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Juazeiro, Petrolina e Aracaju sozinha (com fotos)


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Eu estava procurando um destino com sol e praia em pleno inverno. Cheguei a olhar alguns pacotes para Porto Seguro, mas confesso que os preços não me atraíram. Além do mais, queria algo diferente, que fugisse um pouco do lugar comum.

Vi uma publicação no Instagram sobre Petrolina e Juazeiro e comecei a pesquisar. Quanto mais lia e assistia vídeos sobre as duas cidades, maior foi ficando o interesse em conhecê-las. Petrolina fica em Pernambuco e Juazeiro na Bahia, separadas pelo Rio São Francisco. A travessia pode ser feita de barco ou pela ponte que une as duas cidades.

Quando montei o roteiro, optei por economizar nos deslocamentos e investir mais nas hospedagens. Poderia ter pego um voo de Belo Horizonte (onde moro) para Petrolina, o que me custaria cerca de R$ 1.200, mas preferi voar até Salvador e de lá pegar um ônibus até Juazeiro. Além disso, escolhi voltar por Aracaju, já que ainda não conhecia a cidade.

Então o deslocamento ficou assim, entre 01 e 12 de agosto/2024:

BH x Salvador – avião – R$ 538 Azul

Salvador x Juazeiro – ônibus (cerca de 09 horas de viagem) – R$ 69 Rota Transportes

Juazeiro x Aracaju – ônibus (cerca de 15 horas de viagem) – R$ 112 Rota Transportes

Aracaju x BH – avião – R$ 520 Latam

Abaixo o roteiro detalhado com mais informações:

Dia 01 – BH x Salvador: Aproveitei para matar a saudade da capital baiana. Cheguei por volta das 14h e pernoitei no Hostel Recanto da Paciência, na praia da Paciência. Aproveitei para conhecer a Casa de Iemanjá no Rio Vermelho, ver o pôr-do-sol no MAM, com vista pra praia da Gamboa e tomar uma cervejinha no Bar Ulisses em Santo Antônio Além do Carmo, meu cantinho preferido em Salvador.

Por ser dia de semana, peguei o hostel vazio e dormi sozinha em um quarto compartilhado. Achei a estrutura excelente, com vários banheiros e tudo muito limpo. Paguei R$ 99 com café da manhã incluso, mas precisei fazer checkout antes do horário do café.

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Rio Vermelho

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Gamboa

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Igreja de Santo Antônio Além do Carmo

Dia 02 – Salvador x Juazeiro: Peguei o ônibus das 07h na Rodoviária de Salvador. O carro era bem novo, semi leito e estava cheio. Fizemos uma parada de 15 minutos para lanche e outra de 20 minutos para almoço, além das paradas rápidas para embarque e desembarque de passageiros. Chegamos na Rodoviária de Juazeiro por volta das 16 horas. Fui direto para o Grande Hotel de Juazeiro, onde ficaria hospedada. Optei por este hotel pela localização central, pela piscina enorme e pelo fato de todos os quartos possuírem varanda com vista para o Rio São Francisco. Paguei R$ 194 em cada diária, com café da manhã incluso.

O hotel é três estrelas mas precisa de uma renovação urgente. Parece que parou nos anos 90. O quarto e o banheiro eram enormes e a vista pro rio era incrível, porém o café da manhã era fraco e a piscina não era atrativa, já que boa parte tinha 3 metros de profundidade. Nos 06 dias que fiquei lá, não vi ninguém entrando na piscina. Geralmente as pessoas optam por se hospedar em Petrolina, cidade maior e com mais infraestrutura que Juazeiro, com preços de hospedagem semelhantes.

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Grande Hotel de Juazeiro: vista para a piscina e Rio São Francisco

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Varanda com vista em todos os quartos.

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Grande Hotel de Juazeiro.

Dia 03 – Dia livre para conhecer Petrolina e Juazeiro. Fui aos principais pontos turísticos de Juazeiro a pé, como a Praça da Bandeira, a Igreja de Nossa Senhora das Grotas, a Orla do Rio São Francisco. Aproveitei para tomar um banho de piscina à tarde e encerrar o dia contemplando o pôr-do-sol tomando uma cervejinha em um dos bares da Orla II de Juazeiro, bem ao lado do hotel.

