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Dia 08: Acordei cedo, terminei de arrumar minha mochila para seguir até Porto de Galinhas ou Olinda. Como havia previsão de chuva e o dia nascera ensolarado, decidi seguir até depois de Ipojuca, onde fica a praia de Porto de Galinhas. Depois do café da manhã, perguntei como se chegava lá de ônibus. Do albergue é só pegar a primeira condução até o aeroporto (R$2) e depois outra para a praia com ar-condicionado (R$9,8). Fiquei no ponto quase 1h esperando. A viagem dura em torno de 01:30 e você tem a opção de descer bem no centro. Andei mais 5 minutos até a orla. A cada três segundos você é interrompido por uma pessoa querendo te oferecer cadeira, barraca, comida, bugigangas (quem já foi à Fortaleza sabe do que estou falando)! Caminhei por 30 minutos até achar um local calmo e vazio. Deixei minhas coisas na barraca, comi um queijo quente bem gostoso e tomei uma Skol (R$10). Depois de algum tempo criei coragem para entrar na água, nesta hora o sol já estava mais forte. Fiquei olhando sempre para a areia e vi um senhor se sentando só na barraca da esquerda e uma moça na direita. Continuei aproveitando as ondas e a maré que não puxava. A água não era nem quente, nem gelada, mas na temperatura ideal. Quando vejo, a mulher estava na água e próxima a mim, tremia de frio. Olhei para minha barraca novamente e o senhor havia sumido, a mochila continuava no mesmo lugar, felicidade percorreu meu corpo. Ela começou a puxar assunto e para nossa surpresa ela também fazia um mochilão e estava no albergue dali. Conversamos por quase uma hora quando decidi sair para caminhar e almoçar. Mais à oeste tem uma praia onde se pode praticar surfe. Andei até meia-dia quando resolvi voltar, meu estômago já reclamava de fome. Andando novamente pela avenida central achei um restaurante self-service barato e muito gostoso (R$7,5). Durante a digestão vaguei por ali e achei uma loja bacana que vende vestidos com estampas únicas (R$89). Duas horas eu resolvi voltar, não queria chegar muito tarde na capital. Desta vez eu peguei o ônibus da massa, sem ar-condicionado (R$5,3). Às 16:00 cheguei no albergue, banhei e fui para a piscina aproveitar o restante do sol.

 

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  • 3 semanas depois...
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Dia 09: Acordei cedo, aproveitei que o quarto estava vazio e fui direto para o chuveiro. Para minha sorte, já haviam consertado. Desci e fiz um café da manhã reforçado. O dia estava nublado e decidi conhecer os entornos do bairro Boa Viagem. Fui até a praia, ao qual ao se chegar vê-se diversas placas "Cuidado: Tubarão", "Danger: Shark". Andei por alguns minutos até achar um canto isolado e com cadeiras de graça. Não fiquei sentada uma hora e uma chuva despencou, peguei minha coisas e fui me abrigar próximo ao vendedor de caldos daquela orla, que por sinal faz um excelente trabalho com o caldo de feijão! Voltei com as havaianas na mão, correndo na chuva que lavava Recife. Ao chegar no albergue tomei outro banho e fui dormir, não havia o que fazer naquela tarde, então liguei para um amigo e marcamos de ir ao shopping. Vi um filme tão ruim, mas tão ruim, que mal me recordo o nome. Saímos de lá quase 21:00, peguei um táxi, já que estava muito escuro. Aproveitei a noite para dormir bastante e descansar para meu último dia em Pernambuco.

