Membros Fernando Paiotti Postado Outubro 22 Membros Postado Outubro 22 (editado) A seguir, o roteiro de viagem que criei quando visitei o Líbano, por 6 dias, em janeiro de 2023. Espero que gostem. Deixem seus comentários! LÍBANO Com uma extensão de 10.401 km², possui pouco mais de 4 milhões de habitantes (hoje, quase a metade disso é de refugiados sírios). No Brasil temos mais de 10 milhões de libaneses, entre imigrantes e descendentes. O país é dividido em 5 províncias (ou Mohafazats😞 · Monte Líbano, em árabe Jabal Lubnan, cuja capital é Baabda · Norte do Líbano, em árabe, al Shamal, capital Trípoli · Sul do Líbano, em árabe, al Jnoub, capital Saida · Nabatieh, capital Nabatieh · Bekaa, capital Zahle A capital administrativa do país é Beirut, localizada no Monte Líbano, distrito de Baabda, e que não tem nada a ver com o sanduíche conhecido no Brasil, que apenas leva esse nome por causa do tipo de pão utilizado. A beleza natural do Líbano é marcada por sua geografia, que consiste em uma larga planície costeira e 2 cadeias de montanhas, ao norte e ao sul, são elas o Monte-Líbano e o Anti-Líbano. Além disso, há o Vale de Bekaa, com seus rios Litani e Orontes, que separam essas montanhas e regam seu fértil terreno. E ainda há a montanha Qournet Assouda (3.083m) e a Jabal al-Sheikh ou Monte Hermon (2.814m), que permanecem como alguns dos mais lindos picos do mundo. O Líbano é um dos poucos países árabes que não têm deserto. Seu forte são as montanhas, que servem como estação de ski no inverno, e o mar Mediterrâeno, como palco para altas festas no verão. 1. A história dos conflitos no Líbano 1.1. Conflitos externos O Líbano faz fronteira com a Síria ao norte e leste, com o Mar Mediterrâneo a oeste e com Israel ao Sul. Toda a região que vai da península do Sinai, no Egito, ao Rio Jordão, na Jordânia, passando por Israel, Palestina e sul do Líbano são consideradas a Canaã bíblica ou Sion, como é conhecida pelos judeus, uma área sagrada que vem sendo alvo de disputas por inúmeros povos e governos desde sempre, em fases alternadas de calmaria e conflito. Acontece que, desde 1947, quando a ONU definiu que o território da Palestina seria dividido para a criação de um estado judeu, o circo pegou fogo e nem a Síria nem o Líbano reconhecem o estado de Israel, referindo-se a ele apenas como “Palestina ocupada” (assim como fazem outros 37 países). A Síria, além de discordar da divisão da Palestina, não engoliu a invasão por Israel de uma área sua chamada Colinas de Golan, na Guerra dos Seis Dias que aconteceu em 1967. As Colinas têm uma posição estratégica militar, possuem uma importante fonte de água (numa região desértica) e foram anexadas definitivamente por Israel em 1981. Já o Líbano, além de considerar que a Palestina e a Síria, com quem tem boas relações, foram invadidas, recebeu uma onda massiva de desalojados palestinos. Uma vez que não há reconhecimento de Israel, os palestinos refugiados no Líbano nunca receberam cidadania e vivem meio no limbo há mais de 70 anos, praticamente como apátridas. Por conta disso, os palestinos seguem segregados no Líbano, que contribuiu ainda mais para o radicalismo de alguns grupos, que, por sua vez, juntaram-se a alguns outros mais radicais do próprio Líbano, da Jordânia e do Egito. O combate a eles foi usado como justificativa para que Israel invadisse o sul do Líbano em 1982. Em tese, os israelenses iam apenas combatê-los, mas foram ficando e acabaram causando uma reação reversa, que culminou no fortalecimento do grupo conhecido como Hezbollah. Este, utilizou tanto de táticas de guerra quanto de homens bomba para expulsar Israel do território libanês, depois de 18 anos, em 2000. Ficou tudo calmo até 2006, quando os países tiveram um rápido conflito, após o qual assinaram um cessar fogo que se mantém até hoje. 1.2. Conflitos internos Além dos conflitos com a vizinhança, o Líbano também tem problemas internos, igualmente complexos e baseados no fato de existirem diversos grupos religiosos por lá, com destaque para os muçulmanos que se dividem em sunitas, xiitas e drusos e os cristãos, em sua maioria maronitas. As disputas atuais mais ou menos começaram quando o império otomano tomou o Líbano e começou a incitar conflitos religiosos entre cristãos (maronitas) e muçulmanos (drusos, meio esotéricos) causando instabilidades que favoreciam seu poder. Mas o caldo engrossou quando o império otomano foi derrotado, na primeira guerra mundial: prevendo essa derrota, França e UK fizeram um pacto secreto para “dividir” o Oriente Médio e controlar o petróleo e o Canal de Suez, sem preocupação com os povos e etnias. As fronteiras então criadas desde o Iraque até a Turquia são fontes de instabilidade até hoje. Os franceses ficaram com o Líbano e apoiaram fortemente os cristãos maronitas, que passaram a ser uma das principais forças econômico-políticas. Nos idos de 1943, a França teve que reconhecer a independência do país e estabeleceu-se o Pacto Nacional que dividia o poder desta nova república entre as 3 principais lideranças religiosas: a presidência da república e a chefia do exército seriam sempre dos maronitas, o primeiro ministro seria dos sunitas e a presidência da câmara dos deputados, dos xiitas. Assim é até hoje, dificultando a união. Essa divisão foi baseada num censo que concluiu que havia uma paridade numérica entre esses grupos, mas a migração dos palestinos causou um desequilíbrio, já que o número de muçulmanos sunitas aumentou consideravelmente. Ninguém queria abrir mão do poder e, ao mesmo tempo, todos queriam controlar o país. Misturando os conflitos e grupos radicais externos com os internos, em 1975 explodiu uma guerra civil no Líbano em que várias milícias – cristãs e muçulmanas de cada segmento e outras não religiosas que se alinhavam conforme a Guerra Fria – atacavam-se. A guerra civil durou 15 anos e deixou o país totalmente destruído. Foi nessa época que houve uma grande migração de libaneses pelo mundo. Com a guerra do Kwait, que concentrou os problemas da região nos anos 90, a guerra civil do Líbano acabou, sendo a paz interrompida apenas pelos eventuais conflitos com Israel já mencionados. Até o início da guerra na Síria, em 2011. A guerra da Síria começou com a Primavera Árabe, que motivou manifestações contra o governo – lembrando que a Síria também tem vários grupos étnicos e religiosos. Essas manifestações se radicalizaram com a intervenção de vários países, cada um motivado por seus próprios interesses e culminou no avanço do Estado Islâmico, até que os territórios foram retomados pelo governo sírio em 2016. Acontece que o Líbano recebeu uma leva tão grande de refugiados da guerra Síria que a sua população dobrou de 3 para 6 milhões de pessoas, provocando caos e fazendo com que velhas disputas aflorassem. Trípoli, no norte do Líbano, iniciou seu próprio conflito interno e toda a fronteira ficou em estado de guerra. Como o Líbano é minúsculo, você pode imaginar que a tensão no país era imensa. Desde 2017 está tudo tranquilo por lá. 1.3. O Líbano é seguro? Você precisa ficar atento à pequenos golpes e furtos, mas não há um medo de violência urbana como no Brasil. Achamos bem tranquilo circular em qualquer horário e andamos de uber e táxi, inclusive compartilhado, sem problemas. Recomenda-se evitar os guetos palestinos em Beirute, que são bairros identificados com uma bandeirinha verde, símbolo do Hamas (um grupo político), ou a bandeira da Palestina. 2. Visto para o Líbano Brasileiros podem obter o visto para o Líbano na chegada ao aeroporto. É simples e grátis, apenas tenha um passaporte com pelo menos 6 meses de validade e poderá ficar no país por até 30 dias. ATENÇÃO: você não pode entrar no país se tiver o visto de ISRAEL em seu passaporte! Obs: outros países que não aceitam o visto de Israel no passaporte e são extremamente rigorosos com isso, são os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Irã. Hoje em dia, Israel, sabendo que não é aceito em diversos países, tem carimbado o visto no papel da imigração à parte. Portanto, basta você pedir na entrada no país. 3. Clima do Líbano O clima pode ser descrito como mediterrâneo moderado, com invernos chuvosos e verões quentes e secos. As montanhas, no inverno, ficam repletas de neve. Geralmente a partir de dezembro até fevereiro. Enquanto o inverno é úmido na costa e nevado na montanha, o verão é quente na costa e úmido nas montanhas. É possível que, no outono, você possa esquiar nas montanhas e nadar no litoral no mesmo dia. 4. O povo libanês O povo é extremamente hospitaleiro e alegre. Mesmo com tantas guerras e destruições, ele se reergue e se reconstrói junto com sua nação. A exemplo dos Cedros, fortes e resilientes. O libanês é completamente diferente dos outros povos árabes. É mais moderno, mais ocidentalizado, mais vaidoso e mais festeiro. É metido a francês e talvez isso dê até um certo charme a ele. Aliás, quer saber como identificar um libanês? Se falar 3 línguas em uma mesma frase, é o típico! A mais comum é: “Hi, kifak, ça va”. A língua oficial do Líbano é o árabe, mas ainda é comum o ensino de francês, que meio que a segunda língua oficial. As línguas faladas são árabe, francês, inglês, armênio e, no Vale do Bekaa, há uma cidade onde se fala predominantemente o português, ela se chama Sultan El Tahta (também conhecida como Lucy), situada a 30 min de Zahlé, capital deste vale. 4.1. Vestimenta e Comportamento no Líbano Engana-se quem pensa que só tem mulher coberta de preto, dos pés à cabeça. Aliás, se você as vir por lá, geralmente serão aquelas que vêm do Golfo Pérsico, pois raramente uma libanesa, ainda que muçulmana, irá se vestir assim. Durante o verão, o comprimento das saias e dos vestidos de algumas libanesas pode colocar as brasileiras no chinelo! Na praia é um verdadeiro desfile de moda: elas usam maquiagem, jóias e salto alto de uma forma natural e elegante. No entanto, é claro que existem lugares onde a cultura é mais conservadora, principalmente onde predominam os muçulmanos xiitas. 