Colaboradores Este é um post popular. luizh91 Postado Janeiro 20 Colaboradores Este é um post popular. Postado Janeiro 20 (editado) Olá pessoal! Acabo de retornar de uma viagem incrível à Patagônia Argentina, em que visitei Ushuaia, El Calafate e El Chaltén. Foram 14 dias intensos de viagem, entre 06/01 e 19/01, em que aproveitei ao máximo cada momento vivido nestes lugares maravilhosos. Voltei ao Brasil ontem (19/01) e já vou começar a escrever o relato para aproveitar que todas as informações ainda estão frescas na mente hehe mas tudo que vivi na Patagônia foi inesquecível e especial, então, dificilmente vou esquecer tão cedo essas duas semanas incríveis que pude experienciar. Só posso dizer uma coisa sobre essa viagem: SÓ VÁ! Sozinho ou acompanhado, a experiência será igualmente extraordinária. Voltei desta viagem renovado e transformado, tendo superado limites físicos e psicólogicos que nem eu mesmo achava que conseguiria. CONTEXTO Visitar a Patagônia já estava na minha mente há muitos anos, e eu já tinha o roteiro para esta viagem pronto há muito tempo. Porém, faltaram oportunidades para que eu pudesse ir, até que consegui em janeiro de 2025. No final de 2019, eu cheguei a comprar passagens para visitar a Patagônia em abril de 2020. Mas, como todos sabemos, no ano em questão tivemos a fatídica pandemia de COVID-19 que praticamente paralisou todos os serviços de turismo. Na época, a Aerolineas me deu a opção de remarcar a viagem ou reembolso. Tendo em vista a falta de perspectiva quanto à pandemia, decidi pedir o reembolso e, desta forma, a viagem a Patagônia ficou de escanteio. Anos depois, a ideia de visitar a Patagônia me voltou à cabeça e em setembro/24, após uma aula apocalíptica no 6º ano (professores entenderão), resolvi comprar as passagens praticamente de maneira impulsiva e sem pensar muito kkkkk mas já estava feito! Finalmente viajaria para aquele lugar que seria a viagem mais especial da minha vida. Além do roteiro pronto que eu já tinha, comecei a ler e reler os relatos aqui do Mochileiros. Gostaria de agradecer, em especial, a @JanaCometti e o @Alan Rafael Kinder que foram muito prestativos e solicitos ao me ajudarem com dúvidas e questões. ROTEIRO O roteiro que montei seguiu certinho até chegar em El Chaltén, quando tive que fazer algumas alterações depois da árdua trilha da Laguna de Los 3. Mas, no geral, consegui visitar todos os pontos planejados e não tive grandes perrengues. Segue o roteiro: 06/01/2025 - SP x USHUAIA (conhecer a Ushuaia, placas, espaço Pensar Malvinas) 07/01/2025 - USHUAIA (Glaciar Martial e Pinguinera) 08/01/2025 - USHUAIA (Laguna Esmeralda e Museo Del Fin del Mundo) 09/01/2025 - USHUAIA (Parque Nacional da Terra do Fogo) 10/01/2025 - USHUAIA X EL CALAFATE (conhecer El Calafate, placas) 11/01/2025 - EL CALAFATE (Navegação Todo Glaciares) 12/01/2025 - EL CALAFATE (Minitrekking e passarelas do Perito Moreno) 13/01/2025 - EL CALAFATE X EL CHALTÉN (conhecer El Chaltén e Mirador de los Condores/las Aguilas) 14/01/2025 - EL CHALTÉN (Laguna de Los 3 - Fitz Roy) 15/01/2025 - EL CHALTÉN (Chorrillo del Salto) 16/01/2025 - EL CHALTÉN (Lago del Desierto e Glaciar Huemul) 17/01/2025 - EL CHALTÉN (Mirador Cerro Torre e Mirador El Chaltén) 18/01/2025 - EL CHALTÉN X EL CALAFATE (visita a Glaciarium) 19/01/2025 - EL CALAFATE X SP (RETORNO) CÂMBIO E VALORES Que a Argentina está cara, todo mundo já sabe. Mas eu não imaginaria que estaria tãaaaaaaaaao cara! Chega a ser surreal os preços praticados na Patagônia. Para ter uma noção, um mísero chaveiro custa 7.000 pesos, que na cotação de hoje, é R$ 40,00!!!! Soa absurdo para nós, mas é a realidade argentina de hoje. Então, se pretende visitar a Patagônia, vá bem preparado financeiramente falando. Levei R$ 4.100,00 no cartão Wise e R$ 500,00 em espécie, e gastei tudo. A comida, principalmente, é muito cara. Para os valores em pesos que eu falar ao longo do relato, considerem a conversão de 1 real = 170 pesos argentinos. O cartão Wise teve aceitação de praticamente 100% em toda a Patagônia, até mesmo em El Chaltén. Usei o dinheiro em espécie para pagar propina ou comprar coisas de baixo valor, como empanadas e lanches. Para usar o Wise na Argentina, deve-se manter o dinheiro na carteira de dólares, pois a maquininha automaticamente