Membros de Honra Este é um post popular. DIVANEI Postado Maio 13 Membros de Honra Este é um post popular. Postado Maio 13 DE SÃO PAULO À QUITO O avião , que partiu de Guarulhos rumo ao Panamá, estava abarrotado de gente. Todos ali pareciam ter como destino algum lugar que os deixassem mais próximo da Disney, só nós mesmos é que não tínhamos cara de que aguentaríamos 3 horas numa fila, para ver um homem vestido de rato. Voar de avião é chique, mas tem as suas aporrinhações burocráticas, as vezes ou quase sempre , perde-se mais tempo com essas chatices do que com a própria viagem. Descemos no Panamá apenas para pegar uma conexão com destino à QUITO , a capital do Equador e para nossa NADA surpresa, apenas nós iríamos para a SEGUNDA capital mais alta do planeta , os outros 200 passageiros, se não foram pra fila do rato, se perderam para algum lugar do Caribe. Dentre as burocracias mais chatas, nada supera a da IMIGRAÇÃO, é ali que o cara decidem se você entra ou se volta pra casa , existem regras, mas ali ele (o agente de imigração) é um Deus, se não foi com sua cara, ele te chuta de volta e não há o que fazer. Eu sempre fico nervoso e não importa que tenha feito isso outras quase 20 vezes pelos 7 paises que ja visite no continente, sempre é tenso. Mas eu havia feito o trabalho de casa: juntei passaporte , seguro viagem, comprovante de hospedagem, comprovante de endereço, holerite , comprovante de férias , antecedentes criminais, certificado internacional de vacina de febre amarela , COVID, dinheiro em espécie , cartão de crédito e certificado internacional de macho e estava disposto e enfiar na fuça do AGENTE DE IMIGRAÇÃO , se ele viesse com gracinha. Descemos em QUITO, aeroporto acanhado se comparado ao gigante Paulista. Descemos uma escada e já demos de cara com a IMIGRAÇÃO, sem tempo nem pra sentir medo, já fomos logo conduzidos por um policial que nos jogou na cova dos leões. - Brasileiro né? - Primeiro vez no Equador? - Vão ficar quantos dias? - Trabalha com que? - Casados né? As perguntas me soaram mais como curiosidade, do que como entrevista e assim foi nossa entrada no país, com um belo visto no passaporte, mas poderia ter sido apenas o RG e um sonoro: SEJAM BENVENIDOS , dito por uma simpática senhora da imigração. 😁😁😁😆 QUITO, CAPITAL. QUITO , capital do Equador, localizada na Cordilheira dos Andes numa altitude de 2.850 m , sendo a segunda capital mais alta do mundo. Uma das primeiras cidades a ganhar o título de Patrimônio da Humanidade, concentra um patrimônio histórico inigualável. E é uma cidade vibrante , é como se tivessem batido o Peru e a Bolívia num liquidificador e jogado aqui . Igrejas monumentais , praças sensacionais para todos os lados, pessoas com traços indígenas desfilam de um lado para o outro, desafiando a nossa capacidade de compreender o que os nossos olhos enxergam . A gente está usando o transporte público, nos misturando aos nativos, que além de nos ajudar nessa compreensão, ainda é o jeito mais barato de ir aos lugares. O metrô só tem uma linha, mas é moderno e limpo . O transporte aqui é muito barato, em média custa menos de 50 centavos de dólar. Isso mesmo, a moeda no Equador é o dólar, mas os preços aqui seguem uma média de Peru e Bolívia, sendo o custo de vida muiiiito mais barato que no Brasil, que aliás, é um dos países mais caros pra viajar no nosso continente. DE QUITO À LATACUNGA. Cholas, cholitas e choludas . Ao desembarcamos em LATACUNGA, uma cidade que já foi destruida duas vezes por um vulcão e sem aviso prévio nos é jogado à cara uma salada cultural que nos faz rodopiar os sentidos. A cultura indígena nessa parte do Equador é fortíssima . Mas