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Viagem para Índia e Nepal

 

 

(Viagem realizada em Novembro/Dezembro 2007)

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Taj Mahal, Agra.

 

 

Olá mochileiros,

esta foi a minha 7° viagem como mochileiro. A segunda fora da América Latina.

 

Como na minha ultima viagem para 9 paises da Europa, planejei toda a viagem com muita antecedência, esta vez baseado no Guia “Índia” do “lonely planet”.

Pesquisei as companhias aéreas e os hotéis e guest-houses conforme o meu roteiro planejado. Faltando mais ou menos 30 dias até o dia da viagem planejado, a segunda-feira, dia 05.11. 2007 comprei a passagem aérea e comecei de reservar os hotéis na internet.

 

O meu roteiro foi o seguinte:

 

Com avião SP – Londres – Nova Delhi

Nova Delhi – Jaipur – Agra – Nova Delhi - Varanasi (a antiga Benares) – Kathmandu – Kolkata (Calcutta) – Mumbai (Bombay) – Goa – Nova Delhi.

Com avião Nova Delhi – Londres – SP.

 

 

 

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"Main bazar", na frente de New Delhi railway station, Delhi.

 

 

Por que a Índia?

 

Desde jovem na escola ouvindo sobre a Índia estava curioso sobre este país. O mais que queria entender como podem viver tantas pessoas juntos num espaço relativamente pequeno. Na altura, no meu ultimo ano na escola em 1958, Índia tinha a volta de 400 milhões de habitantes. Havia relatos de secas e fomes periódicos. No meu livro de escola dizia que os problemas da Índia são tantas que tentar resolver estes, compara-se á

tirar as montanhas do Himalaia para baixo com uma pá.

 

O fatalismo e conformismo do povo indiano continuam?

Karma e reencarnação são bases da religião. Não existe o final do céu ou inferno como no Cristianismo. Todo é uma seqüência de vida, morto e reencarnação até após uma seqüência muito positiva se chega a liberação deste ciclo.

Portanto se estou mal na vida atual, isso é conseqüência da vida anterior. Pouco ou nada se pode fazer para mudar a vida atual. Que então adianta de lutar por uma vida melhor?

 

Bom o que estou dizendo, eu li em livros, a verdade são as pessoas na rua. Acho que eles lutam e muito para vencer o dia a dia, mas os meios e os fatos cruéis à volta não dão muitas chances para alguém que vive na miséria ou asfixiado pelos costumes em que vive a sociedade.

 

O que vi, se um jovem quer um moto ou um carro também aqui na Índia vendo a chance de chegar lá ele luta para conseguir, tal como se luta aqui no Brasil.

 

Hoje Índia tem 1,1 bilhões de habitantes, anualmente a população aumenta em torno de 22 milhões de habitantes, a densidade de habitantes por km² é uma das mais altas do mundo. Estes números por si já são assustadores especialmente para um meio ambiente que em todos os lugares mostra que se chegou ao limite da resistência.

 

Queria ver se a tarefa de resolver os problemas da Índia continua tão grande como falava o meu livro de escola ou se existe uma possibilidade de chegar a uma melhoria para não só 50 ou 100 milhões de pessoas, mas para todos.

Fui por isso que não queria ver só o Taj Mahal ou os últimos Tigres em reservas. Queria ver as cidades grandes e como vivem lá as pessoas. Como as cidades absorvem a fuga das pessoas do campo, onde vivem ainda 75% da população contra só 19% no Brasil.

 

Diário:

 

05.11. – 07.11. 1° - 3° dia, SP – Londres – Nova Delhi com British airways.

 

Como falei já tinha comprado no dia 14.09. na internet a passagem. Tinha simpatizado com a Air France via Paris, o preço era quase igual o da British, mas no dia 14.09. de repente custou umas 500 Reais a mais. Para não sofrer um aumento igual na British, resolvi de comprar neste dia mesmo e paguei 1056 Euros, portanto 2693 Reais para a viagem de ida e volta.

Agora no dia 05.11. só precisava ir para o check in sem esperar na fila e despachar o meu saco de viagem. A partida era as 18.10. e chegada em Londres no dia 06.11. as 07.15 local time, portanto 11 horas de vôo, com uma diferença do horário de 3 horas.

 

Esta vez começou mal. 10 dias antes da viagem, cai no quintal de um amigo uma barreira de pedras para baixo. Não prestei muita atenção as feridas leves nos braços, pernas e nas costas, mas 2 dias antes da viagem começou piorar, e fui para o pronto socorro. Recebi soro uma injeção e antiinflamatórios fortes, mais um medicamento para aliviar o efeito destes medicamentos no estomago. Pensei que não podia viajar, mas no dia antes da viagem me senti bem, só o estomago deu sinal de fraqueza.

Levei uma quantidade de barras de cereais, para me alimentar nos primeiros dias na Índia. O jantar no avião de SP para Londres fui muito bom, até tomei um vinho tinto.

Também fui bom o café de manha no avião antes da chegada.

O avião para Nova Delhi saia as 11.40 do terminal 4 em Heathrow, o mesmo aonde cheguei. Tomei um suco de laranja e um sanduíche de peru, estava todo bem. Mas comecei sentir uma fraqueza, não sabia de que.

 

O avião para Nova Delhi era cheio, já senti aqui a diferença, todo acontecia mais barulhento e os assentos eram sem duvida com menos espaço entre eles do que no mesmo tipo de avião de SP para Londres, o Boeing 747. Talvez porque a maioria dos passageiros são indianos mesmo, e estes em media são menores do que os Europeus. Será? A verdade é, nem sabia onde deixar as minhas pernas.

Chegou a comida e senti o cheiro de curry, experimentei e comi só pouco. O vôo eram quase 09h30min e uma diferença de tempo de 05h30min. Portanto cheguei só as 01.25 do dia 07.11. fraco mas bem disposto em Nova Delhi.

 

Graças a deus na saida do aeroporto esperava o rapaz do Hotel Vishal Residency onde tinha feito a reserva. São mais ou menos 25 km até o centro. Nem me lembro muita coisa, chegamos e fui depressa para o quarto. O quarto era não muito bom pelo preço de 30 US$ e pior no outro dia eles disseram que seriam 30 Euros. Tomei uma ducha e cai na cama eram quase 4 horas da manha.

 

Acordei às 09.00 horas. Fui subir para o 5° e ultimo andar para tomar café. Antes fui olhar do teto do prédio para rua e pensei, bem é isso, estas na rua “Main Bazar” e saindo do hotel para a direita e mais ou menos 300 metros, deve estar a estação de trem “New Delhi station”.

 

Das coisas para comer expostos num bufê fraco e não muito limpo escolhi um tipo de panqueca e geléia, recusando as coisas cozidas. Continuava bem desposto, mas fraco.

 

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Lotus temple, Delhi.

 

 

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Temlo Hindu "Digambra Jain Temple", Delhi.

 

 

07.11 – 09.11. 3° - 5° dia, Nova Delhi.

 

Onde eu estava?

 

Sai do hotel e fui para a direita, nos cruzamentos procurei o nome das ruas, mas vi nada. Também o mapa que tinha recebido no aeroporto era fora da escala e indicava só as ruas principais. Pois a cidade tem 12 milhões de habitantes ou 22 milhões na Grande Delhi, sem muitas construções acima de 4 -5 andares espalha-se como um polvo para todos os lados, 50-60 km do leste ao oeste e os mesmos km do sul para o norte.

 

Tinha logo muita gente ao meu lado, cycle-rickshaws e auto-rikschas, vendedores ambulantes e mendigos, todos perguntando e falando: o que procura? para onde quer ir? give money, precisa ajuda? veja o bebe doente, give money.

 

Nem podia mais andar ou pior parar e olhar para o meu mapa da cidade. Qualquer coisa estava errada. Voltei depressa para o hotel.

 

Apreendi já a primeira lição: para andar na rua tem de saber para onde vai e ir firme sem parar, se você para e mostra insegurança você esta perdida.

Sentei na recepção e veio acho o gerente e perguntou se precisava ajuda. Apontei para o mapa e perguntei onde estou? Ele apontou “Karol Bagh” área bem no centro, mas umas 10 km da “Chandni Chowk” área onde fica a Estação Nova Delhi, também no centro e onde eu deveria estar.

O que tinha acontecido: Quando reservei o hotel na internet escolhi Hotel Vishal, “Main Bazar”, mas por engano reservei Hotel Vishal Residency, portanto longe da estação.

 

Apreendi a segunda lição: Delhi é grande e o centro é grande, mais ou menos um raio de 20 km. As pessoas se movimentam com cycle-e auto-rickshaws em pequenas áreas do centro. Para ir mais longe, como? Eu vi o metro lá acima num trajeto tipo minhocão em São Paulo, mas só na volta, no final da viagem usei ele para chegar até lugares mais longe dentro do centro.

Estava perdido, nem sabia o que fazer. O que tinha visto nos poucos minutos lá fora me assustou. Nunca tinha visto coisa igual. O gerente disse ele ia me levar para uma agencia e devia falar com eles. Mais tarde vi que tinha muitas agencias, mais ou menos precários e duvidosos. Pensei muito e concordei, não tinha outra idéia. Pensei como o hotel esta em sites da internet eu poderia mostrar um pouco confiança.

 

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Trafego na "Chandni Chowk Rd.", no fim da rua se pode ver o "Red Fort" e á direita o Templo Hindu "Digambra Jaine Temple", Delhi.

 

 

Mudei os meus planos confiando no homem da agencia.

 

Bom estava claro para mim que não estava na América Latina, nem em Lima ou Bogotá, para citar duas cidades acima de sete milhões de habitantes onde já estive e não tinha nenhum problema de me orientar.

 

Comecei de entender muita coisa que tinha lido no meu Guia sobre a Índia e aos quais não tinha prestado muita atenção. Uma era, que a mesma coisa pode custar de 10 - 60 rupees (20 centavos até 1,2 Reais) como uma caixinha de suco natural que bebi muito. O preço era conforme o lugar e podia alterar com um olhado pára a minha cara de estrangeiro.

 

O dono da agencia era um jovem de 29 anos e falava um inglês do UK perfeito. Falando pouco eu entendia que ele sabia todo e que ele percebia que eu também não era novato. Mais tarde percebi que o negocio dele era justamente este, ajudar em casos que começaram mal.

 

Ele perguntou sobre o meu roteiro, perguntou se já tinha reservado os hotéis e tomou nota. Fui consultar um empregado voltou e disse que ia fazer para mim todas as reservas de trem do bus de Varanasi para Katmandu (Nepal), sugeriu de voltar de Kathmandu com avião para Varanasi, e combinamos de voltar de avião de Goa para Delhi no final da viagem, assim teria mais três dias e não só dois na volta de Goa em Delhi.

Para os primeiros 3 dias em Delhi ele ia me dar um carro com condutor e um guia. Ia incluir Jaipur no meu roteiro e para tanto ele dava um carro com condutor de Delhi até Jaipur e de Jaipur até Agra, incluído os hotéis em Jaipur e Agra.

 

Incluído os pick ups nos aeroportos e me levando para os aeroportos com exceção do aeroporto de Kathmandu. Total 49 887 rupees, aprox. 1000 Euros. Ia mudar o hotel e pagar os mesmos 30 US$/dia como no hotel onde estava.

Ele disse para remarcar todos os hotéis com ele, mas não queria saber nada disso nesta altura.

 

Bom paguei com cartão de credito e fechado o negocio, fomos para o hotel para tirar a minha bagagem, em vez de 30 US$ exigiam 30 Euros. Queria discutir, mas vi que ia perder em vez de apreender.

O novo hotel o Maurya Heritage era mais bonito, com quarto mais airoso, banheiro grande e comida a qualquer hora, café de manha tipo “continental”. À noite vi que o hotel era perto duma movimentada rua de muitas lojas e perto do metro. Comecei pensar talvez fosse bom de remarcar mesmo os hotéis com a agencia.

Mas o carro estava esperando lá fora para iniciar a visita aos pontos turísticos de Nova Delhi, conforme tínhamos marcados no mapa da cidade junto com o dono da agencia.

 

O guia perguntou se queria almoçar, eram 12.30 horas, mas comprei só uma garrafa de água e disse que ia comer algumas das minhas barras de cereais. Ofereci a ele e o condutor uma e gostaram.

