Colaboradores Este é um post popular. Rezzende Postado Maio 30 Colaboradores Este é um post popular. Postado Maio 30 (editado) Ciao Galera Mochileira! (Ciao pra mim é pra ir embora, ainda não me acostumei com a ideia de usar Ciao pra cumprimentar quando se chega ) Depois de ver quase esgotadas minhas opções de viagem para lugares de língua espanhola, esse cidadão que vos fala, com inglês básico (mas bem mais virável do que eu pensava ) precisava se aventurar por outras línguas… Seguindo minha receita de ir aos poucos expandindo fronteiras, como já tinha ido até a Espanha, decidi, também pela história, cultura e paisagens, que minha próxima terra a ser desbravada seria o território italiano. Escolhi maio, mês de primavera, nada daquele calor sufocante do verão nem aquela chuvinha chata do inverno que atrapalha pra andar. Peguei dias ensolarados, só um dia de chuva fina que pouco atrapalhou, temperaturas máximas entre 21° e 27° e aquele friozinho gostoso nas montanhas. Tinha 3 semanas pra viajar e ao contrário de muita gente que viaja 10 países em 20 dias, eu fiquei só na Itália mesmo (e um dia na Áustria que será compreendido mais pra frente) e digo que não foi suficiente sequer pra Itália, já que nem pro sul deu pra eu ir (imagina quem quer “ver” a Europa toda em 3 semanas…) Esse foi meu roteiro: ROMA – FLORENÇA – CINQUE TERRE – GÊNOVA – MILÃO – DOLOMITAS – VENEZA Fui com um orçamento de 100 euros por dia, contando tudo, tudo, tudo (exceto as passagens aéreas) e sobraram alguns centavos… Levei tudo nos cartões Nomad e Wise, saquei 200 euros quando cheguei lá só pra gastar onde não passasse cartão ou com coisinhas baratas e o resto, passava tudo no débito. Vai vir aí um relato looongo e cheio de fotos...Senta que lá vem história! Editado Maio 30 por Rezzende 2 4 1 3 Citar
Colaboradores pmichelazzo Postado Maio 30 Colaboradores Postado Maio 30 Se você acha que "ciao" é díficil para nós entendermos, imagine eu explicando para a filha de 10 anos de um amigo meu que usamos "oi" quando chegamos e "ciao" só quando saímos Aguardando o relato e sim, fazer 10 países em 20 dias... estou há 10 anos na Europa e não fui em todos 1 Citar
Membros Davi Leichsenring Postado Maio 30 Membros Postado Maio 30 Depois de morar 4 anos na Itália, eu comecei a dar tchau em português no lugar do oi sem querer. 3 Citar
Colaboradores Este é um post popular. Rezzende Postado Junho 1 Autor Colaboradores Este é um post popular. Postado Junho 1 Domingo, 05 de maio de 2024 Cheguei em Roma por volta de 13h. Como fui de TAP via Lisboa, a imigração já tinha sido feita em Portugal então cheguei num voo doméstico. Me deparei com a primeira palavra em italiano que me surpreendeu. Imaginava por ser língua latina algo mais próximo com Saída/Salida/Sortie e tava lá bonitona na placa: USCITA! Minha primeira providência foi comprar um chip de internet. Algo que eu jamais tinha feito em nenhuma outra viagem, mas como eu sempre viajei por países de língua espanhola, não via problemas em viajar só na base de wifi e ficar sem net na rua. Mas dessa vez, senti que precisava de internet pra eventuais necessidades com idiomas. E foi muito útil. Paguei 30 euros num chip da TIM no aeroporto. Sei que aeroporto é mais caro, mas era domingo, não sabia se ia encontrar lojas abertas perto do hostel e já queria sair do aeroporto com isso resolvido, então comprei por lá. Só achei que era internet demais, um plano de 100GB e usei só 25GB, mas o cara do quiosque da TIM disse que não tinha plano menor, então foi esse mesmo. Mas teve bom, internet 5G que funcionou o tempo todo, no país todo, com roaming na Áustria, valeu a pena, saiu a €1,50 por dia. Devidamente conectado, saí do aeroporto e fui caçar a opção mais barata pra ir até Roma: busão! Eles saem do terminal 3. Desembarquei no terminal 1 mas dá pra ir andando até lá. Lááá no final do desembarque do terminal 3 tem umas plataformas, que até lembram uma