5. Transporte no Líbano O trânsito pode ser caótico e você poderá não saber sair dele. O uso de semáforo, da seta e do cinto quase não existe. Correm muito e usam celular ao volante. Hoje em dia, as estradas estão melhor sinalizadas e muitas estão escritas também em inglês, portanto, você pode se arriscar alugando um carro e indo por conta própria, mas só na região do Monte Líbano (Beirut e proximidades ao norte). Os militares falam apenas árabe e, dependendo da região aonde você vai, pode-se entrar apenas com documento árabe ou autorização prévia do governo, como Nabatyie. AEROPORTO: § Os táxis de aeroporto lhe pedirão USD $40 sem possibilidade de negociação. § Transfer hotel: USD $25 § Uber: USD $10 · Táxis: apenas os de cooperativa. Os amarelos são aqueles que dividem o carro com mais passageiros e estão caindo aos pedaços, completamente diferente dos das cooperativas que têm preços fixos e são, em sua maioria, novos. O gran taxi você divide com as pessoas. Ele não é muito bom porque o motorista não leva os passageiros em ordem, fazendo-o de acordo com a vontade dele. A única vantagem é que ele é mais barato. · Evite as vans porque eles correm muito, desviam as rotas (o que pode te levar a lugares estranhos) e às vezes rolam golpes. · Transporte público: não há. 6. Moeda A moeda do Líbano é a libra libanesa (LBP) e cada dólar vale cerca de 1.500LBP. Alguns caixas eletrônicos permitem o saque de dinheiro com cartão de crédito internacional, mas não é tão comum, então leve algum dinheiro para evitar perrengues. Dólar é aceito como gorjeta, em alguns restaurantes e até em hotéis, onde também é mais comum trocar dinheiro. Evite fazer qualquer coisa no aeroporto de Beirute, inclusive trocar moeda. Negocie tudo, em todos os lugares! O libanês gosta do cliente que negocia e não se ofende com isso, pelo contrário, acaba ficando amigo e pode até chamá-lo para um café na sua loja ou estabelecimento. 6.1. O que comprar no Líbano? Nos bazares, normalmente longos corredores cheios de lojinhas charmosas, você vai encontrar muitas das delícias que fazem da culinária libanesa tão famosa! Temperos, muitas frutas secas, pistaches torrados e, claro, os doces. E você sabia que fica no Líbano uma das mais antigas vinícolas do mundo? É a Ksara. Você pode visitá-la e trazer o ótimo vinho deles. Também vai encontrar uma variedade de artesanatos para souvenir. Uma dupla de esculturas dos homens fenícios (povo que viveu no Líbano mais ou menos em 2000 a.c.), que são reproduções das que foram encontradas em escavações e viraram um dos símbolos do país, é comum de se ver. Outro item típico do Líbano é o narguillé, afinal os libaneses fumam MUITO em todos os lugares. Ele é uma forma de socialização comum entre pessoas de todas as idades e classes sociais nos bares, restaurantes e na rua mesmo. São lindos e feitos à mão. Chip por USD 5 com 2G de internet e ligações ilimitadas. Para comprar chip para o celular, pergunte no seu hotel que é mais fácil. 7. Lugares históricos e turísticos do Líbano 7.1. BEIRUTE É a maior cidade do país e concentra metade da população, cerca de 3 milhões. Estar na beira do Mar Mediterrâneo fez dela um importante porto e ponto comercial desde o século XV a.C., quando foi fundada pelos fenícios. Já passou pelas mãos dos assírios, gregos, romanos, bizantinos, egípcios, turcos, otomanos, árabes, franceses e ingleses. 7.1.1. Transporte em Beirute Beirute não é uma cidade muito grande, mas o transporte público é deficiente, então é preciso se deslocar de táxi ou Uber. Existe um sistema de táxi compartilhado muito louco, chamado servee. Basicamente você fica parado no meio da rua (uma via principal do bairro) e encostam uns carros comuns vindo bem devagarinho. O carro para ao seu lado com a janela aberta. Começa um diálogo. Você pergunta se é “servee” e se ele disser que sim, você diz para onde vai. Se ele estiver indo pros mesmos lados, manda você entrar e te leva. Se ele estiver indo para outro lado, vai fazer que não e sair andando. Custa 2.000 libras libanesas (LPB) por pessoa nas distâncias entre os bairros Hamra e Mar Mikhael (a zona turística) e o preço é fixo. Se for para áreas mais longe, custa 4.000 LPB por pessoa. Porém, você sempre precisa perguntar claramente se é servee ou eles vão te cobrar a mais ou vão cobrar o preço do “taxi”, que nada mais é que a mesma coisa, mas exclusivo para você. Confirme o preço, sempre. No serviço “táxi” eles cobram a partir de 5.000 LPB, dependendo da distância. Nem sempre o motorista fala inglês, em geral eles entendem o bairro e por isso ou por conveniência deles, costumam deixar a pessoa na parte central da área. Estude um pouco o mapa da cidade (mas dá pra ir seguindo no celular). “No nosso caso, dávamos o nome da rua do hotel, que era bem conhecida, e quase sempre eles nos deixavam 2 quarteirões antes, numa esquina em que eles faziam retorno.” O Uber funciona normalmente, é só um pouco mais caro que o servee. Se estiver sozinho, opte pelo Uber. No mais, ande a pé, que é sempre a melhor forma de conhecer uma cidade. Se quiser andar num daqueles ônibus Hop On Hop Off, em que podemos subir e descer várias vezes, tem um que sai da Praça dos Mártires. 7.1.2. O que fazer em Beirute – Bairro a Bairro 7.1.2.1. Hamra e Ras Beirut Hamra é um bairro comercial super ativo, cheio de lojas, restaurantes, bares e hotéis que inclui a vizinhança de Ras Beirut também. Esta é a melhor área para se hospedar, com opções para todos os gostos e bolsos. Tem tudo muito perto: bancos, muitas opções para comer, beber e festar, algumas atrações interessantes e é perto da praia em Raouche. As atrações de Hamra e Ras Beirut são as lojas, estúdios e galerias de arte como a Saleh Barakat Galery, que fica num cinema abandonado, além dos restaurantes e bares de suas redondezas onde se come muito bem. Hamra tem 3 restaurantes maravilhosos: o Salon Beyrouth, o Hamra Cafe e o Mezyan, nessa ordem de excelência. O primeiro é um restaurante, mas também é um interessante jazz bar. O Hamra Cafe tem um pátio interno que é a razão de estar sempre cheio. Suas confortáveis mesas ao ar livre são ótimas para a atividade preferida dos libaneses: jogar conversa fora fumando um narguillé. O menu é extenso, mas sugiro que vá de buffet. Embora não seja barato, você se serve à vontade de uma comida excelente no melhor estilo mezze libanês, em que é servido um pouco de muitas coisas. Mezyan: ambiente gostoso e comida maravilhosa, que é libanesa, mas com toque moderno. Ótimo para vegetarianos e veganos, porque tem mais opções e os preços são bem em conta. Experimente a berinjela recheada. Chegar no Mezyah pode ser complicado. Ele fica no segundo andar de um prédio comercial que chama Rasamny Building e fica no nº 505. Outra atração de Hamra é a sensacional Universidade Americana. É uma das mais prestigiadas e caras universidades do Líbano e dá a maior vontade de estudar nos seus lindos prédios e jardins bem cuidados. Apenas por curiosidade, é um dos poucos lugares em que fumar é proibido em Beirute. Dentro da Universidade fica o Museu Arqueológico, que é bem interessante. É pequeno, mas bem organizado pela Universidade, portanto, rico em informações. As peças são do Líbano, Síria, Irã, Iraque, Chipre, Egito e Palestina e a entrada é franca. A Universidade também é a razão de boa parte da agitação na área. Graças aos estudantes as ruas ao redor dela são lotadas de bares. Tem muita música, inclusive ao vivo, muito fumacê e cerveja barata. É divertido pelo menos dar uma passada no começo da noite, que não tem hora para acabar. 7.1.2.2. Raouche e Corniche Essas áreas são praticamente parte de Hamra e os hotéis são os mesmos indicados acima. O Corniche é a orla do Mediterrâneo que começa lá no Centro e vai até a praia em Raouche. Tem outros nomes, mas o que importa é que é a avenida que margeia o mar. Quase todas as praias do Líbano são fechadas e o acesso é por animados e caros clubes de praia. Em Raouche dá para curtir uma parte livre da praia. Andar pelo Corniche é maravilhoso, cheio de gente passeando, namorando, fazendo exercícios e comendo de frente para aquele visual. Há muitos (caros) restaurantes e cafés. Vale a pena experimentar um dos fantásticos doces do Ahmad Aouni. Já o Bay Rock Cafe, que fica bem de frente para as Raouche ou Pigeon Rocks, é uma opção bacana para ver o pôr-do-sol. As Pigeon Rocks são um dos principais cartões postais de Beirute e não é à toa. As duas pedras que brotam do mar bem onde o sol se põe formam um quadro estonteante. Há passeios de barco que contornam as rochas, mas só de ficar ali na orla de frente para elas já é demais! Uma boa sugestão é visitar as galerias e a universidade de manhã, almoçar num dos ótimos restaurantes de Hamra, passear pela praia e Corniche a tarde, terminando com o pôr-do-sol nas Pigeons Rocks. Se animar, fique para o Happy Hour. Se tiver pouco tempo na cidade, caminhe só por uma parte do Corniche ou corte algum dos locais e faça o resto em meio dia. 7.1.2.3. Centro e Igrejas de Beirute O Centro de Beirute é bem pitoresco. Começa logo depois de Hamra e vai da Zaitunay Bay até a Praça dos Mártires. Além de ser uma importante área comercial, financeira e política e ter alguns dos hotéis mais caros da cidade, também é nessa região que ficam muitas mesquitas, igrejas e vários prédios históricos. Essa é a única área em que pode ser interessante visitar com um guia do Líbano para ter mais detalhes. Uma boa opção é fazer um walking tour gratuito, como esse que rola às terças e quintas. Magníficos hotéis da área são o Four Seasons, que tem uma vista da marina de cair o queixo, um lindo Hilton, o Le Gray, considerado um dos melhores hotéis de Beirute com sua vista maravilhosa do centro e um fantástico bar no rooftop e o Etoile Suites, que fica na praça principal e tem um estilo bem clássico. Começando pelo antigo Holiday Inn. Esse prédio abandonado já foi um dos mais chiques hotéis da cidade e foi invadido no começo da guerra civil libanesa num episódio conhecido como a “Batalha dos Hotéis”, em que os diferentes grupos que lutavam invadiram