converterá os pesos argentinos. Achei mais vantajoso do que carregar bolos e bolos de notas, o câmbio estava ruim de qualquer forma, não tinha muito o que fazer. Mas é a velha história: quem converte não se diverte. Bora aproveitar a Patagônia como dá kkkkkk Ordenando, da cidade menos cara para a mais cara, fica: Ushuaia - El Calafate - El Chaltén SEGURO VIAGEM Fiz o seguro viagem com a Allianz Travel, por R$ 170,00, mas felizmente não precisei usar. HOSPEDAGENS Nesta viagem, fiquei apenas em hostels e todos foram ótimos. Não tive nenhuma experiência desagradável e a troca cultural foi enorme, pois havia gente de todo mundo. Fiquei em quartos com gregos, alemães, franceses, australianos, estadunidenses e até mesmo brasileiros. Sempre fui muito bem tratado e tentava me comunicar com meu inglês da fisk kkkkkkk. Segue o feedback das hospedagens USHUAIA - ANUM HOSTEL: Foi o hostel que mais gostei da viagem. É um hostel novo, que tem apenas dois anos, mas fica muito bem localizado na esquina com a avenida San Martin, que é a principal de Ushuaia. Os quartos coletivos possuem camas com cortinas, o que lhes dá uma aparência de cápsula, o que achei bem legal e não atrapalha o próximo quando estamos com a luz acesa. Também tem armários espaçosos. O café da manhã também é bom, com pães, frios, medialunas, sucos, café, sucrilhos, leite, etc. Staff bem atencioso e espaço comum suficiente. Nota 10! EL CALAFATE - FOLK HOSTEL: Outro excelente hostel. O Folk foi indicação do Alan aqui do fórum e o hostel possui um excelente custo benefício. Os quartos possuem armários espaçosos para cada cama, e os banheiros são enormes com bons chuveiros. O espaço comum é bem grande e o café da manhã é honesto, com pães, doce de leite, geleia, suco, frutas, café e leite. A localização é fora do eixo do centro (fica a 10 minutos da caminhada), mas bem próximo do terminal de ônibus. Nota 10! EL CHALTÉN - CONDOR DE LOS ANDES: Um bom hostel. Fica localizado próximo da entrada da cidade, perto do terminal de ônibus, o que não foi um problema, já que El Chaltén é um ovo e se faz tudo a pé. Staff extremamente prestativo e atencioso, camas confortáveis e armários espaçosos. Os quartos possuem banheiro privativo e aqui tem algo que me incomodou. O espaço para o banho é bem pequeno e, a cada tomada de banho, o banheiro inteiro ficava uma molhadeira enorme! A moça da recepção já até sabia que eu queria um pano toda vez que descia kkkk O box do chuveiro era de cortina, então a água inevitalmente passava para fora. Enfim, apenas um detalhe. Café da manhã honesto também, com pães, manteiga, geleia, doce de leite, frutas, café e suco. Nota 9! PASSAGENS Paguei R$ 3.600,00 pela Aerolineas Argentinas. Sendo professor, não tem como fugir da alta temporada, então eu já sabia que seria um valor salgado. Fora da alta temporada, o valor média das passagens está em R$ 2.700,00. A Aerolineas Argentinas me surpreendeu positivamente. Vi várias reclamações e estava bem receoso quanto aos voos, mas foram pontuais em todos e não tive qualquer problema. Ao longo do relato falarei mais sobre isso. DOCUMENTOS Fui com passaporte, mas também poderia ter entrado apenas com RG. A imigração na Argentina é bem tranquila, conforme falarei logo mais. O QUE LEVEI? Viajei somente com a bagagem de mão + 1 mochila comum. Minha mala ficou em torno de 8 kg, então não tive qualquer problema, mas ela foi pesada em todos os voos pela Aerolineas. Eles são bem chatos quanto a isso, então, se for somente com a bagagem de mão, tente não passar dos 8 - 10 kg. Para uma viagem à Patagônia, as roupas de frio devem ser prioridade. Usei praticamente tudo que levei, e não levei nenhum short/bermuda pois sabia que seria ocupar espaço na mala porque não usaria (sou friorento). Aquilo que dizem que a Patagônia pode ter "as quatro estações do ano em um dia" é pura verdade, o tempo muda demaaaaaaais e o clima é bem hostil. Levei roupas para 7 dias, e quando cheguei em Calafate, pedi para a lavanderia do hostel lavar as roupas que eu tinha usado até então. Dessa forma, tinha roupas limpas para os 7 dias seguintes. Na minha mala teve: 7 cuecas 2 pares de meias para trekking (selene) - foram bem úteis no dias do minitrekking em diante. Seguraram o tranco e protegeu meus pés contra bolhas maiores (mas mesmo assim, teve). 