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Olá amigos e amigas mochileiros!

Depois de contribuir com postagens sobre as minhas aventuras de moto pela América do Sul, agora é a vez de fazer minha primeira publicação sobre uma viagem de carro. O motivo dessa mudança de meio de locomoção é o melhor e mais lindo: Guilherme, meu filho de 1 ano e 1 mês, que com muita coragem embarcou nessa roadtrip.

(Observação inicial: havia escrito parte deste relato em janeiro, logo quando chegamos de viagem, porém fiquei de terminar e esqueci de postar. Hoje, passados 6 meses, me deparei com o arquivo e não quis deixar de postar, principalmente se com esse relato puder incentivar pais de primeira viagem a pegarem a estrada com seus bebêzinhos.)

O objetivo dessa viagem foi aproveitar a grande (até então) vantagem financeira que estava em viajar para a Argentina, acompanhar nossos companheiros de moto até uma parte da viagem e conhecer a cidade de Cafayate.

Explico:

1)      com a grande desvalorização do peso argentino, estava ridicularmente barato viajar pela Argentina (mudou um pouco durante a viagem e falarei melhor disso no decorrer do post).

2)      Nossos companheiros de moto, de muita viagens, iriam (e de fato foram) até Machu Picchu. Para eu, minha esposa e filho, era uma viagem muito longa, considerando a pouca idade do bebê. Então acompanhamos eles até San Salvador de Jujuy, quando eles seguiram para San Pedro de Atacama e nos descemos para Cafayate.

3)      Eu e minha esposa gostamos muito de vinho, então visitar as vinícolas de altitude de Cafayate já estavam nos planos há anos.

 

Pois bem, vamos ao roteiro (mais adiante detalho tempos de viagem e quilometragem rodada):

26/12: saída de Curitiba/PR com destino e pernoite em Oberá/Argentina

27/12: Saída de Oberá/AR com destino e pernoite em Presidência Roque Sáenz Peña/AR

28/12: Saída de Presidência Roque Sáenz Peña/AR com destino e pernoite em San Salvador de Jujuy/AR

29/12: Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR

30/12: Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS)

31/12 e 01/01: Dias livres em Cafayate/AR

02/01: Saída de Cafayate/AR com destino e pernoite em Termas de Rio Rondo/AR

03/01: Dia livre em Terma de Rio Rondo/AR

04/01: Saída de Termas de Rio Rondo/AR com destino e pernoite em Corrientes/AR

05/01: Saída de Corrientes/AR com destino e pernoite em Puerto Iguazú/AR

06/01: Saída de Puerto Iguazú/AR com destino e pernoite em Iretama/BR

07 /01: Saída de Iretama com destino para casa, em Curitiba/PR

 

---- PREPARAÇÃO ----

Para iniciar alguns detalhes da nossa preparação. Lembrando que estávamos eu e minha família de carro e os amigos todos de moto (5 motos no total) e que até San Salvador de Jujuy seguiríamos juntos e depois eles rumavam sentido Peru e nós sentido Cafayate.

A preparação foi uma boa revisão do carro e equipá-lo com alguns itens que reza a lenda serem obrigatórios na Argentina. Levei:

             um extintor;

             dois triângulos;

             uma corda de reboque;

             um cambão de reboque;

             dois coletes de sinalização refletivos.

Tudo que levei foi com base em muita pesquisa e conversa com amigos que foram recentemente para a Argentina de carro. Além de ter em mente a premissa "melhor levar para não se incomodar".

Outro ponto foi retirar o engate de reboque do meu carro. Depois de muito pesquisar vi que a lei argentina manda retirar o engate (a bola propriamente dita) quando não se está usando. Como o meu era tudo unido, tive que retirar o engate por completo. Foi melhor.

Vou compartilhar aqui o link do Consulado da Argentina em Curitiba, eles tem um post bem claro dizendo o que é exigido.