hotéis luxuosos e fizeram deles seus QGs. O Holiday Inn não foi restaurado depois como os outros. Essas conquistas eram “territoriais” e como os prédios eram altos, eram usados para controle e disparos. Depois de alguns anos da batalha dos hotéis, a cidade acabou dividida. Os cristãos ficaram no Leste e os muçulmanos no Oeste, separados por uma linha imaginária chamada Green Line. Comece a expolorar o centro pela Praça Nejmeh ou Praça Estrela (pelo formato) que tem um mix de arquitetura romana, francesa e moderna. No centro dela fica a Torre do Relógio e ao redor estão restaurantes e cafés classudos e muitas ruas de souk, os bazares libaneses que aqui foram todos reformados e só abrigam lojas de grife, com exceção do souk El Tayeb que é apenas de comidas. Essa região é linda, com prédios restaurados e muito limpos. Por ali só circulam carrões e pessoas que podem gastar muito. Esse clima de riqueza junto à abundante segurança acaba inibindo a ocupação da área, que é bem inóspita. A melhor opção para comer ali é o clássico Café Étoile com suas mesinhas na calçada e preços salgados. De qualquer forma, dali você tem muito a visitar. À oeste da praça, depois da escadaria, ficam o Parlamento, as ruínas dos Banhos Romanos, o Grand Serail, que é a residência do primeiro ministro, e a St. Louis Church. À leste ficam as mais importantes mesquitas e igrejas de Beirute: a Igreja Católica Maronita de St. George, a Igreja Católica Ortodoxa Grega de St. George (a mais antiga da cidade, século IV d.C.), a Igreja Ortodoxa Grega de St. Elie e a Nouriyeh Virgin Chapel (a nossa senhora da luz), além da Mesquita Al Omari, a Mesquita Amir Assaf e a Mesquita Al Amine. Tudo isso está concentrada numa pequena área do centro de Beirute, rodeada de ruínas do período romano, provavelmente de outros templos dedicados a outros santos. Entre as mesquitas, a mais exuberante é a Al Amine Mosque, que é um cartão postal de Beirute. Ela meio que substituiu a Al Omari, mas essa tem uma história bem mais interessante. Foi construída como igreja de São João Batista no século XII sobre as ruínas de um templo romano do século III. Logo em seguida, convertida em mesquita e considerada sagrada pois São João seria correspondente ao profeta Yahya, do Islã. Para entrar nas mesquitas, é preciso seguir os protocolos: homens entram por uma porta e mulheres por outra, os sapatos devem ficar na entrada, as mulheres devem vestir um chador (uma vestimenta da cabeça aos pés) que é emprestado na porta e os homens não podem estar de bermuda nem regata. 7.1.2.4. Saifi Village e Beit Beirut À leste da mesquita Al Amine começa tecnicamente Saifi Village, mas você pode considerar ainda o centro. Ali fica o mausoléu de Rafic Hariri e na sequência dele, a estátua dos mártires. Hariri foi um político que contribuiu com o fim da guerra civil nos anos 80 e posteriormente, como carismático primeiro ministro, focou na reconstrução do país, até porque tinha feito fortuna na Arábia Saudita e queria ganhar ainda mais. Em 2005, foi assassinado num atentado cuja autoria é desconhecida e virou uma espécie de mártir, um representante da vontade do Líbano de se libertar de seus invasores, entendidos como as tropas Sírias que estavam no país desde o começo da guerra civil (a Síria foi seriamente acusada de mandante do assassinato) e Israel (embora o Hezbollah, que era a resistência a Israel, tenha sido acusado também). É uma história obscura, porque Hariri não era mais do governo e ninguém sabe exatamente de que negociações ele vinha participando que possam ter causado esse fuá, mas é daqueles episódios cujas consequências ecoam no tempo. A estátua dos mártires homenageia combatentes mortos em 1916, mas seu tema continua atual e dá um toque dramático ao vizinho mausoléu de Hariri. Durante a guerra civil, foi bem metralhada e os buracos estão lá até hoje, representando os muitos mortos dessa guerra e fazendo um lembrete de que ninguém a venceu. Termine o passeio descendo para o sul. Você vai passar pelo Dome, também conhecido como Egg. É um prédio esquisitão que deveria ser um cinema, mas ficou inacabado por causa da guerra. Continue descendo pelas ruelas do Saifi com seu estilo colonial que lembram Paris até chegar ao Beit Beirut ou Museum of Memory. Conhecido como a Casa Amarela, essa construção em estilo otomano fica num ponto crucial da famigerada Green Line. Funcionou como um posto de controle. O prédio foi bem destruído na guerra e recentemente transformado neste memorial com objetivo de colaborar na conservação da história e recuperação do país. É impossível ficar indiferente ao ver os postos de atiradores e as marcas de guerra, mas as lindas exposições e shows realizados atualmente levam à um processo de entendimento e cura. A entrada é franca! Essa visita ao centro, igrejas de Beirute e Saifi Village vai depender das suas paradas, mas vai demorar mais de meio dia. Para a noite você pode visitar um dos incríveis bares e restaurantes nos rooftops da área ou as baladas sem fim perto da marina como o Iris Rooftop, o Skybar e os clubs O1NE e Discotek Beirut Waterfront. 7.1.2.5. Gemmayzeh e Soursok Esses dois bairros surgem logo depois do centro e são simplesmente deliciosos, com uma vibe mais moderna e artística. Vá até a Rua Garoud (também chamada de Gemmayzeh) na altura da escadaria St. Nicholas e explore a partir dali. Tem várias lojinhas e pessoas interessantes por todo lado. Visite as galerias BAR e Carwan, ande ali pela Garoud, depois suba as escadas para curtir a vibe relaxada que rola no meio dela ou visite o Museu Sursock, lá em cima. O prédio do Museu era a antiga residência da família Sursock e é maravilhoso (ao lado fica o palácio Sursock, que você pode espiar, mas não entrar). As lindas peças são de arte contemporânea. Abre de quarta à domingo das 10h às 18h e é gratuito. Nos seus jardins funciona um restaurante super charmoso para um café. E por falar em restaurante, fica em Gemmayzeh um dos restaurantes mais gostosos de Beirut, o Le Chef. É pequeno, simples, com cara de antigo e serve a deliciosa gastronomia libanesa raiz. Não deixe de provar! Também valem a visita o Urbanista, que é um misto de café e loja, o Demo, que é um bar simpático e se você quiser explorar mais, o Yukunkun, um bar mais underground com muita música. 7.1.2.6. Mar Mikhael e Bairro Armênio Se você continuar seguindo para leste pela rua Garoud vai vê-la se transformando na rua Armenia. Nessa área se estabeleceram os refugiados do holocausto armênio. Tem muitos deles nas lojas e prédios das ruas paralelas, mas basicamente toda essa região entre a rua Armenia e os bairros Getawi (para baixo) e Quarantina (para cima da Charles Helou) virou um bairro super hype mais conhecido como Mar Mikhael. Muitas lojas de novos designers, mais montes de galerias de artes, bares descolados e restaurantes diferentões é o que você vai encontrar por aqui. É agitadíssimo de dia e de noite e, por isso mesmo, é a parada dos jovens. Na rua Pharaon fica a igreja Mar Mikhael e ao lado dela um teatro e uma área chamada de Designer’s District, com várias lojinhas. Seguindo para leste você chega na antiga estação de trem de Mar Mikhael, que hoje é meio que um parque e uma área super instagramável. Atrás dela fica a Quarantina, uma área industrial que está virando um pólo artístico no melhor estilo novaiorquino. Aqui na Quarantina fica um club super famoso, o B018, que era uma antiga prisão. O lugar é controverso, mas lendário com seu teto removível que faz com que a galera dance sob a luz das estrelas até de manhã. Em Mar Mikhael existem várias escadarias pintadas por uma ONG com barzinhos e cafés como o Soleinsight pendurados nelas. Se não tem bar, não tem problema, tem gente sentada lá curtindo a vida mesmo assim. Tem muitas opções para comer como o Mayrig, de comida armênia ou o Makan, que é também uma galeria de arte. Mas eu recomendo demais que você vá ao Enab. O lugar é lindo e a gastronomia libanesa é tratada como assunto sério. É excelente e não custa caro. Durante a tarde, pare para um café no lindo L’ Atelier do Miel, que só tem produtos naturais, ou na deliciosa sorveteria Oslo. Para curtir a noite, os bares Radio Beirut, Internazionale e Abbey Road são os mais legais, mas é só andar por lá e escolher onde quer ficar. É possível seguir mais à leste nos bairros de Achrafieh e Sodeco, mas não tem grandes destaques depois. Sugiro apenas que você tire um tempinho e vá comer no Freiha, em Achrafieh. É apenas uma portinha num bairro totalmente residencial (que vale umas voltinhas), mas se você quiser comer um Falafel assim, com F maiúsculo, é aqui. Custa uma pechincha. Não tem mesa nem nada, então você pode pegar e continuar no rolê ou ir para o hotel comer e dormir! Em meio dia você consegue explorar Gemmayzeh, Soursok e Mar Mikhael sem ficar muito tempo nas lojas e bares. Mas o mais legal é justamente curtir com calma e sentir a famosa alegria de viver libanesa! 7.1.2.7. Museu Nacional de Beirute É bem pequeno, meio afastado das outras atrações da cidade, mas é bem bacana. Super bem organizado e com muitas peças arqueológicas interessantíssimas coletadas desde 1919 que você consegue visitar sem cansar. Há uma série de sarcófagos impressionantes e muitas peças descobertas em Byblos e outros sítios arqueológicos do Líbano de diversas eras e povos. Como o fluxo de turistas no Líbano não é tão grande, você pode ter a oportunidade de visitar o museu completamente sozinho o que é uma experiência diferente. Você também vai ver um filme super interessante. O museu ficava na Green Line e foi bem destruído na guerra civil, quando ficou fechado. O filme mostra como as peças foram escondidas e protegidas e o processo de reabertura do museu em 1999. · Abre de terça à domingo das 8h às 17h e custa 5.000 LPB para entrar. 