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Dia 10: Amanheceu meu último dia na capital pernambucana e a chuva fina não parou o dia todo. De manhã, devido ao mau tempo, fui caminhar na orla da Boa Viagem. Meu almoço nesse dia se resumiu à um sanduíche que é vendido na esquina, por sinal uma delícia! Voltei para o albergue e resolvi dormir. Acordei já tarde, quase com o pôr do sol, resolvi dar mais uma caminhada. Cruzei a esquina e vi o ponto de ônibus vazio, enfiei a mão no bolso da calça jeans e retirei o papel com as diretrizes para visitar Porto de Galinhas e Olinda. Olhei de relance para o céu... Cinza! Bem, o pior pesadelo de um mochileiro é chuva. Pior que isso, é ficar o dia todo dormindo e não curtir a viagem! Parei uma senhora que esperava um ônibus e perguntei qual pegava para Olinda. A senhora me disse e ainda ligou para o esposo para checar se era aquele mesmo. Trinta minutos no ponto e eis que surge o bendito... Cheio! A passagem é um pouco mais cara (R$3,2). São mais trinta minutos de viagem e logo pude ver o mar revolto de Olinda. Não sabia em qual ponto descer, demorei demais e acabei ficando quase no final da cidadezinha. Voltei caminhando pelas vielas sujas e vazias. Algumas pessoas estranhas cruzavam meu caminho e eu rezava para nada de ruim acontecer. Caminhei reto a vida toda e depois de algum tempo vi uma praça. Bem próximo estava o albergue de Olinda, fiquei parada ali na frente ponderando se pernoitava ou não. Decidi que não, a perna de Recife até Natal tinha sido barata (R$80) mas não valia a pena arriscar a rodoviária até João Pessoa. Caminhei pelos morros e praças, não havia uma única alma ali para me acompanhar! Não fiquei uma hora e decidi pegar o ônibus de volta para a capital. Um maldito engarrafamento me pegou na volta e a viagem durou o dobro. Desci duas ruas antes e fui olhando as lojas e os nativos. Decidi comer uma tapioca (R$2), que por sinal foi a melhor de todas, e ir arrumar as coisas para meu voo até Natal.

 

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  • 1 mês depois...
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Dia 11: Não aguentava mais o marasmo de Recife. Tinha sido a pior capital até agora. Não consegui encontrar minha amiga, não consegui fazer colegas, enfim, tudo estava errado. Além do albergue realmente ter me irritado, choveu. As pessoas de Recife (não a totalidade, claro), mas em sua maioria é avessa à turistas, além de, ao contrário dos sergipanos, serem bem sujos. Bem, meu voo iria sair à tardinha, então almocei um lanche na esquina (R$5), acho até que já falei bem dele aqui, e fui dormir para encarar mais alguns dias no Rio Grande do Norte. Fiquei no aeroporto algumas horas à mais, para variar, embarcamos com 1h de atraso. Cheguei às 17h em Natal, fiquei do lado de fora do aeroporto esperando o único ônibus passar, e para minha infelicidade, um tinha acabado de sair dali. Deu 18h e nada, já estava escuro, resolvi que seria mais seguro pegar um táxi do próprio aeroporto, coisa que não gosto, e o cara queria me cobrar R$65 até Ponta Negra. Me neguei a pagar o preço combinado e ele acionou o taxímetro. A viagem da cidade de Parnamirim até Natal dura em média 25-30min com engarrafamento. Até a porta do Lua Cheia Hostel deu R$59. Quase morri ao entregar o dinheiro, mais não queria arriscar andar de ônibus à noite sem conhecer a cidade. Fiz meu check-in e paguei os R$132 de hospedagem. O albergue tem um estrutura realmente bonita, coloquei minha mochila no quarto e fui jantar. Vaguei pelas proximidades e nada. Desci até a orla da praia e achei uma refeição completa por R$16, prato feito com camarão e batata-frita, caríssimo. Enquanto eu tomava minha caipirinha um homem ao lado devorava um prato gigantesco, do nada ele caiu com a cabeça na mesa, parecia que tinha desmaiado. O copo virou molhando tudo e ele não acordava. Fiquei assustada e chamei o garçom, que me disse que o gringo bebia desde o pôr-do-sol. Paguei minha conta (R$22) e voltei pelo mesmo caminho, vendo os ambulantes e um homem que pregava com um carro de som bem ali perto.

 

