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  Em 20/02/2025 em 05:11, Renpa disse:

Oi, meu nome é Renan. Um careca de 36 anos de idade. Não sou aquele magro de 10 anos atrás, muito menos o mesmo condicionamento físico: tenho minha barriguinha um pouco mais saliente, apesar de não tomar cerveja. Faço minhas corridas de rua, faço minhas musculações. Posso dizer que sei correr bem e tenho um bom condicionamento físico. Sou um cara fresco pra comer, viciado em coquinha zero.

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Oi, meu nome é Juliana. Uma diabética tipo 1 atualmente acima do peso de 44 anos de idade. Não sou aquela moça magra de 10 anos atrás, muito menos o condicionamento físico: tenho barriguinha saliente, apesar de não tomar cerveja. Faço minhas fisioterapias, pilates, minhas musculações. Posso dizer que não aguento correr 5 minutos e tenho um condicionamento físico blé. Sou uma moça boa de garfo, viciada em coquinha zero (e vinho).

DITO ISSO queria dizer que já ri demais da sua história e que em menos de 3 meses tb estarei pelas trilhas altas do Perú e Bolívia, hahaha! Eu já fiz trilha acima de 3500 e 4000 e sei que é difícil demais, mas o que está por vir meu corpo ainda desconhece!

Continue!

Editado por Juliana Champi
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  Em 20/02/2025 em 14:38, Juliana Champi disse:

Oi, meu nome é Juliana. Uma diabética tipo 1 atualmente acima do peso de 44 anos de idade. Não sou aquela moça magra de 10 anos atrás, muito menos o condicionamento físico: tenho barriguinha saliente, apesar de não tomar cerveja. Faço minhas fisioterapias, pilates, minhas musculações. Posso dizer que não aguento correr 5 minutos e tenho um condicionamento físico blé. Sou uma moça boa de garfo, viciada em coquinha zero.

DITO ISSO queria dizer que já ri demais da sua história e que em menos de 3 meses tb estarei pelas trilhas altas do Perú e Bolívia, hahaha! Eu já fiz trilha acima de 3500 e 4000 e sei que é difícil demais, mas o que está por vir meu corpo ainda desconhece!

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Eu estou no Peru e ainda estarei nessa data, me avisa quando venha e me comparta seu itinerário haha seria muito bom se eu pudesse encontrar vocês!! finalmente conhecer pessoalmente alguém daqui hehe

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  Em 20/02/2025 em 19:35, Lucass7 disse:

Eu estou no Peru e ainda estarei nessa data, me avisa quando venha e me comparta seu itinerário haha seria muito bom se eu pudesse encontrar vocês!! finalmente conhecer pessoalmente alguém daqui hehe

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que demais! vou te mandar nossas datas lá no insta! 😎

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Opa! Legal que estão gostando galera... assim que tiver um tempinho vou para o dia 2.

E apesar desse começo, nao é pra tirar a vontade de ninguem de fazer a trilha não. Foi sensacional kkkkkkk

Mas nem tudo são flores como o pessoal vende kkkk

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  Em 21/02/2025 em 13:30, Davi Leichsenring disse:

Eu também vou em Maio. dia 19 eu já comprei a entrada pro Machu Picchu, mas em Cusco vou chegar lá pro dia 15 mais ou menos.

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então dá pra combinarmos um pisco, estarei lá de 9 a 19 de maio! 15-16 é minha ida a MP!

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(Continuando...)

 

Dia 2 - Salkantay Pass

 

Aahhhh! Nada como uma noite de sono regenerativa para renovar o humor e os ânimos, certo? Claro, se você tiver essa noite. O que não foi o meu caso.

Parecia que tinha dormido como uma pedra, me reviro todo e pego o celular que estava sendo carregado por um power bank: 00h13. Puta merda.

O pior, uma vontade de cagar enorme. Lá vou pegar meu celular, ligar a lanterninha e sair iluminando tudo e andando por aquele frio da desgraça de madrugada. O bom que nem cheguei a sentar no vaso, já estava tudo resolvido só de agachar. A diarréia me deu um "olá". Essa história se repetiu mais 3 vezes durante essa madrugada que não acabava nunca.

A Valéria, por sua vez, dormiu que nem um anjo e acordou bem melhor, sem mais vontade de desistir. A minha vontade de parar por ali tinha se tornado o famoso "sangue nos olhos". Vou terminar essa porra, custe o que custar.

 

COCA TEAAAAAAA, COCA TEAAAA!”. Eram 04h30. O guia batia de porta em porta levando chá de coca. Ruim que só uma desgraça. Mas vamos lá, respira fundo e manda pra dentro. Arrumamos as coisas no meio da escuridão e fomos tomar café da manhã. Os cavalos levariam alguma sacola nossa, enquanto nós levamos a mochila. Mas os cavalos só podem levar 5kg. Tudo bem, tinha pesado minha sacola e estava com 3kg, certo? Errado. Ao pesar minha sacola, estava com 8kg. A roupa molhada pesa… e como pesa! Então o outro cavalo aqui teve que levar os 3kg a mais. Sim, eu mesmo.

