Membros Fernando Paiotti Postado Outubro 22 Membros Postado Outubro 22 A seguir, o roteiro que criei parar visitar a Turquia em dezembro de 2022, por 8 dias. Cheguei em Istambul, onde fiquei 3 dias, depois fui de avião até a região da Capadocia, em Goreme, onde aluguei um carro por 3 dias para visitar todas as atrações desse lugar incrível, com direito ao inesquecível e obrigatório passeio de balão. Depois, viajei de ônibus até Pamukkale e, após 1 dia de passeios, fui de trem até Éfeso, onde fiquei mais 1 dia e segui viagem para o Líbano. Não se esqueça de curtir e compartilhar esse post para ajudar outros mochileiros! TURQUIA I. ISTAMBUL 1. HAGIA SOPHIA E A HISTÓRA DE ISTAMBUL! 1 INTRODUÇÃO: HAGIA SOPHIA COMO UM MARCO HISTÓRICO · 537-1453 - Igreja Cristã Ortodoxa (Império Bizantino) · 1204-1261 - Quarta cruzada - Catedral católica · 1453-1931 - Mesquita Otomana · 1935 - Atualidade - Museu de Hagia Sophia A Basílica de Hagia Sophia (“Sabedoria Sagrada”, 532-537 d.C) localizada em Constantinopla – Turquia, foi considerada, desde a data da sua inauguração, um dos mais importantes edifícios do mundo ocidental. Na cidade que agora conhecemos como Istambul, foi considerada tanto uma consumação histórica quanto um marco do começo da arte bizantina, além de vista como a suprema conquista de um sistema arquitetônico de construção de cúpulas e de cumeeiras com anéis de pedras autotravantes. Erigida sobre as ruínas de um templo grego que foi incendiado e no lugar de uma basílica em ruínas consagrada em 360 d.C por Constantino, danificada posteriormente em uma guerra civil, a Basílica de Hagia Sophia é a terceira igreja do mesmo nome em seu sítio, construída pelo imperador Justiniano em 26 de dezembro de 537 d.C. Basílica em suas três fases: · Primeira erigida por Constantino, em 360 d.C · Segunda inaugurada por Justiniano em 537 d.C · Terceira e atual, com o novo domo após o colapso de 557 d.C A estrutura foi nomeada Magna Ecclesia (Grande Igreja) quando foi construída pela primeira vez, e encontrou seu nome atual quando foi consagrada como a maior igreja construída em Istambul pelo Império Romano do Oriente: a basílica durante este período funcionava como uma catedral onde todas as coroações eram realizadas e todas as decisões do Império Romano do Oriente eram tomadas. Hagia Sophia era vista tanto como uma construção de prestígio arquitetônico, como a personificação da autoridade imperial e eclesiástica. Desde a sua origem na segunda metade do século IV, a Basílica de Hagia Sophia nunca foi considerada um santuário destinado a receber regularmente pessoas que buscavam curas e milagres pessoais. Assim não é acidente que nossas fontes escritas não possuem um único atestado de um milagre de cura ocorrido nesta igreja. Paradoxalmente, considerada tanto uma construção espetacular, quanto um símbolo, sempre foi vista como semelhante ao lendário, mas alheia ao milagroso. Ao longo de quase 1500 anos, o edifício passou por muitas mudanças funcionais, estéticas, políticas, culturais e ambientais. Visto sob essa perspectiva, ao longo de sua longa história, a Basílica de Hagia Sophia representou o poder do cristianismo sob os impérios bizantinos e do islamismo sob o governo otomano. Ainda durante o período turco republicano, o edifício foi sujeito a uma nova mudança de significado, representando o poder da Nova República, tornando-se um dos meios para transmitir os ideais republicanos. Desta forma, Hagia Sophia além de ser um importante patrimônio histórico, é uma atração turística e fonte de inspiração de arquitetura para muitas mesquitas e igrejas posteriores. 2 O PERÍODO BIZANTINO, CONSTANTINOPLA E CONSTANTINO Constantinopla foi historicamente estabelecida como uma cidade pelos gregos, em 600 a.C. Anteriormente chamada de Bizâncio, foi fundada no lado europeu do Estreito de Bósforo, formando a fronteira entre a Europa Oriental e a Ásia Ocidental, entre o Mar Negro no Norte e o Mar de Mármara ao Sul. No ano de 330 d.C o imperador Constantino o Grande (280-337 d.C) renomeou a cidade grega “Nova Roma” para "Constatinopla bizantina" e fez dela a nova capital do império romano oriental. O nome Constantinopla vem do grego e significa “cidade de Constantino”, em homenagem ao imperador romano Constantino I, que construiu várias igrejas, palácios e praças na cidade. Em meados de 313 d.C, o cristianismo foi oficialmente reconhecido como uma religião em potencial quando Constantino I, imperador de Roma, emitiu o Édito de Milão. Posteriormente, por volta de 326 d.C, o cristinanismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Durante esse período de consolidação, a primeira versão da Basílica de Hagia Sophia tornou-se o principal símbolo político do reinado de Constantino, tornando Constantinopla a capital do cristianismo no Império Romano do Oriente em 330 d.C. O quinto século foi o auge do império romano oriental ou bizantino, bem como o período entre o nono e o décimo primeiro século. Com a transferência para o Oriente das principais capacidades de intervenção monumental, iniciam-se novas pesquisas técnicas, baseadas nos conhecimentos romanos e helenísticos, respondendo às necessidades de uma poderosa instituição religiosa. Constantinopla passa a ser vista como o centro artístico mais importante da cultura medieval nesse período, com uma influência comparável à de Paris no século XIX. A arte dos mosaicos floresceu e muitas igrejas passaram a ser decoradas nesta forma de arte. Do ponto de vista social e cultural, a nova capital representou na prática uma síntese do cruzamento entre o mundo greco-romano e do Oriente médio. Assim, a partir do surgimento desta nova religião, emerge a necessidade de uma nova arquitetura e para isso foi adaptada uma das tipologias romanas mais características: a basílica. As primeiras igrejas cristãs inspiraram-se na planta centralizada (circular, em forma de cruz ou de polígono) dos edifícios romanos. 3 O PERÍODO BIZANTINO E JUSTINIANO I (O GRANDE) 527 - 565 O período entre os reinados de Constantino I (272-337 d.C) e de Justiniano o Grande (483-565 d.C) foi de consolidação. Para Justiniano, o Império Romano devia ser identificado como a oikoumene cristã (áreas desabitadas conhecidas no mundo), e o triunfo do cristianismo era uma missão tão sagrada quanto a restauração da supremacia romana. O Império Bizantino atingiu o seu apogeu no século VI e teve um período de expansão e prosperidade sem precedentes sob o reinado de Justiniano o Grande (527- 565 d.C) como era conhecido. Responsável por projetar a Grande Basílica de Hagia Sophia, considerada por muitos séculos o centro da crença ortodoxia cristã. Governou o Império Bizantino por cerca de 38 anos, e teve seu reinado visto como notável em muitos aspectos. Durante seu reinado, Justiniano recuperou o Norte da África dos vândalos, libertou a Itália dos godos e estabeleceu uma base política na Espanha. Como resultado de suas políticas governamentais, seu domínio Imperial estendeu-se por toda a bacia do Mediterrâneo. Os aspectos muito distintivos de seu legado incluem grandes saltos na cultura bizantina, reformas judiciais e seu ambicioso programa de construção. As reformas judiciais incluem a reescrita uniforme dos direitos romanos (uma tarefa não feita anteriormente), que ainda forma a base dos direitos civis em muitos países hoje. Por codificação da lei romana, ele forneceu às gerações futuras o melhor de um sistema legal, que evoluiu gradualmente durante um longo período de tempo. Seu extenso programa de construção envolveu muitos marcos importantes na arquitetura, uma das principais preocupações do programa de construção de Justiniano foi a construção de edifícios religiosos como símbolos pródigos do cristianismo. Assim, a arquitetura do período, impulsionada pelo ambicioso programa de obras do imperador, passou por grandes inovações em relação às primeiras formas cristãs – o que consolidou o estilo bizantino da época. Com o império ocidental ameaçado, Constantinopla tornou-se o centro político, cultural e religioso do império. Dessa forma, a arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina durante este período. Conhecida como uma das três “idades de ouro” da arte bizantina, essa época mostra uma basílica com arquitetura que se contrapõe às latinas, que eram construídas de maneira leve e frequentemente pobre, durante o período das primeiras invasões bárbaras. Os cristãos do Oriente inauguraram a arquitetura abobadada e sólida que se desenvolverá nos projetos de Justiniano. Assim, em contraste com o seu exterior simples, o interior das primeiras igrejas cristãs (séculos III a V) se mostravam repleta de cores, com jogos de luz e materiais preciosos. Os edifícios bizantinos se dividem em três tipos, segundo sejam construídos obedecendo a um plano circular, octogonal ou quadrado. As igrejas do terceiro tipo são ilustradas pelo célebre exemplo da Basílica de Hagia Sophia, considerada o maior e mais importante monumento arquitetônico do período bizantino, que veio a influenciar toda arquitetura turco-otomana. O caráter distintivo desta igreja teve uma influência marcante na arquitetura eclesiástica subsequente em toda a Bizâncio e ainda permanece hoje como um dos marcos mais notáveis da Istambul moderna. 4 A PÉROLA DO IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE: HAGIA SOPHIA A PRIMEIRA IGREJA, HAGIA SOPHIA Como mencionado, a primeira arquitetura romana cristã foi projetada para se adaptar à nova religião emergente, o cristianismo. Deste ponto de vista, a construção da primeira Hagia Sophia ocorreu no contexto deste processo. Quando Constantino I (306-331 d.C) aceitou que os cristãos vivessem em seu império, tolerou o cristianismo como religião legal e os conceitos arquitetônicos vigentes começam a se transformar. Os templos pagãos são transformados em igreja, e o cristianismo começa a moldar a arquitetura romana. Assim, os pesquisadores estimam que a primeira Hagia Sophia, também conhecida como Magna Ecclesia (Grande Igreja), foi construída durante esse período de transformação do império. Foi concluída em 15 de janeiro de 360 d.C. e teria sido iniciada pelo imperador Constantino I, mas, por causa de sua morte, seu filho Constantino II (337-361) foi quem a concluiu no século IV. A primeira construção tinha colunas basílicas chegando ao seu telhado de madeira, e durou apenas 44 anos, até que em junho de 404 d.C foi queimada e destruída em uma rebelião pública durante o reinado de Arcadius (395-408 d.C). A causa do incidente teria sido um conflito entre a esposa do imperador Arcadius Empress Eudoksia e o patrício de Istambul John Crisóstomo, que levou ao banimento de John e a revolta do povo. A SEGUNDA IGREJA, HAGIA SOPHIA A segunda igreja foi reconstruída em 415 d.C sob as ordens do Imperador Teodósio II (408-450 d.C), em forma de basílica pelo arquiteto Ruffino e permaneceu a maior igreja da cidade de 415 d.C a 532 d.C. Esta foi construída como uma estrutura basílica, com cinco naves, telhado de madeira e uma entrada de estilo monumental. Era vista como um local realmente importante e religioso para o Império Romano Oriental. Em 14 de janeiro de 532 d.C, o Império Bizantino testemunhou uma das revoltas mais sangrentas de sua história, a Revolta de Nika, durante a qual a segunda igreja foi incendiada pelos rebeldes. Procopius, historiador da corte de Justiniano, interpreta a revolta e a destruição de Hagia Sophia como um tumulto contra não apenas o Império, mas também a Deus. Hoje, podemos alcançar apenas ruínas limitadas da segunda Hagia Sophia. Durante este período todos os monumentos da cidade que tinham valor histórico foram devastados e seus tesouros inestimáveis foram saqueados. Perante este saque, os monumentos mais importantes foram queimados e destruídos. 5 A IGREJA DE JUSTINIANO: HAGIA SOPHIA A TERCEIRA IGREJA, HAGIA SOPHIA Historicamente, a magnífica Basilica de Hagia Sophia começou com o reinado de Justiniano I (524-565 d.C). Sua era foi o ponto de virada para os bizantinos uma vez que o Império estava se desenvolvendo tanto em contextos políticos quanto nos contextos religiosos. Justiniano, que era conhecido como o maior construtor do Império Bizantino, pretendia refletir sua generosidade imperial e ideologia através de sua grande catedral: decidiu então construir uma igreja inteiramente nova, muito maior e mais impressionante que as duas anteriores. A construção da atual Hagia Sophia foi iniciada por Justiniano 38 dias após o incêndio da segunda igreja, no mesmo local, e foi inaugurada em 27 de dezembro de 537 d.C após cinco anos e dez meses do início de sua construção. Este é considerado um período extremamente curto para uma estrutura de tal complexidade e escala. Historiadores apontam que o curto lapso de tempo entre a limpeza do local e o início da construção da basílica siginifica que o próprio Imperador Justiniano já tinha alguns planos preparados para sua catedral imperial. Pode-se dizer que Justiniano pretendia estabelecer a unidade no Império usando o poder do cristianismo para substituir as antigas tradições pagãs. Além disso, a reconstrução da maior e mais imponente igreja da capital, Hagia Sophia, estava entre suas prioridades. Ele queria confirmar sua autoridade divina através da construção de uma basílica que precedia o seu tempo, podendo assim ganhar a força do povo e demonstrar seu poder para todo o Império Bizantino. Deste ponto de vista, a grande igreja representava não apenas a autoridade do imperador, mas também a superioridade e o triunfo do cristianismo sobre o paganismo. A Basílica de Hagia Sophia torna-se então a sede do Patriarca de Constantinopla. No entanto, Justiniano se deparou com alguns problemas para fazer a igreja dos seus sonhos, pois ele queria construir uma estrutura de dimensões enormes. Contudo não havia conhecimento e tecnologia suficientes para esse objetivo na época, desta forma, para projetar a igreja foram chamados Antêmio de Thales e Isidoro de Mileto, ambos matemáticos e cientistas com conhecimentos em física, mecânica, geometria e engenharia. Antêmio e Isidoro tentaram adaptar o plano da igreja à tecnologia do século VI. Por esta razão, a cúpula deveria ser construída de forma muito leve. Assim, os cimentos usados combinavam materiais como cal e obtanide, que contribuem tanto para leveza como para a durabilidade da construção. Todos os materiais que foram usados estavam à frente do desenvolvimento tecnológico do século VI, por isso é um modelo de vanguarda. O que Antêmio e Isidoro fizeram foi criar um vasto local de congregação, um espaço sob grandes tetos abobadados, com uma impressionante cúpula central, livre da intervenção de paredes. Com esses modelos similares em mente, os arquitetos colocaram uma cúpula apoiada por um tambor penetrado na fundação circular criada pelos quatro pingentes dos arcos principais, como relata Procopius em seus discursos: "O resultado é tão espantoso hoje quanto no século VI, os arquitetos conseguiram produzir uma estrutura cupular alta e ousada que permanece praticamente intacta até hoje. Sua enorme cúpula de 30m de diâmetro ergue-se sobre quatro vastos triângulos esféricos espaldados por ábsides, que formam a entrada e o santuário, e por dois arcos-berço flanqueados de contrafortes incorporados à estrutura, e, portanto, invisíveis (MOREUX, J - C. 1886, p.48)." O golpe de gênio dos arquitetos foi usar uma argamassa cimentícia incomum de alta resistência à tração e de densidade muito baixa. Isso permitiu que construíssem arcos principais com um alcance sem precedentes de 30m – marca não ultrapassada em nenhum outro prédio até o século XVIII. O sistema estrutural da basilíca é simples, porém engenhoso. Um quadrado de 30m de lado forma o centro. Nos cantos, elevam-se pilares destinados a sustentar quatro arcos, entre os quais pedículos apóiam uma cúpula sulcada por 40 nervuras. A base da cúpula é cercada de janelas, que a faz parecer flutuar. Os arcos a leste e a oeste terminam em um anteparo formado por janelas e colunas. As partes inferiores dos arcos parecem, contudo, ter desaparecido, permitindo que se contemple, de ambos os lados, vastos espaços dotados de três absides. A única diferença entre os lados leste e oeste é que na leste os últimos 8m da abside projetam-se de maneira ousada da parede perimetral. As profundas galerias ao norte e ao sul, que formam espaçosos corredores paralelos à nave, ajudam a criar o clima dramático que permeia o edifício. Do ponto de vista estrutural, servem para dividir os contrafortes em segmentos. A estrutura inovadora da Basílica de Hagia Sophia só foi possível pelo uso do tijolo como material primário, à exceção das oito colunas enormes construídas de blocos de pedra. Feitas de tijolos, as abóbadas são finas e leves. Ainda hoje não se conhece ao certo a natureza das forças estáticas que regem a integridade do edifício, pois as semi cúpulas são demasiadamente finas para oferecer grande ajuda. Parte da genialidade de Hagia Sophia está no fato de que o peso da cúpula central é dissipado através das cúpulas menores que rodeiam. O resultado é um enorme espaço central sem intromissão de colunas, ao passo que a cúpula em si parece flutuar no espaço. "Nunca se expressou com tamanho vigor a oposição entre o pormenor e as massas, nunca se levou tão longe o contraste entre as formas e a iluminação; o jogo de cenário e do colorido dos mármores e dos esmaltes que adornam o espaço jamais atingiu igual esplendor (Moreux, J - C. 1886, p.48)." Profundamente decorada e revestida de mármore, a primeira cúpula da basílica era recoberta com um mosaico de ouro e a segunda possuía um grande desenho de uma cruz embutido na decoração. Suas paredes e pilares eram revestidos de mármore branco da Frígia, verde da Lacônia, azul da Líbia e preto Céltico, seu interior encontrava-se ricamente decorado com inúmeros painéis de mosaicos, tanto geométricos quanto figurativos. Hagia Sophia conseguiu por muitas vezes romper com o classicismo romano, que apresentava uma arquitetura mais simples. Por seu esplendor tornou-se um dos edifícios mais comentados do mundo cristão. Embora o sistema estrutural fosse impressionante, os arquitetos tudo fizeram para que o resultado parecesse ter sido obtido sem esforço. O revestimento de mármore e os mosaicos teriam obliterado qualquer sensação de opressão e peso. Desde o mármore cinza-escuro do piso, ao mármore azul-escuro com veios amarelos e as colunas avermelhadas, até a prata e o ouro dos mosaicos, o olhar se desloca de superfície para superfície como se a estrutura simplesmente não existisse. Esta audaciosa edificação contém a maior cúpula de sua época, sendo ligeiramente menor apenas do que a cúpula do Panteon. As cúpulas inovadoras vistas nas igrejas de Justiniano são importantes contribuições para história da arquitetura. Em Constantinopla, duas basílicas com cúpula foram construídas simultaneamente e ainda restam como modelos para este tipo de arquitetura. Sem dúvidas uma dessas cúpulas é a da Basílica de Hagia Sophia, uma das mais magníficas edificações do mundo e uma obra-prima da arquitetura bizantina. 6 A CÚPULA DE HAGIA SOPHIA A diferença mais importante no projeto arquitetônico de Hagia Sophia é que seu tamanho e medidas são muito maiores do que outras igrejas, pois sua cúpula central é muito maior e mais alta. Em planta baixa, é uma basílica com uma cúpula central, complementada por pares de semicúpulas na frente e nos fundos. Essa configuração é ao mesmo tempo linear – com um eixo longitudinal dominante – e centralizada, com uma cúpula apoiada em pilares, ao centro. A cúpula que está sobre o espaço central é de 55,60m do nível do solo, 31,87m de norte a sul e 30,87m de leste a oeste, apoiada em pendentes, e ladeada por duas semi-cúpulas menores e iguais entre si, possui um vão sem apoios intermediários de quase 76,2m. Segundo a descrição da igreja feita pelo historiador da corte de Justiniano, Procópio, a cúpula parecia flutuar sobre o interior. “[Ela] parece não se apoiar em alvenaria sólida, mas cobrir o espaço com sua cúpula dourada suspendida pelo Paraíso. Todos esses detalhes, conectados com uma habilidade incrível e em pleno ar, flutuando sem se tocar e apoiando-se somente nas partes próximas a eles, produzem na obra uma harmonia geral e absolutamente extraordinária e, ao mesmo tempo, não permitem ao observador se demorar na análise de nenhuma de suas partes, pois cada detalhe atrai os nossos olhos e os chama de maneira irresistível.” A obra foi chamada de basílica abobadada porque tem um eixo longitudinal e fileira de colunas em ambos os lados da nave (MANGO, 1978). A estrutura tem 3 naves, uma abside, e dois nártexes, um para dentro e um fora. O comprimento da abside ao nártex é de 100m com 69,50 de uma largura. As naves laterais cobertas por galerias se distribuem em ambos os lados, enquanto um átrio com colunata (que já não existe) e um nártex duplo com abóbadas de arestas precedem a igreja propriamente dita. Ao construir a Basílica, os arquitetos usaram mármore, pedra e tijolos especiais que eram leves, mas duráveis, feitos especialmente do solo de Rodes. Todas as peças de mármore são divididas em duas e unidas para criar formas simétricas e gerar espaços para criar um ambiente decorativo. Existem 104 colunas na estrutura, 40 na galeria inferior, e 64 em uma galeria superior. Foram muitos os problemas estruturais impostos por um projeto tão audacioso e, ainda que os suportes necessários não interferissem no espaço interno, criando a sensação de que a cúpula flutua sem esforço sobre os volumes internos ondulados. E o tijolo usado realmente constituía um material de construção relativamente leve e as abóbadas incrivelmente finas minimizavam tanto o empuxo como o peso: o tamanho da edificação mostra que as forças da gravidade são consideráveis. As 40 janelas na base da cúpula estão distribuídas entre contrafortes que estabilizam a junção da cúpula com os pendentes. Deste ponto, a carga é transferida para quatro grandes pilares de pedra, os quais, por sua vez, são travados pelas abóbadas das galerias que se unem às grandes abóbadas de berço ao longo das laterais da igreja. As semicúpulas que parecem contraventar as extremidades do nártex e da abside provavelmente contribuem pouco para a integridade da estrutura, apesar de serem muito interessantes visualmente. O volume de alvenaria dos quatro pilares é mais evidente do lado de fora do que internamente. A ousadia estrutural de Antêmio e Isidoro ultrapassou os limites físicos dos materiais empregados, e 21 anos depois, o primeiro de muitos terremotos derrubou uma parte do arco e semi-cúpulas orientais, mas Justiniano rapidamente reparou seus danos. A primeira grande cúpula ruiu em 558 d.C. A renovação foi realizada pelo sobrinho de Isidoros, o jovem, que resolveu o problema instalando sistemas de suporte externos e ajustou a estrutura adicionando 40 janelas e aumentando o comprimento da cúpula em 7m para torná-la menor e mais leve. Hagia Sophia sobreviveu a um grande incêndio em 859 d.C e a um terremoto em 869 d.C. A cúpula desabou novamente em 989 d.C após um forte terremoto que fez com que parte do arco e cúpula ocidentais entrassem em colapso. Após reparos, o arco oriental com parte da cúpula e a semi-cúpula adjacente caíram em 1346 sendo reconstruídos posteriormente. Sua substituição é o que vemos hoje. Deixando de lado os problemas estruturais, o efeito dos arcos, das abóbadas, das êxedras, das semi-cúpulas e das cúpulas é etéreo. A luz desce pelas janelas em muitos níveis, animando as superfícies enriquecidas pelos mármores polidos e pelos mosaicos. Se nos posicionarmos no centro da nave principal, a repetição de formas curvas reflete a grande cúpula no alto e cria uma harmonia onipresente que varia constantemente. Vista das naves laterais e das galerias, a nave principal é impressionante, oferecendo uma perspectiva parcial dos espaços sobrepostos e interconectados que fecham o volume interior. 7 DA IGREJA À MESQUITA: HAGIA SOPHIA NO PERÍODO OTOMANO No início do século XV, os otomanos haviam conquistado grande parte da Europa Oriental, deixando Constantinopla e sua vizinhança mediata como ilhas cristãs rudimentares do Império Bizantino, dentro da esfera otomana de domínio militar, mas ainda não conquistada pelo Império Otomano. Em 1453, o sultão otomano Mehmet II Fatih ou Mehmet o Conquistador (1432 - 1481), conquistou Constantinopla, após um cerco de quase 2 meses, e incorporou a cidade ao Império Otomano, tornando esta a capital do Império sob o novo nome de “Istambul”. De acordo com o escritor contemporâneo bizantino Critobulus de Imbrios, quando o sultão Mehmet II Fatih conquistou Constantinopla, ele trouxe consigo arquitetos e modelos pré-preparados de como ele queria que a cidade se transformasse em um símbolo do poder islâmico otomano. Assim as mudanças arquitetônicas urbanas e muçulmanas após a conquista de Constantinopla tornaram-se parte importante dessa transformação. Apenas 3 dias depois da conquista, o sultão Mehmet conduziu a oração da tradicional sexta-feira islâmica dentro da Basílica de Hagia Sophia, declarando-a sua e a convertendo na Mesquita Ayasofya. Tornando está a primeira mesquita imperial de Istambul. O edifício, que representava o poder imperial da instituição bizantina, também foi usado como um poderoso símbolo político pelos otomanos. Quando Mehmed II assumiu Constantinopla, ele deu um passo crucial no cumprimento da visão imperial de seu antecessor, Beyazid I, que era tornar o Estado otomano um império mundial. Tornar Constantinopla a capital otomana foi uma decisão estratégica no complexo de Mehmed II para aplicar suas políticas imperiais. Nesta perspectiva, a conversão da Hagia Sophia em uma Grande Mesquita para a nova capital imperial foi crucialmente significativa, pois também anunciou o triunfo do islã sobre o cristianismo e a ascensão do poder otomano em todo o mundo. “A Fonte de Hagia Sophia construída pelo Sultão Mehmud I (1730 - 1754) em 1740 é uma obra-prima da arquitetura otomana, é uma das maiores e mais belas fontes de Istambul. É coberta por uma cúpula e um beiral montado em oito colunas e oito arcos. Na cúpula, há uma escritura de tulipa de bronze de "Allah" em cima e uma escritura em espelho de "Muhammed" embaixo, além de um "eulogium" na parte superior e interna da arcada de mármore. (Aya Sofya Muzesi)” Hagia Sophia ("Ayasofya") foi a única mesquita até a conclusão da Mesquita Mahmut Paşa (mesquita do conquistador) em 1462. Antes de 1481, um pequeno minarete foi erguido no canto SO do edifício, acima da torre da escada. O segundo minarete foi construído no canto SE pelo Sultan Bayezit II. A adição dos minaretes significava que agora o edifício era uma “mesquita do Sultão”. Durante o reinado de Selim II (1566-1577), o edifício começou a mostrar sinais de fadiga e foi amplamente reforçado com a adição de suportes estruturais pelo grande arquiteto otomano Mimar Sinan. Além de fortalecer a antiga estrutura bizantina, Sinan construiu os dois minaretes adicionais na extremidade do edifício (NE e NO). Assim, a estrutura sensível da Hagia Sophia foi fortemente assentada por cargas diagonais de quatro minaretes nos quatro cantos. Mehmet II estabeleceu Istambul como a primeira metrópole da capital, para o estudo da teologia muçulmana, dentro do recinto da Hagia Sophia, criando a biblioteca da basílica. Durante o reinado de Süleyman I e também seus sucessores, os sinais e emblemas islâmicos da conquista continuaram a se acumular não apenas dentro da mesquita, mas também em seu entorno imediato. Os túmulos reais dos sultões; Selim II, Murad III e Mehmed III foram construídos no jardim da Hagia Sophia, e não em seus próprios complexos reais de mesquita. Essa preferência indica que os sultões reconheceram o valor simbólico que ela tinha. A apropriação do local pela dinastia otomana foi complementada através de adições, restaurações, substituição ou remoção de várias de suas características arquitetônicas ao longo dos séculos XI. O altar da igreja, as estátuas religiosas, os ícones e os sinos foram removidos. Muitos mosaicos foram rebocados ou retirados. Mausoléus de Selim II (1576-7), Murad III (1574-1595), o mausoléu octogonal de Mehmed III (1595-1603) foram construídos ao lado do edifício, e o batistério da igreja foi convertido em um mausoléu em 1916. Todas essas novas adições em torno do edifício podem ser levadas em consideração como elementos de apoio adicionais para o bem estar da antiga estrutura frágil de Hagia Sophia para criar uma estrutura antiga mais estável. Hagia Sophia testemunhou outra transformação em meados do século XIX, relacionada às tentativas do Império de "ocidentalização", para lidar com o processo de modernização em rápido desenvolvimento na Europa desde o século XVIII. Este processo, que foi iniciado na organização do estado e continuou com seus efeitos na vida social e arquitetura valorizava as formas de vida "ocidentais" e "modernas" predominantes na Europa durante o reinado de Abdulmecid, o então sultão do Império Otomano. Teve o Tanzimat Fermani [Edital de Reformas] proclamado em 1839, que declarou que o Império Otomano se moveria em direção a um estado ocidentalizante e daria novos direitos a todos os súditos. Estas reformas desencadearam mudanças na estrutura social paralelas a transformações espaciais. Neste contexto, Hagia Sophia sofreu reparos e restaurações consideráveis. Este trabalho de restauração foi encomendado por Abdulmecid e executado pelos irmãos Giuseppe e Gaspare Fossati, arquitetos suíços de origem italiana, entre 1847 e 1849. A questão mais importante a ser mencionada aqui é que assim o Império Otomano permitiu viver tanto o Islã quanto a cultura cristã na Hagia Sophia e não destruiu a cultura bizantina. O multiculturalism, ainda estava presente no império desde o crescimento dos otomanos, por esta razão eles poderiam fornecer tolerância. Após o colapso do Império em 1923, Hagia Sophia permaneceu como uma mesquita até 1930, quando Kemal Ataturk ordenou que fosse secularizada e fechada. Permaneceu assim por 4 anos, mas em 1934, com a publicação da Lei da República na Turquia, Hagia Sophia foi convertida em um museu e fechada para o culto. Assim, ela não pertence a uma religião ou nação, mas a toda a humanidade. 