A água não é mineral, não vi água mineral na Índia, é água tratada, filtrado e ionizado às vezes juntando sais minerais.

 

Pontos turísticos de Nova Delhi.

 

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Maior mesquita da Ìndia "Jama Masjid", Delhi

 

 

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Interior da mesquita "Jama Masjid", Delhi.

 

 

Vou somente dizer o que vi, pois sobre os detalhes de cada monumento se pode ler mais fácil em qualquer Guia sobre a Índia ou mais fácil ainda entrar na “Google”.

 

1° dia Nova Delhi.

 

Neste dia visitamos o “Red Fort” um enorme Forte construído a partir de 1638 pelo imperador Shah Jahan, que queria transferir a capital do império muçulmano de Agra para Nova Delhi. È enorme com muros de 33 metros de altura. Passamos e não entrei, pois fomos ver o maximo possível nestes dias e os monumentos maiores e mais interessantes queria ver na volta indo por minha conta com metro ou ricksha. Mostraram o grande templo Hindu construído no séc. 16, o Digambra Jain Templo. Passamos pela maior mesquita da Índia a Jama Masjid. E paramos nos jardins onde entre outras estão os restos mortais (cinzas) de Mahatma Gandhi, Jawaharlal Nehru o primeiro a governar Índia após a indecência e Nehru´s filha Indira Gandhi, que era sucessora dele no governo.

 

Fiquei impressionado pelas distancias que andamos com carro e o caos do transito, vi as primeiras vacas sagradas descansando na beira e às vezes no meio da rua. Vi as primeiras “Slums”, pessoas vivendo abaixo de lonas a beira das avenidas.

 

O meu primeiro jantar na Índia. Levaram-me para um restaurante aparente muito caro. Ficaram fora no carro e entrei sozinho. Que bela surpresa vendo os preços, um prato comida chinesa recomendo por ser menos apimentado e sem curry, frango amargo e doce, 150 rupees, ou seja, 8 Reais, cerveja já é mais caro, carregado com impostos, uma garrafa grande 130 rupees, ou seja, 6 Reais, completei o jantar com frutas frescas cobertas com sorvete.

Total da conta mais ou menos 23 Reais. Em seguida fomos para o meu hotel.

 

Refleti sobre o primeiro dia e cheguei à conclusão, que nunca teria visto á meu modo de ver a cidade o que vi hoje. Ia gastar muito dinheiro (tinha projetado 1500 Euros para os 36 dias na Índia, ou seja, transporte e hotéis, mais 600 Euros para as despesas diárias) e ia ver pouco sem esta ajuda profissional da agencia.

No dia seguinte levei a lista de hotéis marcados para a agencia e o dono fez os seus comentários. Depois vi que com uma exceção de Bombay os comentários negativos dele estavam certos. Para Goa e Kathmandu escolhemos hotéis de categoria mais alta.

Apresentou uma conta 65 000 rupees ou 1200 Euros, já incluído o atual hotel em Delhi onde estava.

 

Assim gastei 2200 Euros e com as despesas do dia a dia e as muitas gorjetas mais 600 Euros, gastei no total a volta de 2800 Euros (7000 Reais) para toda a viagem, 700 Euros a mais do que tinha previsto. Sei que ele ganhou bem, mas também sei que nos 36 dias vi o que queria ver sem estragar a minha saúde demais e digo uma coisa, aventuras ainda vivi bastante.

 

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"Humayun's tomb" e os lindos jardins a volta, Delhi.

 

 

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"Red Fort", Delhi.

 

 

2° dia Nova Delhi.

 

Este segundo dia estava fresco e aparecia que tinha muito nevoeiro, mas após a primeira sensação de frescura senti que o ar era muito pesado. Era nevoeiro misturado com fumaça e gases dos carros, especialmente gases dos ônibus municipais todos velhos sem exceção, das centenas de milhares de motos e especialmente das dezenas de milhares das barulhentas auto-rickshaws soltando a sua fumaça. Fomos para os Humayun´s tomb no meio de imensos jardins. Já no carro senti a dificuldade de aspirar e os olhos ardendo, depois no jardim fiquei meio tonto de bêbedo de tanta poluição. Aparece que as plantas estão gostando disso, pois as arvores, arbustos e palmeiras são muito grandes e de rara beleza.

Em seguida a Índia Gate um monumento no meio de cruzamento de várias avenidas em memória dos soldados da Índia mortos ao lado dos soldados ingleses na primeira guerra mundial e na guerra perdida da Inglaterra contra Afeganistão no ano 1919. Depois passamos pelo palácio do governo e a Residência oficial do primeiro ministro. Já no caminho para o hotel passamos perto do “Main Bazar” e da estação “New Delhi”, queriam me mostrar à área onde inicialmente tinha marcado o meu hotel para a estadia em Delhi. A primeira vista um caos de movimento de transito, lixo e poeira.

(Explicação: “guia”, rapazes da agencia para me acompanhar. “Guia”, o livro sobre a Índia do “lonely planet”.).

 

O trafego era imenso ficamos horas paradas e o guia disse que era por causa do Lightening ou Diwali Festival no dia 09.11., é a maior festa Hindu e todos estavam na rua para comprar os presentes.

 

À noite o meu guia ia jantar comigo, combinamos para as 19.30. Eram 17.30 e fui para a rua para o meu primeiro contato com o povo. Levei o cartão do hotel e fui descer a rua, perguntei duas meninas que vinham da escola onde tinha lojas para comprar alimentos, roupas etc. Ela escreveu no cartão do hotel “Ajmal Khan Rd.”, umas 10 minutos a pé ou tomar um cycle-rickshaw e pagar 10 rupees (20 centavos). Chamamos a rickshaw e ela explicou ao homem, mostrando o cartão. Andamos por algumas estreitas ruas e chegamos numa rua muito movimentada e o homem disse, é aqui. Queria dar os 10 rupees e ele disse não com cara muita feia, queria 30. Discutimos e dei 20, um policial já estava olhando, ele ficou com medo, pegou os 20 e disse que podia ir embora.

 

Fixei bem onde tinha entrado nesta rua, para depois sair no mesmo lugar. Não achei nenhuma loja para alimentos sem falar em supermercado e na verdade não achei no resto da viagem. O alimento se vende em pequenas lojas e nos mercados ao ar livre. Um dos muitos estantes em frente das lojas vendia barras de chocolate tipo “Mars” e “Bounty”, igual as do Brasil. Comprei logo uma quantidade. Começou ficar escuro e voltei para o mesmo lugar aonde cheguei, chamei uma rickshaw e mostrei o cartão do hotel. O rapaz disse si que sabia e fui. Não sabia nada, andamos as voltas e parei-o, explicando onde em minha opinião era o hotel. Junto fomos para um outro hotel e perguntamos e após mais algumas voltas chegamos. Tinha pena do homem e não queria discussão, dei 30 rupees, ele queria argumentar para receber mais, mas veio o guarda do hotel e ele foi.

 

Cada vez que tomei uma rickshaw e mostrei o cartão do hotel em Delhi ou outras cidades nenhuma vez encontraram o hotel sem se perder ou depois eu já experiente ajudar.

Chegou o guia e ficou admirado da minha primeira saida sozinho. Fomos para a mesma rua onde estive e entramos num restaurante tipo fast food. Não gostei, mas não havia outro. Comi spaghetti com molho tomate e carne de frango. Disseram que não era apimentado, mas era. Cerveja não tinha só água ou Sprite ou Pepsi. Sobremesa um ice-café.

Em todos os restaurantes onde estive durante a viagem nenhum, tinha carne de vaca ou porco no cardápio. Era frango ou carneiro ou cabrito.

 

Perguntei o guia sobre a sua vida e o trabalho dele. Tinha 18 anos, chamava-se Ramiis, era muçulmano e vinha de Kashmir. Era um rapaz bonito, alto, olhos escuros como carvão.

O pai morava em Srinagar, capital de Kashmir. Tinha uma loja de revelação de fotos e artigos de fotografia. Com a guerra de guerrilha contra o ocupante à Índia e com as rivalidades entre Paquistão e da Índia nesta região cada vez as turistas eram menos e o negocio ficou ruim. Nos últimos anos os turistas começam voltar, mas o pai não acompanhou a mudança para a fotografia digital e perdeu o negocio. Tinha duas irmãs mais velhas, que conforme a tradição andam com lenço preto na cabeça mostrando só os

olhos. Não trabalham e como não tem dinheiro para pagar um marido ninguém casa com elas. Ele diz que precisa juntar pelo menos 2 vezes 15 000 US$ para conseguir casar cada uma delas. A agencia tem uma cliente americana, que adora a Índia e já fui visitar a família dele. Conheci-a, me convidou para visitar um dia Kashmir com ela. Ela já deu uma vez 1000 US$ para Ramiis para ajudar ele na difícil tarefa que ele tem.

 

 

3° dia Nova Delhi.

 

O 3° dia era o dia antes do feriado do Diwali Festival. Transito infernal. Fomos até o lindo Lótus Templo e seus jardins. Depois ficamos parados no transito e decidimos de voltar para o hotel.

Às 19.00 horas fomos a meu pedido para o mesmo restaurante do primeiro dia, estava fechado. O condutor de hoje era também muçulmano de Kashmir e fomos para “Old Delhi”, a parte antiga da cidade. Era um milagre como ele conseguiu um lugar para estacionar mesmo em frente da entrada principal da grande mesquita Jama Masjid. Tinha pouca iluminação, as muitas barracas de vender frangos vivos, autopeças, peças para eletrônicos, peixes, carne de carneiro, misturado assim mesmo estavam ainda funcionando. Empurre, empurre para todos os lados. Segurei mais a minha bolsa, confesso estava com certo medo. Entramos em pequenos becos e chegamos num restaurante árabe. O guia já sabia do meu problema e escolheu a comida, mas não adiantou muito era apimentado e muito gorduroso. Pedi uma salada mista e o pão árabe que conhecemos também aqui como pão sírio. Nada de cerveja. Comer com as mãos, com ajuda de pequenos pedaços do pão. Lógico antes lavei bem as mãos. Comi pouco. Tinha quase só homem. Um casal muçulmano, ele com aspecto enérgico, uma filha e um filho, ela gorda enfiando a comida com uma mão encostado a cabeça na outra. Cheio de anéis e dourados. Vi aqui o que notei em toda viagem que muitas mulheres aparecem ser mesmo só meio para ter família e filhos. Uma vez casado aparece que perdem toda vontade de se cuidar e comportar como uma senhora devia, por exemplo, aqui na mesa.

 

Na volta começou a festa, fogos de artifício por todo lugar. Em frente do hotel e das casas vizinhas também todos soltando fogos, era uma alegria total. Cheguei às 20.00 horas e fiquei até as 20.30 recebendo doces feitos de açúcar e leite queimado, até gostei. O ar que já era ruim ficou irrespirável, meus olhos doíam, mas aparentemente só eu sentia isso. Não agüentava mais entrei no hotel e fui para o quarto. Liguei o ar-condicionado e era fresco, mas uma hora mais tarde também o ar no quarto era insuportável. Olhei pela janela para o quintal atrás, uma parede de fumaça. Isso continuou até a meia noite. Tenho certeza que nesta noite morreram dezenas se não centenas de velhos e crianças recém nascidos com problemas de Asma e Bronquite.

 

 

10.11. – 11.11. 6° - 7° dia Delhi - Jaipur

 

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Transito na estrada Delhi - Jaipur, para conseguir viagem, muitas vezes só acima do ônibus.

 

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Transito na estrada Delhi - Jaipur. 18 pessoas numa auto-rickshaw, sem contar o bebe no braço da mãe.

 

 

Às 10.00 horas saímos do hotel e fomos para agencia, queriam-me já entregar todas as vouchers dos hotéis e passagens de trem e avião. Assim, como combinado antes, poderia ir de trem de noite de Agra direto para Varanasi, sem voltar para Delhi. Como era feriado era uma tarefa impossível. Tentaram ainda e eu me sentei em frente do computador e resolvi as minhas pendências da internet.

As horas passaram e avisaram à mudança, tinha de voltar de Agra para Delhi e em vez de ir de Agra para Varanasi ia de Delhi e ia com o trem das 20.30. Até lá eles iam juntar tudo que faltou para o restante da viagem.