4 pares de meias comuns 1 fleece (não usei, só ocupou espaço) Conjunto segunda pele (usei todos os dias, extremamente útil. Confortável, comprei na Amazon e é unissex: https://www.amazon.com.br/dp/B0C9FN5K8T?ref=ppx_yo2ov_dt_b_fed_asin_title) 2 jaquetas. Uma mais fina e outra com fleece por dentro, ambas imperméaveis. (item obrigatório. A mais fina foi essa e deu conta: https://www.decathlon.com.br/jaqueta-ecodesign-impermeavel-masculina-de-trilha/p) 1 calça imperméavel (item obrigatório também. Fiquei muito na dúvida sobre comprar ou não, mas ainda bem que levei a calça impermeável. Fiz a maior parte do minitrekking sob chuva e a calça/jaqueta me protegeram bem e aguentaram o tranco. Segue link: https://www.decathlon.com.br/sobrecalcas-impermeaveis-masculina-de-vela-inshore100-navy/p). 3 calças de tactel comuns 1 calça jeans 4 camisetas dry fit (as melhores! Ocupam pouco espaço na mala e são respiráveis). 2 camisetas de algodão Chapéu/boné Gorro Cachecol Luvas Pasta para documentos Bolsinha de remédios (importante!!!) Protetor solar (importante também) Itens de higiene pessoal Doleira Powerbank 10000 mah Garrafinha de água de 1L (para as trilhas de El Chaltén, 1L é o mínimo) Chinelo Bota de trekking (Usei a Vento Finisterre e aguentou muito bem o tranco em todo tipo de terreno, além de boa impermeabilidade. Aprovadíssima!). O que não levei e levaria: HIDRATANTE/PROTETOR LABIAL! A Patagônia, sobretudo El Calafate, é bem seca e árida. Logo, os lábios sofrem com a umidade baixa. Fiquei (e estou) com várias feridas na boca que dói até para comer. Comprei um protetor labial em Chaltén, mas o estrago já estava feito, fui até o final da viagem com as feridas na boca me acompanhando hahaha Mas agora, vamos ao relato! (vou tentar escrever um pouco por dia, e deixo algumas fotos como entrada hahahah) Editado Janeiro 20 por luizh91 3 4 1 2 Citar
Colaboradores Nani84 Postado Janeiro 20 Colaboradores Postado Janeiro 20 "Após uma aula apocalíptica no 6º ano (professores entenderão)" Eu ri amigo 😂🤣😂. Meu marido é professor e sofre do mesmo mal, tanto com sextos anos como em viajar em alta temporada 😅. Acompanhando o relato pq deu saudade da Patagonia. 2 Citar
Colaboradores luizh91 Postado Janeiro 20 Autor Colaboradores Postado Janeiro 20 4 horas atrás, Nani84 disse: "Após uma aula apocalíptica no 6º ano (professores entenderão)" Eu ri amigo 😂🤣😂. Meu marido é professor e sofre do mesmo mal, tanto com sextos anos como em viajar em alta temporada 😅. Acompanhando o relato pq deu saudade da Patagonia. Hahahaha, é nessas horas apocalípticas que ocorrem os maiores devaneios 🤣🤣 mas nesse caso, foi ótimo kkk 1 1 Citar
Membros D FABIANO Postado Janeiro 20 Membros Postado Janeiro 20 @luizh91 Não entendi essa história de "aula de 6 ano".6 ano de que?Demorou para ir,mas mesmo se tivesse ido antes,a região é bem mais cara que o restante do país, no qual sô penso em voltar após o fascista se mandar. Citar
Colaboradores Alan Rafael Kinder Postado Janeiro 21 Colaboradores Postado Janeiro 21 (editado) A sensação que passa pela tua escrita é a mesma que eu tive quando fui pra lá pela primeira vez! Felizmente a vida já me proporcionou algumas aventuras memoráveis, mas sem dúvidas, a recordação de El Calafate, e principalmente El Chaltén (pois sou aficionado por trilhas) é a que mais perdura. É curioso que muitas das tuas considerações, em especial sobre o que levasse, é similar ao o que eu percebi após minha viagem (itens desnecessários, outros faltantes)... fleece é basicamente inútil se tu tens um anorak multicamada (mas eu também cometi o 'erro' de levar um); também voltei de lá com os lábios destruídos (protetor labial teria resolvido) - fiquei duas semanas passando bepantol gorduroso nos lábios (bleh); e as camisas dryfit de fato são extraordinárias para esse tipo de atividade, são ultra leves e compactas, servem bem ao propósito, secam basicamente sozinhas (mesmo no clima louco de lá), e não retém cheiro de suor. Uma grande pena que já não é mais tão vantajoso financeiramente ir para lá... como se não bastasse a inflação nos preços, começaram com essa taxação nas trilhas (coisa que não discordo como um todo). Ansioso pelo restante do relato, fico feliz que tenhas aproveitado! Editado Janeiro 21 por Alan Rafael Kinder 2 Citar