8 MUSEU HAGIA SOPHIA A Basílica de Hagia Sophia foi de longe, a maior das 30 igrejas ou mais erguidas por Justiniano em Constantinopla durante seu reinado, considerada ainda hoje como um dos edifícios mais magníficos de todos os tempos. Tornou-se uma das principais influências de centenas de igrejas provinciais em todo o Império Bizantino e em sua posterioridade. Sua estrutura em cúpula tornou-se a base ainda de grandes catedrais renascentistas, como as de São Pedro, Roma, e São Paulo. Atualmente todos os anos, mais de 3 milhões de turistas a visitam em busca de conhecer seus mistérios. Hoje é vista como um dos museus mais visitados e monumentos mais importantes do mundo em termos de arte e história da arquitetura. Também tem sido chamado de "a oitava maravilha do mundo" por muitos estudiosos e admiradores. 9 MOSAICOS HAGIA SOPHIA “O mosaico Leon VI, apresenta a figura de Jesus santificando com a mão direita e segurando uma bíblia aberta com a mão esquerda. Escrito na bíblia estão as palavras gregas "Que a paz esteja com você. Eu sou a luz divina". Abaixo do pé de jesus em posição de oração, está o imperador Leon VI (816-912) da Roma Oriental. Localiza-se no tímpano acima do portão, usado apenas pelos imperadores ao entrar na igreja." Ainda hoje, mosaicos e iconográficos cristãos estão sendo gradualmente descobertos dentro da Basílica. No processo, a importante arte islâmica histórica pode ser destruída, uma vez que essa encobre traços da arte bizantina. Os restauradores tentaram durante todo o processo manter um equilíbrio entre as duas culturas. "A estupenda cúpula de Hagia Sophia e as abóbadas altas pairam sobre a vasta extensão da nave como o dossel do céu, e as glórias do reino invisível são adornadas nos mosaicos dourados e mármores cintilantes que cobrem abóbadas e paredes." Após a conversão do prédio em uma mesquita em 1453, a cúpula, as abóbadas e parte das paredes foram decorados com mosaicos que são usados para cobrir as representações turcas, com gesso, devido à proibição do Islã de imagens representacionais. Em 1847-49, o edifício foi restaurado pelos irmãos Fossati, e o sultão Abdulmecid permitiu que estes fizessem a documentação também dos mosaicos que pudessem descobrir durante esse processo. Este trabalho incluiu cobrir as faces anteriormente descobertas de dois de serafins localizados no centro do edifício, que apresenta atualmente um total de quatro dessas imagens e duas delas são restaurações em pintura criadas pelos Fossatis para substituir duas imagens das quais não encontraram restos sobreviventes. Em outros casos, os Fossatis recriaram padrões decorativos danificados na pintura, às vezes redesenhando-os no processo. Seus registros são as fontes primárias sobre um número de imagens de mosaicos que se acredita terem sido total ou parcialmente destruídas em um terremoto em 1894. Atualmente, embora uma grande quantidade de mosaicos ainda esteja exposta, a maior parte foi coberta com gesso ou máscara, colorida com padrões pintados tentando reproduzir o estilo de mosaico atrás. O mosaico Deesis, o Senhor entre a Virgem e o Batista, é um trabalho de delicadeza e refinamento excepcional que muitos consideram ser uma das conquistas supremas da arte bizantina. Foi encomendado para marcar o fim de 57 anos de uso católico romano da Basílica de Hagia Sophia e o retorno à fé ortodoxa. É o terceiro painel situado no recinto imperial das galerias superiores. Considerado o melhor mosaico de Hagia Sophia, devido à suavidade das suas características, às expressões humanas e aos seus tons, a placa Deesis chama a atenção pela forma como a técnica de mosaico e o retrato foram feitos. É uma peça muito bem sucedida em termos de dinamismo e opções de cores. Nele, as orações da Virgem Maria e João Batista a Jesus Cristo pela misericórdia das pessoas durante o dia do juízo final são retratadas. Este mosaico é um dos melhores exemplos, que refletem os principais princípios da pintura da era antiga na arte da Roma do Leste. Está localizado na parede oeste da galeria Norte. No centro da cúpula da abside está a figura da Virgem Maria sentada em um trono com almofadas de jóias, segurando o menino Jesus. Seus pés descansam em um pedestal - tanto ele quanto o trono são adornados com pedras preciosas. Este mosaico é significativo, pois é o primeiro criado após o período iconoclasta de Hagia Sophia. Foi inaugurado em 29 de março de 867 pelo Patriarca Photius e pelos imperadores Miguel III e Basílio I. Acreditava-se que era uma reconstrução do mosaico do século VI, que antes fora destruído na era iconoclasta pelos bizantinos da época, como representado no sermão inaugural do patriarca Photios. O mosaico Zoe apresenta a figura do Imperador IX. Constantinos Monomakhos (1042-1055), a Imperatriz Zoe, e Jesus. A escrita no topo da cabeça do Imperador diz "Imperador Religioso dos Romanos, Servo do Deus de Jesus Constantinos Monomakhos". A escrita em cima da cabeça da Imperatriz diz "Devotadamente Religiosa Agusta Zoe". Em ambos os lados de Jesus, aqui como rei do mundo, há as iniciais dos monogramas de Jesus Cristo IC e XC. Esta placa de mosaico simboliza as doações feitas pela família do imperador para as restaurações de Hagia Sophia. A Placa remonta ao século XI. Localizado no interior do nártex, na porta do vestíbulo sul é um dos mosaicos figurados mais proeminentes da Hagia Sophia. Este mosaico foi descoberto durante o processo de reparação que Fossati realizou em 1849. A base do painel é composta de folhas de ouro, e apresenta a Virgem Maria em um trono sem costas e em seu colo está o menino Jesus. À sua esquerda está o criador da cidade, o Imperador Constantino I segurando uma maquete de Istambul. Do lado dele está escrito verticalmente em letras azuis, as palavras "Entre os Santos está o Grande Imperador Constantino". À direita de Maria está o imperador Justiniano, apresentando uma maquete de Hagia Sophia. Ao lado desta figura, estão as palavras “Famoso Imperador Justiniano” escritas verticalmente em negrito e em letras azuis. As maquetes apresentadas à Virgem Maria pelo Imperador Constantino e Imperador Justiniano retratam o papel de “protetor” que a Virgem Maria possui para a igreja e para a cidade. O mosaico apresenta ainda a simbologia da conexão entre a igreja e o império. O painel de mosaico remonta ao século X. 11 ANÁLISE VISUAL ESTRUTURAL O sistema de suporte dos domos e semi-domos são pensados de forma a ficar escondidos entre as paredes exteriores e interiores. A adição de novas estruturas à estrutura pré-existente se dá uma vez que os arquitetos turco-otomanos acrescentaram alguns elementos hierárquicos e de procissão à experiência religiosa do espaço. Além da mudança na experiência dinâmica, os otomanos-turcos mudaram os projetos originais incorporando recursos públicos Vs. espaços privados, construídos fora da basílica, mas próximos a ela. A configuração do plano de Hagia Sophia se mostra simétrico em um primeiro momento, se dividida no meio da nave, por todo o caminho pelo espaço do pátio exterior. Mas durante o período de conversão para mesquita de Hagia Sophia, os Arquitetos turco-otomanos acrescentaram alguns elementos hierárquicos e de adequação aos novos rituais religiosos no espaço. § Uso de pendentes e pilares delgados para suportar a cúpula focal maior; § Contrastando o espaço convencional da basílica unificando espaços planejados centralmente; § Remoção da pegada arquitetônica romana através do uso de designers não convencionais e estratégias de design otomanas; § Adições arquitetônicas posteriores, internas e externas, por exemplo, quatro Minaretes, todos diferentes em design e tamanho; ELEVAÇÃO Exibem a relação dos Elementos Geométricos e Orgânicos, que são mais notados através da observação da forma retangular da base da basílica, e balanceado com uma série de domos e semi-domos presente na estrutura de Hagia Sophia. Além disso, o ponto focal da grande cúpula e seu sistema triangular de suporte pendente é resultado da altura total do edifício e da largura e peso da maior cúpula, uma vez que o peso desta deve ser distribuído. A basílica possui uma série de semi-domos, que dá a resistência de sua construção. § Ponto focal da cúpula § Formas orgânicas vs. geométricas § As meia cúpulas suportam a cúpula maior no topo central § A cúpula redonda fica no topo de um quadrado SÍTIO § Além da expansão do Império Romano, mostra Hagia Sophia como um movimento político; § Local de dezenas relíquias sagradas; § Importante para a expansão do Império Otomano, perto do rio Bósforo e um símbolo do passado conquistador (Império Romano) da maior cúpula, uma vez que o peso desta deve ser distribuído; SEÇÕES E EIXOS Os eixos apresentam uma visão de grande parte das hierarquias estruturais que informam a relação entre os elementos terrestres e espirituais presentes no design e quão bem eles foram misturados na grande cúpula, uma vez que o peso desta deve ser distribuído. Trata ainda de como os elementos exteriores orgânicos são contrariados pela estrutura interior geométrica. Ao seccionar Hagia Sophia no meio podemos ver a combinação evidente da forma retangular e circular presente na basílica. § Forma retangular conjunta com circular; § Relação Proporcional; § Adições interiores que mudam a narrativa do espaço do cristianismo para o islamismo; § Continuação dos espaços processionais desde a entrada até a saída em todo o edifício interior; EFEITO ESPACIAL / ESTÉTICA MULTISSENSORIAL Ao entrar na Hagia Sophia você é imediatamente envolvido pelo multissensorial estético do espaço. A configuração da iluminação, a incrivelmente ornamentação e decoração dentro do edifício envolvem o usuário. Os mosaicos, os adesivos decorativos e revestimentos de cerâmica foram pensados para desenvolver o edifício. § Uso convencional de luz bizantina, mas em grande escala; § Grande quantidade de uso de material; § Complexidades interior, decoração de superfície, mosaico, e narrativas de iconoclastia; Das ruínas do templo de Júpiter, em Baalbek, no Líbano, o imperador Justiniano ordenou a retirada de oito colunas de estilo coríntio, as quais foram desmontadas e, enviadas, para Constantinopla, para a construção. · Preço: 60 TL · Horário de funcionamento: Aberto todos os dias das 9h às 17h no inverno. 2. A MESQUITA AZUL (BLUE MOSQUE) A Mesquita Azul – cujo nome oficial é Sultanahmet Camii ou Mesquita do Sultão Ahmed – foi encomendada pelo jovem Sultão Ahmed I que na época tinha 19 anos e queria uma mesquita para chamar de sua. Ela tinha que ser ainda mais suntuosa que a vizinha Hagia Sofia. A obra começou em 1609 e foi finalizada em 1616, sendo a primeira mesquita imperial construída em quase meio século no império otomano. Dizem que ele tinha tanta pressa em ver a mesquita pronta que, muitas vezes, ele próprio ajudava na construção. Por azar do destino, Ahmet morreu um ano antes do fim das obras, aos 27 anos. Quando foi finalizada, veio o grande dilema: a Mesquita Azul tinha 6 minaretes. Mas o que isso quer dizer? Bom, no mundo muçulmano, o número de minaretes de uma mesquita é diretamente proporcional a sua importância. E somente a Grande Mesquita de Meca – a mais importante do mundo islâmico e que fica na Arábia Saudita – tinha 6 minaretes. Para os muçulmanos, foi uma blasfêmia e sinal de arrogância do jovem Sultão Ahmed. Há quem diga que tudo não passou de um grande mal entendido: o Sultão teria pedido minaretes de ouro (altin) e o construtor teria entendido seis minaretes (alti). Mas como o estrago já estava feito, só tinha um jeito de lidar com ele: e lá se foi o arquiteto peregrinar até Meca e construir um sétimo minarete para a mesquita. Até porque derrubar uma das torres da Blue Mosque seria um sacrilégio arquitetônico. Séculos depois, os sauditas construíram um oitavo minarete em Meca só para garantir a superioridade. É a partir dos minaretes que o Almuadem convoca os muçulmanos para as 5 orações diárias. Antigamente era no gogó mesmo, hoje em dia foram instalados alto falantes nas torres. MAS A MESQUITA AZUL NÃO É AZUL? Você provavelmente se surpreenderá ao chegar diante da Mesquita Azul e constatar que ela não é azul. O nome popular veio de parte dos mais de 20 mil azulejos que revestem o interior da cúpula central – maioria original do século XVI, com uma tonalidade azulada, oriundos da cidade de Iznik. A incidência da luz, vinda das 260 janelas espalhadas ao redor da mesquita, realçam ainda mais o tom nos azulejos. CURIOSIDADES SOBRE A MESQUITA AZUL · Os tapetes vermelhos que cobrem o interior são substituídos regularmente, à medida que se desgastam. · Em 2006, o Papa Bento XVI a visitou e se tornou o segundo Papa a visitar um local de culto muçulmano na história. · Embora pareça ter dimensões similares às da Santa Sofia, vendo as medidas reais nos damos conta de que é aproximadamente a metade. A cúpula central tem 23m de diâmetro e 43 de altura. · Antigamente, a mesquita contava também com uma casa de estudos islâmicos, uma escola primária, um hospital, uma cozinha popular que servia sopa e, além das tumbas do Sultão, sua esposa e seus filhos. Porém a maior parte disso foi demolida durante o século XIX. · Na saída, há um pequeno mercado de especiarias e artesanato que se estende na rua lateral. Segundo contou um local, o lugar é de propriedade da mesquita, que aluga as lojas e utiliza o lucro na manutenção do templo, possibilitando assim o livre acesso de todos. · No verão, há um show de luzes e sons na mesquita em noites selecionadas, sempre às 21h, com duração de 20min. Há performances em turco, inglês, francês e alemão. As datas, idiomas das apresentações e outros detalhes ficam em um quadro do lado de fora da mesquita. · EVITE GOLPES: é provável que alguém aborde você antes de entrar na Mesquita Azul oferecendo um serviço de fura-fila. É golpe! O que os caras querem é levar os visitantes a uma das lojas de souvenir ou restaurante para fazer você gastar duas vezes mais do que o preço normal das coisas. COMO VISITAR A MESQUITA AZUL? Existem duas entradas na Mesquita Azul, uma para os fiéis e uma entrada discreta dentro do pátio principal para os visitantes. Por essa entrada, acessamos o interior da mesquita pela parte de trás. A entrada é gratuita, mas é muito importante se vestir adequadamente. As mulheres devem evitar roupas curtas, cobrir os ombros e cabelos. Os homens devem evitar bermudas e regatas. Mas fique tranquilo caso você não esteja vestido adequadamente, pois vários funcionários ficam na fila orientando os visitantes e providenciando panos e lenços para que as pessoas possam se cobrir. Antes de entrar na mesquita é preciso tirar os sapatos, pegue uma sacola plástica na entrada para guardá-los. Pode entrar descalço ou usando meias. Recomendado usar meias pois o piso acarpetado parece bem sujo. Não se surpreenda com o cheiro de chulé. Os visitantes podem circular por uma parte relativamente pequena da mesquita, porém é o suficiente para admirar a arquitetura do lugar e os famosos azulejos. Pode tirar fotos a vontade, só não pode usar flash e nunca fotografe os fiéis que estiverem em oração. Os muçulmanos praticantes oram cinco vezes ao dia em horários específicos. Por isso, a mesquita fica fechada para visitantes por 90min durante esses horários, então, antes de visitar essa ou qualquer outra mesquita, programe-se. · Preço: A entrada é gratuita em qualquer Mesquita. · Horário de funcionamento: Todos os dias, das 8:30 às 11:30, das 13h às 14:30 e das 15:30 às 16:45. As mesquitas são abertas o tempo todo (inclusive pessoas sem casa podem dormir lá). 3. PRAÇA DO HIPÓDROMO A palavra hipódromo vem do grego hippos, que significa cavalo, e dromos, caminho. A hípica e as corrida de bigas eram passatempos muito populares no mundo antigo e os hipódromos foram bastante comuns nas cidades gregas durante os períodos helenístico, romano e bizantino. O primeiro hipódromo foi construído quando a cidade ainda se chamava Bizâncio, sendo uma cidade provincial de moderada importância. No ano 203, O imperador Septímio Severo reconstruiu a cidade, aumentou suas muralhas e a dotou de um hipódromo. Em 324, o Imperador Constantino, o Grande, decidiu refundar Bizâncio após sua vitória na Batalha de Crisópolis, rebatizando-a de Nova Roma, nome que não pegou e a cidade acabou ficando conhecida como Constantinopla, a Cidade de Constantino. Definitivamente, o Hipódromo, ou At Meydani ("Praça do Cavalo"), era muito grande: contava com 450m de comprimento por 130 de largura. Os registros históricos mostram que tinha capacidade para 100 mil pessoas, possuindo 40 fileiras de assentos. Inclusive, o imperador podia vir direto do Palácio para seu camarote (kathisma), pois existia uma passagem exclusiva para família imperial para o Hipódromo. A pista de corridas tinha forma de U, e o kathisma estava situado no extremo leste da pista. As carceras (portas de partida) ficavam na extremidade norte e o esfendone (tribuna curva da estrutura em forma de U, cuja parte inferior ainda sobrevive) ficava na extremidade sul. A espinha (a barreira do meio do autódromo) era adornada com vários monumentos, incluindo o obelisco monolítico, cuja construção é representada em esculturas em relevo em sua base. O hipódromo estava cheio de estátuas de deuses, imperadores, animais e heróis, entre eles algumas obras famosas, como um Heracles do século IV a.C. por Lysippos, Rômulo e Remo com a loba Lupa e a serpente do século V a.C. Sobre os edifícios do hipódromo romano havia quatro estátuas de cavalos construídos em bronze puxando uma quadriga, colocadas no extremo norte. Estes quatro cavalos de bronze, chamados atualmente de Cavalos de São Marcos, foram saqueados em 1204, durante a Quarta Cruzada (1202-1204), e colocados na fachada da Catedral de São Marcos, em Veneza. A pista foi decorada com outras estátuas de bronze de cavalos e condutores famosos, das quais nenhuma sobrevive. Um total de até oito carros (dois por equipe), movidos por quatro cavalos cada, competiam na pista de corrida. Não eram simples eventos esportivos, mas também forneciam algumas das raras ocasiões em que o imperador e os cidadãos comuns podiam se reunir em um único local. As discussões políticas eram frequentemente feitas no Hipódromo. Durante todo o período bizantino, o Hipódromo foi o centro da vida social da cidade. Grandes quantias foram apostadas em corridas de bigas e, inicialmente, quatro equipes participavam, cada uma patrocinada financeiramente e apoiada por um partido político diferente (Deme) dentro do Senado Bizantino: os Azuis (Venetoi), os Verdes (Prasinoi), os Vermelhos (Rousioi) e os Brancos (Leukoi). Estes dois últimos enfraqueceram gradualmente e foram absorvidos pelas outras duas facções principais. A rivalidade entre Azuis e Verdes foi usada para instigar as rivalidades políticas ou religiosas e em algumas ocasiões os atritos acabavam em guerra civil. Os mais graves foram chamados de Revolta de Nika, ocorridos no ano de 532, quando a Basílica de Santa Sofia foi incendiada e 30 mil pessoas teriam perdido a vida. Além disso, muitos edifícios importantes foram destruídos, como a vizinha segunda Hagia Sophia. Constantinopla nunca se recuperou realmente de seu saque durante a Quarta Cruzada. Para piorar, em 1453 o sultão Mehmed, o Conquistador, capturou a cidade, tornando-a capital do Império Otomano. Como não estavam interessados em corridas de carruagem, o hipódromo foi gradualmente esquecido e o local nunca foi reconstruído, sendo usado como fonte de pedra de construção, caindo em ruínas. O QUE VER NO HIPÓDROMO EM ISTAMBUL? DIKILITAŞ – OBELISCO DE TEODÓSIO (OBELISCO EGÍPCIO) No meio da Praça Sultanahmet, podemos ver um típico obelisco monolítico de pedra do Antigo Egito. Ele tem mais de 3 mil anos e foi mandado construir pelo faraó Tutmés III. Entretanto, no século IV d.C. ele foi levado para Constantinopla e colocado no Hipódromo pelo imperador romano Teodósio I. Este obelisco foi esculpido em um único bloco de mármore vindo de Assuã no ano 1490 a.C. Entretanto, o obelisco original tinha 30m de altura e primeiramente ficava no Templo de Karnak, na cidade de Tebas, atual Luxor. Curiosamente, ele perdeu dois terços de sua altura no transporte para a Turquia, por isso, foi posto sobre um pedestal bizantino e quatro cubos de bronze maciços. Hoje, apresenta 18,54m de altura, ou 25,6m se a base for incluída. Cada uma das 4 faces apresenta inscrições egípcias que celebram a vitória de Tutmés III nas margens do Rio Eufrates em 1450 a.C. BASE DE MÁRMORE DO OBELISCO DE TUTMÉS III A parte do Obelisco que chegou a Constantinopla ganhou uma base de mármore esculpida. Ela é bizantina e tem baixos relevos, que mostram figuras que representam o Imperador Teodósio I, o Grande, e sua família assistindo aos eventos esportivos. Numa delas, Teodósio está com uma coroa de louros na mão para oferecer para o ganhador da corrida. Noutra, podemos ver Teodósio em seu khatisma, que foi destruído pela Quarta Cruzada. Por fim, nos baixos relevos estão vários espectadores alegres, músicos e dançarinos nas cerimônias. Inclusive, existia aqui ainda uma Quadriga, entretanto, ela foi saqueada na 4ª Cruzada e levada para Veneza, onde foi colocada no alto da Basílica de São Marcos. Todavia, se você for até lá vai ver somente uma cópia, isto porque a autêntica está no Museu da Basílica, aberto a visitação. YILANLI SÜTUN – COLUNA SALOMÔNICA A outra coluna famosa da praça é a Coluna Serpentina ou Tripod of Plataea, que veio do templo de Apolo, em Delfos, na Grécia. Arqueólogos acreditam que ela seja de 479 a.C. e que foi construída para comemorar a vitória dos gregos sobre o Império Persa na Batalha de Plataea. Foi trazida para Constantinopla por Constantino I em 324. A coluna apresentava 3 cabeças de serpente e tinha 8m de altura. Ela foi feita com o bronze derretido das espadas dos soldados persas que foram apreendidas nas batalhas. Em resumo, a coluna permaneceu intacta até o final do século XVII, mas, infelizmente, um nobre polonês bêbado a danificou. Deste modo, das 3 cabeças originais, só se sabe o paradeiro de 2 delas: uma está no Museu Arqueológico de Istambul e a outra, no British Museum, em Londres. COLUNA DE CONSTANTINO PORPHYROGENITUS – OBELISCO MURADO A praça tem mais um obelisco e que fica no outro extremo do Hipódromo. Ele foi restaurado pelo Imperador Constantino no século X. Dessa forma, acabou ganhando seu nome, Constantino Porphyrogenitus. Provavelmente, era todo revestido de placas de bronze douradas, que foram saqueadas por tropas latinas na 4ª Cruzada. A coluna possui 32m de altura e está toda esburacada, devido ao fato de que era costume dos janízaros escalá-la e escavá-la para testar sua bravura. O Regimento dos Janízaros era um “novo exército” formado por tropas de elite do sultão. Inclusive, era poderoso e profissional, fato fundamental para a expansão do Império Otomano. Curiosamente, com o tempo foram perdendo a disciplina e enfraquecendo. Mais tarde, viraram elementos desestabilizadores do sistema, inclusive rebelando-se diversas vezes, até que foram derrotados pelo Sultão Mahmut II, em 1826. Este obelisco foi importante, tanto que aparecia no verso da nota de 500 Liras Turcas que circulou entre 1953 a 1976. ESTÁTUAS DE PORPHYRIOS Sete estátuas foram erguidas no Hipódromo em honra de Porphyrios. Ele foi um cocheiro lendário, do século VI, que em seu tempo disputou as competições no Hipódromo para 2 grupos diferentes - “Verdes” e “Azuis”. Infelizmente nenhuma delas sobreviveu os dias de hoje. Você pode ver as bases de duas delas no Museu Arqueológico de Istambul. Por fim, um presente oferecido pelos alemães aos turcos em 1898. Ele celebra a visita e a amizade do Kaiser Guilherme II ao Sultão Abdül Hamit II e à cidade de Istambul. Trata-se de uma fonte estilizada e localizada na entrada norte do Hipódromo. Foi construída na Alemanha e transportada peça por peça para Turquia. Do mesmo modo, foi montada no local atual em 1900. Seu estilo é neo-bizantino e tem 8 colunas de mármore. O interior da cúpula octogonal é coberto com mosaicos dourados. · Preço: É uma praça, portanto não há custo. · Horário de funcionamento: Fica aberto o tempo todo. 4. TOPKAPI PALACE Histórico Sabe-se que a civilização turco-otomana se tornou célebre no ano de 1453 ao promover o cerco contra o centro do Império Bizantino, a cidade de Constantinopla. Com ele, os otomanos, liderados pelo sultão Mehmed