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Postado (editado)

Ola pessoal.

 

Este aqui é um relato da volta completa de Ilha Grande que eu e a Márcia fizemos na segunda semana de Janeiro/2008.

Caminhamos durante 11 dias, mas ficamos 2 dias na Praia de Parnaioca e mais 2 dias na Praia de Palmas.

O relato é muito longo e detalhado.

Coloquei também inúmeras dicas e informações úteis para quem pretende repetir essa caminhada.

Pegamos dias de muito Sol, mas quando estávamos saindo da Praia de Parnaioca choveu muito.

 

 

As fotos são mais de 500 e as dividi por dias.

De cada dia eu criei um álbum e acrescentei imagens do google earth com a trilha plotada, apesar de que a trilha é muito tranquila, sem problemas de navegação.

 

Eu e minha esposa Márcia coincidimos de em 2008 tirarmos férias juntos e para aproveitar melhor, resolvemos ir para Ilha Grande. Nossa intenção era conhecer todas as praias e como tínhamos mais de 2 semanas de férias, resolvemos dar a volta completa a pé por toda a ilha.

 

Saímos de São Paulo no Domingo (13/01/08) no ônibus das 21:00 hrs (ônibus extra, pois os outros horários estavam todos lotados), chegando em Angra ainda de madrugada e lá esperamos amanhecer para só então procurar uma padaria para tomar o café da manhã, pois nossa intenção era tomar a barca para Ilha só as 15h30min (único horário saindo de Angra dos Reis).

Existe a opção de pegar algum barco ou escuna no cais de Santa Luzia, mas tínhamos que pegar a Autorização na TURISANGRA para acampar na Praia do Aventureiro (exigem essa autorização na alta temporada).

Uma boa opção era pegar a Barca em Mangaratiba com saída para as 08:00 hrs, mas de novo o problema da Autorização.

 

 

# 1º dia (14/01) – Algumas praias de Angra dos Reis e chegada na Vila de Abraão

Fotos desse dia:

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Ainda na parte da manhã em Angra dos Reis, resolvemos conhecer algumas praias próximas ao Colégio Naval e lá fomos para o centro da cidade para pegar o circular Vila Velha que nos deixou pouco depois do Vila Galé Eco Resort (antigo Blue Tree Park).

Próximo ao Resort chegamos às praias do Tanguá, Tanguazinho e Praia da Gruta, sendo essas 2 últimas, desertas.

Como tínhamos muito tempo até as 15h30min, ficamos nessas praias cochilando, já que não dormimos quase nada no ônibus e pouco depois das 10:00 hrs voltamos para a estrada e fomos para o centro da cidade pegar a Autorização para acampar na Praia do Aventureiro.

Essa autorização se consegue na TurisAngra e lá fizemos o cadastro e tivemos que dizer em qual camping iríamos ficar e por quantos dias, pois existe um limite de campistas na praia.

 

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De posse da Autorização e depois de almoçado, seguimos para o cais onde a barca estava.

Saiu lotada e isso em plena Segunda-feira, levando cerca de 1h30min para chegar na Praia de Abraão.

 

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O que achamos engraçado foi que ao chegarmos em Abraão havia uma multidão que tomava conta de todo o cais.

Lembrava a Rua 25 de Março de São Paulo, em época de fim de ano.

 

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Tivemos até certa dificuldade para sair dali.

Depois disso fomos logo procurar o Camping do Bicão - já tínhamos lido ótimas recomendações do lugar e lá quem nos recebeu foi a Claudia - responsável pelo local.

 

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Não tínhamos feito reservas, mas encontramos o camping com algumas vagas.

 

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O lugar é bem tranquilo e sossegado com lonas azuis cobrindo todas as barracas, uma cozinha coletiva com fogão e geladeira e um banheiro de dar inveja.

A energia da Ilha é trazida por cabos submarinos vindo de Angra dos Reis que chegam até a distante Vila de Provetá (Praias do Aventureiro, Parnaioca e Palmas não possuem e nesses lugares só com geradores).

Naquela noite fomos conhecer a Vila de Abraão e surpreendemos com a quantidade de turistas estrangeiros, em sua maioria argentinos, chilenos e europeus em geral. Brasileiro mesmo estava em menor número.

A Vila de Abraão é bem urbanizada com inúmeros restaurantes, algumas padarias, mercearias, algumas lojas de roupas, campings e muitas pousadas.

Na Vila tem até uma antena da Vivo Celular.

Voltamos para o camping e após analisar as subidas e descidas que iríamos encarar no dia seguinte, resolvemos seguir no sentido anti-horário, o que no final se mostrou a melhor opção.

 

 

# 2º dia (15/01) – Saída da Vila de Abraão até o Saco do Céu, passando pela Cachoeira da Feiticeira

Fotos desse dia:

 

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Na manhã seguinte (Terça-feira) saímos do camping por volta das 10:00 hrs em direção ao Saco do Céu, pois já tínhamos a informação que no local se permite acampar em quintais de alguns moradores.

 

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Logo que saímos de Abraão já chegamos na primeira bifurcação (seguindo em frente chega-se na Praia Preta e Ruínas do Lazareto) e aqui pegamos a bifurcação da esquerda que passa pelo Poção e pelo Aqueduto (incrível ver como ele está intacto mesmo depois de uns 200 anos), aonde chegamos as 10h30min.

 

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Continuamos subindo e subindo, parando várias vezes para retomar o fôlego, pois estávamos com mochilas cargueiras cheias e assim que chegamos na altitude de pouco mais de 200 metros, a trilha começou a descer até chegar na bifurcação, à esquerda para a Cachoeira da Feiticeira - aqui encontramos uma pequena placa indicando.

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O início dessa trilha é bem íngreme e depois de uns 10 minutos de subida se chega em um local plano que tem uma descida à direita que leva até o rio dessa cachoeira.

Mais alguns minutos margeando o rio até chegar na cachoeira, juntamente com um grupo de umas 30 pessoas que tinham ido com um guia.

 

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Depois de aguardar algum tempo "na fila" conseguimos chegar perto da queda da água de uns 15 metros de altura e entrar embaixo para relaxar.

Tiramos algumas fotos e depois subimos por uma trilha à direita que leva ao topo da cachoeira e a um tobogã bem legal, que termina em um pequeno poço. Ficamos aqui por um bom tempo se divertindo escorregando pela pedra.

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Depois resolvemos que já era hora de irmos embora, pois tínhamos uma longa caminhada pela frente. Saímos de lá por volta das 13h20min e voltamos até a bifurcação na trilha principal e de lá seguimos em frente.

 

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Uns 10 minutos depois a trilha bifurca novamente e a da esquerda segue para o Saco do Céu e a da direita leva até a Praia da Feiticeira.

Queríamos conhecer a praia, por isso seguimos para a direita.

A trilha é bem demarcada e segue quase sempre no plano com algumas descidas leves e as 13:40min chegamos na praia.

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Logo que pisamos na areia um barqueiro já veio nos abordar para saber se queríamos retornar para Abraão de barco, pois em caso positivo seriam $10,00/pessoa.

Junto com a gente chegou também uma família com umas 8 pessoas e a cara do pai demonstrava que ele estava bem cansado - acho que o barqueiro conseguiu encher o barco.

A praia é deserta, com uns 50 metros de extensão, mas estava cheia de turistas.

Além de barqueiros que ficam no canto da praia aguardando quem queria voltar para Abraão, encontramos também uma vendedora de refri/cerveja e mais umas 15 pessoas que tinham desembarcado de uma escuna que estava na praia (com certeza essa é uma praia bastante visitada, para quem quer ir além da Praia Preta, que fica a poucos minutos de Abraão).

Saímos da Praia da Feiticeira pouco antes das 14:00 hrs e voltamos até o ponto onde a trilha se bifurca e ali continuamos na trilha principal.

 

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No caminho ainda encontramos um casal que voltava do Saco do Céu e perguntando para eles, vimos que não faltava muito, então resolvemos voltar alguns minutos até a bifurcação para a Praia do Iguaçú que tínhamos passado direto.

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Deixamos as mochilas escondidas na mata e pegamos uma trilha que começa a descer com trechos planos e outros com descida íngreme.

Uns 10 minutos depois, já perto da praia, chegamos em uma cerca e a trilha segue ao lado dela até a areia.

 

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O que encontramos é quase que uma praia particular. Aqui existe uma casa com um enorme quintal e apenas 4 pessoas na areia da praia. Tinha também uma familia de patos passeando na areia.

Mais fotos e voltamos para a trilha principal e continuamos seguindo passando agora pela Praia da Camiranga as 14h40min.

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Aqui já é considerado a Enseada das Estrelas, com as Praias da Camiranga, de Fora e Perequê.

