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O Cavalinho é o ponto mais crítico, bem exposto. Procura no Youtube pra ter uma ideia. Se tiver medo de altura sentirá dificuldade.

O Mergulho também é difícil, mas é menos exposto. Mas tem que descer com cuidado, de preferência sem mochila. Leve um cordelete pra auxiliar na descida.

Outro ponto que pode causar medo é o Elevador, mas este só pra quem tem muuuito medo de altura. É uma escada de grampos, uma via ferrata.

E depois que alguém aí atrás falou que desceu uma encosta de pedra de esquibunda porque estava molhada me lembrei deste trecho. É uma encosta de pedra com uns 45° de inclinação. Seco desce normalmente, molhado vai ter que dar um jeito...

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Otávio, tudo bom?

 

Tem outros trechos de exposição ou é só mesmo o cavalinho?

 

Temos medo de altura e travamos quando sentimos que há risco de queda.

 

Abraço!!!

 

Rodrigo Cavalcante

Se realmente trava melhor pesquisar bem o cavalinho antes.

Uma amiga argentina tb tinha medo (só soubemos disso lá), mas havia outro grupo que encontramos, experientes e a acalmou. E ela acabou indo.

Mas é aquela coisa... o que não tem medo sobe, passa a corda e os outros nem olham para o lado.

No elevador também, sobe e nem olha para baixo, fiz isso, mas não por medo, mas quando olhei, bateu cagaço, mas já tinha ultrapassado.

Mas a visão de todo o trajeto supera esses perrengues.

  • 1 mês depois...
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Fala galera,

 

Agradecendo pelas ricas informações que colhi aqui, vou postar aqui - e no tópico oficial do PARNASO - as informações que achei relevantes, considerando minha logística e a forma como realizei a travessia. Não vou escrever um relato [EDIT: Ficou do tamanho de um relato, hahahahaha] em um novo tópico porque já tem vários, vou direto ao que interessa, seguindo a ideia deste tópico aqui. Já peço desculpas pela prolixidade, mas acredito que detalharei bem a quem estiver com alguma dúvida.

 

LOGÍSTICA

 

Neste aspecto, eu optei por uma forma bem "confortável" de fazer a travessia. Reservei uma diária em Petrópolis para um dia antes, e uma diária em Teresópolis para o dia que terminasse a travessia. NÃO ME ARREPENDO nem um pouco de ter feito assim, pois pude começar a travessia descansado, e pude descansar logo ao termina-la também. Sendo assim, saí de BH e fui direto para Petrópolis, fiz check in no hotel as 13h, deixei a mochila e o q usaria na travessia lá, almocei e desci para Teresópolis para deixar o carro lá e subir de ônibus pra Petrópolis novamente.

 

- Do centro de Petrópolis até a portaria do Parque em Teresópolis são 65km, feitos em 1:30h pois passa por uma serra a partir de Itaipava onde a velocidade média não ultrapassa os 60km/h. (Tinha outra opção de trajeto de 90km, segundo o Google Maps, creio que esta desce a serra sentido RJ e passa por Magé).

 

- O estacionamento do Parque em TERESÓPOLIS custa R$10 por dia em que o carro fica lá. NÃO HÁ ESTACIONAMENTO EM PETRÓPOLIS, embora próximo a portaria do parque de lá eu tenha visto placas anunciando estacionamento por R$10 e R$20 a diária nas pousadas e campings. MINHA OPINIÃO: Se for de carro, faça toda a logística no primeiro dia, estacione em Teresópolis e suba para Petrópolis de ônibus. Ao terminar a descida interminável do terceiro dia de travessia, tudo que você vai querer é chegar no seu carro, ter uma roupa limpa pra trocar, e tal. Fora que a estrutura do Parque em Teresópolis é de primeira. Estacionamento amplo, vários banheiros, e tem guardas vigiando os carros 24h.

 

- Tem um cara que fica na portaria de Petrópolis e desce com seu carro para a portaria de Teresópolis, ele cobra R$160. É uma opção também, pois você pode dirigir até direto na portaria em Petró, deixar o carro com ele e pegar o carro quando chegar em Terê. Me pareceu ser confiável, é guarda do parque e faz o serviço na troca de turno. Um casal contratou ele assim que chegamos para a travessia, e quando terminamos, lá estava o carro do casal perto do nosso.

 

- Há vários locais de estacionamento na sede Teresópolis, ao estacionar lá, suba a rua de pedras (a única) até o fim dela, quando chegar a uma barragem, e deixe o carro lá, pois é lá que a trilha termina, não sendo necessário você descer a rua a pé quando terminar a travessia, já cansado e de mochila.

