Membros Este é um post popular. karinemargareth Postado Julho 30 Membros Este é um post popular. Postado Julho 30 (editado) Olá viajantes, Meu relato sobre a minha experiência do meu primeiro mochilão internacional, e sozinha pela Bolívia durante 14 dias, em Julho de 2024, será dividido em partes. Gostaria de começar citando a grande importância desse grupo com suas ricas informações e colaborações dos participantes para que todos possam viajar mais, e melhor. Então obrigada a todos, com menção honrosa ao querido Jorge Lucas que me ajudou MUITO com o roteiro em tempo recorde. Minha viagem teve muitas peculiaridades que acho importante citar para que vocês entendam algumas escolhas. Não foi uma viagem mega planejada, eu comprei a passagem 15 dias antes da viagem, e só. Eu já tinha lido muitos relatos aqui sobre o destino, e já possuía o básico necessário, então apenas comprei a passagem em uma boa promoção, fiz uma reserva de 1 dia em um hostel, e fui. Era literalmente uma passagem e um sonho. Como as experiências em viagens são muito particulares, eu poderia ter gastado mais ou menos em muitas coisas, tentarei colocar o básico dos valores das coisas mais genéricas como passeio, hospedem e transporte. Mas para essa viagem a ideia era não ter pressa, e viver as experiências uma de cada vez de acordo fosse sentindo no caminho. Os relatos aqui são muito ricos, e quase todas as informações ainda tem validade presente, então tentarei focar nas coisas que não encontrei aqui, ou que tiveram alguma alteração. Para as perguntas mais clássicas já adiantarei a resposta: - Não fiz reserva de nada com antecedência. - Não comprei chip, pois já possuía um plano da claro que possuí o pacote das Américas, e funcionou perfeitamente bem (Não recomendo contratar o plano só para viajar, eu tenho como meu plano pessoal). - Levei dinheiro em reais, e fiz saque na Wise. Pelo menos no período de Julho/24 estava valendo mais a pena levar reais e trocar lá, do que saque na Wise (toda minha troca de dinheiro foi feita na cidade de Sucre, mas quando estive em La Paz vi que a cotação estava valendo também). Eu paguei a cada 100 reais 155 bolivianos. - Cheguei pela cidade de Santa Cruz de La Sierra com um voo direto saindo de SP (fui e voltei de Gol), fui para Sucre de ônibus, Potosí, Uyuni, La paz, depois retornei a Santa Cruz para o retorno. Todos os trajetos internos foram feitos de ônibus, exceto o La Paz- Santa Cruz que fiz um voo interno. - Sobre a SEGURANÇA na Bolívia, para mim enquanto viajando solo e MULHER, não tive, não identifiquei, nem sentir NENHUM desconforto. E olha que eu me perdi milhões de vezes, em todas as cidades, visto que não tinha um grande planejamento, e muitas vezes fui ajudada com muita cordialidade. Achei o povo Boliviano de forma genérica muito acolhedor, e como a maioria dos lugares que eu passei tinha uma grande quantidade de turistas, eles pareciam ser acostumados a lidar com isso. Não falo espanhol com fluência, apesar de ter estudado um pouco para a viagem, e ser meu segundo país a viajar que fala espanhol, mas posso dizer que com paciência e o BÁSICO de vocabulário de viagens o PORTUNHOL funciona bem. - Podem pedir desconto em TUDO, eles já esperam que você faça isso. Isso é algo que não sei fazer muito bem, mas tive que aprender por lá. DIA 1 (08/07) : saída de Salvador para SP, passei a noite em SP (no aeroporto). DIA 2 (09/07): GRU-VIRU VIRU (peguei aquele voo que tem pela manhã 09:35 da gol) e cheguei às 11:50 na Bolívia (horário local). Não tinha decidido se iria de avião ou ônibus para Sucre, mas quando cheguei decidi ir de avião pois estava cansada da noite no aeroporto. Mas para minha surpresa, TODOS os voos para Sucre naquele dia já estavam esgotados. Só seria possível pegar um no dia seguinte pela manhã, por aproximadamente R$ 400. Achei inviável, então decidi ir de ônibus, mas garanti minha passagem de volta LA PAZ-VIRU VIRU que custou $62. Fiz o que todos aqui indicam de pegar o ônibus que sai a cada 20 min para ir ao centro, cheguei na rodoviária, e comprei meu bilhete para Sucre, paguei 100BOB em um ônibus leito cama individual, com banheiro, e local para carregar celular. OBS: vocês podem encontrar diversos horários e preços ao chegarem no terminal, sempre que foi possível eu fiz a escolha de comprar o leito, cama e individual. Aqui já aproveito para fazer dois adendos importantes que valem para toda a viagem: 1- Muito se fala sobre os banheiros dos ônibus nos relatos, e apesar de QUASE todos que peguei possuírem banheiro, eu não quis/não precisei arriscar descobrir a condição. 2- Vi muitos relatos sobre a SEGURANÇA das estradas, e preciso dizer que estava preparada para algo MUITO pior. Mas se você olhar a geografia do lugar, e o caminho percorrido, já irá saber que possui muitas curvas, o que já naturalmente dá um quê de perigo maior. Mas, em sua grande maioria, acho que o maior dos problemas são os MOTORISTAS, não a estrada em si. O trânsito é bem caótico, e a cultura me mostrou uma péssima prática de direção. Não me arrependo de ter feito os trajetos de ônibus, achei um bom custo benefício. Acho que não vi sobre isso escrito aqui, mas uma das vantagens de viajar de ônibus são as BELEZAS que você terá, é encantador em alguns momentos. Sair de Santa Cruz às 16H, com a empresa Flota Capital, e cheguei a Sucre por volta das 4 manhã, e fiquei hospedada no Villa Oropeza Hostel. Eu paguei R$ 45,86 na diária e achei justo com a entrega do lugar. Os banheiros estavam bons, e a limpeza do espaço também. Mas para além disso, achei os funcionários muito queridos. Eu cheguei de madrugada e eles conseguiram uma sala quente para eu repousar, já que estava fazendo 0°, tinha sofá, WIFI, tomadas, e me disponibilizaram banheiro para usar e local para guardar minhas coisas antes do Check-in. Inclusive, pausa para já adiantar sobre o CLIMA DA BOLÍVIA DO INVERNO. Gente, confesso que ao longo dos dias eu fui até me acostumando, mas eu sou da Bahia, não fui projetada para sentir frio rsrsrs. Então, se pretende ir nessa época do ano, SE PREPAREM mesmo, com roupas técnicas e de boa qualidade. Eu cheguei a pegar – 15° no Salar, e a noite castiga muito. O dia e cidade mais quente da minha viagem foi La Paz fazendo 15°. Eu precisei comprar alguns itens de frio pelo meio da viagem como casaco e luva por lá, que fizeram a diferença (mas não achem que é bem barato, pois se converter será o mesmo preço, exceto se for algo de qualidade inferior, ou de Pele de Alpaca/Ihama que eu adquiri e achei que fez bastante diferença). Especialmente Uyuni, Potosí é preciso está preparado. E sobre o clima já adiando também para levarem hidrante de tudo que vocês possuírem: boca, nariz, pele, cabelo, olhos. Realmente se eu não estivesse preparada para isso eu iria sofrer, principalmente com boca, nariz e olhos. Peguei uma dica aqui de comprar um hidratante nasal chamado MaxHidrate, e foi meu melhor amigo da viagem, me salvou muito, e mesmo assim meu nariz ainda sangrava. DIA 10/07/2024 foi o dia que terminei a saga CHEGAR NA BOLÍVIA para começar o meu "não roteiro". Sucre é uma cidade que tem sido bem recomendada aqui no blog, mas ainda divide opiniões. Por isso, em questão de CIDADE, gostaria de dizer que foi A MINHA PREFERIDA. Achei a cidade linda, com clima agradável, e possível de ser feito tudo andando, como eu gosto. A localização do meu hostel ajudou muito nisso. Você pode pegar um dos ônibus que passam pela cidade a todo tempo e custam bem barato, mas não vi necessidade. Conheci o centro histórico, a Plaza 25 de Mayo, Casa de La libertad, convento de san felipe neri, teatro de sucre, monastério mirador de la recoleta. Queria ter ido a Igreja de La Merced, mas por algum motivo que não era o horário, estava fechada, e também não procurei saber o motivo. Esses foram os lugares mais “famosos” que conheci, mas entre as andanças de um e outro entrei em galerias, muitas lojas interessantes, teatro, e até em um hospital por engano kkkkk Tinha visto uma dica no instagram sobre um Café chamado Café Mirador San Miguel, e tomei meu café da manhã por lá. É bem bonito, possui uma vista linda para tirar boas fotos, tem uma catedral também. O café é relativamente caro, porque é turístico, gastei 40 bob, e não era nada demais a comida, esse é o clássico “vale a experiência”. Para esse dia, além das milhões de cafeterias que entrei, e que por sinal amei os cafés, e chocolates locais eu destaco: 1- Façam o passeio do Convento San Felipe Neri no final da tarde, no pôr do sol rende lindas fotos. O passeio também possui uma visita guiada contando sua história e custou 17 BOB. 2- Não deixem de visitar a feira local que fica no Mirador de La Recoleta, tem muita coisa legal com um preço bacana. Foi lá que comprei meu casaco de pele de alpaca, que custou 80BOB e me salvou durante a viagem. 3- Ao lado dessa feira eu descobri um restaurante que fica no Hotel Qhawarina, e foi um feliz achado. O restaurante é LINDO, tem uma vista INCRÍVEL, e para minha sorte só tinha eu na hora que cheguei, então fui muito bem atendida. É um restaurante caro, pelo porte dele, eu gastei 77bob no almoço, um suco, e uma cerveja. E,como quase todas as comidas,o almoço é uma porção gigante, que levei para jantar. Quando cheguei ao meu hostel já eram umas 19H (eu comecei meu tour por volta das 9h), e senti que deveria seguir minha viagem no próximo dia. Apesar de ter AMADO SUCRE, e por ter feito praticamente tudo que gostaria, não vi necessidade de permanecer por lá. Peguei uma indicação de guia para o passeio das minas em Potosi com a recepção do hostel, entrei em contato com ele, e decidi ir na manhã do dia seguinte. 