Membros anacarolinavoigt Postado Sábado às 12:53 Membros Postado Sábado às 12:53 (editado) Oi pessoal! Esse é meu primeiro relato de uma viagem muito esperada, que ainda está em andamento. Estou escrevendo direto de terras peruanas 🇵🇪 Esse foi meu primeiro mochilão improvisado em férias de uma CLT brasileira junto com uma amiga. Minhas principais fontes de consulta para ele foram os fóruns aqui do Mochileiros e os vídeos do Mundo sem Fim (❤️). Datas da viagem: 03/04 a 17/04. Minha viagem começou no Rio de Janeiro onde eu peguei um voo da Gol para Guarulhos às 6:10 no dia 03/04, para depois pegar o voo para Santa Cruz de La Sierra às 09:05. Inicialmente a viagem seria do dia 2 ao dia 17 porém, devido a uma necessidade da Gol, foi preciso remarcar para o dia 03. Caso eu não aceitasse, eles iriam reembolsar totalmente o valor. Bom, após todos os passageiros embarcarem no avião no dia 3, o piloto informou que o voo atrasaria devido ao mau tempo em Guarulhos (SP). No final das contas, o voo que era para as 6:10 decolou apenas as 8:20 e chegamos em Guarulhos às 9:45. Nosso voo para Santa Cruz atrasou devido ao mau tempo porém, mesmo com os atrasos dos dois voos, perdi o segundo por 18 minutos. E aqui começou a jornada do desespero antes de sair do Brasil. Fui ao guichê da Gol com mais de 100 pessoas com o mesmo problema (conexões perdidas e várias remarcações de voo) e aguardei por belas 2h para ser atendida. Para esse viagem eu contratei um seguro que cobria gastos com atraso de voo, cancelamento ou remarcações. No contrato estava expresso que para solicitar a abertura do sinistro era necessário um documento formal da empresa aérea constando os dados do voo, horários e assinatura de um funcionário. Em uma pesquisa rápida enquanto aguardava ser atendida, descobri que o documento se chama “Carta/Declaração de contingência”. Ao ser atendida pela atendente, fui remarcada para o voo do dia seguinte (04/04) no mesmo horário (9:05) e recebi um voucher para hotel e alimentação custeado pela Gol. Sobre a declaração de contingência: é uma luta conseguir. Quando esse nome é mencionado, eles fazem de tudo para te levar a exaustão e desistir de pegar o documento. Não desistam, peguem mesmo. É importante também ler e confirmar as informações: data e hora efetiva da decolagem e do pouso com atraso (eles precisam pegar os dados oficiais da infraero, não aceitem que sejam colocados horários estimados). Nesse dia ainda tive um problema porque eles alegaram que o voo chegou 8:30 em Guarulhos (dados da própria Gol) sendo que neste horário eu estava nas nuvens (literalmente). Usei o site do rastreador Kayak que tinham os horários certinhos pra comprovar o atraso do nosso voo. Essa batalha terminou às 15:00 do dia 03/04, quando me direcionei ao hotel para descansar para o outro dia. 04/04 - Guarulhos - Santa Cruz de Lá Sierra Inicialmente, a viagem começaria dia 3/4 chegando em Santa Cruz às 11:00. Planejei conhecer o centro da cidade e partir para Sucre no mesmo dia em um ônibus noturno. Com o atraso e remarcação do voo, cogitei comprar a passagem de Santa Cruz para Sucre oferecida pela BoA porém, devido ao histórico de Gol com atrasos, decidi tentar a sorte direto no guichê em Santa Cruz. Bom, dito e feito, o voo do dia 04/04 que era para decolar às 9:05 só levantou voo às 10:30. Chegamos em Santa Cruz por volta de 12:40 e fomos para imigração. 04/04 - Santa Cruz de La Sierra A imigração foi bem lenta. Os funcionários solicitaram o motivo da viagem (turismo) e os locais que eu ia conhecer (meu roteiro) e endereço do Airbnb em Sucre. Havia lido relatos que a imigração era tranquila e sem perguntas, principalmente para quem já tinha carimbos no passaporte, mas nesse dia, todos foram interrogados. Num todo, foi bem tranquila. Eu estava com todos os documentos em mãos e preparada com meu roteiro na cabeça, não me preocupei. Passando a imigração, apresentei o documento com QR code da Aduanda, que havia preenchido com antecedência e segui para o raio-X. Tudo certo também, sai pelo terminal de desembarque. Logo que sai, fui direto no guichê