nas proximidades. Mesmo esfriando consideravelmente durante a noite, dormi muito bem na rede não fossem inconvenientes pernilongos zunindo na orelha. Mas dos males, esse era o menor. O MARCO DA DIVISA E ATAQUE AO CUSCUZEIRO Levantamos assim q o dia irrompe, as 7hrs, iluminando nosso arremedo de acampamento - q parecia uma sucursal pobre do MST - p/ partir as 9hrs após farto desjejum e alguma enrolacão. Uns reclamam da noite mal dormida, principalmente a Marina, q por pouco não deslizou p/ cima do Nemo, q lamentou isso não ter ocorrido. Por sua vez, a manha não esta nada promissora, mas ainda assim temos q dar continuidade à nossa incursão pela encosta da montanha (no caso, o Cuscuzeiro) no exato momento em q os primeiros pingos começam a cair sobre a gente. S/ pressa alguma, perdemos altitude a medida q contornamos a serra, já avistando a proximidade da copa de arvores q deduzimos ser uma das extremidades do tao almejado colo de serra. Apos descer cuidadosamente uma piramba, alcancamos um terreno q logo nivelou. Largo e plano, estávamos nos limites da larga crista q unia o Cuscuzeiro e o Corisco. Caminhando agora s/ maiores dificuldades, desviando de cursos dágua, arbustos ou arvores maiores (inclusive bananeiras), não foi nem começar a procurar q nos deparamos c/ trilha q havíamos perdido o dia anterior! Desnecessário dizer a alegria indescritivel q tomou conta de tds, principalmente pela garantia de rumo certo a partir dali, ate pq cogitávamos retornar ao bairro caso não encontrássemos a dita cuja. Logo adiante, as 10:30, topamos c/ o marco referencial q, datado de 1957 e c/ td sua superfície de cimento coberta de musgo e limo, sinalizava laconicamente a divisa dos estados de SP-RJ a exatos 740m, de acordo o altímetro da Rê. A trilha agora era óbvia, c/ uma discreta ramificação subindo a encosta à nossa esquerda, provavelmente indo de encontro ao topo do Cuscuzeiro. Como ainda estávamos dentro do nosso cronograma, deixamos as pesadas cargueiras ali c/ a Rê e o Rafa (q optaram ficar no marco) enqto o resto foi ao ataque da montanha, as 11hrs. A subida realmente começou bem forte, c/ uma media de 50º de inclinação, exigindo constante uso das mãos p/ agarrar qq tronco, bambu ou mato confiavel disponível. Isso s/ contar no chão escorregadio, ora por estar besuntado de lama ou forrado de folhas úmidas. Porem, um tempo depois a picada nivela num ombro de serra onde havia vestígios de um acampamento, aparentando continuar adiante. Mas não, tome à esquerda q a trilha logo surge subindo suavemente esse mesmo ombro de serra, marcada por fitas em td sua extensao. Aqui as meninas toparam c/ uma jararaca amarela no meio da trilha, mimetizada numa inofensiva folha caída q passou desapercebida aos primeiros da fila. Mas td q é bom dura pouco, pois a pernada volta a subir p/ valer, c/ direito a mta lama e ardilosas raizes brotando do chão úmido servindo de escadas. Comeca a chover bem forte, mas por sorte, o grupo estava decidido e atingir o topo era apenas questão de tempo. Assim, após um ultimo trecho tomado de bambuzinhos e carafás q insistiam em se agarrar no corpo p/ atrasar nosso avanço, atingimos os 1240m do alto do Cuscuzeiro as 12:30. O topo aparentemente não é lá essas coisas; tomado por espessa vegetação, não teríamos vislumbre de nada pq o tempo tb não estava cooperando. Entretanto, uma rápida exploração do Ângelo indicou uma trilha q continuava pela crista e se estendia, a sudeste, ate as montanhas sgtes, inclusive o Morro da Forquilha. No caminho, um pequeno platô c/ lugar disponível p/ acomodar algumas barracas já é dica segura p/ futuras explorações e, quem sabe, de uma nova travessia ainda a ser desbravada. A chuva havia dado trégua ao retornar no marco da divisa, as 14hrs. Assim, retomamos a trilha principal meia hora depois, após um descanso e lanche merecidos. Agora descíamos a serra devagar e c/ cautela, prestando atenção p/ não perder a picada novamente, pq mesmo perdendo pouca altitude a floresta parecia tornar-se cada vez mais densa e exuberante, c/ enormes exemplares de jequitibás, jatobás, jacarandás e figueiras de troncos colossais. Esse ritmo manso so foi desrespeitado num trecho repleto de vorazes formigas q nos obrigou literalmente a correr trilha abaixo. Mesmo assim, após cruzar 2 pequenos riachos e sempre atentando à marcação nas arvores, não tardou p/ picada desaparecer na mata, nos obrigando varias vezes a