Membros D FABIANO Postado Domingo às 16:18 Membros Postado Domingo às 16:18 @luizh91 Saudades do Parque Nacional,e pensar que em 2014 era tão barato que fui nele 3 vezes:uma para o mini treeking,que não fiz por falta de condições físicas,outra para as passarelas a última para Todos los glaciares. 350 euros o valor?Isso dá 1 semana de passeio na Europa ou 2 passagens do Bernina da Suíça,que dizem ser cara.Mas,sei que vale a pena,fico pensando a cada vez que ouço falar porque tive esse problema nas pernas que impede a prática de exercícios físicos. Citar
Membros SilviaAlves Postado ontem às 00:30 Membros Postado ontem às 00:30 (editado) 8 horas atrás, luizh91 disse: Vou paga-lo até outubro kkkkkkkk só se vive uma vez e assim, com dívidas a gente consegue pelo menos ter uma motivação para trabalhar AEHUAHEUA já comprometendo 13º e o relato tá muito bom 🤩 Editado ontem às 00:31 por SilviaAlves 1 Citar
Colaboradores luizh91 Postado ontem às 11:11 Autor Colaboradores Postado ontem às 11:11 10 horas atrás, SilviaAlves disse: só se vive uma vez e assim, com dívidas a gente consegue pelo menos ter uma motivação para trabalhar AEHUAHEUA já comprometendo 13º e o relato tá muito bom 🤩 A ideia é essa, trabalhar pra pagar uma viagem já pensando em outra 😅 1 Citar
Colaboradores Alan Rafael Kinder Postado ontem às 11:39 Colaboradores Postado ontem às 11:39 (editado) Meu Deus, esses preços estão insanos! Lembro quando fui em fevereiro de 2020 gastei pouco menos de 5.000 BRL nos 10 dias de viagem por El Calafate e El Chaltén (na época, um salário mínimo estava em 1.039 BRL). Os pontos mais caros do passeio foram as passagens aéreas (1409 BRL), o Minitrekking (746 BRL) e a hospedagem em El Chaltén (1.100 BRL). Em novembro de 2023 gastei cerca de 5.800 BRL em 11 dias de viagem (também para El Calafate e El Chaltén), sendo que o salário mínimo estava em 1.320 BRL. Dessa vez não fizemos o Minitrekking (mas fizemos outro passeio - Ice Trek Cagliero - que deveria nos ter custado 600 BRL, mas a empresa sacaneou e o preço foi para 1.500 BRL). A passagem aérea estava em 2.230 BRL (com despacho) e a hospedagem em El Chaltén ficou por 900 BRL - os preços haviam encarecido, porém devido ao MEP conseguíamos pagar algumas coisas por um valor muito menor que o anunciado. Meu irmão foi recentemente para lá (novembro de 2024) e pontuou que gastou praticamente o dobro pelas atividades (em relação a 2023). Editado ontem às 11:40 por Alan Rafael Kinder 1 Citar
Colaboradores luizh91 Postado ontem às 12:05 Autor Colaboradores Postado ontem às 12:05 8º DIA - 13/01/2025 - EL CALAFATE X EL CHALTÉN (MIRADOR DE LOS CONDORES) É hora de deixar El Calafate! Uma semana antes da viagem, eu já havia comprado as passagens do ônibus para El Chaltén, que saem do terminal de ônibus de El Calafate. O site que usei para comprar foi o Plataforma 10 (indicação da Jana aqui do fórum) e deu tudo certo. Cada trecho custou ARS 38.000. Como meu hostel se localizava perto da rodoviária e meu ônibus estava marcado para às 10:30, nem me apressei muito para tomar café. Fiz tudo com calma. A viação que fez o trajeto até El Chaltén se chama "Chaltén Travel" e ocorreu tudo bem, não tive nenhum problema na ida ou na volta. O ônibus partiu pontualmente e iniciou a viagem para o terceiro e último destino desta trip. Eu estava ansioso, pois El Chaltén era um dos locais que eu mais queria conhecer e, principalmente, poder admirar toda a imponência do Monte Fitz Roy. Todos os ônibus que saem de El Calafate para El Chaltén passam pelo aeroporto, ou seja, é possível ir para Chaltén direto de lá. Depois, o bus segue por cerca de duas horas em meio a estepe patagônica até realizar uma parada no Hotel La Leona, local que oferece hospedagem, restaurante e ainda tem uma loja de souvenirs. Como já era próximo da hora do almoço, aproveitei e peguei duas empanadas para comer e enganar o estômago. Foram as melhores empanadas da viagem! Que macias e saborosas. Tudo neste local tinha cara boa, vi um pessoal comendo uma pizza e fiquei morrendo de vontade kkkkkkkk