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Editado por Visitante
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Dia 12: Acordei cedo para tomar café da manhã. Queria pegar todos os tipos de pães e sucos, estava realmente morta de fome. Eram 6:30 e, para minha surpresa, já tinha gente acordada. Me servi bem, o café deles é bem variado, e fui comer. Conheci Ed, um rapaz um pouco mais velho e também mochileiro. Ficamos conversando e o disse que ainda não tinha planos para o dia, mas que queria algo independente. Ele me disse que ia ao Forte dos Reis Magos, topei. Pegamos um ônibus na rua principal de Ponta Negra (R$2,50) que nos levou até o início da Praia dos Artistas, do outro lado da cidade. Andamos pela orla por mais de 45min até chegarmos ao Forte. A entrada custa R$5 e pode ser guiada ou não. Resolvemos que não iriamos esperar outras pessoas e fomos caminhando pelo local que possui placas auto-explicativas. Fiquei um pouco decepcionada, não tem nada de legal lá, além de ser uma das construções mais velhas de Natal. A vista é bonita, a construção tem o charme europeu e só! Ficamos 1h lá e resolvemos voltar caminhando pela beira da praia. Banhei por mais 2h, quando deu meio-dia, resolvemos almoçar. Qualquer restaurante, mesmo no mais simples, uma refeição pra dois não é menos de R$60. Achamos um absurdo e resolvemos voltar à pé, uma caminhada de mais 45min, pois ali a mão é única e não há táxis. Chegamos numa pracinha onde tinham 2 táxis, resolvi perguntar quanto era uma corrida até Ponta Negra. O senhor, já bem idoso, disse que era R$20. Resolvi negociar e depois de muita lábia ele fez por R$10. O sol estava tão quente que Ed não resistiu e concordou também. Descemos na rua principal, já perto do Morro do Careca. Descemos a viela íngreme e fomos procurar um restaurante para almoçar. Depois de andar até o final descobrimos um Self-Service excelente (Restaurante da Praia) e paramos ali. Por R$12 você come o quanto quiser e tem direito à dois tipos diferentes de carne. Almoçamos e demos um tempo ali na praia. Voltamos para o albergue e tinha uma menina dormindo na beliche ao lado da minha. Carol, uma paulista que também estava no meu quarto, tinha ido até Pipa, então aquela só podia ser uma nova colega. Ela acordou e vi pelo seu jeito que era estrangeira. Conheci então Susanna Aho, uma finlandesa super simpática com quem tenho amizade até hoje! Tomei um banho e dormi. Quando acordei, perto das 16h, resolvi descer para ver o Pôr-do-Sol, convenci-a à ir junto. Ficamos na praia conversando até às 19h, depois tomamos um açaí e apresentei-a ao nosso delicioso suco de Cupuaçu. Voltamos já era tarde, quase 21h, eu precisava dormir para decidir o que fazer no amanhecer de um novo dia.

 

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Dia 13: Meu último dia em Natal, acordei e fui tomar café. Carol já tinha voltado de Pipa, Ed estava na mesa e Susanna ia mudar de albergue. Nos encontramos e decidimos ir juntos até o maior cajueiro do mundo, numa cidadezinha no interior. De última hora duas novas pessoas se juntaram ao nosso grupo, Dário e Rico. Fomos os cinco caminhando pela cidade até encontrar o tal ponto de ônibus em que pegaríamos a condução (R$3,50). A viagem dura no máximo 30min e é bem gostosa. Passamos pelas cidadezinhas do litoral Norte até chegar em nosso destino. O cajueiro é realmente incrível, sem contar nos micos que passeiam por ali (R$2). Com uma área de 8500 m² e produzindo de 70 a 80 mil cajus, a árvore está viva e bem preservada. Uma curiosidade: continua crescendo! Tomamos um refrigerante de caju, que é uma delícia, e depois comemos uma tapioca de camarão que é ainda mais gostosa (R$3,50)! Resolvemos ir mais adiante, uma praia ainda bem natural. Esperamos o ônibus por mais de 1h! Parece que demorar séculos para passar... Mais 30min de viagem e chegamos. Às dunas com praias cristalinas ficam do outro lado, mas, devido ao calor, resolvemos não ir até lá. Andamos pela praia até às 16h, quase uns 10km, quando já não conseguíamos mais caminhar de tanta fome. Paramos no único restaurante de toda a extensa orla, pedimos dois peixes e tudo saiu por R$60 (para 5 pessoas comerem). Quando deu 17h ficamos no ponto esperando o ônibus para Natal, na madrugada daquele dia eu iria embora, Ed e Carol também. Nos divertimos bastante e chegamos na capital quase 19h. Tomamos banho e fomos lanchar num restaurante natural que tem bem próximo à orla. Uma hora da manhã eu iria para o aeroporto. Por sorte do destino Carol pegaria o mesmo voo até Salvador, onde desembarcaria e eu continuaria até Belo Horizonte. Depois de 14 dias no Nordeste, só tenho uma coisa a dizer... SAUDADE!

 

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