 

As 15.30 finalmente fomos. Fui com Siteram, um homem de 55 anos, casado e o carro novo dele marca “Tata”, um carro tamanho e aspeto Vectra, cor branco. Siteram disse que nos próximos 4 dias eu era o chefe dele.

Até Jaipur são 260 km. Passamos pelo bairro nobre das embaixadas, algumas enormes como naturalmente a o dos Estados Unidos, mas também vi a da China e da Inglaterra. Depois bairros pobres, mas também vi os primeiros edifícios altos para morar. Morar em prédios até ou acima de 20 andares aparece ainda não muito comum na Índia, mas isso diz nada, também na Alemanha e outros países as pessoas não gostam muito de viver em prédios altos. Aparece que a cidade não tem fim, agora vinham às áreas das indústrias, todas firmas conhecidas do Japão, EU, Alemanha, Inglaterra, etc., todas novas com bairros de habitação perto.

Senti um alivio quando começou finalmente o campo aberto. Siteram parou para colocar diesel no carro, o litro custou 32 rupees, portanto 1,45 Reais o litro. A Índia tem pouca produção própria de petróleo e de ma qualidade, uma parte da poluição vem dos motores dos carros em media muito velhos, especialmente os ônibus e caminhões e como já falei os barulhentos velhos auto-rickshaws, a outra parte vem da má qualidade da gasolina. Este preço baixo é só possível, cobrando poucos impostos, por razões que eles devem saber. Sabemos que Brasil como quase todos os paises ricos cobrem muito imposto sobre a gasolina para pagar os danos dos carros à infra-estrutura que eles usam e por fim estimular a busca para alternativas a gasolina/diesel. Lógico um pais como Índia não pensa ainda muito sobre este ultima razão.

 

Também as primeiras perguntas de Siteram como de quase todos os Indianos são: de onde vem? Quantos anos têm? È casado? Quantos filhos têm? Ser solteiro ou divorciado/separado aparece uma coisa que não entra na cabeça deles. Ter um filho só também não. A família para o Indiano esta sobre todo e em primeiro lugar.

Conhecemos o problema da mulher Indiana, se ela não gera filhos e de preferência rapazes e não só meninas ela não vale e no campo este é razão para se separar dela. Sem homem ela fica abandonada pela comunidade onde vive e até pela própria família.

 

 

Siteram e sua vida.

 

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Um dos portões para entrar na cidade de Jaipur, cercado com muralha. As vacas sagradas atrapalham um transito já complicado.

 

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Uma vista parcial da área do Palácio do Marajá de Jaipur.

 

Siteram com orgulho me contou que tinha 4 filhos, o mais novo estudava e falava inglês. Siteram apreendeu o inglês abandonando o campo e com sorte arranjar um lugar para trabalhar como servente num escritório. Não adianta perguntar, se não seria melhor menos filhos e conseguir que eles estudam. Ter muitos filhos para eles é sempre bom, de uma ou outra maneira ajudam os pães e crianças mais novas de sobrviver, ás vezes só com umas migalhas de comida.

Siteram tinha um irmão mais novo no campo, não longe da estrada e me pediu se podíamos rápido passar lá para entregar os doces que ele comprou como presente para o Diwali-festival. Seria rápido e eu concordei. Era estrada de terra, 5 km mais ou menos. Infelizmente eram já 18.00 horas e ficou escuro. A aldeia tinha alguma casa de tijolo o resto feito de terra. Veio o irmão, era mais novo, apresentou os 3 filhos. O mais velho tinha 16 anos e já estava na 10° classe, não falava inglês tal como seu pai também não. A esposa do irmão não fui apresentada e nem vi ela.. Não entramos na casa, sentamos num banco com mesa fora da casa, ofereceram chá e abriram a caixa dos doces, me ofereceram. Eram os mesmos de açúcar e leite queimado que já me ofereceram no hotel. Gostei tanto que comprei depois em Jaipur 1 kg para variar a minha dieta de barras de cereais, Mars e Bounty. Depois ofereceram água para beber, mas Siteram disse para eu não beber.

Tinha urgente necessidade de urinar, falei baixo para Siteram que fui comigo 20 metros para dentro da escuridão.

O irmão de Siteram trabalha o pedaço da terra dele e o do Siteram e era agente de seguros, tinha um moto para visitar locais próximos. Siteram levou um saco de batatas e legumes, com certeza o pagamento pelo uso da terra dele pelo irmão.

Na Índia se fala dezenas, se não centenas de línguas e para se comunicar a língua oficial do negocio é o Inglês. Por razões políticos e populistas alguns estados deixaram de ensinar o inglês. Então às vezes os conhecimentos de língua de uma pessoa estão limitados à região ou ao estado onde ela vive.

Nas cidades sem inglês ninguém pode progredir até o rickshaw-men sem conhecimento de inglês esta em desvantagem, sem falar de um taxista um empregado de hotel ou empregada de uma loja. Eu senti nos meus contatos com as pessoas nas cidades que os que não sabiam inglês, sabiam que eram inferiores e se comportaram respectivamente.

 

Chegamos só as 20.30 no hotel. O Hotel Pratap. O quarto estava bom tinha ventilador de teto como todos e ar-condicionado. Também serviram jantar no quarto, escolhi “green salad” era o mesmo em todos os lugares com muitas rodelas de cebola Tirei sempre os últimos dois anéis das rodelas que eram amargo e talvez não limpo e comi o resto todo, com certeza ajudou de manter o meu estomago em ordem. Novamente frango doce e amargo e uma garrafa de cerveja grande e um litro de água. Dei uma boa gorjeta ao garçom e assim tinha garantido o bom café de manha que já encomendei com ele.

Com Siteram tinha combinado que íamos sair às nove horas. Ele ia dormir num guesthouse, onde num quarto dormem 6 - 10 pessoas, normalmente com banheiro separado.

 

 

O meu Dia em Jaipur.

 

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Vista parcial da área do Palácio do Marajá de Jaipur.

 

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Detalhe da pintura. Todo Palácio é muito rico nos detalhes.

 

Às 09.00 horas estava em frente do hotel observando as 3 vacas sagradas em frente do container de lixo. Um homem trazia os braços cheios de grama verde para oferecer a elas.

 

Primeira visita era “Jantar Mantar” um observatório construído a partir de 1728. Fui construído após contato e estudo de outros no mundo conhecido. Em 1901 foi completamente restaurado e deste ano para cá mantido em constante manutenção. Depois entramos pelo portão na cidade cercado de muralha, um trafico intenso para entrar e sair e como a porta era estreita um carro de cada lado por sua vez. Também em frente do portão vacas atrapalhando o já difícil trafego.

Visitei o City Palace residência dos poderosos Marajás de Jaipur. Durante os tempos dos ingleses os Marajás eram mantidos para ajudar em governar o país e nos primeiros anos da independência eram governadores das províncias, mas com o tempo substituído por políticos e hoje sem influencia. Prince Charles e Diana ainda visitaram o último Marajá de Jaipur, na visita que eles fizeram para Índia logo após o casamento. Hoje é dificil de manter todos os grandes monumentos destes tempos, mas com ajuda de turistas é feito o mais necessário. Indianos pagam entrada de 20 rupees e turistas 200.

Depois visitar “Amber” e o “Fort”, uma construção com muros, jardins, palácios e grandes pátios. Este Fort nunca fui conquistado e continua intacto. Muitos turistas vão a pé subindo até o Fort, outros com Jipes ou elefantes.

Às 15.00 horas voltamos para a cidade. Siteram perguntou se queria ver mais. Pois o que ele queria é que visitamos lojas para ele ganhar comissão. Conhecia isso de viagens organizadas que fiz anteriormente onde metade do tempo se gasta em visitar lojas e fabricas. Você tem de saber que os vendedores destas lojas são especialistas e usam todos os truques para vender, uma pessoa inexperiente não escapa.

 

Bom primeiro uma fabrica de tapetes e colchas para cama. O próprio dono tomou conta de mim, oferecendo chá, whisky ou qualquer outra bebida. Estava decidido de comprar nada e nem o vendedor depois mostrando colchas de cama de seda conseguiu. Custaram até 300 Euros, lógico o primeiro preço, sabendo que um comprador mais vivo reduz o preço até a metade. Vi muitos turistas entrando e muitos levando ou mandar por frete aéreo. Depois uma fabrica de presentes ao lado e no final uma grande loja de jóias. Também aqui o dono esperou por mim. Depois o vendedor mais esperto, mas eu disse e é verdade que no Brasil tem coisas mais bonitas e mais baratas. Também é muito arriscado, pois tantos rubis e safiras que mostraram que automaticamente alguém começa duvidar se são verdadeiras. Então queria que comprasse pelo menos um besouro de sorte em cristal, assim ele ficaria contente e eu também, mas achei o cristal mais para vidro e muito firme na minha disposição de comprar nada me despedi. Achei que tinha ganhado uma grande batalha, pois digo novamente se não é experiente diga firmemente não antes de entrar.

Na volta passamos pelo Central Museu e novamente fiquei impressionado pelo transito caótico. O museu era ocupado por milhares e milhares de pombos cujas fezes estragaram já toda estrutura deste bonito monumento. Pensei na luta dificil na Europa de conter a população dos pombos, mas aqui nada a cada minuto chegou alguém e ofereceu milho para eles.

No hotel perguntei referente um internet café, era longe e Siteram me levou para lá, depois dispensei ele. Era impossível de acessar o meu site, as cortes de luz neste dia eram constantes e como era domingo o dono disse que todos estão neste momento em frente do computador e as linhas saturadas.

Alias as cortes de luz sempre só por alguns segundos, maximo 1-2 minutos são constantes também em dias normais. Até no aeroporto domestico a luz fui para baixo vários vezes em quanto estive lá. O resultado é que o uso de geradores á gasolina é freqüente e aparelhos elétricos mais sensíveis como ar-condicionado precisam estabilizadores.

Como não consegui nada o dono do internet café disse que precisava pagar nada. Tinha lá um rapaz conhecido dele com moto e este se ofereceu de me levar de volta ao hotel. Deu 50 rupees a ele, ele não queria pegar, mas vi que ficou contente.

 

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Um dos muitos pavilhões do Forte de Agra.

 

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Elefantes descendo do Forte para a vila levando turistas.

 

 

12.11. 8° dia, Jaipur - Agra.

 

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Transito passando pela cidade de Agra para o "Taj Mahal".

 

Saímos novamente às 09.00 horas para andar os 230 km de Jaipur até Agra. Tinha só este dia para visitar as 2 coisas mais importantes de Agra o Taj Mahal e Forte. O transito era pesado e em muitos lugares obras para duplicar a pista. Mas o Sitemar não dispensou a parada num restaurante caro à beira da estrada, tal como muitos ônibus de turistas. Lógico ele deve ganhar também aqui uma comissão ou pelo menos comida grátis. Comi um green salad, 2 pães árabes e 1 caixinha de suco de manga, só este custava 70 rupees, quando normalmente na rua pagava 10 – 12 rupees.

 

Com esta parada chegamos só às 15 horas em Agra. Siteram disse que precisava um guia e que ele tinha um, só precisava pagar 400 rupees a este. Os carros podem só ir até um lugar de 1,5 km distante do Taj Mahal para proteger este dos gases dos carros. Pegamos um rickshaw para ir até a entrada do monumento. A entrada era 100 rupees para Indianos e 750 para turistas, portanto a volta de 40 Reais. O movimento era grande e muitas as regras para cumprir para entrar.

Entramos pelo portão principal que já por si é um palácio. Do meio do portão a primeira vista para o Taj Mahal agora na luz suave do fim da tarde. Passamos pelos jardins e os lagos de água e eu sempre parando para tirar fotos de novos ângulos. Paramos no lugar onde Prince Charles e Diana se olharam nos olhos com o monumento do amor atrás deles. Todos sabiam isso e todos tiravam fotos de aqui. Agora já pensei que era bom ter o guia, pois com o tempo era pouco eu poderia seguir os conselhos dele e ver mais ordenado todo o que deve ser visto.

Para entrar no pátio e no próprio monumento tirar os sapatos, mas o guia tinha meias brancas para por acima dos sapatos o que era permitido. Dentro não era permitido tirar fotos. Também lá dentro tem só os túmulos simples dele e da mulher amada, que morreu ao dar luz ao 13° filho dele. Depois novamente fora no jardim, sentamos num banco e o guia me contou toda a historia deste grande amor. O monumento realmente é magnífico e único, um símbolo o que um grande amor pode construir.

