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Bom dia, amigo. Estive olhando esta viagem que está fazendo no momento. Vi que vc pretende sair da Bolívia em direção ao Acre. Eu vou precisar viajar de Santa Cruz de la Sierra a Rio Branco em breve. Estive estudando ir por Trinidad até Guajará-Mirim (Rondônia). Gostaria de informações sobre a estrada e estrutura (combustível, pouso). Se for alguma coisa muito difícil eu vou ter que voltar pelo Mato Grosso. Vi que a estrada de terra parece ter 570km até entrar no Brasil. Se vc puder compartilhar algo, agradeço. Vou te deixar uma mensagem privada com email e telefone. Obrigado!

  • 2 semanas depois...
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Em 20/02/2025 em 08:22, philiperazia disse:

Bom dia, amigo. Estive olhando esta viagem que está fazendo no momento. Vi que vc pretende sair da Bolívia em direção ao Acre. Eu vou precisar viajar de Santa Cruz de la Sierra a Rio Branco em breve. Estive estudando ir por Trinidad até Guajará-Mirim (Rondônia). Gostaria de informações sobre a estrada e estrutura (combustível, pouso). Se for alguma coisa muito difícil eu vou ter que voltar pelo Mato Grosso. Vi que a estrada de terra parece ter 570km até entrar no Brasil. Se vc puder compartilhar algo, agradeço. Vou te deixar uma mensagem privada com email e telefone. Obrigado!

Phelipe, vc se enganou. Eu já sai pelo Acre mas foi pelo Peru. Pela rodovia Transoceanica.

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7º dia 27/12/24 – Uyuni a La Paz - 540 km

Dia de alguns perrengues.

Levantamos, tomamos o café no 3º andar (afff) e depois eu fui buscar o carro no estacionamento e fui até o hotel buscar meus tripulantes.

Neste trecho aconteceu um dos meus erros na viagem: deixei de abastecer na cidade de Uyuni acreditando que conseguiria no caminho ou em Oruru. Fiquei achando que o consumo daria para ir até La Paz com o que eu tinha no tanque mais o galão de 20 l porém me enganei redondamente.

Pegamos a estrada e mais ou menos em Challapata já tive de colocar o galão. Diante disso tentei abastecer em Oruru, mas as filas eram de 2 h e não tinhamos certeza de que poderiamos abastecer. Fui em 1 posto e disseram que não abastecia. No 2o também.

Seguimos em frente e com a gasolina acabando resolvemos entrar em Patacamaia para tentar abastecer. Lá não achamos postos abastecendo, só haviam pessoas na beira da rua que vendiam gasolina. Comprei apenas 10 litros (outro erro), devia ter comprado 40 de uma vez pois continuamos tendo problemas para abastercer.

Reservamos para La Paz um Air&BNB excelente. Porém comecei a ter problemas de internet com a Claro. Eu reiniciava o celular e voltava o sinal por 2 a 3 minutos depois caia de novo. Dai a dona do ap deu o endereço só que não muito correto. Acabamos chegando direto em El Alto, que como o nome diz fica a 4 mil km e La Paz fica a uns 600 m abaixo. Quando pegamos o endereço já tinhamos rodado muito e colocamos no GPS que nos mandou por ruas fechadas e desmoronamentos que tivemos que passar por cima para chegar a parte baixa de La Paz.

Devido a esse erro meus 10 litro de gasolina estavam acabando. Tive de pedir um favor a um boliviano para encher o meu galão para podermos seguir ate o ap. Achei um cara na fila do posto e ele fez o favor de abastecer meu galão, ufa...

Chegamos finalmente ao ap e entramos. Descemos as bagagens e eu fui estacionar o carro... e PELAMORDEDEUS!!!!!!! O estacionamento tinha vários andares para baixo do prédio com curvas fechadíssimas onde tive de passar a 1 ou 2 cm da parede diversas vezes. Se não fosse o ar condicionado eu teria saido do carro suando muito.

Ai veio a boa suspresa do dia: o apartamento era excelente para os 27 reais que cada um pagou. 2 suites sendo uma com banheira, sala gigante, cozinha completa, lavanderia com lava roupas e um visual de La Paz maravilhoso.

Pedimos um combo de frango para 4 que era gigante e até sobrou comida. O Jocaz e a Cíntia (que estava bem juntinhos a partir daqui) sairam para passear a noite.

Eu e o Gerson fomos dormir.

 

Editado por Marcelo Manente
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15 horas atrás, D FABIANO disse:

@Marcelo Manente O que tem brasileiro abastecer no paiseco?Não pode?