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Praça da Bandeira, Juazeiro

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Catedral de Nossa Senhora das Grotas

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Orla II, Juazeiro

Dia 04 – Fiz o passeio do Vapor do Vinho, operado pela Vapor do São Francisco (/https://vapordosaofrancisco.com/). O passeio dura o dia inteiro e começa com o traslado do hotel até o local de embarque, em Petrolina. A primeira parte é feita de ônibus e o trajeto dura cerca de 01 hora até o lago de Sobradinho, de onde sai o barco. O lago de Sobradinho é o maior lago artificial da América Latina e pertence à Usina Hidrelétrica de Sobradinho. Cinco municípios foram alagados e se encontram submersos no lago, fato este retratado na música Sobradinho, de Sá e Guarabyra. Após 01 hora e meia de navegação, o barco para na Ilha do Amor por 01 hora para banho no lago. Em seguida, é servido o almoço, incluso no passeio (as bebidas são cobradas a parte). O barco retorna O barco retorna ao local de partida e novamente seguimos de ônibus por mais meia hora até a Vinícola Terranova. Ali é feita uma degustação de vinhos (foram 04 rótulos) e apresentação do processo produtivo. Neste roteiro não está prevista a visita ao parreiral mas, atendendo a um pedido dos visitantes, liberaram a nossa ida aos pés de uva.

Confesso que esperava mais da visita na vinícola. O ponto alto do Vapor do Vinho fica por conta da navegação e banho no Lago de Sobradinho. Custou R$ 240.

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Vapor do Vinho

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Lago de Sobradinho

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Vinícola Terra Nova

Dia 05 – Aluguei um carro por dois dias para ter mais liberdade para rodar e porque tinha a intenção de visitar a Ilha do Rodeadouro e as Dunas do Velho Chico. Fiz a cotação no Rental Cars e a opção mais barata foi na Movida do Aeroporto de Petrolina. As duas diárias do Mobi ficaram em R$ 379. Depois de retirar o veículo, fui até Rodeadouro, onde a intenção era fazer a travessia de barco até a Ilha, partindo do Pier do Juarez. Porém, por ser segunda-feira e próximo ao horário de almoço, quando cheguei ao Pier estava fechado e não encontrei ninguém para pedir informações. Resolvi voltar pra Juazeiro e almoçar por lá mesmo. À tarde dei mais uma volta na cidade e fui até Petrolina de barco. Paguei R$ 2,50 na travessia, que dura menos de dez minutos e caminhei um pouco na Orla de Petrolina. Fiz o retorno para Juazeiro a pé, pela ponte Presidente Dutra, que tem 800 metros de extensão.

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Travessia de barco Juazeiro/BA x Petrolina/PE

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Petrolina

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Orla de Petrolina

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Catedral do Sagrado Coração de Jesus Cristo, Petrolina

Dia 06 – Meu organismo não aguentou seis dias de comida baiana e precisei fazer uma pausa nesse dia pra me recuperar. Fiquei o dia todo no hotel, saindo apenas para ir à farmácia e ao supermercado, onde comprei Coca Cola, biscoito de polvilho e água de coco, o que viria a ser meu almoço e janta pelos próximos dois dias rsrs

Dia 07 – Já recuperada, fui visitar as Dunas do Rio São Francisco, em Casa Nova/BA. Dirigi por 118 km até o local que mais parece uma praia. Pra mim, o lugar mais bonito que visitei na viagem, vale a pena demais. Como era quarta-feira, estava vazio, com poucas pessoas visitando. Como ainda estava me recuperando, não comi nada. Sentei em uma espreguiçadeira na beira do Rio e passei a manhã ali. Não precisei pagar nada, embora um garçom veio conversar comigo e me disse que cobram R$ 70 reais pela mesa com guarda-sol (caro né?). Precisava devolver o carro antes das 15h, então fiquei por ali até às 13h. Gastei R$ 160 em etanol pois precisava devolver com o tanque cheio. Rodei cerca de 300 km em três dias. À tarde fui conhecer o Museu Regional do São Francisco, em Juazeiro e depois fui caminhando até Petrolina, onde dei mais uma volta na orla e comprei umas lembrancinhas. Infelizmente não consegui visitar o Memorial Casa da Bossa Nova, pois deixei para ir no último dia e só funciona no período da manhã, diferente da informação que encontrei na internet. O local é uma homenagem a João Gilberto, que é juazeirense. 