Link: https://ccuri.cancilleria.gob.ar/es/requisitos-para-brasileiros-ou-estrangeiros-residentes

Além dos ajustes com o carro, a preparação incluiu Carta Verde, Seguro Saúde para os 3, documentos pessoais e uma via impressa do documento (CRLV) do veículo. Como estávamos com o bebê, dois meses antes da viagem fizemos um RG para ele. Além disso, levamos certidão de casamento e de nascimento, tudo para comprovar a filiação e demonstrar que viajava com os dois genitores, evitando aquelas autorizações especiais.

Para evitar estresse com a busca de hotel em cima da hora, já saímos com 2/3 das pernoites reservadas. Deixei a perna final (de volta) sem reserva, caso houvesse alguma mudança de planos.

Feito isso, vamos lá!

 

Dia 1 (26/12) – Curitiba a Oberá/AR – 800km

Às 6h00 encontramos nossos amigos da moto no Posto Guarani, na BR-277 sentido Guarapuava. A premissa do nosso grupo é sempre iniciar os deslocamentos cedo, assim chegamos cedo no destino e temos uma margem boa de tempo, caso aconteça algum imprevisto no trajeto.

Fomos pela BR-277 até Guarapuava e depois BR-373 até Dionísio Cerqueira (SC). Entramos na Argentina por Bernardo de Irigoyen (ou Paso de Bernardo de Irigoyen), como fizemos em dezembro de 2021, visto que as filas para entrar pela Argentina por Foz do Iguaçu/Puerto Iguazú estão cada dia piores. Nada menos do que 3 horas de fila.

Pegamos um trânsito bem intenso, o que fez com que as motos seguissem (pela facilidade em ultrapassar) e eu ficasse mais atrás. Às 14h30 já estávamos na fronteira (o grupo de moto e nós). Mesmo por essa fronteira que é mais tranquila, acabamos ficando cerca de 30 minutos numa fila de carros, onde pediram minha CNH e documento do veículo. Após, tivemos que estacionar o carro e voltar numa casinha para fazer o trâmite de documentos para dar a entrada na Argentina. Mais uns 20 a 30 minutos e já estávamos liberados.

Troquei R$ 500,00 com os cambistas da fronteira (acho confiável ali), numa cotação de R$ 1,00 para ARS 175,00.

Seguimos pela Ruta 14 e paramos para abastecer após cerca de 100km da fronteira. O cambista orientou que ali em Bernardo o YPF (que é o posto mais barato) não estava abastecendo estrangeiros, só os demais (Petroar e Axxion), porém o preço era bem mais alto (ARS 619 no YPF e mais de ARS 800 nos demais).

A estrada até Oberá é boa. Gosto do trajeto. Tem um trecho com curvas de alta excelentes rsrsrs.

Creio que por volta das 17h30 já estávamos no nosso hotel, o Bagu Azul Oberá, o qual já fiquei outras duas vezes. Gosto desse hotel. Preço bom, bons quartos, duas piscinas, restaurante bom e dentro do hotel, estacionamento fechado. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 175).

Comemos algo no hotel mesmo e nós (eu, esposa e bebê), às 20h já estávamos no quarto para o ritual noturno do bebê.

Dia com o bebê: foram várias horas dentro do carro e um deslocamento bem grande para uma criança, mas posso dizer que o saldo foi positivo. Gui dormiu algumas vezes e fizemos várias paradas para ele descansar. Estávamos com uma caixa térmica ainda com comidinhas e frutas que trazíamos de casa. Foi bom para ajudar a distrair.

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Dia 2 (27/12) – Oberá a Presidência Roque Sáenz Peña – 588km

Às 7h00, conforme combinado, nos encontramos todos (nós e o grupo da moto) no café da manhã, com tudo já guardado nos veículos e prontos para comer e sair.

Nesse dia demoramos um pouco mais, a reposição das comidas do café estava um pouco lenta e tinha vários grupos de motociclistas hospedados no hotel e, como de costume, todos gostam de sair cedo.

De qualquer forma, 8h30 já estávamos abastecidos e rumando sentido Posadas e Corrientes.