Colaboradores Este é um post popular. luizh91 Postado Janeiro 21 Autor Colaboradores Este é um post popular. Postado Janeiro 21 (editado) 1º DIA - 06/01/2025 - SP X USHUAIA E, finalmente, chegou o grande dia da viagem. Eu deveria estar 100% alegre, mas era um misto de sentimentos enquanto aguardava o horário do meu embarque no aeroporto de Guarulhos. Eu estou acostumado a viajar sozinho pelo Brasil, mas essa seria a minha primeira viagem internacional sozinho, e para um lugar relativamente "longe". Enfim, rolou um chororô básico e ansiedade no saguão, mas fui me acalmando conforme o horário do voo se aproximava. Cheguei bem cedo no dia anterior à Guarulhos, jantei um lanche do Subway e entrei na sala de embarque por volta das 23hrs de 05/01. Procedimentos de imigração e alfândega ok, e minha partida estava programa para 01:05 da manhã pela Aerolineas Argentinas. Não costumo viajar de madrugada, mas até que achei bom, tudo estava bem vazio kkkkkkkkk O avião partiu pontualmente e o voo até Buenos Aires foi bem tranquilo. Aqui um parenteses: Quando comprei as passagens, em setembro, fiz a opção multidestinos sem troca de aeroporto em BA. Porém, meses depois, recebi um e-mail da Aerolineas mudando o meu voo de Ushuaia, que antes sairia do Aeroparque, para Ezeiza. Ao que parece, essas trocas são bastantes comuns na empresa, então não me surpreendeu. Pois bem, pousei em Buenos Aires por volta das 04 da manhã. A imigração estava mega vazia, principalmente pelo horário, e foi bem sossegado. A fiscal perguntou apenas o número do meu voo, para onde eu iria e o endereço de hospedagem. Depois, scaneou meu passaporte, tirou uma foto e pegou a minha digital do polegar. Agora sim, liberado e finalmente em território argentino! Como eu disse, eu tinha uma conexão de 4 horas e deveria ir para Ezeiza pegar o próximo voo para Ushuaia. Antes de viajar, eu já havia pesquisado as opções possíveis para fazer o deslocamento, pois Ezeiza fica bem distante do Aeroparque. De forma grosseira, seria como ir de Guarulhos a Congonhas. Além dos costumeiros Uber e táxi, haviam os ônibus da Manuel Tienda León que saem em horários bem desfavoráveis para quem chega em Buenos Aires pela madrugada. PORÉM, nesta pesquisa, descobri que havia uma outra empresa fazendo o trajeto Aeroparque - Ezeiza e que funcionava 24 horas. Esta operadora se chama NEO TRANSLADOS, que opera há pouco tempo nos aeroportos e possui um guichê na área de voos domésticos do Aeroparque. De imediato, já fui procurar o guichê para saber quando sairia o próximo transfer. Chegando lá, o atendente falou que em 15 minutos teria um ônibus partindo para Ezeiza. Ótimo! Paguei ARS 9.000 pelo trajeto e fiquei aguardando ao lado do guichê até o motorista chegar. Cerca de 10 minutos depois, ele chegou e nos levou até o ônibus. O ônibus partiu de Aeroparque e, durante o trajeto, conheci a Cibele e seu filho, que também estavam indo para Ushuaia. Quando eu falo em viajar sozinho, é apenas na teoria, pois sempre encontramos pessoas especiais na jornada para somar nas nossas experiências, e Cibele foi uma delas. Ela foi uma grata e excelente companhia em várias pernadas e jantares em Ushuaia e El Calafate, como falarei mais a frente. O translado até Ezeiza foi até que rápido, durou cerca de 40 minutos, já que não havia transito no horário. Chegando lá, novamente passei no guichê da Aerolineas para pesar a mala e já fui para a ala de embarque aguardar meu voo para Ushuaia, que partiria às 08:50. Neste meio tempo, aproveitei para tomar um café da manhã e fiquei conversando com a Cibele enquanto esperavámos nosso voo. Agora em território argentino, todo o chororô e ansiedade de Guarulhos ficaram para trás. Aproveitei aqui também para ativar meu e-sim que havia adquirido com a airalo. Não costumo usar internet móvel quando viajo, sempre usufruo do wi-fi dos lugares, mas dessa vez resolvi testar o e-sim e achei bem prático. Instalação rápida e o preço ok, paguei R$ 70,00 em um pacote de 2GB válido para 15 dias. O pacote foi suficiente para o tempo de viagem e a internet funcionou de maneira excelente até mesmo em El Chaltén. Portando, recomendo o e-sim da airalo. O voo para Ushuaia partiu pontualmente às 08:50. Mais uma vez, um voo tranquilo, e desta vez consegui dormir