da BoA para ver as passagens para Sucre e já não tinham mais passagens para os dois voos do dia (13:40 e 16:00). Bom, voltei ao meu planejamento inicial de ir de ônibus para Sucre e conhecer um pouco o centro de Santa Cruz. Antes, troquei 100 reais no aeroporto com câmbio a 1,89. Não achei ruim e optei por trocar apenas 100 porque li relatos de que na Plaza 24 de Setembro o câmbio estava 2 ou acima de 2, no paralelo. Comprei um chip de Entel para 6 dias com internet ilimitada por 48 bob (38 do plano + 10 do chip) (~25 reais) e já estava conectada para falar com meus familiares no Brasil. Feito isso, me direcionei a área externa ao terminal para pegar o ônibus para o Centro (número 135) e acho que foi 3 ou 6 bob, não me lembro. O trajeto foi de uns 30/40 minutos e o ônibus nos deixou a 4 quadras da praça. Todos os passageiros bolivianos, inclusive o motorista, me orientaram sobre onde descer e foram super educados. Descendo no ponto, andei e cheguei em uma lanchonete muito bacana com playground para crianças e tudo mais. Eu estava morrendo de fome e comi uma empanada de queijo. Uma delícia! Colocaram açúcar de confeiteiro por cima e deu um tcham! Os doces eram maravilhosos de lindos também (foto). Chegando na Plaza 24 de Setembro (16:00)eu fiquei encantada com a praça e com a dinâmica local das crianças e famílias bolivianas aproveitando o clima. A praça é linda e a igreja também! Troquei dinheiro em uma casa de câmbio na praça no câmbio a 2,10. A cotação do dólar estava 10. Fui para a rodoviária de ônibus (la o app da Movit funciona) e os locais me orientaram o ponto onde era para descer. Chegando na rodoviária, um caos kkkkkk. Até hoje eu estou ouvindo “Sucre Sucre La Paz” na minha cabeça. A todo tempo você é abordado por vendedores oferencendo as passagens mas optei por comprar no interior do terminal. Tem que ter paciência com os vendedores te abordado e os gritos oferencendo passagem. Elas variam bem pouco em questão de valores mas existem muitas empresas. Optei por comprar na empresa Trans Copacabana Mem 1 para Sucre e o ônibus semi leito (160 graus), que é chamado de bus cama, me custou 100 bob (~50 reais). Obs.: Sempre pedíamos para ver os ônibus antes de comprar a passagem. O ônibus sairia às 21:30 e chegaria às 7:00 em Sucre. Enquanto isso, fiquei observando o terminal e as pessoas e crianças. Não se assustem, as crianças ficam soltas na rodoviária sem muita supervisão dos pais. Nesse meio tempo fiz amizade com uma menininha de 6 anos que carregava um pollito (pintinho) dentro de uma bolsinha. O nome dela era Maria Helena e a mãe trabalhava vendendo passagens. Ela ficava o dia todo na rodoviária enquanto a mãe trabalhava. Quando eu perguntei a ela se ela não tinha medo de ficar sozinha andando por ali ela disse com uma cara de brava “aqui as crianças aprendem a se cuidar cedo” e depois me disse que tem vários amiguinhos que ficam ali com as mães. Embarquei no ônibus e me surpreendi muito com a estrutura. O ônibus tinha banco com massageadores e regulagem automática de inclinação. Eu realmente fiquei chocada com a estrutura pq nunca andei num ônibus assim no Brasil. Recomendo muito a empresa Trans Copacabana Mem 1 (obs.: não confundam com a Trans Copacabana, são empresas diferentes). Valeu muito, 10/10. Antes da viagem começar, eu deixei meu chip do Brasil cair da minha bolsinha entre meu banco e o apoio de braço. Haviam duas pessoas bolivianas próximas a mim nesse momento, uma cholita e um senhor. Quando eles perceberam meu desespero, eles perguntaram o q houve e me ajudaram a achar o chip (com direito a uma lanterna e uma faca enorme pra puxar o chip do lugar que ele tinha caído kkkkk). Mais uma vez eu fiquei encantada com o povo boliviano! Mesmo com o conforto, não consegui dormir muito bem. Tenho dificuldades em dormir fora de casa . A viagem é longa e o caminho é muito tortuoso e dá um nervoso com as curvas. 