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Em 04/08/2024 em 21:52, D FABIANO disse:

@Marcelo Manente Como está a estrada que percorre o norte argentino após Salta?Melhorou, pois era medonha.

Fabiano, sempre em manutenção, mas não está esburacada. A ruta 9 até Jujuy é ruinzinha, mas nada absurdo. Fica excelente a partir de Humahuaca até La quiaca.

A Ruta 40 na província de Jujuy é excelente. Mas é só atravessar a divisa dos estados para Salta que a estrada vira um pesadelo: buracos, erosões, desniveis e tudo de pior. De San Antonio de Los Cobres a Cachi não arrisquei pois os políciais me desaconselharam fortemente mesmo com 4x4.

Editado por Marcelo Manente
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Continua tudo no mesmo então após tantos anos. O pior trecho era perto de Tucuman.Fui ali só 1 vez,em 2009,e nunca mais voltei, devido aos buracos e a longa siesta que fazem. 

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11/07/24 – Salta – 10 km

Como não precisava ir na mecânica acordei tarde e depois do café típico dos pequenos hotéis da Argentina (dois croissants com uma xícara de café) resolvi bater perna. Peguei um taxi (remis como eles chamam) e fui ao centro. Lá fiquei passeando e visitando locais que eu estive em outras visitas. Dai resolvi que ia pegar o teleférico para o cerro San Bernardo.

Ao chegar ao local havia uma gigantesca fila e era quinta feira... Fui falar com a atendente para saber quanto tempo estava demorando para iniciar a subida. Ela me disse que demorava cerca de 2 HORAS!!!!! Eu heim, desisti na hora.

Ai voltei para o centro e fui almoçar num restaurante na praça principal, a 9 de Julio. Circulei pelo local vendo os preços e escolhi um prato chamado matambre a la pizza. Nada mais era que um corte apenas do matambre da costela com batatas fritas e acompanhava uma taça de vinho.

Percebi uma grande diferença de quando vim no ano passado a Salta: havia uma quantidade muito maior de pedintes e de vendedores que ficavam te abordando com isqueiros, folhas de coca (para o mal de altitude) e qualquer quinquilharia que lhes desse uma graninha. Muito triste, em janeiro de 23 não havia quase isso.

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12/07/24 – Salta a Cachi a Campo Quijano – 310 km

Acordei, tomei café da manhã e fui até a oficina pegar o carro. O custo do conserto foi muito alto, cerca de R$ 2500,00.

Depois de colocar as malas no carro peguei a estrada em direção a Cachi. Minha intenção era dormir em Cachi e depois ir no dia seguinte a San Antônio de Los Cobres pela ruta 40 passando por La Poma e pelo Abra El Acay a 4985 m de altitude.

Peguei a ruta 68 que vai a Cafayate e na cidade de El Carril virei à direita para passar pela 3ª vez na Cuesta del Obispo. O dia estava claro e quase sem nuvens, o que proporcionou aquele espetáculo de grandes visuais que esta serra tem. Não me canso de passar por ali.

No começo da subida forte inicia os de 15 km de estrada de terra, depois desse trecho, com diversos mirantes deslumbrantes, volta o asfalto que segue ótimo até Cachi. Ainda no caminho tem o parque nacional de Los Cordones (os cactos) e a reta de Tintin, o porquê deste nome eu não sei dizer.

Cheguei a cidade na hora do almoço. Achei uns vendedores de empanadas, comprei uns 6 e mais um refri e almocei na praça da cidade mesmo. Eu pretendia acampar na cidade e seguir para San Antonio de los Cobres pela ruta 40, porém ao falar com os policiais da cidade eles me desaconselharam fortemente, Fiquei frustrado... Entretanto como eu estava sozinho não quis arriscar, afinal já tinha quebrado o carro uma vez, não queria problemas outra vez.

Então resolvi descer de novo a cuesta e ir em um camping na cidade de Campo Quijano que me deixaria mais perto do destino. Desci lentamente e ainda admirando aquela serra. Chegando a El Carril, voltei a ruta 68 por alguns kms e depois peguei uma estrada de terra para não precisar voltar até a periferia de Salta. Despois de alguns kms de estrada de terra, voltei ao asfalto e segui ele até Campo Quijano.

Lá achei um camping municipal com um preço bem em conta 4500 pesos. Entrei e tinha um ocal cheio de crianças fazendo algazarra, resolvi ir mais longe e arrumei a barraca, Só que como os banheiros ficaram longe, acabei mudando de lugar para mais perto. Fiz a janta e fui dormir. A noite foi bem tranquila.