II, sitiaram e apossaram-se da cidade. A partir desse ano, o Império Bizantino caiu sob o jugo dos otomanos, que transformaram toda a Anatólia em extensões de seus domínios. Constantinopla, por sua vez, tornou-se a base do Império Turco-Otomano e de sua opulência, sendo a construção do palácio um exemplo dessa última. O então sultão Mehmed II, após conquistar Constantinopla, proclamou-se califa, isto é, soberano de todos os muçulmanos do mundo. A partir daí, muitas transformações foram aplicadas à cidade, que, inclusive, teve o seu nome mudado para Istambul. A igreja de Santa Sofia, por exemplo, recebeu funções de mesquita. Na antiga acrópole de Constantinopla, Mehmed erigiu seu novo palácio, o Topkapi. Apesar da construção do Topkapi, que viria a ser, propriamente dizendo, o palácio otomano, o sultão Mehmed II continuou por um tempo ainda no Velho Palácio de Constantinopla, isto é, no palácio construído pelos imperadores bizantinos, onde cultivou o seu ciclo de influências, assim como seu harém. A partir de 1520, outro sultão, Solimão, o Magnífico, após um incêndio na cidade, transferiu toda a estrutura do Velho Palácio para Topkapi, incluindo o harém. Vale notar que o palácio do califa concentrava todo o poder do Império Muçulmano, de onde toda sua força irradiava. A imponência e o luxo, tanto do interior quanto do exterior (adornos, jardins etc.), faziam parte da demonstração de poder do califado, assim como o harém: quanto mais esposas, escravas sexuais (dançarinas, etc.) e demais funcionários, como os eunucos (homens castrados encarregados de administrarem o harém), mais admirado ele era pelos súditos. No palácio Topkapi ainda havia três pátios especiais por onde as mulheres circulavam, de acordo com a proximidade direta com o sultão. Os eunucos tinham muito poder político, sendo muito respeitados na cidade, já que recebiam a anuência e a confiança dos sultões. A construção O Palácio de Topkapi (porta do canhão), em turco, Topkapı Sarayı, tornou-se um grande símbolo do império otomano, tendo sido usado como residência de cerca de 30 sultões durante mais de 400 anos, entre os séculos XV e XIX, incluindo Mehmet. Entre seus jardins e pátios, distribuem-se vários pavilhões, entre os quais estão os cômodos onde se desenrolava a vida de seus habitantes e também salas que guardam o tesouro dos soberanos. Atualmente, funciona como um museu e conta muito sobre a história desse período, exibindo também objetos, roupas e relíquias da época. Fora isso, ainda possui uma fantástica vista do Bósforo. A construção do Palácio Topkapi começou pouco tempo depois que Mehmed II tomou Constantinopla, em 1459, tendo sido finalizada em 1467, contudo, dependendo da fonte utilizada, as datas podem divergir. Durante as décadas seguintes foi ampliado por diferentes governantes. Em 1856, o Sultão Abdulmecid decidiu transferir sua residência para o Palácio Dolmabahçe, de estilo ocidental. Em seus 700 mil m², o Palácio Topkapi conta com 4 pátios e diversos ambientes em seu interior: sala de armas, cozinha, estábulos reais, tesouro e muito mais. No mesmo recinto (no interior de suas muralhas) está o Museu Arqueológico, além de belas salas, como a Biblioteca de Ahmet III, o Pavilhão Iftariye e o Pavilhão Bagdá (em comemoração à conquista da atual capital iraquiana por Murat IV, em 1639). Topkapi ainda guarda algumas surpresas. Um dos destaques é o impressionante acervo do palácio, acumulado durante quase 500 anos de poderio otomano. A coleção de arte engloba preciosidades como tapetes, relógios, cerâmicas, cristais e pratarias. Nada, porém, se compara à exposição do Tesouro, onde uma profusão de joias o aguardará, como a armadura de diamantes de Mustafá III, a deslumbrante adaga de Topkapi (a arma mais cara do mundo, construída em ouro com esmeraldas incrustadas) e um diamante de 88 quilates que pertenceu a Leticia Ramolino (mãe de Napoleão). Por fim, temos o Harém, onde residia o Sultão, sua família e um conjunto de 500 a 800 mulheres de alto nível cultural treinadas em certas habilidades. A Rainha Mãe era a máxima responsável do Harém. A vida aqui dentro, com dezenas de mulheres vindas de todo o império, era repleta de intrigas e lutas pelo poder — todas queriam se tornar a favorita do soberano e garantir que um de seus filhos se tornasse o futuro mandatário. Não deixe de passar pelos Pavilhões Gêmeos, o Salão Imperial e a Sala de Jantar de Ahmet III. After the founding of the Republic of Turkey, Topkapı Palace was converted into a museum on 3 April 1924, having the distinction of being the first museum of the Republic. Today, Topkapı Palace is one of the largest palace-museums in the world with its buildings, architecture, collections and approximately 300,000 archive documents. Atualmente, recebe mais de 3 milhões de visitantes ao ano. Photography is not allowed inside the museum halls. Layout Mehmed’s original layout, which consisted of four consecutive courtyards surrounded by high walls, remains. Each courtyard served different purposes and was separated by a gate that incrementally restricted entry, culminating in the most-private third and fourth courtyards. The palace’s surviving buildings are generally low, one to two story structures that changed functions throughout the centuries, so that some buildings, particularly in the harem, are not always clear in their purpose. First Court Pass through the Imperial Gate into the First Court, which is known as the Court of the Janissaries or the Parade Court. The first courtyard (sometimes called the Outer Courtyard) is the largest and only public one. During the reign of the Ottoman Empire, any unarmed person could enter through the Imperial Gate. The courtyard’s open space made it ideal for ceremonies and processions, and it was likely the most bustling of the palace’s squares. Traces of workshops for Topkapı’s artists and artisans—carpenters, tailors, calligraphers, and other guilds—still survive. On your left first building is Konyali Lokantası (Restaurant, which offers royal Ottoman cuisine with panoramic views of the Marmara Sea and a unique Ottoman palace sherbet) than following monument is Hagia Irene Museum a Byzantine church of Hagia Eirene, more commonly known as Aya İrini. Third structure is former Imperial Mint (Darphane-i Âmire, constructed in 1727) which named Currency Imperial Ottoman Administration [Meskûkât-ı Şâhâne] after the Tanzimat Reform. Other places: Royal Mint, bakery, hospital, wood warehouse, and wicker makers' house. The mélange of architectural styles and decorations found throughout the Topkapı Palace is evident in the first courtyard. For example, Hagia Eirene, which was originally a church during the Byzantine Empire and served as an armory where weapons could be repaired (called a cebehâne) during the Ottoman Empire, features a characteristically austere Byzantine brick façade. In the same courtyard, the iconic Gate of Salutation, or the Middle Gate, recalls medieval European fortresses with its pointed towers and crenelated walls. The Tiled Pavilion, on the other hand, shows the influence of the Persian Timurid style with its polychrome-tiled iwan, a large vaulted hall enclosed on three sides. The pavilion likely once had a sand floor for jereed tournaments, a traditional Turkish equestrian sport, but it now houses the imperial collection of Turkish ceramics. Second Court The Middle Gate (Ortakapı or Bab-üs Selâm) led to the palace’s Second Court, the Divan Square, notable for being where the state administration takes place, also called Justice Square. In Ottoman times, only the sultan and the valide sultan (his mother) were allowed through the Middle Gate on horseback. Everyone else, including the grand vizier, had to dismount. Divan-ı Hümayun (Kubbealtı), the scene of many ceremonies throughout history, was the official meeting place of the Divan council, and the treasury is located right next to it. The Justice Tower is located behind the Divan structure, the entrance to the Harem next to Kubbealtı, with the courtyard also housing the Ward of the “Zülüflü” Guards (The Tressed Halberdiers) and the Royal Stables. Unlike typical European palaces, which feature one large building with outlying gardens, Topkapı is a series of pavilions, kitchens, barracks, audience chambers, kiosks and sleeping quarters built around a central enclosure. The great Palace Kitchens on the right (east) as you enter incorporate a dedicated Helvahane (confectionery kitchen). They hold a small portion of Topkapı’s vast collection of Chinese celadon porcelain, valued by the sultans for its beauty but also because it was reputed to change colour if touched by poisoned food. On the left (west) side of the Second Court is the ornate Imperial Council Chamber (Dîvân-ı Hümâyûn). Council members met several times a week to discuss state affairs in the Domed Chamber (sometimes called Council Hall). The grand vizier (chief minister) led state meetings, and the sultan sometimes listened in through a grilled window from a small room within the adjacent Tower of Justice, the palace’s tallest structure. Council members could not see the sultan, but they would have been aware of his possible attendance. The tower’s Neoclassical lantern also offered the sultan a view of the entire palace and thus served as a reminder of the sultan’s omnipresence not only in the court but in the daily life of the complex. The room to the right showcases clocks from the palace collection. North of the Imperial Council Chamber is the Outer Treasury, where an impressive collection of Ottoman and European arms and armour is displayed. Harem The entrance to the Harem is beneath the Tower of Justice on the western side of the Second Court. If you decide to visit you'll need to buy a dedicated ticket. The visitor route through the Harem changes when rooms are closed for restoration or stabilisation, so some of the areas mentioned here may not be open during your visit. As popular belief would have it, the Harem was a place where the sultan could engage in debauchery at will. In more prosaic reality, these were the imperial family quarters, and every detail of Harem life was governed by tradition, obligation and ceremony. The word 'harem' literally means 'forbidden' or 'private'. The sultans supported as many as 300 concubines in the Harem, although numbers were usually lower than this. Upon entering the Harem, the girls would be schooled in Islam and in Turkish culture and language, as well as the arts of make-up, dress, comportment, music, reading, writing, embroidery and dancing. They then entered a meritocracy, first as ladies-in-waiting to the sultan's concubines and children, then to the valide sultan and finally – if they were particularly attractive and talented – to the sultan himself. The sultan was allowed by Islamic law to have four legitimate wives, who received the title of kadın (wife). If a wife bore him a son she was called haseki sultan; if she bore him a daughter, haseki kadın. Ruling the Harem was the valide sultan, who often owned large landed estates in her own name and controlled them through black eunuch servants. Able to give orders directly to the grand vizier, her influence on the sultan, on his wives and concubines, and on matters of state was often profound. The earliest of the 300-odd rooms in the Harem were constructed during the reign of Murat III (1574–95); the harems of previous sultans were at the now-demolished Eski Sarayı (Old Palace), near present-day Beyazıt Meydanı. The Harem complex has six floors, but only one of these can be visited. This is approached via the Carriage Gate. Next to the gate is the Dormitory of the Corps of the Palace Guards, a meticulously restored two-storey structure featuring swathes of magnificent 16th and 17th-century İznik tiles. Inside the gate is the Dome with Cupboards, the Harem treasury where financial records were kept. Beyond it is the Hall with the Fountain, lined with fine Kütahya tiles from the 17th century featuring botanical motifs and inscriptions from the Koran and home to a marble horse-mounting block once used by the sultans. Adjoining this is the Mosque of the Black Eunuchs, which features depictions of Mecca on its 17th-century tiles. Beyond this room is the Courtyard of the Black Eunuchs, also decorated with Kütahya tiles. Behind the marble colonnade on the left are the Black Eunuchs' Dormitories. In the early days white eunuchs were used, but black eunuchs sent as presents by the Ottoman governor of Egypt later took control. As many as 200 lived here, guarding the doors and waiting on the women of the Harem. Black eunuchs guarded the harem and were probably purchased in slave markets in conquered lands and castrated before puberty. Like the royal pages, eunuchs received wages and followed a meritocracy, but unlike the pages, only a few eunuchs were ever freed. Their living quarters as well as the Treasurer’s Chamber and the School of the Princes surrounded this courtyard. At the far end of the courtyard is the Main Gate into the Harem, as well as a guard room featuring two gigantic gilded mirrors. From here, the Concubines' Corridor leads left to the Courtyard of the Concubines and Sultan's Consorts. This is surrounded by baths, a laundry fountain, a laundry, dormitories and private apartments. The harem also had living quarters for female servants, concubines, and chief consorts of the sultan, and the rooms were accessible via the Gallery of the Concubines off of the Main Gate. Many of these women came as gifts or purchases from the slave market when they were young girls, and like the rest of the palace’s servants, they followed a meritocracy. They undertook servile tasks while receiving wages and training to either become a wife to one of the pages or a concubine for the sultan. If chosen to become a concubine, a young woman could rise up the ranks and receive better accommodations, substantially so if she bore the sultan a child. If the child was a male who ascended the throne, the concubine would then assume the most powerful position of the harem as the queen mother. Most girls of the harem, however, were freed at the age of 16 or 17 and married after their training. Across the Concubines' Corridor from the courtyard is a room decorated with a tiled chimney, followed by the Apartments of the Valide Sultan, the centre of power in the Harem. From these ornate rooms the valide sultan oversaw and controlled her huge 'family'. Of particular note is the Salon of the Valide Sultan with its lovely 19th-century murals featuring bucolic views of İstanbul, and a pretty double hamam dating from 1585; the gilded bronze railings were a later addition. Past the Courtyard of the Valide Sultan is a splendid reception room with a large fireplace that leads to a vestibule covered in Kütahya and İznik tiles dating from the 17th century. This is where the princes, valide sultan and senior concubines waited before entering the handsome Imperial Hall for an audience with the sultan. Built during the reign of Murat III, the hall was redecorated in baroque style by order of Osman III (1754–57). Nearby is the Privy Chamber of Murat III, one of the most sumptuous rooms in the palace. Dating from 1578, virtually all of its decoration is original and is thought to be the work of Sinan. The restored three-tiered marble fountain was designed to give the sound of cascading water and to make it difficult to eavesdrop on the sultan's conversations. The gilded canopied seating areas are later 18th-century additions. Next door is the Privy Chamber of Ahmet III and adjoining dining room built in 1705. The latter is lined with wooden panels decorated with images of flowers and fruits painted in lacquer. Back through the Privy Chamber of Murat III are two of the most beautiful rooms in the Harem – the Twin Kiosk/Apartments of the Crown Prince. These two rooms date from around 1600; note the painted canvas dome in the first room and the fine İznik tile panels above the fireplace in the second. The stained glass is also noteworthy. Past these rooms is the Courtyard of the Favourites. Over the edge of the courtyard (really a terrace) you'll see a large empty pool. Overlooking the courtyard are the tiny windows of the many small dark rooms comprising the kafes (cage) where brothers or sons of the sultan were imprisoned. Adjoining it is the tiled Harem Mosque with its baroque mihrab (niche in a minaret indicating the direction of Mecca). From here, you can follow the passage known as the Golden Road and exit into the palace's Third Court. Third Court The Third Court is entered through the Gate of Felicity and is also called Enderun Courtyard, which housed the private residence of the sultan and the inner palace school. Only the sultan, members of his family, his servants, and the occasional approved visitor could enter. Visitors to the sultan could only go so far as the Audience Chamber and were expected to follow strict customs. They could not make eye contact or speak directly to the sultan but instead would lower their heads, cast their eyes downward, and speak to the sultan’s translator. The sultan’s private domain, it was staffed and guarded by white eunuchs. Inside is the Audience Chamber, constructed in the 16th century but refurbished in the 18th century. Important officials and foreign ambassadors were brought to this little kiosk to conduct the high business of state. The sultan, seated on a huge divan, inspected the ambassadors' gifts and offerings as they were passed through the doorway on the left. Right behind the Audience Chamber is the pretty Library of Ahmet III, built in 1719, which is lavishly decorated like many of the palace’s buildings with painted tiles, stained-glass windows, and shutters with mother-of-pearl and ivory inlay. The book collection was consolidated with other palace books in the 20th century and moved to the Mosque of the Aghas, which is the largest mosque in the palace and located adjacently. The Topkapı Palace’s collection includes rare manuscripts, illustrated volumes, and early copies of the Qurʾān, all of which researchers can look over in the reading room. On the eastern edge of the Third Court is the Dormitory of the Expeditionary Force, which was closed for restoration at the time of research. When it reopens it will house the palace's rich collection of imperial robes, kaftans and uniforms worked in silver and gold thread. On the other side of the Third Court are the Sacred Safekeeping Rooms. These rooms, sumptuously decorated with İznik tiles, house many relics of the Prophet. When the sultans lived here, the rooms were opened only once a year, for the imperial family to pay homage to the memory of the Prophet on the 15th day of the holy month of Ramazan. Next to the sacred Safekeeping Rooms is the Dormitory of the Privy Chamber, which houses an exhibit of portraits of 36 sultans. The highlight is a wonderful painting of the Enthronement Ceremony of Sultan Selim III (1789) by Konstantin Kapidagli. The dormitories of the royal pages, who were part of a hierarchy of servants to the sultan, are also located in the third courtyard. Most pages were recruited as boys from the conquered Christian populations via the devşirme system, in which boys were removed from their families as a form of tax or tribute. After receiving new names and being converted to Islam, the brightest boys were assigned specific roles and received a rigorous education while earning wages. They followed a meritocracy and could attain such high positions as a grand vizier, but many men were freed at 25 and married a girl of the harem or a daughter of the sultan. Imperial Treasury Located on the eastern edge of the Third Court, Topkapı's Treasury features an incredible collection of objects made from or decorated with gold, silver, rubies, emeralds, jade, pearls and diamonds. The building itself was constructed during Mehmet the Conqueror's reign in 1460 and was used originally as reception rooms. When it re-opens, look out for the jewel-encrusted Sword of Süleyman the Magnificent and the extraordinary Throne of Ahmed I (aka Arife Throne), which is inlaid with mother-of-pearl and was designed by Sedefhar Mehmet Ağa, architect of the Blue Mosque. And don't miss the Treasury's famous Topkapı Dagger, object of the criminal heist in Jules Dassin’s 1964 film Topkapı. This features three enormous emeralds on the hilt and a watch set into the pommel. Also, worth seeking out is the Kasıkçı (Spoonmaker’s) Diamond, a teardrop-shaped 86-carat rock surrounded by dozens of smaller stones that was first worn by Mehmet IV at his accession to the throne in 1648. Fourth Court Pleasure pavilions occupy the palace's Fourth Court. These include the Mecidiye Kiosk, which was built by Abdül Mecit (1839–61) according to 19th-century European models. Beneath this is the Konyalı restaurant, which offers wonderful views from its terrace but is let down by the quality and price of its food. Up steps from the Mecidiye Kiosk is the Head Physician’s Pavilion. Interestingly, the head physician was always one of the sultan’s Jewish subjects. On this terrace you will also find the Kiosk of Mustafa Pasha, sometimes called the Sofa Köşkü. During the reign of Ahmet III, the Tulip Garden outside the kiosk was filled with the latest varieties of the flower. Up the stairs at the end of the Tulip Garden is the Marble Terrace, a platform with a decorative pool, three pavilions and the whimsical İftariye Kameriyesi, a small structure commissioned by İbrahim I ('the Crazy') in 1640 as a picturesque place to break the fast of Ramazan. Murat IV built the Revan Kiosk in 1636 after reclaiming the city of Yerevan (now in Armenia) from Persia. In 1639 he constructed the Baghdad Kiosk, one of the last examples of classical palace architecture, to commemorate his victory over that city. Notice its superb İznik tiles, painted ceiling and mother-of-pearl and tortoiseshell inlay. The small Circumcision Room (Sünnet Odası) was used for the ritual that admits Muslim boys to manhood. Built by İbrahim I in 1640, the outer walls of the chamber are graced by particularly beautiful tile panels. Many of the Ottoman sultans had an interest in flowers and gardening, and the fourth courtyard gardens are filled with tulips, just as they would have been during the Ottoman’s reign. Horário · De quarta a segunda, das 9h às 17h. Terças: fechado. · Merece a dedicação de pelo menos meio dia. Preço · Palácio: TL200 (R$59,20); Harém: TL100 (R$29,60); Palácio + Harém: TL285 (R$84,30). · Ingresso do Palácio de Topkapi sem filas €27 (R$139,90) 5. MUSEU ARQUEOLÓGICO DE ISTAMBUL A origem do museu remonta a uma reduzida coleção de antiguidades que se instalou em 1846 no Palácio Topkapi. Em 1869 se tornou o museu da corte. Em 1891, o Museu Arqueológico abriu suas portas, tornando-se o primeiro museu da Turquia, fundado pelo pintor e arqueólogo turco Osman Hamdi. O museu tem um acervo total de um milhão de peças, abarcando praticamente todo o engenho dos povos que habitaram o território da atual Turquia, de antigos domínios do Império Otomano até exemplares trazidos da África. Tem também uma biblioteca com 70 mil volumes. Os museus estão em um complexo arqueológico formado por três museus: o Museu de Arqueologia de Istambul, o Museu de Arte Turca e Islâmica e o Museu do Oriente Antigo. O museu de arqueologia é talvez o mais visitado e o mais reconhecido mundialmente. Atualmente no piso térreo esculturas da Idade Antiga e da Época Arcaica até a Era Romana podem ser vistas no lado direito, e artefatos únicos conhecidos mundialmente, como o Sarcófago de Alexandre, o Grande, podem ser vistos no lado esquerdo. Ele é provavelmente a peça histórica mais importante do museu, sendo coberto de cenas dele. Acredita-se que o corpo em seu interior pertença a Abdalonymus, o rei de Sídon. O que mais visitar e informações de funcionamento · A seção “Surrounding Cultures of Istanbul” foi aberta em um novo prédio em 1998, em um hall com vários artefatos de várias épocas encontrados durante escavações ao redor de sítios arqueológicos e túmulos. · A coleção “Istanbul Through the Ages” é exibida no primeiro andar do novo prédio, e traça a história da cidade de Istambul através de seus diferentes períodos históricos: arcaico, helenístico, romano, bizantino e otomano. · A coleção “Anatolia and Troy Through the Ages” no segundo andar e a coleção “Surrounding Cultures of Anatolia: Artifacts from Syria, Palestine and Cyprus” no terceiro andar em ordem cronológica. · Coleção de Arte Oriental: Nesta parte você vai encontrar sepulcros otomanos e descobertas das culturas egípcia, suméria e acádia. Os objetos mais valiosos da coleção de arte oriental são as peças da Porta Babilônica de Istar. · Coleção de cerâmicas e joias: Esta coleção está hospedada no Pavilhão dos Azulejos, um edifício que foi construído sob a ordem de Mehmed II. Há pouquíssimas salas e talvez o mais interessante seja o próprio edifício. · O Tratado de Cades é o tratado de paz mais antigo do mundo, escrito em escrita cuneiforme, assinado em 1274 e descoberto na capital hitita de Hattusa. · O sarcófago da Lycia retrata cenas da mitologia grega, bem como torneiras, centauros e esfinges. · O impressionante Tile Mihrab retirado de Karamanoğlu İbrahim Bey Imaret (cozinha pública) foi construído em 1432. · A bela Fonte da Juventude do Sultão Murad III, datada de 1590 e está localizada na parede da sala final. · 🕒 Aberto de terça a domingo, das 9h às 16h45min (novembro a março). A bilheteria fecha às 16h. · Preço: TL50 (R$14,60). 