O ônibus fica ali cerca de 25 minutos e depois segue viagem. É um lugar bem bonito, no meio da estepe às margens de um rio. Parador La Leona Conforme vai se aproximando de El Chaltén, já é possível observar as montanhas e o Fitz Roy cada vez mais próximas. A ruta 23, que leva até Chaltén, é muito fotogênica, sendo uma das estradas mais belas que já passei. Cheguei em El Chaltén às 14:00 e a primeira impressão foi de uma "cidade com vibe de povoado", e realmente era. A cidade é tão pequena que é facilmente percorrida de ponta a ponta em uma hora. Mesmo com todo avanço turístico que a região experimentou nos últimos anos, El Chaltén ainda mantém a sua essência de vila. El Chaltén foi o destino mais caro por onde passei, mas também foi onde comi melhor. A cidade possui uma rica gastronomia com restaurantes que atendem a todos os gostos, além de ser bem preparada para o turismo. Quando cheguei, o Fitz Roy estava tímido atrás das nuvens - o que, aliás, é mais comum do que parece. E outro fator que de imediato me chamou atenção: O VENTO! Em Chaltén, ele está presente o tempo todo. Os 5 dias que fiquei por lá foram extremamente ventosos, com rajadas dignas de filme kkkkkk Ao contrário de Ushuaia e El Calafate, que o vento dava trégua, em El Chaltén ele foi constante. Quando montei meu roteiro, eu sabia que teria 5 dias em El Chaltén e sabia quais trilhas pretendia fazer, mas não estabeleci um dia fixo para nenhuma. Motivo: o clima. As mudanças de tempo em El Chaltén são muito bruscas e, em uma viagem como essas, tem que estar preparado para possíveis frustrações. Muita gente vai para a cidade em busca do Fitz Roy, mas não é fácil ve-lo totalmente aberto e sem nuvens, e deve-se ter em mente a possibilidade disso nem acontecer! Dos 5 dias que passei por lá, em somente 1 ele esteve totalmente aberto, que foi o dia que usei para fazer a Laguna de los três. Ou seja, é importante ficar de olho na previsão durante a viagem e fazer a trilha do Fitz Roy no dia que houver a melhor previsão. Li esse conselho aqui no Mochileiros e recomendo fortemente. Chegando em El Chaltén! A famosa placa com o Fitz Roy escondido! E ele não quis aparecer... Bem, fiz o checkin no Hostel Condor de Los Andes e saí para conhecer El Chaltén. Fui na famosa placa da "capital nacional do trekking" na entrada da cidade e percorri as ruas para conhecer um pouco do comércio local. A Av. San Martin é a principal da cidade e é nela que se localiza grande parte dos serviços. Passei na padaria Lo de Haydee para comprar alguns pães e lanches para levar nas trilhas e tomar um café da tarde. Fui também ao recomendadíssimo alfajor Chalteños, que realmente é maravilhoso (mas bate de frente com o Honecker, de Ushuaia). Por volta das 16:00, fui ao centro de informações turísticas para pegar um mapa da cidade e aproveitei para perguntar para a funcionária se realmente o dia seguinte era o melhor para fazer a Laguna de Los Três. Para a minha surpresa, a moça me disse que o melhor dia seria na quinta, pois o dia seguinte seria muito ventoso e estaria perigoso. Ouvi com muitas ressalvas, pois não era o que a previsão indicava, mas a mulher morava ali né? Provavelmente sabia como era... Saí de lá e, como era cedo, resolvi fazer a trilha do Mirador de Los Condores. Não satisfeito e nem conformado com a resposta da moça do centro de informações, resolvi perguntar pro guardaparques se realmente o dia seguinte não era bom para a Laguna de los três, e como eu imaginava, ele disse o contrário da moça: que era sim um bom dia para fazer a trilha, pois não haveria chuva, que normalmente é o principal problema. Questionei sobre o vento e ele riu, falando que "vento? isso sempre haverá!". Após essa breve conversa com o guardaparque, aproveitei e mostrei para ele meu ingresso do Parque Nacional de Los Glaciares para poder realizar a trilha do Mirador de Los Condores. Novamente ele riu, não carimbou e disse "vou deixar você aproveitar mais um dia". Então tá bom! Como podem ver, essa fiscalização que ocorre nas trilhas de Chaltén é totalmente em