A visita ao Taj Mahal demorou mais tempo e não poderíamos visitar mais o Forte, mas era tempo de passar numa grande loja que esta vez tinha todo, tapetes, colchas vestidos, quadros, jóias etc. Vi que o guia também tinha ligação com a loja, mas não adianta ficar aborrecido o jeito é de encarar o desafio. Aceitei uma bebida e passei pela loja sempre acompanhado por um vendedor, se pegava numa coisa para ver melhor já estava meio perdido.

Disse muito obrigado, gostei, mas precisava entrar na internet e não tinha mais tempo. Sem mais sai, livre mais desta. Fui a ultima vez durante esta viagem que aceitei de entrar numa loja.

Fomos para o hotel, o Usha Kiran Palace um hotel também para o nosso conceito de no mínimo 4 estrelas. A minha correria destes primeiros dias era tanto que adorei o mimo oferecido. Tinha um lugar de internet perto e esta vez consegui os contatos.

Voltei e comi no restaurante do hotel, novamente o green salad com muitas cebolas e frango, infelizmente novamente sem cerveja.

 

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"Taj Mahal" no meio de lindos jardins.

 

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Detalhe do acabamento. Marmore branco e pedras coloridas e semi-preciosas encrustadas. Nenhuma pintura. Interessante que o monumento aparece ser novo, acabado ontem.

 

13.11. 9° dia, Agra – Nova Delhi.

 

Partida às 09.00 horas para visitar o enorme Forte que foi construído a partir de 1565 pelo mesmo imperador muçulmano que mandou construir o Taj Mahal, depois ampliado pelo seu filho e seu neto.

São 200 km até Nova Delhi. Vi muitos carregamentos enormes de artigos agrícolas ou palha ou madeira em carros tipo rickshaw grandes com duas rodas de borracha e puxado por um camelo. Muitas auto-rickshaws e motos. O condutor da moto precisa usar capacete, mas para a mulher atrás e às vezes mais um á três filhos isso obviamente não é necessário. Pior as mulheres sentem-se de modo chique com as duas pernas penduradas para um lado. E podem creditar já vi 18pessoas num auto rickshaw, um acima do outro dentro, pendurado no lado e pendurado atrás.

As 16.30 chegamos à agencia. Uma ma noticia, todo em ordem, mas não tinham conseguido vaga no trem da noite para Varanasi. Tínhamos combinado 2° classe e como são trens de longa distancia todos transformam os lugares para sentar em camas para dormir a noite. Portanto viajar a pé nestes trens não existe. Na temporada alta de Outubro até Março é bom fazer reserva e comprar com antecedência.

Fiz logo uma cara feia, mas então disseram que compraram uma passagem aérea para o próximo dia às 15.00 horas, Deveria, portanto dormir mais uma noite em Nova Delhi. Todo isso não ia alterar o preço que paguei. Bom novamente não adianta ficar chateado o jeito é de encarar os fatos. O problema era só que em vez de chegar as 09.00 da manha em Varanasi ia chegar à volta das 17.30. Portanto os 3 dias em Varanasi iam se reduzir para só dois dias e uma noite.

 

Mais uma noite em Delhi, o hotel era perto do anterior e eu podia ir até a pé para a rua já conhecida das lojas, esta vez fui do inicio até o fim da rua. No inicio tem a estação do metro da linha azul que ia usar no final da viagem. Jantei no hotel.

 

 

14.11. – 16.11. 10° - 12° dia Delhi -Varanasi

 

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Do meu hotel com rickshaw para o rio Ganges, ruas estreitas e vacas atrapalhando. Esta foto foi tirada da rickshaw.

 

 

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A descida para o sagrado Rio Ganges (tem mais descidas, mas esta é uma das maiores).

 

 

O meu primeiro vôo domestico na Índia.

 

Não tinha mais nada a fazer e assim pedi já meio dia que me levassem para o aeroporto. Fui Siteram que me levou.

O aeroporto perde contra todos que conheço no Brasil, em conforto, beleza, eficiência, limpeza contra todos, seja Congonhas, Santos Dumont, Belo Horizonte, Salvador, ou Porto Alegre. Aparecia um aeroporto de um pequeno país e não um país tão grande como a Índia.

A Freqüência dos vôos e os destinos internos por longe também não são tantos como no Brasil. Talvez o bom funcionamento dos trens ajude de reduzia demanda para mais vôos domésticos. O problema de atraso existe como no Brasil, mas o governo lá decidiu de agir enérgico, pois li no jornal que para melhor estavam cobrar multas grandes para vôos que se atrasam.

 

Fiz o check in. Os controles são mais rígido do que no Brasil, antes de entregar a bagagem á companhia aérea, esta já passa por um raio-x e fica selado com fita, etiqueta e selo no fecho. Depois antes de subir no avião, já na pista nova revista pessoal e da bagagem de mão.

Comi um lanche e esperei ansioso de entrar na sala de embarque. A luz foi para baixo pelo menos 3 vezes. Na sala de embarque a luz de emergência era tão fraca, a gente praticamente estava nas escuras.

Pequeno atraso. Tinha lugar na janela, mas era difícil de ver uma coisa o ar era pesado, nevoeiro ou poluição?

O aeroporto de Varanasi já é do interior mesmo. Uma esteira de bagagem de 6 metros e depois a bagagem é tirado e colocado no chão à volta, portanto muito empurre para conseguir tirar a bagagem. A minha era quase a primeira de chegar. Fui para fora e estava lá esperando o rapaz do hotel. Graças a Deus funcionou. Poucos metros do edifício acaba já o asfalta e até o estacionamento o caminho é de terra. È melhor levar a bagagem na mão para não rodar com ela na poeira. No Jipe tinha já uma moça que veio poucos minutos antes com outra companhia de Nova Delhi era de Canadá viajando também sozinho. Do aeroporto até a cidade são 16 km passando por uma estrada estreita com muito movimento. Siteram já tocava cada instante a buzina, mas este aqui nem tirou a mão da buzina. Acho um carro sem buzina não funcione aqui, é a coisa mais importante do carro.

Ficou já escuro quando passamos pelo centro, o centro tinha um pouco luz e vi o sinal de Mc. Donald’s. Eu senti que a passagem do dia claro para o escuro é mais rápida do que em São Paulo, bem que as duas cidades estão mais ou menos na mesma distancia do equador, só Delhi ou Varanasi no Norte e São Paulo no Sul da nossa terra. Do centro mais 2 km até o hotel, fixei bem o caminho, pois queria sair um pouco e ir até o centro.

 

Novamente gostei o hotel o refeitório o jardim e o quarto. Acho são hotéis de backpackers da primeira, pois também aqui metade dos hospedes eram turistas. Registrado e todo resolvida fui sair e arrisquei-me de ir a pé até o centro. Sem perguntar alguém consegui chegar lá. O Mc. Donald’s fazia parte de um pequeno shopping, o primeiro que vi na Índia e aparecia quase novo. Até tinha cinema dentro do shopping. Para entrar revista pessoal e da bolsa de mão.

Dentro tinha uma escada rolante, a atração maior do shopping ainda, inclusive eu me diverti de ver as pessoas na sua primeira tentativa de subir a escada. Muita gargalhada, e jeitinho das moças para ser ajudado pelos valentes namorados. Pessoas de mais idade até desistiram. Para mulheres os compridos e longos saris também complicam.

Os hamburgers do Mc. Donald’s eram vegetarias ou com frango.

 

Tinha uma loja de artigos importados e comprei novamente os meus Mars e Bountys e creme Nívea para a cara e o corpo.

Na volta para o hotel fui com rickshaw, ele olhou para o cartão e foi, mas na duvida parou e numa banca de fruta perguntou pelo caminho.

Jantei no hotel, tinha muitos turistas, mas também indianos.

 

 

Varanasi, a cidade sagrada.

 

 

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Rio Ganges, sagrado, mas mal tratado, aguas sujas mas ainda sereno.

 

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A tarde aglomeração dos crentes, agora domina o colrido dos saris das mulheres.

 

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Muita fé.

 

Agora não tinha mais guia, nem carro a disposição, agora tinha procurar os meus próprios caminhos. Nem tinha planta da cidade, mas precavido como sou, eu tinha uma fotocópia da planta do meu Guia “lonely planet” tirado ainda em São Paulo antes de viajar. Alias tirei uma cópia de todas as cidades que ia visitar e fui bom, com exceção de Goa e Delhi realmente não achei mapas bons.

Escolhi no mapa o Dasasamedh Ghat, um dos principais acessos ao rio Ganges. Chamei uma rickshaw e falei claro o nome. Como eram 09.00 de manha ainda não tinha muito movimento e chegamos fácil até uma praça com a igreja St. Thomas, ponto marcante para mim para não errar na volta. A igreja em péssimo estado me deixou triste. Agora mais umas 200 metros a pé passando por um tipo de feira entre outros de legumes, flores e artigos religiosos. No meio andaram algumas vacas sagradas. Depois uma escada larga para baixo e lá estava o rio. Não tinha muito movimento e escolhi de ir primeiro para a direita. Como aprendi, sem mostrar preocupação ou desconhecimento, assim quando alguém se aproximava para servir como guia ou vender uma coisa, bastava um gesto firme com a mão e um “thank you very much”.

 

Vacas, cabras e num lugar búfalos se deliciando na água eram ainda na maioria. Numa parte se lavava roupa de cama, calças e camisas com muito sabão. O rio é sujo mesmo e no meu Guia diz que ele esta biologicamente morta, mas a roupa secando no sol cheirava bem e o branco ficou branco mesmo.

 

Voltei recebendo ofertas de massagens ou consultas com um dos muitos Gurus ou “holy man” como falaram. Muita gente tomando banho, na maioria rapazes e homens. Quem tome banho aqui se credita tira para fora todos os seus pecados.

 

 

Fui até o lugar da cremação dos mortos. O Guia diz para não tirar fotos, assim tirei um pouco de longe. Passava por uma casa alta acima do lugar da cremação. Entrei e aqui não consegui me livrar dos rapazes pedindo dinheiro para os moribundos.

Os Hindus presos no circulo de vida, morte e nova vida, procuram de morrer aqui ao lado do Ganges e ser cremado aqui. Creditam para quem morre aqui, se libera deste circulo e vai direto para o estagio final. Então quem sente que vai morrer vai para este lugar perto.

Tinha de sair, como não dei dinheiro me chamaram ma pessoa e que ia ter ma sorte na vida, portanto não como nos falamos, “você vai para o inferno”. Lá fora outra que disse vai embora você é ma, vai se dar mal. Eu disse que não, que me consultei um pouco antes com um Guru, que disse ter muita sorte nos próximos dias.

 

Depois um pouco afastado observei o ritual. Em meia hora vi uns três corpos descer numa maca, vestido com vestes dourados e pratas. Foram levados até a água e mergulhados no rio sagrado.

Tinha pilhas de madeira, falaram 300 kg por pessoa para queimar e não deixar restos. O preço da madeira é conforme o tipo, sendo sândalo o mais caro. Falaram que o custo é entre 3000 – 5000 rupees seria 100 Euros ou 265 Reais. Bom achei o valor baixo, também pensando que estamos na Índia. Todo queimado se joga as cinzas no rio.

No mesmo lugar tem homens que tiram os pedaços da madeira não totalmente queimados e as vestes douradas não queimadas, cada coisa vai para um lugar já certo. Também tem no mesmo lugar búfalos na água, mastigando não sei o que.

Todo este trabalho é feito por homens das castas mais inferiores.

Quem fica no lado para onde o vento leva a fumaça não aquenta.

 

Fiquei sabendo, que oficialmente se tenta reduzir estes rituais para poupar madeira, ajudar os rios e reduzir o impacto ruim para o meio ambiente em geral.

 

Chamei uma rickshaw e mostrei o cartão do hotel, no inicio achei o caminho certo, mas depois ele andou e andou e suando e sorrindo disse é aqui! Não era! Após consultas e novamente andar muito chegamos lá. Paguei o dobro, mas ele não estava satisfeito.