7.2. BAALBECK Seria razoável supor que o maior santuário romano já construído estaria localizado em Roma. Entretanto, é o Oriente Médio que abriga o maior complexo de templos deixados como legado do Império Romano, em todo o mundo. Edificado no topo de uma colina de 1150m, que vigia o moderno Vale do Beqaa, a 86km a nordeste de Beirut, Baalbek representou um dos locais de peregrinação mais importantes dos tempos antigos, notável destino para milhares de fiéis em procissão que veneravam os deuses Baco, Júpiter e Vênus. Batizado em homenagem ao deus fenício Baal ("Senhor" ou "Deus", ou, ainda, "Deus do Vale do Bekaa" ou "Deus da Cidade"), a cidade antiga de Baalbek antecede o próprio domínio romano, com registros humanos que remontam a 9000 a.C. Após a conquista de Alexandre, o Grande, em 332 a.C., a cidade tornou-se conhecida como Heliópolis (Cidade do Sol) e manteve o nome durante todo o período greco-romano. Roma anexou Baalbek a seu império durante as guerras travadas no Oriente Médio e estabeleceu colônias por toda a região. Então, associou Baal a seu próprio deus solar, Júpiter, a quem construiu o primeiro templo, no ano 1 a.C. Antigas ruínas fenícias resistem até hoje sob o Templo de Júpiter, o maior e mais imponente edifício religioso da história romana, concluído no ano 60 d.C. Sua base possui pedras entre 900 e 1400 toneladas alinhadas, perfeitamente encaixadas e apoiadas entre 5 e 10m de altura sobre outras pedras menores. São 54 colunas de 23m cada! Mais tarde, foi construído o Templo de Baco (deus do vinho e da alegria), em meados do século II d.C. Ele é o templo romano em melhor estado de preservação, tendo 69m de comprimento e 36 de largura, sendo rodeado por 42 colunas com 19m. The decorations of the temple deserve special attention. Find the 4 sculptures of bugs that decorate the porch. Enter the temple and notice the eagle and the two cupids. Continue through the northern corridor. You will see ladies with crowns. These represent the cities that paid for the temple. More recent decorations are the signatures of German Emperor Wilhelm II and Ottoman sultan Abdul Hamid II. Além dele, também há o pequeno Templo de Vênus nos arredores do local. It is to the southeast of the Altars. You will recognize it from its Corinthian tall columns and circular appearance. Notice the 5 niches on the façade. You will see doves and shells. Thanks to them, we know that the temple was dedicated to Venus. The temple is from the 3rd Century AD. It is well preserved because it was used as a church for a long period of time - church of Saint Barbara. It’s a sad story. Her dad still worshiped the old gods. When he found out she had converted, he killed her. He was then struck by lightning. The Greek Church in the town of Baalbek is dedicated to Saint Barbara. Estes monumentos todos funcionaram como palácios e locais de adoração até que o cristianismo passou a ser a religião oficial do império romano, em 313 d.C. No final do século IV, o imperador Teodósio destruiu muitas construções e estátuas e construiu uma basílica com as pedras do Templo de Júpiter, acabando com a cidade romana de Heliópolis. Baalbek se transformou em um importante centro comercial, atraindo comerciantes e mercadores dos países do Mediterrâneo, do norte da Síria e do norte da Palestina, ajudando a consolidar o poder romano. No ano de 634 d.C., exércitos muçulmanos entraram na Síria e dominaram Baalbek. Eles renomearam a área como Al-Qaala (Fortaleza), após derrotarem as forças bizantinas na Batalha de Yarmouk. Então, ergueram uma mesquita entre os templos romanos, novamente fortificados. In 643 a great earthquake destroyed the rest of the Temple of Jupiter and the basilica. Durante os séculos seguintes, foi controlada por várias dinastias Islâmicas, incluindo os omíadas, abássidas e fatimidas além dos seljuk e dos turcos otomanos. Baalbek foi saqueada pelos tártaros, em 1260, por Tamerlão, em 1401, e também passou por inúmeros grandes terremotos. No século XVIII, exploradores europeus começaram a visitar as ruínas e, em 1898, o imperador alemão Guilherme II foi responsável pela primeira restauração dos antigos templos. Foram executadas também escavações arqueológicas extensivas pelo governo francês, e mais tarde pelo Departamento Libanês de Antiguidades. Em 1984, o complexo de Baalbek foi inserido na lista de Patrimônios Mundiais da Unesco. Em Baalbek é obrigatório comer as famosas esfihas. Lakkis Farmer. É uma fazenda e tudo o que comemos é produzido lá. Tem um buffet com algumas pastas e salada e as esfihas, que são pedidas por quilo. Custa mais ou menos 10USD por pessoa com bebidas. They don’t serve them in a restaurant. You need to go to a butcher to order meat for Sfiha Baalbakieh and then go to a bakery that will bake them for you in the oven. Vinícolas do Bekaa Valley Aproveite que foi até o Vale do Bekaa e estenda sua estadia por lá para conhecer algumas das vinícolas mais famosas e importantes do país. São o Chateau Kefraya e o Ksara, cada uma delas situada na respectiva cidade de mesmo nome. Ambas são abertas a visitantes e, aos finais de semana, oferecem buffet de almoço e degustação de seus premiados vinhos. A Ksara existe desde 1857 e recebe cerca de 72 mil visitas por ano. O tour inclui um passeio pela cave e uma degustação dos ótimos vinhos que pode incluir 3 ou 4 tipos e custa entre 6 e 10USD por pessoa. No final você passa pela lojinha. Eles também têm um restaurante com toque francês para o almoço. Sayeda Khawla Shrine As you enter Baalbek town you will see a large golden domed mosque. This is actually not a mosque, but a xiita Shia shrine dedicated to Sayyida Khawla, daughter of Imam Hussein and great-granddaughter of Prophet Muhammad. Um templo difere de uma mesquita porque é também um mausoléu sagrado. South of the Sayyida Khawla shrine, 20m away from the main road, you can find the somewhat mysterious stone of the pregnant woman. It’s one of the largest monoliths in the world and nobody knows how it was carved out. · A entrada nas ruínas custa 15.000LBP, cerca de 10USD e os guias oferecem o serviço mais ou menos por esse mesmo valor. · Open from Monday to Sundays from 9h till 16h in winter. In theory you could visit every day of the week. However, keep in mind that on fridays most other places in Baalbek are closed. 7.3. AANJAR Anjar, uma pequena cidade do Vale do Beca, tem a sua população composta majoritariamente de armênios refugiados, de Musa Dagh, Turquia, que estabeleceram assentamento em terras libanesas entre 1939 e 1941, primeiros anos da Segunda Guerra Mundial. Eles mantêm uma feirinha na entrada da citadela cheia de artesanato. Ela foi construída no século VIII era um tipo de entreposto comercial entre o Líbano e a Síria já que fica no meio do caminho entre Beirute e Damasco, cerca de 60km de distância de cada uma, e foi nomeada UNESCO World Heritage Site em 1984. A cidade fortificada era cercada por muros e por dezenas de torres e tinha um plano urbanístico muito bem estruturado, de forma que a cidade fosse dividida em quatro partes iguais. O palácio do califa e a mesquita ocupavam a parte mais alta, enquanto os pequenos palácios (haréns) e os locais de banhos estavam localizados em uma área que facilitasse o funcionamento e evacuação de água residuais. Foi fundada durante o período omíada, povo da segunda dinastia após a morte de Maomé, sob o domínio do califa Walid Ibn Abd Al-Malak (705-715). Infelizmente a cidade de Anjar teve uma breve duração e nunca foi concluída, tendo sido parcialmente destruída e abandonada em 744, quando o califa Ibrahim, filho de Walid, foi derrotado. The partisans of Caliph Ibrahim, son of Walid, were defeated outside the walls of Anjar by Marwan ben Mohammed, who became the last Omayyad caliph. After this, Anjar, which was partially destroyed, was abandoned. Like Abu al Fida after him, William of Tyre saw only ruins, the results of numerous battles of the 12th century. It is the only non-coastal trading city in the country, and it flourished for only 20-30 years before the Abbasids overran the city and it fell into disuse. At its peak, it housed more than 600 shops. Today, Anjar is an archaeological site listed by UNESCO for being such an excellent example of Umayyad architecture and is open to visit. Framed by stunning mountain views, Anjar is a site well-worth spending a few hours wandering around, reading the informative signs that guide you through the city’s history along the main streets that divide the residential area from the palace and ‘hamams’ baths. Ummayad Ruins in Anjar Before the discovery of the ruins in Anjar, Lebanon had archaeological evidence of almost every stage of Arab history except the Umayyads. The site was discovered accidentally in the 1940s by a team of archaeologists looking for the ancient city of Chalcis. What they found instead was the missing link in Lebanon’s long line of Arab rulers. Anjar is close to 1,300 years old and evidence from Greek, Roman and Byzantine architecture can be found at the site, along with the arched Umayyad relics. Excavations have revealed a fortified city, enclosed by walls flanked by 40 towers where an inscription from 741 may still be seen in situ. The rectangular fortified wall (385m by 350m) is precisely oriented. The walls are 2m thick and built from a core of mud and rubble with an exterior facing of sizable blocks and an interior facing of smaller layers of blocks. Against the interior of the enclosures are three stairways built on each side. They gave access to the top of the walls where guards circulated and protected the town. Dominated by gates flanked by porticos, an important north-south axis (cardo maximus) and a lesser east-west axis (decumanus maximus) are superimposed above the main sewers and divide the city into four equal quadrants. Public and private buildings are laid out according to a strict plan: the principal palace and mosque in the south-east quadrant; the secondary palace and baths in the north-east and north-west quadrants; the densely inhabited south-west quadrant criss-crossed by a network of streets built on an orthogonal plan. The urban spatial organization, which is remarkably devised, is more reminiscent of that of a royal residence (of which the city-palace of Diocletian