favor da boa vontade do guardaparque. Se ele quiser, cobra. Se não, não. A trilha do Mirador de Los Condores fica bem na entrada da cidade e é curtinha, tem pouco mais de 2 km. O início tem uma subida boa, mas a trilha é bem demarcada e movimentada. Há alguns bancos no caminho como ponto de parada também. Depois que termina a subida principal, há uma bifurcação que te direciona ao Mirador de Las Aguilas ou para Los Condores. Decidi ir apenas aos Condores. Trilha para o Mirador de Los Condores Depois de andar mais uns 20 minutos, chegamos ao Mirador de Los Condores, em que há uma vista espetacular e panorâmica de El Chaltén, Fitz Roy e as montanhas da região. Fazer essa trilha no dia de chegada é bom porque vai te preparar as outras que virão (e acredite: a subida dessa é fichinha). Quando eu estava lá no mirador, tive a sorte de ver dois condores voando ali na minha frente. Maravilhoso demaaaaaaaaaais! Fiquei uns 40 minutos lá em cima, mas estava ventando muito forte e decidi descer. Finalizando a trilha, entrei em contato com o Gabriel e sua noiva, um casal que eu já havia conhecido antes da viagem e que estaria em Chaltén nas mesmas datas que eu. Assim, combinamos de jantar juntos aqui e fazer a trilha da Laguna de Los 3 no dia seguinte. Mirador de Los Condores Mirador de Los Condores e El Chaltén ao fundo! Antes de ir para o hostel para me arrumar, passei na loja Camping Center para alugar bastões de trekking por ARS 3.000. Há diversas lojas para realizar esse aluguel por lá, e como viajei apenas com bagagem de mão, não tinha como levar meus bastões. Depois, fui para o hostel para tomar um banho. Neste dia fui jantar com o Gabriel no Nômade Resto Bar, que fica na Av. San Martin. Como estavámos em 3 pessoas, compramos uma pizza e dividimos o valor. Compensou bastante, pois a pizza estava boa e era bem servida. Depois, combinamos de nos encontrar no dia seguinte às 07:30 para iniciar a trilha da Laguna de Los Tres. Fui dormir para descansar e me preparar para o dia mais desafiador da viagem: a trilha do Fitz Roy! 1 3 Citar
Colaboradores luizh91 Postado ontem às 12:09 Autor Colaboradores Postado ontem às 12:09 24 minutos atrás, Alan Rafael Kinder disse: Meu Deus, esses preços estão insanos! Lembro quando fui em fevereiro de 2020 gastei pouco menos de 5.000 BRL nos 10 dias de viagem por El Calafate e El Chaltén (na época, um salário mínimo estava em 1.039 BRL). Os pontos mais caros do passeio foram as passagens aéreas (1409 BRL), o Minitrekking (746 BRL) e a hospedagem em El Chaltén (1.100 BRL). Em novembro de 2023 gastei cerca de 5.800 BRL em 11 dias de viagem (também para El Calafate e El Chaltén), sendo que o salário mínimo estava em 1.320 BRL. Dessa vez não fizemos o Minitrekking (mas fizemos outro passeio - Ice Trek Cagliero - que deveria nos ter custado 600 BRL, mas a empresa sacaneou e o preço foi para 1.500 BRL). A passagem aérea estava em 2.230 BRL (com despacho) e a hospedagem em El Chaltén ficou por 900 BRL - os preços haviam encarecido, porém devido ao MEP conseguíamos pagar algumas coisas por um valor muito menor que o anunciado. Meu irmão foi recentemente para lá (novembro de 2024) e pontuou que gastou praticamente o dobro pelas atividades (em relação a 2023). Pois é Alan. Diria que para fazer uma viagem de 10 dias para a Patagônia hoje, o valor mínimo a se projetar seria de uns 10 mil reais mesmo. De tudo, as hospedagens foi o item que achei mais aceitável (paguei 1.400 por 5 noites em Chaltén, por exemplo). Comida e passeios realmente estão insanos. É aí que o orçamento pesa kkkkkkkkk 1 Citar
Colaboradores Alan Rafael Kinder Postado ontem às 13:47 Colaboradores Postado ontem às 13:47 1 hora atrás, luizh91 disse: Comida e passeios realmente estão insanos. É aí que o orçamento pesa kkkkkkkkk Talvez a solução seja não comer... Água tem nos riachos, e segundo o Google, um ser humano é capaz de resistir até 30 dias sem nenhuma comida sólida kkkkk 3 Citar