 

Eram 13.00 horas e tinha comprado junto com a canadense com a qual cheguei no dia anterior a city-tour, 600 rupees, 12 Euros, relativamente caro. Fomos a todos os lugares interessantes conforme o nosso Guia, mas ficamos desapontados porque nos templos não podíamos entrar. O ponto alto seria uma visita numa loja de sedas, mas a canadense e eu insistimos que este item deveria ser tirado do programa.

 

No outro dia fui novamente para o mesmo lugar. Entrei nas ruas paralelas ao Ganges, muito estreitas, com lugares úmidos, escuros e muitas pequenas lojas. Entrei num “German bakery”, padaria alemã. Era agradável tinha almofadas no chão e mesas grandes altura de 20 cm mais ou menos. Tinha turistas e me sentei, era fresco e confortável. Tomei suco de manga e German cheese-cake e salada de frutas. Esqueci a minha preocupação se devia ou não, mas achei todo limpo.

A volta das 14 horas aumentou o numero de pessoas junto ao rio e chegaram mais e mais, mulheres vestido em saris coloridos e ricamente bordados homens em vestes brancos, famílias inteiras com oferendas, cestas de frutas e flores. Sentaram a beira do rio, entraram na água com as vestes, todo em silencio. A volta das 17.30 era difícil de andar com tanta gente e chegando cada vez mais.

Como começou ficar escuro fui para o ponto da minha ultima entrada e tentei uma rickshaw, era difícil, mas consegui. O movimento entre motos e rickshaws era tanto que só lentamente íamos para frente, esta vez me lembrei do caminha e antes o rickshaw-boy ia um caminho errado, mostrei para onde ir. Esta vez paguei o dobro e mais, 50 rupees, 5,20 Reais, o homem começou rir e pensei finalmente acertei.

 

 

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Já perto do lugar da cremação dos mortos e ainda se lava roupa no rio.

 

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Cremação dos mortos, mais adiante não se podia tirar fotos.

 

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Movimento numa das muitas ruas estreitas, paralelas ao rio Ganges.

 

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Foto tirada da rickshaw nesta tarde voltando para o hotel.

 

 

17.11. 13° dia, Varanasi – fronteira de Nepal.

 

No Guia diz a gente pode ir sozinho, sem ir com uma agencia. Bem eu tinha um voucher da agencia em Delhi e o hotel me devia levar para a companhia que fazia o trajeto Varanasi - Kathmandu. Paguei 650 rupees, para ir até a fronteira, dormir num guest-house e no outro dia com outro bus seguir até Kathmandu.

 

No hotel diziam que não sabiam que me deviam levar para a saida do bus. Pensei bem se não, não faz mal vou com auto-ricksha. Graças a Deus insisti e liguei para a agencia em Delhi, que confirmava que me deviam levar para o bus.

O bus ia as 08.50, então saímos às 08.00 horas, o rapaz foi me levar para a estação de bus e disse é aqui. Só tinha ônibus velhos e pensei estes nunca chegam até lá. E perguntei ao rapaz, mostre o meu bus, ele foi perguntar, não era o lugar certo e saímos procurando agora pelo nome da rua indicado no voucher. Perguntamos mais umas vezes e finalmente achamos o lugar. Uma agencia onde pediram de esperar num tipo de café mais 50 metros para cima. Chegamos lá e tinha mais turistas. Ofereceram no café um café de manha com pão, e ovo frito era grátis e incluído no preço. Desisti porque não achei confiável.

Chegou o bus, um tamanho que de aqui não conheço para explicar como era, nem grande nem um mini. Era velho. Os bancos retos com pouco espaço para as pernas Éramos 20 pessoas, de todo mundo alemães, ingleses, no meu lado uma menina de México, que estudava na França com o amigo Francês, um casal da Coréia do Sul, duas meninas da China.

Andamos para o Norte passando pequenas vilas. Gente trabalhando no campo, búfalos puxando os arados, gente batendo no trigo para separar o trigo da palha.

Puxei conversa com um rapaz da Escócia, também sozinho no caminho. Ele já estava no Brasil e subiu o Amazonas de Belém até Tabatinga, de Manaus foi para Venezuela. Então tínhamos muito para falar. Paramos para almoçar num lugar duvidoso, não queria comer, mas como o escocês pediu, pedi também arroz frito com legumes e água mineral 50 rupees, 5 Reais.

Numa pequena vila, eram 17.00 horas um estouro e o bus parou, os dois pneus do lado direito na traseira do bus estouraram. Saímos todos, logo cercado por muita gente.

 

Fiquei admirado como resolveram todo após mais ou menos meia hora. Começou ficar escuro e chegaram 4 auto-rickshaws, 5 de nos para cada uma. Era muita correria, pois tiraram nossa bagagem e colocaram acima das rickshaws, então um alemão falou que cada um deveria acompanhar a bagagem e ficar junto com ela na mesma rickshaw. Andamos mais ou menos uma hora e meia, já me sentiu mal porque não podia movimentar as pernas. Paramos numa cidade, não sei o nome e mudamos para dois jipes, 10 pessoas em cada jipe. Agora andamos rápido, mas o aperto e desconforto eram grandes, para se mexer só pedindo licença da pessoa enfiada ao lado.

 

As 22.30 chegamos à fronteira. Carimbar passaporte no lado da Índia e depois andar 300 metros até o posto de Nepal. Preencher papeis, pagar 30 US$ para o visto e podíamos entrar no Nepal. Aqui já esperava um rapaz do guest-house, e andar mais 100 metros chegamos lá. Fiquei com mais 3 rapazes num quarto. Eram já 23.30 e estava muito cansado, fui para o restaurante e pedi uma cola e dois pudins de arroz.

Fui uma boa escolha, o pudim era bem servido e delicioso. Fui o primeiro a deitar, não tirei a roupa, lavei só as mãos e a cara, tirei o anorak do saco da viagem e me cobri com ele a calça do pijama coloquei acima da almofada e dormi logo. As 06.00 chamaram para levantar. Vi que os outros 3 rapazes também dormiam com a roupa. Um café e um pedaço de pão era o café de manha.

 

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Com o nosso bus quebrado no meio do caminho, fomos com auto-rickshaws como esta e depois com jipes seguir até a fronteira.

 

 

18.11. 14° dia, da fronteira até Kathmandu.

 

Tinha dois ônibus esperando, um ia para o interior e o outro para Kathmandu. Eram bus de linha normal. A maioria de nosso grupo fui para o interior, também o escocês. Acho só 6 foram para o Kathmandu. O bus estava cheio e muita gente viajava sentada no chão. A bagagem ficou acima do bus exposto á poeira, talvez sabiam que não ia chover, seria um desastre pare as minhas coisas no saco da viagem.

Paramos para fazer necessidades e comprei milho tostado e água mineral. Mais tarde um sacinho de tangerinas.

A paisagem era linda, subimos e descemos montanhas em muitas curvas.

Pouco antes de Kathmandu entraram pessoas tentando convencer os poucos turistas de ir para certos hotéis. O meu já estava reservado, era o Hotel Vaishali na área mais movimentado da cidade perto de todo, a “Thamel” área. O hotel mais bonito da toda viagem.

Levaram o meu saco de viagem para o quarto, lavei as mãos e a cara e fui sair, com todo cuidado para me não perder. Achei um restaurante no fim de um beco num jardim, com musica ao vivo. Pedi massa italiana com frango e uma cerveja.

Na volta no hotel ainda tirar todo do saco viagem e fui com ele abaixo da ducha, pois tinha uma crosta de pó.

Dormi fantástico após esta maratona.

No outro dia um bufê completo para o café de manha, mais completo mesmo, só me lembro uma vez ter visto igual no Othon Palace, Copacabana.

 

 

19.11. – 21.11. 15°-17° dia Kathmandu.

 

 

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Cidade dos templos, Katmandu.

 

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Cidade dos templos, Kathmandu.

 

 

Recebi um mapa der Kathmandu no hotel e sai para o encontro da primeira rua muito movimentado. Também este mapa era sem escala e mostrava só as ruas principais. Não consegui localizar a rua onde estava no mapa, mas como a mapa mostrou o meu hotel e o Palácio Real, sabia onde estava mais ou menos. Chamei um ricksha e pedi para ir até o Palácio Real. Fixei bem os lugares onde passei e a distancia. O homem da rickshaw queria ficar comigo, disse que ia me mostrar toda a cidade. Mas não queria e paguei-o com 50 rupees de Nepal. A rupee de Nepal vale mais ou menos 80 % da rupee de Índia, portanto neste caso as 50 rupees que paguei eram mais ou 0,8 Euros ou 2 Reais. O homem da rickshaw queria mais, mas como ainda não tinha experiência com os preços em Kathmandu achei o preço certo.

Aqui em Kathmandu todo é ainda mais barato do que na Índia, com a rupee de Nepal valendo menos 20% comprei o mesmo como com uma rupee na Índia.

Decidi de cruzar toda a cidade e o rio para chegar até o Centro de templos “Patan Durbar Square”.

No caminho numa espécie de shopping achei uma loja que vendia os meus “Mars” e “Bountys”, comprei e mais um sorvete e isso era o meu almoço. Acho que eram mais do que 6 km para andar e só às 16.00 horas cheguei. Podia-se ver que foram feitos obras para melhorar o acesso dos turistas e a rua principal estava sendo pavimentado. Fiquei impressionado com os templos, que eram umas das coisas que mais conhecia de fotos de Nepal.

Tinha de voltar, pois entre 17.00 – 17.30 fica escuro. Andei de pressa. Vi o por de sol atrás de Kathmandu se espelhando lá longe na neve das montanhas do Himalaia.

 

De repente as calcadas da Rua principal “Kanti Path” se enchem com camelôs, disputando cada pedaço livre. Eles vendem o essencial, nada de sofisticado, legumes e roupas e mais roupas. Era difícil de seguir na calçada por causa deles e na rua por causa do transito pesado agora de motos, rickshaws, ônibus velhos e alguns carros. Era escuro mesmo sem muita iluminação, quando cheguei à entrada para o bairro do meu hotel. Agora me atrapalhei e entrei para uma rua errado, perdi meia hora até chegar novamente no lugar de onde tinha ido errado. Parei e pensei bem antes de seguir, pois eram já 20.00 horas, mas consegui encontrar a rua de onde parti de manha e o restaurante onde comi ontem á noite.

Sentado no restaurante comendo massa italiana e tomando uma cerveja festejei a vitória alcançada neste dia.

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Esqueci de dizer, que encontrei nenhuma vaca sagrada até agora em Nepal. Aparecia-me que os nepaleses são mais pragmáticos em questões religiosos. Também não tinha tantas pessoas pedindo ou oferecendo serviços como nas cidades da Índia e vi nenhuma pobreza absoluta. Todo isso sabendo que o rendimento per capita no Nepal é metade do da Índia.

Ligou uma pessoa dizendo que era da agencia em Kathmandu que reservou o hotel para mim. Ia me esperar no outro dia na recepção.

 

 

2° dia Kathmandu.

 

O homem insistia tanto para pelo menos comprar a tour de 6 horas para as montanhas a volta de Kathmandu de onde se tem uma boa vista para a cadeia do Himalaia e o por do sol iluminando as montanhas. Seriam 60 US$ e queria me levar para o aeroporto no ultimo dia por 400 rupees. Tinha 100 US$ e fechei o negocio com ele.

 

Mas neste dia queria visitar a cidade dos templos Hanuman-dhoka Durbar Square, mais próximo do meu hotel e maior do que a visitado de ontem. No inicio era o mesmo caminho de ontem, mas depois entrar nas ruas estreitas da cidade.

Aqui encontrei muitos turistas e fiquei mais a vontade. Este lugar faz parte da lista de monumentos históricos da UNESCO. Visitar este lugar se precisa mesmo um dia.

Entrei sem ver que tinha um posto de pagamento de entrada, agora sai de um outro lado para ver lojas e quando queria entrar novamente fui apanhado e tinha de pagar 200 rupees.

Visitando este lugar resolveu mais uma pendência aberta na minha cabeça, um lugar que me fascinou deste que vi as fotos num livro anos atrás.

 

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Cidade de templos, Kathmandu.

 

 

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Cidade de templos, Katmandu.

 

 

3° dia Kathmandu.