at Split remains the best example) than that of the Roman military camps and colonial cities. The ruins are dominated by the spectacular vestiges of a monumental tetrapyle, at the crossing of the two principal axes, as well as by the walls and colonnades of the Omayyad palace, 3 levels of which have been preserved. These structures incorporate sculptures from the Roman period, but are notable as well for the exceptional plasticity of the elements of the contemporary decor within the construction. More evidence of the Umayyad dependence on the architectural traditions of other cultures appears in the Umayyad baths, which contain the three classical sections of the Roman bath: the vestiary where patrons changed clothing before their bath and rested afterwards, and three rooms for cold, warm and hot water. The size of the vestiary indicates the bath was more than a source of physical well-being but also a centre of social interaction. Anjar Water Trail The name Anjar derives from the Aramaic expression “ain garya” (flowing water) due to the abundant water sources in the area. Indeed, this was one of the main reasons the Armenian community settled in this area in the early 1940s. The main spring of Anjar flows through the northeastern part of the city, where there is a public space for visitors featuring a large mosaic mural highlighting the key sites of the city and numerous historical events. There is also a small walking trail: Anjar Water Trail. Take a full tour to check out the old watermills dating back to the foundations of the city and climb the newly built stairs to discover the trail that leads to a hidden cave, an organic farm, a reforestation site and a magnificent viewing point. It is also possible to rent a small pedal boat on the artificial lake created by the spring. The Kfar Zabad Nature Reserve Thanks to the presence of endangered birds in Anjar, the Kfar Zabad wetlands have been declared a nature reserve and for good reason. This sprawling natural site is home to magnificent sights and there are plenty of outdoor activities to enjoy in the area. The Society for the Protection of Nature in Lebanon (SPNL) is the main actor in the wetland and organizes several hikes with an emphasis on biodiversity and bird life. Where to Eat Al Shams (shamsrestaurant.com) is the spot to go to to try some of the best Armenian food Lebanon has to offer. With a spacious dining area and generous portions, Al Shams does not disappoint. Make sure you try their famous balloon potatoes, mante and itch. Perched on the side of a lake, Al Jazira is a local favorite and, in recent years, has become a tourist attraction for Beirutis seeking a rural escape. Al Jazira’s Lebanese food is consistently tasty, fresh, and reasonably priced, and their garden seating makes for a great extended lunch. You can choose from traditional mezze items, along with fresh grilled fish and shisha pipes. · A entrada custa 6.000LBP, cerca de 4USD. · Getting to Anjar: situated on the Lebanon-Syria border, Anjar is just off the highway 30 road, 1h30min drive from Beirut. 7.4. CEDROS CEDROS DE BCHARRE O último vestígio das antingas florestas do Líbano, um dos raros lugares onde os “Cedros de Deus”, árvores míticas, ainda crescem. Outrora um dos materias de construção mais valiosos do mundo, foi citado mais de 100 vezes na Bíblia. São bem mais amplos que os cedros de Shouf, ao sul do país, e possuem árvores maiores, isto é, mais velhas. Dizem que há árvores de até 3.000 anos por lá. Bcharré é uma vila quase no topo da montanha que desemboca no Vale de Qadisha e foi nesta região também que tiveram lugar dos primeiros assentamentos cristãos do mundo. COMO CHEGUEI A BCHARRÉ: Mini Bus a partir de “Charles Helou station” em Beirute em direção a Trípoli, a partir de Trípoli mudança para outro Mini-Bus para Bcharré. SHOUF CEDARS A Reserva Natural Maaser Al Shouf Cedar é uma reserva natural no distrito de Chouf, no Líbano. Está localizada nas encostas da montanha Barouk e tem uma área de 550 km², quase 5,3% do território libanês e 70% da área verde do Líbano, o que a torna a maior reserva natural do Oriente Médio. The size of the reserve makes it a good location for the conservation of medium size mammals such as the wolf and the Lebanese jungle cat, as well as various species of mountain and plants. Faz parte da Reserva Natural Al-Shouf Cedar, também reconhecida pela UNESCO como reserva da biosfera em 2005. É a mais próxima de Beirute e está em roteiros com outras cidades próximas, como Balbeck. A reserva natural de Shouf é a maior do país e possui árvores de até 3000 anos. Há registros desses cedros desde a época dos fenícios, o que realmente comprova a sua idade. The Al-Shouf Cedar Nature Reserve is a popular destination for hiking and trekking, with trails matching all levels of fitness. Bird watching, mountain biking and snow shoeing are also popular. From the summit of the rugged mountains, visitors will have a panoramic view of the countryside, eastward to the Beqaa Valley and Qaraoun Lake, and westward toward the Mediterranean. A visita é rápida e paga-se apenas o estacionamento de 2000LPB ou 1USD. Não abre às segundas. The Cedars in History As remote as they are, the cedars are not untouched by history. The grove we see today descends from an immense primeval forest of cedars and other trees such as cypress, pine and oak that once covered most of Mount Lebanon including part of its east facing slopes. The Cedar is an historical entity mentioned often in the Bible and other ancient texts and it played an important part in the culture, trade and religious observances of the ancient Middle East. Serious exploitation of these forests began in the third millennium B.C., coastal towns such as Byblos. Over the centuries, Assyrians, Babylonians and Persians made expedition to Mount Lebanon for timber or extracted tributes of wood from the coastal cities of Canaan-Phoenicia. The Phoenicians themselves made use of the cedar, especially for their merchant fleets. Solomon requested large supplies of cedar wood, along with architects and builders from King Hiram of Tyre to build his temple. Nebuchadnezzar boasted on a cuneiform, inscription: "I brought for building, mighty cedars, which I cut down with my pure hands on Mount Lebanon". Prized for its fragrance and durability, the length of the great logs made cedar wood especially desirable. Cedar was important for shipbuilding and was used for the roofs of the temples, to construct tombs and other major buildings. The Egyptians used cedar resin for mummification, and pitch was extracted from these trees for waterproofing and caulking. In the second century A.D., the Roman Emperor Hadrian attempted to protect the forest with boundary markers, most carved into living rock, others in the form of separate engraved stones. Today over 200 such markers have been recorded, allowing scholars to make an approximate reconstruction of the ancient forest boundaries. Two of these markers, carved in abbreviated Latin, can be seen at the American University of Beirut Museum. In the centuries after Hadrian, Lebanon's trees were used extensively as fuel, especially for lime burning kilns. In the Middle Ages Mountain villagers cleared forests for farmland, using the wood for fuel and construction. The Ottomans in the 19th century destroyed much of the forest cover and during World War II British troops used the wood to build railroad between Tripoli and Haifa. 7.5. SÍDON (SAIDA) Cidade costeira a 45 km de Beirute, segundo a Bíblia, Sídon (significa pescaria) é a Primogênita de Canãa (Gêneses: 10,15) (devido sobretudo ao nome do possível fundador da cidade Saidoune Ibn Canaan) e se crermos no Livro Sagrado, ela foi uma das cidades mais antigas da costa cananeia, fundada pelo neto de Noé.” Hoje ela é considerada parte da “Terra Santa”, porque foi visitada por Jesus Cristo e tem uma população predominantemente muçulmana sunita. Esteve na Antiguidade sob o domínio assírio, babilônio, persa, sob a influência do império construído por Alexandre da Macedônia, de selêucidas na Síria, dos Ptolomaicos no Egito e dos romanos. A partir de 667, foi incorporada pelo Império Umaída, muçulmano. No século XI, um missionário persa descreveu: as muralhas, muito bem construídas, têm 4 porões. Os bazares são tão esplendidamente decorados que um estranho pode imaginar que o sultão esteja sendo esperado. São tais os pomares, que se pode imaginar que cada um foi planejado para a visita de um rei. Sayda foi capturada em 1110 por Balduíno de Bolonha, um dos líderes da Primeira Cruzada. Permaneceu sob o domínio cristão até 1187, quando se rendeu a Saladino, que marchou sobre a costa após a conquista de Jerusalém. A guerra santa promoveu um vaivém entre cristãos e muçulmanos pelo domínio de Sayda, só interrompido pelos mamelucos em 1291. Por quase 400 anos sob a dominação Otomana, Sayda voltou a florescer a partir de 1517. Em 1920, a cidade foi incorporada ao Mandato Francês, nos anos 1950, foi terminal de um gasoduto árabe e, desde 1991, após a Guerra Civil libanesa de 1975, Sayda se ergue, nas diversas possibilidades abertas pela origem da palavra: em grego, como phoinix, um pássaro maravilhoso; ou como phoinos, na cor púrpura, sem que jamais lhe caiba um fim. O apogeu econômico e social da cidade foi atingido sob o domínio Persa, quando a cidade foi nomeada capital da “Quinta província”, abrangendo a Síria, Palestina e o Chipre. Todo o centro histórico está inscrito na “Tentative list” da UNESCO desde 1996. Sídon foi também uma das mais importantes cidades fenícias e quiçá a mais antiga, havendo referências que foi “cidade-mãe” de Tiro, perdendo depois influência em favor da sua “filha”. Foi famosa pelas suas manufaturas, artes, no fabrico dos famosos tecidos cor púrpura, e, sobretudo, no de vidro, que era considerado o de melhor qualidade no mundo. Diz a lenda que a produção de corantes roxos, extraídos do molusco Murex trunculus, pela qual também se notabilizou a cidade-estado fenícia, teria