rodoviária e uns guichês que vendem as passagens. Parece que tem muitos horários. Tem ônibus da Terravision e da TAM, mesmo preço, 8 euros. Tinha um da TAM saindo dali a 3 minutos e fui nesse até a estação de Termini. E o ônibus passa DE FORA do Coliseu! Primeira hora na Itália e eu já tava vendo o mais famoso monumento do país! Cerca de 50 minutos de trajeto e o ônibus para na lateral de Termini. Dali já fui a pé até o hostel, a 4 quadras de Termini. Fiquei no Yellow Square, hostel muito grande, com bar, drink de boas vindas, gostei mas não foi o melhor da viagem. Ali perto tem um mercado PAM Local, onde dá pra comprar sanduíches bons e baratos, pão, salada, enfim, foi o que eu fiz. Almocei minhas compras na cozinha do hostel e vi que lá tinha macarrão disponível, é só comprar molho e cozinhar. Passei o resto do dia no hostel, peguei o drink free no bar, tomei outros, socializei com a turma, nada programado pro dia da chegada, só descansar e comemorar, afinal, tô na Itália! Segunda, 06 de maio de 2024 A ideia do dia era andar, andar e andar. Roma foi eleita como a melhor cidade do mundo pra se conhecer a pé e eu fui comprovar se isso era mesmo verdade. Meu roteiro era simplesmente caminhar pelas ruas e pelas piazzas, observar e sentir o centrão da cidade. Comecei pouco depois de 9h e minha primeira parada foi na Basílica de Santa Maria degli Angeli, que fica na Piazza della Repubblica e perto de Termini. Só pra orientação da conversa, não importa muito de que santo é a igreja, qual é o nome dela; o que importa é que, na Itália, vendo uma igreja, entre! Sempre tem uma pintura no teto, uma escultura, ou alguma outra coisa pra encher seus olhos. Só algumas igrejas mais famosas cobram entrada, mesmo assim elas tem também uma entrada pra oração que dá pra você ver alguma coisa também, mas isso mais em Veneza e catedrais como Firenze e Milão; em Roma só vi igreja grátis. Poucos metros pra frente, a Piazza de San Bernardo com a Fonte de Moisés e 2 igrejas! A igreja de Santa Susana, que tava fechada e a igreja de Santa Maria della Vitoria, onde tem a controversa escultura Bernini, o Êxtase de Santa Teresa. Desci a via Barberini, passei pela piazza de mesmo nome e segui a via Sistina até a igreja de Trinità dei Monti (aquela que fica no alto da escadaria da Piazza de Spagna) mas como cheguei pela rua lateral, não desci na piazza dessa vez, visitei a igreja e segui com destino a Villa Borghese, um parque urbano normal onde os moradores da cidade costumam correr, caminhar e sentar na grama. Na frente do parque, uma vista clássica para a Piazza del Popolo com o Vaticano lá de fundo. Impressionante a quantidade de cúpulas que são vistas dali, um passatempo interessante ficar contando cúpulas... Desci as escadas até a Piazza del Popolo onde tem mais um obelisco egípcio (Roma está cheia de obeliscos, são mais de 10 espalhados pela cidade, alguns originais e com mais de 2000 anos!) Tava tendo um campeonato de tênis por lá, naquele dia ia começar o Aberto de Roma e tinham montado até umas redes na praça e tinha uma turma convidando as pessoas a baterem uma bolinha. Fiquei uns 10 minutos ali treinando minhas habilidades como tenista e olha...fiquei orgulhoso do meu potencial! Segui caminho pela Via del Corso, onde predominam aquelas lojas caras que tem gente que olha vitrine e tem eu que passo reto. Entre meio às lojas, sempre aparece uma igreja ou outra pra gente entrar e olhar, como a de San Giacomo e a outra NA FRENTE dela. Já passava de 1 da tarde, a fome começava a bater, fui entrando nas ruas laterais à procura de comida e nessas andanças vi uma fila de fora do Pastificio Guerra e o motivo era marmitas de pasta a 5 euros. Pronto, achei meu almoço! Comi ali mesmo em pé na esquina que já era bem perto da Piazza de Spagna. Fui pra lá ver a parte de baixo, pois a de cima já tinha passado. Lotado de gente tirando fotos nas escadas e na fonte. Foi meu primeiro dos