 

 

Para o 3° dia não tinha mais reservado, só a viagem para as montanhas. Às 14.00 horas chegou o carro. O condutor tinha aspecto de ser mongoles, perguntei e ele disse que faz parte do povo das Sherpas, um povo valente das montanhas. A esposa dele e o único filho vivem na aldeia para onde ele volta uma vez por ano com bus e depois mais 24 horas a pé. Aqui em Kathmandu ele trabalha como motorista da agencia. Vive em condições precárias num quarto alugado com outras 2 pessoas.

Fomos subindo ate Nargacot, mais ou menos 50 km de Kathmandu. Passamos por pequenas aldeias, mas as casas todas feitas com tijolos. Os campos pequenos cercados com pedras, uma agricultura intensiva. A estrada estreita quase sem possibilidade de ultrapassar os poucos carros.

Chegamos ao topo de uma montanha e passando por uma floresta a pé sozinha cheguei a uma plataforma com vista fantástica para as montanhas infelizmente cobertas por nuvens. Eram 16.00 hora, estava sozinho. Chegaram mais pessoas e um grupo escolar de meninos entre 10 -11 anos. Eles pediram de tirar fotos com eles.

Chegando o por do sol as nuvens se levantaram e vi lá de longe toda cadeia do Himalaia. Num foto da cadeia consegui identificar o Monte Everest. Em quanto o sol descia a imagem das montanhas ficou cada vez mais nítido e o sol brilhava mudando a cor da neve das montanhas para laranja brilhante.

Fiquei até o ultimo raio do sol desapareceu atrás de mim, ficou rápido escuro e as montanhas desapareceram na escuridão. Era como tinha visto um grande espetáculo e a cortina se fechou no final.

Olhei para o relógio, era 17.30 e desci para o carro. Não falei nada, agradeci Deus, agradeci ao meu motorista e aos rapazes que me tinham vendido a belíssima foto das montanhas por 100 rupees.

Na volta vi que nas casas o maximo de luz era uma lâmpada fraca. Depois ficou todo sem luz como muitas vezes em Kathmandu. Em alguns lugares vi que eles usaram agora velas e de vez em quando lâmpadas de gás.

De volta em Kathmandu pedi ao motorista que ele me deixasse ao lado do Palácio Royal para não entrar nas ruas estreitas, dei 200 rupees a ele e ele ficou muito contente.

 

Contei as minhas rupees nepaleses e vi que podia comprar ainda o elefante esculpido em madeira que tinha visto numa loja da rua, o rapaz queria 600 rupees e ficou em 300. Vi uma deusa esculpida em madeira e pintado em cores vivas e dourado. O rapaz pediu 1600 rupees, agora estava em desvantagem só consegui baixar para 1200 rupees, paguei uma parte em rupees indianos. No hotel admirei a beleza das minhas compras. E estou contente até agora porque o que comprei depois na Índia não se compara com estes duas lindas peças. Ainda olhando para as duas “jóias” que comprei, acabou a luz e começou funcionar o gerador do hotel, deixando ligado só uma lâmpada.

Na escuridão fui para o meu restaurante e comi o meu prato preferido à luz de velas.

No caminho de volta para o hotel voltou a luz.

 

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Rapazes Nepaleses esperando tal como eu pelo por do sol.

 

 

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Por do sol atras de mim, o sol eluminando as montanhas do Himalaia, mudando a cor da neve para laranja brilhante.

 

 

22.11. 18° dia, Kathmandu – Varanasi - Kolkata.

 

Levantei as 09.00, tomei o bom café de manha pela ultima vez neste bonito hotel e neste meu querido Kathmandu.

Sentei na recepção esperando o motorista para me levar para o aeroporto, combinado para chegar às 11.00 horas. Li as ultimas noticias no “Financial Times da Índia” do dia anterior.

As 11.05. Comecei ficar preocupado e fui para o pátio do hotel. O motorista estava esperando, tinha receio de entrar. Era o mesmo motorista de ontem. 30 minutos mais tarde chegamos ao aeroporto internacional de Kathmandu. Despedi-me do homem e dei lhe 80 rupees, ficando só com uma nota de 50.

Agora surpresa, primeira fila no aeroporto é para pagar “Serviço ao Passageiro” 791 rupees e mais 565 rupees “Serviço de turista”, não tinha mais rupees e podia pagar com cartão de credito internacional.

Gastei os meus últimos 50 rupees para comprar uma caixinha de suco que lá fora custa metade.

O avião ia às 14.10 horas, mas o “check in” é muito demorado por causa das medidas de segurança e os problemas da guerrilha maoísta que combate o governo nepales há muitos anos.

Agora de volta no Brasil ouvi noticias que a guerrilha chegou á um acordo com o governo de Nepal. Vai participar no governo e juntos votarão pela abolição da monarquia em Fevereiro deste ano 2008.

Bom ainda estava em Novembro 2007. Vencido o “check in” começou a fila do controle do passaporte. Eu fiz as contas o avião deveria ir as 14.10., o vôo ia demorar 40 minutos, chegando a Varanasi as 14.50, desembarque mais 30 minutos seria 15.20. O aeroporto esta 16 km da estação de Varanasi, o meu trem para Kolkata vai as 16.25. Não podia dar certo. Estava preparado para o pior. Rezava que pelo menos o rapaz do hotel estivesse lá para me levar do aeroporto para a estação.

A fila para carimbar o passaporte era enorme e finalmente vencido faltavam só 10 minutos para o vôo sair. Cheguei à sala de embarque reservado para a Indian airlines e nada ainda. As 14.10 em vez de sair o vôo começou o embarque com ônibus até o avião, na subida nova revista pessoal e da bagagem de mão. Depois todo muito rápido, mal sentei o avião começou rodar e partir. Tinha uma vista linda sobre Kathmandu e as montanhas, mas olhava mais para o relógio. De repente um alivio, tinha 15 minutos de diferença horária conforme aviso do comandante de vôo. Ganhei 15 minutos, comecei a nova contagem do tempo.

 

Chegado a Varanasi o controle de passaporte fui muito rápido, mas a chegada da bagagem demorada. Chegou um trator com 3 carrinhos, o meu saco estava no terceiro. Passei correndo pela alfândega e lá estava o rapaz esperando com carro e motorista. Graças a Deus não estava mais sozinho. Buzinando fomos para Varanasi.

Varanasi à volta e perto da estação é um outro mundo, muita gente, barracas de lona ao lado da estrada, perto da estação vi que estavam cortando galhos dos arvores, não sei pára fazer fogo para cozinhar ou montar um abrigo.

O rapaz disse não se preocupa estamos na Índia aqui não se perde um trem tão fácil. Chegamos na parte traseira da estação as 16.40. Chegou um carregador e perguntamos “Doon Express” de noite para Kolkata? Ele diz, esta 2 horas atrasados. O rapaz foi comigo para frente da estação, ultrapassamos os trilhos numa passarela. Em frente do painel eletrônico ele disse adeus, dei 200 rupees e um abraço, muito agradecido.

No painel confirmei “Doon Express” atrasado, novo horário 18.25. Olhei a volta, gente e mais gente, muitos sentados ou deitados no chão esperando a partida dos trens.

 

Referente o que falou o rapaz sobre a Índia e a pontualidade dos trens, preciso dizer a verdade. Nas duas vezes que fui ainda com trem uma vez o trem atrasou e outra vez era pontual. E vi nas estações que a maioria dos trens sai pontual. Portanto acho simplesmente mais uma vez tinha sorte.

 

Precisava urinar, mas vi nada. Tinha lá um aviso, “sala de espera para turistas e fazer reservas” de trem. Para chegar lá com muito cuidado para não pisar em ninguém no chão.

Na sala tinha banheiro. Tinha uma fila de turistas para fazer reservas, acho esperar o trem era o único.

Falei com um rapaz que queria comprar o bilhete para Agra para o outro dia. Perdeu horas para vir para cá e para voltar amanha para pegar o trem, isso é se ele tem sorte e consegue ainda lugar num trem no dia previsto. Como já falei para quem vai viajar com trem na Índia e tem os dias contados e um roteiro para cumprir é bom comprar as passagens numa agencia na chegada na Índia, para se prevenir.

Fui para fora e para a plataforma oito para esperar o trem. Chegou um carregador e como vi o movimento e os trens compridos achei por bem ficar com ele, para me levar para o comportamento certo. Ele disse que o trem vai atrasar mais e provavelmente não sair da plataforma 8. Combinei 40 rupees e ele na hora certa ia ao meu encontro.

Ele passou primeira vez e disse mais tarde. Depois passou e disse vamos, é a plataforma 3.

Fomos para o lugar onde conforme ele parava o meu vagão. Chegou o trem e ele foi empurrando para frente. Era o compartimento A1, lugar 14. Dei 50 rupees e o homem inclinou-se para agradecer. Era o ultimo lugar vago. Às 20.40 horas finalmente partimos.

Chegou o empregado e trousse 2 lençóis brancos uma almofada e um cobertor. Minha cama era acima. Os outros 3 passageiros tinham colocado a bagagem abaixo do assento e fixado com correntes. Só um deles estava acordado.

Não tinha corrente, então coloquei o saco acima da minha cama, preparei a cama e comi mais um dos meus chocolates e uma caixinha de suco e fui dormir com a minha bolsa com o dinheiro e passaporte bem firme fixado no corpo.

 

Eu achei nos trens os passageiros tão bem comportados e um roubo quase impossível. Alem disso, como viajei 2° classe, muito caro para muita gente, as pessoas eram dum nível acima dos que encontrei na rua. Na 3° classe, já no vagão seguido a meu o ambiente era bem diferente. Só para dizer, na Europa existia antigamente a 3° classe nos trens com vagões lastimáveis, fui abolido e hoje existe só a 1° e 2° classe.

 

Dormi fantástico e só acordei a volta das 07.30 de manha. Um pouco mais tarde o trem entrou na estação “Howrah” de Kolkata.

 

 

23.11. – 25.11. 19° - 21° dia, Kolkata.

 

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Ponte sobre o Hooghly river. Comparavel com a ponte "Harbour bridge" de Sidney. Em um único vão de 450 metros ela passa sobre o rio. 100.000 carros/dia, a ponte mais movimentado do mundo.

 

 

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Zona antiga junto ao rio. O mato tome conta das casas, que aparecem vazias, mas vive gente lá dentro.

 

 

Sai do trem e comecei andar olhando se como combinado tinha alguém esperando por mim. Não vi ninguém. Imagine esta cidade enorme Kolkata. Bom regra um só para repetir para mim mesmo: Ficar tranqüilo, não mostra que você não sabe para onde e como ir.

Tinha um lugar para comprar táxi pré-pago e aconselho quando isso existe e existem nas maiores estações e aeroportos sempre usar este serviço. Eu entrei na fila e veio um espertalhão para ir com ele o táxi estava aqui mesmo e mostrou o carro, ia cobrar 150 rupees. Fui com ele, não aconteceu nada, mas podia ter acontecido.

Fomos para o Hotel Royal Garden na Park Street 163. A Park Street talvez seja a rua mais chique de Kolkata, mas com certeza não nesta altura. Chique só os primeiros 2000 metros a partir da Jawaharlal Nehru Rd. O hotel tinha só um grande nome, mas era razoável. Os hotéis achei caro comparados com os preços de hotéis melhores aqui. O meu quarto com banheiro custava 1800 rupees, portanto 85 Reais, sem café de manha.

 

A volta das 11.00 horas já desci a Park street, eram mais ou menos 3 km até o encontro dela com a Jawaharlal Nehru Rd. No caminho tinha um café com doces fantásticos, entrei e pedi 3 e um café com leite. Chegando ao cruzamento fui para a direita para encontrar a Sudder Street a mais conhecida pelos mochileiros com muitos guest-house baratos. Muitos e muitos camelôs vendendo de todo.

 

Fixei o meu roteiro para o outro dia e pela Sudder Street e Mirza Ghalib Street fui de volta para Park Street. Pouco antes tinha um grande restaurante Chinês onde jantei carneiro estufado com arroz e legumes uma cerveja e um sorvete misto, 350 rupees.

No outro dia fui de novo descer a Park street até a Jawaharlal Nehru Rd. e depois no outro lado dela seguindo até o Hooghly River. Segui no lado do rio por um lindo jardim e depois por uma rua com grandes edifícios do tempo colonial, mas em estado de abandono até a Howrah Bridge. De lá de volta até a Park Street.