05/04 - Chegando a Sucre Cheguei à Sucre às 7:00. Estava bem frio (5 graus) e eu estava extremamente cansada. A rodoviária e os arredores de Sucre são bem simples, e a rodoviária fica relativamente longe do centro histórico. Optei por pegar um táxi da rodoviária até o Airbnb que fiquei e a aventura começou. O táxi me custou 15 bolivianos e quando eu entrei eu dei uma bela risada. O banco do motorista era uma cadeira improvisada kkkkkkkkkkk. Talvez eu tenha pego um táxi irregular mas é assim que as memórias são construídas né kkkk Cheguei na minha hospedagem e peguei as chaves (minha reserva era pro dia 4 a 6/4). O Airbnb era uma delícia, muito fofinho, bem equipado e bem localizado. Tinha um mercado bem próximo e a Plaza de Armas ficava a duas quadras da hospedagem. Único ponto menos legal era que ficava no 3 andar de escada. Tomamos um café bem reforçado em casa e fomos passear. Conseguimos comprar o ticket do ônibus para o parque Cretáceo por 15 bob ida e volta para as 11:00. É o melhor horário para poder fazer o tour pelas pegadas com guia (12:00). Enquanto aguardávamos o ônibus, ficamos assistindo um desfile cultural sobre a inclusão de pessoas deficientes e atípicas na cultura boliviana nos arredores da praça. Foi muito lindo! Pegamos o ônibus para o parque Cretácio. Fomos no andar de cima para ver a cidade. Foi bem legal, o trajeto leva em média 15 a 20 minutos e chegamos no parque. Ele fica localizado ao lado de uma empresa de cimento e as pegadas ficam bem na parte onde eles extraem a pedra para fazer cimento (imagino que seja algum calcário). Aliás, as pegadas foram descobertas quando a extração de pedra teve início pela empresa. Ela foi a responsável por chamar os paleontólogos para verificarem e, depois, classificarem as especieis. Uma coisa que me preocupa um pouco é que a exploração continua ocorrendo ao redor das pegadas com máquinas pesadas e escavações. Não sei até que ponto pode influenciar e ocorrer mais desprendimento das parede com as pegadinhas. Aliás, apenas o lado direito da parede está habilitado para visitação (pegadas dos carnívoros e alguns herbívoros grandes). O lado esquerdo, onde tem mais pegadas de mais especieis está interditado por segurança (desmoronamento). O tour é muito legal, o guia explica as especieis de dinossauros que passaram por ali. O tour me custou 30 bob com a visita às pegadas incluídas. Retornei ao centro e fui almoçar (16:00). Não indico o restaurante que fui pq a comida não era muito gostosa e nos restaurantes locais o menu do dia já não estava mais servindo por causa do horário. Bom, segui para conhecer a Catedral Metropolitana, onde a visita ao terraço custa 15 bob. A vista é linda, é possível ver a cidade toda e andar pelos telhados da catedral é sensacional. A escada é bem difícil de subir e relativamente apertada. Senti dificuldades pra subir mas valeu a pena. Após passear mais um pouco, fomos trocar dinheiro. O câmbio em sucre não estava tão bom quanto em Santa Cruz, o máximo que encontrei lá no paralelo foi 1,90 e no oficial, 1,76. Aqui vale uma ressalva e uma dica: o câmbio paralelo em Sucre dá um certo medo, principalmente pq as pessoas te abordam e ficam bem em cima de vocês. Eu fiquei com um pouco de medo de trocar muita quantidade principalmente pq as notas eram extremamente velhas e rabiscadas. Ah, outro ponto importante: se atentem as notas que estão recebendo. Encontrei dificuldades para pagar uma compra em um mercado porque minha nota estava colada com durex (apenas uma parte). Então, sempre confiram o dinheiro e solicitem a troca caso recebam notas rasgadas, manchadas ou muito rabiscadas. Minha dica é que deem preferência para o câmbio em Santa Cruz. Eu fui fazendo picado: em Santa Cruz, Sucre e La Paz. 06/04 - Sucre Em nosso segundo dia em Sucre, iniciamos a exploração indo à rodoviária para comprar nossas passagens a Uyuni. No dia anterior (sábado) havíamos visto que quase todas as atividades culturais não funcionavam aos domingos e, por isso, decidimos ficar apenas 2 dias em sucre (5 e 6/4). Havíamos perguntando em um Hostel sobre os ônibus a Uyuni e o atendente informou que apenas duas empresas fazem o trajeto a partir de Sucre: Emperador ou 6 de outubro. Bom, fomos à rodoviária encontrar as benditas empresas. Fomos de ônibus