11/07 Tinha conversado com o guia na noite anterior sobre a possibilidade de fazer o passeio à tarde, mas ele não possuía grupo disponível, somente pela manhã. Então combinamos que eu pegaria o primeiro ônibus saindo de Sucre a Potosi no outro dia pela manhã, e que ele me aguardava para começar o passeio. Segundo ele o ônibus era às 5h, mas só teve as 6h, e custou 20BOB. Tinha combinado com o táxi que conheci e guardei o numero, dele me buscar bem cedo. E FOI ENTÃO AÍ QUE COMEÇOU MEU PRIMEIRO PERRENGUE. Gente, eu conversei com o guia via whatsapp com mensagens e áudio, e para mim eu achava que estava ciente do que eu precisava fazer. Por conta de que já chegaria atrasada na cidade, ele me deu orientações sobre descer antes do terminal, mas com péssimas referências. Foi algo tipo “quase todo mundo desce nessa parada, e possui um posto de gasolina ao lado”. O problema foi que quando peguei o ônibus tinha um rapaz ao meu lado que parecia não estar muito confortável com minha presença ao lado dele, sabe lá Deus porque, ou ele só estava tendo um dia ruim. Quando deu umas 3h30 de viagem eu sabia que já estava perto, ainda na estrada e sem sinal de internet, chegou um ponto onde várias pessoas desceram, E QUE TINHA UM POSTO DE GASOLINA AO LADO. Eu tive a brilhante ideia de perguntar ao cara rabugento se eu estava no local certo, mostrando a mensagem do guia, ele disse que sim e então eu desci. Quando desci do ônibus claramente percebi que algo de errado não estava certo kkkk Estava em uma estrada bem ruim, com pouquíssima movimentação e bem deserta, que possuía uma vendinha, dois taxi, e nenhum sinal de civilização. Fui comprar algo para tomar café da manhã na venda e me informar, lá uma senhora muito educada me ajudou dizendo que eu estava em Betanzos, e que faltaria 1h para chegar a Potosí. As opções eram ficar na beira da estrada esperando o próximo ônibus que passaria daqui À 1h, ou pegar um dos ÚNICOS DOIS TÁXIS EXISTENTES. O primeiro táxi se recusou a me levar pois disse que era muito distante, e não valia a pena. O segundo também não queria, e após eu insistir MUITO e fazer amizade com ele foi que ele topou me levar. Ele me cobrou 100BOB e achei barato, acabei dando até a mais pois possuía pedágio, e ele foi realmente muito querido comigo. Além de me deixar na cidade me levou exatamente ao local do passeio. Cheguei ao passeio das minas, sã, salva e atrasada, mas deu tudo certo. Coisas curiosas sobre o trajeto: 1- Existiu um momento do ônibus que chegou em um posto policial e eles entraram no ônibus fortemente armados para fazer uma espécie de ronda. Escolheram uns passageiros aleatórios e pediram pra ver a passagem e foram embora. Mas havia lido um relato aqui de alguém falando sobre policiais exigirem documentos como antecedentes criminais (que eu possuía mesmo não precisando) e faziam extorsão de turistas, então fiquei com bastante medo, mas fingi costume e deu tudo certo. 2- Houve um momento em que o taxista estava me levando que ele parou no meio da estrada e pegou uma chave de fenda, tirou o letreiro de táxi e seguiu.Fiquei com medo? Muito! Achei que ali eu perderia um órgão kkkk Mas conversando ele me explicou que era para pagar menos no pedágio. Enfim, receios comuns de uma mulher viajando sozinha. 3- Todos os ônibus que fazem o trajeto que são em torno de 4h eu não achei confortável, eram ônibus executivos, e as vezes com uma limpeza não das melhores. SOBRE O PASSEIO DAS MINAS Eu queria muito fazer, e gostei, não me arrependo. Mas considero dispensável a depender do seu estilo de viagem. Se você está na Bolívia por exemplo para belas paisagens, não faz sentido. Eu achei que seria mais difícil, mas até lá dentro você só anda meio abaixado em alguns momentos (Talvez pessoas mais altas necessitem abaixar com mais frequência), e os lugares apertados que passamos não são TÃO APERTADOS. Tinha uma pessoa claustrofóbica no meu grupo, e ela foi super bem. Conhecer os mineiros trabalhando em tempo real, escutar suas histórias, tradições e crenças é muito rico culturalmente falando. E sobre ser seguro o passeio, é preciso lembrar que vocẽ esta dentro de uma mina ATIVA, então tudo pode acontecer, inclusive nada. Mas o trajeto percorrido pelo tour eu achei super tranquilo, e não vi nada de perigoso, fora o óbvio. É uma mistura de impressionante e triste ao mesmo tempo, principalmente depois de entender a riqueza da mina e observar a situação em que a própria cidade vive. Não tive problema nenhum em relação a altitude DURANTE o passeio, respirei bem, e olha que na parte interna da mina nós ficamos de máscara. O problema foi quando o passeio acabou. Quando estávamos retornando a base para deixar os equipamentos, eu comecei a sentir um forte enjoo e dor de cabeça. Fomos almoçar em grupo, e depois eu pretendia ir à Casa Nacional de la Moneda, mas depois de avaliar minha condição de não conseguir nem comer, eu decidi seguir para o Uyuni, que seria onde iria dormir. Tinha começado a sentir de vez os efeitos da altitude, então precisava de hidratação, remédio, e descanso. O nome do meu guia foi Jhonny, e ele me cobrou 100BOB pelo passeio. Achei ele um querido, com bastante história para contar pois também já foi mineiro. Ele fala inglês e espanhol. Sempre pergunto a nacionalidade do grupo e os idiomas que o guia fala, eu fico meio desconfortável quando vejo que alguém não está compreendendo, ou quando é necessário falar sempre a mesma coisa em dois idiomas (mas acontece muito). Naquele grupo em especial todos falavam em inglês, então ele foi falando em inglês, e quando eu não conseguia entender pq meu inglês é limitado, eu perguntava e ele traduzia, deu tudo certo. Se alguém precisar do contato dele é só me avisar que eu envio, eu indico ele. Peguei um ônibus na empresa Trans Tours A.T.L GREVALUG, com saída às 15H e custou 30bob. Essas foram as 4H mais longas da minha viagem, fui me concentrando para não vomitar no trajeto, felizmente deu tudo certo. Reservei no caminho um hotel pois precisava de um pouco mais de conforto. Fiquei hospedada no Beliz Inn, em dois momentos da viagem. Adianto dizendo que de forma geral hospedagem no uyuni é mais cara mesmo, inclusive hostel, então esse hotel eu indico a depender do preço que vocês encontrem. Nessa primeira noite eu paguei R$ 93 e achei justo. Possuía café da manhã, simples mas gostoso, a cama era ótima e possuía bons cobertores, a noite no Uyuni é MUITO fria, o quarto também possui aquecedor, o banheiro a água era bem quente, e tinha até banheira. No segundo dia que foi no retorno do Salar eu paguei R$ 133 e acho que não vale a pena (justifico depois pq paguei). Mas importante dizer que nesse hotel o banheiro muda muito de quarto para quarto. Deem preferência pelos quartos no andar de cima, porque de manhã a água fica mais quente la, e possuí até água quente na torneira. Ao chegar no Uyuni a primeira coisa que fiz foi procurar uma farmácia e comprar o Soroche Pills. Fui informada pela farmacêutica que possuía dois meses que esse remédio não chegavam ao Uyuni, e ela não sabia o motivo. Não estava em condições de ficar procurando, pq além de tudo o frio estava muito intenso. Ela me ofereceu um chamado PUNACAP, custou 5BOB cada cápsula. Fiz uma rápida pesquisa e parecia que iria funcionar. Como previsto, ao chegar no hotel eu passei bastante mal. Tive um vômito intenso, e uma forte dor de cabeça. Havia tomado um dirona antes, então depois do banho tomei esse remédio e fui descansar, no outro dia eu estava ótima. 12/07 Decidida a fazer o passeio de 3 DIAS PARA O SALAR DO UYUNI começando nesse dia, fui ao centro. Estava atrasada, mas por sorte eles quase sempre estão. Cheguei ao centro por volta das 10:45 e fechei o passeio em uma agência chamada TOMORROWLAND TRAVEL, paguei 740 BOB. Eles iam sair às 11h. No final da viagem conversando com o grupo percebemos que cada um pagou um valor, e que o meu tinha sido o mais barato. Quem pagou caro obviamente não gostou e foi contestar, mas cada um tinha fechado com uma pessoa, e não havia muito o que fazer NO FINAL. Acredito que o horário que eu cheguei e o fato de só ter mais uma vaga influenciou no desconto. Acredito que já tenha relatos muito bons aqui sobre esse tuor, e só posso dizer que é realmente tudo que dizem, e talvez até um pouco mais. Então farei apenas algumas considerações: 1- Vejo muitas preocupações em relação a QUAL AGÊNCIA ESCOLHER, mas essa é uma variável da viagem que por mais que você pondere mil coisas, outras mil vão fugir do seu controle, então infelizmente é preciso sorte. Acho que mais importante que a agência é você pegar um bom grupo, isso pode fazer grande diferença positiva ou negativa, mesmo que a agência deixe a desejar em alguns aspectos. Levei em consideração as escolhas que já citei acima para escolha do guia e grupo, e fiz com três mexicanos e duas corenas. Além da entrega da beleza do Salar, eu passei três dias com muita diversão, amizade, e troca cultural, foi incrível! 2- Não me arrependo de ter ido NO INVERNO. Ao longo do dia faz frio, mas é algo confortável com o sistema de três camadas correto. Foi possível pegar uma parte ainda molhada também, podendo ter um pouco a ideia de como fica no período de chuvas. O guia, que por sinal foi MUITO BOM, disse que no período de chuva, a depender de como esteja, não é possível percorrer todo salar. Agora à noite, é difícil! O segundo dia em especial é MUITO difícil, eu cheguei a usar 4 meias, porque achava que meu dedão do pé ia cair. eu usava duas luvas também. Então se vai ao Salar nessa época, atenção a boas roupas técnicas, e de boa qualidade. A noite a temperatura chegou a -12, mas não faço ideia da sensação térmica. 3- Sobre a agência em especial, eu achei OK. Não passei por nada fora do esperado, achei o guia preparadíssimo, e o preço justo. Todas aquelas Taxas eu paguei por fora e deram 162 BOB. A comida estava boa, nada elaborada mas bem gostosa. Eles emprestam botas e ponchos para as fotos, e bicicleta. 4- Eu gastei 122 BOB durante os três dias com água, banheiro,e alguns snacks extras. 5- A FAMIGERADA FALTA DE BANHO: No primeiro dia pagamos 10 BOB para tomar banho quente no hotel de Sal, e você tem 8 minutos para tomar banho. Eu havia perguntado na agência se no segundo dia era possível tomar banho também, e eles me disseram que pagando 10 bob também seria. Acontece que esse bendito frio torna IMPOSSÍVEL. Nesse dia fora todas essas camadas de roupa, eu dormi com um saco de dormir MAIS 5 cobertas/edredons. O peso até incomodou, e não podia me mexer, mas era isso ou acordar congelada. Dormi a noite toda, mas teve gente no meu grupo que passou mal com o frio. Não é uma questão de higiene, até pq vocẽ não fica suado mesmo, é uma questão de SOBREVIVÊNCIA. Levem bastante lenço umedecido, principalmente mulheres, ele será seu melhor amigo durante Toda viagem pela bolívia, inclusive em TODOS OS BANHEIROS (apesar de você sempre pagar para entrar, a qualidade deixa a desejar na maioria, e o papel muitas vezes mais ainda). Você não cogita em hipótese nenhuma tirar toda sua roupa. Eu não perguntei para confirmar se era possível tomar banho, mas me pareceu que não, pois no meu grupo ninguém tomou, e pelo que reparei nos outros grupos também não. Foi uma noite de confraternização com o grupo a noite e outros viajantes que conhecemos assistindo futebol em volta de uma espécie de lareira. Tomamos vinho e cerveja, mas eu fui dormir cedo pois estava me sentindo muito cansada. Mas não posso deixar de ressaltar a beleza do céu a noite no Salar, é surpreendente. 