A Bolívia está com problemas para conseguir dólares e por isso está com dificuldade de comprar combustível. Estão com muita falta e com filas quilométricas por lá. Como o combustível é subsidiado para os nativos e mais caro para os extrangeiros, além disso é difícil achar posto que tenha sistema atualizado para vender pelo preço diferente. Fora a má vontade de ajudar os extrangeiros. Os postos estão sendo até vigiados para não vender para extrangeiro sem autorização. Eu não sabia disso e não consegui essa autorização na fronteira.

Esta semana tivemos informações de que pararam de vender para extrangeiro totalmente. Tem brasileiros e extrangeiros que estão por lá e estão com dificuldades de voltar para o BR ou seguir viagem. 

Editado por Marcelo Manente
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Como sempre digo,pobreza é aquilo. Para mim,nunca mais, não quero morrer.Ainda bem que não acho nada com você e voltou bem para contar essa história,que penso merecer um tópico para certas pessoas pararem de pensar em ir nesse lugar maldito. 

  • 3 semanas depois...
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Em 03/03/2025 em 20:11, D FABIANO disse:

Como sempre digo,pobreza é aquilo. Para mim,nunca mais, não quero morrer.Ainda bem que não acho nada com você e voltou bem para contar essa história,que penso merecer um tópico para certas pessoas pararem de pensar em ir nesse lugar maldito. 

Não concordo com "lugar maldito", mas acho que você tem pleno direito de dizer isso. Considero esse assunto encerrado.

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8º dia 28/12/24 – La Paz a Copacabana - 155 km

Acordamos, tomamos café e colocamos as coisas no carro para partir. Primeiro problema do dia é conseguir sair de dentro daquela apertadíssima garagem. 

Após a saida coloquei o destino no gps e saimos... Só que... O gps mandou pelo meio da maior muvuca da cidade. Passamos ao lado do mercado de las Brujas. Foi um inferno, ruas estreitas, milhares de tuc tucs, vans, motos, táxis e pedestres disputando espaço nas ruas com milhares de barraquinhas de tudo quanto é tipo de mercadoria que se pode imaginar.

Foi terrível, nunca mais quero andar naquela cidade com meu próprio carro. Não há leis de trânsito por lá, cada um por si e salve-se quem puder. Tentei colocar combustível no posto da estatal YPFB, porém não quiseram abastecer com a desculpa de que eu não tinha o numero PIN que a fronteira devia ter dado... Fiquei preocupado, tinha colocado apenas 20 l e  isso devia aguentar até Copacabana. Fui devagar e economizando.

Depois de um longo e penoso sofrimento começamos a sair do entorno da cidade e os visuais começaram a melhorar. Já chegando perto do lago Titicaca tem-se uma longa sucessão de locais para excelentes fotografias. 

Paramos em um restaurante com uma excelente vista do lago para comer uma excelente truta (ou trucha como eles chamam). Um pouco caro para os padrões de preços que tinhamos achado, mas como smepre um prato gigante com direito a sopa de entrada. 

Depois do almoço seguimos em direção ao estreito de Tiquina, um canal mais estreito por onde o Titicaca desagua. De um lado do lago tem a vila de San Pedro de Tiquina e do outro San Pablo de Tiquina. A travessia é feita de uma maneira muito pitoresca. Cruza-se o lago por meio de balsas de madeira brutas cortadas a motoserra onde cabem 2 ou 3 carros.

Depois conto o resto.

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8º dia 28/12/24 – La Paz a Copacabana - 155 km - Continuação.

A passagem de balsa pelo lago chega a ser assustadora, as balsas parecem improvisadas e balançam bastante. Imagino alguém passando com um ônibus ou motor home 😬

Após sairmos da balsa, que, me desculpem, eu não lembro o valor, começamos a seguir uma estrada no meio de morros a beira do lago Titicaca. Ali pudemos ver uma face triste da Bolívia. Na beira da estrada haviam dezenas de pessoas desde crianças de 2, 3 até velhinhas de uns 70 anos na beira da estrada acenando com as mãos juntas em forma de concha na frente de seus corpos pedindo esmolas. Até chegarmos a Copacabana vimos dezena e dezenas de pessoas nessa situação. Não podiamos parar para tirar fotos do lago que eles cercariam o carro para pedir esmolas. Muito triste.

Chegando a Copacabana procurei um lubricentro para comprar gasolina pois os postos não queriam me vender. Achei um já na entrada da cidade e comprei os últimos 18 litros de gasolina que tinha lá. Depois me arrependi de ter comprado aquela gasolina. No dia seguinte o carro ficou muito ruim de ligar pela manhã.

Procuramos diversos hoteis e achamos um bem capenga com estacionamento pago a parte. Nos instalamos e depois saimos para jantar. Dormimos meio tarde. Pela manhã iriamos até a Isla del Sol fazer uma temida trilha de 12 km de 3800 a 4 mil metros.

Editado por Marcelo Manente

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