retornar ao pto anterior e buscar algum vestígio da mesma. De fato, esta travessia requer noções precisas de navegação, alem de bom "farejo de trilha", coisa q o Ângelo e o Rafa tinham de sobra. Ainda bem. O tempo foi passando e um negrume tomou conta do céu, anunciando suas más intenções. Exaustos, as 18:30 encerramos nosso expediente numa curva de encosta menos inclinada e c/ alguns locais razoáveis p/ pernoite (na trilha mesmo), no exato instante em q os pernilongos endoideceram. Uma forte chuva cai logo depois, mas por sorte já estávamos devidamente instalados, a exatos 420m. Ninguém bivacou pq desta vez deu p/ acomodar as barracas. Na sequencia, preparamos a janta ou apenas mastigamos bolachas e sandubas, pra depois nos encasularmos em definitivo. La fora, por sua vez, a chuva tamborilava incessantemente o sobreteto de nossas aconchegantes tendas. DESCENDO ATE O SERTÃO DA FAZENDA O domingo amanheceu chovendo de leve, mas quem nos acordou mesmo foi o Rafa, as 7hrs, q tava ansioso p/ chegar em sampa. Aparentemente tds conseguiram descansar, c/ poucas queixas do povo: mesmo c/ o saco-de-dormir parcialmente molhado, dormi s/ dificuldades; já a Lu encanara c/ varias picadas dos mosquitos no seu semblante. Num piscar de olhos havíamos arrumado td, colocando o pé-na-trilha p/ terminar de vez aquela aventura. Dessa forma, fomos perdendo altitude na mesma medida em q vencíamos a trilha, boa parte dela se debruçando pela encosta forrada de espessa vegetação, onde os obstáculos comuns eram pirambas lamacentas e escorregadias, riachos despencando serra abaixo ou arvores enormes repletas de cipós tombadas q deviam ser contornadas. Eventualmente a mata permitia frestas q possibilitassem algum vislumbre da paisagem, sempre tendo algum rio audível nalgum vale escondido na mata, à nossa esquerda. Qdo a trilha sumia, nos separávamos em grupos ate encontra-la, e assim foi nossa rotina por quase td manhã. Nosso avanço era lento, porem respeitável, ao som da algazarra das jacutingas e corocochós. E, claro, c/ muitos capotes e escorregões. Foi ai q o sol resolveu nos brindar c/ sua luz, iluminando os horizontes descortinados em meio ao arvoredo. Mas qdo a trilha parece nivelar e seguir sinuosa pela mata, eis q surge um novo desbarrancado a ser transposto, q nos forca a subir e descer abruptamente os metros sgtes. As 11:40 a trilha nivela e desce suave em definitivo, passando por amplos e largos colos de serra, ótimos p/ eventual pernoite, tds na cota dos 240m. Aos poucos, nos aproximamos do imponente e caudaloso Rio da Fazenda, cujos rugidos em seus trechos mais encachoeirados já nos acompanhavam a um tempo. Por fim, na altura dos 150m a trilha torna-se um caminho batido e obvio, ladeado de muita vegetação marcada p/ fins cientificos, sinal definitivo q estávamos próximos da civilização. Dito e feito, as 13:30 encontramos um casal de jovens pesquisadores confirmando isso, e 10min depois alcançamos o rio num trecho repleto de plácidos remansos, piscinoes e pequenas cachus, onde tivemos merecido e demorado tchibum, fechando com chave de ouro nossa trip. Foi ai q reparamos q havíamos trazido a tiracolo imigrantes ilegais.. carrapatos! Revigorados, continuamos o restante da pernada na total descontração, desimpedidamente. Após uma pequena represinha ladeada por pés-de-jaca, a trilha deu lugar a uma pequena estrada, q por sua vez caiu na simpática "Casa de Farinha", antigo engenho de cana e alcool transformado em engenho de farinha de mandioca, utilizado pela comunidade caiçara no entorno do pq, localizado no sertão da praia da Fazenda, sede do Núcleo Picinguaba em sp. Pausa p/ cliques e compra de farinha torrada fresquinha c/ seu Pedro, um velho caboclo q apenas endossou q a picada estava em total descaso. "Esse caminho já ninguém mais usa pq o povo daqui prefere pegar ônibus! Mas as vezes aparecem alguns 'esportistas' q chegam ate a metade e voltam!" disse ele, surpreso ao saber q vínhamos do outro lado da serra por um caminho q nem ele mais percorria. Os 4km de estrada de terra sgtes passaram desapercebidos, ate q chegamos no pto de bus às margens da Rio-Santos, as 16hrs. O coletivo não tardou em passar e logo nos deixou na divisa, em Camburi, onde imediatamente tomamos o outro q nos deixou na rodoviária de Paraty, as 16:45. Lá aguardamos a Marina, Rê e Rafa, q foram ao Corisco buscar os veículos, retornando apenas às 18:30, onde finalmente