Membros JanaCometti Postado 23 horas Membros Postado 23 horas (editado) Em 23/01/2025 em 20:55, luizh91 disse: 4º DIA - USHUAIA (PARQUE NACIONAL DA TERRA DO FOGO) Último dia completo em Ushuaia! Para este dia, havia agendado com a agência o passeio do Parque Nacional da Terra do Fogo para o período da tarde, pois é quando a previsão do tempo apontava estar melhor. Essa é uma das vantagens de fechar os passeios chegando em Ushuaia: é possível ajustar seu roteiro de acordo com a previsão de tempo que estiver melhor. Desta forma, estava com a manhã livre para circular pela cidade ou ir em pontos em que eu ainda não havia ido. Acordei por volta das 8:00, tomei café e saí para andar pela cidade e aproveitar este último dia por lá. Antes de ir a Ushuaia, já havia lido que a cidade possui diversas pinturas em "muros" realizadas por artistas locais. Por lá, eles chamam de "murales de Ushuaia". Não chega a ser uma atração turística propriamente dita, mas é interessante para quem gosta desse tipo de arte. É semelhante às que existem em Valparaíso, no Chile. Assim, decidi procurar a arte do Messi que eu havia visto na internet. Nem sou muito fã de futebol, mas meu pai é e queria enviar uma foto desse mural para ele kkkkkkkkk Assim, saí para procurar. Esse dia precisei encarar as ladeiras de Ushuaia, pois o mural do Messi ficava em uma área bem acima da Av. San Martin. Andei por cerca de meia hora até chegar lá, mas para quem se interessar também: fica na rua Adolfo Henniger. É uma arte bem grande que pega a lateral inteira de um prédio, e é muito bem feita, por sinal. Mural do Messi Depois dessa pequena epopéia, voltei para a região do porto e fui visitar alguns imóveis históricos que eu ainda não havia ido. Passei pela Casa Beban e o Museo de La Ciudad, que são duas casas antigas que abrigavam antigos moradores da região na época em que Ushuaia ainda era apenas voltada à receber presidiários e vivia da pesca/extrativismo. Dentro das casas não tem muito o que ver, além de móveis antigos que retratam a primeira metade do século passado. São casas semelhantes a Antiga Casa de Governo que falei no post anterior. Interessantes, mas de visita dispensáveis. Demorei cerca de uma hora para visitar os dois locais. A essa altura, já havia parado de chover e o frio imperava. Foi o dia que peguei mais frio em Ushuaia, quando amanheceu com 3ºC. Museo de La Ciudad Casa Beban Dar esses rolês cedo foi bom porque as lojas da Av. San Martin só abrem a partir das 10 horas, e eu queria comprar algumas lembrancinhas para trazer para o Brasil. Fui a diversas lojas na avenida e todas com souvenirs extremamente caros. Aquele esquema que temos no Brasil de comprar "3 chaveiros por 10" simplesmente não existe lá, pois qualquer chaveiro ou imã de geladeira está saindo de R$ 20 a R$ 40,00 na conversão atual. Absolutamente impraticável. No final das contas, prometi presentes pra todo mundo no Brasil, e só trouxe para mim mesmo 😅 Mas para não falar que não encontrei nada, achei uma loja bem grande chamada Monte Oliva que possui souvenirs de diversos tipos e preços, e foi a melhor que achei do gênero por lá. Desta forma, comprei um chaveiro para mim (que faço coleção) e uma miniatura do farol do fim do mundo. E foi isso de souvenir em Ushuaia. Por volta das 12:30 hrs, fui novamente ao Bodegon Fueguino para almoçar. Eu sou assim, se gostei do restaurante, prefiro voltar no mesmo do que procurar outro e acabar sendo ruim kkkkkkkk Desta vez, pedi um nhoque a bolognesa que estava bem gostoso. Mais uma vez ressalto que esse restaurante enche muito rápido e se forma uma fila imensa do lado de fora, portante, cheguem cedo caso pretendam comer lá. Almocei com calma, pois a van da agência só passaria no hostel às 14:00. Pontualmente às 14:00, a van passou para buscar. Dessa vez o grupo era menor e havia um canadense, dois argentinos e dois brasileiros. O guia, Carlos, era nativo de Ushuaia e muito interessado em compartilhar as informações sobre o Parque Nacional, a região e fazer um bom tour. Dessa forma, ele explicou como seria a dinâmica do passeio. O Parque Nacional fica a cerca de 20 km de Ushuaia e a nossa primeira parada seria