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Polonês fica 15 dias morando em aeroporto de SP


LiCo

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  • Membros de Honra

Eu já vi algo parecido, mas no filme O TERMINAL :D

 

Aeroporto de Guarulhos, desembarque internacional. Assim que saiu pelo portão e ganhou a rua, Robert Wladyslaw Parzelski, 44, em vez de pegar um táxi, como todo mundo, sentou-se em um banco frio de cimento. Foi lá que, protegido apenas por um cobertor fino, e tendo ao lado a mala de viagem, passou 15 dias sozinho, sem ter para onde ir, como falar, com quem falar, sem poder voltar.

 

Cidadão polonês, Parzelski chegou ao Brasil no dia 17 de junho, voo 247 da British Airways. Veio de Londres. Monoglota na língua eslava, não conseguia se comunicar com ninguém no Brasil, a não ser por mímica.A quem lhe dirigia a palavra, acendia os olhos azulíssimos e balbuciava: "I'm Poland" _algo como "Sou Polônia", em inglês.

 

"VAI QUE FICA"

 

O estrangeiro contou com a solidariedade do grupo de faxineiros do terminal aéreo. Conversando com Parzelski em português mesmo "Para ele ir se acostumando; vai que fica por aqui", Sandra Sueli, Edvaldo dos Santos Sousa e Francisca Rodrigues de Sousa levavam-lhe restos de comida (no almoço de quinta foi carne de panela), água, iogurte e cigarros.

 

No Posto de Atendimento Humanizado aos Migrantes, dentro do aeroporto, já chegara a notícia de que havia "um alemão" perdido por ali. Mas ninguém foi procurar. "Nossa atribuição é dar assistência a brasileiros e brasileiras inadmitidos ou deportados de outros países", explicou a coordenadora.

 

Na Delegacia da Polícia Civil, o escrivão afirmou que não podia fazer nada: "Não há denúncia contra ele." No Consulado da Polônia em São Paulo, um assessor disse "desconhecer o problema".

 

Na Infraero, que administra o aeroporto, ignorava-se a existência de Parzelski, apesar de seu aspecto miserável, a barba crescendo e ele dormindo ao relento nas noites frias deste início de inverno (na terça-feira, 28, aliás, os termômetros de Guarulhos registraram 3ºC às 6h).

 

Os funcionários da limpeza, porém, sem saber uma palavra de polonês, juntaram um monte de informações sobre o estrangeiro. Por exemplo, de como ele domesticava o frio. Duas garrafas vazias de vodca (uma custou R$ 36 e a outra, R$ 54) foram encontradas, escondidas, no canteiro atrás do banco de Parzelski. Outro canteiro, diga-se, fazia as vezes de WC. Banho não houve nenhum nos 15 dias de aeroporto. Nem troca de roupas.

Felix Lima/Folhapress

Polonês em Cumbica

 

A Folha pediu ao médico polonês Witold Broda, 70, há 47 anos no Brasil, que ajudasse a resolver o mistério do viajante perdido --até aí, só se sabia que o nome do homem era Robert (a turma da faxina já apurara também essa informação).

 

Foi às 21h de quinta (30) que Broda chegou ao aeroporto. Encontrou seu conterrâneo dormindo, mas engatou mesmo assim uma prosa em polonês. O homem acordou e até se iluminou num leve sorriso. Era a primeira vez, desde que saíra da Europa, que conversaria com alguém.

 

A Broda, ele mostrou o passaporte, cuidadosamente guardado em uma carteira de couro no bolso de trás da calça. Na foto do documento confeccionado há 5 anos, ele aparece com bigodão à la Stálin, os cabelos bem pretos, colarinho de camisa social --parece outra pessoa.

 

Está lá o carimbo da imigração brasileira, que deixou Parzelski entrar mesmo sem ter a passagem de volta, requisito básico para a admissão de turista em quase todos os países.

Parzelski contou que era eletricista de automóveis em Cracóvia, na Polônia. Casado e pai de cinco filhos, foi para a Grã-Bretanha, arriscar um emprego na construção civil. Vivia apenas entre poloneses como ele. Mas, colhido pela crise econômica européia, caiu no desemprego.