Editado por Marcelo Manente
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14 horas atrás, Marcelo Manente disse:

 

Percebi uma grande diferença de quando vim no ano passado a Salta: havia uma quantidade muito maior de pedintes e de vendedores que ficavam te abordando com isqueiros, folhas de coca (para o mal de altitude) e qualquer quinquilharia que lhes desse uma graninha. Muito triste, em janeiro de 23 não havia quase isso.

Pobre Argentina,lugar que amo tanto e conheço praticamente toda,nas mãos desse fascista radical.La não volto enquanto esse cara continuar no poder. 

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13/07/24 – Campo Quijano a Susques – 325 km

Acordei, tomei café, arrumei as cobertas (a noite não foi muito fria) e depois fechei a barraca.

Sai do camping já na ruta 51 que me levaria a San Antonio de Los Cobres e Susques. Campo Quijano está a 1500 m mais ou menos e nesse dia eu subiria primeiro aos 4 mil m e depois ao ponto mais alto da viagem a 4895 m.

Notei que no verão as chuvas devm ter sido muito rigorosas naquela região pois tinha mais de 10 pontos em que a enxurrada levou parte da estrada. O carro seguiu sem problemas. Alias surpreendendo positivamente nas médias de consumo até aqui. Até 13,9 km/l fez. Mas no geral o consumo foi 11 km/l. Muito bom para um carro com barraca de teto e 4x4.

Cerca de 100 km acima cheguei na entrada da ruta 40, que era minha meta, só que subindo desde Cachi. Virei a esquerda e realmente, a província de Salta abandonou a estrada. Erosões, buracos, costeletas em uma estrada que devia ser mais bem conservada pelo interesse turistico.

Assim fui devagar, subindo e subindo por aquelas paisagens belíssimas até que cheguei no ponto culminante, o abra del Acay, a 4895. Meu gps marcava 4900m. Logo que cheguei fui cercado por dois zorros (raposas) que ficavam me pedindo comida. Sei que não se deve fazer isso, mas não resisti e dei um pedaço grande de linguiça para cada um. Posaram para fotos, se fartaram e se foram. Tirei diversas fotos no local.

Depois disso desci novamente para a ruta 51 e segui em direção a San Antonio. Lá abasteci o carro e almocei uma bela carne de llhama com pure de batatas.

Após o almoço peguei a estrada para seguir até o viaduto La Polvorilla e depois seguir pela ruta 40 até Susques. A estrada até a atração atravessa um corrego e ali ei aproveitei pra fazer uma filmagem. Depois cheguei até o viaduto, tirei diversas fotos e mais tarde segui adiante. 

A partir dali a estrada era só para 4x4. Muita erosão, desbarrancamento, buracos e diversas travessias de rio. Na primeira travessia tinha uma pajero passando e havia muito gelo. Ela avançou sobre o gelo que quebrou e por pouco não conseguiu sair. Fiquei apreensivo e até perguntei para o motorista como estava dali em diante. Ele me disse que estava pior!!! Segui para cruzar o córrego, porém desviei para a esquerda de onde a Pajero passou e me dei bem, foi fácil de passar.

Pouco quilometros adiante, depois de atravessar muitas vezes o rio, a estrada mudou de água para o vinho. Já na divisa com a província de Jujuy a estrada fica ótima. Dá pra ver que em Salta eles não dão a mínima para arrumas estradas.

A partir dai a estrada continua cruzando várias vezes os córregos e riachos e apresenta diversas formações rochosas a toda volta. Tem um vale onde parece que um gigante espalhou por todo lado dezenas de pedras do tamanho de casas de 4 comodos. Bem surreal. Tem uma piscina termica toda coberta e isolada do frio a volta instalada no meio do nada e alguns poços termais gratuitos no meio do campo. O problema é alguém ter coragem de ficar de calção de banho no meio do deserto a -3 graus só para tomar um banho, kkkk.

Depois disso temos uns vilarejos como Puerto Sey, Pastos Chicos, Huancar até chegar no asfalto na ruta 52. Ai tomei a direita no sentido contrário ao paso Jama que é o caminho para o Atacama. 

Na pequena e empoeirada Susques, procurei uma pousada e achei uma quase na entrada da cidade a 7 mil pesos, ou 30 reais com banheiro privado. Dei uma volta na cidade para ver se achava algo pra comer sem sucesso. Voltei à pousada, peguei meu fogareiro e apetrechos e fiz um miojo dentro do quarto.

Dormi tarde, a cama era confortável e ainda bem que me deram muitos cobertores pois a noite foi muito fria.

Editado por Marcelo Manente
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