no famoso "Trem do Fim do Mundo". Dali, seguiríamos para os outros atrativos do parque. Pois bem, embarcados na van, Carlos foi durante todo o trajeto até parque falando curiosidades sobre o Parque Nacional, abordando assuntos que envolviam geografia, fauna e flora. Rapidamente chegamos à estação de trem e eu já tinha em mente que não faria esse passeio. Sem brincadeira galera: é o maior passeio pega-turista que eu já vi na vida. O valor para andar nesse trem é de ARS 62.500 (R$ 355,00), com um percurso de 7 km em que você vê as mesmas paisagens do parque que veria indo de van. Sem condições, até acho que valha a pena no inverno por ser uma paisagem distinta, mas no verão é totalmente pega-turista. Mesmo assim, havia muita gente fazendo. Como optei por não fazer o trem, o Carlos me deixou livre para fazer caminhadas no local até que o restante do grupo voltasse (cerca de 40 minutos). Assim, fiquei andando nos arredores e até conheci a tal estação de trem por dentro. Lá tem um café e uma loja de souvenirs. Estação do Fim do Mundo Fuja desse trem! É melhor pegar CPTM! Após todo o grupo se reunir novamente, subimos na van e nos dirigimos a Baia Lapataia. A essa altura, o tempo já estava aberto e o sol já brilhava esplendoroso no céu. Na região da Baia Lapataia, existe a famosa placa do final da Ruta 3 e claro que tiramos fotos por lá. Além disso, fizemos pequenas trilhas em passarelas que margeiam a grande baia que se forma ali. Achei que foi a parte mais bonita do parque. Em frente aos mirantes da baia, há diversos quadros que mostram a história dos povos yagans e curiosidades sobre a fauna/flora local. Gostei muito. Dali também saem passeios de barco e caiaque que exploram outras regiões do Parque Nacional. Ficamos um bom tempo por ali, mesmo com um forte vento tentando nos expulsar. Era uma paisagem realmente muito bonita. Seguindo, paramos no Centro de Informações Alakush para utilizar banheiros e comer alguma coisa, para quem quisesse. Neste centro, existe uma loja de souvenirs e um pequeno museu que conta sobre a formação das montanhas e dos glaciares na região de Ushuaia. Claro que preferi ficar no museu e, enquanto o pessoal tomava café, eu fiquei lá lendo os murais muito interessantes que apresentavam informações sobre tipos de glaciares e toda sua dinâmica de formação. Depois de cerca de meia hora, seguimos com o passeio para o próximo ponto de parada. Placa do final da Ruta 3 Feliz na Baia Lapataia Baia Lapataia com quadros explicativos sobre arqueologia local Passarelas que levam a Baia Lapataia O último ponto de parada do parque foi no Lago Roca, uma área bem grande que forma uma espécie de praia no parque. É um lugar bem gostosinho para passar o fim de tarde. O Carlos nos deixou a vontade para andar pela região do lado e nos deu um copo de whisky com bombom como cortesia do passeio. Gostei (principalmente do chocolate). Nesta hora o vento estava tão forte que formava diversas pequenas ondas no lago. Por volta das 18:30, iniciamos o nosso retorno à Ushuaia. Lago Roca, uma espécie de praia Um dos murais presentes no centro de informações Alakush Cheguei perto das 19:20 no hostel e fui direto para o banho. Depois, mandei mensagem para a Cibele e combinamos de jantar juntos, já que no dia seguinte nós dois iríamos para El Calafate dar continuidade na viagem. Assim, nos encontramos em frente ao meu hostel e fomos num restaurante bem famosinho na internet, o tal do Casimiro Biguá. A Cibele e o filho pediram um bife de chorizo e eu pedi um pollo com salada que achei bem caro pelo oferecido (ARS 23.400). Mas precisava jantar algo reforçado e era o último dia em Ushuaia. Depois do jantar, seguimos para nossas devidas hospedagens e comecei a arrumar minhas malas para partir no dia seguinte. Infelizmente, estava chegando a hora de me despedir de Ushuaia, que foi tão especial para mim. Mas estava chegando a hora de ir para onde eu vivi um dos momentos mais mágicos da minha vida: El Calafate e ver os glaciares de perto! 😍 Vc não foi no Dieguito!!!!! A doida, tanta coisa pra comentar kkk Muito legal ler suas impressões, bem parecidas com as minhas inclusive, e que bom que vc fez o minitrekking! É uma experiência pra vida!!!! Me deu saudade do Chalteños Editado 22 horas por JanaCometti 1 Citar