Saímos por dentro de Obera, pela Ruta 103 para pegar a Ruta 12 lá na frente. Uma opção era seguir pela Ruta 14 mais um tempo, porém, como é um trecho que já conheço, quis mudar.

Até que valeu a pena. Essa Ruta 103 é boa e já nos jogou num trecho mais a frente da Ruta 12.

Entramos em Corrientes para almoçar e evitar a famosa pegadinha para quem está de moto, que é andar pela via expressa, que proíbe a circulação de motos.

Foi um pouco difícil de achar um lugar para comer e, quando achamos, o lugar era um pouco demorado. Atrasando nosso percurso. Saímos por dentro de Corrientes para pegar a ponte com a cidade de Resistência, sem entrar na via expressa.

Motociclistas: se jogar no google encontra fácil um mapinha do que deve ser feito para evitar a via expressa.

Depois de Corrientes seguimos pelo quentíssimo Chaco Argentino. Pegamos 37º, 38º de temperatura. Chegamos em Presidência por volta das 17h30 e nos hospedamos no Hotel Aconcágua, indicado por um amigo motociclista. Hotel bom, estacionamento, quartos bons, piscina. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 180).

Chegamos a tempo de pegar uma piscina, eu, esposa e bebê e tomar uma cervejinha antes da janta. Fomos jantar num restaurante chamado Giuseppe, próximo ao hotel, com preço boa e comida boa.

Às 21h deixamos o pessoal no restaurante e voltamos para o ritual noturno do bebê, que já havia passado da hora. Ele já estava de banho tomado, então era só dormir.

Dia com o bebê: o deslocamento não foi tão grande, porém o calor estava forte. Gui se comportou super bem. Dormiu e, nesses intervalos, deixamos o pessoal da moto no ritmo deles (paradas para comer e abastecer) e seguimos sozinhos de carro.

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Foto: quase chegando em Saens Peña.

 

Dia 3 (28/12) – Presidência Roque Sáenz Peña a San Salvador de Jujuy – 694km

Nesse dia combinamos no café um pouco mais tarde, por conta de ter vários grupos de moto hospedados no hotel. Sabíamos que o café seria mais tumultuado. Antes das 8h00 pegamos a estrada.

Trajeto do Pampa del Infierno está absolutamente melhor. Passei por lá de moto em dezembro/19 e era uma buraqueira só. Melhorou muito com vários trechos novos.

A estrada é boa, porém perto da saída para Salta e sentido SSJujuy tem vários trechos em obra.

Nos hospedamos no Hostel Pura Vida, que reservei com a proprietária Susana. Fica em Villa Jardin de Reyes, uns 10 km para frente de SSJujuy. Hostel excelente, com uma piscina boa, quartos muito grande e confortáveis.

Nesse dia, como o hostel era só nosso (não creio que tenha mais do que 10 quartos), ficamos por lá mesmo, compramos macarrão e cervejas no mercado e usamos a cozinha compartilhada para nossa janta. No dia seguinte sairíamos passear.

 

Dia 4 (29/12) - Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR

Por volta das 9h00 pegamos um ônibus de linha mesmo para visitar SSJujuy. Descobri quando já estava dentro do ônibus que só se paga com cartão da empresa de transporte. Não há cobrador (guarde essa informação para o futuro). E o motorista, gentilmente ou espertamente, só Deus sabe, passou o dele e ficou com o nossa dinheiro.

Depois de uns 40 min, descemos no Centro Histórico com uma chuva moderada e saímos passear. Por sorte tínhamos um guarda-chuva para proteger o Gui, que dormia faceiro no canguru.

Centro muito bonito, catedral central bem bonita, no padrão das igrejas do norte argentino.

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Fomos buscar um local para fazer câmbio. Aí o mundo desabou, tempestade forte que literalmente colocou água no nosso passeio. Trocamos dinheiro, buscamos algum lugar para comer uma parilla. Fomos num chamado La Estancia Parilla, bom, porém nada de especial, embora todos os locais tenha indicado como sendo muito bom.