 

- Passa um ônibus coletivo da portaria do parque em Teresópolis até a Rodoviária, não rola de ir a pé pois é bem longe. Os taxis cobram R$25 em média. Uma funcionária da portaria do parque me buscou onde deixei o carro (2km desde a portaria) e me levou até a rodoviária pelo preço do taxi (brazilian way). Fiz isso pois eram 14:40 e o ônibus sairia as 15h da rodoviária, depois só 17h (Sim, os ônibus saem de 2 em 2 horas).

 

- Tinha um guarda do parque terminando seu turno e ele faz o trajeto para Petrópolis por R$200. Como eu estava sozinho, era inviável, talvez pra 4 pessoas seja uma boa. Fui de ônibus... O ônibus Tere - Petró custou R$17, é executivo, leva uma hora até Itaipava, e de lá mais meia hora até Petrópolis. Convém descer já em Itaipava num terminal que esqueci o nome (só perguntar ao motorista), e tomar um coletivo de R$3,50 que vai até o Centro de Petrópolis com 40min de viagem. Pra quem se hospeda no Centro de Petrópolis, é mais fácil assim do que seguir no executivo até a rodoviária de Petrópolis, porque lá é mais longe, e tem que pegar coletivo do mesmo jeito. Saltei deste coletivo (cujo número não me recordo, mas é só perguntar lá tb) na praça da Liberdade e fui a pé algumas quadras até o hotel. Esta é a primeira vez em que você percebe que fez a coisa certa levando o carro para Teresópolis e subindo leve, descansado e sem mochila. A segunda vez é quando você termina a travessia e percebe que não terá que pegar os três ônibus até Petrópolis. :lol:

 

- É possível ir do Centro de Petrópolis até quase (1km aprox, subida) a portaria do parque de ônibus, mas optamos inicialmente por taxi. Os valores sem taximetro começaram em R$150, baixou pra R$120, R$80 e por fim um amigo de um rapaz do hotel me fez por R$50 (brazilian way - pt. 2, tenho o contato dele). Vale a pena pois de ônibus é cerca de 2 horas de viagem em 2 coletivos provavelmente lotados por conta do horário, e é longe demais, de carro deu 40 minutos.

 

- Minha hospedagem em Petrópolis foi no Hotel Serra da Estrela, por R$ 150 a diária em quarto duplo com café, se quiser saber mais, procure no booking, fiz a avaliação lá.

 

- Minha hospedagem em Teresópolis foi no Hotel Intercity por R$140 a diária em quarto duplo com café, hotel EXCELENTE! Sem dúvidas o melhor da cidade e mais barato que todas as pousadas que olhei. O hotel fica no centro, próximo a rodoviária, a uns 10min de carro desde a portaria do Parque.

 

Sobre logística é isso, extenso porém detalhado. Amanhã posto sobre a travessia.

  • Colaboradores
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A TRAVESSIA

 

ATENÇÃO: LEVE IMPRESSO OU PRINT NO CELULAR O DETALHAMENTO DE SUA COMPRA NO PAGSEGURO, QUE É EMITIDO QUANDO VOCÊ FAZ A RESERVA NO SITE DO PARNASO E EFETUA O PAGAMENTO! Eles estão a 2 meses sem internet na portaria de Petrópolis (sim!) e não tem como consultar a sua reserva quando você chega lá. Se você não tiver o detalhamento em mãos, você simplesmente não entra, e na portaria não pega celular. A opção é uma pousada que fica 1km rua abaixo que pode disponibilizar o wifi para você acessar sua conta no pagseguro ou email e tirar o print da tela, que foi o que eu fiz, me atrasando 40min para começar a trilha.

 

Sobre a trilha:

 

- A questão "guia" é um assunto bem particular. Eu não gosto, primeiro pq gosto de caminhar no meu ritmo, parando sempre que quero e também porque eu gosto muito de passar horas e horas e dias e dias estudando o percurso (Google Earth, logs no wikiloc, relatos, etc.), e gosto do desafio de estar por minha conta com o que eu estudei, creio que isso faz você prestar muito mais atenção no percurso do que se ficasse olhando apenas para o calcanhar de um guia durante a trilha toda. PORTANTO, fiz sem guia, e digo que é tranquilo se:

 

