Costa Rica: Duas semanas, do Caribe ao Pacífico, passando pelo interior.

[absfernandez]

Belo relato Jana, já tive em duvida em fazer Costa Rica especificamente para praias e bird watching, mas na época resolvi ir para a Colombia no qual não me arrependo nem um pouco. Com seu relato e algumas fotos da fauna, novamente me desperta essa curiosidade sobre o país.  

[JanaCometti]

8 horas atrás, absfernandez disse:

Belo relato Jana, já tive em duvida em fazer Costa Rica especificamente para praias e bird watching, mas na época resolvi ir para a Colombia no qual não me arrependo nem um pouco. Com seu relato e algumas fotos da fauna, novamente me desperta essa curiosidade sobre o país.  

Obrigada!!

Achei incrível para birdwatching,  uma diversidade absurda. Também amo pássaros. 

[JanaCometti]

18 e 19/1 - Dois dias de puro descanso, banho de mar, piscinas naturais, surf e por do sol, esquilos, rugidos de mono congos, casados nas sodas, cervejinha no fim de tarde. Nesses dias também conhecemos as Playas Hermosa (a 10 minutos de carro de Santa Teresa, lindíssima e mais selvagem) e Carmem (5 minutos de carro,  ondas mais tranquilas para iniciantes/intermediários no surf).

Piscinas naturais de Santa Teresa

La eles vendem o coco assim sem a casca verde. Esse ai nem tinha canudinho, era no bico mesmo. 1000 colones na Playa Hermosa.

Casado na soda Soy Tico, 4500 colones

O show diário 

Esse dia tava MUITO lindo

"Jacuzzi" na Playa Carmem

Arroz com pollo e patacones, Soda Pura Vida, 5000 colones. MARAVILHOSO, porção gigante, levei pra casa e jantei.

Editado Fevereiro 11 por JanaCometti

[JanaCometti]

20/1 - Dia de despedir de Santa Teresa 🥹. A beleza desse lugar, a vibe praia na, o céu sempre azul, o show do fim de tarde. Difícil ir embora. Porém, tenho que falar que a praia está tomada por americanos, o inglês é o idioma oficial. Também há crowd e localismo no surf, mas acredito que isso seja uma realidade mundial. O que foi triste ver foi a gentrificação,  fico pensando como os locais viviam ali naquele paraíso até pouco tempo (o turismo na região não é tão antigo) e agora foram expulsos (a maioria não mora na praia, mas na cidade de Cóbano,  ou na estrada pra lá, a qual ST pertence). Triste realidade de cidades de praia (eu moro em Ubatuba há 21 anos e vi isso acontecendo na cidade).

Nosso destino hoje era a localidade de Poasito, no alto da montanha. Pra chegar lá, 1 hora de carro até o ferry boat de Paquera, 1,5 hora de ferry, e mais umas 2,5 horas de carro.

A travessia no ferryboat é bem bonita. Pagamos cerca de 170 reais pelo carro e 3 pessoas, compramos com antecedência pela Internet o horário das 9h.

O ferry nos deixa em Puntarenas e de lá uma estrada desgraçada, cheia de caminhão,  obra, um terror, até Alajuela. Pegamos 3 pedagios que deram uns 25 reais no total.

De Alajuela pegamos uma estrada que passa por dentro da cidade e sobe uma serrinha. O tempo foi fechando e a temperatura caindo. Saímos de 33 graus em Puntarenas para 13 graus no fim do dia ali em Poasito.

Almoçamos no Restaurante Fredo Fresas, recomendo bastante. Foi o.lugar mais caro que comemos mas vale a pena. Comi um prato típico, uma tortilla com carne, natilla, gratinada no forno a lenha. Foi uns 70 reais, mas era enorme e deu pra jantar. Tomei um mojito de morango plantado ali por eles, em torno de 50 reais.

Aí fomos pra nossa última hospedagem da viagem, um domo!! Escolhemos dormir ali pelo encanto da hospedagem e por estar a 10 minutos do Vulcão Poás,  a atração do dia seguinte.

Fim de tarde de descanso com uma vista maravilhosa da cidade de San José.

Ferry Paquera-Puntarenas

Mojito de morango Fredo Fresas

Tortilla ao horno

O Domo

Vista pra San Jose

[JanaCometti]

21/1 - Acordamos cedo e o dia estava lindo. Precisávamos de tempo bom, pois seria o dia de ver a cratera do vulção Poás, e quem já leu algo sobre a Costa Rica, sabe como é difícil pegar a danada aberta. Seguimos as dicas de ir no primeiro horário, para evitar a neblina que vai baixando e logo tapa tudo. Reservamos pelo site da SINAC o primeiro horário, as 8h. Além do ingresso, cerca de 15 dólares, você paga o estacionamento, 2000 colones. 

Depois de estacionar o carro tem um centro de visitantes com banheiros e informações. Já tinha lido que ali passariam um filminho, dariam capacetes, controlariam o tempo na cratera, mas no meu dia não aconteceu nada disso. Para quem não sabe, o Poás é um vulcão ativo, cuja última erupção foi em 2019. Acredito que por nesse dia ele estar com sinalização azul, de baixa emissão de gases, estava tudo mais tranquilo.

Após passar o centro, caminha-se uns 10 minutos em subida e simplesmente você chega rs. Chegamos e ela estava com um pouco de neblina , mas totalmente visível. Fomos vendo a neblina baixando, a cratera se tampou, mas ventava tanto que a neblina logo se abriu e aí tivemos a cratera completamente aberta, iluminada pelo sol. Das coisas mais emocionantes que vivi. Claro que chorei, rs.

Ficamos um tempão lá observando, há mirantes de várias alturas, com vista mais próxima ou mais panorâmica. No parque ainda há outra trilha, que leva a mirantes e a Laguna Botos, que se formou com a água da chuva numa antiga cratera que não expele mais nada. Quando chegamos, a Laguna estava toda coberta de neblina, esperamos um tempo e ela não abriu. Começamos a voltar e daí percebemos que tinha aberto um solzinho. Voltamos até la e ela estava aberta, batendo sol. Bem lindo.

No total ficamos umas 3 horas pelo parque, valeu muito a pena.

Voltamos pro airbnb, tomamos mais um café, arrumamos as coisas e fomos em direção ao aeroporto. A região produz morangos, compramos alguns para comer no caminho, e tem lojas onde vc pode degustar licores e outras delicias de morango.

Passamos na Hacienda Alsácia, a fazenda de café da Starbucks só pra dar uma olhada e de lá pro aeroporto (a uma hora de distância da nossa hospedagem), antes passando para entregar o carro.

Eu amei a Costa Rica. País super rural, muita plantação de banana, abacaxi, café, hortaliças, muita criação de gado. Na maior parte do país, a urbanização se concentra ao longo das rodovias, e o restante é área protegida, garantindo tanta biodiversidade em um país tão pequeno.

Foi minha primeira vez na América Central, curti a identidade visual de barracas de frutas, bicho preguiça pra todo lado. Comida muito boa. Preços altos mas possíveis, fazendo escolhas necessárias. Uma coisa muito legal foi ter ouvido uma rádio local durante todos os deslocamentos de carro, voltei super do reggaeton hahahaha.

Viajar para abrir a mente e eliminar preconceitos rs.

Destaque para o povo costarricense, os "ticos", pela simpatia e alto astral.

Pura Vida que fala né?

 

 

 

 

Pra sempre na pele!!!

Editado Fevereiro 18 por JanaCometti