Saímos do restaurante e corremos (literalmente) para fugir da chuva até o shopping na quadra seguinte para trocar o Gui (o banheiro do restaurante era muito pequeno). Depois fomos num mercado, rede Carrefour, porém outro nome, para comprar uma salsicha para um pancho (cachorro-quente) argentino.

Depois disso fomos ao ponto pegar nosso ônibus de retorno, número 14, guardei muito bem kkkk. Lembram que falei da falta de cobrador. Pois bem, entramos no bus, aquele grupo de 10 pessoas e eles já foram se abancando. Perguntei para o motorista como pagar, ele foi taxativo que apenas com cartão. Muito educadamente falei da vinda e perguntei se ele podia pagar com o próprio cartão e eu daria em dinheiro a ele. Nada. Conversa já ficando tensa. A sorte que todos entraram junto no bus e já foram sentando, ele não tinha como nos "tocar" dali (tinha sim kkk, mas não o fez).

Perguntei se podia pedir para algum passageiro passar o cartão e nisso já fui abordando as pessoas. Um moça falou que eu podia passar 1 ou 2 passagens, passei lá e ok. Paguei 200 pesos por passagem a ela (o preço normal era 140, uma forma de agradecimento). Até que o segundo cartão que eu peguei era de uma pessoa com passagem subsidiada. Aí o bicho pegou. O motorista ficou revoltado. Eu me fiz de bobo. Passei a passagem e paguei o rapaz. Aí ele brigou comigo dizendo que não poderia ser aquele tipo de cartão. Eu me fingindo de bobo, mas entendendo tudo kkkk. E daí gritou para todos: eles não sabem, mas vcs que tem o cartão tal (não lembro o nome) não podem emprestar para ninguém.

Nisso faltavam umas 7 passagens. Fui abordando o pessoal e perguntando quem tinha cartão normal. Consegui pagar mais algumas e assim foi indo, as pessoas iam entrando eu ia pedindo para emprestar o cartão e até que consegui fechar as 10 passagens. Isso quase chegando no nosso destino. Quando paguei a última, como desabafo gritei: "Aqui é Brasil, porra!". A gente é brasileiro, nós damos nó em pingo d'água. Não vem tirar a gente pra loke não kkkkk. E brinquei com o pessoal que emprestou o cartão que estavam todos convidados para vir para Curitiba, para me procurarem por aqui rsrsrs.

Depois, na boa, pedi desculpas ao motorista pela confusão, agradeci a atenção e ele entendeu que nós não tínhamos culpa e sim que emprestou um cartão sabendo que não podia.

Foi com emoção kkkk.

No final da tarde já estávamos no hostel e chuva não dava trégua.

Comemos, bebemos, conversamos bastante e fomos dormir. Dia seguinte o grupo se dividiria.

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Foto: prova de que a chuva não dava trégua.

 

Dia 5 (30/12) - Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS)

Nesse dia acordamos cedo, às 7h nossos amigos já estavam com as motos prontas para partir em direção ao San Pedro de Atacama e nós, com um pouco mais de tranquilidade, sairíamos para Cafayate. Eles seguiriam de moto até o Peru, voltando para o Brasil pelo Acre, e nós sentido centro da Argentina, para uma volta mais rápida, visto que estávamos com um bebê de 1 ano e 1 mês.

O trajeto até Cafayate é ruim, confesso. Voltamos pela estrada até Salta, por isso pegamos novamente os trechos de obras e bem naquela região tem um sinaleiro no meio da rodovia que atrapalha muito. Trânsito não flui. Enfim.

Não entramos em Salta. Seguimos pela rodovia sentido Cafayate, porém é um trecho ruim que passa muito por dentro das cidades. Pista simples, trânsito intenso, vilarejos e sinaleiros. Depois de uns 30/40km de Salta que o trajeto começa a ficar mais bonito. Porém a beleza surreal é na Quebrada das Conchas, uns 30km antes de chegar em Cafayate. Que lugar lindo, que beleza surreal.

Chegamos em Cafayate por volta do meio-dia, o Gui estava dormindo e ficamos no quarto por um período. Não lembro se saímos comer depois ou não. No meio da tarde saímos passear pela cidade e procurar uma primeira vinícola para visitar.