6- Vocês podem pensar que com todo esse frio é impossível tomar banho nas águas termais, e algumas pessoas fazem essa escolha. Preciso dizer que, apesar de não ser o mais bonito e emocionante, esse foi um dos meus melhores momentos desse passeio. O tour tinha começado de novo pra mim depois de entrar naquela água a 38 graus, recuperei meu dedão de volta kkkk Então gente, por favor, não percam essa experiência. Se puderem negociar tomar o banho nas águas termais no retorno, realmente é mais vazio e vocês vão ter mais tempo, no meu grupo não foi possível pois as coreanas iam seguir para o Chile. Mas no retorno paramos lá um tempinho,mas já não quis mais entrar. 7- Tomei nos dois primeiros dias aquele remédio para altitude por precaução, e não tive nenhum sintoma nem problema durante os três dias. 8- Não esqueça um tripé com controle por bluetooth se está viajando sozinho. Mas caso não leve, certamente fará amigos no caminho, e as pessoas são bem legais com essa questão de se ajudar nas fotos. 9- Algumas pessoas falam sobre qual lugar do carro sentar. Eu fui dois dias na frente, e o último no fundo e digo que para mim nenhum dos dois dias foi um problema. Mas eu tenho 1,60 e estávamos com pouca bagagem de mão dentro do carro, a maioria subiu com as cargueiras, então se você for grande recomendo sentar no meio ou no banco da frente, no fundo será desconfortável. 10- DICA DE OURO: compre seus souvenir na feira no primeiro dia do Salar, é o local mais barato. Muito mais barato que em qualquer lugar de Sucre ou em La paz. Comprei alguns, e me arrependi de não ter pego mais, pois no mercado das bruxas eu achei caro. O último dia realmente é cansativo o tempo de viagem, então quando cheguei no Uyuni passei bastante tempo conversando com o pessoal que conheci, e acabei decidindo não seguir viagem para LA PAZ no ônibus das 21h como faz a maioria. De ultima hora reservei aquele mesmo hotel que havia ficado, pois além de com fome e cansada, estava muito frio. Eu senti bastante frio na viagem noturna SANTA CRUZ-SUCRE, e considerando a temperatura que estava e a altitude, sabia que a viagem de ônibus seria mais fria ainda, não queria passar por isso. Fora que percebi que eu ficava um pouco enjoada nos trajetos de ônibus, e sempre sentia leves dores de cabeça, creio que por causa da diferença de altitude em pouco tempo, só que não era nada que me fizesse tomar remédio. DETALHE: não tem ônibus diurno UYUNI-LA PAZ, e não queria perder um dia de viagem por isso, então no outro dia eu peguei um onibus UYUNI-ORURU e outro OURURU-LA PAZ, cada um custou 30 BOB e foi leito também. Além de ter saído mais barato que comprar UYUNI-LA PAZ, eu poder ter descansado e tomado banho ao chegar do passeio foi uma boa escolha. 15/07/2024 Iniciado o último ciclo da viagem que seria LA PAZ E ISLA DEL SOL, eu cheguei em La paz por volta das 20h:30 e nos primeiros minutos já é perceptível que se trata de uma grande cidade. Não sabia disso, mas no dia que eu cheguei na cidade estava tendo a comemoração do dia da cidade, então era um grande evento. Estavam tendo shows, desfiles e milhares de pessoas na rua. O táxi não conseguiu me deixar no hostel porque as ruas estavam bloqueadas, então fui o mais próximo que pude, e como uma boa baiana carnavalesca que sou, fui pulando no meio do povo com minha mochila até chegar ao hostel. Uma pausa para falar sobre o transporte em La paz. Achei muito caro. Taxi qualquer distância eles te cobram 20 ou 30 BOB, mesmo que seja curta a distância. Baixei o aplicativo Inn Drive e usei tranquilamente, mas até por ele eu achava os valores comparados a distância exagerados, e se você sugerisse um valor muito abaixo ninguém aceitava. Os ônibus funcionam bem, e o fato de não ter parada é legal, mas também deixa o trânsito caótico. Não utilizei o ônibus, porque eu costumava andar sem direção, ou para lugares que eram possíveis de ir andando, mas via que era em torno de 2 BOB, quando me perdia eu pegava um carro por aplicativo. Minha opinião sobre a cidade é que foi a que menos gostei. Não por causa da cidade em si, mas porque está em uma grande cidade era tudo que eu não queria. A cidade é linda, muito colorida, e com várias coisas legais para fazer. Só que tudo que eu não queria era trânsito, buzinas e agonia. Fiquei hospedada os dois primeiros dias no El Prado Capsule hostel, paguei R$ 41,71 na diária com café da manhã e adorei a experiência. Acho que a melhor coisa desse hostel é a LOCALIZAÇÃO. Se for possível fique hospedado na Avenida 16 de Julio, lá possui tudo que você precisa de fácil acesso: farmácias, bancos, casa de câmbio, restaurantes para todos os gostos, cinemas, cafés, comércio, casa noturna,lavanderia…etc. Fora isso, a experiência de se hospedar em uma cápsula é interessante. Ela possui vários tipos de luz interna, inclusive azul e para leitura, possui ar condicionado individual, a temperatura interna sem ar também é ótima, e tem tv. Existem alguns comentários no booking sobre o banheiro e minha opinião é que claramente eles não fazem manutenção na quantidade de vezes que deveria ser feito, mas dizer que é sujo também não é isso. Isso depende muito da lotação e higiene dos hóspedes, nesses dois dias que me hospedei lá eu achei que estavam bom, quando retornei da ilha já não gostei, o que me fez ir para outro lugar, até porque o quarto já estava BEM cheio. Voltando a minha chegada em La paz, fui prestigiar o evento. Depois de comer e observar as manifestações culturais, decidi ir conhecer uma casa noturna, parecia que o dia estava bombando. ODIEI. kkkkkk Além de perceber que não estava lá para isso, na maioria dos lugares mesmo fechado é permitido fumar. Eu já com meu nariz bem prejudicado do clima seco, um ambiente com cheiro de cigarro era tudo que eu não precisava. Me recolhi para minha cápsula, e tive uma bela noite de sono. No outro dia pelas minhas andanças eu fui ao centro histórico, passeio pelo mercado das bruxas, fui na praça são francisco, praça murilo, catedral metropolitana de la paz e andei em três linhas do teleférico. Decidida a não explorar mais a cidade, pois isso não era o que estava procurando, decidi seguir para Isla del Sol pela manhã. Gente, uma coisa que eu realmente decidi não economizar na Bolívia foi com comida. Eu achei muito barata, e sempre muito bem servida. Já estava com a questão da altitude sempre em perigo, não quis arriscar um problema estomacal, por isso estava gastando o que eu considero mais que o necessário em alimentação, e comendo em lugares mais elaborados. Uma dica que eu deixo é conhecer o restaurante Oliva, ele fica no mercado das bruxas. O lugar é lindo, tem uma vista para o mercado bem legal, parece restaurante de date, e a comida é ótima, sem contar que o atendimento é excelente. 17/07 COPACABA- ISLA DEL SOL. Cheguei na rodoviária atrasada para pegar o ônibus das 7h30, mas felizmente eles se atrasaram no meu atraso mais uma vez. Eu estava com muito sono, e acabei comprando uma passagem para COCHABAMBA em vez de COPACABANA. Só quando estava deitada no ônibus escutei as pessoas conversando sobre o horário de chegada às 14h, e então percebi que mais uma vez algo de errado não estava certo. KKKK Desci, e depois de muito falar e pedir piedade pela turista perdida, a empresa devolveu meu dinheiro, e ainda me colocou no ônibus correto que era de outra empresa, e bem mais barato. Fiz todo aquele trajeto que o pessoal explica aqui para chegar na ilha, que parece ser complicado mas na prática é muito fácil. Me hospedei no hotel ecológico campo santo e custou $18,23. EU SIMPLESMENTE AMEI ESSE LUGAR. Para se hospedar lá é necessário descer na primeira parte da ilha, chamada PILKOKAINA, e é mais afastado dos restaurantes e “agitação” da ilha. No retorno da ilha eu fui embora pelo local mais comum que as pessoas descem, que é aquele que possui aquela escada enorme. Gente, se eu tivesse chegado por ali e subido aquela escada no dia que cheguei eu iria Odiar kkkkk pra descer é ótimo, mas pra subir né brinquedo não. Inclusive se você for se hospedar perto de onde ficam os restaurantes, se prepare para uma BOA SUBIDA. Campo Santo é uma hospedagem com um conforto legal, os anfitriões são muito legais, tem uma vista PERFEITA, e que sem dúvida me proporcionou os melhores momentos com os meus pensamentos da viagem. Após me instalar eu fui explorar a ilha em busca de um lindo pôr do sol, já que tinha prometido uma foto especial. Cheguei ao famoso restaurante PACHAMAMA, e comi um dos melhores peixes da minha vida. Sem dúvida a truta estava INCRÍVEL. Não anotei, porém se não me falha a memória custou em torno de 35 BOB. Você tem a opção de comer praticamente os mesmos pratos na hospedagem, mas é bem mais caro. Fiquei tão envolvida no momento que fiquei lá até umas 20h. Quando estava retornando, percebi que além de escuro, eu não tinha internet (o sinal de 4g não funcionou na ilha, só wifi) e nem sabia como chegar a hospedagem. Não parecia muito complicado de chegar, eu conseguia avistar a hospedagem, só não sabia aonde descer kkkkk Fui caminhando, e mais uma vez lá estava eu perdida. Encontrei um nativo com umas mulas que me informou que eu estava no lugar errado, e foi comigo até metade do caminho, que também era o dele, para que eu tentasse chegar. Não acertei, então decidi ficar sentada no escuro e somente com minha lanterna do celular, que estava descarregando, parei no meio da trilha, e fiquei a apreciar a vista. Aquilo que não tem remédio, remediado está kkkkkk Eu sentia que passaria alguém ali em algum momento, e se não acontecesse eu voltaria e pararia em algum restaurante com wifi, e pediria ajuda. Os meus salvadores chegaram, e como os Incas não me abandonaram, eles estavam indo para o mesmo lugar que eu, a diferença é que eles eram mais espertos e tinham a localização salva. OU SEJA, se vai da uma de explorador, volte antes de escurecer e tenha sua localização salva. kkkkk Minha opinião é que é MUITO cansativo ir para a ilha para bate e volta. Então eu só incluiria no meu roteiro se fosse para passar pelo menos uma noite. Acredito que se eu tivesse começado minha viagem por la paz e ido para ilha logo nos primeiros dias, mudaria todo roteiro da minha viagem, pq eu gostaria de ter tido tempo de ficar lá pelo menos 3 dias. Foi restaurador para mim. O retorno teve um outro grande momento, que foi no Estreito de Tiquina, o barquinho que pegamos para depois retornar ao ônibus QUEBROU NO MEIO DO ESTREITO. Houve todo aquele pânico pq possuía muitos idosos, e as pessoas começaram a andar pelo barco e parecia que ia virar, entrando água. Eu já estava colocando meus documentos necessários para sair da bolívia na minha doleira que é impermeável, e já estava pronta ṕara viver meu próprio titanic. Por sorte o pessoal ficou fazendo sinal e fomos resgatados por outro barco OBS: Não vá com sua mochila cargueira para ilha, é muita subida e não tem necessidade, será cansativo. Deixei a minha em La paz no hostel e estava só com uma de ataque. Tudo certo, mais uma vez sã e salva, e de volta a la paz. Fiquei de volta no hostel da cápsula, mas estava decidida que seria minha última noite, pq além de estar muito cheio, queria também ter outras experiências. Quando cheguei ainda fui caminhar mais pela cidade, e procurar uma agência para meu passeio do dia seguinte. 