 

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Seguindo pela areia da praia chegamos na Praia de Fora, onde a trilha agora sai da areia e segue pela mata - é bem fácil visualizar a entrada da trilha.

A partir daqui ela vai seguindo próxima aos quintais das casas e logo chegamos na Ponte sobre o Rio Perequê.

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Esse rio tem + - 15 metros de extensão, bem rasinho, mas cheio de pedras (aqui paramos por uns 30 minutos para comermos alguma coisa).

Seguindo a trilha ainda passamos ao lado de um pequeno bar e chegamos a uma região de mangue do lado direito.

 

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Aqui existem algumas pontes de madeira que cruzamos e uns 20 minutos desde o Rio Perequê chegamos em uma bifurcação com um extensa ponte de madeira do lado direito e uma trilha em frente.

 

Como não sabíamos qual era a trilha certa, seguimos em frente subindo, mas logo tivemos que voltar, pois ela terminava em algumas casas.

Voltando até a extensa ponte de madeira e seguimos para a direita, chegando no Saco do Céu com a trilha sempre se distanciando da praia e passando ao lado de alguns restaurantes com saída para o mar.

Aqui novamente a trilha segue próximo aos quintais e sem bifurcações.

Quando perguntamos da casa da Dona Nereide e Sr. Nanandez (tínhamos a informação que o casal permitia acampar no quintal da casa) disseram que ficava no final da praia, próxima a uma Igreja Católica.

 

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Chegamos na casa do casal por volta das 16:00 hrs e quem nos recebeu foi a D. Nereide (senhora muito simpática e atenciosa) que nos deixou acampar em um área de gramado bem ao lado da casa.

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Ela nos disse que até tentou colocar um camping no local, mas devido ao manguezal próximo, o Instituto Florestal proibiu.

Ela disse que só aceitava que montássemos a barraca para dormir, já que era proibido o camping e já que iríamos ficar só aquela noite, ela resolveu não cobrar nada.

Do lado de fora da casa existem 2 banheiros que provavelmente seriam do futuro camping e nos fundos da casa, o irmão de D. Nereide mantém uma criação de gansos e algumas galinhas. Montamos nossa barraca próxima a placa da Trilha T3 (do Saco do Céu até Freguesia de Santana).

O que atrapalhou um pouco foi o barulho dos gansos e galinhas, mas no geral, tivemos uma noite tranquila.

 

 

# 3º dia (16/01) – Saco do Céu até a Praia Grande de Araçatiba

Fotos desse dia:

 

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No dia seguinte (Quarta-feira) por volta das 07h50min nos despedimos da D. Nereide, agradecendo-a e seguimos em frente com a firme intenção de chegar na Praia Grande de Araçatiba.

 

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Aqui tínhamos 2 opções: a primeira delas seria pegar um atalho direto para a Praia do Bananal, subindo um morro de uns 250 metros de altitude, levando em média umas 2 horas até Bananal.

A outra opção seria seguir pela trilha principal até Freguesia de Santana e de lá chegar até Bananal.

Como tínhamos tempo de sobra para conhecer várias praias, resolvemos pela segunda opção (quem quiser seguir direto pelo atalho até Bananal é só perguntar para os moradores - todos sabem informar).

 

A trilha principal vai seguindo morro acima por uns 15 minutos e depois quando se inicia a descida, passamos ao lado de uma bifurcação do lado direito que leva até a Praia da Guaxuma.

Deixamos novamente as mochilas escondidas e fomos conhecer a praia que estava deserta (só encontramos alguns gansos passeando na areia).

 

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Ela está localizada em uma pequena enseada e ficamos só alguns minutos; logo voltamos para a trilha principal.

 

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Mais uns 10 minutos descendo pela trilha principal, chegamos na Praia do Funil (muito pequena), marcada por um campo de futebol do lado esquerdo.

Nesse local pudemos observar alguns fios de energia que vêm do continente e que chegam a Ilha próxima a essa praia (aqui existe uma divisão - uma parte dos fios segue para Vila de Abraão e a outra para a Vila de Provetá).

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Mais fotos e seguimos em frente e uns 10 minutos depois, por volta das 09h30min estávamos chegando na Praia do Japariz, muito usada por escunas que levam turistas para a Lagoa Azul (não muito longe daqui).

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No local existe um restaurante e em frente, um pequeno cais (trapiche) para atracar as escunas.

 

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Passamos direto pela praia e a trilha daqui para frente vai seguindo próxima do costão até Freguesia de Santana, aonde chegamos as 10h30min.

Aqui é um sucessão de 2 praias (Freguesia e Baleia).

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O que nos chamou bastante a atenção foram 2 teiús (espécie de lagarto) que estavam comendo 1 jaca no meio da trilha (engraçado foi ver os dois saírem correndo todo desengonçados pela trilha no sentido contrário).

 

Se distanciando da praia, a trilha segue por entre uma área de bambuzal, como se fosse uma espécie de túnel (muito legal) e as 10h40min chegamos na bifurcação para a Praia de Baixo e Praia da Grumixama.

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Desse ponto pudemos visualizar uma pequena parte da Lagoa Azul com suas inúmeras escunas (aqui ficamos um certo tempo admirando a paisagem, pois o local tem um visual muito bonito).

Pouco depois das 11:00 hrs voltamos para a trilha e iniciamos outra subida e descida de morro até chegarmos na Praia do Bananal Pequeno.

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Essa praia tem uma pequena faixa de areia monazítica e um único morador (Seu Zeca) e daqui já dá para ver quase todas as outras praias por onde iríamos passar. Seguindo por uns 10 minutos chegamos na Praia do Bananal, onde paramos embaixo de uma árvore para descansar e comer alguma coisa.

 

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Na praia existem algumas pousadas; quase todas pertencentes a japoneses e a trilha passa por detrás de quase todas elas.

Seguindo por outro morro acima, a trilha chega a + - 100 metros de altitude e depois disso descemos em direção a Praia da Matariz, aonde chegamos as 13h40min.

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A praia possui alguns bares e no final existe uma antiga indústria de pescado que funcionou a muitos anos atrás e logo que termina o muro da antiga fábrica, a trilha segue para a esquerda, atravessando mais um pequeno trecho de mangue.

Depois de atravessarmos uma pequena ponte de concreto, algumas casas aparecem à esquerda e à direita da trilha e quando íamos iniciar mais uma subida de morro, paramos para pegar água em uma bifurcação que sai à esquerda da trilha principal, já que nossos cantis estavam quase vazios.

 

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Com cantis cheios, iniciamos mais outra subida de morro, chegando a pouco mais de 100 metros de altitude e o que nos chamou a atenção foi uma enorme figueira que fixou suas raízes em cima de uma rocha (no local até existe uma placa indicando a figueira branca).

 

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Seguindo em frente, alguns trechos da trilha se abrem e é possível visualizar todo o mar ao redor e o continente.

 

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Às 15h15min chegamos em mais uma praia tranquila (Praia de Passaterra) e em mais uns 5 minutos chega-se na Praia de Maguariquessaba (aqui existem alguns bares e restaurantes e encontramos escunas atracadas na praia com vários turistas).

 

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Essas praias são muito bonitas, mas o problema delas é que a areia é muito fofa, o que dificulta muito a caminhada.

 

Mais uns 30 minutos de subida morro acima (seguindo os cabos de energia), passamos ao lado de um cafezal, onde alguns cachorros não nos deixaram em paz e queriam porque queriam que a gente brincasse com eles.

Nesse trecho existe uma bifurcação próxima a um bambuzal que leva até a pequenina Praia do Marinheiro, que é deserta e uma boa opção para acampar em selvagem só durante a noite (nem chegamos a ir até a praia).

 

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Às 16h20min chegamos em Sítio Forte, onde marca o fim da Trilha T5.

Essa praia possui imensos coqueirais, mas a região é de mangue, o que torna difícil aproveitar a praia (a areia é monazítica - um pouco escura).

Atravessando a praia e mais uns 15 minutos chegamos na Praia da Tapera, onde encontramos algumas lanchas e barcos atracados em frente.

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O início da trilha para a próxima praia (Ubatubinha) é um pouco mais confusa e para não tomar a trilha errada procure os cabos de energia elétrica que é por ali que a trilha segue. Nesse trecho de Tapera a Ubatubinha o visual que se tem é muito bonito (aproveitamos nas fotos).

 

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A praia de Ubatubinha tem uma imensa casa em frente da areia que possui até um pequeno trator (não deve ter sido fácil trazê-lo de barco até aqui).