6. A BASÍLICA CISTERNA A Cisterna Basílica (Yerebatan Sarnıcı ou Yerebatan Sarayı), também conhecida como "Palácio Submerso", é a maior das dezenas ou centenas de cisternas construídas em Istambul durante a época bizantina. Ela se encontra a sudeste da Basílica de Santa Sofia, na histórica península de Sarayburnu. São depósitos que foram construídos para que a cidade tivesse reservas de água caso fosse atacada, nos tempos de Justiniano I (527-565) para abastecer o Palácio Bizantino. Foi chamada de cisterna da basílica por estar localizada abaixo da praça pública das Sete colinas de Istambul, a Estoa Basílica. Neste local ficava a grande basílica, construída entre os séculos III e IV, ainda no Império Romano, como um centro artístico, legal e comercial. A basílica foi reconstruída por Ilo após um incêndio em 476. Fontes históricas dizem que cerca de 7 mil escravos estiveram envolvidos na construção da cisterna. A água que a abastece vem do Centro Eğrikapı de Distribuição de Água, na floresta de Belgrado, 19km ao norte de Istambul. Ela viaja por um aqueduto de 971m de comprimento, através do Aqueduto de Valente e por 115m pelo Aqueduto de Mağlova, construído pelo imperador Justiniano. Interior da cisterna 52 degraus de pedra levam à entrada da cisterna. Ela é rodeada por uma parede de tijolos com espessura de 4m e revestida com uma argamassa impermeabilizante. Construída em poucos meses, no ano de 532, foram utilizadas 336 colunas romanas procedentes de templos pagãos da Anatólia, a maioria de ordem coríntia. Elas formam 12 linhas com 28 colunas em intervalos simétricos de 4,8m entre elas. A estrutura da câmara interna da cisterna tem cerca de 138X65m, com uma área de 10.000 m², 9m de altura e capacidade para 30 milhões de litros. Foi utilizada até finais do século XIV como cisterna de água e em meados do século XIX foi restaurada para ser usada como armazém de madeira. O passeio turístico é feito por passarelas que estão em cima da água. Elas foram colocadas no final do século XX, já que anteriormente era feito de barco. Desde sua inauguração, a cisterna passou por várias reformas. Os primeiros reparos foram feitos em duas ocasiões durante o Império Otomano, no século XVIII, sendo a primeira no reinado do sultão Amade III, em 1723, pelo arquiteto Maomé Aga de Caiseri e a segunda, maior e mais meticulosa, foi feita no século XIX durante o reinado do sultão Abdulamide II (1876–1909). Rachaduras na estrutura e danos nas colunas foram consertados em 1968, com uma reforma adicional em 1985, pelo Museu Metropolitano de Istambul. Nesta última, cerca de 50 mil toneladas de lama foram removidas da cisterna e plataformas foram construídas para substituir os botes usados pela levar turistas. Ela foi reaberta na condição de local turístico e histórico em 9 de setembro de 1987. Em maio de 1994, a água passou por uma grande limpeza. As cabeças de Medusa Duas das 336 colunas que dão sustentação à cisterna estão pousadas sobre blocos de pedra esculpidos em forma de Medusa – o monstro da mitologia grega que tem cobras no lugar dos cabelos. Para alguns, isso se deve apenas ao aproveitamento de peças retiradas de templos demolidos e não têm qualquer significado. Mas muitos acreditam que as medusas não estão ali por acaso. Na Antiguidade, os guerreiros temiam essa figura mitológica capaz de transformar em pedra aqueles que olhassem diretamente para ela. O mito tem várias versões, mas todas elas emprestam à Medusa um sentido de proteção. Sua imagem costumava ser pintada ou esculpida nos tetos dos templos gregos com o propósito de espantar os maus espíritos. A palavra Égide, usada especialmente em linguagem jurídica com o significado de amparo, vem do vocábulo grego Aegis – nome do escudo da deusa Atena que tem como principal elemento a cabeça da Medusa. Uma hipótese que pode parecer mais coerente é a de que as cabeças tenham sido colocadas ali, espremidas embaixo das duas colunas, e em posições alteradas – uma deitada e outra de ponta cabeça – para mostrar a força da fé cristã sobre o mito. Mas a verdade é que ninguém sabe explicar a presença dessas imagens na cisterna. E, perto delas, há uma Fonte de Desejos, onde as pessoas jogam moedas para fazer um pedido, aliás, na água no entorno das medusas você também vai encontrar essas moedas. Na cultura popular A cisterna da basílica foi usada como locação para o filme From Russia with Love, da franquia James Bond, mas no longa ela é localizada sob o consulado da URSS. Ela também foi usada para o final do filme Inferno, baseado no livro de Dan Brown. · Preço: 30 TL e estudantes 5TL. · Horário de funcionamento: todos os dias, das 9h às 17h no inverno. · Site: http://yerebatan.com 7. GRAND BAZAAR The Grand Bazaar (Kapalıçarşı, signifying ‘Covered Market’; likewise, Büyük Çarşı, ‘Grand Market’) in Istanbul is one of the biggest and most seasoned canvassed markets on the planet, with 61 covered roads and more than 4000 shops on a complete space of 30,700 m², attracting in the middle of 250,000 and 400,000 guests every day. In 2014, it was recorded Nº1 among the world’s most-visited vacation destinations with 91,250,000 yearly guests. The Grand Bazaar in Istanbul is regularly viewed as one of the primary shopping centers on the planet. It is where the historical texture comes together with magnificent tastes and the smell of Turkish coffee… The Grand Bazaar is one of the oldest and largest covered bazaars in the world… Where the people living in Anatolia during the Seljuk and Ottoman periods wandered step by step… One of the bazaars in Istanbul, Grand Bazaar offers the best quality Turkish products such as handcrafted products, the finest silky shawls and scarves decorated with traditional patterns, antiques, leather products. It also has many stores in it where special carpets and rugs are sold. It is possible to find traditional Turkish clothing, also. And of course, Turkish delight, which has been sweetening our mouths for centuries can be found in this bazaar. If you want to drink coffee with Turkish delight, you may buy the greatest coffee in Istanbul from Kuru Kahveci Mehmet Efendi, a 150-year-old coffee seller. Historical Background of Istanbul Grand Bazaar There are 2 theses about the historical background of the Grand Bazaar in Istanbul. Some claim that it was built from scratch by Fatih Sultan Mehmet in 1461. On the other hand, some claim that it was built in the Byzantine period. Even if the first or second idea is right, the official establishment of the Grand Bazaar is considered to be in 1461. During the reign of Suleiman, the Magnificent, the Grand Bazaar was expanded with the additions of new shops, mosques, madrasas, inns, and fountains, and became one of the most magnificent centers of the Empire. In the following years, with the additions made by different sultans, the bazaar expanded as it had around 4000 shops and 61 streets. As a result, it has evolved into a 31000 m² complex. Once, the Grand Bazaar was made of wood but it has a risk for the people living in this period: the threat of fire. The first fire broke out in 1546. It had such a huge impact on the people that the fire was seen as a threat. However, it survived many fires over the years. People started to think that even with the threat of fire, The Grand Bazaar was reborn from its ashes again and again. It has been affected by devastating earthquakes, also. After the earthquake in 1766, during the Mustafa period, the bazaar was repaired and the Beyazıt and Nuruosmaniye gates, which bear the characteristics of the Tulip Era, were added. In 1894, it became unusable after a big earthquake again. In this period, the Grand Bazaar could not be used. As a result, trade stopped. After all of the devastating disasters, the bazaar, which was rebuilt with the financial assistance of Abdulhamid, took its present form. Because of the great efforts by Abdulhamid, you can see Abdülhamid’s signature at the gate of the Turkish Grand Bazaar at the main entrance of Beyazıt Square. And today, it is a cultural value that is visited by many people from Turkey and abroad. Interior Design of the Grand Bazaar The Grand Bazaar, which attracts attention in every period, has shops in many different areas such as valuable jewelry, weapons, antiques, and food and beverage. The names in the bazaar are sufficient to express what the place was used for before. The bazaar has 11 gates and entrances. We may list them as follows. And there are lots of streets in the Grand Bazaar. Some of them are Ağa, Altuncular, Acıçeşme, Aynacılar, Basmacılar, Çuhacıhanı Streets etc. While constructed, hans were designed in the Grand Bazaar, also. Some of the famous hans are Ağa, Astarcı, Bodrum, Cebeci, Çuhacı, İçcebeci, Kapılar, Kaşıkçı, Kebapçı, Kızlarağası, etc. What Is in the Grand Bazaar? In the Grand Bazaar, there are lots of things that a person needs and even it is also possible to come across various establishments in the bazaar where the product is offered for sale in 97 category areas. Health centers, police stations, branches of all banks, and post offices are among these institutions. Although the Turkish Grand Bazaar seems like a crowded and chaotic place, it is actually in a structure where complete order works. Because it was designed well and everyone has their own places to work. If you visit the Grand Bazaar, you will be able to see the colorful images of the foreign exchange dealers, the workshop of jewelry, small shops of artisans dealing with small handicrafts, people who make artistic decorations, a magnificent view of calligraphy artists, and antique shops, coppersmiths, the artisans, with their warm and pleasant conversations as well as their artistic works. If you want to buy something, there are lots of options that you must consider: yazzma (cotton and silk pashminas), ethnic Turkish rugs and carpets, local clothing, ceramic items, silver jewelry, handmade gifts, gold bracelets and necklaces, amulets, and leather goods. Also, if you want to buy and get the items cheaper, you can bargain without shame. Because bargaining is a tradition of the Grand Bazaar! Outra bebida muito presente nos corredores do Grande Bazar, além do café turco, é o chá. Certamente você vai ver vários turcos carregando bandejas com copinhos de chá ou então vendedores bebendo um chá em frente às suas lojas e oferecendo-os aos clientes. Os turcos adoram beber chá e gostam de oferecer a bebida aos visitantes como um gesto de simpatia. Mas também existe o famoso truque do chá quente, quando um vendedor serve ao cliente uma taça bem quente de chá para que ele demore bastante a tomá-lo, ficando o maior tempo possível dentro da loja enquanto a bebida não termina. The Importance of the Grand Bazaar for Tourism The Istanbul Grand Bazaar has a very important role both today and in the past. Because this bazaar has become a trade center for centuries and has been a place where life is alive. In addition, being one of the largest and oldest covered bazaars in the world, it is lively and crowded at all hours of the day. Shopkeepers persistently invite visitors to their store. The stores at the entrance of the Grand Bazaar offer almost all handmade and exported goods in Turkey for sale. Handmade carpets and jewelry are the best examples of traditional Turkish art. These are sold with certificates of quality and origin and guaranteed shipping all over the world. In addition to carpets and jewelry, famous Turkish works made of silver, copper, bronze souvenirs, decorative items, ceramics, onyx, and leather are offered to visitors of the Grand Bazaar. In the Grand Bazaar, each street was reserved for a professional group. Therefore, the street names were Aynacılar, Hasırcılar, Kilitçiler, İpekçiler, Kürkçüler, Yorgancılar, Terlikçiler, Fesçiler. Today, the names continue, but some professional groups have disappeared. Occupational guilds, which supervised competition, commercial ethics, and master-apprentice relations, could work efficiently, thanks to the concentration of the same products in one place. Products could only be sold at the price specified by the government, and advertising was prohibited. Most professions and shops were handed down from father to son. So families had their trust built up over generations so much that the people would give their money to the shopkeepers to keep it as a bank. The Grand Bazaar was a place of high security. At that time, the shops were not in the form of rooms as they are today. Shelves served as showcases, and the seller (esnaf in Turkish) sat on the bench. That’s why shops were called closets. At the end of the day, the curtains were drawn and the closets were closed. Precious products such as jewelry and weapons were sold in İçbedesten. In Sandal Bedesten, the silk trade was being made (Sandal is the name given to the fabric that is already made of silk and cotton.) During the Ottoman period, according to the law, Muslims were required to wear yellow shoes. Orthodox Greeks were required to wear blue, Jews were required to wear black, and Armenians were required to wear red shoes. These purchases were made at the Pabuçcular Market, where there were thousands of shoes. Due to security measures, the Grand Bazaar was closed at night. Only the sultan could open it. It was only opened in its history to celebrate the return of Sultan Abdulaziz from Egypt in 1867. The Sultan passed through the streets on horseback and greeted the people. There were no restaurants in the Grand Bazaar in the Middle Ages. Everyone brought their own food. The foods that could be found were doner, kebab, and chicken breast, which were sold at kiosks on Halıcılar and Acıçeşme It is said that Sultan Mahmud II secretly mingled with the public and came here to eat dessert. The Grand Bazaar was one of the rare places where Ottoman women could participate in social life. As of the Tanzimat period, women in the Sultan‘s family and in the harem were also able to come to the Grand Bazaar. How to Get to the Grand Bazaar? The bazaar has more than 20 gates, there are many alternatives to reach. However, the easiest and most well-known direction is Beyazıt Gate. · Preço: A entrada é gratuita · Horário de funcionamento: Das 08h30 às 19h. Fechado aos domingos. 8. SPICE BAZAR (MERCADO DE ESPECIARIAS) Construìdo em 1660, como parte do complexo da Nova Mesquita, o Spice Bazar (Mısır Çarşıs) era chamado antigamente de Bazar Egìpcio, pois muitos dos itens vendidos por lá vinham de navio da cidade de Cairo. Depois do Grand Bazaar, ele é considerado o segundo maior mercado coberto, inclusive lembrando bastante dele, mas o que se encontra por lá é mais restrito a produtos alimentícios, não só temperos, como os típicos e deliciosos doces turcos chamados lokum, variedades imensas de chás e frutos secos! Ele possui apenas dois corredores e cerca de 100 lojas. O Spice Bazar é um ótimo local apra comprar souvenirs e, caso queira levar algo para casa, também é uma boa ideia pois a maioria das lojas oferece o serviço de empacotamento a vácuo, o que evita que os alimentos se deteriorem muito rápido. Perto do Spice Bazar existe uma rua chamada Hasırcılar que também possui vendedores de temperos e normalmente o preço acaba sendo bem mais em conta. Quem visita o Bazar de Especiarias pode aproveitar para visitar a Mesquita Nova. Ela não é das maiores, mas é muito bonita. Curiosidade: todas as mesquitas possuem uma área com várias torneiras onde os muçulmanos se lavam. Na verdade, eles estão praticando a ablução, um rito de purificação que consiste em higienizar determinadas partes do corpo antes das orações. · Preço: A entrada é gratuita. · Horário de funcionamento: Aberto todos os dias, das 8h às 19h no inverno. 9. MESQUITA SÜLEYMANIYE Em uma das sete colinas de Istambul - com uma bela vista para o Corno de Ouro ou Chife de Ouro - você encontra uma das obras arquitetônicas mais belas da cidade, a Mesquita Süleymaniye. Construída a mando do sultão Süleyman I, considerado um dos mais ricos e poderosos sultões otomanos, a mesquita foi desenhada pelo arquiteto Mimar Sinan, um profissional de sucesso naquela época (a estrutura foi erguida entre 1550 e 1557). Apesar de grandioso, o interior da Mesquita foi decorado de forma relativamente simples. No local é possível ver de perto belíssimos vitrais, azulejos de Iznik ornamentando o Mihrab (nicho decorativo que indica a direção de Meca), quatro grandiosas colunas, além da cúpula com 27,25m de diâmetro e 53m de altura (da base). Sinan projetou a mesquita de forma a que ela fosse o contraponto arquitetônico da grande catedral bizantina de Santa Sofia, a qual fora convertida em mesquita no próprio dia da conquista da cidade pelo vitorioso Maomé II, o Conquistador, e que serviu de modelo a numerosas mesquitas de Istambul. No entanto, a Süleymaniye de Sinan constitui uma interpretação mais simétrica, racionalizada e luminosa do que as das mesquitas otomanas precendentes e do que da própria Santa Sofia. O desenho de Süleymaniye também joga com a intenção de Solimão de representar a si próprio como um segundo Salomão, evocando analogias com a Cúpula da Rocha em Jerusalém, construída no lugar do Templo de Salomão, e com as célebres palavras proferidas pelo imperador bizantino Justiniano I quando entrou pela primeira vez em Santa Sofia após a igreja estar concluída — «Ultrapassei-te, Salomão!». A mesquita Süleymaniye, similar em magnificência às estruturas anteriores, afirma a importância histórica de Solimão. Apesar disso, o edifício é de dimensões menores do que o seu arquétipo mais antigo, Santa Sofia. A mesquita foi devastada por um incêndio em 1660, tendo sido restaurada por Maomé IV, o Caçador. Em 1766, parte da cúpula ruiu durante um terremoto. As reparações subsequentes danificaram o que restava da decoração original de Sinan. Limpezas levadas a cabo recentemente mostraram que Sinan fez ensaios com azul antes de usar o vermelho a cor dominante da cúpula. Durante a Primeira Guerra Mundial o pátio foi usado como depósito de armamento e quando parte das munições se incendiaram, a mesquita foi novamente pasto de chamas, só tendo sido restaurada em 1956. O complexo também conta com um hospital, uma escola de medicina e uma escola de ensino primário. Você pode visitar o restaurante e as saunas. Contemple as impressionantes tumbas de Solimão e de sua esposa Roxelana no jardim atrás da mesquita. A tumba de Mimar Sinan, arquiteto-chefe de diversos sultões otomanos, também fica nas proximidades, além dos muros da mesquita. · Preço: A entrada é gratuita em qualquer Mesquita. · Horário de funcionamento: As mesquitas são abertas o tempo todo, mas turistas não podem entrar nos horários das orações. 10. TORRE GÁLATA A primeira Torre Gálata (Galata Kulesi) foi construída com madeira em 528 para servir como farol. Em 1348 foi reconstruída pelos genoveses com o nome de Torre de Cristo. Durante a conquista de Constantinopla em 1453, a torre foi ocupada pelo Sultão Mehmet II. Sua altura, de apenas 61m, não é o que mais chama a atenção de suas medidas. O que é surpreendente são as outras dimensões: o diâmetro da torre na base é de 16,5m no exterior e 8,9m no interior. Esta diferença indica que os muros têm uma largura de 3,7m na base. A largura dos muros da Torre Gálata vai diminuindo conforme vai subindo, chegando a apenas 20cm na parte superior. Subindo na Torre Gálata, você terá uma das vistas panorâmicas mais bonitas de Istambul, além de visualizar pontos turísticos imperdíveis da cidade, como a Basílica de Santa Sofia, as Mesquitas Azul e Nova, o Bósforo, entre vários outros pontos. Se você quiser chegar até ela fazendo uma viagem histórica, você pode subir até a zona em que se encontra pegando o funicular de Tunel na Ponte de Gálata. Para subir, a torre conta com dois elevadores. Quando chega no sétimo andar, o elevador para e de lá é necessário subir um lance de escada e praticamente se sai na varanda da torre que é por onde andamos. Se você quer desfrutar de uma noite especial, na Torre Gálata há jantares com espetáculo, open bar e dança. O preço é de cerca de €65 (R$333,90). Embora a o local seja incrível para um almoço, o preço dos pratos é exorbitante. · Preço: 25 TL · Horário de funcionamento: Aberta diariamente das 09h às 19h. · www.galatatower.net 11. RUA DE ISTKLAL É praticamente impossível visitar Istambul e não passar pela Rua Istiklal ou ao menos ouvir falar nela. Essa que é a rua mais popular da cidade està localizada no bairro Beyoglu e possui cerca de 3km destinados apenas a pedestres e ao charmoso bondinho antigo. Caminhar de uma ponta a outra pode levar cerca de 20min. A qualquer hora do dia ou da noite a Rua Istiklal é super disputada tanto por locais como por turistas, afinal são muitas as opções de entretenimento disponíveis por lá, além de que a região de Beyoglu tem se tornado uma das melhores para se hospedar em Istambul. Chamada anteriormente de Rua da Pera, a grande rua é um espaço cosmopolita onde é possível encontrar consulados de vários países, prédios de diferentes estilos arquitetônicos, igrejas, sinagogas e mesquitas. Istiklal significa Independência e a rua teve seu nome alterado depois que o país se tornou uma República. Ela fica entre a Praça Taksim e a estação Túnel de Beyoglu. Basicamente para quem vai de transporte publico são duas as opções. Cada uma delas leva a uma ponta da rua. Para quem sai de Sultanahment basta pegar o tram sentido Kabatas e ao descer lá, fazer a transferência para o funicular de apenas uma estação que vai até Taksim, na Praça Taksim, logo no começo da Istiklal, bastando andar 5 min. A outra maneira é pegar o tram até a parada Karakoy e de lá pegar o Túnel, (espécie de estação de metrô também de apenas uma estação) e assim descer em Beyoglu, onde fica o final da Rua Istiklal. Visitá-la à noite também é bem interessante devido à cena noturna efervescente com diversas danceterias e bares. Um deles é o 360 Istambul, um misto de restaurante, bar e danceteria no topo de um prédio, com uma vista incrível da city! As Melhores Coisas Para Ver E Fazer Na Rua Istiklal Çiçek Pasji / A Passagem da Flor É uma famosa arcada histórica que contém muitos cafés, restaurantes e vinícolas. A arcada originalmente continha um teatro, que foi destruído em um incêndio. Depois da revolução russa de 1917, muitas mulheres russas anteriormente abastadas venderam flores aqui, dando o nome à área. Esta é uma façanha requintada de arquitetura que você pode desfrutar passeando em uma viagem de lazer pela Rua Istiklal, ou sentando-se e saboreando uma refeição ou uma bebida sob o teto abobadado. Galata Mevlevi Casa e Museu do Dervixe Rodopiante Este museu foi construído em homenagem à cerimônia conduzida pela infame ordem de dervixes rodopiantes da Turquia. A cerimônia denota uma antiga prática de girar em um profundo transe de oração, braços erguidos em louvor a Deus. É uma cerimônia que somente aqueles admitidos na ordem podem realizar e é um dos espetáculos mais fascinantes que os viajantes podem testemunhar na Turquia. Este museu arquiva muitos artefatos e documentos da longa história desta cerimônia, incluindo sua proibição na década de 1920 e até mesmo suas origens. Majestic Cinema É um cinema moderno com um toque vintage - tem a sensação refrescante de um cinema independente e não os cinemas de cadeias idênticas e polidas que estamos mais acostumados. O local é menor do que um cinema tradicional e exibe filmes em turco e em inglês. Experimente um sabor reconfortante de casa com um blockbuster em inglês ou tente algo novo e assista a um filme turco. Bonde Vermelho Vintage Esses lindos bondes vermelho-rubi são tão fixos na Rua Istiklal quanto os paralelepípedos na estrada. Nenhuma viagem seria completa sem embarcar em um deles, famosos por transportar compradores e turistas para cima e para baixo na avenida movimentada, como fizeram há décadas. Este é um dos muitos exemplos em Istambul do passado, trabalhando perfeitamente na cultura moderna única da cidade. The Atlas Arcade O arcade existe desde a década de 1870 e foi um dos muitos locais da cidade que foi renovado devido a danos causados por incêndios. Ele continua sendo um marco importante para a cidade e seus habitantes, abrigando um cinema e lojas. Um passeio por lá é um fascinante olhar sobre como cidadãos comuns de Istambul vivem e se socializam. Esta é uma excelente paragem para qualquer viajante que queira uma pausa nos locais turísticos mais populares e um verdadeiro vislumbre da Istambul atrás dos guias e brochuras de viagem. Livraria Pandora Esta livraria é um dos raros lugares para estocar livros em inglês. Você pode encontrar todos os best-sellers internacionais em turco e inglês juntamente com mapas, livros de viagem, papel de carta e qualquer outra coisa que você possa precisar de uma livraria. Esta loja é conhecida por sua extensa coleção de livros sobre história otomana e turca. Saray Muhallebicisi Se você quiser provar as melhores sobremesas tradicionais da Turquia, não precisa procurar mais do que este famoso ponto turístico. A pastelaria oferece muitos doces turcos conhecidos, de baklava (uma rica massa recheada com nozes picadas e cobertura de xarope doce), a lokma (bolas de massa crocantes e fritas em calda doce, ao mesmo tempo crocantes e deliciosamente pegajosas). Praça Taksim/Istiklal Caddesi Uma das áreas mais vibrantes do bairro de Beyoğlu é considerada um verdadeiro símbolo da fase moderna da cidade. À primeira vista, chama a atenção do visitante o Monumento da Independência, no centro do local - a bela e significativa obra de arte que celebra Kemal Atatürk, o fundador da república turca. A praça Taksim está sempre cheia de pedestres, tanto durante o dia quanto à noite, pois lá estão várias barraquinhas de comida de rua, onde é possível experimentar deliciosos duruns, doner kebabs e hambúrgueres Islak (deliciosos e superbaratos). 12. MAIDEN’S TOWER Um dos principais cartões-postais de Istambul é a Torre da Donzela ("Kiz Kulesi"), também chamada de Torre de Leandro. A torre fica numa ilhota no meio do Bósforo, a pouco mais de 200m da parte asiática da cidade e do bairro de Üsküdar. A torre da donzela começou a ser construída em 1110 e era uma espécie de alfândega para os barcos que chegavam do mar Negro (o estreito de Bósforo liga o Mar Negro ao mar de Marmara) e inicialmente era apenas uma estrutura de madeira. During the Byzantine Empire, Emperor Alesxius Commenus built the tower near a stone wall. Later on, the tower was connected through a defensive wall, when the Ottoman came to conquer Constantinople, during the conquest the tower was served as a garrison for the soldiers for the Byzantines. After the conquest of the city, the Ottomans used the tower as a watchtower and it was named Leander’s Tower in reference to the legend Hero and Leander. It was destroyed due to an earthquake of 1509 and also burned in 1721. By the year 1832 was restored by Sultan Mahmud II. In fact, this was not the latest restoration for the tower, it had one in 1998 for the filming of James Bond movie The World Is Not Enough. Para chegar lá, é necessário ir até Uskudar na parte asiática, e de lá você caminha um pouco até praticamente a frente da torre. Haverá um quiosque vendendo bilhetes para fazer a travessia de barco. Ela é bem rápida e demora pouco mais de 5 min. Outra opção é pegar o barco que sai de Kabatas diretamente para a torre, mas esse é bem menos frequente que o de Uskudar. Legends Kizkulesi is located off the coast of Salacak neighborhood in Üsküdar district, at the southern entrance of the Bosphorus. It literally means "Maiden's Tower" in Turkish. The name comes from a legend: the Byzantine emperor heard a prophecy telling him that his beloved daughter would die at the age of 18 by a snake. So, he decided to put her in this tower built on a rock on the Bosphorus isolated from the land thus no snake could kill her. But she couldn't escape from her destiny after all, a snake hidden in a fruit basket brought from the city bit the princess and killed her. Another legend wrongly mentions Hero and Leander in the tower; therefore, some people wrongly call it "Leander's Tower", a sad love story told by Ovidius: Hero was one of the priestesses of Aphrodite living in the tower. One day she left the tower to attend a ceremony in the temple where she met Leandros and they fall in love with each other. Leandros swam to the tower every night to visit his love, meanwhile she was holding a torch to guide him in the dark waters towards her in the tower. But on a stormy night Leandros couldn't see the light because it was put out by the winds, and he swam all night losing his way until he was drowned. Hero, seeing that her lover died, she also jumped into the water and suicided. Some people narrate this love story as it was happened on the Bosphorus, but in fact it's a legend from the Dardanelles, when Leandros was swimming to Hero between Abydos (today's Eceabat) and Sestus (today's Canakkale city). Kizkulesi on the Bosphorus is dating back to the 5th century BC when it was built by the Athenian general Alcibiades on a rock at the entrance of the Bosphorus for the surveillance of the waterway. A chain was pulled from the land to the tower to make it a checkpoint and customs area for the ships going through. After several restorations in wood and stone, Emperor Alexius Comnenos built a strong defense tower in the 12th century AD calling it Arcla, meaning "Small Tower". The tower was used as a lighthouse and control tower also during the Ottoman period after the Conquest of Constantinople. Final restoration was done in 1998 and opened as a restaurant after spending around 3million US dollars. Today, Kizkulesi is a very popular and classy restaurant and cafeteria-bar. It offers 360° views of the Bosphorus and the old city, especially at night. · Preço: 20 TL · Horário de funcionamento: aberto das 09h15 às 18h30. Fecha às segundas. 