 

À ESPERA

 

Foi quando um conterrâneo propôs a viagem ao Brasil. Parzelski disse que recebeu a passagem só de ida e a recomendação: que esperasse dois dias no aeroporto. O amigo viria encontrá-lo.

 

O plano era dar um passeio por São Paulo e voltar a Londres. Parzelski só teria de levar para a Europa dois aparelhos de telefone. "De telefone?", indagou o médico-tradutor. "Para quê?"Não obteve resposta.

Jorge Araujo/Folhapress

Polonês em cumbica

 

O amigo não apareceu e Parzelski, sozinho, ficou à deriva. Na sexta-feira à tarde, o consulado enviou um táxi para resgatar o náufrago do aeroporto.

 

Na despedida, com a ajuda do Google Translator, a reportagem escreveu uma mensagem a Parzelski: "Jestesmy tu aby pomóc" ("Estamos aqui para ajudar"). Parzelski bateu no coração, juntou as mãos, como se rezasse, e foi-se com o taxista. Levaram-no para o consulado, em Perdizes (zona oeste de São Paulo).

 

Na representação polonesa, um assessor disse que amanhã o cônsul informará quais providências adotará no caso.

 

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/937939-polones-fica-15-dias-morando-em-aeroporto-de-sp-veja-video.shtml

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  • Membros

"...Está lá o carimbo da imigração brasileira, que deixou Parzelski entrar mesmo sem ter a passagem de volta, requisito básico para a admissão de turista em quase todos os países."

 

Nós temos a maior preocupação, quando viajamos, em passar pela imigração de qualquer País e aqui é a maior permissividade ::vapapu::

 

 

E nesses 15 dias onde que a Polícia Federal estava?

 

 

E se não fosse o pessoal da limpeza, que são pessoas humildes e, muitas vezes com grau de instrução baixo, talvez esse Polonês tivesse até morrido.

 

Que Vergonha!

 

Será que durante a Copa do Mundo ou as Olimpíadas todo mundo passará, pela imigração também?

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  • Membros de Honra
Será que durante a Copa do Mundo ou as Olimpíadas todo mundo passará, pela imigração também?

 

Esse país é uma verdadeira ZONA!!! Uma piada de mal gosto, uma gozação escancarada das "autoridades competentes" com os brasileiros. Você não entra em lugar nenhum do mundo se não tiver a passagem de volta. Isso é o básico do básico.

 

Miziara, não sei se você viu ontem a noite na RECORD uma reportagem especial sobre os aeroportos no Brasil. Se não viu, vale procurar na internet e assistir.

 

Essa Copa do Mundo vai ser um fiasco mas você não vai ver isso na TV, poque vai ser tudo mascarado. Não precisa ter mais que 2 neurônios para saber disso.

 

Olha as justificativas:

 

"Nossa atribuição é dar assistência a brasileiros e brasileiras inadmitidos ou deportados de outros países" (Posto de Atendimento Humanizado aos Migrantes)

 

"Não há denúncia contra ele." (Delegacia da Polícia Civil)

 

Consulado da Polônia: um acessor disse "desconhecer o problema".

 

Intééé

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  • Membros

Pois é pessoal.

Mas eu queria muito que o pessoal do "Tio Sam" ficasse sabendo desse episódio, que qualquer pessoa, somente com passaporte, que pode ser falso, entra aqui, inclusive os tão afamados "terroristas" ::lol4::::lol4::

Essa PF é uma piada. Outro dia, uma amiga lá do serviço, voltou de Miami, com um monteeeeee de muamba.

Olha só: Ela tinha 2 video games iguaizinhos,cameras e mais umas tranqueiras. Aí uma PF feminina pediu a declaração, Minha amiga : - Tá com meu marido que vem vindo lá atras. Agora, me perguntem se barraram o marido dela? Não!

Imagina se fosse no Chile?

Eu passei na imigração da Argentina p/ o Chile, pelo paso de Mendoza. Fiquei 2 hs num fri. do cão. ::Cold:: . Aí uma mochila que tinha comprado lá, dessas artesanais, e estava cheia de "Regalitos" ::hãã2:: foi barrada, revirada, tive que aguentar um interrogatório: pq eu tinha comprado tanta camiseta ::tchann:: ,e bla..bla..bla.. Casi que mi muero com uma multa. Mas no fim deu td certo ;)

 

Lico,

Vou assistir esse vídeo.

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