19/07/2024 Fui para a Bolívia na dúvida se faria o passeio da estrada da morte, deixei para decidir no caminho. Não era algo que eu queria muito, mas parecia ser muito divertido. Conheci algumas pessoas no hostel que fizeram e caíram, então para não correr o risco de ficar com dores musculares decidi que se fizesse seria o passeio do último dia. E após ver as filmagens da galera do hostel decidi que não faria. Eu sei andar de bicicleta, mas em ciclovia e lugares com um chão sem um grande grau de dificuldade. Percebi que aquele passeio iria me causar mais medo do que adrenalina boa, e que eu pagaria para ficar dentro do carro. Então como minha viagem era sobre autoconhecimento, não fazer esse passeio fez parte das minhas reflexões. Então minha escolha para o dia era fazer o CHARQUINI E LAGUNA ESMERALDA. Um fato que eu não sabia é que nesse passeio você não chega no topo do charquini, você só vai até a laguna. Pelo que o guia disse para fazer o cume você tem que subir pelo lado oposto que subimos pra chegar na laguna. Eu fiz com a empresa MUD NO LIMITS e me custou 160 BOB. Eu fiz esse e próximo passeio com essa empresa, e apesar dos dois terem sido incríveis, eu não recomendo a empresa, foi incrível pelas pessoas e pelos guias. Acho que eles prometem muito e na prática não entregam tanto. Nesse passeio mesmo está incluso fotos tiradas pelos guias em uma câmera, e até agora estou pedindo para eles mandarem, e era pra ter entregue a uma semana. Sobre o passeio em si, é lindo, vale a pena, e apesar de você chegar a 5024m, é MUITO tranquilo a questão da subida tanto que o passeio todo dura umas 5/6h. EU REALMENTE RECOMENDO FAZER para quem busca um passeio lindo, e sem grandes dificuldades. A essa altura da viagem eu já estava aclimatada, estava a quase duas semanas na bolívia, então não posso ser parâmetro para a questão da altitude aqui. No outro dia a ideia era fazer Chacaltaya e/ou Valle de Las Animas, mas na subida para o charquini foi possível ver Chacaltaya e entender que o passeio era no mesmo estilo. Apesar de ser um pouco mais alto, o carro chega praticamente muito perto, e não é uma subida com grau de dificuldade alto. Eu só tinha tempo para mais um passeio de um dia, e eu tinha um sentimento de falta no meu coração em relação a um passeio que me desafiasse. Não um desafio do tipo que me causaria medo como o vale da morte, mas algo que eu soubesse que eu poderia entregar se chegasse ao meu limite. Após muito pensar eu decidi fazer o PICO ÁUSTRIA,que pelo que eu entendi parecia ser o trekking mais difícil de um dia que tinha, que a maioria das pessoas faz para se aclimatar para fazer o Huayna Potosi. 20/07/2024 A experiência do PICO ÁUSTRIA foi a experiência física mais desafiadora da minha vida ATÉ AGORA. Já aviso que o cume é muito bonito, mas não é a vista mais bonita que você verá da Bolívia, essa não é uma trilha sobre beleza. Como disse antes sobre a escolha da agência, o que fez diferença aqui FORAM AS PESSOAS. Eu conheci três brasileiros nessa trilha, e digo que SEM DÚVIDA que sem eles eu não teria chegado até o final. Nós “nos demos as mãos” e fomos brasileiros unidos até o fim. Um deles acabou desistindo no caminho, e eu e os outros dois conseguimos chegar até o final com 2h de atraso total até terminar toda trilha (começamos por volta das 10h e chegamos no carro de volta umas 18h). Por que a subida é MUITO difícil, e a descida é MUITO perigosa, ou seja, estavámos sempre devagar. Para quem está acostumado a fazer alta montanha, essa é uma trilha intermediária só, mas para quem não é, eu só recomendo ou se tiver se aclimatando para algo maior, ou se estiver buscando algo como eu. Teve um casal de franceses mesmo que ia para o Huayna dias depois, e eram super acostumados, então eles voaram na trilha, chegaram no carro de volta umas 17h e tiveram muito mais tempo no topo que nós. Só para vocês terem ideia, teve momentos a partir do 5000m que a gente so dava 10 passos e parava pra respirar. E a descida precisa ter muito joelho, pois são pedras soltas e você precisa firmar bem o pé pra descer. CONFIRMEM COM A AGÊNCIA SE TEM BASTÃO, É IMPOSSÍVEL FAZER SEM. Eu poderia falar os milhões de aprendizados que essa trilha me proporcionou, mas como se trata de um relato apenas direi para os interessados se prepararem para uma trilha DIFÍCIL, e com tudo que um trekking difícil necessita. O Pico Áustria fica marcado em mim como a trilha que revelou para mim que eu amo o desafio de estar no topo de uma montanha. OK, estava na hora de retornar, a Bolívia me entregou tudo que eu buscava agora. Decidi passar minha última noite no BADALADO WILD ROVER. Minhas considerações sobre o hostel são: 1- é um lugar para quem procura BADALAÇÃO. Se a sua vibe for outra, o gasto do lugar não vale a pena. 2- Achei a localização PÉSSIMA. Não achei um lugar pra comer depois das 22h próximo e tive que gastar alguns milhões no hostel. 3- TUDO LÁ É MUITO CARO, E SÓ PODE SER PAGO EM DINHEIRO. 4- O banheiro e estrutura são ótimos, mas os quartos sempre estão muito cheios, inclusive de viajantes bêbados, então é possível que esteja uma grande bagunça como estava o meu. 5- A festa de lá é realmente muito boa, você vai encontrar viajantes do mundo todo em busca de animação e paquera. As bebidas são BEM CARAS. Ou seja, é um grande hype. Como eu estava exausta de todas as formas possíveis, não pude aproveitar muito, e ainda tive que sair pra sacar dinheiro para pagar as contas de lá. 21/07/ 2024 RETORNO. LA PAZ - SANTA CRUZ - SÃO PAULO - SALVADOR. Fiz todos os trajetos de avião, a gol em santa cruz conferiu o tamanho da minha mochila, que por sorte era de 40L. Descobri somente já no brasil que não é permitido trazer folha de coca, mas no final deu tudo certo. Então para os desavisados tipo eu que estão viajando somente com uma passagem e um sonho, é importante fazer umas pesquisas kkkkk No final deu tudo certo, e agora sofro de depressão pós bolívia. Para quem tá duvida, a unica coisa que posso dizer é APENAS VÁ. SOBRE MINHA MALA, para que possa ajudar para quem ta começando agora a ter um rumo: Partes de cima: 1 jaqueta de plumas 2 camissas termicas 1 camisa uv preta (usei muito pra dormir e tomar café pelo hostel) 10 blusas ( para diferentes climas e situações, incluindo suéter e fleece) - COMPREI NA BOLÍVIA O CASACO ESTILO CORTA VENTO POR 50 BOB EM LA PAZ, UMA LUVA DE PELE DE ALPACA POR 25 BOB NO SALAR, E O CASACO DE PELE DE ALPACA( já citado). Partes inferiores: 2 calças jeans com estilos diferentes 1 calça preta 1 calça leg 2 calças térmicas 1 saia jeans (poderia ser dispensada) 1 calçade trilha leve Levei 9 pares de meia (2 eram meias técnicas de trekking), uma bota de trekking, um tenis preto e uma havaiana. Sobre as meias, teria levado 10 e não seria muito. eu usava meia 24H, e sempre mais de um par. Eu sei que parece muito, mas não foi.Vi essa dica em algum lugar aqui, e realmente foi proveitosa. Levei uma roupa de dormir. Leve roupa íntima suficiente para entender que ela não vai secar de um dia para outro,por causa do clima. Levei dois pares de luvas, uma pochete, uma bolsa pequena( que não foi usada), e uma mochila de 10L dobravel que fui para TODOS os lugares com ela. Uma roupa de banho para as águas termais. Levei um cachecol, e comprei outro lá por 10Bob. O resto é o básico conhecido: toalha, produto de hiegiene, remédios, eletrônicos, óculos escuro e seus artigos pessoais. Protetor solar é indispensável. Achei a quantidade de roupa ok, lavei todas em la paz por algo em torno de 50 BOB (até 6kg) e entregou seca em 2h. UMA BOA VIAGEM A TODXS! Editado Agosto 5 por karinemargareth 8 2 Citar
Membros Jorge Lucas Postado Julho 30 Membros Postado Julho 30 (editado) Conheci essa baianinha linda, com um coração gigante, há algum tempo, quando estava começando a planejar minha viagem para as terras incas, a qual ainda estou organizando. Preciso me preparar fisicamente para o que pretendo fazer nessa viagem; poucas pessoas se aventuraram a fazê-la, e eu sou uma delas. Eu e o Bruno criamos um grupo no WhatsApp para reunir o pessoal que vai viajar pela América do Sul em 2024/2025, com o objetivo de tirar dúvidas e trocar informações. Tive a impressão de que o pessoal aqui do blog demora para responder ou não prefere usar e-mail. A Karine, por sinal, entrou nesse grupo para esclarecer dúvidas, pois só tinha a passagem comprada e uma diária em Sucre, kkkk. Na vibe igual o Neymar usando a faixa na cabeça 100% jesus, kkkkkk, ''vai na fé que dá boa''. No entanto, percebi que ela ainda não tinha um roteiro bem definido, apesar de ter pesquisado superficialmente os lugares que queria conhecer. Decidi ajudar de boa vontade, já que, devido ao meu trabalho, disponho de muitas horas livres durante a madrugada . Pensei: "Tenho tempo e uma baianinha que pode se perder a qualquer momento precisa de ajuda," e, por sinal, ela se perdeu kkkkkkk. Naquele dia, senti um desespero e achei que ia perder meu "certificado" de Guia EAD do Senai kkkkk. Sabendo para onde a Karine estava indo e com a diferença de fuso horário, sempre ia dormir mais tarde para pesquisar sobre restaurantes, passeios e lugares para se hospedar. Como ela não é fã de GPS, eu preparava PDFs sobre as cidades que ela estava visitando. Geralmente, fazia isso com prazos bem ''apertados'', pois ainda tinha trabalhos da faculdade pendentes e outras responsabilidades. No entanto, sempre enviava esses PDFs e roteiros, explicando sobre cada cidade. Acredito que isso ajudou bastante a Karine a ter uma boa noção do que fazer. Sempre fui flexível ao conversar com a Karine, até porque quem estava viajando era ela, e eu não consigo controlar nada estando a quase 3 mil quilômetros de distância. Além de pesquisar informações, participei dessa viagem como se estivesse ao lado dela, aprendendo a ser flexível, mudando tudo e recomeçando do zero. Sinceramente, isso nunca foi um problema, pois estava aprendendo a cada dia, mesmo indo dormir tarde e deixando trabalhos da faculdade pendentes. Agradeço de coração por me permitir fazer parte disso. Como já te disse antes e repito, aprendi muito mais com você do que você comigo. Foi incrível ter participado, mesmo de longe, da sua primeira viagem internacional sozinha de mochilão. Espero que venha muitas outras viagens a novos destinos e a novas fronteiras estejam por vir. At.te Jorge Lucas Editado Agosto 5 por Jorge Lucas 1 1 Citar