13. CRUZEIRO NO BÓSFORO O Bósforo é um estreito que liga o Mar Negro ao Mar de Mármara, marcando o limite geográfico entre os continentes europeu e asiático. Bósforo significa “passagem do boi” e a lenda conta que Zeus transformou uma jovem que ele amava em um boi, mas aí Hera ficou enciumada e mandou uma mosca sanguessuga perseguir o tal boi, que saiu desesperado pela terra seca abrindo o estreito entre os dois mares. O fato é que o Bósforo é um importante elo de ligação e conecta a Turquia ao mundo por via oceânica. Diariamente muitas embarcações passam por lá levando inclusive trabalhadores que vão de um lado a outro da cidade! A quantidade de gaivotas que nadam sobre as águas e vez ou outra pescam algum peixe impressiona! O estreito possui aproximadamente 35km de extensão e podemos observar 32 pontos nas margens do Bósforo: Lado Europeu Lado Asiático § 1- Saída do Ahirkapi Pier § 21- Hekim Pasa Mansion § 2- Galata Bridge § 22- Anadolu Fortress § 3- Historical Peninsula § 23- Kuçuksu Mansion § 4- Bosphorus § 24- Count Ostrorog Mansion § 5- Galata Tower § 25- Edip Efendi Mansion § 6- Mimar Sinn University § 26- M. Nedim Pasa Mansion § 7- ? § 27- Kuleli Military School § 8- Besiktas District § 28- Sadullah Pasa Mansion § 9 – Atik Ali Pasa Mansion § 29- Beylerbeyi Palace § 10- Çiragan Palace § 30- Fethi Pasa Mansion § 11- Galatsaray University § 31- Uskudar District § 12 – Ortakoy Mosque § 32- Maiden’s Tower § 13- Bosphorus Bridge (1973) § 14- Esma Sultan mansion § 15- Savarona Ship § 16- Galatsaray Island § 17- Arnavutkoy District § 18- Bebek District § 19- Rumeli Fortress § 20- F.S. Mehmet Bridge (1988) A melhor forma de se fazer é tomar um dos barcos regulares da companhia turca de navegação (IDO) que fica no cais em Eminonü, bem ao lado da estação ferroviária Sirkeçi. O guichê do passeio é o último à direita, olhando-se para a água. São três saídas diárias: 10h35, 12h e 13h35, mas também é dito que saem a cada meia hora (PESQUISAR!). É bom chegar ao menos 30min antes para conseguir um bom lugar no barco e fazer um rápido passeio pela região. O melhor horário é depois do almoço, lá pelas 13h-14h, por conta da posição do sol. O barco faz 6 paradas até chegar ao destino final. 1h30min depois chega-se em Anadolu Kavaği, a última parada, que fica no lado asiático da cidade, próximo à saída para o Mar Negro, onde existem ruínas de um antigo forte bizantino do século XVI e de onde se tem uma bela vista para o Mar Negro. Para se chegar ao topo da colina, onde ficam as ruínas, é preciso um pouco de preparo físico. Deve-se aproveitar o tempo de parada (aproximadamente 2h30) para um almoço. A volta de Anadolu Kavaği pode ser feita também de ônibus ou dolmuş. Mesmo nos quentes dias de verão, é recomendável levar um casaco, pois o vento durante a viagem às vezes incomoda. · Preço: 20 TL · Horário de funcionamento: confirmar 14. DOLMABAHÇE PALACE Dolmabahçe Palace (Dolmabahçe Sarayı), Turkey’s largest mono-block palace, was commissioned by Sultan Abdül Mecit in 1843. Built to belie the military and financial decline of the Ottoman Empire, Istanbul’s first European-style palace was an opulent one, excessive in size and filled with gold and crystal. Dolmabahçe significa “jardim preenchido” e seu nome vem da região onde foi erguido. Até o século XVII, o local no norte do Chifre de Outro era utilizado como baía no Bósforo, inclusive abrigando cerimônias da Marinha. Com sucessivos aterramentos, acabou convertido em jardim real e, com o surgimento de casas e quiosques, ficou conhecido como Besiktas Shore Palace. Since the sultans loved the site a lot, plenty of mansions (köşk) and pavilions (kasır) were built on that spot during the 18th and 19th centuries. Gradually this collection grew into a complex called the Beşiktaş Waterfront Palace, demolished by order of Sultan Abdül Mecit to make way for the Dolmabahçe Palace. He decided to move from Topkapi Palace to Dolmabahçe Palace since it would be able to provide ‘modern’ luxuries that Topkapi Palace lacked. Six Sultans and Atatürk Starting with the move of the administrative center of the Ottoman Empire from Topkapi Palace in 1856, until the abolishment of the caliphate in 1924, the Dolmabahçe Palace was home to six sultans. There was however a 20-year interval from 1889 to 1909 in which the Yıldız Palace was used. Mustafa Kemal Atatürk, the founder of the Turkish Republic, used the palace as a presidential house in the summer and enacted some of his most important works here, e.g., the introduction of the new alphabet. Troubled by health problems, he spent his last years in the palace until he died at 09:05 on November 10, 1938. In his honor, all the clocks in the palace are stopped at that exact time. The room in which he died is part of one of the palace tours. Extravagant Palace The true reason behind the construction of Dolmabahçe Palace was to cover up that the Ottoman Empire was in decline. Therefore, the new palace had to be lavishly decorated to impress the world. It also had to break with the Ottoman tradition of constructing a series of pavilions, so he ordered the leading Ottoman architect Garabet Baylan and his son Nigoğayos to build a mono-block Ottoman-European palace. The construction began in 1843 and was finished in 1856. The result is a two-floor palace, covering an area of 45.000 m², containing 285 rooms, 44 halls, 68 toilets and 6 baths (hamam). The design is a mixture of Baroque, Rococo, Neo-Classic and traditional Ottoman art and culture. 14 tons of gold were used to gild the ceilings. It also has the largest collection of Bohemian and Baccarat crystal chandeliers in the world. The price tag for all this: 5 million Ottoman gold coins, the current equivalent of 35 tons of gold. The Glass Mansion (Camlı Köşk) in the palace was the only place where the Sultan would observe his subjects and inspect the army. As Halit Ziya Uşaklıgil once said, the Glass Mansion was the “eye through which the palace watched the outside world”. It is possible to see Far Eastern, European, and Turkish artifacts in the palace. The palace is full of fireplaces, candle holders and chandeliers. Dentro do palácio, as impressionantes pinturas de artistas, que viveram naquela época, adornam as paredes ou até mesmo o teto das salas. O piso em parquet é coberto com tapetes feitos de seda ou lã e o mobiliário colocado em cada quarto é diferente dos outros em cores e em decoração. Lustres de cristal, lareiras e raros objetos artesanais podem ser vistos por todo o palácio. O lustre que decora o salão, feito em Londres e desenhado especialmente para o local, reina sob uma cúpula de 36m acima do solo e pesa cerca de 4,5ton. Reuniões políticas de grande importância aconteceram naquele quarto. No palácio, existe uma seção para o Harém, onde se pode ver o quarto do sultão, o apartamento das mulheres e os apartamentos da mãe dele. O quarto de banho é uma das salas mais impressionantes dos palácios devido aos seus móveis de luxo e do alabastro, o mármore usado para sua construção. A visita – ingressos e tour Se você estiver planejando a visita ao Palácio Dolmabahçe é importante se programar e de preferência chegar cedo pois apenas 3000 pessoas por dia podem visitá-lo. Além da fila para comprar ingresso é necessário aguardar em outra pois a única forma de visitar é através de um tour guiado (grupos pequenos de pessoas entram a cada vez). Existem dois tipos de ingresso: acesso à área pública do Palácio; acesso ao Harém, onde ficavam os aposentos particulares dos sultões e suas famílias. Existe um ingresso combo. É proibido tirar fotos em seu interior! Antes de entrarmos recebemos sacos plásticos descartáveis para colocar nos pés sobre os sapatos, uma forma de proteção aos incríveis tapetes. Quanto tempo leva a visita? Reserve bastante tempo: apenas para passar pela segurança e comprar a entrada levamos 30 min. Os jardins são muito bonitos e agradáveis para passear, mas também ficam cheios, pois o Palácio é muito popular com os turcos e turistas. No total, fazendo as duas visitas, tirando fotos no jardim e indo ao pavilhão de cristal gastamos 3h no passeio: parte oficial são cerca de 40min; Harém, aproximadamente 30min. · Preço: 60 TL. Harém: TL20 · Horário de funcionamento: aberto das 9h às 16h30. É fechado às segundas e quintas-feiras. 15. COMENTÁRIOS FINAIS COMO SE LOCOMOVER EM ISTAMBUL? O transporte público funciona muito bem em Istambul. O sistema de metrôs, trans e ônibus é super bem estruturado, confortável e barato. Mesmo vindo do aeroporto, é super fácil e tranquilo utilizar o transporte público para chegar ao seu hotel. Fora isso, é possível utilizar Uber! Para comprar passagens de ônibus para outras cidades: https://www.busbud.com/pt-pt DICAS ADICIONAIS PARA TURQUIA · Brasileiros não precisam de visto para visitar a Turquia! · É seguro para viajar? Relativamente sim! É importante ter uma certa cautela, lógico, principalmente saindo à noite. É importante tomar cuidado com golpes como preços abusivos por parte de vendedores e taxistas, principalmente. · Inverno: nessa época faz bastante frio, inclusive com possibilidade de neve. Na Capadócia provavelmente você pegará bastante frio e neve – uma paisagem lindíssima, mas a frequência dos voos de balão diminui (por conta da maior intensidade do vento). A vantagem é pegar os lugares mais vazios (baixa temporada) e gastar menos. · Religião: cerca de 98% da população é muçulmana (os outros 2% são compostos por judeus e cristãos), contudo, a tolerância religiosa é uma característica do país. · Capital da Turquia: Ancara. · Internet: chip de cerca de 120 LT. Marcas que você pode comprar: Vodafone, Turkcell e Turk Telekom (lojas de telefone e celular). · Tax free: pergunte na hora da compra se a loja oferece tax free. A restituição varia entre 4 a 18% e o reembolso pode ser em dinheiro ou cartão de crédito. Pergunte sobre o procedimento na loja, mas, em regra, a melhor forma é, quando chegar no aeroporto (na saída do país), pegar o carimbo na aduana e pedir a restituição (deixe as compras em lugar de fácil acesso, caso precisa mostrar). II. CAPADÓCIA Acredita-se que o nome Capadócia provém do vocabulário hItita Katpadukya, que significa a terra dos cavalos de raça, e outras dizem que a origem vem da língua persa, que chama a região de Katpatuka (a terra de belos cavalos), porém os gregos chamavam o local de Leucosyri (os sírios brancos). A Capadócia está atualmente no centro da República da Turquia, exatamente na Anatólia Central, 700km de Istambul. A área é de aproximadamente 15000 km², entre Aksaray, Hacıbektaş, Kayseri e Niğde, e a população total, cerca de 1 milhão de habitantes. É um dos destinos turísticos mais importantes da Turquia para os interessados em história e civilizações antigas, onde inclui uma variedade de áreas e monumentos que remontam às diferentes épocas e civilizações, como persas, gregos e armênios. Ela também mudou consideravelmente conforme as épocas e os pontos de vista, por exemplo: para o geógráfo, historiador e filósofo grego Heródoto, a Capadócia estava delimitada pelos Montes Tauro, a sul, pelo Lago Tuz (Tuz Gölü), a oeste, pelo rio Eufrates, a leste, e pelo mar Negro, a norte. Alguns textos escritos antes da época de Heródoto detalham uma região ainda mais vasta que a descrita, estendendo-se à costa mediterrânica a sul e quase até o que é hoje a Armênia, a norte. Os povoados mais importantes da região são Aksaray, Avanos, Göreme, Gülagaç, Gülşehir, Kayseri (Mázaca da Antiguidade, Cesareia romana e bizantina), Nevşehir (antiga Níssa), Niğde, Uçhisar e Ürgüp. Os locais mais interessantes para visitar na Capadócia são o Museu ao ar livre de Göreme, Peribacalar vadisi (vale das chaminés das fadas), Cidades subterrâneas de Derinkuyu, Özkonak, Tatlarin, Mazi e Acigöl, Vale de Zelve, Vale de Soganli, Vale de Ihlara, Gomeda, diversas igrejas bizantinas, a maior parte das quais em cavernas, como as de El Nazar e Aynali. FORMAÇÃO DOS TUFOS CALCÁRIOS O Monte Argeu, juntamente com outro vulcão extinto, o Hasan Dağı, começou a depositar há 50 milhões de anos o que hoje é chamado de tufo calcário. Em resumo, ele cobriu a região com espessas e diferentes camadas de lava. Ao esfriar formou uma mistura de basalto, cinzas e areia. Deste modo, o vento e chuva, por exemplo, junto com movimentos tectônicos, trabalharam a superfície através dos tempos. Com isto, elevações e depressões foram aparecendo. Lentamente, por séculos, a paisagem foi sendo criada. As formas vistas nos arredores de Göreme, feitas por este incrível trabalho da natureza, são as mais variadas. Então conseguimos facilmente perceber as diferentes eras geológicas dos tufos calcários que foram depositados a cada nova explosão dos vulcões. Algumas, formavam uma lava mais resistente, enquanto outras, mais porosas e amigáveis para o trabalho do vento. Devido a sua dureza, a superfície da região se transformou de maneira muito diversificada, formando uma variedade incrível de paisagens. Em muitos lugares, partes de tufos calcários mais duros estão mais superficiais, já que são mais recentes. Deste modo, eles permitiram menos erosão que suas partes mais antigas (que estão abaixo delas). Por isto, foram se criando formas muito particulares em cada vale. Elas lembram chaminés de fadas, formas de animais, aspargos, pênis, castelos, etc. As cores também são uma maravilha a mencionar, já que são muito diferentes entre si. Elas têm os mais diversos tons, que vão do vermelho ao verde, passando pelo branco e marrom. ESCAVAÇÃO DAS ROCHAS Mas a paisagem não foi transformada somente por agentes atmosféricos. Certamente, temos que mencionar o trabalho da população local, que por milhares de anos escavou as rochas porosas criando um ambiente propício para sobreviver. Em vez de erigirem edifícios para fins residenciais, simplesmente usaram o que a natureza deu. Desta forma, escavaram o interior dos inúmeros pináculos ou encostas de morros para fazer suas casas, igrejas e até mesmo pombais. Aliás, estes tinham grande importância naquele tempo, pois os monges coletavam as fezes dos mesmos para usar como adubo de suas videiras, de modo que delas vinham as uvas doces para fazer vinho. Além de produzirem esterco, os pombos eram úteis e usados como meio de transmitir mensagens. Tudo isto fez com que nestes arredores abundassem cavernas naturais e artificiais. Hoje em dia, algumas delas ainda são habitadas e em muitos casos servem de hospedagem para quem visita a região. Foi na Idade do Bronze que as pessoas começaram a cavar as cavernas na rocha macias e porosas. Atualmente, a gente sabe que a região é habitada já há milhares de anos e de forma continua. Inclusive, algumas civilizações antigas floresceram aqui, como os Hititas (século XIII a XII a.C.). Mas a Capadócia foi ocupada e sofreu influências de inúmeras outras originárias da Europa e da Ásia Menor. Tanto que todas elas deixaram suas marcas no desenvolvimento e na história deste lugar. IGREJAS ESCULPIDAS No século IV, chegaram os primeiros cristãos para transformar para sempre os costumes e crenças do povo. Até o século XI já tinham cerca de 3000 igrejas esculpidas na pedra. Atualmente, estas e mosteiros espalhados por toda área são uma das grandes atrações da Capadócia. Graças ao trabalho dos caprichosos monges de antigamente, podemos ver maravilhosos afrescos em muitas delas. Por certo, algumas ainda estão bem preservadas e com cores bem vivas. Inclusive, elas podem ser facilmente visitadas em toda região. As igrejas escavadas na rocha foram decoradas por artistas locais muito hábeis. Basicamente, as cores utilizadas eram azul e vermelho, cores naturais facilmente encontradas na região. As igrejas eram usadas para catequizar a população. Afinal, num local onde quase ninguém sabia ler e escrever, a melhor forma de ensinar era através de desenhos e afrescos. No século IV, a Capadócia ficou conhecida como a “Terra dos Três Santos”. Por causa dos três teólogos notáveis nascidos aqui: São Basílio Magno, seu irmão São Gregório de Nissa, e São Gregório de Nazianzo. Sem dúvida, eles contribuíram muito para propagar a doutrina cristã, em geral, e a Ortodoxa Oriental, em particular. Tanto que São Basílio foi fundamental no desenvolvimento monasticismo cristão. De tal forma, que isto gerou as várias igrejas rupestres na sua terra natal. Por isto, tantas estão espalhadas em Göreme e nos vales gêmeos de Soğanlı. Inclusive, muitos monges, já habituados com a vida no subterrâneo iniciada por São Basílio, preferiram continuar na região. Com isto, eles ampliaram ainda mais o enigmático monastério da Capadócia. Deste modo, a região foi um dos primeiros centros educativos do cristianismo no mundo. De tal sorte que teve fim somente no século XIV, quando a Turquia foi tomada pelos Otomanos, seguidores do islamismo. Çatalhüyük e Puruskanda Por muitos anos Çatalhüyük e Puruskanda foram reconhecidos como o exemplo mais antigo de povoamento urbano em todo o mundo. Um afresco foi encontrado e é considerado o começo da história da Anatólia. Ele apresenta em primeiro plano as casas da localidade e ao fundo um vulcão em erupção. As pessoas acreditam que este é YHasan Dag, que está a aproximadamente 300km de Çatalhüyük. O afresco está exposto no Museu das Civilizações da Anatólia, em Ankara, e provavelmente é a pintura paisagística mais antiga do mundo. A colônia mercantil da antiga Anatólia No início de 2000 a.C., a Anatólia viveu um período de florescimento, tendo atraído muitos habitantes. Os assírios, célebres por fazerem negócios comerciais, instalaram-se na região, atraídos pelas suas riquezas, principalmente minerais, e fundaram bazares chamados kârum para poder tomar conta dos seus negócios. Vendiam estanho, produtos têxteis e perfumes, e compravam ouro, prata e cobre. O kârum mais importante foi o da cidadela de Canexe (hoje Kültepe). Este grande comércio durou aproximadamente 150 anos, mas infelizmente acabou por causa das guerras entre reinos da região. Em 1925, uma equipe de arqueólogos descobriu em Kültepe as Tábuas da Capadócia, que descrevem a colônia mercantil dos tempos assírios e que são os documentos escritos mais antigos sobre a história da Capadócia. Parque Nacional de Göreme O Parque Nacional de Göreme foi criado em 1985 para preservar a região e seu rico patrimônio histórico e cultural. Devido as suas formações geológicas únicas, que são resultado de fenômenos vulcânicos e da erosão, toda esta área é única no mundo. Além disto, as cidades subterrâneas e inúmeras habitações e igrejas escavadas em rocha (muitas com admiráveis afrescos), são patrimônios mundiais inestimáveis. De fato, esta região tem um apelo histórico e turístico grande, por isto foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO. O parque tem 9576 ha de área e é uma visita imperdível na Capadócia, na Turquia. Tem neve no inverno? O inverno é congelante e branco na Capadócia, inclusive dá até para esquiar! Mas a prática é exclusiva na montanha Erciyes Dağı (Monte Argeu). Na realidade, ela é um vulcão extinto com 3916m de altitude e que fica 25km ao sul de Kayseri, a maior cidade da região e onde fica o maior aeroporto, por onde muitos turistas chegam. 1. PONTOS TURÍSTICOS 1 – View Point para ver os Balões Ver o nascer do sol e o momento em que os balões coloridos começam a subir é uma experiência quase tão fantástica quanto voar em um deles. O View Point que fica pertinho do centro de Göreme fica bastante movimentado, mas o platô é enorme e se você procurar, certamente encontrará um cantinho vazio e sossegado para curtir. Por isso, ao chegar ao platô, siga caminhando e não pare em um ponto logo no início, pois as pessoas ficam aglomeradas em pontos específicos. Além disso, como este View Point fica perto do centro de Göreme, não é preciso acordar tão cedo. · Como chegar: o View Point fica a 15min de caminhada do centrinho de Göreme. Ele é facilmente encontrado tanto no Maps.Me como no Google Maps como “Sunset Point”. · Quanto Custa: o acesso é gratuito. 2 – Voar de Balão A grande atração da Capadócia é o passeio de balão, que é uma das experiências mais incríveis que você pode ter durante uma viagem pela Turquia. A bordo do balão, é possível ter uma visão surreal dos campos verdejantes, morros, formações rochosas, vales e casas típicas, coroadas pelo nascer do sol. O cenário é tão belo, que mais se parece com uma pintura. Para apreciar a paisagem, é bom acordar bem cedo, pois o voo de balão na Capadócia acontece na parte da manhã. Reserve o passeio nas primeiras horas para que você consiga ver o nascer do sol em um céu azul cheio de pontos coloridos. É possível encontrar passeios com duração entre 45min e 1h, que custam em torno de 120 euros. Muitas empresas oferecem uma experiência mais completa, com preços que podem chegar a 250 euros. Entretanto, os mais baratinhos não parecem ser muito legais. Porque nós vimos vários balões subindo bem alto e atravessando o Love Valley, mas também vimos muitos que apenas subiam e logo desciam, sem nem sair do lugar. Todos os valores sempre ganham um desconto quanto pagos em dinheiro (em torno de €10 de desconto). 3 – Love Valley Algumas pessoas usam nomes mais polidos para descrever as formações fálicas encontradas no Love Valley. Entretanto, por toda a região de Göreme, Ürgüp e Uçhisar é possível ver os pênis enormes. Mas é que no Vale do Amor a caminhada é realmente muito legal e prazerosa, especialmente ao final do dia. START OF THE LOVE VALLEY TRAIL Love Valley is situated between Göreme and Uchisar and is easily entered from both of these destinations. However, for the best experience, I recommend starting the hike on the Göreme side of the trail. One word of warning though – if you mark ‘Love Valley’ on Google maps, you’ll be directed to the Love Valley viewpoint, which is located above the actual hiking trail. The beginning of the Love Valley trail is situated roughly 3 km outside of Göreme, and for that reason best reached by car, especially if you’re short on time. The journey by car should take around 10 min. TRAIL FROM GÖREME TO UCHISAR It’s highly recommend following the 2h trail in the direction of Uchisar. Along the way, you’ll stumble upon a series of fascinating cave dwellings and tunnels, as well as a sea of wave-shaped sandstone surfaces. After taking in the breathtaking views, it’s time to exit the valley via the trail on the left side. At the end awaits a friendly vendor that seduces you to stop for a freshly squeezed pomegranate juice. From the juice vendor, it’s barely 10min walking before you reach Uchisar, where you’ll be able to climb Uchisar Castle or head back to Göreme by following the Pigeon Valley trail. LOVE VALLEY ESSENTIALS · Distance: around 4 km · Duration: around 2h · Effort: Easy · Tip: Around the rock formations are lots of sketchy trails that seem to bring you to the viewpoint. I would strongly advise not to follow them. Some come to a dead-end, and climbing down is quite a challenge. · Quanto Custa: o acesso é gratuito. 