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Após andar por Las Vegas e Los Angeles, primeira parte da viagem, iríamos para as Montanhas Rochosas do Canadá. Inicialmente pretendia ir a Vancouver, conhecer a cidade e também Victória, alugar um carro para conhecer as Rochosas e devolvê-lo em Calgary. Mas custava o dobro que devolver no mesmo lugar, e para voltar seriam 1.100 km., necessitaria um dia para ir e outro para voltar. Nosso objetivo era conhecer as montanhas, não as cidades, então decidi ir direto para Calgary, em vôo da Air Canadá, pois fica a apenas 120 km. de Banff. Chegamos em Calgary em 3 h. de vôo de Los Angeles, próximo ao ½ dia, saquei dinheiro num caixa automático, comemos uns sanduíches (não vimos que a área de alimentação ficava em outro andar, longe do desembarque), e fomos à DOLLAR, onde havia reservado um carro por CA 208,00 para 8 dias. As locadoras e seu estacionamento ficam em frente ao portão de chegada do aeroporto. O GPS, que na internet custava CA 11 por dia, ofereceram por CA 30 e acabei aceitando. Só o usei para sair da cidade, e depois para voltar ao aeroporto. Não fiz seguro , pois saia mais que a locação, confiei no seguro do cartão de crédito Visa Platinum, com o qual paguei a locação (duvidoso no Canadá), para o caso de acidente. Mas sabia que andaríamos apenas por cidades pequenas e estradas sem movimento, lugares calmos e seguros.

Antes de Banff, na HW-1 (TransCanadá), ao entrar no National Park, existe um portal, como um pedágio, onde compra-se o ingresso diário ou anual para os parques. Compramos o anual, por CA 68 por pessoa, deram uma etiqueta que se pendura no retrovisor interno do carro, e uma revista com mapas e atrações do Banff Nat.Park. Deveria ter dito à minha esposa para se esconder, e comprar para uma só pessoa, não examinam depois, só olham se tem a etiqueta (e isso só antes de Jasper), pois é uma exploração ter que pagar para um ano.

Chegamos a BANFF próximo às 15:30, pelo que nem fomos ao hotel, e sim diretamente para algumas das atrações, aproveitando o tempo bom. Logo na entrada da city, pegamos à direita e fomos ao JOHNSON LAKE, TWO JACK LAKE e para o MINNEWANKA LAKE, todos eles bonitos, especialmente para quem está chegando. Foi bom fazer isso, pois se deixasse para depois dos lagos principais (Luise, Moraine e Esmerald), não teria achado tão interessantes.

Fomos depois para o TUNNEL MOUNTAIN RESORT, que eu havia reservado por 3 noites, pagando apenas 2, numa promoção de baixa estação do Hotéis.com.( problema desse site, como o da Decolar, é que dizem ser possível o cancelamento da reserva, mas debitam o valor de imediato. Por isso, acho melhor o http://www.booking.com.) O hotel fica longe do centro, mas tem boas instalações, quarto, cozinha e sala, e até banheira. Mas a piscina e sauna que mostram no site ficam longe, tem-se de voltar por fora, e à noite é muito frio, então não utilizamos.

Deixamos nossas bagagens e fomos ao mercado e aproveitamos a cozinha para fazer algumas comidas à noite, pois os restaurantes são muito caros. Assim, pudemos comer até uns bifes, compramos também arroz, pães, doces e salgados para fazer sanduíches, e encontrei até feijão e salsicha com legumes em latas. O “resort” não fornece desjejum, assim compramos de tudo, desde iogurte até frutas, pois ficaríamos 8 dias com o carro, o que facilitava tudo, pois podíamos levar as coisas para comer. Assim, em 3 dias comemos bem gastando apenas CA 50, apesar de as coisas no mercado serem muito mais caras que no Brasil.