Agendamos nossa visita para às 17h00 na vinícola El Povenir.

Tour bem legal. Visita a área de envase, não tem vinhedo pois fica no centro da cidade, caves e depois uma degustação de dois rótulos no final. Quem quiser pode usar os wine dispenser para cobrar outras provas. Vinhos bons da vinícola. Gostei.

Voltamos no começo da noite para o nosso hostel, que aliás merece alguns parágrafos sobre.

Ficamos no Hostal Kallpa, sendo recepcionados pelo seu dono, Francisco. Desde o começo nos sentimos em casa. Hostel pequeno e muito aconchegante. Francisco sempre muito gentil conosco e com o Gui. Nos franqueou o uso da cozinha, o que aparentava não ser muito comum para os outros hóspedes.

O quarto era bom, com um banheiro novo. Ar condicionado e wifi funcionando muito bem.

 

CONTINUO NOS COMENTÁRIOS .....

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@thiago.martini A título de informação geral do fórum, o cartão  SUBE é usado em praticamente toda a Argentina nos ônibus locais e intermunicipais,e também nos trens.O meu é dos próximos, lançado em 2014 para substituir as máquinas de moedas, foi uma surpresa para mim.Logo o fiz e,aos poucos, as cidades foram aderindo.Em 2020,última vez que estive no país,usei o mesmo cartão, basta recarrega-lo,lógico que a quantia sabida que usará para cada vez.

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Show de bola, parabéns pela viagem. Final de dezembro/inicio de janeiro também fiz uma viagem de carro para Argentina (Buenos Aires) com a minha bebê, ela tinha a mesma idade do seu filho, mas não dormia de jeito nenhum no carro, rsrs. Deu tudo certo.

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Em 27/06/2024 em 17:59, D FABIANO disse:

@thiago.martini A título de informação geral do fórum, o cartão  SUBE é usado em praticamente toda a Argentina nos ônibus locais e intermunicipais,e também nos trens.O meu é dos próximos, lançado em 2014 para substituir as máquinas de moedas, foi uma surpresa para mim.Logo o fiz e,aos poucos, as cidades foram aderindo.Em 2020,última vez que estive no país,usei o mesmo cartão, basta recarrega-lo,lógico que a quantia sabida que usará para cada vez.

Legal Fabiano. Bom saber disso. Achei que era um cartão diferente do SUBE.

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2 horas atrás, hlirajunior disse:

Show de bola, parabéns pela viagem. Final de dezembro/inicio de janeiro também fiz uma viagem de carro para Argentina (Buenos Aires) com a minha bebê, ela tinha a mesma idade do seu filho, mas não dormia de jeito nenhum no carro, rsrs. Deu tudo certo.

Legal, amigo. Bom saber que tem mais aventureiros viajando com bebê. Ele até que dormiu bem. Agora com 1ano e 7 meses as viagens tem sido melhor ainda. Canta e brinca, fazendo com que o tempo passe mais rápido. Abraço.

 

  • 3 meses depois...
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Demorou, mas retomei mais uma parte do relato.

Dia 5 (30/12) - Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS)

Nesse dia acordamos cedo, às 7h nossos amigos já estavam com as motos prontas para partir em direção ao San Pedro de Atacama e nós, com um pouco mais de tranquilidade, sairíamos para Cafayate. Eles seguiriam de moto até o Peru, voltando para o Brasil pelo Acre, e nós sentido centro da Argentina, para uma volta mais rápida, visto que estávamos com um bebê de 1 ano e 1 mês.

O trajeto até Cafayate é ruim, confesso. Voltamos pela estrada até Salta, por isso pegamos novamente os trechos de obras e bem naquela região tem um sinaleiro no meio da rodovia que atrapalha muito. Trânsito não flui. Enfim.