4 – Göreme Open Air Museum Surpreendentemente, este é o local mais visitado da Capadócia. Inclusive, ele foi classificado como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1984, como “Göreme National Park and the Rock Sites of Cappadocia”. Göreme foi um importante centro cristão nos primeiros anos da Idade Média. Mas, apesar do vasto número de mosteiros, igrejas e capelas nas proximidades, infelizmente não existem muitas inscrições que ostentam datas. Por esta razão, estes edifícios religiosos são principalmente datados de acordo com a iconografia ou características arquitetônicas. A maioria das igrejas são totalmente pintadas por dentro com belos e historicamente importantes murais bizantinos. Inclusive, eles datam do período 900-1200 d.C. e estão em ótimas condições. Infelizmente, quase todas as pinturas estão com os seus rostos destruídos. Isto porque no séc. VIII o imperador bizantino Leão III aderiu à iconoclastia. Já que esta corrente religiosa proíbe o culto a imagens, ele mandou vandalizar tudo. Entretanto, outros dizem que quase todos os olhos das figuras pintadas foram removidos por moradores supersticiosos com medo de mau-olhado. A melhor maneira de explorar as igrejas rupestres de Göreme Open Air Museum é seguir pelo caminho claramente marcado e pavimentado. Entretanto, a melhor rota é no sentido anti-horário, isto porque o terreno possui algumas elevações. As igrejas têm o número de pessoas controlado para sua entrada (em torno de 20), já que são pequenas e não comportam muita gente dentro. Inclusive, pode acontecer de formar fila na entrada de algumas quando chegam excursões, mas ela acaba rapidamente. Infelizmente, não se pode bater fotografias em muitas delas. O tempo de permanência permitido no interior delas é de 3min. Eles fazem estas regras para todos terem oportunidade de entrar e ver o interior, mas o controle só acontece em épocas de grande volume de visitantes. Hoje em dia, cada uma das igrejas tem um nome turco moderno. Sobretudo, os nomes foram dados pelos locais com base em alguma característica proeminente contida nela. Claro que existem muitas igrejas no museu, mas as mais importantes são as seguintes: RAHIBELER MANASTIRI – CONVENTO DE FREIRAS Logo que se passa a roleta eletrônica na entrada da portaria, na esquerda você vai ver o Convento de Freiras. Esta é uma rocha esculpida de 7 andares com notáveis túneis, corredores, escadas e câmaras. Certamente, seu nome vem do fato de que ele chegou abrigar até 300 freiras em alguns momentos de sua história. Dentro tem uma sala de jantar, cozinha, alguns quartos (1º andar), uma capela em ruínas (2º andar). Além destas, o lugar tem uma igreja no 3º andar em formato de cruz. Sem dúvida, esta é a seção mais importante porque inclui um túnel secreto. Na verdade, todos os andares são conectados por túneis que poderiam ser facilmente fechados em tempos de perigo. A igreja tem um traçado em forma de cruz, uma abóbada com 4 colunas e 3 absides. O templo na abside principal raramente se encontra nas igrejas de Göreme. Além do afresco de Jesus, pintado diretamente na rocha, podem ser vistos desenhos em vermelho. Os diferentes níveis do convento estão ligados por túneis e portas em forma de disco de pedra, que eram usados para fechar os túneis em tempos de perigo, tal qual nas cidades subterrâneas da Capadócia. AZIZ BASIL ŞAPELI – IGREJA DE SÃO BASÍLIO A Igreja de São Basílio tem uma nave retangular com nichos e três absides com afrescos. Na antesala você pode ver escavações no chão, que foram utilizadas como túmulos de pessoas proeminentes. Apesar de a igreja ser um pouco escura, ainda dá para observar bem os afrescos. As figuras incluem Cristo, São Jorge, São Basílio e São Teodoro. Acredita-se que as três cruzes de Malta sobre a abóbada da nave representam a Santíssima Trindade. Atrás de uma rocha, encontra-se a Igreja de Santa Bárbara com a Igreja Elmali (Maçã). BARBARA KILISE – IGREJA DE SANTA BÁRBARA Esta capela cruciforme conta com três absides, uma abside central e duas absides laterais. Ela é decorada principalmente com figuras e símbolos simples em tinta vermelha em gesso branco. Sobretudo, as pinturas foram feitas diretamente na rocha. Sem dúvida, estas fazem um nítido contraste com as figuras coloridas da maioria dos afrescos das outras igrejas de Göreme. Os afrescos podem ter sido pintados logo após a controversa “guerra iconoclasta” do século VIII. Isto porque esta igreja data da segunda metade do século XI. Suas paredes e a abóbada estão decoradas com padrões geométricos, animais mitológicos e símbolos militares. Inclusive, ela apresenta um gafanhoto gigante simbolizando o mal em uma parede que se opõe a duas cruzes uma sobre o outra. Enquanto um galo, que representa o diabo, luta com uma parede de tijolos, que representa a Igreja. Apesar de as pinturas apresentarem outras criaturas e formas estranhas, infelizmente, elas são mais difíceis de se interpretar. Os afrescos figurativos incluem Cristo, São Jorge e o Dragão, São Teodoro e Santa Bárbara. Em particular, a igreja apresenta a representação bem feita de São Jorge lutando com o Dragão. Segundo a lenda local, este evento ocorreu no cume do Monte Erciyes, pertinho de Kayseri. Já na ala direita foi encontrada uma representação de Santa Barbara. ELMALI KILISE – IGREJA DA MAÇÃ Esta igreja é uma das maiores atrações deste museu, atraindo visitantes tanto pela sua arquitetura única, como por suas decorações fascinantes. A igreja em formato de cruz possui um teto sustentado com 4 colunas e 9 cúpulas, que são cobertas por vários afrescos, datados dos séculos XI e XII. Inclusive, são muito coloridos e estão em excelente estado. Eles narram cenas da Bíblia, do antigo e do novo testamento, e da vida de Cristo. Por exemplo, mostram a Ceia do Senhor, a ressurreição de Lázaro, assim como Jesus na cruz. Também mostram a hospitalidade do profeta Abraão e até mesmo a queima dos três jovens na fornalha ardente. Por detrás destes afrescos existem ornamentos simples pintados em vermelho do período iconoclasta. Provavelmente, o interessante nome da igreja deriva de uma esfera vermelha, uma maçã, segurada por São Miguel Arcanjo (um dos quatro grandes anjos no Islã). Ela pode ser vista em um afresco perto da entrada, na cúpula, na frente da abside principal. Mas uma teoria alternativa é que seu nome venha do pomar de maçãs que existia em frente à entrada. YILANLI KILISE – IGREJA DA COBRA A Igreja da Cobra tem uma longa nave com um teto baixo abobadado. Originalmente, ela foi criada como uma câmara mortuária, que ainda pode ser encontrada no Sul (a entrada fica no lado norte). Uma extensão planejada da igreja nunca foi concluída. Deste modo, a abside está localizada na entrada para o lado esquerdo, e que também ainda está inacabada. Os afrescos datam do século XI e estão diretamente pintados na parede. No lado oposto à entrada está a imagem de Cristo com um livro nas mãos. Já a sua esquerda, de ambos os lados da cruz, estão o imperador Constantino e sua mãe, Helena e São Onuphrius. Ao lado desta cena está a Morte da Cobra por São Jorge e São Teodoro (que aqui se parece com uma cobra, e que dá nome a igreja). Na parede oposta, dá para reconhecer Onofre, o Apóstolo Tiago e o fundador do edifício, São Basílio (ele está com um livro numa das mãos e santificando com a outra). Ocasionalmente, esta igreja também é conhecida como o “St. Onuphrios”. De fato, na parte ocidental existe uma representação de São Onuphrio nu na frente de uma palmeira. Ele foi um santo eremita egípcio que viveu perto de Tebas. Na arte medieval, ele é normalmente representado com uma longa barba grisalha, vestindo nada além de uma folha de figueira. YEMEKHANE Aqui você vai poder visitar uma sala de jantar, com uma mesa enorme escavada na pedra e bancos (em excelente estado de conservação), além de alguns depósitos. Subindo nas partes mais altas, que ficam nesta etapa do museu, dá para ter uma bela vista dele todo e do vale de onde ele se encontra. KARANLIK KILISE – IGREJA ESCURA A entrada para a igreja escura fica do lado norte, através de um túnel que dá num grande hall. O lugar é bem escuro e leva um tempo até a gente se acostumar. Entretanto, depois da fase inicial, você vai poder apreciar os afrescos mais perfeitos revelados na Capadócia. Devido à baixa incidência de luz, eles estão em excelente estado de conservação. Estes contam quase toda a história do Novo Testamento e algumas cenas do Antigo. Algumas das que se vêm são: a Abjuração, a Anunciação, a Viagem para Belém, a Natividade e o Batismo. Além destes, ainda dá para apreciar a Ressurreição de Lázaro, a Transfiguração, a Entrada em Jerusalém. Assim como foram pintados a Última Ceia, a Traição de Judas, a Crucificação e finalmente a Ressurreição. Datada do século XI/XII, a igreja tem um plano em cruz cujos braços têm abóbadas diagonais. Infelizmente, o templo da abside principal foi destruído. AZIZE CATHERINE ŞAPELI – IGREJA DE SANTA CATARINA A Capela de Santa Catarina data do século XI e foi construída por uma doadora chamada Anna. Ela tem uma nave em forma de cruz grega, com uma cúpula sobre o centro e os braços laterais abobadados. O nardex tem 9 túmulos no chão e 2 nichos de sepultamento. Assim como, os afrescos retratam os Pais da Igreja: São Gregório, São Basílio, São João Crisóstomo e Santa Catarina. ÇARIKLI KILISE – IGREJA CARIKLI Esta Igreja do século XI tem uma nave em formato de cruz com abóbadas e afrescos bem preservados. Ela foi assim denominada devido às duas pegadas logo na entrada, em torno das quais muitas lendas foram criadas. Sugestivamente, você vai poder observar um afresco da Ascensão diretamente acima da porta de entrada. Apesar de ser semelhante às igrejas Escura e da Maçã, as cenas pintadas com figuras grandes nos afrescos do caminho para a cruz e da descida da cruz fazem com que esta igreja seja diferente das outras. Os afrescos mostram cenas do Novo Testamento. Ali dá para ver a Natividade, a Adoração dos Magos, assim como o Batismo de Cristo e a Hospitalidade de Abraão. Fora estas, você vai poder observar imagens dos santos e benfeitores da igreja. Ao redor do altar estão os santos Blaise, Gregório de Nazianzo, Basílio, Crisóstomo e Hipácio. A principal cúpula tem a figura de Jesus Cristo com os quatro evangelistas abaixo. Já as outras três cúpulas são ocupadas pelos anjos Miguel, Gabriel e Uriel. Na abside central temos a Abjuração. Enquanto na abside sul está São Miguel, na abside norte estão Maria, o Menino Jesus e João Batista. Junto a Cristo tem uma inscrição: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não será deixado no escuro”. Infelizmente o nardex desmoronou. Apesar de a Igreja Tokali ficar fora da área do museu ao ar livre, a visita está incluída no mesmo bilhete. Você vai achar ela a cerca de 50m da saída. TOKALI KILISE – IGREJA FIVELA (TOKALI) Sem dúvida, a “Igreja com Fivela” é um dos destaques da região. Datada do século X, é uma das maiores e mais coloridas igrejas na Capadócia. Ela foi restaurada na década de 1960. Na realidade, ela é uma complexa construção composta por 4 câmaras. Em princípio, estas são conhecidas como a Igreja Velha, Igreja Nova, Paracclesion e Igreja Baixa. Seu nome vem de uma das decorações encontradas em suas paredes, uma fivela. Entre as igrejas da Capadócia, Tokali tem as melhores pinturas narrando a vida de Cristo. Elas mostram sua infância, o ministério e a paixão de Cristo, com vários episódios da vida de São Basílio. Por sorte, existem painéis nas paredes que explicam as imagens individualmente. Infelizmente, não pode ser fotografada. A Igreja Velha (do século X) tem uma única nave. Os afrescos contam com cenas da Bíblia em cores vermelhas e verdes. Ou seja, elas fazem um relato abrangente da vida de Cristo, desde a Anunciação, passando pelo Batismo e Milagres, e termina com a Paixão, Ressurreição e Ascensão. A transfiguração é pintada sobre a entrada e a abóbada tem retratos de santos. A Igreja Velha atua como um nardex para a Igreja Nova, que foi adicionada no lado oriental em torno de 990-1010 d.C. A Igreja Nova tem uma nave abobadada com um plano retangular e conta a história de Cristo em profundos tons vermelhos e azuis índigo. Inclusive, ela foi decorada em diferentes períodos, com representações de várias passagens da Bíblia e sua boa condição é inspiradora. A nave transversal tem afrescos de santos, cenas da vida de São Basílio e os milagres de Cristo. Nas galerias de pedra da igreja existem outras igrejas, mas elas estão fechadas devido ao perigo de desabamento. · Como chegar: o Göreme Open Air Museum fica a 15 min (1km) de caminhada do centrinho de Göreme. Ele funciona diariamente das 8h às 17h. · Quanto Custa: a entrada custa 100TL e paga-se mais 30TL pela Igreja Escura. Audioguia 30TL. · ESTACIONAMENTO: fica logo depois da Tokalı Kilise (Igreja Tokali), à esquerda de quem vem de Göreme. O estacionamento custa 30 TL por carro. · A visita dura cerca de 1h30. · Na saída vale visitar a lojinha do museu, que possui itens interessantes com bons preços. 5 – Cidades Subterrâneas Não é de se espantar que num lugar onde as pessoas escavavam as rochas e encostas dos morros para fazer casas e viverem seu dia-a-dia, eles se aventurassem a ir mais além e fazer verdadeiras cidades. Ainda com inúmeros andares abaixo do nível do solo, para se esconder, se proteger e certamente, sobreviver. Na Capadócia existem 37 cidades subterrâneas abertas para visitação. Além destas, há mais de 200 na região que não foram exploradas devidamente por historiadores. Já que as populações que viveram nestes lugares, quando retornaram à superfície, levaram consigo todas as suas posses. Assim sendo, as últimas escavações realizadas nestes lugares pouco revelaram e então foram abandonadas. A história das cidades subterrâneas da Capadócia começou a tomar forma há mais de 3 mil anos. Primeiramente, os Hititas habitaram a região e escavaram cidades inteiras nas rochas vulcânicas, possivelmente para se proteger. Surpreendentemente, existe um total de 150 km de túneis e galerias debaixo da terra. Inclusive, que salvaram diversas civilizações que por lá passaram, como os cristãos. Supostamente, eles devem ter usado as cidades subterrâneas como refúgios bem camuflados. Deste modo, puderam continuar propagando sua fé, quando o cristianismo ainda era proibido. SUPOSIÇÕES DO SURGIMENTO DAS CIDADES SUBTERRÂNEAS DA CAPADÓCIA Infelizmente, os pesquisadores não sabem determinar exatamente quando essas cidades começaram ser construídas. De fato, a fonte mais antiga é o livro “Anabasis” de Xenofonte. Ali, ele conta que os primeiros lugares foram escavados e depois foram ampliados para proporcionar uma melhor proteção. No entanto, estas cidades não foram construídas de uma vez só. Ou seja, elas foram sendo aumentadas com o tempo, conforme a necessidade. PROTEÇÃO A Capadócia era uma região muito visada, devido às inúmeras rotas que passavam por ali. Assim sendo, sua população estava sempre se preparando para o pior. Por isto, a teoria que afirma que a necessidade de proteção tenha sido a maior motivação para construir as cidades subterrâneas tem grande força. Inclusive, os discos de pedras enormes encontrados em inúmeros túneis levam a acreditar nesta teoria. Por certo, eram usados como verdadeiras portas, isolando o exterior. Era quase impossível o inimigo entrar ali. Uma vez que só poderiam ser abertas por dentro a segurança era total. Então, para alguém entrar, precisava uma pessoa rolar a pedra na entrada do túnel para o lado. Com efeito, estas pedras ficavam em frente das entradas dos túneis estreitos. Entretanto, outra suposição é de que as cidades foram criadas para proteger contra as condições climáticas extremas da região. Sem dúvida, a Capadócia apresenta invernos bem frios e com neve, assim como verões são quentes e secos. E, devido à temperatura constante das câmaras subterrâneas para o armazenamento da produção agrícola, dá para acreditar que poderiam escavar as rochas para guardar a produção, e proteger da umidade e dos ladrões. VERDADEIRAS CIDADES EMBAIXO DA TERRA Estas galerias eram verdadeiras cidades e isto não é um exagero. Assim sendo, inúmeras salas e ambientes foram escavadas nas rochas com as mais diversas funções. Aliás, elas formam um labirinto de lugares conectados a diversos andares abaixo do nível do solo. Lá estão igrejas, escolas, estábulos, cozinhas, banheiros, assim como canais de ventilação e cavalariças. Além destas, podemos encontrar padarias, equipamento para a produção de mosto e de vinho, poços de água e tudo o mais necessário para seus moradores, que podiam chegar a 20 mil pessoas. Nos primeiros andares ficavam alojados os animais e mais abaixo as pessoas. Seja como for, eram nestas galerias que em situações de perigo, a população inteira de uma cidade poderia ser acomodada durante longos períodos. PATRIMÔNIO DA UNESCO As cidades subterrâneas da Capadócia mais conhecidas são Derinkuyu, a mais profunda e com capacidade para abrigar até 20 mil pessoas, e Kaymaklı, a maior delas. Inclusive, elas foram declaradas como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985. Apesar de terem vários níveis, somente alguns andares podem ser visitados. Para exemplificar, Kaymaklı tem 9 níveis, embora apenas 4 estejam abertos ao público. Isto porque as outras estão reservadas para investigação arqueológica e antropológica. OUTRAS CIDADES SUBTERRÂNEAS DA CAPADÓCIA Além delas, outras cidades subterrâneas da Capadócia também recebem visitantes. Como é o caso de Özkonak, Tatlarin e ainda Mazi. Mas estas não são as únicas. Já que as cidades de Ovaören, Mucur, Oluce, Örentepe e Gökcetoprak têm escavações no subsolo. A maioria delas da Capadócia foi descoberta em 2007 em Gaziemir, no distrito de Guzelyurt. De fato, esta região pertencia a uma antiga rota da seda, perfeita aos viajantes que queriam descansar em uma cidade-fortaleza sob o solo. A cidade subterrânea de Kaymaklı fica a somente 25km ao sul de Göreme. KAYMAKLI A espetacular cidade subterrânea de Kaymakli foi construída debaixo da colina conhecida como a Cidadela de Kaymakli. Ela foi escavada por populações paleocristãs para se protegerem de invasores persas e árabes. Os habitantes da aldeia de Kaymakli (Enegup, em grego) construíram as suas casas à volta de quase 100 túneis da cidade subterrânea. Aliás, até hoje eles ainda usam algumas zonas dos túneis. Com a finalidade de estocar, os habitantes usam estas áreas como caves, armazéns e até estábulos. Inclusive, eles têm acesso à cidade subterrânea através dos seus pátios. Kaymakli tem passagens baixas, além disso, possui túneis estreitos e, muitas vezes, bastante inclinados, deste modo, a visita é contra-indicada para pessoas com claustrofobia, que possuam problemas de coração e/ou nos joelhos. Apesar de a cidade ter 8 níveis subterrâneos, apenas 4 deles estão abertos ao público desde 1964. Estes espaços estão organizados à volta dos tubos de ventilação e nestes andares dá para ver espaços que eram antigamente destinados para manter animais, como estábulos, além de poder visitar os lugares para produzir vinho, assim como cozinhas e quartos. ANDARES SUBTERRÂNEOS Como já dito, no primeiro andar ficava o estábulo com os animais. Esta área ainda é pequena e devem existir outros estábulos que ainda não foram abertos. À direita do corredor ficam os quartos onde viviam as pessoas. A passagem à esquerda contém uma porta que leva à igreja (no 2º andar). Ela conta com uma só nave e duas absides. Em frente a elas está o altar e em ambos os lados deste há plataformas para assentos. Também há alguns quartos. 3º ANDAR As zonas mais importantes da cidade estão no 3º andar. Além de vários armazéns, adegas e cozinhas, o bloco de andesito com relevo encontrado nesta zona é muito interessante. Investigações recentes comprovaram que este bloco de pedra era usado como recipiente para derreter cobre. A pedra era parte da camada de andesito exposta quando se escavou o local para fazer as câmaras. Ela tem 57 buracos de cerca de 10cm, sendo assim, o cobre derretido era colocado num destes buracos e martelado usando um pedaço de pedra muito duro. Esta técnica era conhecida desde os tempos pré-históricos. Provavelmente, o cobre trazido para a cidade era recolhido de uma pedreira entre Aksaray e Nevşehir. Aliás, esta mesma pedreira era usada pelos habitantes de Asilikhoyuk, a colônia mais antiga da Capadócia. 4º ANDAR Em resumo, no 4º andar estão muitos armazéns, que serviam para colocar vasos de barro nas adegas. Em princípio, este fato indica que as pessoas que viviam nesta cidade tinham estabilidade econômica. Ainda, o tubo de ventilação também está visível no 4º andar: trata-se de um poço vertical com cerca de 80m de profundidade que passa por todos os andares. Apesar de apenas 4 andares estarem abertos, sem dúvida Kaymakli é uma das maiores e mais amplas de todas as cidades subterrâneas exploradas da região. Os arqueólogos supõem que muitas pessoas residiam neste lugar, porque existe um alto número de armazéns numa zona muito pequena. Inclusive, presumem que cerca de 3500 pessoas poderiam viver aqui. INFORMAÇÕES PARA VISITA EM KAYMAKLI Com a finalidade de aproveitar mais a visita, tente chegar em Kaymaklı pelas 8h da manhã, quando abrem os portões. Desta maneira, você vai evitar as multidões que chegam com os ônibus de excursão. Até porque os estreitos corredores da cidade subterrânea ficam lotados em determinados horários do dia. · HORÁRIO: 1º de novembro a 31 de março: diariamente entre 8 e 17h. · ENTRADA: 60 TL por pessoa. O passe para visitar todas as atrações da Unesco na região se chama Museum Pass Cappadocıa. Com ele você pode visitar o Göreme Open Air Museum (100 TL), Göreme Archaeological Site (100 TL), Zelve (25 TL), as cidades subterrâneas (60 TL cada uma), e várias outras. Custa 260 TL e vale por 3 dias consecutivos. Entretanto, se você está planejando uma grande viagem pela Turquia, talvez valha a pena o Museum Pass Türkiye. Este dá direito a entrar em mais de 300 atrações pelo país. Da mesma forma, funciona como o anterior e custa 600 TL e vale por 15 dias consecutivos. DERINKUYU ORIGEM Sua origem é controversa, já que alguns arqueólogos a datam por volta do ano 4.000 a.C., entretanto, outros defendem que são ainda mais remotas, por volta do ano 9.000 a.C. Embora a datação por carbono-14 realizada em esqueletos do cemitério paleolítico-cristão situado nessa cidade datam de 1800 a.C., estima-se que a cidade começou a ser abandonada por completo por volta do séc. VIII. Ela é formada por 20 níveis subterrâneos, embora apenas 8 estejam abertos a visitação. Neles podemos encontrar cisternas para armazenagem de azeite de oliva, além de armazéns de alimentos e cozinhas com sistema de dispersar fumaça de forma que não fosse notada na superfície. Fora estes ambientes, ainda há bares, poços de água, templos de culto e estábulos. Adicionalmente, Derinkuyu possuía 52 tubos formando um incrível sistema de ventilação que fazia com que o ar entrasse e percorresse todos os níveis. Inclusive mais inferiores. A temperatura ambiente sempre gira em torno dos 13°C, independente da que faça na superfície. Daí advém uma das teorias de sua origem, que poderia ter servido de refúgio durante alguma era glacial. Escavada em rocha vulcânica, a sua arquitetura é um tanto rudimentar. Embora fossem usados sistemas engenhosos para bloquear a entrada de intrusos, como portas em forma de rodas esculpidas de uma rocha de consistência mais dura. Supõe-se também que provavelmente essas cidades foram construídas como uma defesa. DESCOBERTA A cidade subterrânea foi descoberta por acaso em 1963. Um habitante de Derinkuyu derrubou uma parede de sua casa e descobriu um cômodo que não sabia que existia. Seguindo com sua curiosidade, foi achando vários outros em sequência, até descobrir que, na realidade, era uma cidade que havia encontrado. A partir dali, muito já foi pesquisado neste lugar. Os Hititas foram os primeiros, por cerca de 1400 a.C. No entando, depois deles, vários outros povos usaram estas instalações. Sua exploração já chegou aos 40m de profundidade, mas acredita-se, contudo, que chegue aos 85. Apesar de Derinkuyo estar aberta aos visitantes desde 1965, apenas 10% dela pode ser visitada. Já são 20 níveis subterrâneos descobertos, mas as visitas são permitidas somente nos oito níveis superiores. ESTRUTURA Com sistema de ventilação e comunicação, essa cidade podia albergar até 100.000 habitantes. Inclusive, possuía também um túnel com aproximadamente 8km de extensão que a conectava com a cidade subterrânea de Kaymakli. Além disto, Derinkuyu tem cerca de 600 portas exteriores na cidade, escondidas nos pátios de casas da superfície. Ainda, o interior conta com galerias subterrâneas onde há espaço para, pelo menos, 10.000 pessoas. O exterior era isolado por pesadas rochas que fechavam as entradas dos túneis pelo lado de dentro. Eram moldadas em formato de discos e impediam qualquer tipo de invasão. Estes discos tinham entre 1 e 1,5m de altura, 50cm de espessura e um peso de até 500kg. A partir dos túneis de entrada, a cidade contava com labirinto de salas e ambientes que serviam para diversos fins. Entre eles estão estábulos, igreja, escola, cozinhas, até mesmo prensas para o vinho e para o azeite. Além de ainda ter tabernas, cantinas, numerosas habitações, e até um bar. Por fim, a cidade tinha câmaras distintas para armazenagem de mantimentos, preparo de comida, banheiros e estábulo. Incrivelmente grande, comportava até mesmo gado e os enormes camelos da Capadócia. Aliás, Derinkuyu foi mais do que apenas residências, armazenamento e túneis. Quando os moradores fugiram para o subterrâneo, empresas continuaram funcionando como de costume lá embaixo. Inclusive, estes espaços comerciais tinham áreas de reunião comunitária, salas de jantar, loja de conveniência, lugares religiosos de culto e até mesmo lugares específicos para fazer compras. ÁGUA A cidade tinha a sorte de possuir um rio subterrâneo, que fornecia água para os vários poços. Ela também possuía 52 poços de ventilação que são verdadeiras obras de engenharia. O nome Derinkuyu pode ser traduzido como “poço profundo” – nome dado à cidade de superfície onde faltava água corrente até recentemente. Visto que era um dos maiores bens, era por ela que os inimigos atacavam. Isto porque sabiam que suas chances de sucesso eram poucas tentando entrar na cidade pelas portas e túneis, então, geralmente tentavam envenenar a água, forçando a população a sair. PROTEÇÃO Certamente, várias artimanhas foram pensadas para proteger Derinkuyo. Os túneis de acesso eram sempre baixos e estreitos. Inclusive, eram cheios de orifícios onde passavam armas que matavam os inimigos com facilidade. Além destas, existiam várias outras formas de proteção, como câmaras com artifícios bélicos, que eram até primitivos. Entretanto, estas protegiam os habitantes. Mesmo que uma parte da cidade tivesse sido invadida, ainda teria outra onde a população estaria a salvo. VISITA A visita a Derinkuyu é muito tranquila. Basta comprar a entrada e seguir por conta própria o caminho indicado por setas nos corredores e túneis. Tudo é bem iluminado. Inclusive, os próprios guardas que estão por ali se oferecem para ser guia. Por um pequeno valor eles explicam as inúmeras salas e ambientes, contando histórias. Vários ambientes têm placas indicando para que serviam, mas explicações não existem. INFORMAÇÕES · HORÁRIO: 1º de novembro a 31 de março: diariamente entre 8 e 17h. · ENTRADA: 60 TL por pessoa. QUAL DAS DUAS CIDADES SUBTERRÂNEAS VISITAR? Sem dúvida, o ideal seria visitar as duas cidades. Inclusive, isto pode ser feito em meio dia, já que cada uma pode ser vista em torno de 1h, 1,5h. Comparando: Derinkuyu tem corredores e salas mais amplas que Kaymaklı. Isto torna a visita mais agradável. Porém, ela é mais escura e mais afastada de Göreme. 6 – Pigeon Valley O vale tem este nome por causa de várias casas de pássaros que foram esculpidas nas cavernas. Antigamente, os pássaros eram muito importantes para os cristãos, porque forneciam os pigmentos para pintar afrescos e cerâmicas. Além disso, suas fezes eram usadas como adubo para videiras. No vale dos pássaros é possível encontrar uma árvore repleta de olhos turcos. Há árvores similares em outros locais turíscos, porém esta é a mais bonita e enfeitada. A surperstição diz que o olho turco (também conhecido por olho grego) ajuda a espantar o mau olhado. É impossível um turista voltar de uma viagem à Capadócia sem trazer junto um olho turco, nem que seja num chaveirinho. Ele está presente em todos os lugares e há dezenas de tipos diferentes de souvenirs com este olho. A partir do Pigeon Valley, é possível ter uma visão panorâmica de toda a região e das formações rochosas com diferentes cores e formatos, além das famosas chaminés de fada, que são cavernas com formas bem inusitadas e excêntricas. Esta trilha tem dois pontos de partida em Uçhisar. A rota mais longa começa na parte de trás da cidade, perto do mirante. Já a mais curta começa perto da bifurcação na estrada Uçhisar- Göreme (provavelmente cerca de 2-3km mais curta). Cerca de 100m após a bifurcação (seguindo direção a Göreme), você vai ver uma placa indicativa para Pigeon Valley e um bando de pássaros de madeira em postes. Caso queira começar a trilha em Göreme, também pode. Pegue a estrada próxima ao Ataman Hotel, a Uzundere Caddesi, no sul de Göreme. Ela leva ao Güvercinlik (Pigeon) Valley. Ambas as direções são sinalizadas. · Distância: de 3-6 km, depende de onde se começa. · Tempo: de 3-4 h. · Dica: Caso necessite voltar para buscar o carro, pegue um ônibus na estação em Göreme. Use uma linha que segue para Nevşehir. As saídas são a cada 30min. Ele vai te deixar em Uçhisar. · Como chegar: caminhando para o Pigeon Valley. É super fácil encontrar a trilha no Maps.Me. Gasta-se 2h30m para ir e voltar. · Quanto Custa: o acesso é gratuito. 