Membros Luan Sehn Postado Agosto 1 Membros Postado Agosto 1 Bah, isso do nariz sangrar é real... Eu levei lenços umedecidos e recomendo muito... Tanto para Uyuni quanto nas áreas de altitude. 1 Citar
Membros Vinny Fernandes Postado Agosto 8 Membros Postado Agosto 8 Em 30/07/2024 em 06:48, karinemargareth disse: Olá viajantes, Meu relato sobre a minha experiência do meu primeiro mochilão internacional, e sozinha pela Bolívia durante 14 dias, em Julho de 2024, será dividido em partes. Gostaria de começar citando a grande importância desse grupo com suas ricas informações e colaborações dos participantes para que todos possam viajar mais, e melhor. Então obrigada a todos, com menção honrosa ao querido Jorge Lucas que me ajudou MUITO com o roteiro em tempo recorde. Minha viagem teve muitas peculiaridades que acho importante citar para que vocês entendam algumas escolhas. Não foi uma viagem mega planejada, eu comprei a passagem 15 dias antes da viagem, e só. Eu já tinha lido muitos relatos aqui sobre o destino, e já possuía o básico necessário, então apenas comprei a passagem em uma boa promoção, fiz uma reserva de 1 dia em um hostel, e fui. Era literalmente uma passagem e um sonho. Como as experiências em viagens são muito particulares, eu poderia ter gastado mais ou menos em muitas coisas, tentarei colocar o básico dos valores das coisas mais genéricas como passeio, hospedem e transporte. Mas para essa viagem a ideia era não ter pressa, e viver as experiências uma de cada vez de acordo fosse sentindo no caminho. Os relatos aqui são muito ricos, e quase todas as informações ainda tem validade presente, então tentarei focar nas coisas que não encontrei aqui, ou que tiveram alguma alteração. Para as perguntas mais clássicas já adiantarei a resposta: - Não fiz reserva de nada com antecedência. - Não comprei chip, pois já possuía um plano da claro que possuí o pacote das Américas, e funcionou perfeitamente bem (Não recomendo contratar o plano só para viajar, eu tenho como meu plano pessoal). - Levei dinheiro em reais, e fiz saque na Wise. Pelo menos no período de Julho/24 estava valendo mais a pena levar reais e trocar lá, do que saque na Wise (toda minha troca de dinheiro foi feita na cidade de Sucre, mas quando estive em La Paz vi que a cotação estava valendo também). Eu paguei a cada 100 reais 155 bolivianos. - Cheguei pela cidade de Santa Cruz de La Sierra com um voo direto saindo de SP (fui e voltei de Gol), fui para Sucre de ônibus, Potosí, Uyuni, La paz, depois retornei a Santa Cruz para o retorno. Todos os trajetos internos foram feitos de ônibus, exceto o La Paz- Santa Cruz que fiz um voo interno. - Sobre a SEGURANÇA na Bolívia, para mim enquanto viajando solo e MULHER, não tive, não identifiquei, nem sentir NENHUM desconforto. E olha que eu me perdi milhões de vezes, em todas as cidades, visto que não tinha um grande planejamento, e muitas vezes fui ajudada com muita cordialidade. Achei o povo Boliviano de forma genérica muito acolhedor, e como a maioria dos lugares que eu passei tinha uma grande quantidade de turistas, eles pareciam ser acostumados a lidar com isso. Não falo espanhol com fluência, apesar de ter estudado um pouco para a viagem, e ser meu segundo país a viajar que fala espanhol, mas posso dizer que com paciência e o BÁSICO de vocabulário de viagens o PORTUNHOL funciona bem. - Podem pedir desconto em TUDO, eles já esperam que você faça isso. Isso é algo que não sei fazer muito bem, mas tive que aprender por lá. DIA 1 (08/07) : saída de Salvador para SP, passei a noite em SP (no aeroporto). DIA 2 (09/07): GRU-VIRU VIRU (peguei aquele voo que tem pela manhã 09:35 da gol) e cheguei às 11:50 na Bolívia (horário local). Não tinha decidido se iria de avião ou ônibus para Sucre, mas quando cheguei decidi ir de avião pois estava cansada da noite no aeroporto. Mas para minha surpresa, TODOS os voos para Sucre naquele dia já estavam esgotados. Só seria possível pegar um no dia seguinte pela manhã, por aproximadamente R$ 400. Achei inviável, então decidi ir de ônibus, mas garanti minha passagem de volta LA PAZ-VIRU VIRU que custou $62. Fiz o que todos aqui indicam de pegar o ônibus que sai a cada 20 min para ir ao centro, cheguei na rodoviária, e comprei meu bilhete para Sucre, paguei 100BOB em um ônibus leito cama individual, com banheiro, e local para carregar celular. OBS: vocês podem encontrar diversos horários e preços ao chegarem no terminal, sempre que foi possível eu fiz a escolha de comprar o leito, cama e individual. Aqui já aproveito para fazer dois adendos importantes que valem para toda a viagem: 1- Muito se fala sobre os banheiros dos ônibus nos relatos, e apesar de QUASE todos que peguei possuírem banheiro, eu não quis/não precisei arriscar descobrir a condição. 2- Vi muitos relatos sobre a SEGURANÇA das estradas, e preciso dizer que estava preparada para algo MUITO pior. Mas se você olhar a geografia do lugar, e o caminho percorrido, já irá saber que possui muitas curvas, o que já naturalmente dá um quê de perigo maior. Mas, em sua grande maioria, acho que o maior dos problemas são os MOTORISTAS, não a estrada em si. O trânsito é bem caótico, e a cultura me mostrou uma péssima prática de direção. Não me arrependo de ter feito os trajetos de ônibus, achei um bom custo benefício. Acho que não vi sobre isso escrito aqui, mas uma das vantagens de viajar de ônibus são as BELEZAS que você terá, é encantador em alguns momentos. Sair de Santa Cruz às 16H, com a empresa Flota Capital, e cheguei a Sucre por volta das 4 manhã, e fiquei hospedada no Villa Oropeza Hostel. Eu paguei R$ 45,86 na diária e achei justo com a entrega do lugar. Os banheiros estavam bons, e a limpeza do espaço também. Mas para além disso, achei os funcionários muito queridos. Eu cheguei de madrugada e eles conseguiram uma sala quente para eu repousar, já que estava fazendo 0°, tinha sofá, WIFI, tomadas, e me disponibilizaram banheiro para usar e local para guardar minhas coisas antes do Check-in. Inclusive, pausa para já adiantar sobre o CLIMA DA BOLÍVIA DO INVERNO. Gente, confesso que ao longo dos dias eu fui até me acostumando, mas eu sou da Bahia, não fui projetada para sentir frio rsrsrs. Então, se pretende ir nessa época do ano, SE PREPAREM mesmo, com roupas técnicas e de boa qualidade. Eu cheguei a pegar – 15° no Salar, e a noite castiga muito. O dia e cidade mais quente da minha viagem foi La Paz fazendo 15°. Eu precisei comprar alguns itens de frio pelo meio da viagem como casaco e luva por lá, que fizeram a diferença (mas não achem que é bem barato, pois se converter será o mesmo preço, exceto se for algo de qualidade inferior, ou de Pele de Alpaca/Ihama que eu adquiri e achei que fez bastante diferença). Especialmente Uyuni, Potosí é preciso está preparado. E sobre o clima já adiando também para levarem hidrante de tudo que vocês possuírem: boca, nariz, pele, cabelo, olhos. Realmente se eu não estivesse preparada para isso eu iria sofrer, principalmente com boca, nariz e olhos. Peguei uma dica aqui de comprar um hidratante nasal chamado MaxHidrate, e foi meu melhor amigo da viagem, me salvou muito, e mesmo assim meu nariz ainda sangrava. DIA 10/07/2024 foi o dia que terminei a saga CHEGAR NA BOLÍVIA para começar o meu "não roteiro". Sucre é uma cidade que tem sido bem recomendada aqui no blog, mas ainda divide opiniões. Por isso, em questão de CIDADE, gostaria de dizer que foi A MINHA PREFERIDA. Achei a cidade linda, com clima agradável, e possível de ser feito tudo andando, como eu gosto. A localização do meu hostel ajudou muito nisso. Você pode pegar um dos ônibus que passam pela cidade a todo tempo e custam bem barato, mas não vi necessidade. Conheci o centro histórico, a Plaza 25 de Mayo, Casa de La libertad, convento de san felipe neri, teatro de sucre, monastério mirador de la recoleta. Queria ter ido a Igreja de La Merced, mas por algum motivo que não era o horário, estava fechada, e também não procurei saber o motivo. Esses foram os lugares mais “famosos” que conheci, mas entre as andanças de um e outro entrei em galerias, muitas lojas interessantes, teatro, e até em um hospital por engano kkkkk Tinha visto uma dica no instagram sobre um Café chamado Café Mirador San Miguel, e tomei meu café da manhã por lá. É bem bonito, possui uma vista linda para tirar boas fotos, tem uma catedral também. O café é relativamente caro, porque é turístico, gastei 40 bob, e não era nada demais a comida, esse é o clássico “vale a experiência”. Para esse dia, além das milhões de cafeterias que entrei, e que por sinal amei os cafés, e chocolates locais eu destaco: 1- Façam o passeio do Convento San Felipe Neri no final da tarde, no pôr do sol rende lindas fotos. O passeio também possui uma visita guiada contando sua história e custou 17 BOB. 2- Não deixem de visitar a feira local que fica no Mirador de La Recoleta, tem muita coisa legal com um preço bacana. Foi lá que comprei meu casaco de pele de alpaca, que custou 80BOB e me salvou durante a viagem. 3- Ao lado dessa feira eu descobri um restaurante que fica no Hotel Qhawarina, e foi um feliz achado. O restaurante é LINDO, tem uma vista INCRÍVEL, e para minha sorte só tinha eu na hora que cheguei, então fui muito bem atendida. É um restaurante caro, pelo porte dele, eu gastei 77bob no almoço, um suco, e uma cerveja. E,como quase todas as comidas,o almoço é uma porção gigante, que levei para jantar. Quando cheguei ao meu hostel já eram umas 19H (eu comecei meu tour por volta das 9h), e senti que deveria seguir minha viagem no próximo dia. Apesar de ter AMADO SUCRE, e por ter feito praticamente tudo que gostaria, não vi necessidade de permanecer por lá. Peguei uma indicação de guia para o passeio das minas em Potosi com a recepção do hostel, entrei em contato com ele, e decidi ir na manhã do dia seguinte. 