sido legada aos fenícios por Melkart e a sua amante, a ninfa Tyrus. A cor púrpura associada à realeza foi muito usada no Egito Antigo e no Império Romano, paga por reis e imperadores a peso de ouro, decorrente da onerosa e exclusiva forma de produção. Por outro lado, Sidon tem outras atrações próximas e o souk de lá é mais legal. Ao contrário dos de Beirute e Byblos, que já são mais turísticos, aqui é totalmente local. Ótimo para comprar lembrancinhas originais e observar o dia a dia dos libaneses. Horário: todos os dias – 9h às 18h. MUSEU DO SABÃO Fica “dentro” do Suk, uma construção que destoa de tudo. Trata-se de um lindo palácio onde era a residência da família Audi (família tradicional libanesa que não tem nada a ver com a marca do carro). Eles resolveram restaurar a casa e encontraram no subsolo uma antiga fábrica de sabão do séc. XVII. Depois de restaurado resolveram transformar o lugar em um museu que conta a história do sabão da região com os objetos que foram encontrados ali. A base do sabonete que é feito até hoje, não aqui no museu, mas em cooperativas familiares (com auxílio da Fundação Audi) é azeite de oliva e louro. O passeio é bem legal, vale a pena, dá uma idéia sobre a história do sabão ao longo dos séculos. Na saída tem uma loja que é parada obrigatória, onde são vendidos os sabonetes iguais àqueles feitos no séc. XVII. · horário: todos os dias – inverno: das 9 às 16h / verão: das 9h às 18h. · valor: 5.000 LBP. · site: http://www.audifoundation.org.lb/audi-foundation/accueil Ainda dentro do SOUK tem outras duas “atrações”: · Catedral Ortodoxa de São Nicolau – local bíblico por onde passaram e se reuniram os apóstolos Paulo e Pedro no ano 58 d.C – a igreja é dedicada a São Nicolau porque ele é o patrono dos marinheiros, por estar perto do porto de Sídon. · Palácio Debbané – fica muito próximo a catedral de São Nicolau – construído em 1721, hoje é centro cultural da cidade e conta a história de Sídon. CASTELO DO MAR/FORTALEZA Construído pelos cruzados em 1228, com pedras das ruínas de um Templo Fenício, dedicado a Melkart, a versão fenícia de Hércules. Foi a residência preferida do rei da França – Luiz IX – de 1250 a 1254. Tem uma vista linda tanto para o Mediterrâneo quanto para a cidade de Sidon. O auge do poder comercial e naval de Sidon foi alcançado no final do período fenício, que durou do século 12a.C a 330d.C, coincidindo com a ascensão do Império Persa. Após este período, ela foi sucessivamente conquistada por outros povos; gregos; Alexandre, o Grande; romanos; bizantinos; cruzados; mamelucos; e, otomanos. Seu passado ainda é misterioso devido à falta de escavações e porque, no início do século XX, seu patrimônio foi dilapidado por colecionadores de antiguidades. Há evidências de que Sidon foi habitada já no período Neolítico - 4000 a.C. Batizados de príncipes dos mares, os fenícios dominaram a arte da construção de navios e o comércio no Mediterrâneo, estabelecendo colônias pela costa mediterrânea, entre as quais Cartago, no Norte da África. Na costa libanesa, Biblos, Jbai e Tiro são as mais importantes. Na atividade mercante, promoveram um intercâmbio comercial, cultural e religioso expresso na sofisticação e no sincretismo cultural dos povos do Mediterrâneo, Ásia e Oriente. Foram responsáveis pela difusão do alfabeto por volta de 800 a.C., em substituição à escrita cuneiforme, do qual derivam os alfabetos latino, árabe, grego e hebraico. A antiga cidade foi construída sobre um promontório de frente para uma ilha que abrigava sua frota de navios das tempestades e serviu como refúgio durante as incursões militares do interior. Nessa ilha em frente ao porto é onde está o Castelo. Antigamente ela se comunicava com o continente por meio de uma ponte de madeira semi fixa que podia ter suas peças removidas em tempos de ataque. Dela só resta um pilar perto do castelo e hoje há uma passarela de pedra, construída em 1936. Após várias invasões partes do castelo foram destruídas e hoje ele é constituído basicamente de duas torres ligadas por uma grande parede. A torre oeste é a mais bem preservada. A escada até o topo leva ao telhado, onde há uma boa vista do porto, da orla e da parte antiga da cidade. · Horário: sexta-feira – fechado/ outros dias: das 8h30 às 18h. · valor: 4.000 LBP. Khan El Franj The Khan El Franj is one of the many khans or caravansaries built by Fakhreddine II for merchants and goods. This is a typical khan with a large rectangular courtyard and a central fountain surrounded by covered galleries. The center of economic activity for the city in the 19th century, the khan also housed the French consulate. Today it is being renovated to serve as Sidon's cultural center. The Great Mosque South of the souk on the way to the Castle of St. Louis, is the Great Mosque, formerly the Church of St. John of the Hospitalers. The four walls of this rectangular building (recently restored to their natural beauty) date to the 13th century. Originally a fortress-like Crusader compound with its own chapel, it is still an imposing structure, especially viewed from the seaside. Qalaat El Muizz or The Castle of St. Louis The Castle of St. Louis was erected on the emplacement of a Fatimid fortress during the Crusade led by French King Louis IX, popularly known as St. Louis. Built in the mid-13th century, the present state of the castle makes it easy to observe various stages of the restoration carried out in the Mamluke era, particularly work done in the 17th century by Emir Fakhreddine II. At the foot of the hill are a dozen or so Roman columns scattered on the ground. Murex Hill To the south of the citadel is a mound of debris called Murex Hill. This artificial hill (100m long and 50m high) was formed by the accumulation of refuse from the purple dye factories of Phoenician times. Mosaic tiling found at the top of the mound suggests that Roman buildings were erected there. The hill today is covered by houses and buildings as well as a cemetery. Broken murex shells can still be seen on the lower part of the hill, but because of extensive construction, it is increasingly inaccessible to the public. Old Ports The ancient Egyptian Port, so called because it faced south towards Egypt, is located opposite the Castle of St. Louis and Murex Hill. An active harbor in Phoenician times, it has silted up over the centuries. Today the north channel harbor is used only for local fishing boats because Fakhreddine filled it in during the 17th century to deny entry to the Turkish fleet. What remains of this harbor goes back to the Roman era. Mleeta Landmark ou Museu do Hezbollah O Mleeta Resistence Landmark é um museu montado pelo grupo Hezbollah em memória da resistência à invasão de Israel. Ele fica no alto de um morro usado como posição estratégica nos combates e tem uma linda vista. Toda visita inclui um guia privado, que explica a parte interna e conduz até a área externa. A entrada custa 6.000LBP, cerca de 4USD. O Líbano, como se sabe, é contrário à divisão do território palestino para a criação de Israel. Mas o fato é que o museu tem pouquíssimos traços de ódio ao vizinho. O foco do museu é o Líbano e a história da resistência liderada pelo Hezbollah até a batalha final que se deu ali e que resultou na retirada do exército israelense. Independentemente dos motivos da vinda dos israelenses para o território libanês, é fato que eles ficaram lá por 18 anos, o que causou um profundo incômodo nos libaneses que acabaram por apoiar essa resistência, independentemente dos métodos utilizados. E são esses os sentimentos que o museu estampa: orgulho e liberdade. Também é uma opinião comum no Líbano e em boa parte do oriente que Israel usa pretextos de segurança para tomar regiões de outros países, no que seria um plano para dominar todo o Sion, que inclui parte do Egito, Líbano, Síria e Jordânia. Considerando que Israel tomou as Colinas de Golan da Síria, passou 18 anos no Líbano e vive de olho na península do Sinai no Egito, esse raciocínio até faz sentido. O Hezbollah, no meio disso tudo, deixou de ser um grupo terrorista (embora ainda figure em listas) e se transformou num grupo político influente apoiado pela população que considera que eles lutaram pela libertação do país. Eles ainda são um grupo armado que inclusive parece ter bem mais poder do que o exército libanês, mas declaram que apenas querem proteger o país e não fazem ataques. 7.6. TIRO (TYRE) Tiro é uma antiga cidade fenícia situada na costa do mar Mediterrâneo, a cerca de 30km de Sídon e a 83 de Beirut. A estrada é uma reta só e tem vista para o mar à direita e para a montanha a sua esquerda. Seu nome significa “rocha” e foi citado na Bíblia diversas vezes. O comércio de todo o mundo estava reunido em seus armazéns e os mercadores desta cidade foram os primeiros a aventurar-se a navegar através do Mediterrâneo. Foi também de lá que saíram vários navios que conquistaram cidades importantes no mundo, como Cádiz e Cartagena, na Espanha. Conserva sobretudo ruínas da época romana e já chegou a fazer parte da antiga Galilea, em Jerusalém. Five Millennia of History Founded at the start of the third millennium B.C., Tyre originally consisted of a mainland settlement and a modest island city that lay a short distance off shore. But it was not until the first millennium B.C. that the city experienced its golden age. In the 10th century B.C. Hiram, King of Tyre, joined two islets by landfill. Later he extended the city further by reclaiming a considerable area from the sea. Phoenician expansion began about 815 B.C. when traders from Tyre founded Carthage in North Africa. Eventually its colonies spread around the Mediterranean and Atlantic, bringing to the city a flourishing maritime trade. But prosperity and power make their own enemies. Early in the sixth century B.C. Nebuchadnezzar, King of Babylon, laid siege to the walled city for 13 years. Tyre stood firm, but it was probable that at this time the residents of the mainland city abandoned it for the safety of the island. In 332 