Membros Este é um post popular. O Guia do Mochileiro Postado Junho 18 Membros Este é um post popular. Postado Junho 18 (editado) Este post tem por objetivo ajudar as pessoas que desejam ir ao Jalapão sem carro e sem agência. Aqueles que buscam informações sobre isso na internet pelo menos por enquanto, assim como eu, devem estar com dificuldades de encontrar informações sobre como fazer isso. De início quero deixar claro: eu não recomendo que você faça isso e as chances de você se frustrar são enormes. Caso você seja teimoso e faça isso mesmo assim, segue aqui o relato de como eu fiz. Espero que ajude de alguma forma. Fiquem à vontade para perguntar neste tópico e, assim que eu puder, irei respondendo. Antes, uma breve introdução: Meu nome é Caue e estou, com meu amigo Bruno, fazendo um mochilão pelo Brasil / América do Sul por um período programado de 2 anos. Iniciamos nosso mochilão em São Thomé das Letras no dia 29 de Janeiro de 2024. Criamos um projeto chamado "O Guia do Mochileiro" (sim, a nossa referência vem dos livros do Douglas Adams) com o objetivo de produzir um documentário para o YouTube e compartilhar a nossa aventura. O primeiro episódio com a nossa partida de São Thomé das Letras ainda está sendo produzido, mas você pode encontrar já alguns conteúdos de Shorts no nosso canal ou bastante conteúdo sendo produzido no Instagram (Stories quase diários). Os links seguem abaixo: - https://www.youtube.com/@GuiaDoMochileiro - https://www.instagram.com/oguia.mochileiro Caso alguém aí decida assinar a Worldpackers e achar que o relato ajudou, eu não acharia ruim se usasse nosso link de afiliados, nos ajudaria bastante: https://www.worldpackers.com/pt-BR/promo/GUIADOMOCHILEIRO?utm_campaign=GUIADOMOCHILEIRO&utm_medium=referral&utm_source=affiliate Agora vamos ao que interessa: O Jalapão é bruto. Essa é uma frase que se vê estampada em vários lugares e se escuta o tempo todo por lá, vindo da boca dos que lá moram, por um excelente motivo: o Jalapão é realmente bruto. Entretanto, antes de começar a descrever a "bruteza" e as belezas do Jalapão, permita-me voltar uns dias antes da viagem e lhe dar o contexto. Como mencionado acima, estamos fazendo um mochilão. Estávamos fazendo um voluntariado em Palmas pela Worldpackers. Já tínhamos ouvido falar por cima sobre o Jalapão, mas ao chegar neste canto do país a opinião era unânime: Se pudéssemos, tínhamos que visitar o lugar, pois era único no mundo. Mochileiros que somos, decidimos que já que estávamos por aqui, deveríamos explorar o lugar. Foi aí que começaram os desafios dessa viagem. A opinião de todos era também unânime sobre outro ponto: você PRECISA de um 4x4 para se locomover por lá. Ir com um carro 4x2 é loucura e isso foi confirmado quando encontramos alguns loucos atolados no caminho. A possibilidade de se alugar um carro não nos parecia viável: as agências no geral não permitem que você vá ao Jalapão com o carro alugado (vocês entenderão o porquê) e mesmo que permitissem, nós somos mochileiros e mochileiro não tem dinheiro para alugar um 4x4. A outra possibilidade seria comprar um pacote de viagem com uma agência que opera por lá, mas não se esqueça, somos mochileiros duros e isso estava completamente fora do orçamento. Bom, uma terceira possibilidade seria ir sem 4x4 mesmo e chegando lá "a gente vê no que dá". Decidimos ir com a terceira e única possível opção. Lembra que comentei sobre os desafios? Eles só cresciam com essas decisões estúpidas corajosas que tivemos. Afinal de contas, no máximo, era só voltar, não é mesmo? Em primeiro lugar, precisávamos de um lugar para ficar no esquema de voluntariado. Afinal, mochileiros quebrados. Buscamos na internet hospedagens em São Félix e Mateiros e enviamos mensagens para essas hospedagens, já que não haviam lugares disponíveis na plataforma Worldpackers. Conseguimos voluntariado em um camping na cidade de Mateiros. O camping se chama "Cobra de Cabelo" e é excelente, eu mega recomendo para quem estiver indo ao Jalapão. A Cassiana, dona do camping, nos recebeu super bem e o lugar é mega estruturado para quem está acostumado