muitos impactos que teria com a multidão de turistas e as coisas que me causariam pavor e conto mais pra frente. Fique 1 minuto observando a paisagem e logo alguém já te pedirá pra tirar uma foto deles, algo que prontamente e educadamente fiz dezenas de vezes (afinal também pedi muitas fotos pra pessoas aleatórias…) Segui andando pelas ruas romanas, passei pela Piazza Colonna onde tem isso aí: a Coluna de Marco Aurélio, plantada aí desde o século II e toda trabalhada nos detalhes. Próximo ponto, a umas 3 quadras dali, nada mais nada menos que a lotadona Fontana de Trevi. Eram 14:30 e o cenário era simplesmente esse: Satisfeito com minha selfie na lateral da fonte e sem nenhuma vontade de jogar moedas por cima de sei lá qual ombro, segui andando aleatório, passei por uma praça mais vazia, bebi água numa fonte. Aliás nem precisa sair andando com garrafa de água, melhor andar com as mãos livres e ir bebericando nas inúmeras fontes de Roma. Toda cidade da Itália tem suas fontes de água, mas Roma disparada é a que tem mais. Saí no Templo de Adriano do ano 138 com suas colunas e entrada grátis, mas sem muito o que ver. Passei na igreja de Santo Inácio de Loyola e suas pinturas no teto. Pouco pra frente está o Pantheon, provavelmente o mais imponente e antigo templo da região, vigiando aquela praça há 2000 anos. Cobram um ingresso de 5 euros e ali eu achei que valeria a pena conhecer por dentro. Tem uma abertura na cúpula por onde o sol entra e serve também como relógio de sol. Essa aí é a janelinha das 4 da tarde. Ali perto, entrei na Basílica de Santo Eustachio, novamente com o teto em destaque. Cheguei à Piazza Navona, fim do meu itinerário do dia, com suas 3 fontes e a embaixada do Brasil. O povo sentava ao redor das fontes, fui num barzinho tomar algo e bebida pra levar era 1 euro mais barato, então peguei um copo de cerveja e fui tomar sentado com o povão ao redor da fonte. Ainda passei pelo Campo de Fiori onde estava terminando a feira. Não achei nada demais no lugar. Voltando para o hostel por outros caminhos, passei de fora do monumento a Vittorio Emanuele mas ia subir lá no dia seguinte. Passei ainda pela Basílica de Santa Maria Maggiore e voltei pro hostel. Fechei o dia no bar do hostel com esse povo aleatório, cada um de um canto. 2 3 1 Citar
Membros D FABIANO Postado Junho 2 Membros Postado Junho 2 @Rezzende Você é dos meus, gosta de conhecer, não chegar em um lugar,ver uma coisa e ir a outro.Mas Itália?Tinha que ir a França antes,como eu,que deixo Itália por último por ter muitos inimigos filhos ou os próprios vindos de lá.Conheço Egito e estou pensando em África do Sul ou Índia,mas Itália não. Quero ver suas histórias para ver se animo com a terra do fascismo e da religião,as duas coisas que mais odeio. Aguardando... Citar
Colaboradores Este é um post popular. Rezzende Postado Junho 3 Autor Colaboradores Este é um post popular. Postado Junho 3 (editado) Terça, 07 de maio de 2024 Dia de conhecer uma das maravilhas do mundo (minha 4ª). O ingresso do Coliseu (€18) já fui com ele comprado, comprei mais ou menos com 1 mês de antecedência devidamente marcado para o dia 7 de maio às 10h. No caminho, passei na igreja de San Pietro in Vincoli onde estão expostas as correntes que amarraram São Pedro. Chegando ao Coliseu, fui procurar onde era a entrada. Ainda faltava meia hora pro meu horário mas com aquele monte de gente trançando pra lá e pra cá era melhor me situar primeiro. Após localizada a entrada, fiquei ali por fora tendo minhas primeiras impressões daquela construção histórica. Logo ali na frente está o Arco de Constantino, que foi construído no ano de 315. Na minha hora, entrei. Num lugar daqueles o que passa na cabeça é ficar imaginando as pessoas assistindo lutas reais e mortes sangrentas naquela arena. Imaginar que aquilo tudo realmente aconteceu algum dia é, digamos, perturbador. Eu, pessoalmente, não importei muito com a carga