Colaboradores luizh91 Postado 13 horas Autor Colaboradores Postado 13 horas 9 horas atrás, JanaCometti disse: Vc não foi no Dieguito!!!!! A doida, tanta coisa pra comentar kkk Muito legal ler suas impressões, bem parecidas com as minhas inclusive, e que bom que vc fez o minitrekking! É uma experiência pra vida!!!! Me deu saudade do Chalteños Eu cheguei a pesquisar o Dieguito, Jana, mas ficava fora de mão da minha hospedagem! Já é um motivo para voltar a Ushuaia no inverno kkkkkk Chalteños me ganhou tanto que trouxe alguns alfajores para o Brasil kkkk maravilhosos! 1 Citar
Colaboradores Este é um post popular. luizh91 Postado 11 horas Autor Colaboradores Este é um post popular. Postado 11 horas (editado) 9º DIA - 14/01/2025 - EL CHALTÉN (LAGUNA DE LOS TRES/FITZ ROY) Dia de trekking pesado! O dia amanheceu com poucas nuvens, o que confirmava a previsão que eu tinha visto anteriormente, e o Fitz Roy estava se exibindo em sua totalidade. Acordei às 06:00 para me arrumar e tomar café. Muito protetor solar no rosto, meias de trekking e bora para a trilha! Havia combinado de encontrar com o Gabriel às 07:30, na tentativa de fugir da cobrança dos guardaparques. Aqui vale um adendo: como é sabido, a trilha para a Laguna de Los Tres pode ser iniciada tanto pela cidade quanto pela ponte do Rio Eletrico (que é o antigo caminho da Hosteria Pilar). Eu pretendia começar pelo Rio Elétrico para economizar uns km e guardar energia para a subida final. Mas lembram que no dia do minitrekking o tempo estava horrível? Pois bem, em Chaltén o negócio foi bem pior. Choveu tanto que o nível do Rio de Las Vueltas subiu e interditou a ruta 23 sentido Rio Eletrico. Dessa forma, não tinha como ir até lá para começar a trilha. O jeito foi fazer a trilha convencional iniciando por El Chaltén mesmo. Encontrei com o Gabriel e sua noiva às 07:30 e os guardaparques já estavam fazendo a cobrança do ingresso para a trilha. O horário que eles ficam lá cobrando é variável, mas de forma geral, é das 8 as 18hrs. Por isso tentamos ir antes das 8, para tentar escapar, mas não deu kkkkkkk como eu tinha o último dia do flexipass de 3 dias, o guardaparques carimbou e segui meu rumo. Lá na guarita, para quem for comprar na hora, aceitam tanto cartão quanto efectivo. Por isso eu digo: não vale a pena comprar o flexipass de 7 dias. A única trilha de El Chaltén que me foi cobrada foi essa, nas outras não houve qualquer questionamento. Se a sua viagem contemplar El Calafate e El Chaltén, o flexipass de 3 dias é suficiente, pois dá para fazer os glaciares + a trilha principal de Chaltén. Seguindo, iniciamos a trilha do Fitz Roy às 08hrs. O início da trilha fica bem no final da Av. San Martin, em uma área com estacionamentos e a guarita do Parque Nacional de Los Glaciares. Os primeiros 2 - 3 kms da trilha são de subida constante, mas gradual. Nesse trecho há o Mirador do Rio de Las Vueltas, que dá uma visão panorâmica bem bonita de todo o vale do rio. Ventava MUITO! Início da trilha Primeira subida. Essa foi sussa! Mirador Rio de Las Vueltas Seguimos a trilha e ela é muuuuuito bonita. Esses primeiros kms são sempre pelo bosque em que é possível avistar vários exemplares da flora e fauna local. Vimos vários pica-pau pelo caminho, eles são lindos! Em determinado momento, há uma bifurcação em que você pode optar em ir pel Laguna Capri ou pelo Mirador do Fitz Roy. Optamos pela Laguna Capri e seguimos pelo bosque. Neste momento, O Fitz Roy começa a ser visível da trilha e, a partir daqui, ele acompanhará durante quase todo o trajeto. Chegamos na Laguna Capri por volta das 09:30 e fizemos uma parada para água e comer alguma coisa. Para essa trilha, além do lanche convencional, trouxa barrinhas de cereais e castanhas porque sabia que ia precisar. Aqui já comi minha primeira barrinha e ficamos cerca de 20 minutos ali na