Pico dos Marins - Superação de medos e limites

E.Samuel · Junho 10

“E então é o seguinte: Não desista. Não deixe que um sentimento de incapacidade cresça e tome conta de você. O melhor impulso para a falta de coragem é meter a cara e sair do lugar mesmo! Porque sempre há uma chance da gente tropeçar em algo maravilhoso. E é impossível tropeçar em algo enquanto estamos sempre sentados no mesmo lugar.”

Olá, Mochileiros! Como estão? Já faz algum tempo que não escrevo por aqui. Hoje venho lhes contar um relato muito emocionante de seis pessoas que superaram seus medos e limites no Pico dos Marins.

Antes do relato em si, um amigo, Felipe, que subiu o Marins comigo em 2013, queria voltar lá novamente para contemplar a experiência de montanha. Se passaram muitos anos desde que ele foi, e aconteceram muitas coisas. Minha esposa, Mayara, também tinha vontade de conhecer uma montanha. Pensando nisso, encontrei uma data na agenda (09/06/2024), marquei, falei com eles e adicionei mais alguns amigos que nunca sequer subiram uma montanha para embarcar nessa aventura. Como na vida não conseguimos nada sozinhos, chamei mais alguns amigos experientes de montanha (Fabinho e Éder) e guias (Gledson, Adriano e Talita) para me ajudarem nessa aventura. Se precisarem do contato deles, é só pedir.

Marquei alguns treinos com eles e dei algumas dicas de como era o Pico dos Marins. Eles tiveram cerca de dois meses para treinar.

Enfim, chegou o dia da aventura. Saímos de Pouso Alegre - MG por volta das 2h da manhã e chegamos na Ranchonete do Dito por volta das 5h. Tomamos um café rápido e começamos a caminhada por volta das 5h33min.

Da esquerda para direita, agachados: Gledson, Eder e Fabinho. Em pé: Dany, Felipe, Talita, Pedro, Adriano, Ricardo, Aline, Mayara e Samuel.

Começamos pela trilha e logo chegamos ao Morro do Careca. Após algumas fotos, partimos para as subidas intermináveis até o Marins. No meio do caminho, houve muita subida íngreme e alguns lugares que exigiram muita coragem do pessoal. Digo isso porque algumas pessoas que foram têm muito medo de altura. A ajuda dos guias e dos mais experientes em montanha foi fundamental.

Chegamos no topo do Marins por volta das 10h28min. Ver a emoção das pessoas que conseguiram subir uma montanha pela primeira vez não tem preço. Fiquei emocionado também. Ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos e vencerem seus medos é uma sensação incrível.

Iniciamos a descida por volta das 12h05min, cada guia com uma pessoa, para ajudá-las a descer. Afinal, a descida do Marins é bem íngreme. Mais uma vez, a ajuda dos guias foi primordial.

Terminamos a descida às 16h38min.

Considerações finais: nesse dia 09/06/2024, fomos para o Marins não para treinar, bater tempo, bater RP ou em busca de troféu (Strava). Fomos para ajudar pessoas a realizarem sonhos, calar críticos, superar problemas físicos, de saúde e traumas. Isso nenhum treino ou medalha de prova paga. Não foi cobrado nada no sentido financeiro das pessoas que foram; fomos por pura vontade e amor de estarmos na montanha e querer ajudar o próximo.

Parabéns, Mayara, Dany, Aline, Felipe, Ricardo e Pedro! Vocês nos surpreenderam e foram muito guerreiros.

Gostaria de agradecer imensamente ao Gledson, Fabinho, Éder, Talita e Adriano. Sem vocês, eu não teria conseguido levar o pessoal e conduzir tão bem essa aventura.

Comecei o relato com uma frase que gosto muito e terminarei com outra, como sempre faço nos meus relatos:

"Já repararam como geralmente é fantástica
a paisagem que se vê do topo de uma montanha?
É realmente deslumbrante! Algo realmente mágico...
Agora... Já imaginaram o esforço e sacrifício a fazer
para chegar ao topo dela?
A vitória é para quem está disposto a pagar o preço por ela."