 

Minha programação previa conhecer primeiro os lugares próximos a Banff, mas como amanheceu um dia bonito, decidi fazer logo as principais atrações, pois não sabia como estaria o dia seguinte. Fomos então até o LAKE LOUISE, que é certamente o mais bonito da área de Banf, e depois ao MORAINE LAKE, muito bonito também, mas estavam ambos quase totalmente congelados, o que foi interessante, mas por outro lado não pudemos ver o verde exuberante dos lagos. Apesar de já ser início de junho e estar quase começando verão do Canadá, havia muita neve ainda, proporcionando belíssimas fotos. Apenas um dia fez em torno de 5° celcius, os outros dias estavam mais quente Fomos e voltamos pela HW-1-A (Bow Valley Parkway), que possui belas paisagens e diversas outras atrações, das quais íamos tirando fotos. No retorno, fomos ao JOHNSTON CANYON, que possui trilha de 1,4 ou 2,6 km., é muito interessante, mas basta fazer a trilha menor. Depois entramos na SUNSHINE ROAD, estrada que começa na HW-1, em um viaduto a 9 km. de Banff, e onde se sobe por uns 10 km., serpenteando entre as montanhas.

Como os passeios foram rápidos e escurece muito tarde, voltamos cedo para Banff e fomos às lojas e novamente ao mercado para nos reabastecer de mantimentos, pois levávamos sanduíches para passar o dia.

Dormimos bem, aproveitando o friozinho e a excelente cama, levantamos mais tarde, pois não teríamos muitos lugares para ir. Eu havia reservado 3 noites em Banff, pela possibilidade de chover algum dos dias, mas isso não aconteceu, e de carro é possível fazer tudo em dois dias. Começamos seguindo a estrada em frente a nosso hotel, até a Tunnel Mountain (só se chega ao túnel por uma trilha), e paramos para ver de longe os Hoodoos, um conjunto de torres de pedras esculpidas pelo tempo, em forma de chaminés. Seguimos depois pela Norquay Road, até a estação de esqui, que estava fechada, mas a estrada proporcionou algumas vistas interessantes, e depois, na entrada de Banff, fomos aos VERMILION LAKES, vários lagos que vão costeando a estrada, e depois seguidos para a SULPHUR MONTAIN, próxima à city, onde paguei CA 32 pelo teleférico até o alto das montanhas, o que achei uma exploração. Tem-se uma vista de 360º das montanha e, ao longe, da cidade e lagos, do Bow River e do Hotel Banff Springs, o maior e mais luxuoso da city. Depois, descemos até esse hotel para umas fotos e para ver as BOW FALLS, uma pequena cascata próxima a ele.

Encerrado o passeio, voltamos às lojas da cidade, pois ainda era cedo da tarde.

 

No terceiro dia, preparamos nossos sanduíches e saímos às 9:00h.em direção a Jasper, indo pela HW1, que é mais rápida, pois já havíamos ido pela 1-A até Lake Louise, onde pegamos depois a CA 93 (Icefield Parkway), que leva a Jasper, num trajeto de 250 km. extremamente belo , no caminho existem incontáveis atrações, pelo que paramos muitas vezes. São tantas, que, como estava garoando um pouco, tirávamos fotos de dentro do carro mesmo em algumas delas. Por sorte o tempo limpava às vezes, nos permitindo chegar nas principais atrações, excluindo apenas o Peyto Lake, pois estava chovendo, e deixamos para ver no retorno.

No caminhamos, passamos então por HECTOR LAKE, CROWFOOT GLACIER, BOW LAKE, BOW GLACIER, WATERFOWL LAKE, MISTAYA CANYYON (imperdível) além de muitos outros locais à beira da estrada. Passamos por outro “pedágio”, mas já tínhamos o ingresso para os parques, e ganhamos outra revista com as atrações do Jasper National Park.

O mico do dia foi pagar CA 105 por um passeio num busão com uns enormes pneus, no Icefield Centre, para ir até as geleiras. Ele só entra cerca de 1 km. e só se vê gelo e neve, que já tínhamos visto muito. Depois nos damos conta de que se enxergava a geleira de longe, e na volta de Jasper percebemos que havia uma estrada, onde se poderia ir de carro até uma altura, e depois caminhando até o início da geleira.

Seguimos para SUNWAPTA FALLS, também imperdível, cascata sensacional em meio a um belo canyon, e depois para a ATHABASCA FALLS, também um canyon e igualmente imperdível. Desse lugar, pegamos uma estrada para o Mount Edit Cavell, mas estava fechado, só abriria na metade de junho.

 

Chegamos a Jasper às 18:30, demos um giro pela city (bonita e organizada), e depois fomos à pousada que havia reservado, BJORN’S BEDS, muito boa, quarto excepcional, proprietários muito atenciosos (fica na parte de baixo da casa, apenas 3 quartos, tem uma sala com mini-cozinha entre eles). Deixamos nossas coisas e fomos ao mercado comprar mantimentos.