1. Você estudar BEM a trilha: mas BEM MESMO, principalmente no Google Earth, que é em 3D então você consegue seguir a trilha e ter visões panorâmicas para se orientar enquanto decora tudo;

 

2. O tempo colaborar;

 

3. Você levar um GPS ou mesmo um log no Wikiloc. Arrisco dizer que com o wikiloc você nem precisa estudar a trilha, mas é aquilo né, celular pode pifar, cair e quebrar, e você ficar na mão. Um power bank também é importante para recarrega-lo :)

 

PRIMEIRO DIA - PETROPOLIS > AÇU

 

Só subida. Ganho de 1100 metros em 7km, a trilha é perfeitamente demarcada e há placas nas bifurcações (seguir sempre "Morro do Açu). A única dúvida fica logo após a Izabeloca (que não é nada perto do que você já terá subido até lá, portanto não se preocupe), em que você chegará no chamado "Chapadão" (piso em laje/rocha). Chegando lá, você virará para a esquerda e seguirá as setas amarelas fincadas ao chão e os totens. Não sei com tempo ruim, com tempo bom é tranquilo, e eu peguei o céu sem nenhuma nuvem no dia, perfeito.

 

Saimos 9:30 e chegamos no Açu 15:30, sem pressa, ritmo leve. Há ponto de coleta de água no Ajax, mais ou menos metade do caminho e do esforço.

 

SEGUNDO DIA - AÇU > SINO

 

Mais uma vez, se o tempo estiver bom é tranquilo. Recomendo subir até o alto do castelo do Açu, pois de lá você consegue ver todo o trajeto (Morro da Luva, Morro do Marco, Morro do Elevador, Dinossauro, Vale das Antas e a Pedra do Sino junto a cadeia da Serra dos Órgãos.) Visto isso, é só seguir o rumo. Há MUITOS totens no caminho, ou setas amarelas fincadas nas pedras, ou mesmo desenhadas. Se você andar por 20 minutos sem ver nenhum desses sinais, volte até o último e reavalie seu trajeto.

 

O elevador é tranquilo de subir, lembrando que o ideal é apoiar somente as mãos nos ganchos, os pés podem ir na pedra mesmo, achei mais fácil subir assim. O mergulho eu achei a parte mais divertida, pois tem que se traçar uma estratégia para descer se não tiver corda. Tira mochila, desce o primeiro lance, pega a mochila, joga pra baixo, desce o segundo lance, chuta a mochila até o chão e desce o resto, algo assim, tranquilo, porém tem que ter atenção e cautela.

 

O cavalinho foi complicado, pois o tempo estava fechado desde o Vale das Antas e estava ventando muito! Pra piorar, eu esqueci de colocar a corda na mochila, então teria que passar sem corda. Tentei, subi pela esquerda, mas não rolou, uma rajada de vento me deu uma balançada e voltei, já contando com a ajuda de um grupo que vinha logo atrás, a meia hora de mim. Aguardei o pessoal, eles estavam com guia, que por sua vez estava com corda. Acabamos passando com eles. Acredito que se tivesse corda eu conseguiria passar, mas teria que aguardar uma janela sem vento porque a ventania estava tensa! Logo após o Cavalinho há um lance ainda mais técnico, onde acho impossível subir de mochila, mas esse lance não é exposto ao abismo, então você pode se enrolar do jeito que quiser até subir. De lá até o Abrigo são mais alguns minutos de caminhada, apenas.

 

Uma dica: Logo que você passar pela placa de bifurcação que indica "Travessia", "Pedra do Sino" e "Abrigo", ao tomar a direção do abrigo, terá uma descida, e depois a trilha vira para a ESQUERDA. Fique atento pois há uma falsa trilha que segue reto. Um grupo que saiu tarde do Açu neste dia passou ali por volta de 18h e ficou perdido, foram salvos graças a um apito de emergência que usaram e ouvimos, daí o guarda subiu para localiza-los.

 

Saimos 7:30 e chegamos no Sino 14:30, ritmo mais puxado. Há alguns pontos de coleta de água, mas todos estavam secos, até o riacho que antecede o elevador.

 

TERCEIRO DIA: SINO > TERESOPOLIS

 

Se você é biologo, este é seu dia. É uma mata com trilha aberta (1,5m) sem fim, em zig zag. São 10km até a barragem que parecem não mais acabar, dada a monotonia do visual e de ser só descida, o que castiga os joelhos.

 

Saimos 8h e chegamos no fim da trilha (barragem) 11:30h.

 

É isso. Mais um relato para agregar ao tópico.

  • 1 ano depois...

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