não deu tempo nem de pegar o queixo no chão, já fomos obrigados a embarcar rumo ao alto dos Andes, num ônibus velho , apinhado de gente . Vendedores entrando a toda hora , vendendo suas mães em troca de um dólar. O ônibus com umas 100 pessoas e o motorista achando que cabia mais outros 100, e suas galinhas e seus sacos de milho e seus sacos de batata e suas ferramentas e suas despesas. Índio entra , Índio sai , ônibus para, ônibus vai . O caminho é tortuoso , as estradas fazem curvas à beira de precipícios e no auto falante, uma música andina me desconcerta os pensamentos e nos faz lembrar que estamos viajando literalmente no meio do mundo, onde respirar não é prioridade estando a quase 4 mil metros de altitude. QUILOTOA , a dura vida nas bordas de um VULCÃO. A vida a 4 mil metros é dura , sofrida e o vento que assola quem ali resolve viver, é impiedoso . E se já é difícil para os nativos , imagina pra gente que mora nas baixas altitudes. A mulher sucumbiu , acordou na gélida madrugada ,sem conseguir respirar e pra ela , a noite demorou três dias pra nascer . Hospedados numa estalagem nativa , onde a tradição é algo inegociável , somos atendidos pelas cholitas e sua família e tudo isso nos é desconcertante , por estarmos diante de algo tão diferente à nossa cultura, que olhamos para aquilo com deslumbramento e se já tenho que gastar meu espanhol porco, ainda me toca ficar boiando com o incompreensível quíchua . Mas o dia nasceu e com ele incontáveis sensações num mundo de paisagens tão sensacionais quanto o próprio povo dessas paragens que beiram o fim do mundo, mas que na verdade vivem na beira ou nas bordas da cratera de um vulcão , que hoje deixa de significar morte e destruição e foi alçado a sobrevivência de um povo. As cores do lago, que inundam a cratera, mudam com a dança da luz do sol , vão de azul para um verde vibrante . Mas nada vibra mais que a nossa alma aventureira a observar tudo lá de cima ou la de baixo, com as mãos tocando a água que se estendem por incríveis 250 metros de profundidade . Ali não parecemos ser nada diante da grandeza da cratera e eu só faço imaginar o dia que aquilo tudo explodiu e damos graças por saber que, por hora, está extinto e o unico perrengue que vamos passar, é ter que retornar para o topo do vulcão, tentando achar ar e energia para que nós mesmos não sejamos extintos como o GIGANTE QUILOTOA. COTOPAXI Da mais longa estrada do mundo, o " Pescoço da Lua " simplesmente resolve não dar as caras. Estamos apreensivos . Não é possível que tenhamos viajados de tão longe e não teremos a sorte de sermos agraciados com a beleza do maior vulcão em atividade no mundo. O COTOPAXI (5.897 m) tem causado destruição ao longo dos séculos, chegando a varrer cidades que se metem em seu caminho e mesmo que a um bom tempo tenha se mantido mais calmo, vez ou outra ele acorda e põe de joelhos parte da população ao redor. Nosso 4x4 vai subindo , quilômetro à quilômetro e mesmo que o motorista nos confirme que ele irá dar as caras , eu olho aquela informação com desdenho , mas quando tomamos outro rumo, quase que nos dirigindo para o lado contrário de onde estamos, rajadas de vento descobrem a lenda equatoriana e aí nos damos conta da grandeza que temos à nossa frente. Na luguna Limpiopungo , somos oficialmente apresentados a ele . É um encontro alegre e amistoso , mas não passa de uma armadilha, uma arapuca para pegar os desavisados, que logo em seguida irão subir suas encostas , porque os desaclimatados e os fora de forma , serão trucidados por ele . BAÑHOS Quando respirar já não era mais possível, ao menos com tranquilidade, resolvemos dar um alívio para o corpo e picamos