Dormimos à vontade, pois não tínhamos muito que fazer no dia seguinte. Fizemos nosso desjejum, preparamos nossos sanduichos para o meio-dia e saímos para conhecer o PIRAMID LAKE (muito bonito, águas verdíssimas) e o PATRICIA LAKE, menos interessante, mas com casinhas muito típicas nas proximidades, pois é uma estância de verão.

Seguimos depois ao MALIGNE LAKE, passando por Medicine Lake. Fica longe, uns 50 km., não vale a pena ir até o Maligne, é mais uma área de veraneio para os Canadenses. Voltamos e fomos ao Maligne CANYON, que fica no início da mesma estrada. Tem uma trilha de 2,6 km. costeando o canyon, a minha esposa ficou no carro, eu fiz toda, mas não vale a pena, a segunda metade da trilha, quando começa-se a baixar em direção ao rio, não tem nada de especial, e chega-se ao nível do rio, onde termina o canyon; depois, tem-se de subir tudo para voltar. O canyon é impressionante, com muitas gargantas e até blocos de gelo, sob os quais corre o rio, além de muitas cascatas e corredeiras. Vale a pena conhecer, mas só até onde se começa a descer, logo após as corredeiras do rio.

Às 15:30 haviamos encerrado os passeios programados, retornamos a Jasper e ficamos percorrendo as lojas em busca de souvenis.

Após um bom vinho e um sono maravilhoso, saímos de Jasper às 9 horas, retornando em direção a Lake Louise, parando as vezes para algumas novas fotos, e chegamos na Columbia Icefield, onde havíamos pago o mico, comprovando ser possível ir até a geleira de carro e caminhando. Na saída, dei uma carona a um mochileiro francês, bom rapaz, que falava um pouco de espanhol, e por ele, paramos novamente no Mistaya Canyon, que valia a pena ver de novo. Seguimos até o Bow Glacier, que estava ainda fechado, mas podia-se ver a geleira ao longe, o PEITO LAKE congelado e coberto de neve. Paramos em outros pontos à beira da estrada, inclusive para ver animais silvestres, e continuamos até o Lake Louise, onde entrei apenas para deixar o rapaz.

 

Dali, seguimos, já depois das 13:30, em direção a Golden, pelo YOHO NATIONAL PARK, onde estava programado nosso pernoite, passando pelo SPIRAL TUNNEL, à beira da estrada, que mostra ao longe um interessante sistema de túneis ferroviários em espiral, e tivemos a sorte de ver um trem passando por eles. Pretendia ir até TAKAKAW FALLS, mas o acesso estava também fechado, só abriria em 20/junho, então seguimos até a NATURAL BRIDGE. Trata-se de um belo rio, com uma corredeira de águas verdíssimas, que passa sob as pedras, formando estas uma ponte. O visual é lindíssimo, com as montanhas nevadas ao fundo, como em toda a região.

Continuamos até o ESMERALD LAKE, que faz jus ao nome, por sua cor verde-esmeralda. Foi o mais belo lago de toda a viagem, com paisagens indescritíveis, proporcionando belas fotos, como cartões postais.

Após esses belos locais não encontramos mais nada de interessante, e fomos para Golden, ficando no Mary’s Motel, que havia reservado por CA 79, mas saiu por CA 90 com impostos. Era bom, com um quarto enorme,duas camas de casal e até cozinha, mas por esse valor poderíamos ter ficado em algum lugar mais atraente. A cidade é pequena, e como chegamos cedo, busquei algum comércio, e encontramos uma enorme loja que tinha de tudo, com muitas ofertas, calças jeans desde CA 10,00. Comprei uma calça Levis por CA 25 e uma calça de abrigo boa por CA 8,00. Para comer, compramos pizza pronta muito boa no supermercado em frente à loja, que aquecemos no microondas do quarto, para comer com o vinho que eu carregava no carro.