com camping, além de ter um excelente contato com a natureza no meio da cidade. Tínhamos então uma data para chegar e um local para ficar, mas ninguém sabia muito bem nos dizer COMO chegar lá sem ser por meios próprios (uma 4x4). Procura daqui, conversa dali e conseguimos o whatsapp de um ônibus (por aqui é chamado de van) que sai de Palmas e vai até Mateiros, todas as terças e sextas, saindo da plataforma 05 da Rodoviária de Palmas às 8h da manhã. Ele é chamado de "Transmateiros" e custa na data de hoje R$ 230,00 (para ir até Mateiros, o trecho mais longo, se for descer antes é mais barato). Então, às 8h da manhã da terça feira (04/06/2024) estávamos nós na plataforma 05 da Rodoviária de Palmas, com nossas mochilas. Durante nossa espera na plataforma, uma mulher com um olhar meio perdido e ares mais de mendiga do que de hippie, se aproximou da gente e perguntou se estávamos esperando o ônibus a van para Mateiros. Confirmamos e ela perguntou, com ares meio aéreos, se podia esperar o ônibus na plataforma conosco. Ao dissermos que sim, ela pediu que olhássemos suas malas, extremamente puídas, para que ela pudesse "buscar o gato". Neste momento eu, surpreso, disse ao Bruno: "Tomara que ela esteja falando do namorado dela". Não estava. Viajar no Transmateiros é uma experiência única. De cor verde oliva e com a inscrição "Transmateiros" na lateral já bastante desgastados, o ônibus carrega os locais (e mochileiros malucos) de Palmas ao Jalapão. Parecendo um ônibus com retirantes, os viajantes de todos os tipos carregam consigo malas, bolsas, encomendas, sacolas, comidas e tudo que se imaginar. Inclusive gatos (animal). Pensamos que a viagem duraria cerca de 6h, como me mostrava o Google Maps. Ledo engano. Por 13 horas seguidas, o “Transmateiros” desbravou as estradas arenosas e desertas do Jalapão. A partir de Lagoa do Tocantins, as estradas são feitas de pedras e areia (muito mais areia do que pedras) típicas do Cerrado nessa região, que cortam mata nativa por quilômetros sem sinal de civilização. Os únicos sinais de humanos por perto são alguns poucos carros na estrada e pouquíssimas casas de barro e palha, separadas por quilômetros a fio, com pessoas humildes em seu interior, que oferecem café e outros poucos itens aos viajantes, somente pagos por meio de dinheiro físico, o que claro, não tínhamos. Ao chegarmos em Mateiros, cerca de 9h da noite, bastante cansados pela viagem interminável, nos dirigimos ao camping e saímos para comer na cidade. Decidimos por uma pizza, já que todo o resto estava fechado. Os próximos dias foram bastante entediantes. A cidade de Mateiros é uma pequena cidade no meio do absoluto nada. Como descrito anteriormente, é ligada por intermináveis estradas de difícil acesso, o que me fez pensar durante o trajeto e após a chegada que seria um excelente cenário para uma ficção de terror. A cidade é tranquila, com bem poucos comércios focados em atender os turistas. Durante o dia, quase nenhum deles está aberto, já que neste horário a maioria dos turistas estão fora da cidade e visitando os pontos turísticos e fervedouros da região. Durante a noite, os poucos restaurantes disponíveis às vezes abrem, porém de forma inconstante já que a maioria dos hotéis tem seus próprios restaurantes para atender internamente os turistas cansados do roteiro do dia. Como bons mochileiros, compramos nossos alimentos nos poucos mercadinhos disponíveis na cidade e preparamos nosso alimento no camping. Se você se lembra bem, chegamos na noite da mesma terça feira que saímos de Palmas. Nos dias seguintes nos limitamos a conhecer a pequena cidade, ir ao 2o festival de gastronomia que estava acontecendo na cidade e que contava com cerca de 6 barracas, trabalhar no camping quando tínhamos tarefas e ver os jogos de futebol dos times locais, como Blackout x Carrapato e Veteranos x Câmara Municipal. Confirmou-se o que nos advertiam: Não havia como se locomover para os pontos turísticos sem uma 4x4. Neste ponto, já estávamos frustrados e arrependidos de termos ido (gastado o dinheiro com a passagem) ao Jalapão. No Domingo, decidimos