passada que o ambiente trazia e estava bem satisfeito visitando o lugar. Fiquei a maior parte do tempo no “andar” de cima, que tem uma vista mais panorâmica de todo o complexo e onde dava pra levar o pensamento longe. Fiquei quase 1 hora lá e segui para o Foro Romano, onde se utilizava o mesmo ingresso mas como lá não é com hora marcada, peguei uma fila de meia hora pra entrar. O Foro Romano me impressionou mais. Aquelas ruínas e tudo que elas testemunharam me deixaram fascinado. O Palatino é junto no mesmo terreno. Fiquei mais de 2 horas olhando tudo (sem contar meia hora escondido de uma chuva leve que deu as caras). Isso sem audioguia nem nada. Uma visita mais completa pode levar tranquilamente mais de 4 horas. São muitos detalhes, muitas coisas pra ver e as vistas do terraço então, incríveis! Saí de lá já eram 14:30. Como tava perto, fui até a Boca della veritá que fica na Basilica de Santa Maria in Cosmedin. É só uma pedra com um rosto esculpido e as pessoas formam uma fila enorme pra tirar foto colocando a mão na boca da escultura. Olhei de fora, vi o tamanho da fila e como dispensava a foto, segui. Atravessei a ponte sobre o rio Tibre e dei uma volta pelo começo do bairro de Trastevere. É um bairro famoso pela vida noturna mas também pelos restaurantes e trattorias. Até pensei em comer alguma coisa mas já era 15h e todos os restaurantes já estavam com a cozinha fechada (hora da sesta) e fiquei só perambulando por ali mesmo. Passei por uma ilha (Isola Tiberina) onde tem um hospital, uma farmácia, uma igreja e um restaurante. Voltando, passei no monumento a Vittorio Emanuele, que é grátis e enoooorme. É gigante, imponente, muito bonito. As esculturas com as carruagens nas 2 torres são lindas. Finalizado o roteiro do dia, parei pra comer uma pasta a carbonara num lugar aleatório e voltei pro hostel. Depois de descansar um pouco e comer mais um prato de pasta, esse grátis, que é oferecido no bar do hostel de segunda a quinta às 20h, melhor andar um pouco pra ajudar na digestão… andando e andando passei de novo pela Fontana de trevi (lotada do mesmo jeito), fui a Piazza Navona (vazia), e perto da piazza Navona tinha um pessoal numa fila que descobri ser pra comprar um tiramisu de 5 euros. Entrei na fila porque se tem fila deve ser bom 😅O nome do lugar é Mr 100 Tiramisu e parece ser famoso. É gostoso também. Fui comendo andando pela rua, passei pelo Pantheon à noite que fica lindo iluminado e fui voltando pois já era quase 23h e o dia seguinte seria cheio. Quarta, 08 de maio de 2024 Dizem que não dá pra ir a Roma e não ver o Papa De caso pensado, fui ao Vaticano numa quarta-feira, dia em que acontecem as audiências do papa na Praça de São Pedro. Uns 2 meses antes mandei um e-mail pra secretaria do Vaticano (ordinanze@pontificalisdomus.va) pedindo uma entrada pra audiência. É grátis. Uma semana antes da viagem me responderam com um número de reserva e dizendo que eu deveria levar esse e-mail no Portão de Bronze para retirar os ingressos físicos na véspera da audiência entre 15h e 19h ou no próprio dia a partir das 7h. Aventureiro como sou, deixei tudo pra hora mesmo. Saí do hostel já tarde, era mais de 7h. Fui de metrô, foi a única vez que peguei transporte coletivo nesses dias de Roma pois o Vaticano é mais longe e a audiência era às 9h. Peguei em Termini, onde tem uma bilheteria pra comprar o bilhete que custa € 1,50. Desci na estação mais próxima que é o Metrô Ottaviano. Parei numa lanchonete próxima pra tomar um café e segui o fluxo. E que fluxo! Já era quase 8 horas e a fila pra entrar na Praça de São Pedro era enorme. Seria um dia de muitas filas, e disso eu já sabia! Na verdade, nem era fila, era esse pelotão de gente tudo embolado. Parei por ali e quando percebi tava no meio de uma romaria de uma diocese de Camarões, um grupo enorme de portugueses e 2 brasileiras, todo mundo com ingresso verdinho na mão. Também ali por perto tinha um casal