Não entramos em Salta. Seguimos pela rodovia sentido Cafayate, porém é um trecho ruim que passa muito por dentro das cidades. Pista simples, trânsito intenso, vilarejos e sinaleiros. Depois de uns 30/40km de Salta que o trajeto começa a ficar mais bonito. Porém a beleza surreal é na Quebrada das Conchas, uns 30km antes de chegar em Cafayate. Que lugar lindo, que beleza surreal.

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Chegamos em Cafayate por volta do meio-dia, o Gui estava dormindo e ficamos no quarto por um período. Não lembro se saímos comer depois ou não. No meio da tarde saímos passear pela cidade e procurar uma primeira vinícola para visitar.

Agendamos nossa visita para às 17h00 na vinícola El Povenir.

Tour bem legal. Visita a área de envase, não tem vinhedo pois fica no centro da cidade, caves e depois uma degustação de dois rótulos no final. Quem quiser pode usar os wine dispenser para cobrar outras provas. Vinhos bons da vinícola. Gostei.

Voltamos no começo da noite para o nosso hostel, que aliás merece alguns parágrafos sobre.

Ficamos no Hostal Kallpa, sendo recepcionados pelo seu dono, Francisco. Desde o começo nos sentimos em casa. Hostel pequeno e muito aconchegante. Francisco sempre muito gentil conosco e com o Gui. Nos franqueou o uso da cozinha, o que aparentava não ser muito comum para os outros hóspedes.

O quarto era bom, com um banheiro novo. Ar condicionado e wifi funcionando muito bem. Café da manhã servido direto na mesa, com frutas, medialunas e uns paezinhos. Tudo muito gostoso.

 

31/12 e 01/01: Dias livres em Cafayate/AR

Cafayate foi uma cidade que nos agradou bastante. Bem pequenina e com um ar muito receptivo. Como era virada do ano, alguns restaurantes estavam fechados e as vinícolas com horários especiais. Mas nada que fosse um grande problema. Além disso, a cidade estava lotada de brasileiros.

Além da Povenir, visitamos a vinícola Finca Las Nubes, que pelo que havíamos pesquisado servia refeições ótimas, porém não demos sorte. Mesmo reservando horário, não fomos atendidos, o tempo de espera estava muito grande e por estar com um bebê abordamos o almoço lá. Embora reconhecemos que o lugar é bem agradável e parece ser uma excelente pedida para um almoço com vista para os vinhedos. A visita guiada da vinícola não traz nada de especial e o vinho servido, cá entre nós, não agradou.

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Fomos também na Patios de Cafayate Wines, na entrada da cidade. Vinícola mais antiga e simples, mas muito boa. Tivemos uma visita guiada privativa, pois não tinha mais ninguém naquele momento, era dia 1º de janeiro.

Os vinhos nos agradaram, inclusive trouxemos uma caixa. Dentre eles um que é reserva privada, com previsão de abertura sugerida apenas para 2035.

Nesse dia primeiro aproveitamos para passear na praça central, deixar o Gui brincar com outras crianças e percebemos que a praça, assim como todas as cidades pequenas, é o ponto de encontro no entardecer. Durante o dia fica bem vazia, pelas altas temperaturas que fazem lá.

Cafayate foi um destino bem bacana e que deixou com vontade de voltar, tanto para conhecer melhor as belezas da região, quanto as mais de 30 vinícolas que tem por lá.

 

02/01: Saída de Cafayate/AR com destino e pernoite em Termas de Rio Rondo/AR

Como era um trajeto curto e não estávamos mais com a pressão de sair cedo por conta do pessoal da moto, saímos por volta das 09h00 sentido Termas. O trajeto nos surpreendeu muito. Passamos pela cidade de Tafí del Valle, que eu já havia ouvido falar o nome, porém nunca tinha pesquisado.

A cidade fica num vale e foi impressionante que em pleno janeiro a temperatura baixou de 30 graus para cerca de 11 graus quando chegamos lá. Tinha uma névoa bonita enquanto decíamos uma montanha sinuosa para chegar na cidade.

Já coloquei Tafí nos meus planos de viagem futura, especialmente no período de inverno. Aparenta ser bem agradável lá.