 

Começamos a andar as 05h30 da matina. Muita chuva, cheio de barro mas reto. Vamos seguindo firmes e fortes. Logo mais as subidas começam… e que subidas. Ao olhar para cima, não tinha fim. O pescoço doía e você não via o topo. Nem olhava. Tentava focar apenas em um caminho a curto prazo para subir no meio daquele monte de pedras que fosse menos exaustivo.

 

O ar faltava a cada passo, mas tentava pensar em uma música e seguia cantando ela na cabeça e seguindo para cima. A Valéria me acompanhava, com falta de ar também. Ô altitude que nos maltratou. Subíamos em zigue-zague. Passada após passada, pedra após pedra. Era enorme. Às vezes olhava para baixo e via o que eu já tinha caminhado, o que empolgava um pouco.

 

Paisagem? Nem dava para ver. Muita neblina. Estava em um silent hill. Só que na altitude. E bota altitude. Caminhava...caminhava, e… opa! Estou vendo o topo. Estamos chegando. “Bora amor, falta pouco! É ali em cima” – Falava empolgado. Quando estou chegando lá em cima ouço um estrondo enorme. “Poutz… raio aqui em cima, que perigoso” – pensava. Mas apesar da chuva não dar trégua, não tinha nenhum raio. Penso mais um pouco e então percebo o que estava acontecendo e pergunto ao guia: “Renê! És un avalanche?”. “Si. Avalanche de rocas”. Puta merda.

 

Fico olhando em direção a montanha Salkantay coberto pela neblina. O barulho permanece altíssimo. O guia segue de olho também. Mas não dava para ver nada. Em resumo… nada aconteceu. Mas e o cagaço? 

 

Lá em cima, fazemos um ritual para a Pacha Mama. Sensacional. Mas o frio judiava todos do grupo, principalmente os brasileiros tiozinhos aqui. Ou quer dizer… quase todos. A garota do Alaska estava de camisa. Calorzão né? Kkkk

 

Após o ritual, continuamos a descer na chuva. Das 10h30 até as 14h00 descendo e descendo. A cada passo a bota firmava e o pé deslizava. Ótimo para criar bolhas, certo? Certo. Nos próximos dias elas vão conversar comigo mais do que deviam. Paramos as 14h00. Eu sem fome nenhuma. A Valéria comendo bem. Minha cabeça estourando. Mal de altitude total. Masquei mais algumas balas de coca mas nada adiantava.

 

Devemos estar perto do acampamento” – falo para a Valéria. Mas o guia logo tira minhas esperanças: Mais umas 4 horas caminhando e chegaremos. Meu Deus.

 

Andávamos e andávamos… o pé e os joelhos pedindo socorro. E a paisagem ia mudando, sempre percorrendo ao lado de um rio. Após inúmeras descidas sem ver o fim, chegamos a uma ponte. Estávamos perto. Sorrimos, fazemos piadas, sobrevivemos a o pior dia.

 

Logo chegamos e somos recebidos bem pelo grupo, que comemora os tiozinhos chegando. Tem chuveiro, tem que alugar por alguns soles. Pago sem dó. O problema que apesar da água quente, a janela é um buraco na parede que chovia dentro. Era uma mistura de água quente com fria na cabeça. Mas, água quente e banho!

 

Lá tinha bebidas. Comprei uma coca zero. A coca zero mais feliz da minha vida. Até eu beber. Coca ruim da porra… olho a validade: vencida em novembro de 2024. (estamos em fevereiro de 2025). Mas… tomo. Vou fazer o quê?

 

Comprei um Pringles também que foi devorado em segundos por mim e pela Valéria. Jantamos com o grupo e fomos dormir. O pior dia tinha passado. Estávamos felizes por ter conseguido. Agora sem chance de desistir mais. O mal da altitude passava: eram 2800 mts agora. Tudo mais fácil, inclusive a respiração e a dor de cabeça.

 

Entramos nos nossos “Iglus” e...capotamos até o outro dia.

 

 

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Lá em cima - Salkantay Pass.

 

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4629 mts de altura. 

 

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Montanha Salkantay e seus avalanches escondidos.

 

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O grupo dos jovens nórdicos e os tiozinhos br's.

 

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Início da manhã - 05h30 com seu clima "agradável".

 

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Perto de chegar ao acampamento base do 2º dia.

 

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Paisagem modificada na descida.

 

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A felicidade da Valéria ao saber que estávamos chegando após 12h de caminhada.

 

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Acabado. Encharcado. Mas vivo (ou quase isso) no acampamento.

 

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Acampamento base do 2º dia.

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