Chegamos nessa praia pouco depois das 17:00 hrs e ainda tínhamos uma longa subida de mais outro morro pela frente e depois de atravessarmos toda a praia, caminhamos por mais uns 3 minutos e chegamos a um bambuzal, onde bem ao lado existe uma placa apontando Praia Grande de Araçatiba morro acima e foi uma longa e extenuante subida por mais de 200 mts de altitude.

 

Quando chegamos no topo, paramos para descansar e retomar o fôlego próximo de um pequeno riacho onde é possível se reabastecer de água (perdi meus óculos aqui e levou algum tempo até encontrá-lo) e daqui para frente a trilha seguia descendo até a Praia da Longa, onde chegamos às 18h45min.

Aqui também é um pouco difícil para encontrar a continuação da trilha para Araçatiba, mas é só perguntar para os moradores que eles indicam (novamente é só seguir os cabos de energia).

 

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A trilha, na verdade é um antiga estrada de pedras com uns 5 metros de largura e que segue morro acima (o último do dia, graças a Deus).

Assim que a estrada termina, a trilha continua subindo, mas pelo menos não foi tão extensa e por volta das 19:30 hrs chegamos nas areias da Praia Grande de Araçatiba.

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Ainda com Sol, seguimos pela areia da praia até o final dela, já que o camping onde iríamos ficar está localizado no outro extremo.

A praia é de areia muito fofa e muito extensa e só chegamos no camping as 20h20min, exaustos, mas satisfeitos pela longa caminhada de mais de 12 horas.

Uma coisa que nos chamou a atenção quando estávamos passando pela Praia Grande de Araçatiba foi termos encontrado algumas barracas no quintal de uma casa (pode ser que seja permitido acampar em alguns quintais e com a vantagem de ficar de frente para a areia da praia).

Já o camping onde ficaríamos (Camping Bem Natural) está localizado junto da trilha que segue para a pequena Praia de Araçatiba e com isso tivemos que atravessar toda a praia (não foi fácil).

 

Para se chegar no camping é só seguir a trilha no final da Praia Grande de Araçatiba e em + - 10 minutos haverá uma placa de identificação do camping à esquerda (aqui é só subir as escadas morro acima).

Aqui tivemos algumas decepções: ao chegarmos, uma mulher estava falando no telefone e pediu para a gente aguardar ela terminar a conversa e logo nos atenderia (p. sacanagem).

A outra foi quando perguntamos o valor do camping: ela nos disse primeiramente que era $45,00/pessoa e na mesma hora falamos que iríamos embora, mas aí a mulher (que não me lembro do nome) nos disse que esse valor incluía o café da manhã ($20,00) e o camping em lugar coberto ($5,00).

Dissemos que não queríamos nada disso e o valor ficou em $20,00/pessoa (só ficamos pensando que café da manhã é esse de $20,00 – deve ser só com produtos importados).

Perguntamos também sobre o valor do PF e nos disse que era $12,00, mas que faria por $10,00, o que aceitamos e combinamos que montaríamos a barraca primeiro e depois iríamos tomar banho e ela nos disse para fazermos isso em até 30 minutos, porque sua cozinheira estava indo embora.

Quando nós dois já estávamos tomando banho não é que a mulher veio bater na janela dos banheiros para a gente tomar banho mais rápido porque a comida já estava na mesa (e olhe que ainda não havia completado os 30 minutos).

É....decepção atrás de decepção, mas como já estávamos ali, deixamos para lá.

 

Naquela noite nem fomos conhecer a praia, pois estávamos bem cansados. Tínhamos a pretensão de ficarmos 2 dias no camping, para que pudéssemos visitar a Gruta do Acaiá, mas depois do que aconteceu, resolvemos ficar só aquela noite e seguirmos para a Praia Vermelha, logo na manhã seguinte. Outra coisa que nos chamou a atenção foi o tamanho da cozinha disponibilizada para os campistas (mini-cozinha), enquanto que o tamanho da cozinha para quem paga pelo café da manhã é enorme.

Uma sugestão que eu deixo aqui é tentar arrumar uma opção de hospedagem melhor (quintais de algumas casas ou pousadas mesmo, pois dependendo da época os valores de algumas são bem baixos).

 

 

# 4º dia (17/01) – Praia Grande de Araçatiba até a Praia de Itaguaçú, com Gruta do Acaiá

Fotos desse dia:

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No dia seguinte, quando já estávamos fazendo o café da manhã na mini-cozinha, um grupo de escoteiros estava por lá e comentaram que estavam indo visitar a Gruta do Acaiá também, mas saíram bem antes da gente (só os encontraríamos próximo da Gruta).

 

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Desmontada a barraca e mochilas nas costas saímos do camping às 09h40min em direção à Praia Vermelha, mas ao chegarmos na próxima praia (a de Araçatiba - conhecida também como Pequena Araçatiba ou Araçatibinha) vimos que o costão era muito propício para mergulho com mascara e snorkel (tínhamos trazido) e foi o que fizemos.

 

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Deixamos nossas mochilas em cima de algumas pedras e ficamos ali por quase 1 hora mergulhando (encontramos muito peixe palhaço).

 

Às 10h40min seguimos para a próxima praia e uns 15 minutos de caminhada já encontramos a bifurcação para a Gruta do Acaiá (à direita) e Praia de Provetá (à esquerda) onde planejamos chegar só no dia seguinte, pois nossa intenção agora era acampar na Praia Vermelha, devido a desistência da Praia Grande de Araçatiba.

A trilha para a Praia Vermelha segue próxima ao costão e com algumas subidas e descidas leves (me chamou a atenção 2 ou 3 casa semi-demolidas, próximas da trilha, à esquerda).

Às 11h10min chegamos na bifurcação para a Praia do Itaguaçú e uns 10 minutos depois na Praia Vermelha.

 

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Aqui é uma praia pequena com alguns restaurantes e bares junto da areia e perguntando onde existia um camping nos indicaram o de uma mulher que era a dona do restaurante, mas havia um problema: o banheiro do camping estava em reforma e o camping era uma casa onde as pessoas acampavam no quintal.

 

Resolvemos não ficar aqui e agora nossa alternativa era visitar a Gruta e seguir para a Praia de Provetá, praia esta onde havia um camping estruturado de frente para a praia (Camping da D. Cleuza).

Depois da desistência, deixamos nossas mochilas em um dos restaurantes e seguimos para a Gruta só com um pequeno cantil.

Saindo da Praia Vermelha o início da trilha para a Gruta é um pouco confuso (existem bifurcações que levam a algumas casas).

Tem uma pequena placa indicando a trilha, mas ela está um pouco escondida e a vantagem é que essas bifurcações estão ao lado de inúmeras casas, então é só sair perguntando se não encontrar a trilha certa.

 

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Da Praia Vermelha até a Gruta do Acaiá foram + - 1 hora de caminhada e o início da trilha é uma longa subida íngreme com a paisagem se abrindo conforme você vai subindo, mostrando todo o visual ao redor.

A trilha vai subindo até chegar + - 150 metros de altitude e sempre passando por áreas descampadas (aqui o Sol castigou muito nós dois).

Quando a trilha começou a se estabilizar já começamos a passar por áreas com mata fechada e desse ponto em diante cruzamos com os escoteiros que estavam no mesmo camping que a gente.

Diziam que estavam retornando da Gruta, mas não tinham entrado porque estavam cobrando $10,00/pessoa.

Tinham tentando até reduzir o valor, mas não conseguiram. O grupo era formado por umas 10 pessoas e com isso eu e a Márcia já pensávamos em gastar uns $20,00 reais.

 

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A trilha seguia com leve inclinação, passando por uma nascente do lado esquerdo e às 14:00 hrs chegamos ao portão de acesso da propriedade da Gruta.

Nessa entrada o portão estava fechado com cadeado e bem ao lado uma placa bem grande de “Propriedade Particular”.

Nesse momento 3 pessoas estavam saindo e com isso a senhora que cuida de propriedade pediu que fechássemos o portão com o cadeado.

Ainda caminhamos uns 50 metros até chegar a casa onde é feita a cobrança.

Lá a senhora queria cobrar $10,00/pessoa se quiséssemos visitar a gruta e conversa daqui e dali reduzimos o valor pela metade.

Bom para ambas as partes, ainda tínhamos que caminhar um pequeno trecho até a entrada da Gruta, passando antes por algumas casas e ficamos surpresos por ver como a entrada da gruta era bem diferente de todas as que conhecíamos.

É como se estivesse entrando num buraco no chão com algumas pedras em volta.

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Depois de conversar com senhor responsável por guardar a entrada, que não deixou de se certificar se tínhamos mesmo pago antes a senhora.

Iniciamos a descida por uma escada de madeira de + - 5 metros de profundidade e aqui uma lanterna é essencial, mas como não tínhamos, usamos a lanterna do celular.