a mula para as portas da Amazônia Equatoriana, que se encontra a 1800 metros. BAÑHOS é a capital da aventura no país, aqui pode-se fazer de tudo a custos irrisórios, qualquer desgraça que te faça ter uma descarga de adrenalina pode ser feito por uma ninharia. Optamos por despencar montanha abaixo encima de uma bicicleta, beirando precipícios donde despencam as maiores cachoeiras do Equador . Alugamos um bike muito boa por 5 dólares cada uma por dia e partimos da praça central. Pelo caminho tortuoso as placas indicam para onde devemos fugir se o vulcão Tungurahua for pelos ares. Um túnel escavado na rocha é cruzado e outros são desviados para beira do desfiladeiro . Enquanto me divirto, a mulher hirta de medo, se assombra com o desnível. E assim vamos seguindo , vamos cruzando pequenos vilarejos, minúsculos povoados jogados à beira do caminho e vez ou outra, somos interceptados por uma cholita que tenta nos vender algo. Mundos perdidos, descolados da nossa realidade, que não me canso de admitirar, de tentar compreender, de assimilar . Vamos passando por meia dúzia de grandes cachoeiras, parques, pontes pênsil e uma infinidade de atrativos dedicados aos esportes de aventura, até desembocarmos definitivamente na mais famosa cachoeira do Equador . A PAILÓN DEL DIABLO( caldeirão do Diabo) é quase um símbolo da região de Bañhos e atração mais visitada do lugar e mesmo sendo a rainha das águas do país, custa míseros 3 dólares, um valor ínfimo se comparado a qualquer cachoeira mais sofisticada no sudeste do Brasil. O dia chega ao fim e para voltar à cidade, jogamos as bike num caminhão e subimos de carona, porque é humanamente impossível subir pedalando, não há mais energia e nem tempo hábil , o dia já está ganho e quando devolvemos as bicicletas, imediatamente fomos nos perder numas piscinas de águas termais noite à dentro, aproveitar a energia térmica dos vulcões , enquanto eles fingem que dormem.😁 RIOBAMBA E CHIMBORAZO O vento gelado vai batendo no rosto, enquanto eu e um casal de amigos colombianos , vamos despencando ( 5.300 m), correndo o mais rápido que conseguimos pelas encostas do VULCÃO CHIMBORAZO (6.310 m) , simplesmente a maior montanha da Terra se medida do seu centro. E é preciso medir os passos para não tropeçar numa rocha e se arrebentar, porque a lei da gravidade ainda vale na altitude. Quando chegamos de volta ao abrigo de montanha à mais de 4800 metros, estamos emocionados pelo momento, pela oportunidade que cada um está tendo, pela superação física do novo amigo colombiano de menos de 30 anos. Eu estou em êxtase total, fisicamente aos 54 anos me sinto muitíssimo bem e emocionados, nos abraçamos os três antes de entrarmos no carro que nos devolveria para a entrada do Parque Nacional . E o Equador vai sendo varrido , a cada dia estamos num lugar, numa cidade , num povoado, num vilarejo diferente, vendo vulcões, montanhas, cachoeiras, cidades históricas , comendo uma comida diferente, conhecendo novas culturas, novas pessoas, aprendendo a língua e negociando os perrengues conforme eles vão surgindo , porque viajar é uma ciência , que vai sendo dominada aos pouco .😁 CUENCA . Eu poderia simplesmente ficar sentado aqui , parado, sem sair do lugar , por uma eternidade. De cima de uma cobertura de um hotel barato, bem no meio do mundo, lá embaixo a praça desafia a minha capacidade de compreender onde realmente estou. Quando ouço o apito do trem que se aproxima, meu coração dispara, estou completamente apaixonado por ele. CUENCA nos desconsertou, simplesmente nos fez perdermos a noção do que era real ou do que era sonho. Uma explosão de culturas e costumes que nos fez rodopiar a mente . