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Depois disso visitamos a laguna Catal ou laguna Negra, que eu achei muito incrível, o verde dos arbustos e dos musgos contrastando com a água escura da lagoa e uma quantidade bem grande de animais.

Depois disso paramos em San Cristóbal para almoçar e comemos um prato típico da região, uma sopa que eles colocam uma pedra vulcânica quente pra manter a sopa aquecida e depois um prato com carne de lhama.
Aí fomos para a cidade de Uyuni e aproveitamos também pra trocar dinheiro (a gente tinha trocado bem pouco em San Pedro) e o Andrés ficou de comprar pra gente o ônibus saindo de Uyuni para La Paz no dia seguinte.
Fechamos o dia com o cemitério de trens. Dá pra subir nos trens, tem uns balanços que fizeram, umas estátuas de ferro, etc.
 

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Aí fomos para Colchani e nos hospedamos no hotel mais chique que eu já pisei, o palácio de sal (que é feito de sal, obviamente). Eu achei algumas coisas de uma ostentação desnecessária, você tá em um lugar pobre, na beira de um deserto, eu entendo vc querer ter piscina pros hóspedes em um hotel desse nível, mas eu acho um exagero despropositado vc ter uma fonte jorrando no hotel.

O quarto era muito confortável, com uma vista incrível (tinha uma parede que era de vidro), banheiro bom, aquecimento maravilhoso também. A gente chegou a ir na piscina, mas a água não era quente como eu desejaria, não dava pra cozinhar lá dentro não, então não ficamos tanto.

A comida da janta era bem gostosa e descansamos bem. Tinha bastante gente no hotel, mas a princípio não vimos outros brasileiros, pelo menos não ouvimos português.
 

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Editado por Julia K
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16/06
Café da manhã no hotel, que tinha realmente bastante opção e começamos nosso último dia, o dia que entraríamos de fato no salar de Uyuni. Primeiro fizemos uma pausa em Colchani para conhecer a produção de Sal e ver os artesanatos e aí finalmente entramos no Salar. Em junho a maior parte do Salar é seco, aquela imensidão branca com os hexágonos no chão.

Nesse dia vimos o monumento das bandeiras com o antigo hotel de sal, fomos na ilha Incahuasi, onde crescem os cactos gigantes e almoçamos no meio do salar, ao pé da ilha. A visita na ilha é paga a parte e lá a gente vê uns cactos muito grandes e muito antigos, as construções que são feitas de pedras com as portas de madeira de cactos e lá de cima tem uma vista incrível do salar.salar1.thumb.png.045c4ba11a4b1e758cea4fc36bc8667d.png

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Depois do almoço pegamos o carro para ver o salar espelhado. Quando decidimos ir no inverno eu achei que não veríamos salar espelhado, mas segundo o Andrés tem algumas partes que demoram bastante a secar e ainda ficam alagadas até agosto/ setembro (depende das chuvas). Ele levou botas pra gente vestir e poder andar naquele espelho. Sei que todo mundo já viu mil fotos do salar espelhado, mas nada te prepara pra beleza real daquele lugar. Vimos o pôr do sol por lá e mais uma vez Andrés armou a mesa e fez um lanchinho pra gente.

Depois nos despedimos do salar e fomos pra rodoviária de Uyuni. Ele já tinha comprado nossas passagens e passamos a noite no ônibus pra La Paz.

O ônibus que eles vendem como cama é muito diferente do que a gente chama de leito cama aqui no Brasil, ele diz que reclina 180, mas não é bem verdade. Ele tem um apoio de pé e de fato o encosto forma 180 graus em relação a esse apoio, mas não em relação ao assento (não sei se ficou claro, reclina bem, mas não parece uma cama não). Já dormi em ônibus bem piores, mas se tivesse um ônibus mais confortável eu teria pagado a mais por ele.

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Editado por Julia K
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Dia 17/06
Antes de 6h da manhã a gente chegou em La Paz, tomamos café a manhã na rodoviária e já compramos direto um ônibus pra Copacabana, que saía 7h. No meio do trajeto a gente já começa a ver o lago Titicaca, enorme, aparecendo e sumindo. Aí uma hora o ônibus para em uma cidade na beira do lago, todo mundo desembarca e atravessamos todos em balsa (passageiros em uma balsa, ônibus em outra balsa). A travessia é paga à parte, mas é bem baratinha, algo tipo 5 bolivianos. Não lembro se foi na ida ou na volta, mas teve um passageiro que estava dormindo, não viu que todo mundo desceu, continuou dormindo e acordou com o ônibus vazio no meio do lago Titicaca. Pensa numa pessoa aliviada quando todos voltamos a embarcar do outro lado do lago.

Chegamos em Copacabana perto de 12h. Tínhamos escolhido um hotel bem bonito, uma casa antiga, quarto com varanda e vista pro lago. Só que vista pro lago, se não for na beira do lago, (não era) significa morro acima. Copacabana não tem rodoviária, tem as agências e o ônibus deixa ali perto das agências. Aí a gente foi subindo devagar, carregando malas a quase 4.000m de altitude até o Hostal La Chacarilla.

O hotel era de fato uma gracinha, tinha um aquecedor portátil, que esquentava bastante, o quarto era enorme (tinha dois cômodos além do banheiro, um com 2 camas de solteiro e outro com a cama de casal) e uma varanda que tinha uma vista linda pro lago. A varanda era compartilhada com outro quarto, mas nós éramos os únicos hóspedes naquela noite. Eu amo uma casa antiga, aqueles móveis antigos de madeira e essa era totalmente a vibe do hotel. Don Mario, o anfitrião, foi muito amável com a gente, se dispondo a ajudar e explicar tudo.

Descemos para almoçar a almoçamos em um restaurante na beira do lago um menu del dia que não vou lembrar o preço. Demos uma volta pela beira do lago e ficamos passeando por ali. A ideia era subir o cerro calvário, mas ficou pra uma próxima vez. A gente já ia fazer a travessia da ilha no dia seguinte, Já somos jovens senhores de 35+, não dá pra fazer tudo. A gente aproveitou pra colocar roupa pra lavar também. Tinham várias lavanderias, todas fechadas (não sei se por ser segunda ou por ser baixa temporada), mas conseguimos em uma venda de bebidas e passeios tudo o que a gente precisava, lavanderia, já compramos o ingresso do barco do dia seguinte pra parte norte, água e lugar pra deixar nossas coisas enquanto íamos pra travessia.

Quando anoiteceu Don Mário veio nos avisar que tinha acendido a lareira da sala e deixado chá lá pra gente. Ficamos um pouco na sala curtindo o frio e nosso chazinho e depois descemos mais uma vez pra buscar as nossas roupas lavadinhas e jantar. Comemos em uma hamburgueria tomática de marinheiro e subimos de volta pro hotel. Deixamos tudo arrumado, 1 mochila com tudo que a gente ia precisar (1 mochila pros dois).


 

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18/06

No dia seguinte tínhamos combinado um horário com Don Mário para o café da manhã e tinha muita comida, ele arrumou tudo só pra gente e era bastante coisa. Ele ofereceu pra gente guardar as coisas lá, mas não era prático chegar da isla del sol e ter que subir tudo de novo antes de pegar o ônibus.

Fomos pra beira da lagoa pegar nosso barco que saía umas 9h. A travessia durou mais ou menos 1h até o lado norte, mas como atrasou a saída, a gente foi chegar mesmo já era quase 11h. Aí a gente parou pra comer rapidinho, já que a próxima refeição seria só no lado sul (a gente tinha lanchinho, mas só). Depois ficamos algum tempo ali no lado norte, nas ruínas incas e quando já eram quase umas 14h começamos de fato a travessia.

Pra mim foi bom demais a gente estar com apenas 1 mochila porque a maior parte do tempo eu atravessei sem peso. Não achei o caminho muito de boa não, tem bastante subida, a gente tá a 3.800m de altitude e são 10km. Eu não sei bem o que eu tinha na cabeça quando decidi fazer essa travessia, porque eu não gosto de andar sem ser no plano, nunca fui a pessoa das trilhas, mas fui eu que fui sugerir essa travessia, Thiago (que é a pessoa das trilhas) só aceitou feliz. Me arrependo? Não. Quero fazer a travessia de novo? Também não.

Fora isso, a travessia é linda demais. A maior parte do tempo a gente ficou sozinhos, sem passar por ninguém, e fomos bem devagar, parando, com calma.

Chegamos na parte sul quase no por do sol e fomos direto procurar um lugar pra jantar. Escolhemos uma pizzaria que nos ganhou por ser de frente pro por do sol. O problema é que ventava demais do lado de fora e acabamos ficando dentro. Tinha janelas grandes, mas não é a mesma coisa. Aí fomos pro nosso hotel, o Hostal Quilla Wasi.

Chegamos lá devia ser por volta de 19h, já estava escuro, mas estava bem longe de ser de madrugada, mas quando chegamos não havia ninguém na recepção e quando chamamos, nosso anfitrião chegou reclamando que estava tarde demais. Fora isso, foi tudo ótimo. O chuveiro era elétrico, bem quente e o aquecimento era bom. Tinha uma vista bem bonita no nosso quarto. A gente tava exaustos e não demoramos muito a dormir. 1h depois a gente é acordado por uma chuva bem forte de granizo, mas logo voltamos a dormir.
 

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19/06
Tomamos café da manhã no hotel da ilha, descemos a escada inca e pegamos o barco. Em Copacabana a gente parou pra comer em um café que tinha perto de onde pega o ônibus, pegamos o ônibus, para na beira do lago pra atravessar de balsa de novo, volta pro ônibus, chegamos em La Paz no fim da tarde e pegamos um taxi pro no Hotel Vivenzo.

Tivemos um problema com o quarto do hotel (alagou completamente na hora que fui tomar banho), e quando reclamamos eles foram resistentes a nos trocar de quarto insinuando que eu teria deixado a porta aberta, mas acabaram trocando. O outro quarto também alagava um pouco, mas bem menos que o primeiro. Foi o aquecimento mais potente que a gente pegou na viagem inteira.

Não conhecíamos o entorno do hotel, então quando fomos sair pra comer ficamos receosos de andar tarde por ali (eram umas 22h) e acabamos comendo numa hamburgueria que tinha ali bem pertinho.

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20/06
Uma das coisas que eu queria muito visitar em La Paz era a feira de El Alto, a maior (ou uma das maiores) da América Latina, dizem que tem mais de 100 quarteirões de feira e acontece quinta e domingo, então hoje era dia de ir nessa feira.

Tomamos café da manhã, que era bem bom, mas em uma espécie de terraço que ventava e não tinha calefação e saímos para trocar um pouco de dinheiro na rua Socabaya, se não me engano (pode ter sido em alguma outra paralela a ela próxima, entre a calle Potosí e a av principal dos ônibus). Aí vimos mais ou menos como chegava em El Alto de teleférico e fomos. Eu achei o sistema de teleféricos muito interessante, principalmente em uma cidade tão cheia de morros, mas não achei tão claro como funciona a cobrança. Pra mim não ficou claro quanto custava cada passagem, mas cada vez que você troca de linha tem que pagar uma nova passagem (eu achei que ia ser igual metrô, entrou uma vez, pode trocar de linha a vontade de não paga de novo). Pelo que entendi, a primeira vez você paga 3 bolivianos e nas próximas vai pagando 2. E ele vai mantendo mais ou menos essa lógica desde que vc mantenha pegando o teleférico pra mesma direção, se pegar voltando, ele começa a contar de novo. Não sei bem como ele fazia essa leitura com 2 pessoas usando o mesmo cartão, mas fazia. Aí tem uns combos especiais que custam menos, umas linhas que custam mais, então não é exatamente essa lógica não. Além disso, se vc perder a estação, ou vc permanece no teleférico e espera ele dar a volta e passar de novo na sua estação ou vai sair e ter que pagar por isso, começando com 3 bolivianos cada vez que mudar de direção (a gente errou, falo por experiência).

Do teleférico vc consegue ver vários bairros e ver a cidade do alto. Eu não sei como funciona o esquema de ônibus lá, mas me pareceu bem melhor andar de teleférico, porque o trânsito é muito caótico. Não só em relação a engarrafemento, também tem muito, mas além disso, achei bem caos mesmo, bem diferente de qualquer coisa que eu tenha visto no Brasil (pra quem conhece, me lembrou ciudad del este, no Paraguai, só em uma escala beem maior).

A feira é gigantesca, a gente passou o ia andando por lá. Pra quem não gosta desse tipo de experiência, não vale a pena mesmo, mas pra quem ama andar por comércio e ver a cidade viva, é incrível. Tem comida, móvel, roupa, peça de carro, carro, coisa de casa, bichos, os mais diversos elixires pro que você imaginar, tem de tudo. A gente passou o dia se perdendo nas ruas e comendo as coisas de rua lá e depois voltamos pra La Paz. A feira acontece o dia todo e é frequentada principalmente por bolivianos mesmo. Dizem que El Alto (que é onde fica o aeroporto, inclusive) é a cidade mais perigosa da Bolívia e acho que eu não me arriscaria a ficar passeando lá de noite sozinha, mas na feira, achei bem tranquilo. Usei celular normal e não me senti insegura em nenhum momento, mas pra quem não tá acostumado a cidade grande, eu tomaria um pouco de cuidado (aqui no RJ a gente tem o Saara, que é semelhante à 25 de março de SP em uma escala bem menor, achei a experiência semelhante, um saara gigante da Bolívia, eu AMO ir ao Saara).

De noite fomos jantar na rua Sagarnaga que é obviamente um lugar cheio de turista. Comemos no café e restaurante Banais e Thiago pediu a melhor carne de lhama que comemos na viagem.
 

 

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21/06

O plano nesse dia era passear no centro e começamos indo ao mercado de las brujas, porém fomos percebendo que muitas lojas estavam fechadas. Fomos perguntando e descobrimos que era ano novo Aymara, por isso muita coisa fechada.
Pelo que soubemos, em La Paz mesmo não tinha nenhum evento comemorativo, então demos uma volta na cidade, na plaza Murillo, andamos por ali e fomos até a Calle Jaén, que tem uma arquitetura antiga mais preservada e depois ao mirante Killi Killi. Sobe um bocado, mas tem vista 360 grau, com as montanhas nevadas no fundo e dá pra ver toda a cidade, bem bonito.
Até pra comer foi difícil, mas conseguimos passar em um mercado pra comprar alguma coisa.

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22/06
Último dia da conhecer coisas, fizemos um dia de museus.

Começamos pelo do folclore e etnografia, que é bem grande e completo e fica pertinho da plaza Murillo. Depois a gente voltou na rua Jaén e fizemos o circuito que tem ali de 4 museus (você paga um ingresso só pros 4), museu da guerra ao pacífico, museu do ouro, museu dos costumes e casa do Murillo. Esses 4 museus são pequenininhos, bem menos completos que o do folclore e etnografia. Se eu tivesse que escolher um só, seria o maior.

Voltamos a jantar na região da Sagarnaga, na verdade na calle Linhares no restaurante Angelo Colonial, comida bem gostosa, mas não era barata. Ali gastamos nossos últimos Bolivianos, deixando reservado só que iríamos usar no táxi até o aeroporto.

Pedimos no hotel para deixar nosso táxi reservados pro dia seguinte.

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