e as linhas que passam na rodoviária são a A ou a 33, que passam na rua próximo ao mercado central. Se tiver dúvidas, pergunte sobre o ônibus ao Terminal de Buses, os bolivianos irão te explicar perfeitamente onde encontrar. E outro detalhe é que eles param em qualquer lugar na rua, basta fazer sinal para subir e falar “Parada/Bajar” ou algo do tipo para que o motorista pare para você descer. Peguei a 33 e me custou 2,40 bob. São chamados de Minibuses (quase uma van brasileira) e que andam com a porta aberta e de forma bem radical (correndo e buzinando o tempo todo). Nesse ônibus em especial, o motorista e a copiloto estavam com um neném acomodado na parte da frente (imagino que era filho de um deles ou dos dois), e situações como estas são bem comuns de se presenciar lá. Foi muito legal! Os ônibus são Pet friendly e as pessoas são extremamente educadas. Cedam o lugar aos idosos caso embarquem. Adorei ver a dinâmica das pessoas locais se movimentando em um domingo de manhã. Aqui vale uma nota muito importante: a rodoviária de Sucre é muito muito muito simples e percebi que tem muitas empresas com ônibus extremamente precários. A manutenção deles é feita na rua a céu aberto e de forma bem bem simples. Fiquei um pouco preocupada. Chegando lá, fomos no guichê da 6 de outubro e não havia atendente disponível (aguardamos por 15 min e nada). Daí, fomos no guichê da Emperador. Lá decidimos comprar a passagem das 21:30 em um ônibus semi leito (160 graus) por 120 bob (~60 reais). Sempre antes de fechar a passagem eu pedia para ver o ônibus (ou foto ou presencial), e assim o fiz. A atendente me mostrou e eu já fiquei meio “Hm, algo me diz que não é a melhor opção” mas fechei mesmo assim. spoiler: não era a melhor opção mesmo, mas isso vou contar já já. Com as passagens compradas, voltamos ao Centro para bater perna. Fomos conhecer a cafeteria Sucré que tinham gelatos lindíssimos e com uma cara deliciosa. Comprei um café, um croissant de pistache e depois um gelato. Uma delícia todos! O café me custou 10 ou 15 bob, o croissant foi 5 bob e o gelato foi 15 bob com duas bolas de sorvente. Peguei dos sabores Cofibrownie (café, Brownie e creme) e Tramontana (oreo, doce de leite e creme) - APENAS MARAVILHOSOS! Fui comer minhas delícias sentada em um banco da praça junto com muitas pessoas e famílias que curtiam o domingo. Eu fiz uma associação que os cariocas vão entender: a Plaza de Armas de Sucre é o Aterro do Flamengo aos domingos - todas as ruas no entorno estão fechadas para promover o lazer das pessoas que moram na região. Depois disso, fui conhecer a terraza da sede do governo departamental do distrito, que fica localizada em uma das esquinas da Plaza de armas. A entrada para a terraza custa 15 bob e você pode andar pelas dependências do local. Aqui vale uma nota também: todas as placas de identificação de salas, banheiros e etc, são na língua espanhola e em quechua. Eu amei isso! Achei muito rico e muito lindo! Saindo da Terraza, fomos conhecer o parque Simón Bolívar. Chegamos lá e encontramos a mesma vibe da Plaza de Armas: muitas famílias brincando, várias atividades rolando e muitas barraquinhas de comidinhas locais. O parque me lembrou a Quinta da Boa Vista aos finais de semana. Todas as praças da Bolívia são extremamente bem cuidadas e bem conservadas. As plantas são muito bem cuidadas, não tem lixo espalhado e são bem policiadas. Um único ponto é que tem muitos pombos kkkkkkk eles tem costume de alimentar nas praças e isso ajuda a ter uma população bem grande desses animais. Eu quis muito subir na torre Eiffel da praça mas fiquei com medo. Subi até o primeiro patamar, com bastante dificuldade pq é muito estreita e logo desci. Aquele troço mexe muito e tinham muitas pessoas em cima. Achei melhor evitar subir kkkk Alugamos outro Airbnb para podermos nos arrumar antes da aventura rumo a Uyuni e o tão esperado Salar, mas que eu não recomendo muito. Ele era bem localizado mas era um pequeno cativeiro sem janelas e com muitos pontos negativos. Pelo menos nos atendeu em ter 1 chuveiro quente (elétrico) e um mini fogão