 

Saímos pela manhã em direção ao Glacier National Park. A paisagem pela estrada é bonita, com constantes montanhas nevadas, mas só paramos num monumento em homenagem aos construtores da excepcional ferrovia e rodovia Trans-Canadá. Saindo da estrada havia algumas trilhas para se fazer, mas encontravam-se ainda fechadas, devido à neve, como a GIANT CEDAR TRAIL, onde se caminha entre os cedros. Como era cedo, decidimos, então, seguir até REVELSTOKE, uma cidade bonita e também rodeada de montanhas, onde tivemos a sorte e grata surpresa de encontrar uma enorme exposição de carros antigos. Essa parte da viagem foi feita por ter sobrado tempo, pois programara um roteiro de 8 dias prevendo algum dia de chuva e não queria perder as principais atrações, mas o único dia que choveu um pouco estávamos na estrada para Jasper.

Dali, reiniciamos a volta, e no caminho demos carona a outro rapaz, um Tcheco, que estivera trabalhando em uma estação de esqui de Vancouver. Em Golden, entramos em direção a Radium, onde demos uma pequena volta para ver a cidade, uma estância termal famosa, com muitas casas bonitas. Depois, entramos à esquerda da rodovia e atravessamos o KOOTENAY NAT. PARK, que não tem muitos atrativos, mas onde tivemos nova grata surpresa: encontramos primeiro três ursos pretos próximos á estrada, sendo uma família com filhote, os quais filmamos e tiramos fotos. Logo adiante, encontramos um urso pardo, que permitiu nos aproximarmos para boas fotos, e fiz ruídos para que ficasse de pé por alguns instantes. Vimos ainda muitos cervos, e no final do parque, algumas belas paisagens e montanhas, já próximas a Banff.

 

Seguimos até Banff, onde deixamos o rapaz, e depois para CANMORE, 20 km. depois, uma bonita cidadezinha, muito turística também, devido às estações de esqui, ficamos em um motel, localizado na rua principal, cujo quarto era muito bom, inclusive com cozinha e TV 40”.

No nosso último dia, um domingo, dormimos até tarde, passeamos pela cidade e fizemos compras, e depois seguimos para Calgary, onde pegaríamos um vôo noturno para Quebec.

 

Calgary, apesar de bonita, não tem qualquer atrativo turístico, pelo que só andamos pela cidade até o entardecer, comemos num MC Donald’s e seguimos às 20;30 para o aeroporto. O GPS então mostrou sua utilidade, pois estava chovendo, não havia ninguém na estrada, é um tanto complexo sair do centro para o aeroporto. Mas deu tudo certo, apesar de só encontrar um posto para abastecer o carro na entrada do aeroporto.

 

DICAS: A época ideal é a segunda quinzena de junho, ainda é baixa estação, já estarão abertas todas as principais trilhas, e ainda haverá bastante neve nas montanhas, e os lagos já estarão descongelados, salvo o Peyto Lake. Nessa época, não precisa levar muitas roupas para frio, apenas médias e leves, um blusão ou jaqueta, luvase cachecol, e nos dias mais frios coloque várias.

Se pretende conhecer Vancouver e Victória, vai precisar de mais uns 4 dias, e rodará uns 1.400 km. a mais. Vá pela HW-1 até Banff, volte a Vancouver a partir de Jasper por outro caminho. Mas vai ter que contar com dias bons, especialmente para fazer o trecho entre Banff e Jasper, pois não retornará por ali. Por isso, é sempre bom prever algum dia a mais, para o caso de chuva, e para esse, deixar para procurar hospedagem. Existem muitas em todas as cidades e também nas nas estradas. Procure se abastecer de mantimentos e bebidas nas cidades maiores (Calgary ou Vancouver), pois nos parques é tudo muito caro.

Os locais a conhecer são muito bem sinalizados, a revista que dão ou algum folder no aeroporo são suficientes.

  • Amei! 1
  • 1 mês depois...
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Postado

Karen,

A parte das Montanhas Rochosas fizemos em 8 dias, para os quais aluguei um carro por um total de CA 240,00. De carro, faz-se tudo mais rápido, pode-se sair mais cedo e não se perde tempo como em grupos, por isso não seriam necessários tantos dias. Mas a previsão marcava chuvas, e não queria perder nada, então estendi alguns dias mais. Mas o único dia de chuva foi o da ida de Banff a Jasper, e ainda assim permitiu ir visitando alguns lugares. Nesse prazo faz-se uma viagem tranqüila, sem correrias, verdadeiras férias, pois o lugar é maaaaravilhoooooso.

Nós chegamos em Banff no dia 29 de maio, por isso ainda havia muitos lagos nevados.

Infelizmente não tive tempo para incluir fotos, mas vou enviar um relato separado com elas.

Um abraço.

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