de espanhóis e um casal brasileiro que nem pedido de ingresso tinham. O guia do grupo de Portugal tacava o terror dizendo que ninguém sem ingresso ia entrar, que tinha que ter ido lá na véspera pegar Continuei ali no meio pra ver no que dava. Uma hora de fila depois, chegamos enfim no detector de metais. Todo mundo passou e já vi um monte de gente correndo lá pro meio. Já era o Papa passando de papamóvel! Consegui uma beirada na grade e logo já tava ele voltando pra uma segunda volta. E o Papa passou a menos de 5 metros desse indivíduo que vos escreve! Tá meio complicado de subir o vídeo aqui, então quem se interessar olha lá nos meus stories do Instagram @eniorezzende, o rolê da Itália tá todo lá nos destaques. Só pensava uma coisa no momento, eu, que nem sou lá o mais devoto da família, tinha acabado de ver o Papa passar na minha frente. Só imaginava o quanto tanta gente do meu meio de convívio, família religiosa, cidade mineira interiorana onde as coisas de igreja são tão fortes, o quanto muitas pessoas do meu círculo não dariam pra estar ali, e provavelmente nunca estarão, e eu estava! Pude refletir o quanto sou privilegiado! O papa seguiu pra tenda onde ia fazer a audiência e fui me informar com o segurança se precisava pegar o ingresso verdinho de papel, pois tinham muitas cadeiras vazias. Ele me disse que não precisava porque o dia tava “tranquilo”, que só entra com ingresso nos dias que o bicho pega mesmo. Pois bem, quero nem imaginar quantas horas de fila seriam num dia desses... Me sentei numa das cadeiras e assisti a audiência que consiste numa mensagem do papa e depois algumas pessoas fazem algumas leituras em diferentes línguas. Dura cerca de 1 hora. Terminada a audiência o papa fica lá cumprimentando algumas pessoas já selecionadas, fazendo uma social e no fim sai por trás, já não dá mais nenhuma volta de papamóvel no meio do povão, então a turma já vai dispersando. Logo já se formava uma enorme fila pra entrar na Basílica de São Pedro. Fiquei lá na fila, que não andava. Só bem mais tarde, depois que entrei na igreja que eu entendi os motivos. Depois de uma hora parado, sem se mover, tudo começou a andar muito rápido, a fila se desfez e todo mundo entrou em batalhão pra dentro da igreja. Entendi então que, por causa da audiência, a igreja tava fechada e só abriu quase meio-dia, quando todas as atividades da audiência já tinham encerrado. E como nós que já estávamos na praça já tínhamos passado pelo detector de metais na hora que chegamos, não precisava passar de novo, então a porta da igreja abriu e todo mundo entrou. Parece que funciona assim, quando o papa tá na praça como nas quartas-feiras e imagino que para o Angelus de domingo também, a praça é fechada e as pessoas passam pelos detectores pra entrar na praça. Nos outros momentos, como na quarta a tarde por exemplo, os detectores da entrada da praça são desativados e aí são ativados os detectores pra entrar na igreja, que foi o que eu vi mais tarde. Assisti a missa de meio-dia, numa capela mais reservada dos turistas atrás da cúpula central e depois fui observar a igreja por dentro. É realmente muito grande mas pra mim, olhando assim no visual, não me pareceu maior que a Basílica de Aparecida, embora todos os números digam que a Basílica de São Pedro é a maior do mundo e a que cabe mais gente. Saí da Basílica quase 2 da tarde e como meu ingresso pro museu do Vaticano era pras 16h, fui caçar comida. Umas 3 quadras de lá, sentido ao metrô, numa ruazinha à direita, tem uma Pastasciutta, que é marmita de pasta. Custa 7 euros e você vai ver muita gente com a marmitinha pelas ruas, inclusive sentados nas beiradas da Praça São Pedro, como eu. Fiquei ali perambulando até dar meu horário no museu do Vaticano. Com a praça mais vazia, deu até pra ver esses pitorescos símbolos da Rosa dos Ventos. O ingresso do Museu do Vaticano também já vim com ele comprado, foi inclusive mais difícil pois