 

O alto do meu 3° dia fui ir com o metro da estação Park Street até a estação Rabindra Sadan e de lá até o Queen Vitória Memorial, no meio de lindos jardins e cheio de muitas pessoas neste dia de domingo. A entrada para Indianos era novamente só 20 rupees e para turistas 250 rupees.

 

O meu trem para Mumbai (Bombay) ia só ao dia 26.11 às 22.55 horas, então decidi de pagar mais uma estadia no hotel para poder tomar banho e descansar antes da viagem. Falei com o dono e ele fez um preço especial de 1400 rupees.

Quando sai do hotel às 18.00 horas ele queria cobrar os cafés de manha, 150 rupees para cada um. Disse que isso conforme voucher estava incluído no preço. Ele disse que não, mas não paguei porque achei que não era meu problema, mas o dele com a agencia. Ele até ligou para Nova Delhi.

Novamente nada do prometido e em principio pagado o “pick up” no hotel e me levar até a estação. Era na hora do rush e difícil conseguir um táxi para a estação, mas no final deu por 250 rupees.

 

 

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"Queen Victoria memorial" em Kolkata, bonito tal como o Taj Mahal.

 

 

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Movimente em frente e na plataforma 21, saida do meu trem para Mumbai.

 

 

26.11. – 28.11. 22°- 24° dia, trem de Kolkata – Mumbai.

 

Chegado com o táxi na estação entrei e parei para olhar. Agora nesta hora de noite tinha muito mais gente do que quando cheguei. Parei para me orientar. O meu trem era o JNAESWARI SUPDLX as 22.55. horas. Acho o SUPDLX significa Super de Luxo. Saia na plataforma 21. Seriam 31 horas de trem até Mumbai.

 

Tinha muito tempo e fui tomar num restaurante bolo de frutas secas e café com leite, era delicioso. Para a viagem estava prevenido com chocolates, e esta vez nozes.

 

Uma hora antes da partida fui para frente da plataforma 21 e guardei em frente do painel eletrônico o aviso da chegada/saida do trem. Como sempre muita gente sentada e dormindo no chão, era difícil de achar até um lugar para esperar em pé. Contratei um carregador que ia me procurar pouco antes da chegada do trem.

O trem chegou com quase uma hora de atraso.

 

Também aqui no meu compartimento, novamente A1, 4 lugares com 4 camas. Também aqui logo após a partida todos fomos dormir. Esta vez tinha a cama na parte de baixo e deixei o saco de viagem no chão, mas fixei-o com uma fina corrente no meu braço.

No outro dia de manha 2 dos passageiros tinha já saído e na estação da cidade de Bilaspur entraram outros dois. O trem parou só nas grandes cidades como Raipur onde comprei na parada um sacinho com tangerinas, em Nagpur e me lembro ainda de Jalgaob.

As horas passaram muito rápidas e já eram 22.00 horas quando novamente íamos dormir. Eram poucas horas, pois as 05.30 já chegamos a Mumbai.

Não me tinha preocupado com a estação da chegada, pensei seria “Mumbai Central Station” ou “Victoria Terminus”, mas não, era uma estação bem rudimentar fui ler “Lokmanyatilak Station”, localizei a no mapa do meu Guia, era em Mumbai Norte umas 10 km do centro.

Então procurei o voucher do hotel e vi que dizia Hotel Siddhartha na Swami Visekanada Rd. perto da estação de subúrbios “Bandra Station”.

A praça na frente da estação era de terra batida, poeirenta, com vacas e muitos rapazes tentando pegar na minha bagagem para me levar para um táxi.

Estava muito desconfiado quando vinha um rapaz alto dizendo que tinha um táxi e que ia cobrar 450 rupees, achei muito, mas também não sabia a distancia certo nem mais ou menos. Alem disso o ambiente não era confiável. Pedi para ver a carta de condução e me mostrou, dizia que concordava com o preço, mas ia ficar com a carta até a chegada no hotel. Por quê? Lembrei-me de repente relatos de mochileiros na Bolívia que pegaram um táxi e pouco adiante o taxista deixou entrar mais homens que roubaram o dinheiro dos mochileiros. Bom o rapaz concordou. Depois perguntou o porquê de ficar com a carteira e contei a ele. Espero não ter insultado ele.

 

Chegamos ao hotel, era longe mesmo e quando fui embora de Mumbai saindo da mesma estação paguei para uma auto-rickshaw 250 rupees para me levar até lá.

 

 

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"Indian Gateway", Bombay, foto tirada do barco para Elephanta Island.

 

 

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Elephanta Island, entrada de uma das cavernas escavadas dentro das montanhas de granito.

 

 

28.11. – 30.11. 24°-26° dia, Mumbai

 

O hotel custou 2400 rupees, sem café de manha, mas já estava pago. Como eram só 09.00 horas pedi um café de manha escolhendo no cardápio o que queria e uma garrafa de água mineral.

Pensei como ir agora para a Churchgate área e Colaba área no centro mesmo de Bombay. Com táxi? Perguntei no hotel e eles tinham serviço de carro, mas queriam 800 rupees para ida e volta. Achei caro e não me agradava nada sabendo que tem um carro todo o dia a minha espera. Fui para a rua e pedi um táxi por 150 rupees. Tinha pena do taxista, demoramos uma hora e trinta minutos para chegar até Churgate station, ultima estação dos subúrbios. Transito parado e muito calor, dei 200 ao motorista, lógico ele não parecia muito contente.

Segui o mapa do meu Guia até o “Indian Gateway”, e no caminho perto da praça “Flora Fountain” almocei num bom restaurante, novamente a salada mista com muitas rodelas de cebola, frango a moda chinesa, cerveja, pão e sorvete, 350 rupees ou 17 Reais.

Em frente do “Indian Gatewaty” peguei um dos barcos que iam até “Elaphanta Island” para ver as cavernas escavadas no granito com salas enormes e estatuas de Lord Shiva, são nove km até lá sempre seguindo pela península de Mumbai. À volta já no por do sol sobre a península sul de Mumbai. Como sempre ficou rápido escuro e eu voltei depressa até Churchgate Station.

O trafico novamente infernal agora no sentido do Centro Sul para o Norte. Pensei um táxi não seria muito bom nesta hora e me lembrei que no cartão do hotel diz que este esta perto da “Bandra railway station”. Eram 18.30 quando cheguei à estação Churchgate, Bandra Station era a nona de mais de 20 em direção para o Norte. Tem 6 plataformas e todos os trens vão à mesma direção, não tem para errar. Tem vagões só para senhoras, pois o aperto é muito grande e as pessoas viagem penduradas nas portas que não são fechadas durante a viagem. Pedi um bilhete, são só 6 rupees. Depois vi que tem a 1° classe, que custa imagine 9 vezes mais, bem que ainda barato, mas o aperto é o mesmo, só as pessoas são mais bem vestidas. Bom fui segunda classe e não podia nem respirar fundo de tão apertado, e para sair, quem não era bem posicionado era derrubado. Mas cheguei lá.

 

Na frente da estação uma fila para os auto-rickshaws, e outros auto-rickshaws sem fila. Uma menina explicou quem entra na fila quer ir para destinos pertos, paga 10 rupees e o taxista não pode recusar. Quem não entra na fila combina o preço com o taxista e o taxista se pode negar de aceitar a corrida se o preço não agrada. Tentei combinar, mas não dei certo, eles simplesmente como sempre estavam com medo de olhar para o cartão do hotel ou de olhar para mim e ouvir direito. A menina disse, seu hotel esta muito perto, fique na fila, até pode ir a pé atravessando as ruas escuras na frente. Cheguei a minha vez e o taxista assustado disse logo não, não sabe. A menina explicou e então ele foi comigo. Talvez ele nunca tivesse ido para este hotel, mas era perto mesmo, chegando vi de longe o hotel e mostrei para ele. Dei 20 rupees, ele ficou tão sorridente e que milagre olhou para os meus olhos, acho para ele foi uma pequena vitória.

 

No outro dia atravessei as ruas estreitas da favela para a estação, era perto nem 250 metros. Comprei a 1° classe, mas como já falei o aperto era o mesmo. Lembro-me de um senhor que entrou correndo bem acima de mim me puxando para frente. Se estivesse Indiano, todo bem, é simplesmente a luta dura diária, mas não era, era estrangeiro e ele ficou tão sem jeito pedindo desculpas quase chorando.

Pergunto-me, esta vida de tanta gente vivendo tão perto, se empurrando para chegar ao trabalho ou qualquer outra lugar, voltar para uma morada degradante, sem opção de sair deste circulo diário da vida, talvez nunca na vida ver uma praia ou sair da cidade, este vida é ainda humano?

 

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Elephanta Island, vistoa de dentro de uuma das cavernas.

 

 

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Trem de subúrbio na estação Churchgate em Bombay.

 

 

2° dia Mumbaí.

 

Bom neste dia fui para a movimentada rua “Colaba Causeway” que desce para o “Colaba market”. Aqui encontrei a maior numero de turistas. Olhei e escolhi já o que podia comprar para levar como lembranças, mas as compras mesmo queria fazer em Goa. Vi uma camisa bonita leve, colorido e comprei para usar em Goa, eram 200 rupees, 10 Reais. Fui visitar o mercado, mas tinha medo de me perder e não entrei nas ruas mais estreitas. No “Colaba Causeway” entrei num grande restaurante cheio de turistas na maioria de Europa comendo e bebendo cerveja. Gozado, como após dias só em contato com Indianos a gente fica aliviada estar novamente entre pessoas da sua cor (desculpem, talvez não seja a expressão certa) e vestida e pensando como você.

À noite desci a rua perto do hotel e vi que era perto de uma zona razoavelmente chique com lojas de produtos estrangeiros, mas para comer só fast food. Comprei chocolates, nozes e tangerinas.

No último dia segui da estação Churchgate em direção a Bahia e depois subindo na avenida ao lado do mar entrei novamente na cidade para ir até a estação muito bonita “Victoria Terminus”. Podia observar a vida desta zona de pequeno comercio e pequenos escritórios. Vi ainda gente com maquina escrever na rua sendo procurado para escrever cartas ou preencher formulários.

 

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Mumbai para Goa. O meu trem que vai para o Sul, esperando que passa o trem indo para a Norte.

 

 

01.12. 27° dia, trem de Mumbai para Goa.

 

Como já falei este trem também saia da estação “Lokmanyatilak” para onde fui com auto-rickshaw pagando 250 rupees. Chegando lá, lógico a estação não tinha nada mais de assustador para mim. O trem ia às 11.40 horas.

O problema é se você da uma moeda á alguém pedindo, você não se libera mais de outros pedintes e aqui eram as mulheres com os bebes fracos nos braços e mais uma ou duas crianças a volta delas.

No inicio quando cheguei à Índia, a pobreza visto era tão chocante que me senti mal e obrigado de ajudar, mas muito rápido se fica acostumado e simplesmente ”fecha os olhos” e vira a cabeça.

O trem fui pontual. Era a viagem de trem mais bonita, gente alegre, paisagens bonitas e a minha alegria de chegar a Goa, terra portuguesa durante 530 anos e hoje a região mais visitada por turistas estrangeiros.

No bilhete dizia “Margao station” e fiquei preocupado porque é a estação da cidade de Panaji a capital de Goa, 60 km longe da vila onde tinha marcado o hotel. Como chegando nesta estação á noite ia para a minha vila Anyuna? Falei com o empregado do trem e este disse, chegando à província de Goa o trem para em cada estação, portanto podia sair perto da cidade Mapusa no “Tivim station.” Fiquei mais contente ainda.

 

Como os trilhos estão só de uma linha umas 3 vezes o trem parava para deixar passar um trem que vinha do Sul. Olhando o nosso trem nem podia ver o inicio nem o fim dele por causa das curvas. Do outro lado os trens que chegaram eram enormes também. Realmente o sistema dos trens da Índia talvez não seja um dos mais modernos, mas funcione e muito bem.

Chegando perto de Goa veio o empregado e disse vem a próxima estação e depois é a sua. Era bom saber, porque era noite e as placas indicando os nomes das estações não eram iluminadas.

