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Dia 4 - Ruínas de Machu Picchu

 

04h00 da manhã o despertador toca novamente. Virou rotina acordar tão cedo. Me levanto, vou ao banheiro que me lembra que comer demais também não faz bem. kkkkk Me troco enquanto a Valéria também faz o mesmo. Tudo certo até ir colocar a bota e... ela não entra. São tantas bolhas e tanto inchaço que meu pé desistiu de ser feliz.


"Descalço não dá, né?" - penso alto. Preciso arrumar uma solução. Como um bom "gambiarrista" que sou, encho meu pé de vaselina sólida (que havia trazido para assaduras) e coloco a meia, que também encho de vaselina sólida e... puff. O tênis entrou. Essa é definitivamente a última vez que vou conseguir calçar essa bota.

Ao pisar no chão, as bolhas e a pisada torta machuca. Mas já assisti filmes de zumbi o suficiente para poder andar torto e aguentar mais um dia. 04h30 estamos lá embaixo. Pegamos um saquinho com lanche e já como e tomo a água. Encontramos com o francês de 20 anos de idade que já rodou o mundo e os amigos dele que sabem o caminho. Vamos andando no meio da escuridão, batendo um papo, avisto um cachorro e brinco com ele. O doguinho começa a nos seguir da cidade de águas calientes.

Andamos e mal dava para ver alguma coisa na estrada. "Quem foi o fdp que comprou ingresso as 06h?". Chegamos em uma guarita e lá apresentamos os tickets para Machu Picchu. Ótimo, estamos no caminho certo. Após isso, começamos a subir as escadas. Só relembrando que dá pra fazer esse caminho de busão e ser feliz, ou a trilha das escadas. Degrau por degrau vamos subindo. E subindo...e subindo! NÃO PARA DE SUBIR NÃO?? Os tiozinhos aqui suando feito dois porcos de calor e a subida interminável. Dava para ver as montanhas lindas dali enquanto subíamos infinitamente. E sabe quem nos acompanhava? O doguinho. Nosso cão guia espiritual decidiu nos dar uma força.

Avisto o último lance de escadas... nem preciso dizer que os jovens Europeus já estavam lá em cima faz tempo né? Nos últimos degraus, um tiozinho vendendo bebida em isopor. "¿Tienes coca?" Não tinha. Mas tinha Sprite. Foi a melhor Sprite que já tomei na vida. Estava gelada. Que delícia. Nosso doguinho estava ali em cima. Ganha um carinho na cabeça e despede de nós na entrada de Machu Picchu. Damos o ingresso e entramos. Vamos subindo, curtindo o parque em meio aos meus passos cansados zumbísticos e chegamos até o ponto de tirar aquela foto clássica de Machu Picchu e... tudo nublado. SIM, TUDO NUBLADO NESSA PORRA.

Juro, não dava para ver 1cm de qualquer coisa. Tudo branco. Coloco a mochila no chão, a Valéria também. Não vamos sair daqui enquanto esse negócio não "DESNUBLAR". Tá achando o que Machu Picchu, nós somos lerdos mas somos ruins. Esperamos por um tempo, 1 hora talvez. Começa a limpar devagar e conseguimos começar a enxergar a cidade mágica. Linda. Parece vídeo game. Ou um filme do Indiana Jones.


Tiramos as fotos, curtimos lá. A Valéria curtindo mais que eu ainda. Eu estava com muita dor no pé. MUITA. Curtimos o tour lá em cima e chegou a hora de se despedir. Tudo bem, a jornada acabou... ou não. Temos que descer as escadas. "Nem fodendo". Não aguento dar mais nenhum passo. Compramos passagem do ônibus para descer 15 min. Que se dane, foi gostoso demais ir sentado naquele banco delicioso.

Almoçamos, esperamos a hora de voltar do nosso trem. O destino agora de trem era: Águas Calientes -> Ollantaytambo. Cerca de 2 horas. Depois pegávamos uma van até Cusco. Mais 2 horas. Voltamos ao nosso hostel, com nossas mochilas por lá. Mas no outro dia nos aguardava a Montanha Colorida (Vinicunca). Tínhamos conseguido comprar o passeio por 60 soles em uma agência pequena por lá. Será que era bom? Seilá. O que sei é que dormi as 4 horas da viagem. E ao chegar no hostel, a Valéria foi tomar banho. Eu que já estava de chinelo cai na cama tudo torto e fedido e dormi. A Valéria pediu comida pra gente. Me acordou. Juro que estava tão morto que foi a primeira vez que comi deitado na minha vida e dormi denovo.


A Valéria pergunta: "Amanhã você vai para a Montanha Colorida? Precisamos acordar as 03h30." A Van saia 04h30. Nessa hora estava tão cansado que nem sabia o que eu ia fazer. Estava pensando em não ir. "Quando acordar eu vejo". Minha maior preocupação? Os pés. Não conseguia dar mais nenhum passo. Quanto mais fazer uma outra ascensão de montanha.

Fim do dia 4.
Fedido e morto.

 

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Ruínas de Machu Picchu quando a névoa se dissipou. Misteriosa e foda!

 

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De Oz para o mundo!

 

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De Oz para o mundo! (novamente)

 

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Valéria e as ruínas.

 

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Eu e as ruínas.

 

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Ruínas e Huyana Picchu de outro ponto de vista.

 

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O caminho do ônibus e a trilha das escadas.

 

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Eu encarando o sr. Machu Picchu kkkkk

 

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