para cozinharmos uma breve jantinha (macarrão à la moda rapidez - molho vermelho e um sonho). Saímos da casa por volta das 19:30 e fomos tomar um café na cafeteria Metrô, localizada na Plaza de armas também. Essa aqui vale muito a recomendação! Peçam o café nativo da Bolívia. Ele é sensacional! O ambiente é muito aconchegante e com espaço para poder entrar com mochilas e malas. Nota 10/10. Saindo da cafeteria, pegamos um táxi rumo ao terminal que nos custou 15 bob. Chegamos no terminal e compramos o ticket de uso terminal (2,5 bob). Todos os terminais da Bolívia tem essa taxa para pagar que variam de 2 a 2,5 bob. Os guichês oficiais ficam localizados com identificação de “Uso terminal”. Sentamos e aguardamos o horário de 21:00 para nos direcionarmos a plataforma. Aqui o filho chora e a mãe não vê. Depois de um atraso de um pouco mais de 30 min, o ônibus chegou a plataforma. Ele era o que eu mais temia: pavoroso e completamente precário. Vocês se lembram que eu falei do pressentimento sobre o ônibus né! Eu não estava errada kkkkkkk Entrei no ônibus (obs.: cor verde) e foi só ladeira abaixo. Os bancos era velhos e sujos, as janelas estavam todas remendadas nas frestas com fita durex (sim, durex) e não consegui encontrar o cinto de segurança. Infelizmente eu não tenho nenhuma foto desses pequenos grandes detalhes pq fiquei nervosa pensando “ainda bem que eu tenho seguro viagem e meu corpo irá chegar no Brasil caso eu morra”. Trágica? Um pouco. Mas antes da viagem li algumas reportagens sobre acidentes com ônibus na Bolívia e fiquei com medo nesse dia. Eu não desisti e continuei no ônibus apesar dos pesares. Uma moça estava colocando mais fita adesiva na janela para que não entrasse vento gelado em cima da filha pequena dela q estava sentada a minha frente. Aproveitei o ensejo do improviso e perguntei se a 6 de outubro era melhor que a Emperador e ela me disse tranquilamente “Não, as duas são iguais” kkkkkk Ela apenas me deu uma informação que eu acho que seja valiosa para cá: se o ônibus da Emperador for o Verde é sinônimo de perrengue. É o ônibus mais velho deles é o pior. Se for o azul, ok. Da 6 de outubro ela não me deu mais informações. Nenhum dos ônibus até esse momento eu precisei colocar a bagagem no bagageiro. Eu coloquei ela em cima do apoio de pés e serviu como um suporte para que ficasse quase uma cama. Para mim, essa forma foi menos desconfortável de viajar. Outras coisas foram acontecendo durante a viagem até Uyuni. Algumas pessoas entraram no ônibus mesmo que não houvesse mais lugar vago e se acomodaram sentadas no chão ou na escada (era um ônibus de 2 andares e eu fui no 1 andar). Essas pessoas desceram em Potosí (3 ou 4 horas de sucre) e fiquei bem preocupada com o bem estar delas. É uma viagem desconfortável por conta das estradas sinuosas e também pq eles estavam sentados no chão né?! Bom, eu dormi pouco e não via a hora de chegar ao Uyuni. Editado 21 horas por anacarolinavoigt 1 1 1 Citar
Membros WellingtonSantiago Postado Sábado às 14:09 Membros Postado Sábado às 14:09 ótimo relato. Espero que esteja ocorrendo tudo bem na viagem e aguardo o desfecho desse mochilão improvisado haha 1 Citar
Membros anacarolinavoigt Postado 22 horas Autor Membros Postado 22 horas Vou continuar o relato aos poucos hahahahaha Já ja vem mais Citar
Membros Ludmila Rodrigues Postado 22 horas Membros Postado 22 horas Adorando o relato. Aguardando o desfecho 🤩 Citar
Membros Ludmila Rodrigues Postado 22 horas Membros Postado 22 horas Você está levando mais ou menos quantos reais? Citar
Membros anacarolinavoigt Postado 21 horas Autor Membros Postado 21 horas 52 minutos atrás, Ludmila Rodrigues disse: Você está levando mais ou menos quantos reais? Oie! Eu levei 2600 em reais físicos para a viagem toda (Bolívia e Peru). Na Bolívia eu gastei um pouco menos de 1000 reais no total (passeios, transporte, alimentação, lembrancinhas, etc). Os Airbnbs estavam pagos e tive apenas o custo do o hotel em la paz que reservei na hora (508 bob para duas pessoas por 2 noites). 1 Citar
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