7 – Uçhisar Castle Uma vez que você já fez a trilha até o Pigeon Valley, vale a pena dar uma esticadinha até o Uçhisar Castle, ponto mais alto da Capadócia, cujo topo oferece uma vista super bonita, especialmente no fim do dia. O castelo de 50m possui diversos quartos e cômodos que se conectam por meio de túneis, escadas e corredores, formando um verdadeiro labirinto rochoso. Os cômodos do Uçhisar Castle possuem portas de pedra, instaladas para garantir a proteção da família real em caso de ataques. A localização do castelo, no alto de um morro, também foi estratégica para avistar os inimigos com mais facilidade. The castle does not hold any antiques, ancient portraits of royalty or any example of outstanding architecture. The stone walls and floors are bare. There is nothing to look at. Os visitantes conseguem conhecer apenas uma parte do castelo, uma vez que o passeio é feito pelos degraus do lado de fora, que levam até o ponto mais alto. · O Castelo de Uchisar foi usado como mecanismo de defesa para evitar ataques do inimigo nos séculos XV e XVI. · Nos períodos persa e seljúcida, foi utilizado como principal centro de controle de comércio como Royal Road e Silk Road. · Está na lista da UNESCO desde 1985 e foi incluído como Parque Nacional em 1986. · Como chegar: caminhando do Pigeon Valley até lá. Fica apenas 5km de Goreme. · Quanto Custa: custa 9TL para subir ao topo do castelo. · Uchisar Castle is open daily 7h30 – 20h. 8 – Panoramic View Point Do Pigeon Valley seguimos caminhando e paramos em pelo menos 3 Panoramic View Points pelo caminho. Tem vários na estrada para Göreme e todos oferecem vistas super bacanas. · Como chegar: do Pigeon Valley seguimos caminhando até lá. Mas do centro de Göreme até o mais próximo é uma caminhada de 20min. · Quanto Custa: o acesso é gratuito. 9 – Pasabag – Monks Valley Sem dúvidas, nenhum vale oferece suas atrações mais facilmente que este. Basta estacionar ao lado das formações, no grande estacionamento disponível gratuitamente, e sair caminhando entre as chaminés de fadas. O Paşabağ Valley fica na estrada que leva ao Zelve Open Air Museum, bem próximo de Çavusin. Passando a cidade – vindo de Göreme – dobre à direita. Paşabağ (pronuncia-paa-sha-ba) significa Vinha de Pacha (General, em turco). Neste lugar costumavam morar monges que escavaram celas dentro dos pináculos. Eles se isolavam dentro destas chaminés em meditação e viviam uma vida de oração e isolamento. De tal forma, que só desciam para buscar comida. Escavavam as chaminés de baixo para cima e criavam celas com uma altura de 10-15m. Este estilo de chaminés é único, mesmo para a Capadócia, onde estas têm forma de cogumelo. Uma grande atração é a capela dedicada a São Simeão, e que foi abrigo de um eremita. Ela foi construída em uma das chaminés de fadas com três cabeças. Ainda hoje dá para visitar uma destas celas. · DICA: a maioria das pessoas vai até a parte central e visita a parte do Vale dos Monges que está mais próxima à estrada. Quem segue até uma parte mais alta consegue ver o outro lado do vale e também mais “monges”. Sugiro começar uma caminhada pelo canto esquerdo, e seguir subindo nas rochas. O caminho por trás dele vai até o lado direito. Vale muito a pena fazer este trecho, pelas lindas vistas. · TEMPO: a visita pode durar de 20 a 50 min, entretanto, para aproveitar mesmo o vale e andar pelas suas partes superiores, reserve mais do que isto. Na beira da estrada há lojas que vendem obras de arte e têxteis. Você também encontra uma aldeia onde no inverno é servido vinho quente temperado, o famoso quentão. Ainda na beira da estrada, há diversos cafés onde você pode fazer um lanche. 10 – Explorar o centrinho de Göreme Göreme é um pequeno vilarejo rico em história e cheio de construções antigas, localizado dentro de um vale. O centrinho é composto por diversos hotéis-cavernas, bares, restaurantes e lojas, sendo uma das melhores opções para quem quer viver a típica experiência turca de hospedagem. O local tem muitos pontos turísticos e um apelo histórico muito forte, sendo declarado como Patrimônio Mundial da Unesco. 11- AS TRÊS BELAS (The three beauties) Three Graces are the brilliant three fairy chimneys located on Urgüp, district of Nevsehir. It is the most famous natural beauty and symbol of Urgüp. This amazing natural formation is well known not only its enchanting landscape but also its incredible story. Ao fundo é possível avistar o monte Erciyes, um vulcão adormecido cujas erupções, há milhões de anos, foram responsáveis pelas formações rochosas peculiares da região da Capadócia. According to a legend, once upon a time, in Kingdom Period, there was a king and his daughter, princess living peacefully together here. After he lost his wife, the king began to be addicted to his only daughter. Also, he worried about her due to the fact that she was very beautiful and charming. Therefore, all men in country wanted to be marry her. But princess fell in love with a shepherd. The king disapproved that marriage and because of that, he decided his darling princess to be married with authorized man. However, she escaped from the palace and got secretly married with this shepherd. After years, she gave birth a baby. Then she thought that maybe his father forgave them thanks to their child and set off to the palace. The king did not mercy although they had a child. He ordered these soldiers to kill this family. When the princess run away those soldiers of the king, she prayed to the God: “please, my God, make us either a stone or a bird.” The God accepted their prayer and they immediately convert into a stone (today’s fairy chimney called Three Graces). So, these three fairy chimneys (Üç Güzeller) symbolize as the princess, her husband and her child. 12- VILAREJO DE ÇAVUSIN Like many other places in Turkey, it once used to be a thriving and close-knit community of Turks and Greeks living side by side. Unfortunately, the Treaty of Lausanne in 1923, ended that when Greek citizens were forced to return to their homeland and vice versa. Turks continued to live in their homes which were caves burrowed out of the soft volcanic rock that litters across the entire Cappadocia landscape but it became unsafe from falling boulders. Slowly, citizens deserted their cave homes for manmade housing in the new part of Cavusin and for many years, it looked like the old part would end up in rack and ruin. Tourism however has played a part in ensuring that its story does not fold away into the history book and it is mainly because of an old and rather quaint church sitting at the top of a rock majestically overlooking the old town. Church of Saint John the Baptist Reached by walking to the top of the large rock and over a shaky wooden bridge, visitors arrive at the entrance to the church, which although does not extensively display impressive frescoes as seen in the churches of the Goreme open air museum, still has a majestic presence and holy atmosphere. Dating from the 5th century, it was originally one structure but during the 10th century, Christians separated it into three prayer rooms to keep it standing and reinforce the supporting pillars. Evidence of this can be seen at the edge of the walls, which are framed by the original pillars. With a cathedral like appearance, unfortunately most of the mosaics were damaged over the years but look closely and you can see the original stories of which one shows a Byzantine emperor riding a white horse. Obviously, the church is the major feature of the old town of Cavusin but as you stand there, it is worth turning around for an amazing panoramic view of the new town and the entrance into Rose Valley. 13- VALE DA IMAGINAÇÃO (Devrent Valley) O Vale da Imaginação está situado na encosta norte do monte Aktepe. Fica a 1km do Paşabağ Valley (Vale dos Monges), a 5 km de Avanos e apenas 10min de carro de Göreme. Mais conhecido pela sua rocha em formato de camelo, este vale fica a meio caminho entre Avanos e Ürgüp. De fato, seu maior atrativo turístico está situado bem perto da estrada. Para quem tem mais tempo, o vale tem uma coleção única de chaminés de fadas erodidas que permitem imaginar infinitas formas dando asas à imaginação. As rochas de Devrent estão espalhadas ao longo de três vales que nunca foram habitados. Deste modo, eles não contêm igrejas e nem fortificações, entretanto, também abrigam várias chaminés de fadas. O que faz dele uma atração bastante procurada são suas formações rochosas que se parecem com animais e outras coisas mais. O Vale Devrent (também se escreve Vale Dervent) parece um zoológico esculpido pela natureza. Algumas das formas mais facilmente visíveis são camelos, jacarés, cobras, focas e golfinhos. Inclusive, tem uma rocha que parece a Virgem Maria com o Menino Jesus, e outra que parece o chapéu de Napoleão. Além de um casal se beijando e dançando. · TEMPO: entre 10min e algumas horas, dependendo da sua disponibilidade. 14- VALE ROSA E VERMELHO (Rose and Red Valley) Inegavelmente, os mais belos vales da Capadócia estão entre as aldeias de Göreme e Çavuşin. Aqui, as paredes rochosas ondulantes em formato de arco estão por todo lado. Elas têm uma paleta de cores entre rosa pastel, amarela e laranja. Assim sendo, as falésias foram formadas por explosão vulcânica e milênios de erosão eólica e hídrica. Com toda certeza, este passeio é inesquecível, pois você passa entre as falésias e exuberantes pomares. Além destes, você vai ver vinhas e hortas tranquilamente cuidadas por fazendeiros locais. Enquanto que nas rochas escavadas estão igrejas escondidas e esconderijos de eremitas que remontam à época bizantina. Estes dois vales começam em Çavuşin, mas terminam em lugares diferentes. Um deles acaba no mirante próximo Ortahisar, conhecido como Sunset Point. Já o outro acaba no Kaya Camping, logo acima do Göreme Open Air Museum. Ademais, você pode escolher começar a trilha por ambos os lados. Apesar de seguirem por rotas diferentes, ainda assim todas acabam no mesmo lugar perto da vila Çavuşin. No meio desses vales existe uma formação rochosa que no passado foi uma igreja. Entretanto, ainda dá para ver um pedaço da decoração que restou. ATRAÇÕES PARTICULARMENTE INTERESSANTES DENTRO RED VALLEY: · Kolonlu Kilise (Igreja de Colunas); · Haçlı Kilise (Igreja da Cruz) com sua cruz gigantesca esculpida no teto da caverna do século X; · Uç Haçlı Kilise (Igreja das 3 Cruzes) com suas esculturas no teto incrivelmente preservadas e interessantes afrescos (embora severamente danificados). JÁ DENTRO DO ROSE VALLEY AS ATRAÇÕES SÃO: · Ayvalı Kilise (Igreja com Marmelo); · Uma igreja dupla de Catholicon (igreja principal) e sua Parekklesion (capela lateral), que são ligadas por uma passagem. Não deixe de observar suas pinturas, incluindo um Gênesis e a Ascensão. Infelizmente, os afrescos estão fortemente enegrecidos. A visita é gratuita. · DICA: caso você esteja na Capadócia durante a lua cheia, você pode planejar uma caminhada sob o luar através deste vale. Em princípio, vários grupos fazem isso a cada mês. Inclusive, dá para fazer a caminhada até sem lanternas em uma noite clara e sem nuvens. · TEMPO: as caminhadas levam em torno de 2-3 horas atravessando os 2 vales. · SUGESTÃO: o Sunset Point tem um estacionamento, mas ele fica numa ponta deste vale para fazer caminhadas nos arredores de Göreme. Deste modo, uma opção para retornar ao carro, ao chegar em Çavuşin, é pegar um táxi, assim, você não precisa caminhar todo vale de volta para chegar ao lugar onde o carro está estacionado. De maneira semelhante, outra opção é pegar o ônibus de Çavuşin até Göreme e seguir de táxi ou a pé até o estacionamento. 15- AVANOS Avanos é uma cidade e distrito que está situada a aproximadamente 18km a norte da província de Nevşehir. A área de distrito é de quase 994km² e a altitude média é de 920m, também ela é o ponto mais alto do Monte Ismail Sivrisi, com 1756m. A cidade está separada do resto da Capadócia pelo o rio mais longo da Turquia, o Quizil Irmaque (ou Hális). Ela é um destino turístico muito importante por causa da beleza natural da cidade velha com as suas ruas empedradas e vistas sobre o rio, além da fama única pelas suas tapeçarias e cerâmica feito de barro vermelho, extraído das margens do Quizil-Irmaque. Essa é a atividade tradicional mais antiga do país, desde o tempo dos hititas ainda muito importante atualmente. Ela tem clima continental, com invernos frios e úmidos, e verões quentes e secos. A cidade de Avanos era conhecida antigamente como Venessa. Ela tem vestígios do período hatita e um templo dedicado ao deus grego Zeus datado do período helenístico. Além disso, tem ruínas preciosas do período bizantino, turcos seljúcidas e o Império Otomano, além de mesquitas históricas, como, a seljúcida de Aladdin e a otomana de Yeralti, esta última do século XVI. Zelve é um complexo monástico, a cerca de 5km de Avanos e a 1km de Paşabağları. Lá também existem numerosas ruínas de habitações trogloditas. Sabe-se que em Zelve viveu uma importante comunidade cristã, que o local foi o centro religioso da região entre os séculos IX e XIII e aí foram fundados os primeiros seminários para padres. A Igreja de São João Baptista, em Cavuşin, foi construída no século V e pensa-se ter sido um destino de peregrinações. Já a Igreja de Nicéforo Focas, em Cavuşin, também conhecida como Casa dos Pombos, tem afrescos comemorativos da passagem do imperador bizantino Nicéforo II Focas pela Capadócia, em 964-965, durante a sua campanha militar na Cilícia. Tem gente acredita que eles comemoram uma peregrinação do imperador à vizinha igreja de São João Baptista. 2. RED TOUR · Uçhisar Castle · Göreme Open Air Museum · Love Valley · Devrent Valley · Monks Valley · Avanos (Pottery Center) · Esentepe viewpoint, · Cavusin old Greek houses, · Wine cellars in Urgup. · Zelve valley · The Red River (800 km the longest river of Turkey) Cappadocia Red Tour is a popular sightseeing tour covering the popular attractions and sights of the northern part of Cappadocia, such as valleys, fairy chimneys, viewpoints, villages, castles, Avanos pottery workshops and Goreme Open Air Museum. Start early in the morning, around 09:30, and goes for about 7-8h. Avanos & Potter Workshops Avanos is situated by the Red River and attracts big number of visitors with its European town look. In Avanos, you’ll see variety of great traditional pottery workshops and demonstrations and you may glimpse into the world of pottery while you stroll along the streets of Avanos. When you get into one of this pottery hops, you’ll have the opportunity to make your own clay pot if you wish, with the local craftsmen to help you polish up your skills. Cavusin village Cavusin is pretty small village and one of the oldest settlements of the region situated along the Goreme-Avanos Road. In Cavusin, locals still live in the rock-cut dwellings and stone houses. Cavusin also has variety of historical sites such as ruins from the Christian monks and some churches. Urgup Wine Cellars Urgup is one of the most popular towns in Cappadocia that travelers may experience and enjoy all the extraordinary formations, fairy chimneys, cultural heritage and ethnographic diversity of whole Cappadocia region. You’ll also have chance to visit the famous wine cellars, taste and shop from the wide range of wines. Our first stop of the tour will be the Devrent valley which reveals many different rock formations, and small fairy chimneys that form a lunar landscape or moonscape by their strange look. Our tour will continue with Pasabagi (Monk’s valley) which contains some of the most striking fairy chimneys of Cappadocia, with twin and triple rock caps. After visiting Pasabagi, we will drive to Avanos town (Vanessa) which is known for its world-renowned pottery handicrafts, a craft dating back to the Hittite period. The red clay which is worked by local pottery craftsmen are taken from the Kizilirmak river, passing through Avanos town, the longest river (800 km) of Turkey. After having a delicious lunch in a local restaurant in Avanos town we will continue of tour with the world renowned amazing Goreme Open air museum, where we will visit the rock churches, chapels and monasteries carved into the fairy chimneys from the 10th to 13th centuries AD. You will be amazed by the magnificent frescoes drawn on the rock walls. 3. GREEN TOUR · Göreme Panoramic View · Derinkuyu Underground City · Ihlara Valley 3 km de caminhada · Belisirma – Almoço · Selime Castle · Pigeon Valley Cappadocia Green Tour is a popular sightseeing tour covering the popular attractions and sights of the south-western part of Cappadocia, such as valleys, fairy chimneys, underground cities, castles, viewpoints, villages and Ihlara Valley. Ihlara Valley is a fantastic canyon with a depth of about 100m and about 10km length that was formed by the volcanic activity from Mount Hasan and erosion by the Melendiz River hundred thousands of years ago. One of the best side trips from Cappadocia. While you hike, you’ll see the famous dwellings, hidden cave churches decorated with frescoes and houses located at the hills in different altitudes. After you stroll or hike about 3,5km along the river, you’ll see the famous Belisirma village (a typical Anatolian village) and will have a chance to have a lunch break at a local restaurant nearby the river. And than if you feel like you can hike for about 6km more (many travelers turn back from the Belisirma village, following the same track they climb to the Ihlara Valley entrance and end their tour as their car parked there), you may have chance to visit the Yaprakhisar village and see stunning views of the conical fairy chimneys and 1km after you may see the famous Selime Monastery that was one of the biggest and most fascinating religious settlements in Cappadocia. On this tour there is hiking 5 km along Ihlara valley. 4. BLUE TOUR · Ortahisar Castle · Keslik Monastery · Sobesos Ancient City · Soganli Valley 2 km de caminhada · Taskinpasa (Islamic School Madrassa) · Old Greek Village · Red Valley · Rose Valley Cappadocia Blue Tour is a popular sightseeing tour covering the popular attractions and sights of the southern part of Cappadocia such as valleys, fairy chimneys, villages and Kaymaklı Underground City. Ortahisar Castle is a rock castle situated in Ortahisar town and offers a magnificent panorama over the fairy chimneys of Hallacdere and the snowy peak of Mount Erciyes. Today the castle has been restored and the peak is accessible by a staircase. The tour starts in a panoramic area. This could be the fairy chimneys of the Three Beauties or the panorama of the city of Goreme. After that, Mustafapaşa village will be visited (sometimes 15-20min walk in the village). Then Sobesos Monastery, Keşlik Monastery, Soğanlı Valley and Karabaş and Yılanlı Churches in Soğanlı Valley will be visited. If you want to hike in Soğanlı Valley, you can also see the domed church during the walk. The walk takes about 20-25min. And Mazı underground city is visited in Soğanlı Valley. III. PAMUKKALE E HIERÁPOLIS 1. Pamukkale Pamukkale em turco significa Castelo de Algodão, e o nome tem tudo a ver com o lugar, pois surgiu através da precipitação de carbonato de cálcio trazido pelas águas termais que brotavam nas montanhas e que depois de solidificado se transformou em mármore travertino. As águas termais são ricas em minerais, sais e calcários, ótimos para tratamentos de pele. A ação do óxido de cálcio traz efeitos surpreendentes, não só nas paredes rochosas, mas altera a cor da água dependendo da luz solar, entre verde, azul e avermelhado. São cerca de 2700m de comprimento por 160m de altura, trazendo ainda uma vista deslumbrante para a cidade de Hierápolis. A paisagem surreal de Pamukkale foi formada ao longo de milênios através de calcário depositado por 17 fontes termais na área. Sua beleza natural foi quase perdida quando hotéis surgiram em torno da área na década de 1960 e uma estrada foi construída para permitir o acesso direto ao local. Os hotéis drenaram as águas termais para encher suas piscinas e os terraços ficaram marrom acinzentado. Felizmente, em 1988, a UNESCO entrou em cena e declarou Pamukkale como Patrimônio Mundial. Os hotéis foram demolidos e uma série de piscinas artificiais foi construída no topo da estrada para esconder os danos causados. Hoje, existem controles rigorosos sobre o desenvolvimento e o turismo na região. Vale a pena notar que Pamukkale é visitado por 2 milhões de pessoas por ano, o que equivale a 5500 pessoas por dia! No local, é obrigatório andar descalço durante todo o trajeto, independente do clima. Como chegar? De ônibus a partir da Capadócia, pela Metro, custa 14USD (Goreme-Pamukkale, nightbus) e de lá saímos para Marmaris também pela cia de ônibus Metro. A parada é em Deniszli, a 70 km de Pamukkale, de onde se pega um ônibus ou van para mais 1h de trajeto. O ônibus público o deixará no portão inferior por padrão, que é a melhor opção para visitar Pamukkale. É menos lotado, pois as excursões deixam os passageiros no portão superior. Também inclui uma caminhada até o penhasco, oferecendo vistas deslumbrantes. · Horário de visitação: no inverno abre às 6h e fecha às 18h30. · Entrada: são 3 opções de entrada para o complexo de visitação que inclui as piscinas termais na montanha branca de calcário, a cidade histórica de Hierápolis e a piscina de cleópatra. · Valores: 110 TL para o complexo que inclui as Piscinas Termais e Hierápolis ou 170 TL com audioguia. Saiba para não se decepcionar Não são todas as piscinas que ficam em funcionamento o tempo todo. A água é drenada em baixa temporada, a maioria das piscinas, as mais bonitas por sinal, não se encontram cheias. “A princípio achei que era porque era inverno, mas li em outros locais que isso também acontece em outras épocas! Ainda foi lindo e amei conhecer, mas saiba que você não verá aquele mar de piscinas azuis, pois muitas delas provavelmente estarão vazias.” Você pode tomar banho por lá, mas no fundo delas, o calcário é bem lamacento. As duas piscinas no topo da montanha branca são um pouco mais fundas, o que por outro lado acaba lotando de turistas. Outro lugar que dá para tomar banho é na corredeira que se formou com a força da água e parece um tobogã. 2. Hierápolis Hierapolis (Holy City) of Phrygia was a major city in the Aegean region in ancient times. It first entered the historical scene around 2,000 B.C. It was established by Eumenes II (197 BC – 159 BC), the Ancient Greek king of Pergamum, clearly, a man of leisure who appreciated the finer things in life. After all, Hierapolis was established as a thermal spa city. The city saw good times under the king's rule but not until a few hundred years later did Hierapolis reach its full potential, flourishing far and wide in the second and third centuries, this time under the rule of the mighty Roman Empire. What makes its growth even more astonishing is that it came after a devastating earthquake in A.D. 60, when Nero was the Roman Emperor, that left the city in complete ruin, but like a phoenix born from its ashes, Hierapolis sprung back to life when it was rebuilt. All of the Ancient Greek architecture was lost. Hierapolis was ruled by the Roman Empire in around 129 AD and was rebuilt using Roman styles and techniques. Much of the surviving ruins date from the Roman Empire. Although admittedly, not much survives from these early days thanks to subsequent natural disasters. A powerful earthquake in the early 7th century flattened most of the city, but it was rebuilt. Yet another earthquake devastated the city in 1354, by which time it had lain abandoned for several hundred years. It wasn’t until 1887 that German archaeologist Carl Humann began the excavation of the ruins of Hierapolis that visitors can see on tour today. Since 1957, excavation and restoration work has been going on under the direction of an Italian group of archaeologists from the University of Lecce, sponsored by Fiat. By the mid-fourth century, Emperor Constantine converted to Christianity, establishing Constantinople as the empire’s "new Rome" and turned the town of Pamukkale into a bishopric. The town’s religious significance, however, actually dates back a few centuries. In A.D. 80, St. Philip, one of the 12 apostles of Jesus, was crucified in this ancient city by Emperor Domitian, paving the way for the site to become an important center of religion for the eastern Roman Empire (in other words, the Byzantines). Several churches, as well as Philip’s martyrium building from the fifth century, remain as evidence. When the seventh and eighth centuries rolled around, however, began the city's untimely demise. History books have been strangely silent about what happened. Another monstrous tremor could be to blame. Now located in the modern-day province of Denizli, the ancient city has an abundance of well-preserved structures to visit, from a Necropolis to the famed Domitian Gate that opens up to hell to a theater with reliefs illustrating the mighty Olympian twins, Apollo, the god of the sun, and Artemis, the goddess of the moon. The most famous ruins left from the grand Greco-Roman period include remnants of baths, a necropolis and theater, remains of the Byzantine city wall, the ruins of the octagonal Martyrs' Church of St. Philips and the Arch of Honor of Emperor Domitian from the first century. Martyrium of St. Philip, the Apostle Ao extraordinário e octogonal martírio de São Felipe chega-se depois de subir um dos pequenos caminhos desde o teatro romano. This Martyrium was constructed in the name of St Philip, one of Christ’s twelve disciples. It is believed that St Philip was martyred here and is buried in the centre of the building. Cada um dos arcos das oito capelas está marcado com cruzes que ainda se conservam e as vistas são esplêndidas. Vale a pena subir o estreito caminho só por isso. Pode-se ver toda a "montanha de algodão" de Pamukkale e os campos que rodeiam Hierápolis. The ghastly gate to hell/ The Plutonium Depending on which myths you are fonder of, you might have heard this structure also being called Hades’ Gate, rooted in ancient Greek mythology, or Pluto’s Gate, as it was known during Roman rule. Despite its various names, there is one thing almost everyone can agree on: it was, indeed, the gateway to hell and killed those who got too close. The Plutonium, located next to the Temple of Apollo, is the oldest local sanctuary and acted as a shrine to the god of the underworld; Pluto. It is a small cave, large enough for one person to enter, there are stairs leading down, where underground geological activity causes the emission of highly-concentrated carbon dioxide that is deadly to the living. There is also fast-flowing hot water, with a potent smelling gas. The Romans even sacrificed bulls there as offerings to the god. Since people died from the toxic gas, it was thought that the god of the underworld was sending this gas to kill people. In the early years, priests crawled over, holding they're breath or by locating pockets of oxygen. This was seen as a miracle to the people and the priests were infused with superior powers and divine protection. Nowadays, though in smaller amounts, the gasses still kill insects, birds and small animals from time to time. Roman Theatre The Theatre is probably the most impressive attraction at Hierapolis. It was built during the reign of Hadrian, after the earthquake of 60 AD. The Roman Theatre was built over two stages; the first theatre was destroyed by an earthquake, so the second was hollowed out of a slope in the mountain. Most of the stage is still visible, as well as some decorative panels and VIP seating areas. At full capacity, the theatre could hold 12000 – 15000 people. The theatre is divided by eight vertical passageways and nine aisles. The theatre is constantly undergoing excavation projects and new relics and statues depicting mythological figures are continually being discovered. During significant restoration between 2004 – 2014, several statues of Apollo and other gods were excavated. The original layout of Hierapolis was a grid system, with streets running parallel or perpendicular to a single main street, that was around 1,5km long. At each end of the main street was a colossal gate, though much of this was destroyed by earthquakes. One gate, however, the Frontinus Gate, survives. Springs that heal the soul How can destruction and devastation bring so much beauty? Travertine pools big and small are living proof. After a series of columns collapsed in an earthquake in A.D. 692, they caused thermal water to accumulate in grooves and troughs, creating the wondrous site we see today. Overlooking the ruins of the ancient and sacred city of Hierapolis, Pamukkale is anything but ordinary. Though from afar they look soft and ethereal like a scene out of a fairy tale, the white limestone travertines, shaped by calcium-rich hot springs, are strong and sturdy and full of healing powers. Cascading down a steep hill, the terraces are filled with calcium-rich thermal waters deemed magical by many for rheumatism to cardiovascular diseases, as well as skin diseases like eczema and psoriasis. Sufferers of such illnesses have flocked to the site seeking to heal their ailments and find some relief. Inside a particularly well-preserved Roman bath in the ancient city also lies a treasure trove of history. With high-vaulted ceilings, the structure contains an archaeological museum home to ornate sarcophagi. Temple of Apollo The Temple of Apollo had an oracle and was tended by priests. The source of inspiration for the Temple was the Plutonium spring located nearby, which gave off toxic vapours. The priests would use this to their advantage by demonstrated the potency of the mythological Hades, by sacrificing small animals into the Plutonium. Only the foundations of the original Temple of Apollo remain. A new Temple was built in the 3rd century using a Roman style. The marble was recycled form the Temple of Apollo, but again, only the foundations remain. Nymphaeum The Nymphaeum is a shrine of the nymphs, a fountain which distributed water to houses throughout the city, using a network of pipes. It is designed in a U-shape, with statues and shops around it, now only two side walls remain. The Nymphaeum had these retaining walls, which blocked the Christians view of the Pagan Temple. Necropolis The Necropolis extends over 2km and is one of the best-preserved in Turkey. There is around 1200 tombs, constructed from limestone, which dates back to the Hellenic period. There are also a number of Roman and Christian tombs. In the ancient time, Hierapolis was a place of healing, however, the large number of necropolises suggest there were mixed results. The graves are designed to represent the importance in the community, there are four types; · Simple graves for common people · Sarcophagi for the wealthy, with most being decorated in marble, with inscriptions indication the name, profession and praising the good deeds of the deceased. · Circular Tumuli again for wealthy, with vaulted chambers. · Family graves, with the vaulted chamber, monuments and small temples. Hierapolis Archaeology Museum Housed in surviving Roman baths, the Hierapolis Archaeology Museum is small but fascinating. It displays statues, sarcophagi, artefacts, pillars, and other treasures recovered during the excavation of the city. Many of the statues were transported to museums across the world and in 1970 the museum was built onsite. 