que no dia seguinte tentaríamos pegar uma carona até o ponto turístico mais próximo da cidade, o Fervedouro Buriti, cerca de 20km da cidade. Para voltar? com sorte outra carona ou c'est la vie. Neste ponto, andar 20km em uma estrada de areia deserta à noite não parecia tão má ideia quanto ter gasto esse dinheiro e ter aguentado 13h de viagem sem conhecer nada. Então voltaríamos para Palmas na madrugada de quarta-feira com o Transmateiros, que faz a viagem inversa às quartas e domingos, pelo mesmo preço, às 4h da manhã. Na Segunda, levantamos cedo, preparamos e tomamos nosso café da manhã e seguimos para a saída da cidade. O primeiro carro despontou cerca de 5 segundos após chegarmos, uma caminhonete 4x4 da agência Jalapão Savana Ecotour, que para nossa surpresa, encostou. Dentro da caminhonete estavam apenas o Furtunato e a Antônia, o guia da viagem e a cliente dele, respectivamente, que seriam nossa salvação nessa viagem. Furtunato pediu permissão à Antônia, que autorizou nossa carona. Entramos no carro e começamos a conversar, explicando sobre o porquê de estarmos pedindo carona ali, naquele belíssimo fim de mundo. Explicamos sobre o nosso mochilão, nosso projeto e que estávamos tentando ir em pelo menos um dos pontos turísticos do Jalapão antes de voltarmos. Por uma questão de sorte nossa e compaixão dos mesmos, eles decidiram que poderíamos acompanhá-los nos pontos turísticos que eles fossem e que poderíamos voltar à Palmas com eles na próxima quarta-feira. Nos próximos dias, iríamos acompanhar a Antônia em seu roteiro tendo o Furtunato de guia e assim poderíamos conhecer os pontos turísticos do Jalapão, pagando apenas a entrada nos lugares e nossa alimentação. E assim foi. Tivemos a oportunidade de conhecer os seguintes pontos em Mateiros: - Fervedouro do Ceiça - Fervedouro Rio Sono - Fervedouro Macaúbas - Cachoeira da Formiga - Comunidade Quilombola Mumbuca Fervedouros são fortes nascentes de água cristalina, rodeados por bananeiras e mata nativa, que fazem o visitante boiar. Alguns podem chegar a mais de 70 metros de profundidade, mas a força e consistência da água impedem que se afunde nelas. A areia branca do fundo com a luz do Sol, dão uma tonalidade de azul turquesa para as águas, repletas de peixes por sua pureza. A taxa de entrada dos fervedouros é cerca de R$ 25,00, em média e cachoeiras R$ 50,00, podendo-se ficar cerca de 20 minutos em cada um, pois há um limite no número de pessoas que podem ter acesso ao mesmo tempo. A beleza é estonteante, de tirar o fôlego, e a sensação de quase massagem que se sente ao entrar em um fervedouro é indescritível. Somente indo lá para se ter essa experiência. A natureza que compõe o cenário dos trajetos no Jalapão são belíssimos, com mata nativa do Cerrado margeando tudo por uma imensidão que parece não ter fim. A beleza do Cerrado virgem vai até onde a vista alcança, com algumas poucas e belas montanhas rochosas com formatos únicos compondo o cenário pitoresco. No dia seguinte, nos encontramos às 8h da manhã no mesmo ponto que conseguimos nossa carona inicial e partimos para São Felix, outra pequena cidade da região do Jalapão, que tem seus próprios pontos turísticos e fervedouros. Tivemos a oportunidade de conhecer: - Fervedouro Buritizinho (tem o formato de um coração) - Fervedouro Buriti - Fervedouro Jatobá - Cachoeira do Prata - Fervedouro Bela Vista Montamos acampamento (na verdade, as redes) na área de camping do Fervedouro Bela Vista, tendo em vista (perdoe o trocadilho) que partiríamos na manhã do dia seguinte para Palmas. O preço do camping ficou, por volta da data deste post, R$ 95,00 por pessoa com café da manhã incluso. A hospedagem conta com um fervedouro na propriedade que pode ser usado pelos hóspedes durante à noite sem limite de tempo, apenas de pessoas utilizando o lugar ao mesmo tempo. Na manhã do dia seguinte, na quarta-feira, voltamos para Palmas para seguir com nosso projeto/mochilão para o próximo destino. Bom, este foi o meu relato. Gostaria de agradecer imensamente o Furtunato e Antônia por nos adotar nessa viagem e recomendo fortemente a agência do Furtunato. Ele é um guia extremamente divertido e carismático, com muito conhecimento sobre o local e com um grande coração, nos dando esse presente nessa viagem que quase foi uma frustração, devido a teimosia desse mochileiro que vos escreve em tentar conhecer o lugar por meios próprios (e sem carro). Minha conclusão é: Vá ao Jalapão com uma agência. Não tente ir sozinho porque as chances de se frustrar e não conseguir sair da cidade são enormes. Caso você seja tão teimoso quanto nós, que este relato te ajude de alguma maneira. Você encontra fotos da viagem no Highlights “Jalapão - TO” no instagram do nosso projeto e alguns posts no perfil. Se este post ajudar alguém, talvez eu faça outros relatos sobre outras aventuras do nosso mochilão. Editado Junho 19 por O Guia do Mochileiro Correção de locais mencionados 8 Citar
Colaboradores StanlleySantos Postado Junho 19 Colaboradores Postado Junho 19 (editado) Post interessante e informativo. Sempre fui cético com o Jalapão em virtude da logística e da extrema dependência de agências (que obviamente devem arrancar um rim da pessoa), o que de longe não é minha programação favorita... mas, preciso conhecer um dia, sem dúvidas! Vc chegou a ver ciclistas por lá? acredita que alguém de MTB consegue se virar por lá? Pergunto isso pq tenho um desejo de pedalar pelo país num mochilão futuro. Editado Junho 19 por StanlleySantos Citar
Membros brunonobrega Postado Junho 19 Membros Postado Junho 19 (editado) Respondi de novo porque esqueci de ciar nessa resposta haha. Editado Junho 19 por brunonobrega esqueci de citar Citar
Membros brunonobrega Postado Junho 19 Membros Postado Junho 19 12 horas atrás, StanlleySantos disse: Post interessante e informativo. Sempre fui cético com o Jalapão em virtude da logística e da extrema dependência de agências (que obviamente devem arrancar um rim da pessoa), o que de longe não é minha programação favorita... mas, preciso conhecer um dia, sem dúvidas! Vc chegou a ver ciclistas por lá? acredita que alguém de MTB consegue se virar por lá? Pergunto isso pq tenho um desejo de pedalar pelo país num mochilão futuro. Opa, Bruno (do projeto O Guia do Mochileiro) aqui. Ouvimos através do guia e também de nossa anfitriã no camping os sobre ciclistas aventureiros, mesmo que poucos, por lá eles são mais comuns que os mochileiros por conta da maior facilidade de locomoção até os atrativos da região, mas ainda assim com grandes ressalvas porque as estradas são realmente difíceis, é MUITA areia, na estrada principal que liga as cidades a maior parte não é extremamente "fofa", tendo vários km's com o chão "costela de vaca" (pequenas ondulações na terra que causam grande tremor no veículo), mas saindo da estrada principal para os atrativos você ainda precisa andar alguns km's em estradas mais arenosas. Não sou familiarizado com bikes em geral, MTB com certeza facilitaria um pouco os trajetos, mas acredito (sem nenhuma base) que em alguns momentos seria necessário empurrar a bike na mão. De qualquer forma, é bom levar em consideração que os pontos são distantes uns dos outros, alguns atrativos têm restaurante (nas páginas de Instagram dos fervedouros você consegue consultar isso), porém na estrada mesmo são poucos os pontos de parada para comer ou pegar água. Sim, existe uma dependência de agências, embora para mochileiros e ciclo-viajantes (espero que esse seja o termo correto) seja inviável pagar por esses pacotes, eles não são absurdamente caros comparados com locais turísticos mais comuns como praias por exemplo, visto que, se você tentar ir com seu carro de pequeno porte você precisaria até de sorte eu diria para não acabar danificando o veículo de alguma maneira, são pelo menos 200km de areia e terra (até os 4x4 vivem tendo problemas com os pneus, por pegar em pedras grandes e rasgar). Os pacotes de 3 dias variam entre R$2.000 e R$2.500 em média, saindo de Palmas e passando em vários atrativos todos os dias, com entrada dos locais, pousadas e refeições inclusas (pense que só de gasolina vai uns milão). Último ponto, o que achei interessante na Jalapão Savana e em outras agências pequenas que pudemos conhecer os guias/donos, é o cuidado com o local, eles prezam muito pelo respeito aos locais visitados e a todo ecossistema, isso é notado durante as visitas aos fervedouros e conversas durante os trajetos, nos fervedouros, por lei não é permitido o uso de repelentes e protetores solares químicos, os atrativos aparentemente não tem nenhum controle sobre isso, mas os guias licenciados fazem esse trabalho de conscientização com os seus grupos de turistas. 1 Citar
Colaboradores StanlleySantos Postado Junho 19 Colaboradores Postado Junho 19 44 minutos atrás, brunonobrega disse: Opa, Bruno (do projeto O Guia do Mochileiro) aqui. Ouvimos através do guia e também de nossa anfitriã no camping os sobre ciclistas aventureiros, mesmo que poucos, por lá eles são mais comuns que os mochileiros por conta da maior facilidade de locomoção até os atrativos da região, mas ainda assim com grandes ressalvas porque as estradas são realmente difíceis, é MUITA areia, na estrada principal que liga as cidades a maior parte não é extremamente "fofa", tendo vários km's com o chão "costela de vaca" (pequenas ondulações na terra que causam grande tremor no veículo), mas saindo da estrada principal para os atrativos você ainda precisa andar alguns km's em estradas mais arenosas. Não sou familiarizado com bikes em geral, MTB com certeza facilitaria um pouco os trajetos, mas acredito (sem nenhuma base) que em alguns momentos seria necessário empurrar a bike na mão. De qualquer forma, é bom levar em consideração que os pontos são distantes uns dos outros, alguns atrativos têm restaurante (nas páginas de Instagram dos fervedouros você consegue consultar isso), porém na estrada mesmo são poucos os pontos de parada para comer ou pegar água. Sim, existe uma dependência de agências, embora para mochileiros e ciclo-viajantes (espero que esse seja o termo correto) seja inviável pagar por esses pacotes, eles não são absurdamente caros comparados com locais turísticos mais comuns como praias por exemplo, visto que, se você tentar ir com seu carro de pequeno porte você precisaria até de sorte eu diria para não acabar danificando o veículo de alguma maneira, são pelo menos 200km de areia e terra (até os 4x4 vivem tendo problemas com os pneus, por pegar em pedras grandes e rasgar). Os pacotes de 3 dias variam entre R$2.000 e R$2.500 em média, saindo de Palmas e passando em vários atrativos todos os dias, com entrada dos locais, pousadas e refeições inclusas (pense que só de gasolina vai uns milão). Último ponto, o que achei interessante na Jalapão Savana e em outras agências pequenas que pudemos conhecer os guias/donos, é o cuidado com o local, eles prezam muito pelo respeito aos locais visitados e a todo ecossistema, isso é notado durante as visitas aos fervedouros e conversas durante os trajetos, nos fervedouros, por lei não é permitido o uso de repelentes e protetores solares químicos, os atrativos aparentemente não tem nenhum controle sobre isso, mas os guias licenciados fazem esse trabalho de conscientização com os seus grupos de turistas. Valeu, anotado! 📖 1 Citar
Membros Roberto Brandão Postado Junho 21 Membros Postado Junho 21 Vi isso aqui e estou postando como informação, não para polemizar https://clebertoledo.com.br/negocios/na-folha-apos-visita-a-regiao-demetrio-magnoli-questiona-sistema-de-turismo-do-jalapao-focado-em-agencias-e-defende-pavimentacao/ Citar
Membros anselmoportes Postado Junho 21 Membros Postado Junho 21 Eu tb procuro evitar ao máximo agência e excursões. Mas tem hora que a gente tem que parar de ficar dando soco em ponta de faca, não tem jeito! Estive no Jalapão há 2 anos e tb concordo que é muito difícil se virar por lá sozinho. Em 18/06/2024 em 20:06, O Guia do Mochileiro disse: Dentro da caminhonete estavam apenas o Furtunato E o meu guia, coincidentemente, foi o Futunato! Gente boníssima e super recomendo ele! Além de conhecer demais a região é um ótimo fotógrafo tb! Belo relato, parabéns! Citar