sempre que entrava no site dava esgotado, consegui comprar apenas uns 15 dias antes da viagem e custa €25. Esse sim valeu a pena ter comprado pois a fila da bilheteria era enorme e ainda diziam que não tinha mais pro mesmo dia. Dentro do museu, curti muito a sala com artigos egípcios e o corredor cartográfico. A famosa Capela Sistina achei desconfortável porque fica aquele monte de gente parado olhando pra cima, os seguranças gritando “No photos” “Silence” “Shhh” (como se fosse fácil entender que você tá dentro de um museu, de repente tá dentro de uma capela, depois volta pro museu de novo) Fiquei 2 horas lá dentro, tem muita coisa que ver e gostei muito. Pra mim fica em segundo lugar no meu top museus (perde só pro museu de Antropologia da Cidade do México, pra mim o mais foda que tem) Finalizei meu rolê no Vaticano às 18h (sim, foi de 8h às 18h) e como já não tinha mais nenhum compromisso de horário, fui voltando a pé. Passei por fora do Castello Sant’angelo, peguei um pedaço de pizza num take away, passei pela Piazza Navona e fui seguindo mais ou menos as mesmas ruas que já tinha passado nos dias anteriores. Com 1 hora de caminhada, voltei do Vaticano ao hostel. Editado Junho 4 por Rezzende 2 3 1 Citar
Colaboradores pmichelazzo Postado Junho 4 Colaboradores Postado Junho 4 É meu amigo, como já cantavam os gaúchos dos Engenheiros, o Papa é Pop 1 Citar
Colaboradores Juliana Champi Postado Junho 4 Colaboradores Postado Junho 4 13 horas atrás, Rezzende disse: Com 1 hora de caminhada, voltei do Vaticano ao hostel. Nós tb voltamos a pé quando fomos ao Vaticano, kk!!! E que bom que tá escrevendo, apesar de já ter acompanhado a trip no insta, quero detalhes das dolomitas, kk!! 1 Citar
Membros D FABIANO Postado Junho 4 Membros Postado Junho 4 @Rezzende Minha tia é abadessa e trabalhou no Vaticano muitos anos. Ela sempre comenta que há regras de vestimenta para entrar.Ainda existe, pois você não falou nada? Outra dúvida é comida. Lá só tem massa ou,como já falaram aqui, há de tudo?Comida para mim é um grande problema, point embora coma pouco como um passarinho atualmente,tenho várias restrições alimentares. Vou postar aqui o relato da Noruega para vocês verem çomo há lugares que não me agradam no quesito alimentação. 1 Citar
Colaboradores Rezzende Postado Junho 4 Autor Colaboradores Postado Junho 4 22 horas atrás, pmichelazzo disse: É meu amigo, como já cantavam os gaúchos dos Engenheiros, o Papa é Pop Justamente essa música que eu coloquei no story do papa passando. Sim, o Papa é Pop 10 horas atrás, Juliana Champi disse: quero detalhes das dolomitas Ahhhh as dolomitas, saudades já. Oooooooo lugar incrível! Pra gente que curte natureza, Cinque Terre e Dolomitas foram pontos altos pra mim 4 horas atrás, D FABIANO disse: regras de vestimenta para entrar De forma geral, não só no Vaticano mas catedrais importantes como em Firenze e Milão, a regra é cobrir os ombros e usar calças ou bermudas/vestidos normais na altura do joelho ou pouca coisa acima. Só em Firenze que eu vi uma mulher sendo barrada pq tava de shortinho bem curto, a coxa inteira à mostra, aí não deixaram ela entrar. 4 horas atrás, D FABIANO disse: Lá só tem massa ou,como já falaram aqui, há de tudo? Massa é o carro chefe! Tanto que passei o mês de abril sem comer pizza e massa pq sabia que ia ser praticamente só isso na Itália. Geralmente o primo piatto (que é o prato mais barato) é massa. O secondo piatto aí já é uma carne qualquer. Em geral os primeiros pratos vão de 7 a 13 euros e os segundos podem chegar até uns 20 euros, claro, dependendo do lugar. Arroz eu só vi em pratos congelados de supermercado, no hostel de Milão tb tinha arroz disponível pra quem quisesse cozinhar. Feijão encontrei no café da manhã do hostel de Veneza mas aqueles feijões com molho de tomate do jeito que os ingleses gostam de comer no café da manhã. 1 1 Citar
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