um pouco, já que estava acordado há mais de um dia. Quando o avião se aproxima de Ushuaia, já é possível ver as montanhas nevadas da Terra do Fogo e as inúmeras lagunas de degelo que há por lá. Que lindooo! O pouso em Ushuaia, como já havia lido e confirmei, é sempre emocionante, pois há muito vento e o avião dá uma boa balançada. Tudo certo, pousamos às 12:30, finalmente em Ushuaia, primeiro destino da viagem! Primeiras vistas das montanhas e lagunas de Ushuaia, ainda com céu encoberto Mas logo abriu, e as montanhas e o Canal Beagle apareceram na sua plenitude! O aeroporto de Ushuaia fica a 7 km da cidade e é bem bonitinho, todo de madeira e de bom gosto. Esperei a Cibele pegar as malas e compartilhamos um Uber até a cidade, que ficou em ARS 5.000. Aliás, o Uber funciona muito bem em Ushuaia. Usei algumas vezes e em nenhuma delas fiquei na mão. Coincidentemente, eu e a Cibele estávamos hospedados na mesmo rua, o que facilitou a nossa conexão kkkkkk Logo, cheguei ao ANUM hostel, fiz o checkin, guardei minhas coisas, tomei banho e fui caçar algum lugar para comer! Comecei a andar pela avenida San Martin e, de cara, já me encantei por Ushuaia. É uma cidade relativamente grande para os padrões da Patagônia, muito bem estruturada para o turismo e super fotogênica, com as montanhas nevadas ao fundo e o Canal Beagle do outro lado. É indescritível a sensação de estar no fim do mundo! É algo que eu esperava desde criança quando já era um menino aficcionado por mapas e via aquela cidade na ponta da América e pensava "um dia estarei lá", e estava! Aeroporto de Ushuaia Entrei em um restaurante chamado Café Martinez, que é cafeteria também. Pedi uma salada com pollo (frango) que saiu por volta de ARS 15.000. Estava bem gostoso e deu pra matar minha fome. Depois, continuei a andar pela San Martin e passei na loja de alfajores da Honecker, que foi um dos melhores que comi ao longo da viagem. Macios, vários sabores e saborosos. Comi o de frutas vermelhas e o de doce de leite, e ambos são bons. Continuando a caminhada, passei na agência da Brasileiros em Ushuaia por ainda queria conversar sobre o passeio da Laguna Esmeralda. Eu sabia que era possível ir por conta, mas este passeio em específico preferi ir por agência. Lá fui muito bem atendido pelos brasileiros que trabalham na agência e fizeram um preço bacana para fechar a Laguna Esmeralda + Parque Nacional da Terra do Fogo. Tudo ficou por volta de R$ 800,00 e havia a opção de parcelar em reais. Achei ok, outras agências estavam cobrando mais de 1500,00. Aproveitei e troquei dinheiro na própria Brasileiros em Ushuaia, a cotação estava 1 real para 170 e assim troquei R$ 500,00, que foi o único valor em espécie que utilizei em toda a viagem. Saí da agência com um bolo de notas, mesmo sendo um valor baixo, mas fazer o que né? Depois, eu havia combinado com a Cibele de passear pela cidade depois que ela se instalasse com o filho no hotel dela, e assim fizemos. A encontrei na Av. San Martin e fomos andar pela orla de Ushuaia. O dia estava lindo! Ensolarado, ventoso, mas agradável. A caminhada pela orla de Ushuaia é uma delícia, começamos pelo letreiro de USHUAIA, que ainda estava com decoração natalina, e passamos pelo "Espaço Pensar Malvinas", que é uma área que homanegeia aqueles que lutaram na Guerra das Malvinas nos anos 80, e que até hoje é reinvidicada pela Argentina. Há várias placas pela cidade com os dizeres de "as Malvinas são argentinas". Continuamos a caminhar, pela paisagem há vários barcos abandonados, um semi-naufrágio e toda a vista do porto de Ushuaia e Canal Beagle. Havia também vários cruzeiros, que utilizam Ushuaia como base para viagens à Antártida. Paramos logo menos na icônica placa do "Fim do Mundo" e claro que tirei aquela foto de lei. É praticamente o check-in da cidade kkkkkkkk Não havia muitos turistas por ali, achei até a cidade um pouco vazia para a época. Em frente à placa do fim do mundo está também a Secretaria de Turismo de Ushuaia. Lá, é possível obter um mapa da cidade e informações sobre os pontos turísticos. Além, há disponíveis diversos carimbos para marcar seu passaporte/caderneta. Como tenho receio de carimbar o passaporte, tenho uma caderneta para essas situações e a carimbei com 5 desenhos diferentes que tinha ali, até mesmo