Membros victorprado Postado Junho 21 Membros Postado Junho 21 Eu desconcordo 😃 Fiz sozinho em 2021 e foi bem de boas.. é cansativo dirigir por aquelas estradas, sim! Porém é cansativo ficar dentro do carro tbm Além da questão financeira, poder organizar a ordem é um diferencial para mim além de ir para locais que as expedições não vão, ex., as prainhas perto da Cachoeira da Velha. Achei sensacional o lugar e estava totalmente vazio! Sobre ir de bike, não lembro de ter visto alguém pedalando.. é um lugar meio inóspito e muitas vezes não tinha sinal de celular.. então acharia bem arriscado! Abraços! Citar
Membros Caue Bertolino Postado Junho 21 Membros Postado Junho 21 4 horas atrás, Roberto Brandão disse: Vi isso aqui e estou postando como informação, não para polemizar https://clebertoledo.com.br/negocios/na-folha-apos-visita-a-regiao-demetrio-magnoli-questiona-sistema-de-turismo-do-jalapao-focado-em-agencias-e-defende-pavimentacao/ Sempre existem os dois lados da moeda. Vou deixar aqui meus 2 centavos sobre isso: 1 - O asfalto está chegando lá. No caminho vimos o asfaltamento à todo o vapor e com rápidos progressos, apesar de eu não saber estimar quanto tempo ainda vai levar para estar tudo asfaltado. 2 - Eu concordo que a infraestrutura ser tão precária limita o número de pessoas que vão ao lugar, mas infelizmente, a preservação de um local como aquele é inversamente proporcional ao número de turistas. Acho que nisso todo mundo pode concordar. O Jalapão ainda é MEGA preservado, com mata nativa a perder de vista e isso com certeza se dá ao número de turistas que vão lá (ainda relativamente pequeno). Com a acessibilidade se chega também a "massa" e com ela a depredação. Infelizmente, sou cético com relação à consciência de preservação da massa de visitantes por uma questão empírica. É um pouco triste ver que o acesso ao Jalapão é restrito, mas mais triste seria ver aquele lugar depredado, desmatado e cheio de construções para atender uma massa grande de turistas. O turismo lá realmente é restrito, mas eu não acho nada abusivo ou impeditivo. A média de 3 dias lá com absolutamente tudo incluso é de 2.5k à 3k. Pode não ser barato, mas o preço não é tão lá acima de viajar com agência para qualquer outro lugar do Brasil sem as mesmas vantagens de preservação. Não tenho a solução para aliar acessibilidade da massa (que eventualmente acontecerá) com a preservação do lugar. Entre escolher um dos dois, eu fico com a preservação, para ser sincero. 3 - Permitir um local como aquele de se tornar um ponto turístico de massas, no geral, tende a mais prejudicar do que ajudar a população local. Com a população em massa vem o dinheiro em massa, migração de novos moradores que requer desmatamento, a especulação imobiliária e a inflação dos preços de produtos para os moradores locais. Quando eu estive lá eu ouvi os moradores falando bem do jeito que está. Não sei se continuariam falando a mesma coisa quando isso acontecer (como foi quando visitei a Chapada dos Veadeiros). 1 Citar
Membros Caue Bertolino Postado Junho 21 Membros Postado Junho 21 24 minutos atrás, victorprado disse: Eu desconcordo 😃 Fiz sozinho em 2021 e foi bem de boas.. é cansativo dirigir por aquelas estradas, sim! Porém é cansativo ficar dentro do carro tbm Além da questão financeira, poder organizar a ordem é um diferencial para mim além de ir para locais que as expedições não vão, ex., as prainhas perto da Cachoeira da Velha. Achei sensacional o lugar e estava totalmente vazio! Sobre ir de bike, não lembro de ter visto alguém pedalando.. é um lugar meio inóspito e muitas vezes não tinha sinal de celular.. então acharia bem arriscado! Abraços! Ir de carro muda o jogo, como deixamos claro no relato. Só não recomendamos ir em 4x2, mas também informamos que vimos gente fazendo isso (e que atolaram). Ir de 4x2 é bem possível, só não recomendável. As chances de atolar são grandes, mas imagino que dependendo da época do ano o solo pode estar mais ou menos propenso à isso. O ideal é ir de 4x4 ou contratar uma agência que tenha um. Eu só não recomendo mesmo as pessoas irem sem nenhum deles, como fizemos hahaha Abraços. Citar
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