Laguna Capri. É um lugar bem gostoso, tem acampamento e serve como uma opção de trilha curta para quem vem de El Chaltén. Laguna Capri Saímos da Laguna Capri, seguimos pelo bosque e pouco depois já chegamos em uma área aberta com terreno mais pedregoso. Até então, era terra batida. Aqui, a visão das montanhas da região é total e, como o dia estava ensolarado, parecia cenário de filme. Foi uma das partes mais bonitas da trilha! O caminho até a Laguna de Los 3 tem vários pontos para reabastecer a garrafinha de água, então não se preocupe quanto a isso. Peguei água da própria Laguna Capri e não tive qualquer problema. Nessa parte da trilha também é possível visualizar o Glaciar Piedras Blancas ao longe. Quando trilha é feita pelo Rio Elétrico, passa-se mais perto dele. Aqui já estamos perto do km 8 da trilha, onde alcançamos o acampamento Poincenot. Nesse local, tem banheiros (ou diria latrina?) para serem usados e diversos pontos para descanso. Aproveitei para ir ao banheiro, pois sabia que logo viria a parte mais díficil da trilha. Essa imagem podia ter saído de algum doc da Discovery! Encha sua garrafinha aqui. Você vai precisar! Com banheiro em dia, seguimos caminho e passamos pela ponte do Rio Branco. Aqui é o último ponto de água antes da subida e já aviso: abasteça, pois você vai precisar. Encha a garrafinha de água até o fim dela. É sério. Pouco depois da ponte, adentramos novamente em um bosque e eis que surge ela, a temida, a famosa: A SUBIDA! É aqui que começa o calvário. Ali tem uma placa com diversos avisos nada amigáveis sobre a subida e o tempo estimado para conclui-la: 1 hora. Nenhum relato vai te preparar para essa subida, e olha que eu li inúmeros. Todos falam o quão díficil e íngreme ela é, mas a leitura e o nosso imaginário faz com que não consigamos dimensionar tal nível de dificuldade. Ela é simplesmente horrível! A fatídica subida A subida começa por uma área de bosque e logo entra numa área descampada, e é aí que o negócio fica complicado. É um caminho estreito, em ziguezague, com terreno instável, cheio de pedras e de trânsito intenso. Para ajudar, o vento é um grande problema, pois á area é totalmente aberta e ele te desequilibra. Em diversos momentos, faz-se necessário apoiar nas pedras para pegar impulso e subir ao próximo nível, mesmo estando com bastões de caminhada (que foram essenciais). É uma subida realmente brutal, que se eu pudesse definir em uma palavra seria: desesperadora. Você sobe, sobe, sobe, sobe e aquele caminho pedregoso não acaba nunca! Você se desespera ainda mais quando olha pra cima e vê as pessoas do tamanho de uma formiga lá longe naquele negócio que beira um ângulo de 90º! É INSANO! Nós paramos incontáveis vezes para pegar fôlego e também para dar espaço para os outros que estavam subindo e descendo. É muita gente fazendo esse trajeto ao mesmo tempo. E seguimos subindo. Minhas coxas queimavam. Eu, Gabriel e a noiva nos incentivando, passo após passo. Depois de mais de 1 hora de subida, não vendo fim naquilo e agoniado, perguntei para um turista que estava descendo se ainda faltava muito e ele respondeu que ainda levaria uns 20 minutos. Porraaaaaaaaaaaaaaaaaa! Não estava aguentando mais kkkkk subimos mais um pouco e chegou em um pedaço que eu não via mais as pessoas ao longe, daí pensei "ufa, tá chegando né". Ledo engano. Ao terminar a subida principal, há ainda um platô e uma subida final para, aí sim, chegar a Laguna de Los Tres. Sério gente, eu queria chorar, de desespero mesmo. Pode parecer exagero tudo que estou falando, mas não é. É uma subida realmente arrebatadora. Foi, de longe, a coisa mais difícil que já fiz na vida, pois não exige apenas do seu corpo, mas da sua mente também. Tomamos água, pegamos fôlego e nos encaminhamos para a subida final. Nem paramos muito, só fomos, dando um passo de cada vez. É assim o terreno de praticamente toda a subida... Platô antes do final E, depois de 1:26 de subida, finalmente meus olhos viam a Laguna de Los Tres e o Fitz Roy! Aquele azul turquesa contrastando com o glaciar e o Fitz