da Antártida. Isso já era quase umas 19:30hrs e, como os dias são longos na Patagônia essa época do ano, fiquei meio desregulado e perdido no horário. Procuramos um restaurante para jantar e paramos no El Faro. Dessa vez optei pelas massas e pedi um nhoque a bolognesa. Aqui um adendo: na Argentina, a massa e o molho são escolhidos separadamente, ou seja, você paga pelo nhoque e pela bolognesa. Achei estranho e até demorei a processar isso até o garçom me explicar, mas ok kkkkkk o prato tava bem gostoso e me sustentou. Paguei ARS 18.000 (eu falei, pra comer é caro). Gastei entre R$ 100 - 200,00 com comida por dia nessa viagem. Depois de jantados, voltamos para as nossas hospedagens para dormir e descansar, pois o dia havia sido longo e o cansaço era nítido. Cheguei no hostel, me troquei, deitei e em poucos minutos dormi. No dia seguinte, começaria efetivamente os passeios por Ushuaia: a subida do Glaciar Martial e a Pinguinera. Avenida San Martin O conceito de camas-capsúlas do hostel. Adorei! Espaço "Pensar Malvinas" com as montanhas nevadas de Ushuaia ao fundo. Essas montanhas são colírios para os olhos! Placa de Ushuaia com decoração natalina Chegando no porto de Ushuaia A clássica placa do fim do mundo! Um dos carimbos disponíveis na Secretária de Turismo Editado Quarta às 11:20 por luizh91 4 1 3 Citar
Colaboradores hlirajunior Postado Terça às 17:34 Colaboradores Postado Terça às 17:34 (editado) @luizh91 Muito legal o relato, acompanhando aqui. Fiz o trajeto contrário do teu em Maio do ano passado El Calafate > El Chalten > Ushuaia e foi uma viagem inesquecível. Eu não esperava tanto do Ushuaia depois do que vi em El Chalten, mas fui surpreendido. Na época que fui estava bem frio, com muita neve e com bebê pequeno não deu para aproveitar muito as atividades ao ar livre. Quem sabe um dia eu volte lá nessa mesma época que você foi. Editado Terça às 17:34 por hlirajunior 1 Citar
Colaboradores luizh91 Postado Terça às 21:56 Autor Colaboradores Postado Terça às 21:56 4 horas atrás, hlirajunior disse: @luizh91 Muito legal o relato, acompanhando aqui. Fiz o trajeto contrário do teu em Maio do ano passado El Calafate > El Chalten > Ushuaia e foi uma viagem inesquecível. Eu não esperava tanto do Ushuaia depois do que vi em El Chalten, mas fui surpreendido. Na época que fui estava bem frio, com muita neve e com bebê pequeno não deu para aproveitar muito as atividades ao ar livre. Quem sabe um dia eu volte lá nessa mesma época que você foi. Eu gostei muito de Ushuaia também, achei a cidade super agradável e com bastante diversidade turistíco-cultural. Ao contrário das outras cidades da Patagônia, o pessoal que mora lá disse que Ushuaia recebe visitantes o ano todo, já que também é bem preparada para a neve no inverno. Acho que vale a pena em qualquer estação! 1 Citar
Colaboradores Este é um post popular. luizh91 Postado Quarta às 11:19 Autor Colaboradores Este é um post popular. Postado Quarta às 11:19 (editado) 2º DIA - 07/01/2025 - USHUAIA (GLACIAR MARTIAL E PINGUINERA) E chegamos ao primeiro dia de passeios! Acordei por volta das 07 da manhã, pois a ideia era começar a subida do Glaciar Martial cedo para ter tempo hábil de retornar, almoçar e realizar a Pinguinera no período da tarde. Tudo com folga, sem correria, aproveitando que o dia estava lindíssimo e sem uma nuvem no céu. E assim foi feito. Tomei um café da manhã reforçado no hostel e chamei um Uber para me levar ao Glaciar Martial, que custou ARS 5.500. Vale lembrar que o Glaciar Martial, na verdade, é um centro de ski que funciona na temporada de inverno e, durante o verão, existem trilhas gratuitas que podem ser feitas para conhecer a neve/gelo residuais e ter uma vista panôramica da cidade. O trajeto do centro de Ushuaia até a portaria/casa de chá que fica no sopé da montanha demora cerca de 10 min, ficando a 7 km de distância. Sei que muitas pessoas fazem esse pedaço a pé, mas é uma boa caminhada em uma pista sinuosa e somente em aclive, então, talvez compense pegar um uber/taxi mesmo kkkkkkkk Ao chegar na portaria/casa de chá, há um portal de livre acesso com banheiros e uma espécie de guardaparques que te dá informações sobre as trilhas do Glaciar Martial e oferece bastões de caminhada para aluguel (eu recomendo). Eles informam que há 3 