 

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Conforme íamos descendo o buraco ia ficando mais estreito e apertado e só chegamos ao salão interno depois de passar arrastados por entre as pedras.

O salão é uma coisa magnífica e olhando para o fundo da gruta se vê uma luz azul ou verde fluorescente (depende da intensidade da luz solar), que na verdade é o sol que reflete no fundo do mar e aparece no fundo da Gruta.

O salão tem uma altura de pouco mais de meio metro e mais ou menos 20 metros de largura (isso foi até onde podíamos enxergar; talvez seja até maior que isso).

 

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Depois de se arrastar até próximo ao fundo da gruta chegamos a uma local até onde a água do mar chega e aqui ficamos por um bom tempo admirando o fundo da gruta com aquela luz fluorescente.

Desse ponto até a superfície do mar existe uma fenda submarina e somente com cilindro de oxigênio para atravessá-la.

Depois de sairmos da gruta ainda fomos conhecer o costão por onde começa a fenda submarina e por onde passa a água para o interior da gruta.

Aqui também é o local onde os barcos e escunas ficam ancorados.

 

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Pouco depois das 15:00 hrs iniciamos o retorno para a Praia Vermelha e depois de pegarmos nossas mochilas no restaurante seguimos para o camping da Praia de Provetá.

 

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No caminho ficamos pensando em outra alternativa: ficar em uma das casas semi-demolidas que encontramos pela trilha, próximo da Praia do Itaguaçú e nessa praia paramos um pouco para mergulhar nos costões, mas não ficamos muito tempo porque encontramos algumas águas-vivas na praia e logo seguimos pela trilha.

Cerca de 20 minutos depois já estávamos nessas casas semi-demolidas e chegamos a conclusão que ali era uma boa opção, pois água potável nós tínhamos encontrado alguns metros antes.

As casas haviam sido abandonadas há muitos anos, pois o mato tinha crescido em volta e tinha muito entulho ao lado.

Montamos nossa barraca na sala da antiga casa e bem ao lado de um dormitório onde tinham 2 morcegos.

Demos uma p. sorte, pois logo que montamos nossa barraca, começou a chover forte e foi assim o resto da noite.

 

 

# 5º dia (18/01) – Praia de Itaguaçú até a Praia do Aventureiro

Fotos desse dia:

 

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Logo pela manhã (Sexta-feira) acordamos com o dia nublado e as 08h20min seguimos pela trilha para a Praia de Provetá, mas como tinha chovido bastante a noite, ela estava um pouco escorregadia.

Ao passar pela bifurcação, a trilha vai seguindo por mais uma subida de morro até chegar a pouco menos de 200 metros de altitude e quando começamos a descida cruzamos com um rio onde paramos para tomar o café da manhã.

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Seguindo pela trilha o que não nos agradou foi que ao chegarmos próximo da Vila encontramos toda a mata ao redor desmatada.

É uma coisa que choca para quem só estava vendo mata fechada próximo das praias e antes de chegar lá, por pouco a Márcia não pisa em uma cobra que estava atravessando a trilha e pela cor e desenhos, parecia ser um filhote de jararaca (peçonhenta).

 

 

Fomos chegar na Praia de Provetá as 11:00 hrs e lá paramos para descansar ao lado da Igreja Assembléia de Deus (bem imponente e que se destacava), pois a Vila em sua maioria é formada por evangélicos.

 

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Encontramos bem ao lado um orelhão e uma pequena mercearia onde compramos algumas coisas.

A trilha para Aventureiro se inicia bem no canto esquerdo da praia e lá fomos nós caminhando pela areia, passando ao lado do Camping da D. Cleuza que está em frente da praia.

 

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Ao chegarmos ao lado de uma enorme bica de água (conhecida como Bicão), a trilha segue novamente morro acima em mais uma subida bastante íngreme.

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Logo que se inicia a subida tomamos uma bifurcação da esquerda (na dúvida e só perguntar aos moradores, pois existem várias casas ao lado).

Depois de + - 10 minutos a trilha se bifurca novamente e seguindo em frente provavelmente vai chegar em algumas casas, mas a trilha correta é pegando a bifurcação da esquerda (nesse local até existe uma placa apontando Aventureiro para a esquerda).

Aqui chegamos em um mirante que permite ótimas fotos da praia e de toda a Vila.

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Nesse momento chegaram 2 homens (pai e filho) que passaram pela gente seguindo pela trilha e disseram que tinham vindo de Araçatiba e pretendiam retornar no mesmo dia, mas pelo horário avançado (12:00 hrs) iriam aproveitar pouco a Praia do Aventureiro.

 

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Daqui pra frente a trilha segue em aclive suave sempre em linha reta passando por várias nascentes, porém o trecho final é bem íngreme o que nos fez parar em vários momentos para descansar, até chegarmos a altitude de + - 350 metros (o ponto mais alto de todos que tínhamos subido).

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Daqui já conseguíamos ver a Praia do Sul bem à esquerda, mas Aventureiro estava escondida pela mata.

A descida até a praia é uma pirambeira daquelas (muito íngreme) e tivemos que tomar muito cuidado para não escorregar, pois tinha chovido muito a noite passada (aqui tivemos a certeza que tínhamos acertado em fazer a volta no sentido anti-horário, pois para quem sai de Aventureiro e segue para Provetá com uma mochila cargueira vai sofrer muito na subida desse trecho).

 

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A descida foi rápida e as 14:00 hrs chegamos na Praia do Aventureiro.

Aqui existem inúmeros campings (mais de 15), próximos da areia da praia, mas primeiramente tínhamos que deixar nossa autorização no quiosque da Associação de Moradores que fica do lado direito da praia junto ao coqueiro caído que é o cartão postal de Aventureiro.

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No cadastro em Angra tínhamos escolhido um camping próximo da areia sendo que o valor ficaria em $20,00/pessoa sendo que $5,00 seriam para a taxa de permanência na praia.

No quiosque ficamos sabendo que existia um camping no morro bem ao lado e que era um lugar bem mais sossegado e tranquilo.

Não pensamos 2x e escolhemos esse (ele é o Camping de número 1 e o valor era de $17,00/pessoa).

 

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Depois de montada a barraca, fomos conhecer a Praia do Aventureiro e a do Demo que fica ao lado, mas antes fomos comer um arroz com mexilhão (foi nosso almoço e jantar).

Entrar na água no canto direito estava fora de questão, pois uma quantidade muito grande de algas estava sendo trazida pelas ondas, mas a praia é um paraíso com areia branquíssima e várias áreas de sombra.

A Praia do Demo que é separada do Aventureiro por algumas pedras é também uma dádiva (algumas árvores que formam sombra na areia e também um pequeno riacho junto ao costão).

Aqui vimos uma quantidade muito grande de coqueiros na mata e até conseguimos pegar alguns cocos.

 

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Seguimos para o Costão do Demo, que separa a Praia do Sul da Praia do Demo e aqui ficamos até o anoitecer vendo o pôr do Sol e as ondas quebrarem no costão. Observamos também que várias pessoas vinham da Praia do Sul e do Leste e ficamos sabendo que os fiscais do Instituto Florestal só ficam ali para proibir o acesso em feriados prolongados ou alguns fins de semana, pois a região é uma Reserva Biológica.

 

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Por volta das 20:00 hrs voltamos para o camping e nesse momento começou a chover, mas o local onde estávamos era embaixo de uma árvore. Tínhamos colocado também uma lona em cima da nossa barraca e a chuva até ajudou a dormirmos melhor.

 

 

# 6º dia (19/01) – Praia do Aventureiro até a Praia de Parnaioca

Fotos desse dia:

 

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Às 08h30min do dia seguinte (Sábado) acordamos. Naquele dia ainda não tínhamos decidido se iríamos ficar mais um dia ou seguiríamos para Parnaioca.

Ficamos a manhã toda na Praia do Demo e lá decidimos seguir para Parnaioca naquele dia mesmo.

 

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Depois de desmontada a barraca, deixamos o camping por volta das 13:00 hrs e seguimos para a Praia do Leste (ainda cruzamos com 2 garotos com cargueira que provavelmente estavam fazendo a volta da Ilha, no sentido contrário ao nosso).

 

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A travessia do Costão do Demo exige certo cuidado, pois a pedra é um pouco inclinada e em dias de chuva é arriscado passar por aqui.

Chegamos na Praia do Sul às 14:00 hrs e encontramos algumas pessoas na areia da praia e aqui tivemos que ficar descalços, pois a areia é muito fofa e a praia muito extensa.

 

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Chegando ao final dela, existe uma trilha que sai para a esquerda em direção ao manguezal e nesse local a água chega a bater um pouco acima dos joelhos.