Roy majestoso ao fundo, sem uma nuvem que pudesse atrapalhar esse momento. Aqui eu chorei de verdade, tanto por ter conseguido chegar depois de um caminho tão árduo quanto por conquistar o grande objetivo dessa viagem, que era estar frente a frente ao Fitz Roy! É um misto de sentimentos quando se chega em um lugar assim. Uma imensidão e um vazio que tomam conta de você, que não dá para explicar. Só estando lá para sentir. Uma sensação de realização, apesar de toda a dificuldade para chegar até ali. A primeira coisa que fiz ao chegar lá em cima foi sentar kkkkkk Encontrei uma pedra e me ajeitei. Descansei por uns minutos e só depois fui tirar fotos e explorar o local. Descemos até a Laguna e abasteci a garrafinha de água. Olho pra cima e aquela montanha imponente está lá, com toda sua beleza para mostrar o quanto a natureza é perfeita. Eu estava tão em êxtase que nem consegui comer meu sanduíche inteiro. Comi metade e um alfajor. A subida me fez perder qualquer resquício de fome que eu tinha kkkkkkkk Ficamos por cerca de 1 hora lá em cima. E por volta das 14:00 decidimos descer. A descida é tão penosa quanto a subida, pois é necessário tomar muito cuidado onde pisa para não se machucar, torcer o pé ou coisas do tipo, e um resgate chegar ali não é nem um pouco fácil. Conforme eu descia, ficava me perguntando como consegui subir aquilo. É surreal. Levamos mais 1:30 para poder descer, pois exige muito dos joelhos. Vi muita gente fazendo a subida de tênis, com bebê... Não sei, mas acho um pouco imprudente, pois é um caminho já perigoso para adultos, imagina indo com criança ou com calçado inadequado? Complicado... CHEGUEI! Laguna de Los 3 e Fitz Roy! Mãe, sobrevivi! A volta foi lenta. Estavámos esgotados e retornamos no nosso ritmo, sem apressar, afinal tinhamos muitas horas de sol. Meus pés doiam bastante também, o que pedia que os passos fossem um pouco mais lentos. Demoramos cerca de 4hrs para voltar e chegamos em El Chaltén, na entrada da trilha, às 18 hrs. Foi o dia que eu mais andei, totalizando 27 km. Eu estava feliz por ter finalizado a trilha que eu mais queria, mas completamente esgotado. Dias depois parei para refletir e não sei se encararia essa trilha novamente. É aquele tipo de loucura para se fazer "uma vez na vida". Hoje, escrevendo o relato, concordo com o que li antes de viajar e friso que é necessário, sim, o mínimo de preparo físico para realizar a trilha da Laguna de Los Tres. Eu faço atividade física regularmente, sou caminhante frequente e, mesmo assim, foi muito díficil pra mim. Se eu não treinasse ou fosse 100% sedentário, não conseguiria ou faria com muito sofrimento, o que me deixaria bem frustrado, uma vez que o que menos queremos passar em uma trip como essa é perrengue. E já vi vários "influenciadores" de viagem falando por aí que qualquer um consegue fazer... Até consegue, mas acho esse tipo de incentivo muito perigoso, pois o risco de ocorrer algum acidente existe e é alto. Portanto, se pretende ou quer fazer essa trilha, comece a fazer atividades físicas antes da sua viagem, invista no cardio, fortaleça os joelhos. Farão toda a diferença. E trabalhe a mente também. Manter o foco e concentração é essencial. Voltando, depois de devolver os bastões na loja, fui pro hostel e a primeira coisa que fiz foi tirar as botas. Para minha surpresa, mesmo com meias de trekking, ganhei 3 bolhas de presente: uma no calcanhar e duas entre os dedos do pé. Agora é cuidar né? Tomei um banho bem quente e estiquei as pernas um pouco. Neste dia a noite, a única coisa que fiz foi ir até a esquina do hostel para buscar um sanduíche para jantar. Estava tão exausto que não tive condições de ir para outros lugares da cidade. Comi e dormi. Mas estava feliz. A viagem podia terminar ali, que já estaria realizado. Mas não terminou e ainda havia uns bons dias para explorar El Chaltén (mas com moderação, pois a trilha da Laguna de Los Três deixou reflexos para o resto da viagem toda...) Editado 4 horas por luizh91 2 2 1 Citar
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