11/07 Tinha conversado com o guia na noite anterior sobre a possibilidade de fazer o passeio à tarde, mas ele não possuía grupo disponível, somente pela manhã. Então combinamos que eu pegaria o primeiro ônibus saindo de Sucre a Potosi no outro dia pela manhã, e que ele me aguardava para começar o passeio. Segundo ele o ônibus era às 5h, mas só teve as 6h, e custou 20BOB. Tinha combinado com o táxi que conheci e guardei o numero, dele me buscar bem cedo. E FOI ENTÃO AÍ QUE COMEÇOU MEU PRIMEIRO PERRENGUE. Gente, eu conversei com o guia via whatsapp com mensagens e áudio, e para mim eu achava que estava ciente do que eu precisava fazer. Por conta de que já chegaria atrasada na cidade, ele me deu orientações sobre descer antes do terminal, mas com péssimas referências. Foi algo tipo “quase todo mundo desce nessa parada, e possui um posto de gasolina ao lado”. O problema foi que quando peguei o ônibus tinha um rapaz ao meu lado que parecia não estar muito confortável com minha presença ao lado dele, sabe lá Deus porque, ou ele só estava tendo um dia ruim. Quando deu umas 3h30 de viagem eu sabia que já estava perto, ainda na estrada e sem sinal de internet, chegou um ponto onde várias pessoas desceram, E QUE TINHA UM POSTO DE GASOLINA AO LADO. Eu tive a brilhante ideia de perguntar ao cara rabugento se eu estava no local certo, mostrando a mensagem do guia, ele disse que sim e então eu desci. Quando desci do ônibus claramente percebi que algo de errado não estava certo kkkk Estava em uma estrada bem ruim, com pouquíssima movimentação e bem deserta, que possuía uma vendinha, dois taxi, e nenhum sinal de civilização. Fui comprar algo para tomar café da manhã na venda e me informar, lá uma senhora muito educada me ajudou dizendo que eu estava em Betanzos, e que faltaria 1h para chegar a Potosí. As opções eram ficar na beira da estrada esperando o próximo ônibus que passaria daqui À 1h, ou pegar um dos ÚNICOS DOIS TÁXIS EXISTENTES. O primeiro táxi se recusou a me levar pois disse que era muito distante, e não valia a pena. O segundo também não queria, e após eu insistir MUITO e fazer amizade com ele foi que ele topou me levar. Ele me cobrou 100BOB e achei barato, acabei dando até a mais pois possuía pedágio, e ele foi realmente muito querido comigo. Além de me deixar na cidade me levou exatamente ao local do passeio. Cheguei ao passeio das minas, sã, salva e atrasada, mas deu tudo certo. Coisas curiosas sobre o trajeto: 1- Existiu um momento do ônibus que chegou em um posto policial e eles entraram no ônibus fortemente armados para fazer uma espécie de ronda. Escolheram uns passageiros aleatórios e pediram pra ver a passagem e foram embora. Mas havia lido um relato aqui de alguém falando sobre policiais exigirem documentos como antecedentes criminais (que eu possuía mesmo não precisando) e faziam extorsão de turistas, então fiquei com bastante medo, mas fingi costume e deu tudo certo. 2- Houve um momento em que o taxista estava me levando que ele parou no meio da estrada e pegou uma chave de fenda, tirou o letreiro de táxi e seguiu.Fiquei com medo? Muito! Achei que ali eu perderia um órgão kkkk Mas conversando ele me explicou que era para pagar menos no pedágio. Enfim, receios comuns de uma mulher viajando sozinha. 3- Todos os ônibus que fazem o trajeto que são em torno de 4h eu não achei confortável, eram ônibus executivos, e as vezes com uma limpeza não das melhores. SOBRE O PASSEIO DAS MINAS Eu queria muito fazer, e gostei, não me arrependo. Mas considero dispensável a depender do seu estilo de viagem. Se você está na Bolívia por exemplo para belas paisagens, não faz sentido. Eu achei que seria mais difícil, mas até lá dentro você só anda meio abaixado em alguns momentos (Talvez pessoas mais altas necessitem abaixar com mais frequência), e os lugares apertados que passamos não são TÃO APERTADOS. Tinha uma pessoa claustrofóbica no meu grupo, e ela foi super bem. Conhecer os mineiros trabalhando em tempo real, escutar suas histórias, tradições e crenças é muito rico culturalmente falando. E sobre ser seguro o passeio, é preciso lembrar que vocẽ esta dentro de uma mina ATIVA, então tudo pode acontecer, inclusive nada. Mas o trajeto percorrido pelo tour eu achei super tranquilo, e não vi nada de perigoso, fora o óbvio. É uma mistura de impressionante e triste ao mesmo tempo, principalmente depois de entender a riqueza da mina e observar a situação em que a própria cidade vive. Não tive problema nenhum em relação a altitude DURANTE o passeio, respirei bem, e olha que na parte interna da mina nós ficamos de máscara. O problema foi quando o passeio acabou. Quando estávamos retornando a base para deixar os equipamentos, eu comecei a sentir um forte enjoo e dor de cabeça. Fomos almoçar em grupo, e depois eu pretendia ir à Casa Nacional de la Moneda, mas depois de avaliar minha condição de não conseguir nem comer, eu decidi seguir para o Uyuni, que seria onde iria dormir. Tinha começado a sentir de vez os efeitos da altitude, então precisava de hidratação, remédio, e descanso. O nome do meu guia foi Jhonny, e ele me cobrou 100BOB pelo passeio. Achei ele um querido, com bastante história para contar pois também já foi mineiro. Ele fala inglês e espanhol. Sempre pergunto a nacionalidade do grupo e os idiomas que o guia fala, eu fico meio desconfortável quando vejo que alguém não está compreendendo, ou quando é necessário falar sempre a mesma coisa em dois idiomas (mas acontece muito). Naquele grupo em especial todos falavam em inglês, então ele foi falando em inglês, e quando eu não conseguia entender pq meu inglês é limitado, eu perguntava e ele traduzia, deu tudo certo. Se alguém precisar do contato dele é só me avisar que eu envio, eu indico ele. Peguei um ônibus na empresa Trans Tours A.T.L GREVALUG, com saída às 15H e custou 30bob. Essas foram as 4H mais longas da minha viagem, fui me concentrando para não vomitar no trajeto, felizmente deu tudo certo. Reservei no caminho um hotel pois precisava de um pouco mais de conforto. Fiquei hospedada no Beliz Inn, em dois momentos da viagem. Adianto dizendo que de forma geral hospedagem no uyuni é mais cara mesmo, inclusive hostel, então esse hotel eu indico a depender do preço que vocês encontrem. Nessa primeira noite eu paguei R$ 93 e achei justo. Possuía café da manhã, simples mas gostoso, a cama era ótima e possuía bons cobertores, a noite no Uyuni é MUITO fria, o quarto também possui aquecedor, o banheiro a água era bem quente, e tinha até banheira. No segundo dia que foi no retorno do Salar eu paguei R$ 133 e acho que não vale a pena (justifico depois pq paguei). Mas importante dizer que nesse hotel o banheiro muda muito de quarto para quarto. Deem preferência pelos quartos no andar de cima, porque de manhã a água fica mais quente la, e possuí até água quente na torneira. Ao chegar no Uyuni a primeira coisa que fiz foi procurar uma farmácia e comprar o Soroche Pills. Fui informada pela farmacêutica que possuía dois meses que esse remédio não chegavam ao Uyuni, e ela não sabia o motivo. Não estava em condições de ficar procurando, pq além de tudo o frio estava muito intenso. Ela me ofereceu um chamado PUNACAP, custou 5BOB cada cápsula. Fiz uma rápida pesquisa e parecia que iria funcionar. Como previsto, ao chegar no hotel eu passei bastante mal. Tive um vômito intenso, e uma forte dor de cabeça. Havia tomado um dirona antes, então depois do banho tomei esse remédio e fui descansar, no outro dia eu estava ótima. 12/07 Decidida a fazer o passeio de 3 DIAS PARA O SALAR DO UYUNI começando nesse dia, fui ao centro. Estava atrasada, mas por sorte eles quase sempre estão. Cheguei ao centro por volta das 10:45 e fechei o passeio em uma agência chamada TOMORROWLAND TRAVEL, paguei 740 BOB. Eles iam sair às 11h. No final da viagem conversando com o grupo percebemos que cada um pagou um valor, e que o meu tinha sido o mais barato. Quem pagou caro obviamente não gostou e foi contestar, mas cada um tinha fechado com uma pessoa, e não havia muito o que fazer NO FINAL. Acredito que o horário que eu cheguei e o fato de só ter mais uma vaga influenciou no desconto. Acredito que já tenha relatos muito bons aqui sobre esse tuor, e só posso dizer que é realmente tudo que dizem, e talvez até um pouco mais. Então farei apenas algumas considerações: 1- Vejo muitas preocupações em relação a QUAL AGÊNCIA ESCOLHER, mas essa é uma variável da viagem que por mais que você pondere mil coisas, outras mil vão fugir do seu controle, então infelizmente é preciso sorte. Acho que mais importante que a agência é você pegar um bom grupo, isso pode fazer grande diferença positiva ou negativa, mesmo que a agência deixe a desejar em alguns aspectos. Levei em consideração as escolhas que já citei acima para escolha do guia e grupo, e fiz com três mexicanos e duas corenas. Além da entrega da beleza do Salar, eu passei três dias com muita diversão, amizade, e troca cultural, foi incrível! 2- Não me arrependo de ter ido NO INVERNO. Ao longo do dia faz frio, mas é algo confortável com o sistema de três camadas correto. Foi possível pegar uma parte ainda molhada também, podendo ter um pouco a ideia de como fica no período de chuvas. O guia, que por sinal foi MUITO BOM, disse que no período de chuva, a depender de como esteja, não é possível percorrer todo salar. Agora à noite, é difícil! O segundo dia em especial é MUITO difícil, eu cheguei a usar 4 meias, porque achava que meu dedão do pé ia cair. eu usava duas luvas também. Então se vai ao Salar nessa época, atenção a boas roupas técnicas, e de boa qualidade. A noite a temperatura chegou a -12, mas não faço ideia da sensação térmica. 3- Sobre a agência em especial, eu achei OK. Não passei por nada fora do esperado, achei o guia preparadíssimo, e o preço justo. Todas aquelas Taxas eu paguei por fora e deram 162 BOB. A comida estava boa, nada elaborada mas bem gostosa. Eles emprestam botas e ponchos para as fotos, e bicicleta. 4- Eu gastei 122 BOB durante os três dias com água, banheiro,e alguns snacks extras. 