LAS VEGAS e GRAND CANYON

[Unirio Jelinek]

O roteiro de viagem que eu montara previa iniciar por Las Vegas. Mas o bilhete direto para lá era muito caro, então comprei até Los Angeles, a US 400 a menos cada, de onde faria uma excursão de 3 dias até Las Vegas e Grand Canyon. Depois, vi que a passagem para Las Vegas era barata, e comprei ida e volta de Los Angeles. Chegamos às 11h. da manhã, depois de um vôo infernal com a American Airlines, a pior das grandes companhias aéreas do mundo. Afirmo isso porque já viajei com a maioria delas, e também com muitas menores. O avião é velho, apertado, os bancos quase não reclinam, o serviço de bordo é básico, e as comissárias uma velharada pouco simpática. Fizemos conexão em Miami, o vôo chegou às 3:00h e só havia o serviço de imigração às 4:00 h., pelo que esperamos uma hora no próprio avião. Não havia ninguém para dar informações, e se não fosse auxiliado por outro brasileiro do vôo, não sei como encontraria a imigração e como descobriria depois o local para colocar as malas para seguirem viagem, pois não se faz novo check-in.

Em Dallas nos fizeram descer, não sei por que, pois seguiríamos no mesmo vôo para Los Angeles. Mas o piloto não apareceu, esperamos novamente por cerca de 1 hora.

Em LA pegamos um vôo às 14:15h. para Las Vegas, chegando às15:30h., depois de 28 horas de vôos e aeroportos. Dá para ir à China nesse tempo!

Havia reservado o Hotel Excalibur, por ter o melhor preço e informações, mesmo ficando numa ponta da STRIP (avenida onde estão os principais hotéis/cassinos). O preço contratado era de US 39,00/noite, mas ao sair me cobraram mais US 14,00 de ‘taxa de resort’. Parece que todos fazem isso, apesar de não ter usado nada deles, e não oferecerem serviço algum. Paguei US 15,00 de taxi para chegar lá.

Os quartos são excelente, com bela vista da cidade. Não tem frigobar, mas máquinas de gelo (gratuito) e de bebidas nos corredores. O problema, que acontece em quase todos os outros, é que se entra por dentro dos cassinos, com mala e tudo, atravessando-o por inteiro até chegar à recepção, onde um ou outro fala espanhol. No primeiro andar, tem lojas, Mc Donald’s e Pizza Hut, além de restaurantes.

A cidade é bonita, especialmente à noite, pela profusão de painéis eletrônicos e pelos hotéis com motivos temáticos. De dia não tem muitos atrativos, até porque não dá para andar muito, o sol é inclemente. O pessoal fica jogando mesmo, nas milhares de máquinas que existem em cada hotel, que abrangem cerca de um quarteirão cada. Dos chamados shows gratuitos dos hotéis, só vimos um chafariz com show de águas em frente ao Belágio Hotel. Não encontramos nenhum outro. À noite, todavia, existe uma profusão de shows pagos, muita gente oferecendo ingressos pelas ruas, e nos hotéis tem folders com a programação, mas são caros. Muitos hotéis tem shows internos, o Excalibur tem um PUB onde havia uma boa banda de rock. O problema é que tem-se de caminhar muito para ver o que existe em um ou outro.

O verdadeiro show gratuito e imperdível é a VERMONT STREET, que fica a uns 10 km. da Strip, pega-se o busão chamado DULCE (US 5,00). É uma rua com uns 5 quarteirões cobertos por uma abóboda, formando um enorme painel eletrônico, onde passam clips e fantásticos shows de luzes. Quando fomos, havia também 3 bandas de rock na rua, que possui cassinos, lojas com produtos em conta, restaurantes e até Mc Donald’s.

Quem quiser abarrotar as malas deve ir ao Outless, que fica próximo à Vermont Street. Pelas atrações existentes, acho até que o melhor seria se hospedar por lá mesmo, mas não vi hotéis, não sei eram nos cassinos.

 

Como meu objetivo principal era ir até o Grand Canyon, havia comprado pela internet um tour, através da “Las Vegas Grand Canyon Tours”, por US 79,00 cada. Quando cheguei, tive que ligar do hotel para informar nosso quarto, e viriam nos apanhar às 6:30 da manhã. Li antes que alguém esperara mais de 2 horas, pelo que não me preocupei muito com o horário, descemos já próximo à hora, mas o hotel é imenso (3.000 quartos), e demoramos um pouco para chegar ao local previsto, talvez uns 5 minutos além do horário. Esperamos 2 horas e não apareceu o busão que nos levaria. Liguei para a Vision Holidays, que faria o tour, disseram que já havia saído, e me ofereceram outro para 3 dias depois somente. Como só tinha um dia mais, não adiantou reclamar, tive que comprar o tour de uma agencia na Strip, pagando US 115 por pessoa. No dia seguinte, a outra empresa veio no horário, mas como faltaram passageiros de nosso hotel, esperou quase meia hora. Então, aqueles outros haviam sacaneado mesmo, pois não esperaram sequer 5 minutos, e vi diversos outros bus aguardando os passageiros.

O novo preço pago na verdade foi uma exploração, pois a agência ficou com US 50 e a prestadora do tour com os restantes US 65. O pior é que além de nos sacanear, a do dia anterior ainda por cima debitou US 89 cada em meu cartão, e não os US 79 que constavam da reserva.

O ônibus que apareceu era relativamente novo, mas extremamente apertado, com 60 bancos.A viagem é longa, 450 km., e a motorista falava em inglês sem parar. Chegamos já à tarde, ganhamos um lanche num ponto da estrada, e quando chegamos, havia apenas uma trilha para fazer, costeando o canyon, de umas 2 horas (parando muito).Foi muito pouco para aquela viagem toda, pois só retornamos ao hotel às 10 h. da noite (os últimos a serem deixados), num enorme cansaço.

Um amigo que foi até lá também alugou um carro, ao chegar pagou US 25, mas tem direito a utilizar um ônibus que sai a cada 15 min., pode-se descer em muitos pontos, inclusive no Rio Colorado (que sequer vimos com o tour), e ir pegando outros ônibus, como nos sight-seeing urbanos. O roteiro e as vistas são imensamente melhores. Acho que para quem estiver acompanhado, é a melhor opção, pois pode dormir na Village junto ao Grand Canyon South (hotéis entre US 180 e 250), ou em Williams, a 88 km., com motéis a partir de US 70. Vai-se num dia e volta-se no outro.

Pode-se também ir de ônibus, mas não comprovei se existe um noturno, pois caso contrário precisará de 3 dias para ir, conhecer e voltar. E no trajeto de ônibus não existe nada para ver, só deserto.

Existem diversos outros tours saindo de Las Vegas, como o River Raft Tour, de 20 km. pelo Rio Colorado, que custa US199,00, o Bryce Canyon, feito em 4x4 ao custo de US 239 e o Valley of Fire, por uma reserva indígena, que custa US 119,00.

[thaiszundt]

Pessoal, também fiz o trecho Las Vegas - Grand Canyon. Os relatos estão em meu blog www.proximosdestinos.com Abraços!