Chegamos nesta pequena estação de Thivim e saindo olhei de volta para o trem e novamente nem vi o inicio e nem o fim dele. Éramos só quarto passageiros que saíram. Em frente da estação só um táxi e 3 auto-rickshaws. Perguntaram para onde queria ir e indicaram a primeira auto-rickshaw na fila, eram 250 rupees para mais ou menos 15 km até “Anyuna beach.” e o meu hotel “Vila Anyuna”.

Eram 22.30 horas e passamos por uma estrada estreita, nos dois lados casas grandes com jardins e arvores enormes. Às vezes uma fogueira em frente da entrada da casa, às vezes um carro velho estacionado no jardim. Eram casas abandonadas pelos portugueses á 40 anos, quando tinham de deixar o país. Os indianos não querem ou não podem viver lá dentro porque não é deles. Nesta escuridão aparecia uma civilização perdida na selva. Nos próximos dias tirei ainda muitos fotos de casas e igrejas abandonadas.

Chegamos ao hotel. Um jardim verde e bonito, uma recepção grande, uma piscina iluminada nesta hora, o cheiro do mar, o quarto grande e bonito o banheiro grande, todo perfeito.

 

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Anyuna beach, Goa.

 

 

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Casas abandonadas pelos portugueses. Os Indianos montam tendas em frente ou ocupam a entrada.

 

 

02.12. – 06.12. 28°-32° dia, Anyuna Beach, Old Goa e Panaji.

 

Passei os dias na praia andando de um lado para o outro, o mar azul, praia de areia às vezes rochas entrando no mar, coqueiros a beira da praia, muitos cafés e restaurantes, muitos turistas, mas também indianos passando férias.

Á noite jantar num bar a beira do mar, ouvir musica e vendo o mar na luz da lua.

Esta rotina alterei só duas vezes.

No segundo dia peguei um táxi até “Old Goa”, mais ou menos 40 km do hotel, paguei 600 rupees.

Era o dia 03.12., dia da morte de Francis Xavier em 1552. Francis de Xavier era aluno de St. Ignatius de Loyola e um grande missionário aqui na Ásia portuguesa. O corpo dele não se descompôs e o Vaticano mandou uma equipe para analisar o caso. Relataram que o corpo realmente era bem conservado sem ser mumificado e encostando o dedo numa ferida no peito saia sangue aparentemente fresco. Em seguida em 1622 fui canonizado. O corpo jaz hoje num caixão de vidro na “Basílica de bom Jesus” aqui em Old Goa e é mostrado 10 em 10 anos ao publico, a ultima vez em 2004.

A maior parte da população de Goa é católica e vão prestar homenagem a Francis Xavier neste dia.

Old Goa no século 16 estava rivalizando com Lisboa, qual era a cidade mais bonita. Mas devido a doenças e os novos tempos mais seguros contra piratas a cidade fui abandonado em 1843 e a capital mudou-se 10 km rio para cima, mais perto do mar para Panaji.

Hoje 17 igrejas e outros monumentos no meio da selva são testemunhas destes tempos antigos. Algumas igrejas são muito bem cuidadas porque Old Goa é atração turística da Índia.

Depois segui para Panaji, também aqui muitas lembranças dos portugueses. As pessoas de Goa me aparecem mais soltas do que os outros Indianos. As mulheres ainda usam mais saias do que saris, bem que as saias vão até os calcanhares. Mais um dado o rendimento por capita de Goa é o mais alto das províncias da Índia.

 

Subi uma colina até o templo do “Deus macaco” todo pintado em cor laranja, com uma torre de observação á cada lado, para ver e para ser visto de toda cidade. O templo estava vazio, tinha só um homem dormindo num banco, talvez o guarda. Entrei no pátio e tirei fotos da cidade, depois tirei uma foto da entrada no templo e entrei. Pela primeira vez na Índia entrei num templo Hindu e acima disso com os tênis. Não era maldade, simplesmente estava descontraído.

Assustei-me com um grande grupo de pessoas que entrou, todos sem sapatos incluído o homem que dormia no banco. Eles olharam para mim meio surpreso, talvez inacreditável demais para ser verdade, talvez pensando lá esta a encarnação do “Deus Macaco” e nem o guarda reagiu. Fugi as pressas pela traseira do templo saindo para a rua e descendo ate o palácio do arcebispo de Goa e depois até a cidade.

 

“Deus Macaco” e venerado, porque quando Shiva lutou contra os demônios fui o “Deus Macaco” que mandou um exercito de macacos para ajudar Shiva de vencer os demônios.

 

Outra quebra de rotina fui o “flee market” (mercado de pulgas) em Anyuna junto à praia. Este mercado funcione todas as quarta-feiras e chegam muitas turistas de outras praias para comprar as lembranças da sua viagem. Fui aqui que comprei as minhas.

 

Procurei uma pessoa que falava português ainda. Numa ruazinha da Vila Anyuna, vi uma placa, restaurante “Meu amigo” na porta do jardim uma Senhora, eu disse “boa noite” e ela sem ficar admirado respondeu, “boa noite”. Comecei falar com ela, era descendente indiana, mas com cidadania portuguesa. O marido era indiano e juntos me contaram a vida deles. Fiquei para jantar, era o único cliente da noite. A senhora se chamava Remedia, tinha 55 anos, portanto mais ou menos 10 anos quando os portugueses foram mandados embora.

 

No dia 07.12. o carro do hotel me levou para o aeroporto estava incluído no preço. O aeroporto fica 29 km de Panaji, portanto 60 km de Anyuna. O avião para Delhi ia ás 15.15 horas e cheguei de volta em Nova Delhi às 20.20 horas.

 

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Convento e igreja de St. Francis de Assis e a Catedral em Old Goa.

 

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Por de Sol. Anyuna beach, Goa.

 

 

07.12. – 10.12. 33°- 36° dia, Delhi.

 

O Ramiis estava á minha espera no aeroporto e me levou para o mesmo hotel onde fiquei na chegada na Índia o “Maurias Heritage”.

No outro dia chegaram com carro para fazer mais voltas na cidade e especialmente fazer compras comigo. Disse que não, queria descobrir agra Delhi á minha maneira. Ficaram lógico desapontado. Pedi para me deixar na estação do metro e para me buscar no dia 10.12. às 17.00 horas no hotel para levar para o aeroporto.

Estes 3 dias andando sozinho em Delhi eram os melhores, sabia onde estavam os lugares que queria ver, pois já passamos com carro nos primeiros dias na Índia e queria ver agora como vive o povo.

 

Fui primeiro até a grande Praça “Connaught Place” e de lá á pé até a estação “New Delhi trainstation”. Fui ver como funcione a reserva de trens e compra de bilhetes. O problema é que existem vários companhias de trem e mais do que uma estação conforme os destinos. Mergulhei no “Main Bazar” em frente da estação, uma rua de comercio tipicamente indiano.

Peguei o metro até “Chandni Chowk” desci a movimentada rua com o mesmo nome até o grande templo Hindu “Digambra Jain Temple”, visitei o “Red Fort”, esta vez também por dentro, visitando os palácios e jardins . Passei por “Old Delhi” até a Mesquita “Jama Masjid”, paguei a entrada, tirei os sapatos e entrei. Depois peguei uma rickshaw e fui até o Ghandi Memorial depois com outro rickshaw até o metro. No outro dia fui novamente para o Main Bazar queria comprar a Deusa Kali esculpido em madeira de sândalo que alguém tinha pedido e um cachecol de lá de Kashmir e mais cúpulas para lâmpadas feitos de tecido bordado.

À noite comi num bom restaurante, o mais caro de minha estadia na Índia, jantar com duas cervejas era 650 rupees, 32 Reais.

Era o fim gostoso de uma grande viagem, talvez a última para um destino tão difícil de mochilar, mas no mesmo tempo gostoso pelas pequenas aventuras e vitórias de cada dia que passa.

 

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Em frente da estação New Delhi station.

 

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Dentro do "Red Fort" os muitos palácios, rico nos detalhes de acabamento.

 

 

11.12. 37° dia, as 03.25 voar de volta para São Paulo.

 

Não tem mais muito para dizer. Às 17.00 horas me levaram para o aeroporto. Era uma tarde com poluição incrível, a estrada para o aeroporto em obras de duplicação, muita poeira. O aeroporto em obras, para o “check in” só se podia entrar 3 horas antes do vôo, até lá esperar numa sala grande no outro lado da rua em frente das 3 entradas para o check in.

Um país em mudanças, em obras, tentando encontrar uma vida melhor para os seus 1,1 bilhões de habitantes. O custo destas mudanças é alto e a chegada realmente até um fim melhor duvidoso. Uma coisa é certa a grande maioria vai continuar viver na pobreza neste circulo eterno de vida e morte.

Dobrei 16 notas de 100 rupees, 1600 rupees e dei para Ramiis, para dividir com o motorista e amigo dele de Kashmir. Sei que eles precisam este dinheiro, mas não sei se a quantia era adequada ou não.

Às 03.25 horas com Boeing 747 saida pontual para o primeiro destino, Londres. Chegada no mesmo dia às 07.25 horas, significa 09h30min horas de vôo e 05h30min horas diferença do horário.

Saida de Londres com Boeing 747 às 11.12 horas pontuais e chegando a São Paulo no mesmo dia às 21.20 horas, significa 11h30min horas de vôo, 03h00min horas diferença do horário.

Mais um recorde para mim, este dia 11.12.2007 era o dia mais comprido da minha vida, 24 horas mais 08h30min horas de diferença horária = 32h30min horas.

 

Dieter

 

viagemparaindia2007450gf1.jpg

 

Acabamento no Palácio da foto anterior, pedras preciosas encrustadas em marmore branca.

  • Membros
Postado

Parabéns!

Excelente Diário e fotos!!!

A Viagem deve ter sido muito rica em experiência...

Está na minha lista de destinos desejados....só preciso ir enchendo o meu porquinho.... rsrsrs

 

abraços,

  • Membros de Honra
Postado

Olá Patricunha,

 

muito obrigado pelo seu elogio.

 

Basta definir os seus desejos mais ardentes e depois sonhar bastante com eles. Vai ver alguns desejos se tornam rápido em realidade.

Eu acredito.

 

Um grande abraço,

 

Dieter

  • 4 meses depois...
  • Membros
Postado

Oi Dieter!

 

Ainda não fui para a Patagônia, que queria visitar tanto após ter lido seu diário aqui, mas se Deus quiser vou este ano ainda.

 

Agora vi este relato de sua viagem para a Índia e Nepal.

Parabéns.

Acho a viagem bem planejada e seu relato é simplesmente bom demais.

 

Abraços,

Walter

  • 2 semanas depois...
  • Membros
Postado

Boa noite, Dieter. Acho que este é o teu nome, pelo que vi nas outras msgs. Li com encantamento o relato da tua viagem à Índia e Nepal. Vi fotos de lá qwue me deram saudades, Fui a Dehli e Agra em outubro de 2006. Depoois fui ao Nepoal e subi a cordilheira do Himalaia até o monte Annapurna. Viagei junto contigo nos relatos., Tu é muito mais peitudo que eu. Gostaria de viajar contigo um dia desses. Já fiz o caminho de Compostela inteiro e agora esotu me preparando para a Antártida em janeiro de 2009. Embarco dia 4 de janeiro em Ushuaia. Depois quero fazer um trek na Patagônia de uns 15 ou 20 dias. Se já fostes para lá, poderias me dar alguma dica? Te agradeço se me ajudares. Abraços. Assis

  • 1 mês depois...
  • Membros de Honra
Postado

Olá Assis!

 

Muito obrigado pelo teu elogio.

 

O meu “Diário para a Patagônia” esta aqui neste site na pagina 3 com a ultima postagem em 13. Fev. 2008. Lá falo também sobre Uhuaia.

 

Abraços e boas aventuras,

Dieter

  • Membros de Honra
Postado

Olá Dieter!

 

Cara, primeiramente parabéns por essa fantástica viagem...

Li atentamente cada parágrafo do relato e confesso que fiquei extasiado... Digamos que fiquei com "aquela" vontade de conhecer um pouco mais essa incrível cultura!!!

 

Um grande abraço :wink:

  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra
Postado

Olá Edy!

Obrigado pelos elogios.

 

Se tu queres, tu podes!

 

Planeja a viagem e um dia vais conseguir chegar lá.

 

Abraços,

Dieter

  • 3 meses depois...

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