 

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Depois de atravessado a região do manguezal, chegamos na Praia do Leste que é um pouco menor, mas no final da praia tivemos uma noticia desagradável: um grupo de 3 garotos estava voltando de Parnaioca e dizia que tinham sido barrados por um fiscal do IF que estava no começo da Praia de Parnaioca e com isso ficamos decidindo o que fazer.

Já que estávamos ali, nem valeria a pena voltar para Aventureiro para pegar um barco em direção a Parnaioca.

Se continuássemos pela trilha e ao chegar na Praia, o que o fiscal poderia fazer com a gente? Fazer a gente voltar? Talvez sim ou talvez não.

 

Paramos para pensar e então decidimos esperar um pouco mais e chegar no final da tarde na praia.

De repente chegam 2 garotos de mochilas cargueiras que tinham vindo de Parnaioca e estavam fazendo a volta da ilha também, mas no sentido inverso ao nosso.

Perguntamos a eles sobre o fiscal e disseram que não tinham encontrado ninguém e pensamos se o fiscal não tinha ido tomar um café, ao banheiro ou tinha ido embora mesmo.

Com essa dúvida saímos da Praia do Leste as 17:00 hrs em direção a Parnaioca; estávamos inseguros, mas não tínhamos opção. Por volta das 18:00 hrs, quando chegamos na praia, não encontramos nenhum fiscal.

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Ao cruzarmos o rio, encontramos 4 rapazes acampados na mata, ao lado do rio em camping selvagem e conversando com eles decidimos ficar por ali também.

Eles disseram que o fiscal do IF tinha ficado na praia até as 15h30min e pediu a eles que não ficassem acampados na areia e que desmontassem as barracas durante o dia. Atualmente nessa praia existem 3 campings estruturados, que são boas opções para quem quiser ficar por alguns dias nessa praia.

 

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Com a barraca montada, ainda fomos dar uma volta pela praia e depois fomos fazer nosso jantar e dormir.

A chuva que chegava sempre no início da noite, nesse dia não veio.

 

 

# 7º dia (20/01) – Praia de Parnaioca

Fotos dessa praia:

 

No dia seguinte (Domingo) acordamos com um Sol muito forte e decidimos lavar algumas roupas e colocá-las para secar.

Depois de desmontar a barraca, colocar na mochila e escondê-la na mata fomos caminhar pela praia, que era muito extensa e só achamos 4 casas próximas da areia e mais 2 um pouco longe da praia.

Na praia sempre estavam chegando alguma escuna com turistas que ficavam por um certo tempo lá.

 

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Encontramos também uma pequena Capela e um Cemitério bem ao lado.

Logo depois seguimos rio acima para conhecer as cachoeiras, mas antes fomos na casa da Marta (ao lado do Camping do Silvio) encomendar 2 pfs para o final da tarde.

 

O rio é cheio de pedras com inúmeros poços para tomar banho, mas as cachoeiras não passam de 1 metro.

Voltamos para montar a barraca e nessa hora começou a chover muito forte e para irmos à casa da Marta precisamos colocar nossas capas de chuva.

Quando estávamos comendo e conversando com a Marta e o seu marido sobre como é a vida naquele lugar chegou o Silvio (o do Camping).

Ele mora ao lado e nos disseram que teve épocas piores do que as de hoje, pois quando existia o Presídio em Dois Rios e ocorriam fugas, os presos se dirigiam para essa praia.

As famílias da época eram muito humildes e só viviam da pesca e hoje com o fechamento do presídio, o turismo trouxe mais visitantes para a praia e os moradores vivem da rendo do turismo.

 

O Silvio (um dos moradores mais antigos da praia) nos deu uma verdadeira aula de história sobre o lugar.

Ficamos conversando sobre os primeiros moradores da ilha e a época dos escravos, quando existiam imensas plantações de café na região.

Saciados da fome voltamos para a barraca e decididos que no dia seguinte seguiríamos em direção à Praia do Caxadaço.

Durante a noite choveu muito e o rio ao lado, onde estávamos, ficou muito cheio.

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Conversando com os outros 4 garotos, eles decidiram voltar para Abraão com a gente e um deles decidiu ficar para tentar uma carona de barco.

 

 

# 8º dia (21/01) – Praia de Parnaioca até a Praia do Caxadaço

Fotos desse dia:

 

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Na manhã do dia seguinte (Segunda-feira) saímos de Parnaioca as 09:00 hrs pensando que a continuação da trilha fosse no final da praia, mas o Silvio nos encontrou e disse que a trilha para Dois Rios saía atrás da casa da Janete.

Refeitos do erro, seguimos pela trilha correta, começando com uma subida de morro até chegar a uma altitude de + - 150 metros e na subida os 3 garotos passaram por nós e seguiram na frente.

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A trilha não tem como errar, pois está bem demarcada e sem bifurcações. Só a vegetação que estava molhada e um pouco de lama na trilha.

Às 11:00 hrs passamos ao lado de uma imensa figueira e um pouco mais a frente ao lado da Toca das Cinzas, que segundo a lenda, era usada como prisão para escravos ladrões que eram deixados para morrer aos poucos (que coisa mais sinistra!).

A trilha de Parnaioca para Dois Rios é a mais longa de toda a ilha e depois de 2h30min de caminhada chegamos na praia as 11h30min.

 

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Nesse lugar existia o Presídio que foi demolido em 1994, mas que ainda restaram os muros e as casas dos funcionários. Entramos na parte interna do presídio, mas saímos de lá cheios de pulgas nas pernas.

 

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Depois disso fomos em um barzinho da Vila (Bar da Tereza) onde almoçamos um PF e um lanche.

No lugar encontramos um grupo com umas 8 pessoas que tinha acampado na Praia do Caxadaço na noite anterior e disseram que passaram por dificuldade, pois tinha chovido muito e com isso o saco de dormir de alguns deles tinham molhado.

A intenção deles era fazer a volta da ilha no sentido contrário ao nosso, mas depois desse problema e sem perspectiva do tempo melhor, desistiram da ideia.

Foi uma pena vê-los com mochilas cargueiras e desistindo da volta por causa desses pequenos problemas - felizmente para a gente tinha dado tudo certo até agora.

 

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As 15:00 hrs resolvemos seguir para a Praia do Caxadaço e quando já estávamos saindo da vila um PM nos abordou querendo saber de onde tínhamos vindo e para onde íamos e se conhecíamos a trilha para o Caxadaço (provavelmente a função dele é anotar o destino de todos que passam por ali.

Por que? eu não sei).

Seguimos pela estrada de terra em direção a Abraão por cerca de 10 minutos e logo encontramos a bifurcação para a Praia do Caxadaço à direita.

A trilha entra na mata fechada e segue na direção leste passando por alguns vestígios de construções e pelo Caminho das Pedras que tinha sido construído pelos escravos na época em que chegavam por essa praia.

 

O final da trilha, próximo da praia, é bastante íngreme e um lugar bom para acampar na trilha é próxima a um bambuzal, cerca de 10 minutos antes de chegar na praia, aonde chegamos as 16:00 hrs.

 

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Próximo a um riacho existe também um descampado onde cabem algumas barracas, mas seguimos em frente.

Já na praia existem poucos lugares para montar barracas e encontramos ela totalmente deserta, possuindo uma faixa de areia de uns 15 metros de largura.

Uma peculiaridade da praia é que ela se localiza em uma enseada que fica escondida de quem passa em alto mar, por isso foi usada para desembarque de escravos na época do tráfico negreiro.

Montamos nossa barraca no descampado de frente para a praia, mas com a desvantagem do local ser um pouco inclinado.

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Até pensamos em ficar no local mais plano, próximo ao rio, mas queríamos acampar ali mesmo, de frente para a praia.

Imaginávamos que iria chover a noite, por isso cavamos em volta da barraca para que a água da chuva escorresse, mas de nada serviu, porque a chuva não veio.

 

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A praia eu achei a melhor de todas (a Márcia preferiu Aventureiro) e do costão se consegue ver as Praias de Santo Antônio e Lopes Mendes.

Depois de banho tomado no rio fomos fazer o jantar e dormir ouvindo as ondas chegarem na praia.

Aqui o camping é proibido, mas naquela noite não tínhamos opção, porque em Dois Rios não existe camping e caminhar para Abraão estava fora dos planos, porque ainda tínhamos outras praias para conhecer.

 

 

# 9º dia (22/01) – Praia do Caxadaço até a Praia de Palmas

Fotos desse dia:

 

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No dia seguinte (Terça-feira) iríamos seguir pela trilha mais difícil de toda a volta da Ilha (em direção à Praia de Santo Antônio).

Levamos algumas anotações do livro do José Bernardo (Caminhos e Trilhas de Ilha Grande) e elas foram a nossa referência, pois a trilha possui várias bifurcações que chegam a confundir e quem não tem experiência em trilha na mata fechada não recomendo fazê-la de maneira nenhuma.