As estradas até Termas foram bem boas e, além de Tafí, passamos numa região chamada Quebrada de Amaicha que era bem bonita. Se o Gui não estivesse dormindo, tínhamos parado para tirar umas fotos, descer do carro etc.

Chegamos em Termas por volta da 13h00. Que cidade quente. Nosso hotel nos impressionou na chegada. 3 piscinas termais, grande, com um restaurante bem legal e preço muito justo.

O nome do hotel era Alto Verde e o restaurante anexo ao hotel vale muito a pena conhecer.

 

03/01: Dia livre em Terma de Rio Rondo/AR

Nesse dia aproveitamos para conhecer um pouco mais a cidade que em janeiro fazia um calor imenso, mais de 35 graus.

Fomos entender um pouco mais da cidade e descobrimos que o ponto alto dela é no inverno, quando ocorre o Moto GP e as termas de água quente são bem mais convidativas.

Nesse ponto, vale dizer que foi complicado no alto do calor de janeiro entrar nas piscinas quentes. A sorte que tinha uma um pouco mais fria, porém, mesmo assim, era água termal.

A cidade é bonita e pelo calor o comércio fecha no horário do almoço abrindo apenas no final da tarde (17 horas) quando a temperatura alivia um pouco.

Aproveitamos para conhecer o autódromo do Moto GP, muito moderno e bonito, com um museu muito rico. Valeu muito a pena conhecer e o preço do ingresso era muito barato (creio que 500 pesos, menos de 10 reais).

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Depois passamos pelo Dique de Terma de Rio Hondo para conhecer. Construção bacana.

Ficamos com vontade de retornar para essa cidade num período de temperatura mais amena, outono ou inverno.

 

CONTINUO NOS COMENTÁRIOS (ASSIM QUE POSSÍVEL RSRSRS).

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@thiago.martini Mate me de saudades,Rio Hondo e Cafayate fizeram parte da viagem que fiz em 2012,ultima perfeito Santiago-Brasil, mas deixando minha vida de lado, eu andava por ali em junho,então ssei que o turismo de 3 idade argentino é muito forte. E fica a pergunta:Eles sempre sonharam com o GP de F1,e construíram o circuito para isso, ainda sonham?

  • Obrigad@! 1
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Em 04/10/2024 em 19:51, D FABIANO disse:

@thiago.martini Mate me de saudades,Rio Hondo e Cafayate fizeram parte da viagem que fiz em 2012,ultima perfeito Santiago-Brasil, mas deixando minha vida de lado, eu andava por ali em junho,então ssei que o turismo de 3 idade argentino é muito forte. E fica a pergunta:Eles sempre sonharam com o GP de F1,e construíram o circuito para isso, ainda sonham?

Pelo que eu soube o foco mesmo é o MotoGP. A estrutura toda é pensada mais nas corridas de moto. A F1 seria um sonho bem alto, convenhamos rsrsrs. Até pela dificuldade logística de chegar lá. 

De qualquer forma, é uma estrutura bem de alto nível. Achei legal.

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Como sou totalmente contra moto, imagine correr, quando vi o autódromo pensei que faltava o Schumacher lá,que era o grande piloto da época. Perguntei e disseram que foi construído para isso. Lembrando que os Kirchner fizeram grandes obras pelo país, umas desnecessárias, como esta por exemplo,pois falta de pensamento lógico, como a F1 chegaria lá no"fim do mundo ".

  • Hahahaha! 1
  • 4 semanas depois...
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Vamos para os últimos dias desse trip para finalizar o relato ....

 


04/01: Saída de Termas de Rio Rondo/AR com destino e pernoite em Corrientes/AR

Saímos cedo, como de costume, pois tínhamos um trajeto até que longo (700km). A estrada até Corrientes e bem boa. Várias retas intermináveis e a qualidade da pista era muito boa.

O que atrasou um pouco a viagem foi a passagens por Santiago del Estero, muito sinaleiro, trânsito.