possibilidades de trilha: a do mirante da cidade (fácil), a do glaciar (média) e a da nuvens (moderada-alta). Informações dadas, segui meu rumo e comecei a trilha por volta das 08:10. Esse percurso é bem famoso entre os visitantes de Ushuaia e li sobre a subida, mas ela é bem puxadinha, viu? Portal do Glaciar Martial A trilha se inicia já com subida em meio a um bosque muito bonito com rios correndo na lateral. Como fui cedo, encontrei pouquíssimas pessoas no caminho e o silêncio imperava, onde só se ouvia o som dos pássaros, da água correndo e do vento que, vez ou outra, vinha em forma de rajadas. Por cerca de meia hora, o trajeto é em meio ao bosque, havendo bancos como ponto de parada para recuperar o fôlego. Terminado o bosque, atravessei uma pequena ponte e cheguei uma área aberta em que já há uma vista panorâmica de Ushuaia, sendo ali o término da trilha do "mirante da cidade". Como queria chegar até o gelo, continuei. Vale ressaltar que nessa área aberta os ventos já são mais fortes, principalmente por ser uma área de montanha. Seguindo, atravessei outra ponte e continuei a trilha demarcada em meio às montanhas, é muuuuuito bom! E sempre subindo... Início da trilha do Glaciar Martial Bora subir! Em dado momento, a vegetação rasteira que acompanhava a trilha termina e o só se vê rochas, com os primeiros resquícios de gelo estando cada vez mais perto. Depois de 3 km de subida e por volta das 09:20, cheguei ao primeiro fragmento de gelo da montanha. Não é um gelo recente ou fofo, mas quem quiser brincar consegue kkkkkk Decidi parar por ali, pois a subida para a "trilha das nuvens"continuava e eu não podia me demorar muito. Sentei em um banco de pedras que havia no local e fique ali, sozinho, por cerca de uma hora apenas admirando a magnitude das montanhas e o silêncio que só o vento cortava. Foi uma sensação boa de solitude. Claro que aproveitei pra brincar um pouco com o gelo também rs No dia anterior, eu havia comprado empanadas no BIG PIZZA da Av. San Martin (dica da Jana Cometti), e se acabaram se tornando meus lanches favoritos para passeios. As empanadas custam ARS 2.000 e são bem gostosas. Assim, aproveitei que estava descansando na montanha para fazer meu lanche e comi as empanadas e um alfajor que eu havia trazido. Um tempo depois, chegou um casal de brasileiros de BH no local e ficamos conversando um pouco. Pediram para tirar umas fotos e, pouco depois, iniciei a descida. Trilha bem demarcada em meio às montanhas Cheguei no gelo! A felicidade do garoto em caminhar em meio às montanhas! Retornei a portaria do cerro martial por volta das 11 da manhã, e havia duas opções para voltar a Ushuaia: chamar o Uber novamente ou esperar algum táxi aparecer por ali (eles sempre aparecem em pouco tempo, pois levam turistas frequentemente para lá). Olhei a primeira opção e o Uber estava bem carinho. Fiquei no ponto de táxi e, 5 minutos depois, apareceu um carro. Perguntei quanto ficaria para me levar até a Av. San Martin e ela cotou em ARS 7.800. Fechou! Tomei o táxi e retornei para a cidade. Passei rapidamente no hostel para ir ao banheiro e carregar um pouco o celular, e depois fui procurar algum lugar para almoçar comida de verdade, uma vez que teria o passeio da Pinguinera do período da tarde, que é bem longo. Andando pela Av. San Martin e arredores, encontrei um restaurante muito bem recomendado chamado Bodegon Fueguino, e ali parei para ver o cardápio e preços, que achei até um pouco abaixo da média da cidade. Desta forma, entrei e pedi um pollo a milanesa com papas fritas. Pra mim, o grande problema dos pratos argentinos é que a carne é muito bem servida (geralmente dá para duas pessoas), mas não há nenhum acompanhamento como arroz ou feijão que estão acostumados, estranhei no começo kkkkkk mas faz parte. O frango estava bem saboroso e as batatas também. Paguei ARS 14.000 pelo prato + bebida. Terminado o almoço, passei novamente no Big Pizza para pegar empanadas para levar à Pinguinera e, por volta das 14:00, me dirigi ao porto. O passeio da Pinguinera eu fiz com a empresa Tolkeyen, que é bem popular em Ushuaia. Comprei antecipado do Brasil e paguei R$ 576,00 em novembro. Nada a reclamar da empresa, foram pontuais, o catamarã era bom e o serviço prestado também. O ponto de encontro do passeio é no "muelle" que fica em frente a placa do fim do mundo. Ali, me apresentei na agência da Tolkeyen e eles me deram um crachá para ingressar no porto com o número do meu catamarã. Chegando no porto, apresentei o crachá e me direcionaram para aquele que seria o meu barco ao longo do passeio. Começava a Pinguinera! Ao entrar no barco, os lugares são livres para serem escolhidos. São grandes mesas para 4 a 6 pessoas. Sentei em um assento na janela e o catamarã começou a encher (é bem grande, sério). Em pouco tempo, surgiram 3 brasileiras que perguntaram se podiam se juntar a mim, e claro que aceitei. Nesse momento conheci a Leonor, a Eliane e a Rosana, brasileiras do Paraná que estavam vindo desde Curitiba por motorhome. Foram pessoas especiais que me fizeram uma excelente companhia neste passeio, rendendo papos e conversas ao longo de todo o trajeto (também são professoras, logo kkkkkkk). O barco por dentro O barco partiu pontualmente às 15:00 e algum tempo depois, autorizaram a saída para a parte de fora do barco. Fomos para lá e, como o tempo estava excelente, a paisagem respondia à altura. As montanhas nevadas, Ushuaia ao fundo, tudo fazia parte daquele cenário mágico. Após meia hora de navegação, aproximadamente, chegamos à ilha dos cormorones, que são aqueles passaros que se parecem com os pinguins. Havia milhares deles no local! O barco para ali um tempo e fica girando em torno da ilha para que todos possam apreciar e bater suas fotos. Seguindo a navegação, o próximo ponto de parada é no famoso "Farol Les Eclaireurs" ou "Farol do Fim do Mundo", que é praticamente um cartão postal de Ushuaia. Aqui, o barco usa a mesma estratégia da parada anterior e fica girando em torno do farol para que todos tenham oportunidade de ve-lo. Junto ao farol, haviam diversos lobos marinhos descansando, tomando sol, uma beleza da natureza. Após o farol, ficamos um bom tempo navegando sem parar, pois a Isla Martillo que concentra a colônia de pinguins é bem distante. Neste meio tempo, passamos rapidamente em frente a Puerto Willians, cidade do Chile que disputa com Ushuaia o título de mais austral do mundo. Ilha dos Cormorones Farol do Fim do Mundo Por volta das 17:50, mais de duas horas depois do início da navegação, começamos a avistar os primeiros pinguins na Isla Martillo. E, de repente, há milhares deles! São muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos mesmo! O barco parou bem próximo a ilha para que pudessemos observar e nessa hora é aquele vuco-vuco, pois todo mundo quer ficar na frente do barco para ver os pinguins. Meu conselho: saia do barco e fique lá fora quando perceber que está chegando perto da Isla Martillo, pois o empurra-empurra ali é grande rs Haviam pinguins da espécie de Magalhães e também o Pinguim-Rei, em menor quantidade. E ali ficamos por cerca de meia hora admirando o comportamento e toda a dinâmica que envolve os pinguins. É sério, são muitos! E janeiro é a época que eles estão em maior número na região, já que em março começam a migrar. Existe o outro passeio que a Piratour oferece que te dá a experiência para caminhar com os pinguins, mas como eu já havia gastado com outro passeio mais caro (falarei mais a frente), preferi não fazer e me dei por satisfeito apenas com a navegação. O retorno a Ushuaia foi bem longo e nessa hora o cansaço bateu para todo mundo, até consegui tirar um cochilinho. O catamarã chegou no porto de Ushuaia por volta das 20:30 e fui com as meninas até o Big Pizza, pois elas estavam com fome. Trocamos contatos, depois da despedida, segui para o meu hostel para tomar um necessitado banho e relaxar para o dia seguinte. No final do dia, na área comum do hostel, conheci um estadunidense chamado Joseph que estava fazendo uma trip pela América Latina. Usei meu pobre inglês para me comunicar e até que me saí bem (rsrsrs). Fui dormir por volta das 22:30 por o dia seguinte prometia: o trekking para a Laguna Esmeralda! Enfim, a atração principal! Super fofos! Final de dia, feliz da vida! Editado Quinta às 00:24 por luizh91 4 4 Citar
Membros D FABIANO Postado Quarta às 13:33 Membros Postado Quarta às 13:33 @luizh91 576 pilas,por um passeio muito bonito por sinal,mas de meio dia?Depois dizem que Europa é que é caro! 1 Citar
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