As bifurcações são semelhantes a da trilha principal e por isso usamos as anotações.

Saímos da Praia do Caxadaço as 09:00 hrs e pegamos uma trilha que sai atrás da placa indicativa da Trilha T15 - Caxadaço-Dois Rios (sentido nordeste).

Mais alguns metros e a trilha chega em uma vala a esquerda e daqui para frente segue rente a ela, morro acima.

 

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Uns 10 minutos depois chegamos a uma área de samambaias onde a descida é bastante íngreme e já no final dela começam a aparecer as bifurcações para a direita; a trilha principal segue para a esquerda subindo para mais outro morro e depois segue no plano por um bom tempo passando por outras bifurcações.

Depois de um bom tempo passamos ao lado de uma imensa rocha do lado esquerdo onde escorre um riacho e aqui foi colocada uma pequena corda para ajudar na travessia dessa pedra.

Depois de passar ao lado de um imenso bambuzal e cerca de 1hr30min de caminhada, terminamos a trilha em uma outra bem mais demarcada que leva até a Praia de Santo Antônio e aqui viramos para direita chegando na praia pouco antes das 11:00 hrs.

O lugar possui um rio que deságua no canto da praia, mas a água não é confiável e se quiser água de qualidade e só seguir no costão à direita por uns 5 minutos.

 

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A areia da praia não é fofa e acampar aqui também é proibido.

 

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A praia tem + - 100 metros de largura e do lado esquerdo se consegue visualizar a Praia de Lopes Mendes que está bem próxima.

 

De vez em quando ameaçava cair uma garoa, mas a chuva não veio, então ficamos aqui por cerca de 1 hora.

Em seguida voltamos para a trilha e seguimos para Lopes Mendes onde chegamos + - 30 minutos depois e aqui alguns consideram uma das 10 melhores praias do país, mas não achamos tudo isso.

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Sua extensão é de quase 3 kms de areia fofa e inúmeras amendoeiras que fornecem sombra por toda a praia.

Existe também uma mata com alguns descampados antes de chegar na areia e várias trilhas que conduzem até a praia.

Nem entramos na água porque o tempo não estava ajudando e as 14h15min saímos em direção à Praia de Palmas onde acamparíamos naquele dia.

 

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A trilha é bem nítida, quase uma estrada e ainda passamos pela praia do Pouso (onde os barcos de Abraão para Lopes Mendes atracam) e a Praia de Mangues.

Caminhando mais uns 10 minutos chegamos em Palmas, onde existem uns 3 campings e como já tínhamos lido algumas recomendações ficamos no Camping dos Coqueiros (cujos proprietários Tunico e Carla são pessoas excelentes).

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Ele está + - no meio da praia e não nos arrependemos, pois o lugar é muito bom.

 

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A praia não tem energia elétrica, mas os chuveiros quentes são aquecidos a gás (o gerador para a energia elétrica fica ligado das 18:00 às 00:00 hrs).

O camping estava relativamente vazio e resolvemos comer um PF no bar ao lado, com preço de $9,00.

A chuva no fim da tarde ia a voltava e ficamos planejando o que faríamos no dia seguinte.

O que faltava para a gente era subir o Pico do Papagaio e conhecer as praias próximas de Abraão (Júlia, Crena e Abraãozinho) e na volta para a barraca decidimos fazer as duas coisas. Só torcíamos para que o tempo ajudasse e amanhecesse um dia de muito Sol.

 

 

# 10º dia (23/01) – Praia de Palmas até a Praia de Abraão

Fotos desse dia:

 

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No dia seguinte (Quarta-feira) acordamos com o tempo nublado e com poucas esperanças dele melhorar, mas ainda assim saímos do camping em direção à Abraão para tentar chegar no topo do Pico do Papagaio.

Saindo da praia, iniciamos mais uma subida de morro até chegar a + - 200 metros de altitude e lá no topo já vimos que o tempo não tinha melhorado mesmo, pois estava tudo encoberto.

Iniciamos a descida e chegamos na Vila de Abraão cerca de 1 hora depois e dali seguimos pela estrada de terra em direção à Praia de Dois Rios e não demorou muito começou a chover forte, mas seguimos em frente.

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Chegando na bifurcação do Pico, começamos outra subida forte pela trilha em direção ao topo (como a chuva não parava de cair decidimos voltar depois de uns 20 minutos de trilha).

 

Pensamos que não adiantaria nada chegar no topo se não conseguiríamos ver nada ao redor.

Voltamos para a Vila onde chegamos por volta do 12:00 hrs e de lá seguimos para as Ruínas do Lazareto e para a Praia Preta (praia de areia monazítica que possui propriedades medicinais).

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Depois voltamos para a Vila e fomos conhecer as prainhas do lado direito de Abraão (em Abraãozinho existe um pequeno bar de frente para a areia da praia).

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Às 15:00 hrs voltamos para Abraão para comer e as 17:00 hrs seguimos para Palmas.

Estávamos um pouco tristes, pois esse era nosso último dia em Ilha Grande, mas como o tempo não colaborava e ficar na Ilha com chuva não valia a pena, resolvemos ir embora.

Já no Camping em Palmas arrumamos as mochilas e deixamos tudo pronto para sair cedo no dia seguinte, pois a Barca para Angra dos Reis saía as 10:00 hrs.

 

 

# 11º dia (24/01) – Praia de Palmas e retorno para São Paulo

Fotos desse dia:

 

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Na manhã seguinte, o camping ficou em $10,00/pessoa e depois de pagar para a Carla seguimos para Abraão onde chegamos as 09:00 hrs e as 10:00 hrs em ponto a Barca saiu de Abraão em direção à Angra dos Reis e com ela estávamos levando ótimas recordações.

Pouco antes das 12:00 hrs chegávamos em Angra dos Reis e as 15:00 hrs embarcamos em direção a São Paulo um pouco tristes.

Era hora de voltar para o batente e a correria de Sampa, mas contentes porque em nossas lembranças iriam ficar lindas imagens de lugares como Gruta do Acaiá, Praia do Aventureiro, do Leste, do Caxadaço, Santo Antônio e muitas outras. Muitas ficarão nas nossas lembranças por muito tempo.

 

 

 

 

Ufa.............finalmente. Terminei...............

Depois eu coloco algumas dicas.

 

 

Abcs

Editado por Visitante
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augusto, esse relato tá do kct!

 

assim que é bom, cheio de detalhes, pois serve, além de relato, de guia pra quem quer fazer o mesmo! legal mesmo!!!!!! bem que vc podia escrever par aa finada "aventura já", do sérgio beck!

 

vou mandar pra minha namorada dar uma lida. e já antecipando um monte de perguntas que ela vai fazer (afinal, é namorada de editor de equipo...), faço-as eu (embora eu já sabia a resposta de algumas) que podem ser muito esclarecedoras pra quem ainda não fez uma aventura como essa, até pra poder planejar algo parecido, pra terem uma idéia do planejamento logístico que é necessário fazer...

 

1. equipamentos. eu vi que vcs usaram umas mchilas da T&R. dá pra comentar o desempenho? tanto seu quanto da sua esposa, afinal, mulheres têm necessidades anatômicas muito diferentes das nossas... e que barraca levaram? levaram fogareiro? levaram saco de dormir? levaram isolante? se arrependeram de levar alguma coisa?

 

2. alimentação e água. vi que em alguns locais puderam comprar comida pronta. mas cozinharam muitas vezes? se sim, havia bons locais de reabastecimento na ilha ou levaram tudo de casa? sentiram falta de algo lá, que não imaginaram que tinham que levar?

 

3. roupas. levaram muito, lavaram no meio do caminho, ou simplesmente passaram onze dias com a mesma muda de roupa? heheh

 

4. pelas fotos vi muitos dias nublados, e até capas de chuva nas mochilas. pegaram muita chuva? que equipo de chuva usaram?

 

5. calçado utilizado pra caminhar? o que usaram, e recomendam que os outros façam o mesmo? ou que levem um belo kit anti-bolhas?

 

6. insetos. havia? muitos, poucos, resolveram com repelentes, ou ou deram um jeito de envenenar o sangue pra ver se eles morriam intoxicados? recomendações pra quem vai?

 

7. gastos? quanto saiu essa aventura?

 

acho que essas infos ajudarão muita gente!

 

inté!

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Fala Ogum.

Eu também sou orfão dessa Revista do Beck (Aventura Já). Tenho todos os numeros. Pena que ele parou de editar.

O livro Caminhos da Aventura e a Revista sempre dou uma consultada quando quero viajar.

 

Mas vamos a suas duvidas.