Como passaríamos por Presidência Roque Saens Peña, entramos na cidade e corremos no hotel que havíamos nos hospedados no caminho de ida para buscar uma rouba de banho do Gui que esquecemos na piscina.

Aproveitamos para nos refrescar no ar do hotel, usar o wifi e deixar o Gui brincar um pouco.

Por volta das 16h já estávamos em Corrientes. Ficamos hospedados no Hotel Don Suites, uma localização bem central, razoavelmente perto do peatonal principal da cidade e duas quadras da costaneira. Tinha uma piscina no terraço do hotel que pudemos aproveitar por uma horinha com o Gui. O calor estava bem forte.

No entardecer formos dar uma andada no centro (peatonal) para conhecer a cidade. Como toda cidade argentina, bem agitado no final da tarde. Providenciamos algo para comer (Mc Donalds mesmo kkk) e voltamos para o hotel.

O quarto era bem grande e com boa infra. O café da manhã achei um pouco fraco. Para ser sincero, não achei que valeu a pena o custo X benefício desse hotel.

 

05/01: Saída de Corrientes/AR com destino e pernoite em Puerto Iguazú/AR

Mais uma vez saímos cedo, não tanto como gostaríamos porque o hotel fica numa rua movimentada e tem apenas uma vaga em frente para parar o carro e colocar a bagagem. Então tivemos que esperar um carro sair para então guardamos as nossas coisas. O estacionamento ficava cerca de 200m, numa rua lateral.

A estrada até Puerto Iguazú é boa, já havia feito de moto anos antes.

Trechos de retas e trechos que passam por dentro das cidadezinhas, o que sempre atrasa um pouco.

Em Puerto Iguazú ficamos no Hotel Saint George. Que hotel. Quarto excelente, atendimento excelente, café da manhã continental e uma área de piscina incrível. Porém como queríamos aproveitar para comprar vinhos e correr no duty free, na fronteira com o Brasil, não pudemos aproveitar a piscina.

Particularmente gosto bastante de Puerto Iguazú. Já fui algumas vezes e sempre que vou a Foz do Iguaçu, dou um jeito de ir jantar na Argentina. Tem opções excelentes de restaurantes e comprar vinhos lá é covardia.

Desta vez compramos vinho na Vinoteca Don Jorge. Excelente variedades e preços muito bons. Fizemos a festa.

A fila de saída da aduana da Argentina estava imensa (como de costume), então deixamos o carro numa ruazinha lateral, pegamos o canguru (para colocar o Gui) e descemos a pé mesmo para o duty free. Fizemos o procedimento de saída, fomos no duty, compramos algumas coisinhas, voltamos e demos entrada novamente na Argentina, pegamos o carro e fomos rapidamente no mercado para agilizar algo para o Gui comer. Isso já era início da noite.

Voltamos para o hotel e depois, para eu e a esposa, corri buscar uma pizza excelente perto do hotel (numa microcervejaria chamada Holy, pizza e cerveja muito boas), com algumas cervejas artesanais, tudo improvisado no quarto mesmo, mas estava excelente.

 

06/01: Saída de Puerto Iguazú/AR com destino e pernoite em Iretama/BR

Saímos cedo, por volta das 7 da manhã, para tentar pegar uma fila menor na aduana da Argentina, porém não deu muito certo. Acredito que levamos cerca de 1h20 para conseguir dar a saída, por conta do grande volume de carros.

Com o Gui acordado, foi preciso sair do carro e passear com ele, enquanto a esposa ia puxando o veículo.

Após atravesar a fronteira, foi preciso enfrentar o trânsito de Foz do Iguaçu até pegar a estrada sentido Iretama, onde iria visitar meus avós. A estrada para lá foi boa, porém muitos caminhões e uma pista simples, atrasou muito a jornada.

 

07/01: Saída de Iretama com destino para casa, em Curitiba/PR

Aqui trajeto tranquilo e já muito bem conhecido.

Após 4,728 km, enfim retornamos para casa, em mais uma viagem pela América do Sul, desta vez de carro e com o nosso maior presente, o Gui.

Até as próximas, pessoal!

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