B.C. Alexander the Great set out to conquer this strategic coastal base in the war between the Greeks and the Persians. Unable to storm the city, he blockaded Tyre for 7 months. Again, Tyre held on. But the conqueror used the debris of the abandoned mainland city to build a causeway and once within reach of the city walls, Alexander used his siege engines to batter and finally breach the fortifications. It is said that Alexander was so enraged at the Tyrians' defense and the loss of his men that he destroyed half the city. The town's 30,000 residents were massacred or sold into slavery. Tyre and the whole of ancient Syria fell under Roman rule in 64 B.C. Nonetheless, for some time Tyre continued to mint its own silver coins. The Romans built great important monuments in the city, including an aqueduct, a triumphal arch and the largest hippodrome in antiquity. Christianity figures in the history of Tyre, whose name is mentioned in the New Testament. During the Byzantine era, the Archbishop of Tyre was the primate of all the bishops of Phoenicia. At this time the town witnessed a second golden age as can be seen from the remains of its buildings and the inscriptions in the necropolis. Taken by the Islamic armies in 634, the city offered no resistance and continued to prosper under its new rulers, exporting sugar as well as objects made of pearl and glass. With the decline of the Abbasid caliphate, Tyre acquired some independence under the dynasty of Banu 'Aqil, vassals of the Egyptian Fatimides. This was a time when Tyre was adorned with fountains and its bazaars were full of all kinds of merchandise, including carpets and jewerly of gold and silver. Thanks to Tyre's strong fortifications it was able to resist to onslaught of the Crusaders until 1124. After about 180 years of Crusader rule, the Mamlukes retook the city in 1291, then it passed on to the Ottomans at the start of the 16th century. With the end of the I World War, Tyre was integrated into the new nation of Lebanon. Archeological Tyre For a period of nearly 50 years the General Directorate of Antiquities excavated in and around Tyre, concentrating on the three major Roman archaeological sites in the town, which can be seen today. The most important recent archaeological find in a Phoenician cemetery from the first millennium B.C. Discovered in 1991 during clandestine excavations, this is the first cemetery of its kind found in Lebanon. Funerary jars, inscribed steles and jewelry were among the objects retrieved from the site. The importance of this historical city and its monuments was highlighted in 1979 when UNESCO declared Tyre a world Heritage Site. In the meantime, government efforts have stopped much of the wartime pillaging that Tyre's archaeological treasures have suffered because of economic stress in the area and international demand for antiquities. Grassroots campaigns have also drawn attention to the importance of the city's antiquities. Visiting Tyre's ancient sites Area One, located on what was the Phoenician Island, is a vast district of civic buildings, colonnades, public baths, mosaic streets and a rectangular arena. Walk to the beach at the far end of the site. The columns to the left belong to a Palaestra, an area where athletes trained. Other excavated remains on this site date to the Hellenistic, Roman, and Byzantine periods. A short distance from the shore you will see "islands" which are, in fact, the great stone breakwaters and jetties of the ancient Phoenician port, called the "Egyptian port" because it faced south towards Egypt. Area Two, is a 5 min walk to the west. Its major point of interest is a Crusader cathedral. Only the lowest foundations and a few re-erected granite columns remain intact but these are nevertheless impressive. The area below has revealed a network of Romano-Byzantine roads and other installations. Visitors are not allowed inside the site, but the ruins can be viewed from the road. Area Three, is a 30 min walk from Areas One and Two and consists of an extensive necropolis, a three-bay monumental arch and one of the largest Roman hippodromes ever found. All date from the 2nd century A.D. to the 6th century A.D. The necropolis, excavated in 1962, yielded-hundreds of ornate stone and marble sarcophagi of the Roman and Byzantine periods. Foundations of a Byzantine church can also be seen. The archway stands astride a Roman road that led into the ancient city. Alongside the road are the remains of the aqueduct that assured the city its water supply. (See reference to Ras El-Ain). South of the necropolis is the partially reconstructed Roman hippodrome excavated in 1967. The 480m structure seated 20000 spectators who gathered to watch the death-defying sport of chariot racing. Each end of the course was marked by still existing stone turning posts (metae). Charioteers had to make this circuit seven times. Rounding the metae at top speed was the most dangerous part of the race and often produced spectacular spills. The walk to Area Three takes you through a residential part of Tyre called Hay Er-Raml or the Quarter of Sand. You are in fact walking on what once was Alexander causeway. Accumulating sands and extensive landfill have expanded this old land link to the extent that modern visitor has the impression that Tyre is built on a peninsula. O que visitar em Tiro Patrimônio Mundial da UNESCO, Tiro inclui dois enormes parques de ruínas antigas, o Al-Mina e o Al-Bass. A cidade antiga apresenta ainda um souk (lojas de comida, especiarias, roupas, artesanatos e souvenires) e um quarteirão cristão. Em uma rua ao lado do souk, está a casa de Mamluk, uma residência da época otomana que está sendo restaurada como patrimônio cultural e centro de informações pela Direção Geral de Antiguidades. O hipódromo foi construído no século 2 d.C. Tinha 480m de comprimento e 160 de largura, o segundo maior hipódromo depois do Circus Maximus, em Roma, com capacidade estimada para 20 mil espectadores. O Arco Monumental, da mesma época do Hipódromo, tem 20m de altura. Sob ele passava a principal estrada romana que conduzia à cidade. A estrada era ladeada por uma linha de colunas, calçadas para pedestres e um aqueduto com água transportada de Ras el-Ain no continente. Infelizmente, estes dois últimos não estão muito bem conservados, mas ainda assim vale a visita, principalmente o Hipódromo. Tyre Today Tyre has a colorful souk well worth exploring. Look for the Ottoman khan, or inn, just inside the market entrance. On a side street is the "Mamluke House", an Ottoman period residence that is being restored as a cultural heritage and information center by the General Directorate of Antiquities. Also in the souk area is a white, double-domed Shia Mosque of great interest. Near the market you will see a busy fisherman's port, in Phoenician times referred to as the "Sidonian" port because it faced north towards Sidon. Walk along the port with the sea on your right and you enter the city's Christian Quarter, a picturesque area of narrow streets, traditional architecture, and the Seat of the Maronite bishop of Tyre and the Holy land. One medieval tower still stands in a small garden. A second one is visible under the little lighthouse. During Crusader times towers similar to these ringed the city. Ameneties The archeological sites are open daily. Several seafood restaurants and pubs are located in the port area and fast-food places have opened in the Hay Er-Raml area. Local restaurants fare is good. 7.7. GRUTA JEEITA (JEITA GROTTO) Uma das finalistas no concurso das 7 Novas Maravilhas da Natureza, votado pela internet, foi a Gruta de Jeita: um complexo de duas cavernas interligadas, formadas de pedra calcária cárstica, e que totalizam 9km de comprimento. Símbolo nacional do Líbano, as grutas ficam no Vale de Nahr al-Kalb, em Jeita (18km a norte de Beirute). Muito bem preservadas, são um dos pontos turísticos mais visitados do Oriente Médio. O percurso entre as duas pode ser feito a pé ou de trenzinho, ambos pelo lado de fora. O táxi deixa no pé do morro e para chegar nas grutas você pega um teleférico, passa por jardins e uma lojinha. É um passeio bacana, com caminhada pelas plataformas iluminadas das grutas e um passeio de barco nas águas azuis-turquesa. Jeita Rediscovered The modern discovery of the underground river of Jeita dates to 1836 and is attributed to Reverend William Thomson, an American missionary who ventured some 50m into the cave. Reaching the underground river, he fired a shot from his gun and the resulting echoes convinced him that he had found a cavern of major importance. In 1873 W.J. Maxwell and H.G. Huxley, engineers with the Beirut Water Company, and their friend Reverend Daniel Bliss, president of the Syrian Protestant College (later the American University of Beirut) explored these caverns. In two expeditions carried out in 1873 and 1874 they penetrated 1060m into the grotto-principal source of the Nahr el-Kalb that supplies Beirut with water. They were finally stopped by "Hell's Rapids", where the river flows in torrents over razor sharp rocks. Like explorers everywhere, Dr. Bliss, Mr. Maxwell and the other engineers could not resist recording their names and the year on "Maxwell's Column", a great limestone pillar some 625m from the entrance. About 200m further on, in the so-called "Pantheon', they wrote their names and details of the expedition on paper, sealed it in a bottle and placed it on top of a stalagmite. The action of the lime-impregnated water has since covered the bottle with a thin white film, permanently fixing it to the stone. Between 1892 and 1940 further expeditions were carried out, mostly by English, American or French explorers. These efforts brought them to a depth of 1750m. Since the 1940's, Lebanese explorers, notably the members of the Speleo-Club of Lebanon founded by the first Lebanese speleologist Lionel Ghorra, have pushed even deeper into the Jeita grotto. Their methodical exploration revealed the great underground system