 

1) equipamentos: Eu e minha esposa temos a Crampon 68 da T&R

http://www.trilhaserumos.com.br/produtos/produtos_descricao.asp?codigo_produto=195

A vantagem dela é que a mochila vem com uma pequena mochila de ataque e por dentro existe uma camada de nylon (muito util p/ não molhar), além de outros itens que não existem em outros modelos semelhantes.

Minha mulher adorou esse mochilinha de ataque, já que ela usa como necessaire. Ela não teve problemas qto a anatomia não. A mochila eu recomendo.

Qto ao fogareiro, levamos aquele que cartucho com gas butano 190. Tenho ele a uns 8 anos e nunca deu problema. Só precisei trocar a borrachinha de vedação que ressecou.

Qto ao saco de dormir, levamos aquele micro da Nautika e o outro um pouco maior.

Isolante é obrigatório.

Já a barraca levamos uma de 3 lugares semelhante ao modelo Ilha Bela, mas não é Nautika.

O que levamos demais foi calças compridas. Quase não usamos. Bermuda é bem melhor, porque faz muito calor. E blusa também quase não usamos.

 

2) Alimentação: levamos só sopas, miojos, salame, sardinhas (unico enlatado) e muito suco em pó, além de açucar, claro.

P/ o café da manhã, chocolate, biscoitos, algum tipo de doce. Essas coisas. E alguns salgadinhos.

Só comemos PFs mesmo qdo já estavamos cheio da nossa comida.

Compramos algumas coisas em Angra. Em Abraão é o unico lugar onde vende, mas é muito caro.

Agua nem precisamos levar. Pela trilha sempre tem alguma nascente ou riacho e agua de boa qualidade.

 

3) Roupas: Levamos muita camiseta e algumas bermudas, mas percebemos que dava p/ levar menos roupa ainda. Sempre dava p/ lavar roupas no final do dia.

 

4) Verão é epoca de chuvas e levamos capas (mochila já vem com uma), mas a chuva chegava sempre no final do dia e a noite. Só pegamos chuvas durante o dia no ultimo dia. A capa de chuva é essencial.

 

5) Calçados: A maior parte do tempo usamos botas (já bem usadas p/ não criarem bolhas) e papetes em certos trechos de trilha bem aberta.

E bota sempre de cano alto, pois nunca se sabe se vai encontrar alguma cobra pelo caminho.

 

6) Repelentes: nem precisamos, pois não encontramos tanto pernilongo e borrachudo.

Protetor Solar é OBRIGATÓRIO. Não deixe de passar.

 

7) Gastos: Isso é muito relativo (só gastamos com camping em Abraão, Araçatiba, Aventureiro e Palmas). Compramos boa parte da comida em Angra (gastamos também muita coisa em Abraão - nas outras praias, quase nada), mas muito cuidado, em Ilha Grande NÃO EXISTE Bancos ou Caixas Eletronicos. Acho que uns $200,00/pessoa dá p/ fazer a volta tranquilamente.

 

Bom............acho que é isso.

Qqer coisa......

 

Augusto

 

 

 

augusto, esse relato tá do kct!

 

assim que é bom, cheio de detalhes, pois serve, além de relato, de guia pra quem quer fazer o mesmo! legal mesmo!!!!!! bem que vc podia escrever par aa finada "aventura já", do sérgio beck!

 

vou mandar pra minha namorada dar uma lida. e já antecipando um monte de perguntas que ela vai fazer (afinal, é namorada de editor de equipo...), faço-as eu (embora eu já sabia a resposta de algumas) que podem ser muito esclarecedoras pra quem ainda não fez uma aventura como essa, até pra poder planejar algo parecido, pra terem uma idéia do planejamento logístico que é necessário fazer...

 

1. equipamentos. eu vi que vcs usaram umas mchilas da T&R. dá pra comentar o desempenho? tanto seu quanto da sua esposa, afinal, mulheres têm necessidades anatômicas muito diferentes das nossas... e que barraca levaram? levaram fogareiro? levaram saco de dormir? levaram isolante? se arrependeram de levar alguma coisa?

 

2. alimentação e água. vi que em alguns locais puderam comprar comida pronta. mas cozinharam muitas vezes? se sim, havia bons locais de reabastecimento na ilha ou levaram tudo de casa? sentiram falta de algo lá, que não imaginaram que tinham que levar?

 

3. roupas. levaram muito, lavaram no meio do caminho, ou simplesmente passaram onze dias com a mesma muda de roupa? heheh

 

4. pelas fotos vi muitos dias nublados, e até capas de chuva nas mochilas. pegaram muita chuva? que equipo de chuva usaram?

 

5. calçado utilizado pra caminhar? o que usaram, e recomendam que os outros façam o mesmo? ou que levem um belo kit anti-bolhas?

 

6. insetos. havia? muitos, poucos, resolveram com repelentes, ou ou deram um jeito de envenenar o sangue pra ver se eles morriam intoxicados? recomendações pra quem vai?

 

7. gastos? quanto saiu essa aventura?

 

acho que essas infos ajudarão muita gente!

 

inté!

  • Membros de Honra
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perfeito! acho que com esse relato, agora, ninguém sentirá falta de uma reportagem do beck sobre esse passeio! tem tudo! até mapa! hehehehehe! quando crescer quero ser geógrafo tb!

  • Membros de Honra
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Fala Ogum, blz?

 

P/ essa caminhada eu tinha levado também uma reportagem do Beck que ele fez p/ aquela antiga Revista Familia e Aventura.

Lá tinha umas dicas bem legais e um planilha com a altimetria da trilha.

 

Não quero fazer propaganda, mas os mapas que eu peguei no site

www.ilhagrande.org

me ajudaram muito, viu.

 

Se alguém for fazer a volta da Ilha só com os mapas que estão no site, não vai ter problema nenhum.

 

 

E alerta Ogum.

Não pense em ficar rico sendo um geografo não, viu. :D:D:D:D:D

 

 

Valeu.

 

 

Augusto

 

 

perfeito! acho que com esse relato, agora, ninguém sentirá falta de uma reportagem do beck sobre esse passeio! tem tudo! até mapa! hehehehehe! quando crescer quero ser geógrafo tb!
  • Membros
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Primeiramente eu gostaria de dizer que eu sou um grande apreciador dos seus relatos e dos relatos do Jorge Soto.

Eu também tive a oportunidade de contornar a ilha, porém o fiz no sentido contrário, eu cheguei na ilha comprei um mapa temático e resolvi ir para palmas. completei a volta em quatro dias (dia1:Abraão-caxadaço; dia2:caxadaço-aventureiro; dia3: aventureiro-sítio forte; dia4: sítio forte- praia das palmas, passando por abraão).

Diferente de você, dei a volta sozinho, quase sem informação e não curti quase nada, não sabia o que me esperava pela frente então racionei muita comida e corri contra o tempo.

Quando eu fui chuveu demais, pancadas pesadíssimas, tinham muitas arvores caídas sobre os fios e sobre a trilha a ilha estava quase toda sem luz e as trilhas em péssimas condições, fiz a trilha uma semana após a polícia ter mandado todos os que estavam acampados em aventureiro de volta para casa e não tinha quase ninguém na ilha, só tive companhia na trilha até caxadaço, que fiz com uma inglesa, gastamos umas quatro horas mesmo com o gps dela, tivemos que que abrir a trilha que estava praticamente fechada.

Eu só tive problema na trilha para caxadaço, no atalho de bananal para o saco do céu que estava abandonado, faltando 1/4 da trilha encontrei os funcionarios roçando a trilha, eles se assustaram ao me ver sair da mata, dali para baixo estava toda cuidada e na travessia do rio que divide a praia sul da praia leste, quando eu cheguei ali, não sabia onde ir e acabei entrando no rio mais fundo onde o chão cheio de bolhas de ar causadas pela decomposição de matéria orgânica cedia a cada pisada e eu afundava, fiquei um pouco desesperado, foi quando eu parei, relaxei e comecei a pensar na posição da próxima praia e no provável caminho que eu deveria tomar, abandonei a mochila e comecei a buscar o caminho quando eu atravessei o rio e pude ver dentro do mangue, notei que as arvores estavam todas cortadas em forma de túnel e pude perceber que era uma passagem, daí foi só voltar, pegar minha mochila e seguir debaixo de muita chuva em direção a pedra do demo.

Eu vi muitos animais como pacas, cotias, jacus, alguma coisa que parecia um cachorro do mato, macaco-prego, bugio, o já citado teiú, os abundantes esquilos, as abundantes cobras, além de muitos passáros, creio que o fato de eu estar sozinho e a chuva que encobre os ruídos causados tenham favorecido a minha aproximação.