3. Piscina de Cleópatra Próximo às pedras de mármore travertino de Pamukkale, existe a chamada Piscina da Cleópatra, também com águas termais que chegam a 36°C e que de acordo com a lenda, era frequentada pela rainha do Egito que acreditava no poder curativo e rejuvenescedor daquela água, que ficou conhecida então como Fonte da Beleza. A água é realmente muito quente, tanto que não é permitido ficar mais de 2h porque pode haver efeitos colaterais. A piscina não tem a estrutura natural e branca por causa do calcário, mas tem partes com 5m de profundidade e as mesmas águas termais naturais. O local de banhos romanos fazia parte do Templo de Apolo, mas depois dos terremotos que devastaram a cidade, as ruínas formaram um local único. Hoje em dia as ruínas romanas e os pedaços de colunas de mármores estão no fundo da piscina. No geral, o local tem uma estrutura de clube com lanchonete, loja de suvenires, banheiros e trocadores. Você pode entrar e fazer fotos na parte de fora, mas para entrar na Piscina de Cleópatra e se beneficiar das águas termais tem que pagar uma taxa extra. Você pode guardar seus pertences de graça em armários, deixando apenas um depósito de 10 TL ou num pequeno cofre para passaportes, celular e carteira por 5 TL na recepção do local. Além disso, há serviço de fotografia que custa 80 TL por foto impressa ou digital, pois não é permitido entrar na piscina com celular nem câmeras. · Horários: Aberto diariamente das 8h às 21h (varia de acordo com os meses do ano) · Entrada na piscina: 100 TL IV. ÉFESO Éfeso (Ephesus em Turco) foi inicialmente uma cidade grega construída no século X a.C. e uma das doze cidades da Liga Jônica. Ela está na costa de Jônia, 3km a sudoeste de Selçuk, província de Esmirna. É uma das cidades antigas mais magníficas e sofisticadas em todo o mundo e abriga uma das Sete Maravilhas, o Templo de Ártemis. Com quase 3000 anos de história, Éfeso passou pelas mãos de muitos impérios e povos, dentre eles estão os Lídios, Persas, Egípcios, Romanos, Godos e Bizantinos. Durante o governo do rei Lídio, Creso, entre os anos 560 e 547 a.C, Éfeso prosperou e era um lugar onde homens e mulheres tinham as mesmas oportunidades. Foi nessa época que o Templo de Ártemis foi reconstruído. Os estudos dizem que 3 outros templos menores sucederam o templo construído por Creso. Acontece que Herostratus, um louco da época, quis chamar a atenção de todas as formas e queimou o Templo de Ártemis que foi reconstruído novamente, só que dessa vez 4 vezes maior. Dessa forma ele se tornou uma das 7 maravilhas do mundo antigo. Os Persas conquistaram a cidade no ano de 546 a.C, e mesmo quando outras cidades decaíram durante o seu domínio, Éfeso continuou crescendo, devido a sua importância portuária. Alexandre, O Grande, 200 anos depois, em 334 a.C, derrotou os Persas e tomou conta da cidade até sua morte, em 323 a.C. Com isso, Lisímaco, um dos generais de Alexandre, assumiu o controle da cidade e quis mudá-la para um lugar mais protegido, que ficava a 3km do lugar original. Dessa forma, seu nome mudou para Arsineia. É claro que os moradores não quiseram deixar suas casas para trás, mas o general os forçou a ir causando uma inundação proposital. Em 281 a.C, Lisímaco foi morto em batalha e então a cidade voltou a ter seu nome original, Éfeso. Depois, em 263 a.C, ela caiu sob o domínio dos egípcios até 192 a.C quando os Pérgamos a dominaram. Já em 129 a.C, o rei de Pérgamo deixou a cidade de Éfeso em seu testamento para o Império Romano, período em que Éfeso floresceu de verdade, chegando a ser a segunda maior cidade do Império (com cerca de 250 mil habitantes) e do mundo, atrás somente de Roma! O imperador César Augusto tornou a cidade grande e boa parte das construções que podemos visitar hoje em dia foram construídas. Dentre elas estão o Grande Teatro, a Ágora e a Biblioteca de Celso. Tibério, filho do imperador Augusto, foi o segundo imperador do Império Romano e transformou a cidade com a construção do novo porto, em 43 a.C. Em 263 d.C, quando os godos destruíram Éfeso em uma de suas expedições de invasão, começou o lento declínio da cidade, com sua importância e tamanho diminuindo gradualmente, motivado também pelo assoreamento constante de seu porto. Depois disso, os últimos restos mortais da cidade foram reduzidos a ruínas durante os conflitos entre os seljúcidas e os otomanos. O imperador Teodósio foi o último a governar o Império Romano, iniciando seu governo em 379 d.C. Ele foi responsável por apagar todos os vestígios de Ártemis, além de fechar escolas, templos e impedirem as mulheres de fazer várias coisas, tornando a vida muito difícil para Éfeso. Durante o Império Bizantino (330–1453), o cristianismo foi declarado como a religião oficial do império, por isso, Éfeso foi deixada de lado e começou a entrar em declínio. Seu porto já não funcionava mais, quase não haviam visitantes na cidade e terremotos, comuns na região, ajudaram a agravar ainda mais a situação. Para finalizar, o Império Otomano tomou conta da região a partir do século XV. Só que era tarde demais para fazer algo, já que a cidade já se encontrava quase abandonada. Em 1869, o engenheiro britânico J.T. Wood iniciou escavações no local em nome do Museu Britânico, reapresentando Éfeso para o mundo. Cerca de 30 anos depois, o Instituto Arqueológico da Áustria assumiu o controle das escavações, que acontecem até hoje. Em 2015 entra na lista de Patrimônio da Humanidade da UNESCO. 1. Principais atrações em Selçuk 1. O Templo de Artemis O Templo de Artemis foi um dos maiores no mundo antigo e uma das sete maravilhas. Foi dedicado à deusa grega Artemis (também conhecida como Diana), deusa da caça e da lua, filha de Zeus e irmã gêmea de Apólo. Descoberta em 1869 durante escavações na região, o Templo de Ártemis foi construído no século VI a.C, em 550 a.C., e reconstruído outras vezes. Em sua última reparação, ele tinha 127 pilares de mármore de 18m de altura. Possuía 145m de comprimento por 46 de largura. Hoje em dia apenas um deles está de pé e sem olhar uma foto ou réplica é impossível saber como era. O templo foi incendiado em 356 a.C. por Eróstato, um louco que cometeu tal ação com o objetivo de ficar eternamente famoso. Vinte anos depois, foi reconstruído por Alexandre Magno e, destruído novamente em 262 a.C. pelos godos, durante um assalto a Éfeso. Desde 1906 e até aos dias de hoje, este local é protegido pelo governo turco, que proibiu a extração de qualquer resto arqueológico. Apesar disso, alguns fragmentos mais importantes do Templo de Artemis estão conservados no British Museum de Londres. A entrada é gratuita e não existem placas nem nada falando sobre o local que parece um pouco abandonado. 2. Museu arqueológico de Éfeso Fica bem no centro de Selçuk. Em cerca de 30min é possível visitar tudo. Além de ter várias peças de Éfeso em exposição, também conta bastante sobre a história com uma linha do tempo. É nele que ficam estátuas e outras obras que pertencem a Éfeso, mas por motivos de preservação, estão no local. No museu você ainda encontra esculturas, sarcófagos e uma maquete do Templo de Ártemis, para se ter uma ideia de como ele era antigamente. · Horários: diariamente das 9h às 19h. · Preço: o ingresso custa 30 TL. 2.1. Necrópole Era o cemitério das cidades da antiguidade e é o primeiro ponto a ser visitado, já que ele fica bem na entrada da cidade. Um fato interessante é que as necrópoles normalmente ficavam fora da cidade. Mesmo estando dentro da região do museu, na realidade essa parte ficava fora de Éfeso em si. Os sarcófagos eram feitos em pedra e todos eram desenhados com figuras. 3. A sagrada Casa da Virgem Maria Foi também em Éfeso onde ocorreu em 431 o Conselho Ecumênico da Igreja Católica Apostólica Romana responsável por reconhecer a maternidade divina de Maria, a mãe de Jesus. Uma casa pequena e simples, feita de pedra, é considerada o último refúgio de Maria. Foi descoberta pelo padre francês, o abade Julien Gouyet, em 18 de outubro de 1881, baseando-se nas descrições do livro de Brentano sobre as visões de Emmerich. A casa fica no alto de um morro, 8km depois de Éfeso. Para chegar lá, a maneira mais prática é fechar com um taxista. Procure encontrar mais pessoas para dividir os custos. Cobram-se 100 TL pela corrida de ida e volta, deixando-lhe em Selçuk. A entrada custa 35 TL. 2. Principais atrações em Éfeso 1. Igreja da Virgem Maria À direita do estacionamento, estão os restos de 260m conhecidos como Igreja da Virgem Maria, Igreja Dupla ou Igreja do Conselho. Essa não é a famosa House of Mary, casa que supostamente foi a última de Maria, e que fica próxima a Éfeso. Este na verdade foi o local de reunião do Terceiro Concílio Ecumênico em 431 d.C. e era originalmente uma musa (centro de pesquisa e ensino). Uma basílica com pilares foi construída no local no século IV. 2. Grande Teatro Foi construído durante o período helenístico, no século III a.C, mas foi durante o Império Romano que tomou as proporções que tem: começou no reinado de Cláudio (41-54 d.C) e foi concluída no reinado de Trajano (98-117 d.C). Além de ser um local usado para encenações de dramaturgia, o Grande Teatro também foi palco de lutas de gladiadores, bastante comum na Antiguidade, principalmente entre os romanos. O local é considerado, inclusive, como o maior cemitério de lutadores encontrado até hoje (mais que o Coliseu de Roma). Foi aqui que o Apóstolo São Paulo pregou contra o culto de Ártemis e investiu contra a guilda de ourives responsáveis por seus santuários. Os três níveis de assentos do teatro, divididos em seções por 12 escadas, poderiam acomodar uma audiência de cerca de 25 mil pessoas sentadas. Se você subir ao topo, há uma bela vista que se estende até o Porto Velho. 2.1. O ginásio Encontra-se em reforma, mas os ginásios do império romano eram em formato oval e onde aconteciam atividades esportivas. Ele ficava bem ao lado do Grande Teatro da cidade de Éfeso e servia também de local para treino de atletas. 3. Rua Arcadiana A oeste dos banhos ficava o Velho Porto de Éfeso, agora uma área de terreno pantanoso. Imediatamente ao sul desse grupo de edifícios fica a Arkadiane, uma rua de arcadas finas que corre a leste do porto até o Grande Teatro, que ficava em frente a uma longa praça. O efeito desta avenida magnífica, construída por Arcadius (o primeiro imperador oriental) por volta de 400 d.C, foi ainda mais aprimorada por um portão construído em cada extremidade. 4. A Biblioteca de Celso A magnífica Biblioteca de Celso foi construída em mármore para armazenar por volta de 12000 pergaminhos e data do ano de 110-114. A estrutura foi construída por Gaius Julius Aquila afim de homenager o falecido pai e ex-senador romano, Gaius Julius Celsus Polemaeanus. Ele está enterrado em um sarcófago localizado abaixo da biblioteca, no lado oeste do prédio, logo na sua entrada. Infelizmente, foi totalmente destruída pelos godos, com exceção da fachada. A biblioteca em si tinha originalmente três andares (restaram 2) e era totalmente revestida com mármore colorido. Ao longo da parede traseira havia uma série de nichos retangulares para segurar livros e pergaminhos. A fachada da antiga biblioteca possui 2 andares, com 3 entradas no térreo e 3 janelas no segundo andar. Lá também você poderá ver as réplicas das estátuas de Sophia (Sabedoria), Episteme (Conhecimento), Ennoia (Pensamento) e Arete (Bondade) - as estátuas originais se encontram expostas no Museu de Éfeso. Há ainda, no seu interior, imensos detalhes sobre arquitetura grega. Imediatamente ao lado da Biblioteca de Celso, no canto sudeste da Ágora Inferior, fica o Portão restaurado de Macaé e Mitrídates, assim nomeado em uma inscrição. Se pretende garantir uma foto na Biblioteca de Celso, que é a foto mais clássica de Éfeso, sem centenas de turistas aparecendo, chegue na abertura do sítio arqueológico e vá direto até lá e só depois volte e vá visitando tudo com calma. 5. Rua dos Curetes Mais conhecida com rua do Porto, era a via que ia desde o Grande Teatro até o cais do porto. Atualmente, ainda restam 500 dos 800m originais desta rua forrada de mármore. Por ali passaram, por exemplo, Marco Antônio e Cleópatra. Em ambos os lados estão as Casas da Ladeira. Era ladeada por numerosos edifícios públicos e sobe a colina em direção à Ágora Superior. No ponto em que a rua dos Curetes se curva para sudeste, estão as bases do Propylaion, um portão do século II a partir do qual uma rua, continuada por uma pista escalonada, levava ao sul até o Monte Koressos. No lado leste do Propylaion está o Octagon, uma tumba monumental com uma superestrutura de 8 lados, cercada por uma colunata coríntia, com um banco de pedra em uma base quadrada de mármore. No alto da encosta da colina, você chega a um grupo de prédios com terraços, onde escavações revelaram belos mosaicos. No lado oposto da rua há uma casa que se supõe ter sido um bordel. Além deste, há um pequeno templo com uma inscrição mostrando que foi dedicado ao imperador Adriano (117-38 d.C). 5.1. Casas da ladeira (terrace houses) São casas restauradas que pertenciam a população nobre da cidade. Mosaicos, pinturas e outros itens que somente os ricos possuíam em suas casas podem ser encontradas nelas, além de uma arquitetura diferenciada com muito mais infraestrutura. Os afrescos nas paredes com figuras mitológicas também são destaque das casas. Para visita-las, é necessário pagar um ingresso adicional de mais 30 TL. 5.2. Portão de Hércules Localizado no final da Rua Curetes, era chamado de portão de Hércules e foi trazido de outro lugar, no século IV d.C, para o seu lugar atual. Somente os dois lados das colunas permanecem inteiras, sendo que as outras partes não foram encontradas. 5.3. Nymphaeum Traiani Essa é uma antiga fonte descoberta em 1957 como parte de uma escavação. 6. O Templo de Adriano Pertinho da biblioteca, um templo romano em estilo coríntio, Hadrianeum, foi construído em homenagem ao Imperador romano Adriano, que governou o Império Romano entre os anos 117 e 138 d.C. A estrutura é datada de 138 d.C., medindo 10x10m e foi comandada por P. Quintilius. Em um dos arcos é possível ver o busto da deusa Tyche, que era responsável pela fortuna e prosperidade de uma cidade, seu destino e sorte. Em outro arco está a imagem da Medusa, mulher com cabelos de cobra que transformava em pedra quem a olhasse nos olhos. Sua imagem era muito utilizada em entradas para afugentar o mal. De acordo com uma inscrição gravada na arquivolta do entablamento, a pequena estrutura semelhante a um templo foi dedicada a Deusa Artemis, ao Imperador Adriano e às demos de Éfeso, pelo asiarca Poplius Vedius Antoninus Sabinus de Éfeso. · Horário de funcionamento: de 1º de outubro a 1º de abril das 8h30 às 19h30. 6.1. Portão de Adriano O Portão de Adriano é um arco triunfal construído em nome do imperador romano Adriano que visitou a cidade no ano 130 d.C. Ele tem três portões arqueados e a rainha de Sabá passou por debaixo deles enquanto estava a caminho de visitar o rei Salomão. Foi fechado dentro das muralhas da cidade e não foi usado por muitos anos, apenas sendo revelado quando os vãos finalmente desabaram. Com exceção dos pilares, o portão é feito inteiramente de mármore branco com ornamentos marcantes. 7. Odeon A leste do Prytaneion fica a estrutura semicircular do Odeon, construída por Publius Vedius Antonius no século II d.C. Os níveis inferiores dos bancos de mármore são originais; o restante são reconstruções. O auditório deste pequeno teatro ou sala de concertos tinha capacidade para 1400 pessoas. Como não há drenagem de água de chuva, supõe-se tenha sido coberto provavelmente por uma estrutura de madeira. 8. Untere Ágora Ágora era o nome que se dava às praças públicas na Grécia Antiga e a Untere, construída no século III a.C, no período helenístico, foi o mais importante centro comercial de Éfeso. Foi construída na forma de um quadrado, cada lado com 110m, e cercado por colunas. Tinha 3 portões, um na frente do teatro, a nordeste, o outro abrindo para o porto, a oeste, e o terceiro para a Biblioteca Celsius. Essa área também era conhecida como mercado comercial. Aqui começa o passeio por quem entrou pela Porta de Magnésia e também a Rua dos Curetes. 9. Templo de Dominicano Já no final do passeio, e a primeira coisa que se visita ao entrar pela Porta de Magnésia, o templo é dedicado ao Imperador Dominicano. 3. Principais atrações em Izmir 1. Konak Square e a Torre do Relógio É na Konak Square onde fica a Torre do Relógio, o símbolo e cartão postal de Izmir. Pelas ruas da região você encontra uma série de lojas e restaurantes. Escolha um café charmoso e peça o Kahvalti (café da manhã em turco) e coma um delicioso banquete com pães, queijos, azeitonas, ovos, geléias, salada. A entrada é gratuita 2. Yali Mosque Também fica na Konak Square, do ladinho da torre do relógio. Construída no século XVIII, a charmosa mesquita é um dos símbolos da cidade. A entrada é gratuita 3. Kemeralti bazaar Ótimo lugar para comprar bugigangas, mas principalmente para comer, já que na região do Kemeralti Bazaar você encontra uma série de restaurantes e cafés charmosos. Entretanto a única chateação é que os turcos fumam muito e em quase todos os restaurantes há fumaça. A entrada é gratuita 4. Hisar Mosque No Kemeralti Bazaar também fica a Hisar Mosque, uma das maiores e mais importantes mesquitas de Izmir. Fotos não são permitidas. Entrada gratuita. 5. Ágora de Izmir Tente visitar a Ágora de Izmir antes de visitar as ruínas de Éfeso, porque depois vai achar essas ruínas um tanto sem graça, já que o lugar é bem menor. Os objetos mais notáveis, tais como uma estátua de Poseidon, de Deméter, entre outros, hoje são exibidas no Museu de História e Artes da cidade, que fica no Kültürpark, próxima atração desta lista. A entrada custa 14 TL. 6. Kültürpark O Kültürpark é uma área verde deliciosa localizada no coração de Izmir. Por lá você encontra um museu, uma fonte, um obelisco e até um parque de diversões. Entretanto é por ali que fica o Museu de História e Artes. A entrada é gratuita. 4. Como chegar em Éfeso? A cidade mais perto de Éfeso é Selçuk, à 2 km de distância, que dá pra ser acessada por trem. Já em Selçuk, você pode ir de tour ou até mesmo a pé! Como Éfeso são as ruínas, para hospedagem utilizam-se as regiões próximas. Outro local bastante utilizada como ponto de partida para Éfeso é Izmir, que fica a 60 km e recebe voos de Istambul, sendo bem maior que Selçuk, com mais infraestrutura. Você pode fechar um tour (modo menos complicado e confortável de chegar em Éfeso e passar o dia por lá), alugar um carro ou usar transporte público. DE PAMUKKALE À ÉFESO DE TREM (OU VICE-VERSA) Tanto de ônibus quanto de trem, o tempo será mais ou menos o mesmo e o preço semelhante, sendo a viagem de trem levemente mais econômica: 18 TL trem de Denizli à Selçuk. Na entrada de Pamukkale há várias agências que vendem passeios, passagens de ônibus, de avião, vôos de paraglider entre coutras coisas. Se você tiver vindo de ônibus do aeroporto ou da Capadócia, é provável que tenha deixado suas malas por ali, enquanto passeava por Pamukkale. No fim da rua passam minivans para a estação de ônibus de Denizli. Pegue-a (cerca de 4 TL) e desça na estação de ônibus, mas ao invés de ficar ali, suba as escadas e saia da estação. Basta atravessar a rua que logo verá a estação de trem (ela fica meio escondida, um pouco pra baixo, mas não é difícil de achar). Basta comprar o ticket para o próximo trem para Selçuk. O trajeto leva cerca de 3h e é bem confortável! O trem é o mesmo que continuará para o aeroporto de Esmirna, portanto você pode consultar os horários no site do Turkey Travel Planner novamente. Saindo da estação, você pode: · Ir a pé: a caminhada entre Selçuk e Éfeso dura entre 30-50 min por uma estrada asfaltada em meio a vegetação. · Pegar um táxi (opção mais cara) ou um transfer em uma agência de turismo. · Pegar uma van de transporte público: será necessário caminhar por 10 min até a Rodoviária de Selçuk e lá procurar pelas vans que levam até as ruínas – são super baratas, saem constantemente e te deixam na entrada do sítio arqueológico. O pagamento é feito na hora do embarque. DE PAMUKKALE À ÉFESO DE ÔNIBUS (OU VICE-VERSA) Se você tiver deixado suas malas em alguma agência em Pamukkale, pode comprar sua passagem de ônibus ali com eles, ou então deixar para compra-la chegando na estação, que será um pouco mais barata. Os ônibus custam cerca de 35. De qualquer forma, basta pegar a mesma minivan mencionada no item anterior e descer na estação de ônibus de Denizli. Dali, compre o seu bilhete e encontre a plataforma. A vantagem do ônibus perante o trem é que eles partem com bem mais frequência, praticamente de hora em hora. A estação de ônibus em Selçuk também é super central e perto de quase todos os hotéis da região. Outras possibilidades Para chegar em Éfeso, primeiro será necessário chegar em Selçuk, a cidade base para fazer a visitação. Você não precisa ficar hospedado necessariamente nela, pois dá para fazer um bate-volta partindo de Izmir. Trem: Quem opta por ir de trem saindo de Izmir, pode utilizar o mesmo que conecta a cidade até o Aeroporto. A diferença é que você vai seguir viagem até Selçuk, que é a última estação dessa linha. Contudo, será necessário fazer 2 trocas de trem pelo caminho, uma na estação Cumaovasi e outra na Tepekoy. Só existe uma linha, você ainda terá que trocar de trem. Abaixo estão os horários de funcionamento dos trens entre Selçuk e Tepekoy e vice-versa. Eles também servem para você se orientar quando estiver voltando a Izmir. · Selçuk Tepekoy: 5h50, 7h, 8h, 9h20, 10h50, 12h30, 14h, 15h20, 16h50, 17h50, 19h, 20h, 21h20, 23h · Tepekoy Selçuk: 6h30, 7h30, 8h30, 9h50, 11h20, 13h, 14h30, 15h50, 17h20, 18h30, 19h30, 20h30, 21h50, 23h50. Como chegar: “pegamos o ônibus número 302 até a rodoviária de Izmir (TRY 3,60); de lá, pegamos um micro-ônibus até Selçuk (TRY 15), ao chegar, uma minivan (TRY 3,50) até a entrada de Éfeso. Na volta para Izmir pegamos o trem, que é mais barato, mas os horários são mais espaçados (TRY 7,50).” 5. Preço e horário Para entrar nas ruínas de Éfeso é necessário pagar 100 TL. Existe a opção de se visitar uma área coberta onde ainda estão sendo feitas escavações, mas o valor sobe. São aceitas as moedas Euro e Dólar e também cartão de crédito. O horário de visitação é das 8h às 17h de novembro a março. 6. Dicas para visitar a cidade de Éfeso · Chegue cedo pela manhã! Você conseguirá andar se estiver com pique (o centro da cidade de Selçuk está apenas há 3 Km do sítio arqueológico), mas táxis são relativamente baratos e também há ônibus que levam até a entrada. · Chegue pela entrada de Kuşadasi, que é mais tranquila. A outra entrada é a Porta de Magnésia (principal e a preferida pelos ônibus de excursões). O valor do ingresso é de 60 TL. Separe de 2 a 4h para a visita. · Leve água, petiscos e tudo que for consumir porque é permitido a entrada. As lojas e restaurantes de Éfeso custam o triplo do valor da cidade de Selçuk e só ficam nas duas entradas; · Os transportes públicos chegam e saem apenas na entrada norte da cidade. Você pode chegar de táxi pela entrada sul, andar todo o templo e sair pelo Norte, e por fim, pode pegar um transporte público para voltar. Se preferir ir e voltar com transporte público, chegue pela entrada norte, ande pela cidade até a entrada sul e volte para a entrada norte, é bem rápido. Contudo, se você optar por ir e voltar de táxi, tanto faz a entrada que for começar e acabar. O dolmus é o transporte público local. Esse tipo de micro-ônibus faz a conexão da rodoviária de Selçuk até a porta norte (vice-versa) de Éfeso por 5 TL. · Com um clima típico de uma área do mediterrâneo, a cidade de Éfeso é bastante quente e seca no verão e amena e chuvosa no inverno. Citar
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