comemoramos num boteco o sucesso de nossa bela empreitada e quase 30km percorridos. Nos despedimos emocionadamente, prometendo futuros perrengues e cada carro voltou p/ Terra da Garoa c/ seus respectivos passageiros, onde chegamos por volta de meia-noite. Chegamos moídos, picados, cansados e ralados. Mas e daí? Melhor de td eram as emoções ainda frescas - à flor da pele até - daquela trip num local, paradoxalmente, tao proximo de um gde e conhecido cto urbano mas igualmente tao inóspito e selvagem. Um local onde fazia muito tempo q as bromélias não sentiam presença humana. Bem, depois de tanto tempo abandonada, espera-se q mais "esportistas" retomem a trilha do Corisco. Mas não so pelo prazer do desafio em palmilhar caminhos menos conhecidos, e sim p/ ajudar a preservar e manter um pedaço esquecido de nossa historia. E assim, fazer c/ q esta antiga vereda torne a ouvir pegadas castigando seu chão úmido por mais e mais tempo. fotos da bodega http://renatamaciel.multiply.com/photos/album/167 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros claudio.gimenes Postado Março 19, 2008 Membros Compartilhar Postado Março 19, 2008 Sou um grande apreciador dos seus relatos e dos relatos do Augustus e fico impressionado com as suas narrativas, que demonstram, não só, conhecimento da palavra, como um vasto conhecimento na área de geografia e ciências biológicas, com descrições precisas do terreno e espécies animais e vegetais. De onde você tira essas trilhas doidas? Dessa eu já havia ouvido falar quando estive em itamambuca no início do ano. Parabéns por uma beleza de relato e caso você esteja precisando de um carioca bem rústico para te acompanhar numa dessas aventuras pode contar comigo, será um prazer ser personagem destas aventuras. Abraço Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros de Honra Jorge Soto Postado Março 19, 2008 Autor Membros de Honra Compartilhar Postado Março 19, 2008 Valeu ai, Beto.. a gente faz o possivel pra dividir infos e, principalmente, experiencia. O Augusto é parceiro esporádico de perrengues tb e manja bem do assunto. Alias, entra no link da minha assinatura q la tem meu contato pessoal, orkut, etc.. dai a gente troca idéia e te mantenho informado das proximas roubadas deste ano. Muitas, por sinal, em territorio fluminense. Abracao Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Mirtes ST Postado Janeiro 14, 2011 Membros Compartilhar Postado Janeiro 14, 2011 Eu e um grupo de trilheiros (9 ao todo) fizemos a trilha do Corisco em 01/11/2010. Pegamos o último ônibus p/Parati, chegamos de madrugada e de lá após um pouco mais de uma hora de espera na rodoviária, pegamos o 1º ônibus p/Bairro Corisquinho (por volta das 5h40) e descemos no ponto final. De lá foram mais 3 km até o início da trilha que foi de aproximadamente 20 km , cujo trajeto transpomos parte da Serra da Bocaina e Serra do Mar até alcançarmos a Casa da Farinha no Sertão da Fazenda (entre Picinguaba e Almada). Começamos a trilha po volta das 7h00 e foram 9 horas de caminhada com duas paradas p/descanso e banho no poço de um riacho. Da Casa da Farinha até BR 101, têm aproximadamente 3 km de estrada de terra. Fizemos todo trajeto da trilha com o guia e digo que foi um desafio para nós. (Obs.: são raros os guias que fazem essa trilha, portanto tomem precaução ao contratá-los, pois a trilha não é muito batida devido a falta de interessados em fazer o percurso, justamente pela logística que é complicada). Do BR 101 poderá pegar o ônibus p/Ubatuba ou p/Parati. Essa trilha faz parte das trilhas que compõem o Passaporte de Trilhas do Estado de São Paulo. Maiores informações e agendamentos poderão ser esclarecidos junto a administração do Parque Est. da Serra do Mar - Núcleo Picinguaba. 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros ju.preto Postado Fevereiro 19, 2012 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 19, 2012 Preciso de um HELP pois quero fazer essa trilha. Se vc puder me ajudar... Abs Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Mirtes ST Postado Fevereiro 19, 2012 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 19, 2012 Preciso de um HELP pois quero fazer essa trilha. Se vc puder me ajudar... Abs Que tipo de HELP, ju.preto? Gostaria que fosse mais objetivo, colocando em tópicos as suas dúvidas. No que for possível estarei respondendo. abs, Mirtes Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros ju.preto Postado Fevereiro 22, 2012 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 22, 2012 Então queria saber onde começa a trilha, se é necessario guia ou agencia de turismo e quais os perigos e dificuldades dessa trilha? Estou pretendendo ir no dia 9 pra Paraty somente para fazer a trilha... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Mirtes ST Postado Fevereiro 23, 2012 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2012 Então queria saber onde começa a trilha, se é necessario guia ou agencia de turismo e quais os perigos e dificuldades dessa trilha? Estou pretendendo ir no dia 9 pra Paraty somente para fazer a trilha... Então, Ju.preto....não tem nada demarcado p/fazer essa trilha. Até o monitor "mor" que nos conduziu com mais 2 auxiliares, tiveram dificuldades, devido ao mato fechado, (umas duas ou três vezes, eles pararam para verificar a autenticidade da trilha que estávamos, através de bússola. (mal tem sinalização de trilha - não é uma trilha pisoteada) e quando acha que está em alguma trilha, esta cruza por várias vezes, com trilhas de "intrusos do mato" (palmiteiros) dentro de um mato totalmente fechado. Por isso não aconselho a ida por conta.....sem dizer que serão 20 km de trilha + 3 km do bairro do Corisquinho (Paraty) até a entrada da trilha (esta estrada também possui bifurcações e não possui nenhuma sinalização para a trilha). Se vc. ler o relato de Renata Maciel sobre essa trilha (Multiply) que fez c/Jorge Soto (um dos mateiro "mor"), verá a dificuldade que eles tiveram(e olha que de mato, ele tem muuita experiência). Do marco divisório, eles desviaram para o Pico do Cuscuzeiro (uma rota diferente). Mas até o marco divisório, é uma trilha quase impercepctível. Segundo o monitor do Núcleo Picinguaba, no máximo forma-se uma turma por ano para fazer essa trilha (o que facilita a reconstrução do mato, anulando a trilha). a última turma que fez essa trilha gastou R$300,00 na monitoria (isso, mais ou menos a meio ano atrás - a turma deverá ter no máximo 10 pessoas) + as despesas de logística (carro p/levar a turma até o Corisquinho. Outra coisa.... a trilha acaba no Sertão da Fazenda(Ubatuba) e até a rod. Rio-Santos, terá que andar + 3 km para pegar um ônibus p/Ubatuba ou Paraty ou agendar alguma forma de resgate. A minha turma conseguiu cortar os 20 km em 9 horas, com apenas duas paradas, sendo que a metade do tempo, enfretamos chuva. Maiores detalhes e agendamento, entre em contato com o Parque Estadual Serra do Mar, Núcleo Picinguaba. Quem fez a monitoria para a nossa turma, foi Cristo. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros ju.preto Postado Fevereiro 23, 2012 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2012 Fantastico, mas pelo que vi eu e mais um amigo sofreríamos para fazer essa trilha... E é muita grana pra dividir em duas pessoas... Mas valeu pela ajuda... Consegui um contato de um guia... Vou verificar pra ver se vou mesmo... Td de bom Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros de Honra gvogetta Postado Fevereiro 28, 2012 Membros de Honra Compartilhar Postado Fevereiro 28, 2012 Olá Pessoal! Ju Preto, acredito que se tiver experiência em trilhas de selva, bom preparo técnico (orientação) e físico, com informações adequadas consiga fazer a travessia sem guias ou monitores apesar do Parque exigir oficialmente o acompanhamento de monitor credenciado. Naquela região tem muita gente que se oferece como "monitor", é credenciado mas cujo preparo não é dos melhores, então não confiaria muito. Eu andei por aquelas bandas sozinho em 2007 quando estive de férias na região, mas fiz apenas o caminho dos "esportistas" que o Jorge relatou: entrei pela estrada do Núcleo Picinguaba - Praia da Fazenda, Casa da Farinha, seguindo pelo sertãozinho até a picada sumir no mato, creio que uns 5-6 Kms depois da represa, vale e morro acima. Nas duas ocasiões tentei um vara-mato, até progredi bem no farejo da trilha mas o calor insuportável (fui no verão), os inúmeros barrancos lamaçentos e a falta de informações e preparo (inclusive físico na época, pois estava parado) me fez perder muito tempo e acabaram me levando de volta à Picinguaba e acabei não fechando a travessia. Um dia ainda volto lá, fora do verão, mais equipado e preparado e concluo aquela travessia. Abraço! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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