Você esqueceu de ir na maior cachoeira da ilha que fica na parnaioca, eu também não fui, o pessoal da parnaioca é muito gente boa, no meio da chuva eu escuto alguém me chamar era um sujeito com meia duzia de bananas para me presentear, mais a frente perto do rio sou novamente chamado, dessa vez para maçãs e para algumas palavras de incentivo.

Caso você precise de companhia em alguma aventura aqui para as bandas do Rio de Janeiro, pode contar comigo.

Algumas fotos de lopes mendes(canto esquerdo)

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  • Membros de Honra
Postado

Augusto... parabens por mais um belo relato.... e quando eu casar quero arrumar uma esposa igual a sua.. que tope fazer viagens ao estilo mochileiro rs... tenho até pena da minha namorada rs... arrasto ela para uma renca de lugar rs... faz bico... mas no final adora rs.....

 

abração acra.... e vlw por este relato

  • Membros de Honra
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Fala Beto.

 

Legal vc conseguir ler todos os relatos do Jorge e os meus. Nossos relatos são bem longos, né? Eu tenho alguns outros que ainda pretendo postar aqui, mas como esse de Ilha Grande tá bem fresquinho fiz algumas alterações p/ colocar aqui.

 

Eu até queria ter ficado mais alguns dias nas praias, principalmente no Caxadaço e em Palmas, mas o tempo nublado e a chuva sempre no final de tarde, fez a gente desisitir da idéia.

Naquele trecho entre Saco do Céu e Araçatiba queriamos ter parado mais tempo em alguma praia também, mas como nunca tinhamos feito a volta da ilha, sabiamos que camping só em Araçatiba, mas pelo que vimos, até dá p/ acampar em locais perto da trilha. Acho que só p/ 1 noite não haveria problemas.

 

O pessoal lá de Aventureiro nos contou sobre esse episodio da expulsão da praia. Pelo que eles disseram parecia coisa de cinema: alguns helicopteros, varias lanchas e "otoridade" de tudo qto é tipo.

Atualmente diminuiu em muito o numero de campistas na praia, mas pelo menos ficou mais seletivo (os donos de campings até acharam bom).

 

O unico problema que tivemos em achar a trilha foi no trecho Caxadaço- Santo Antônio (sem as anotações do livro do José Bernardo, demorariamos muito mais tempo p/ completar). Os outros trechos foram muito faceis (as trilhas estão bem demarcadas). É só encontrar o inicio da trilha e seguir por ela.

Praia do Sul e do Leste encontramos muita gente na areia e a trilha também foi tranquila.

 

Qto aos animais, encontramos muito esquilo, mico leão, teiús, 2 cobras e todo tipo de ave. Eu tinha lido que no trecho Parnaioca-Dois Rios existe uma quantidade muito grande de macaco bugio, mas não ouvimos nenhum (deve ser por causa da chuvas).

 

Em Parnaioca até tentamos subir o rio pela margem p/ ver se encontrariamos algum poçao ou uma cachoeira maior, mas só chegamos no local onde os dois rios se encontram (em outra oportunidade a gente tenta achar essa cachoeira).

 

Já em relaçao as frutas, encontramos muita banana em certos trechos da trilha, no meio do mato mesmo, mas todas verdes. Nossas mochilas já estavam cheias e carregar mais peso não dava.

 

Também já fiz o contorno de Ilhabela e nem tem comparação.

Ilha Grande é muito melhor. É uma praia mais bonita que a outra.

Vcs cariocas são privilegiados.

 

Qqer outra que eu venha fazer aí no RJ, te dou um toque.

Valeu.

 

 

Augusto

 

 

Primeiramente eu gostaria de dizer que eu sou um grande apreciador dos seus relatos e dos relatos do Jorge Soto.

Eu também tive a oportunidade de contornar a ilha, porém o fiz no sentido contrário, eu cheguei na ilha comprei um mapa temático e resolvi ir para palmas. completei a volta em quatro dias (dia1:Abraão-caxadaço; dia2:caxadaço-aventureiro; dia3: aventureiro-sítio forte; dia4: sítio forte- praia das palmas, passando por abraão).

Diferente de você, dei a volta sozinho, quase sem informação e não curti quase nada, não sabia o que me esperava pela frente então racionei muita comida e corri contra o tempo.

Quando eu fui chuveu demais, pancadas pesadíssimas, tinham muitas arvores caídas sobre os fios e sobre a trilha a ilha estava quase toda sem luz e as trilhas em péssimas condições, fiz a trilha uma semana após a polícia ter mandado todos os que estavam acampados em aventureiro de volta para casa e não tinha quase ninguém na ilha, só tive companhia na trilha até caxadaço, que fiz com uma inglesa, gastamos umas quatro horas mesmo com o gps dela, tivemos que que abrir a trilha que estava praticamente fechada.

Eu só tive problema na trilha para caxadaço, no atalho de bananal para o saco do céu que estava abandonado, faltando 1/4 da trilha encontrei os funcionarios roçando a trilha, eles se assustaram ao me ver sair da mata, dali para baixo estava toda cuidada e na travessia do rio que divide a praia sul da praia leste, quando eu cheguei ali, não sabia onde ir e acabei entrando no rio mais fundo onde o chão cheio de bolhas de ar causadas pela decomposição de matéria orgânica cedia a cada pisada e eu afundava, fiquei um pouco desesperado, foi quando eu parei, relaxei e comecei a pensar na posição da próxima praia e no provável caminho que eu deveria tomar, abandonei a mochila e comecei a buscar o caminho quando eu atravessei o rio e pude ver dentro do mangue, notei que as arvores estavam todas cortadas em forma de túnel e pude perceber que era uma passagem, daí foi só voltar, pegar minha mochila e seguir debaixo de muita chuva em direção a pedra do demo.

Eu vi muitos animais como pacas, cotias, jacus, alguma coisa que parecia um cachorro do mato, macaco-prego, bugio, o já citado teiú, os abundantes esquilos, as abundantes cobras, além de muitos passáros, creio que o fato de eu estar sozinho e a chuva que encobre os ruídos causados tenham favorecido a minha aproximação.

Você esqueceu de ir na maior cachoeira da ilha que fica na parnaioca, eu também não fui, o pessoal da parnaioca é muito gente boa, no meio da chuva eu escuto alguém me chamar era um sujeito com meia duzia de bananas para me presentear, mais a frente perto do rio sou novamente chamado, dessa vez para maçãs e para algumas palavras de incentivo.

Caso você precise de companhia em alguma aventura aqui para as bandas do Rio de Janeiro, pode contar comigo.

  • Membros de Honra
Postado

Fala Adam, blz?

 

Eu tive o privilégio de encontrar a minha esposa pela primeira vez em um encontro de trekking.

E desde lá, sempre marcavamos trilhas juntos e conforme o andar da carruagem acabamos casando. Foi uma coisa natural.

 

Vc vai ver com o tempo que sua namorada nem vai mais fazer bico (aha...aha...aha...aha....), mas leve ela p/ fazer trilhas relativamente faceis né.

 

Abcs.

 

 

Augusto

 

 

 

Augusto... parabens por mais um belo relato.... e quando eu casar quero arrumar uma esposa igual a sua.. que tope fazer viagens ao estilo mochileiro rs... tenho até pena da minha namorada rs... arrasto ela para uma renca de lugar rs... faz bico... mas no final adora rs.....

 

abração acra.... e vlw por este relato

  • 8 meses depois...
  • Membros de Honra
Postado

hola, necesito ayuda,

soy apasionada por la isla y ya he caminado muchas de las trilhas. Hasta ahora no he encontrado en el mundo ningùn lugar tan màgico como el bosque pròximo a Parnaioca, son 2 horas de silencio. El manglar tambièn es un silencio de otro mundo

En Febrero vuelvo a la isla, esta vez quisiera hacer la trilha a Santo Antonio, pero como vivo en uruguay no puedo conseguir el libro de Bernardo, sèrà que alguien me pueda ayudar con datos de esta trilha?.

La trillha de Caxadaco la hice 2 veces, y la primera vez estaba bastante confusa, la segunda vez fue màs fàcil.

Por lo que veo desde Parnaioca no hay lugar para acampar hasta Palmas? ¿es una caminata larga, no hay posibilidades de algùn alojamiento en dos rìos, para pegar la trilha màs descansada?=

yo vì que desde dos rìos hay barcos a caxadaco,

tienen idea si se puede llegar de barco desde dos rìos hasta santo antonio?

 

Perla

 

PD: la ilha es un lugar màgico, y su gente es una maravilla, Jeanette de Parnaioca es un ser especial y doña Zuleica es caicara de corazòn. En Matariz doña Marìa nos alojò y nos contò las historias del lugar!!!

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