5- A FAMIGERADA FALTA DE BANHO: No primeiro dia pagamos 10 BOB para tomar banho quente no hotel de Sal, e você tem 8 minutos para tomar banho. Eu havia perguntado na agência se no segundo dia era possível tomar banho também, e eles me disseram que pagando 10 bob também seria. Acontece que esse bendito frio torna IMPOSSÍVEL. Nesse dia fora todas essas camadas de roupa, eu dormi com um saco de dormir MAIS 5 cobertas/edredons. O peso até incomodou, e não podia me mexer, mas era isso ou acordar congelada. Dormi a noite toda, mas teve gente no meu grupo que passou mal com o frio. Não é uma questão de higiene, até pq vocẽ não fica suado mesmo, é uma questão de SOBREVIVÊNCIA. Levem bastante lenço umedecido, principalmente mulheres, ele será seu melhor amigo durante Toda viagem pela bolívia, inclusive em TODOS OS BANHEIROS (apesar de você sempre pagar para entrar, a qualidade deixa a desejar na maioria, e o papel muitas vezes mais ainda). Você não cogita em hipótese nenhuma tirar toda sua roupa. Eu não perguntei para confirmar se era possível tomar banho, mas me pareceu que não, pois no meu grupo ninguém tomou, e pelo que reparei nos outros grupos também não. Foi uma noite de confraternização com o grupo a noite e outros viajantes que conhecemos assistindo futebol em volta de uma espécie de lareira. Tomamos vinho e cerveja, mas eu fui dormir cedo pois estava me sentindo muito cansada. Mas não posso deixar de ressaltar a beleza do céu a noite no Salar, é surpreendente. 6- Vocês podem pensar que com todo esse frio é impossível tomar banho nas águas termais, e algumas pessoas fazem essa escolha. Preciso dizer que, apesar de não ser o mais bonito e emocionante, esse foi um dos meus melhores momentos desse passeio. O tour tinha começado de novo pra mim depois de entrar naquela água a 38 graus, recuperei meu dedão de volta kkkk Então gente, por favor, não percam essa experiência. Se puderem negociar tomar o banho nas águas termais no retorno, realmente é mais vazio e vocês vão ter mais tempo, no meu grupo não foi possível pois as coreanas iam seguir para o Chile. Mas no retorno paramos lá um tempinho,mas já não quis mais entrar. 7- Tomei nos dois primeiros dias aquele remédio para altitude por precaução, e não tive nenhum sintoma nem problema durante os três dias. 8- Não esqueça um tripé com controle por bluetooth se está viajando sozinho. Mas caso não leve, certamente fará amigos no caminho, e as pessoas são bem legais com essa questão de se ajudar nas fotos. 9- Algumas pessoas falam sobre qual lugar do carro sentar. Eu fui dois dias na frente, e o último no fundo e digo que para mim nenhum dos dois dias foi um problema. Mas eu tenho 1,60 e estávamos com pouca bagagem de mão dentro do carro, a maioria subiu com as cargueiras, então se você for grande recomendo sentar no meio ou no banco da frente, no fundo será desconfortável. 10- DICA DE OURO: compre seus souvenir na feira no primeiro dia do Salar, é o local mais barato. Muito mais barato que em qualquer lugar de Sucre ou em La paz. Comprei alguns, e me arrependi de não ter pego mais, pois no mercado das bruxas eu achei caro. O último dia realmente é cansativo o tempo de viagem, então quando cheguei no Uyuni passei bastante tempo conversando com o pessoal que conheci, e acabei decidindo não seguir viagem para LA PAZ no ônibus das 21h como faz a maioria. De ultima hora reservei aquele mesmo hotel que havia ficado, pois além de com fome e cansada, estava muito frio. Eu senti bastante frio na viagem noturna SANTA CRUZ-SUCRE, e considerando a temperatura que estava e a altitude, sabia que a viagem de ônibus seria mais fria ainda, não queria passar por isso. Fora que percebi que eu ficava um pouco enjoada nos trajetos de ônibus, e sempre sentia leves dores de cabeça, creio que por causa da diferença de altitude em pouco tempo, só que não era nada que me fizesse tomar remédio. DETALHE: não tem ônibus diurno UYUNI-LA PAZ, e não queria perder um dia de viagem por isso, então no outro dia eu peguei um onibus UYUNI-ORURU e outro OURURU-LA PAZ, cada um custou 30 BOB e foi leito também. Além de ter saído mais barato que comprar UYUNI-LA PAZ, eu poder ter descansado e tomado banho ao chegar do passeio foi uma boa escolha. 15/07/2024 Iniciado o último ciclo da viagem que seria LA PAZ E ISLA DEL SOL, eu cheguei em La paz por volta das 20h:30 e nos primeiros minutos já é perceptível que se trata de uma grande cidade. Não sabia disso, mas no dia que eu cheguei na cidade estava tendo a comemoração do dia da cidade, então era um grande evento. Estavam tendo shows, desfiles e milhares de pessoas na rua. O táxi não conseguiu me deixar no hostel porque as ruas estavam bloqueadas, então fui o mais próximo que pude, e como uma boa baiana carnavalesca que sou, fui pulando no meio do povo com minha mochila até chegar ao hostel. Uma pausa para falar sobre o transporte em La paz. Achei muito caro. Taxi qualquer distância eles te cobram 20 ou 30 BOB, mesmo que seja curta a distância. Baixei o aplicativo Inn Drive e usei tranquilamente, mas até por ele eu achava os valores comparados a distância exagerados, e se você sugerisse um valor muito abaixo ninguém aceitava. Os ônibus funcionam bem, e o fato de não ter parada é legal, mas também deixa o trânsito caótico. Não utilizei o ônibus, porque eu costumava andar sem direção, ou para lugares que eram possíveis de ir andando, mas via que era em torno de 2 BOB, quando me perdia eu pegava um carro por aplicativo. Minha opinião sobre a cidade é que foi a que menos gostei. Não por causa da cidade em si, mas porque está em uma grande cidade era tudo que eu não queria. A cidade é linda, muito colorida, e com várias coisas legais para fazer. Só que tudo que eu não queria era trânsito, buzinas e agonia. Fiquei hospedada os dois primeiros dias no El Prado Capsule hostel, paguei R$ 41,71 na diária com café da manhã e adorei a experiência. Acho que a melhor coisa desse hostel é a LOCALIZAÇÃO. Se for possível fique hospedado na Avenida 16 de Julio, lá possui tudo que você precisa de fácil acesso: farmácias, bancos, casa de câmbio, restaurantes para todos os gostos, cinemas, cafés, comércio, casa noturna,lavanderia…etc. Fora isso, a experiência de se hospedar em uma cápsula é interessante. Ela possui vários tipos de luz interna, inclusive azul e para leitura, possui ar condicionado individual, a temperatura interna sem ar também é ótima, e tem tv. Existem alguns comentários no booking sobre o banheiro e minha opinião é que claramente eles não fazem manutenção na quantidade de vezes que deveria ser feito, mas dizer que é sujo também não é isso. Isso depende muito da lotação e higiene dos hóspedes, nesses dois dias que me hospedei lá eu achei que estavam bom, quando retornei da ilha já não gostei, o que me fez ir para outro lugar, até porque o quarto já estava BEM cheio. Voltando a minha chegada em La paz, fui prestigiar o evento. Depois de comer e observar as manifestações culturais, decidi ir conhecer uma casa noturna, parecia que o dia estava bombando. ODIEI. kkkkkk Além de perceber que não estava lá para isso, na maioria dos lugares mesmo fechado é permitido fumar. Eu já com meu nariz bem prejudicado do clima seco, um ambiente com cheiro de cigarro era tudo que eu não precisava. Me recolhi para minha cápsula, e tive uma bela noite de sono. No outro dia pelas minhas andanças eu fui ao centro histórico, passeio pelo mercado das bruxas, fui na praça são francisco, praça murilo, catedral metropolitana de la paz e andei em três linhas do teleférico. Decidida a não explorar mais a cidade, pois isso não era o que estava procurando, decidi seguir para Isla del Sol pela manhã. Gente, uma coisa que eu realmente decidi não economizar na Bolívia foi com comida. Eu achei muito barata, e sempre muito bem servida. Já estava com a questão da altitude sempre em perigo, não quis arriscar um problema estomacal, por isso estava gastando o que eu considero mais que o necessário em alimentação, e comendo em lugares mais elaborados. Uma dica que eu deixo é conhecer o restaurante Oliva, ele fica no mercado das bruxas. O lugar é lindo, tem uma vista para o mercado bem legal, parece restaurante de date, e a comida é ótima, sem contar que o atendimento é excelente. 17/07 COPACABA- ISLA DEL SOL. Cheguei na rodoviária atrasada para pegar o ônibus das 7h30, mas felizmente eles se atrasaram no meu atraso mais uma vez. Eu estava com muito sono, e acabei comprando uma passagem para COCHABAMBA em vez de COPACABANA. Só quando estava deitada no ônibus escutei as pessoas conversando sobre o horário de chegada às 14h, e então percebi que mais uma vez algo de errado não estava certo. KKKK Desci, e depois de muito falar e pedir piedade pela turista perdida, a empresa devolveu meu dinheiro, e ainda me colocou no ônibus correto que era de outra empresa, e bem mais barato. Fiz todo aquele trajeto que o pessoal explica aqui para chegar na ilha, que parece ser complicado mas na prática é muito fácil. Me hospedei no hotel ecológico campo santo e custou $18,23. EU SIMPLESMENTE AMEI ESSE LUGAR. Para se hospedar lá é necessário descer na primeira parte da ilha, chamada PILKOKAINA, e é mais afastado dos restaurantes e “agitação” da ilha. No retorno da ilha eu fui embora pelo local mais comum que as pessoas descem, que é aquele que possui aquela escada enorme. Gente, se eu tivesse chegado por ali e subido aquela escada no dia que cheguei eu iria Odiar kkkkk pra descer é ótimo, mas pra subir né brinquedo não. Inclusive se você for se hospedar perto de onde ficam os restaurantes, se prepare para uma BOA SUBIDA. Campo Santo é uma hospedagem com um conforto legal, os anfitriões são muito legais, tem uma vista PERFEITA, e que sem dúvida me proporcionou os melhores momentos com os meus pensamentos da viagem. Após me instalar eu fui explorar a ilha em busca de um lindo pôr do sol, já que tinha prometido uma foto especial. Cheguei ao famoso restaurante PACHAMAMA, e comi um dos melhores peixes da minha vida. Sem dúvida a truta estava INCRÍVEL. Não anotei, porém se não me falha a memória custou em torno de 35 BOB. Você tem a opção de comer praticamente os mesmos pratos na hospedagem, mas é bem mais caro. Fiquei tão envolvida no momento que fiquei lá até umas 20h. Quando estava retornando, percebi que além de escuro, eu não tinha internet (o sinal de 4g não funcionou na ilha, só wifi) e nem sabia como chegar a hospedagem. Não parecia muito complicado de chegar, eu conseguia avistar a hospedagem, só não sabia aonde descer kkkkk Fui caminhando, e mais uma vez lá estava eu perdida. Encontrei um nativo com umas mulas que me informou que eu estava no lugar errado, e foi comigo até metade do caminho, que também era o dele, para que eu tentasse chegar. Não acertei, então