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Dunas do São Francisco em Casa Nova/BA: mar de água doce

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Dunas do São Francisco

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Rodovia das Dunas, Casa Nova/BA

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Museu Regional do São Francisco, Juazeiro. A entrada custa R$ 4.

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Museu Regional do São Francisco

Dia 08 – Juazeiro x Aracaju: Levantei cedo nesse dia pois o ônibus saía às 07h da Rodoviária de Juazeiro. Viajei novamente com a Rota Transportes, em ônibus novo e semi leito. Quando comprei a passagem, já estava prevista uma baldeação na cidade de Capim Grosso/BA, que fica a 04 horas de distância de Juazeiro. Desci no ponto da Rota, no Centro de Capim Grosso e esperei por uma hora o ônibus que vinha de Irecê com destino à Aracaju. Esse carro também era semi leito, mas um pouco mais velho que o primeiro e estava sujo. A viagem parece interminável, com várias paradas em rodoviárias e beira de estrada para embarque e desembarque. Paramos para almoçar por 25 minutos e nunca vou me esquecer da última parada para lanche em Olindina/BA, a mais nojenta que já vi na vida. Chegamos na rodoviária de Aracaju às 22h15 e fui direto pro Simas Praia Hotel, onde fiquei hospedada. O hotel fica na Praia de Atalaia e conta com uma piscina no terraço com vista pra orla, bem bonito. O café da manhã era ok, melhor que o do Grande Hotel de Juazeiro e o quarto era pequeno, mas funcional. Paguei R$ 170 em cada diária.

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Simas Praia Hotel: piscina com vista pra praia de Atalaia

Dias 09, 10 e 11 – Não quis fazer nenhum passeio próximo à Aracaju, como o da Croa do Goré e Cânions do Xingó, por exemplo. Estava cansada e queria mesmo era aproveitar a praia de Atalaia e a piscina do hotel (a melhor piscina que já nadei na vida). Nesses três dias, além de passar as manhãs na praia, visitei a Passarela do Caranguejo, o mercado municipal de Aracaju, o Palácio Museu Olímpio Campos, o Museu da Gente Sergipana (além da passarela em frente com os monumentos das manifestações culturais) e a Orla Pôr do Sol. Gostei bem da capital sergipana, embora o mar não seja dos mais bonitos e a cidade ainda conserve um clima de interior. Comi muito bem nesses dias, embora os preços dos restaurantes próximos à Passarela do Caranguejo (onde fiquei hospedada) fossem um tanto salgados.

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Eu ❤️ Aracaju

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Passarela do Caranguejo

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Praia de Atalaia

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Palácio Museu Olímpio Campos: gratuito, mas não pode tirar fotos no interior

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Largo da Gente Sergipana

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Museu da Gente Sergipana, entrada gratuita

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Orla Pôr do Sol, Aracaju

Dia 12 – Aracaju x Belo Horizonte: Peguei o voo das 04h55 no aeroporto de Aracaju, com conexão de 1h55 em Brasília. Desembarquei em Confins por volta das 10h10 feliz e grata por ter feito mais uma viagem incrível!

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Essa que vos fala, na Praia de Atalaia

 

 

 

Editado por Nathaliaaso
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5 horas atrás, Roberto Brandão disse:

Muito bom seu relato, apesar de conhecer as cidades que você visitou, é sempre bom relembrar os lugares e descobrir algumas coisas que eu não sabia. O melhor é ver uma mulher viajando sozinha, num circuito que não é só litoral. Aguardando outros relatos.

 

Obrigada! Em relação à segurança foi bem tranquilo no geral. Tive um pouco de receio no deslocamento de carro entre Juazeiro e Casa Nova pois a estrada estava bem deserta. Mas nada demais. 

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