of the upper and lower galleries which is now known to a depth approaching 9km. The upper galleries, discovered in August 1958 by Lebanese speleologists, required a hazardous climb to 650m above the entrance of the underground river. Altogether, 2130m of this gallery have been explored. Lower Grotto A tour of the lower grotto involves a 500m electric boat trip along a subterranean, black lake. At first, you are met with resonant sounds of rushing water and cool air but, as the boat ventures further into the cave, profound silence is experienced. The boat tour provides a marvellous sample of the enormous 6200m lower grotto. The experienced is enhanced by a lighting system which illuminates the columns and structures within. Upper Grotto Unlike the lower grotto, the upper grotto can be visited on foot. Access is via a specially conceived 117m long concrete walkway. Only 750m of the 2130m cave is accessible for visitors. It features a large concentration of crystallized formations such as stalagmites, stalactites, ponds, mushrooms, columns, curtains and draperies. Three chambers are accessible to visitors. The first is the white chamber, which features the caves most impressive formations. It is home to the world’s longest stalactite, which measures 8.2m in length. The second is the red chamber, which is named due to its colour. The red chamber towers to 106m high, and is between 30 to 50m wide. The third chamber is the highest of the three, at a height of 120m. Informações · Horários: das 9 às 17h, exceto segundas-feiras. · Ingresso: 133.200LPB (cerca de 14USD). The ticket price includes the toy train and cable-car rides, grotto entrance and a 20min video presentation about the caves (screened at different times of the day in English, French and Arabic). · Allow 90 min for your visit. · Bear in mind that there’s no photography allowed: you can stow your camera in lockers at the mouth of the caverns. Importante saber Each year, the caves close for around 4 weeks from late January until early February. During winter, the lower grotto is often closed when the water level becomes too high. The temperature in the caves remains constant at 16°C all the year. 7.8. BYBLOS (JBEIL) É a cidade continuamente habitada mais antiga do mundo, desenvolvida dentro de uma muralha desde o período Neolítico (8000 a.C.) até 2.150 a.C e foi uma das capitais mais importantes da antiga Fenícia. Hoje é a mais charmosa de todas e está localizada 42km ao norte de Beirute! A cidade é pequena e numa tarde podemos perfeitamente ficar com uma ideia da importância deste Patrimônio da UNESCO. A origem do alfabeto contemporâneo foi descoberta em Byblos (por volta de 1200 a.C.) numa inscrição no sarcófago de Ahiram, antigo rei fenício, agora em exposição no Museu Nacional do Líbano. Posteriormente, foi adaptado pelos gregos e disseminado mundo afora. Também era uma importante fonte do papiro, que era importado do Egito rumo à Grécia. E o nome Byblos, soou familiar? Então, juntando a relação do alfabeto com o papiro, os gregos passaram a chamar os livros de βιβλία que depois deu nome ao livro mais importante do mundo católico, a Bíblia. Posto isto, a cidade cresceu e agora é cortada pela estrada Jbeil-Jounieh e do lado do continente é meio sem graça, mas do lado do Mar Mediterrâneo é linda, com dezenas de lojas instaladas nos antigos souks (mais virado para o turismo e menos para os locais, com preços mais caros), bares e restaurantes à beira daquele mar azul royal e a citadela, patrimônio histórico da Unesco. A citadela é composta por um templo fenício, do ano 2500 d.C, o Castelo de Byblos e suas muradas medievais, que são do século XII e XV, a mesquita do Castelo construída pelos otomanos e a linda igreja de São João Batista. É uma rica mistura das civilizações fenícia, romana, grega e otomana. Atrações de Biblos A primeira coisa a esclarecer é que apesar de toda esta enorme carga histórica, as maiores riquezas deste passado de Biblos não estão mais na cidade. Praticamente tudo o que poderia ser tirado dali foi enviado para o Museu Nacional em Beirute. Começemos pela parte mais histórica, a Byblos Citadel. Embora hoje reste muito pouco do que havia ali se comparado quando da sua construção, esta área concentra uma série de construções que vão desde um pequeno anfiteatro romano até um castelo dos cruzados, que é a parte mais interessante e a que melhor resistiu ao tempo. Conhecido como Castelo de Byblos, ele foi construído no século XII pelos Cruzados a partir de pedras que compunham construções do período romano. Por isso hoje não se vê quase nada anterior a isso. O castelo era cercado por uma muralha que foi destruída por Saladino quando ele conquistou a cidade em 1188. Infelizmente, os danos de sucessivas batalhas e conquistas locais acabaram por destruir muito do que já houve ali, mas apenas para você ter uma ideia, existem até mesmo vestígios de construções egípcias. Há também a parte medieval de Biblos, que é cercada por paredes que percorrem aproximadamente 270m de leste a oeste e 200m de norte a sul. Além disso, existem locais religiosos históricos, como: • A antiga mesquita do Castelo, que remonta ao período dos mamelucos, meados de 1600 e que foi renovada pelo sultão Abdul Majid. • Há também a Igreja de São João Batista, que remonta às Cruzadas em 1116. Foi considerada uma catedral e foi parcialmente destruída durante um terremoto em 1176 d.C. Depois, foi reconstruída e dada aos maronitas como um presente do príncipe Youssef Chehab do Líbano em meados do século XVIII, depois de o terem ajudado a capturar a cidade. Findos os passeios históricos, hora de perambular pelo Old Souk e ver as boas lojinhas de souvenires e restaurantes que têm por ali. O que mais chama a atenção é que existem muitas lojas que (legalmente) comercializam fósseis. É praticamente uma rua só, bem antiga e coberta pelos dois lados do telhado das lojas que se juntam e alguns portais antigos. Em Biblos tem coisas mais bonitas e baratas para você levar de souvernir da sua viagem ao Líbano do que em Beirute. O Old Souk, por mais turístico que seja, também parece o melhor lugar para uma refeição, tanto para algo mais rápido e leve num dos bares e cafés ali existentes, quanto em restaurantes super bonitos. O Café EddéYard, o mais belo e conhecido restaurante do Old Souk. Dali desça para o Fishing Port, uma das partes mais fotogênicas e gostosas para uma caminhada de Biblos. É uma área cheia de barcos de passeios e de pescadores como o nome diz, rodeado por alguns restaurantes famosos como o Chez Pépé (um dos mais tradicionais de Byblos, que fica numa caverna e tem vários artefatos fenícios recolhidos pelo próprio Pepe no fundo do mar) e uma torre fortificada que rende boas fotos diante daquele mar azul. Se você tiver tempo para curtir uma praia, dá para ir até a praia de Bahsa Beach que fica não mais do que uns 300m do Fishing Port. 7.9. HARISSA O Líbano é um país laico de maioria cristã e por isso há vários templos católicos. O mais importante deles é Harissa, localizado a 20km de Beirute, no alto de uma colina. Mesmo que você não seja adepto à religião católica, vale a pena a visita, pela energia do local e pela vista da cidade que ele proporciona. Lá foi implementado um teleférico com vista panorâmica de todo o litoral - custa 11000LPB (10USD). Os turistas entram na estação de teleférico, compram o bilhete, e sobem por uma escada. Então, estão na área de embarque. Cada teleférico comporta até 4 pessoas. Há uma espécie de “estação de transferência” no meio do caminho. Os visitantes descem do teleférico e embarcam num segundo, de tamanho maior. Neste, entre 10 e 15 pessoas viajam juntas até o destino final: o complexo de capelas em homenagem à Notre Dame du Liban, padroeira do país, com uma grande estátua, a 650m do nível do mar. · História de Harissa: no século IV, enquanto o Imperador Teodósio viajava de Constantinopla para estas terras, foi surpreendido no mar por uma tempestade. Um membro da tripulação, cristão, começou a rezar e apareceu de repente na frente deles uma grande luz que o homem indicou como Nossa Senhora da Luz. O Imperador afirmou que se ele se salvasse dedicaria um mosteiro. E, então, em 1908, foi construído pelo arquiteto francês Gio o santuário. · Santuário de Harissa: a estátua tem 64m de circunferência na base e 12m no topo, perfazendo um total de 20m. Ela é de bronze pintada de branco pesa 15 ton. Dentro da base da estátua, há uma pequena capela onde os fiéis podem orar. Existe ainda no santuário uma loja, uma cafeteria, uma capela e, bem ao lado da estátua, uma catedral maronita moderna, construída de concreto e vidro. · Curiosidade: em 10 de maio de 1997, João Paulo II visitou Harissa. 7.10. MAGHDOUCHE Cidade onde fica a capela que teve grande importância bíblica por ter sido o local onde Maria ficou escondida enquanto Jesus fazia suas pregações pela região. Como o local se tornou um centro de peregrinação, foram construídas uma igreja e uma capela para seus visitantes fazerem suas orações, além da gruta e da via sacra, que já existiam. 8. Informações importantes · Algumas cidades têm dois nomes, o “original” digamos assim, e o árabe. Por exemplo, Byblos e Jbeil que na escrita nada têm a ver, mas é a mesma cidade. · É certo que as distâncias são curtas à excepção de Bcharré por exemplo. No entanto se não tiver carro alugado e viajar em transportes públicos, considere que vai SEMPRE demorar mais do que está à espera: pelo trânsito em Beirute e porque os mini-bus param sempre que alguém pretenda embarcar. · Estranhamente a internet do aeroporto só funciona dentro da área de passageiros, não funciona no saguão de embarque. · No inverno, algumas estradas fecham e a neve pode bloqueá-las ou prejudicar o deslocamento! · Ande sempre com seu passaporte, por conta de bloqueios, paradas e revistas. · Não fotografe em hipótese alguma, policiais e militares. Eles estão por todos os lados. Editado Outubro 22 por Fernando Paiotti 1 Citar
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