decidi ficar sentada no escuro e somente com minha lanterna do celular, que estava descarregando, parei no meio da trilha, e fiquei a apreciar a vista. Aquilo que não tem remédio, remediado está kkkkkk Eu sentia que passaria alguém ali em algum momento, e se não acontecesse eu voltaria e pararia em algum restaurante com wifi, e pediria ajuda. Os meus salvadores chegaram, e como os Incas não me abandonaram, eles estavam indo para o mesmo lugar que eu, a diferença é que eles eram mais espertos e tinham a localização salva. OU SEJA, se vai da uma de explorador, volte antes de escurecer e tenha sua localização salva. kkkkk Minha opinião é que é MUITO cansativo ir para a ilha para bate e volta. Então eu só incluiria no meu roteiro se fosse para passar pelo menos uma noite. Acredito que se eu tivesse começado minha viagem por la paz e ido para ilha logo nos primeiros dias, mudaria todo roteiro da minha viagem, pq eu gostaria de ter tido tempo de ficar lá pelo menos 3 dias. Foi restaurador para mim. O retorno teve um outro grande momento, que foi no Estreito de Tiquina, o barquinho que pegamos para depois retornar ao ônibus QUEBROU NO MEIO DO ESTREITO. Houve todo aquele pânico pq possuía muitos idosos, e as pessoas começaram a andar pelo barco e parecia que ia virar, entrando água. Eu já estava colocando meus documentos necessários para sair da bolívia na minha doleira que é impermeável, e já estava pronta ṕara viver meu próprio titanic. Por sorte o pessoal ficou fazendo sinal e fomos resgatados por outro barco OBS: Não vá com sua mochila cargueira para ilha, é muita subida e não tem necessidade, será cansativo. Deixei a minha em La paz no hostel e estava só com uma de ataque. Tudo certo, mais uma vez sã e salva, e de volta a la paz. Fiquei de volta no hostel da cápsula, mas estava decidida que seria minha última noite, pq além de estar muito cheio, queria também ter outras experiências. Quando cheguei ainda fui caminhar mais pela cidade, e procurar uma agência para meu passeio do dia seguinte. 19/07/2024 Fui para a Bolívia na dúvida se faria o passeio da estrada da morte, deixei para decidir no caminho. Não era algo que eu queria muito, mas parecia ser muito divertido. Conheci algumas pessoas no hostel que fizeram e caíram, então para não correr o risco de ficar com dores musculares decidi que se fizesse seria o passeio do último dia. E após ver as filmagens da galera do hostel decidi que não faria. Eu sei andar de bicicleta, mas em ciclovia e lugares com um chão sem um grande grau de dificuldade. Percebi que aquele passeio iria me causar mais medo do que adrenalina boa, e que eu pagaria para ficar dentro do carro. Então como minha viagem era sobre autoconhecimento, não fazer esse passeio fez parte das minhas reflexões. Então minha escolha para o dia era fazer o CHARQUINI E LAGUNA ESMERALDA. Um fato que eu não sabia é que nesse passeio você não chega no topo do charquini, você só vai até a laguna. Pelo que o guia disse para fazer o cume você tem que subir pelo lado oposto que subimos pra chegar na laguna. Eu fiz com a empresa MUD NO LIMITS e me custou 160 BOB. Eu fiz esse e próximo passeio com essa empresa, e apesar dos dois terem sido incríveis, eu não recomendo a empresa, foi incrível pelas pessoas e pelos guias. Acho que eles prometem muito e na prática não entregam tanto. Nesse passeio mesmo está incluso fotos tiradas pelos guias em uma câmera, e até agora estou pedindo para eles mandarem, e era pra ter entregue a uma semana. Sobre o passeio em si, é lindo, vale a pena, e apesar de você chegar a 5024m, é MUITO tranquilo a questão da subida tanto que o passeio todo dura umas 5/6h. EU REALMENTE RECOMENDO FAZER para quem busca um passeio lindo, e sem grandes dificuldades. A essa altura da viagem eu já estava aclimatada, estava a quase duas semanas na bolívia, então não posso ser parâmetro para a questão da altitude aqui. No outro dia a ideia era fazer Chacaltaya e/ou Valle de Las Animas, mas na subida para o charquini foi possível ver Chacaltaya e entender que o passeio era no mesmo estilo. Apesar de ser um pouco mais alto, o carro chega praticamente muito perto, e não é uma subida com grau de dificuldade alto. Eu só tinha tempo para mais um passeio de um dia, e eu tinha um sentimento de falta no meu coração em relação a um passeio que me desafiasse. Não um desafio do tipo que me causaria medo como o vale da morte, mas algo que eu soubesse que eu poderia entregar se chegasse ao meu limite. Após muito pensar eu decidi fazer o PICO ÁUSTRIA,que pelo que eu entendi parecia ser o trekking mais difícil de um dia que tinha, que a maioria das pessoas faz para se aclimatar para fazer o Huayna Potosi. 20/07/2024 A experiência do PICO ÁUSTRIA foi a experiência física mais desafiadora da minha vida ATÉ AGORA. Já aviso que o cume é muito bonito, mas não é a vista mais bonita que você verá da Bolívia, essa não é uma trilha sobre beleza. Como disse antes sobre a escolha da agência, o que fez diferença aqui FORAM AS PESSOAS. Eu conheci três brasileiros nessa trilha, e digo que SEM DÚVIDA que sem eles eu não teria chegado até o final. Nós “nos demos as mãos” e fomos brasileiros unidos até o fim. Um deles acabou desistindo no caminho, e eu e os outros dois conseguimos chegar até o final com 2h de atraso total até terminar toda trilha (começamos por volta das 10h e chegamos no carro de volta umas 18h). Por que a subida é MUITO difícil, e a descida é MUITO perigosa, ou seja, estavámos sempre devagar. Para quem está acostumado a fazer alta montanha, essa é uma trilha intermediária só, mas para quem não é, eu só recomendo ou se tiver se aclimatando para algo maior, ou se estiver buscando algo como eu. Teve um casal de franceses mesmo que ia para o Huayna dias depois, e eram super acostumados, então eles voaram na trilha, chegaram no carro de volta umas 17h e tiveram muito mais tempo no topo que nós. Só para vocês terem ideia, teve momentos a partir do 5000m que a gente so dava 10 passos e parava pra respirar. E a descida precisa ter muito joelho, pois são pedras soltas e você precisa firmar bem o pé pra descer. CONFIRMEM COM A AGÊNCIA SE TEM BASTÃO, É IMPOSSÍVEL FAZER SEM. Eu poderia falar os milhões de aprendizados que essa trilha me proporcionou, mas como se trata de um relato apenas direi para os interessados se prepararem para uma trilha DIFÍCIL, e com tudo que um trekking difícil necessita. O Pico Áustria fica marcado em mim como a trilha que revelou para mim que eu amo o desafio de estar no topo de uma montanha. OK, estava na hora de retornar, a Bolívia me entregou tudo que eu buscava agora. Decidi passar minha última noite no BADALADO WILD ROVER. Minhas considerações sobre o hostel são: 1- é um lugar para quem procura BADALAÇÃO. Se a sua vibe for outra, o gasto do lugar não vale a pena. 2- Achei a localização PÉSSIMA. Não achei um lugar pra comer depois das 22h próximo e tive que gastar alguns milhões no hostel. 3- TUDO LÁ É MUITO CARO, E SÓ PODE SER PAGO EM DINHEIRO. 4- O banheiro e estrutura são ótimos, mas os quartos sempre estão muito cheios, inclusive de viajantes bêbados, então é possível que esteja uma grande bagunça como estava o meu. 5- A festa de lá é realmente muito boa, você vai encontrar viajantes do mundo todo em busca de animação e paquera. As bebidas são BEM CARAS. Ou seja, é um grande hype. Como eu estava exausta de todas as formas possíveis, não pude aproveitar muito, e ainda tive que sair pra sacar dinheiro para pagar as contas de lá. 21/07/ 2024 RETORNO. LA PAZ - SANTA CRUZ - SÃO PAULO - SALVADOR. Fiz todos os trajetos de avião, a gol em santa cruz conferiu o tamanho da minha mochila, que por sorte era de 40L. Descobri somente já no brasil que não é permitido trazer folha de coca, mas no final deu tudo certo. Então para os desavisados tipo eu que estão viajando somente com uma passagem e um sonho, é importante fazer umas pesquisas kkkkk No final deu tudo certo, e agora sofro de depressão pós bolívia. Para quem tá duvida, a unica coisa que posso dizer é APENAS VÁ. SOBRE MINHA MALA, para que possa ajudar para quem ta começando agora a ter um rumo: Partes de cima: 1 jaqueta de plumas 2 camissas termicas 1 camisa uv preta (usei muito pra dormir e tomar café pelo hostel) 10 blusas ( para diferentes climas e situações, incluindo suéter e fleece) - COMPREI NA BOLÍVIA O CASACO ESTILO CORTA VENTO POR 50 BOB EM LA PAZ, UMA LUVA DE PELE DE ALPACA POR 25 BOB NO SALAR, E O CASACO DE PELE DE ALPACA( já citado). Partes inferiores: 2 calças jeans com estilos diferentes 1 calça preta 1 calça leg 2 calças térmicas 1 saia jeans (poderia ser dispensada) 1 calçade trilha leve Levei 9 pares de meia (2 eram meias técnicas de trekking), uma bota de trekking, um tenis preto e uma havaiana. Sobre as meias, teria levado 10 e não seria muito. eu usava meia 24H, e sempre mais de um par. Eu sei que parece muito, mas não foi.Vi essa dica em algum lugar aqui, e realmente foi proveitosa. Levei uma roupa de dormir. Leve roupa íntima suficiente para entender que ela não vai secar de um dia para outro,por causa do clima. Levei dois pares de luvas, uma pochete, uma bolsa pequena( que não foi usada), e uma mochila de 10L dobravel que fui para TODOS os lugares com ela. Uma roupa de banho para as águas termais. Levei um cachecol, e comprei outro lá por 10Bob. O resto é o básico conhecido: toalha, produto de hiegiene, remédios, eletrônicos, óculos escuro e seus artigos pessoais. Protetor solar é indispensável. Achei a quantidade de roupa ok, lavei todas em la paz por algo em torno de 50 BOB (até 6kg) e entregou seca em 2h. UMA BOA VIAGEM A TODXS! Que relato maravilhoso e rico!!! Eu fiz um mochilão Bolívia Peru em 2012 que me marcou demais (literalmente, pois fiz uma tatuagem em Cusco kkk). Decidi fazer novamente em fevereiro de 2025 com um um grupo de amigos e cá estou catando informações, ainda estou bem perdido em relação a roteiro. Tenho a impressão de que tudo mudou desde que fiz essa viagem. Obrigado por compartilhar a sua experiência! Citar
Membros M0T0 Postado Outubro 30 Membros Postado Outubro 30 Em 30/07/2024 em 05:48, karinemargareth disse: Meu relato sobre a minha experiência do meu primeiro mochilão internacional, e sozinha pela Bolívia durante 14 dias, em Julho de 2024 Muito grato pelas informações do mês de julho. Que frio em Uyuni, hein! Devo passar por lá de moto ao final de dezembro, 2024. Farei o relato em 2025. Grande abraço a quem ler até aqui! 1 Citar
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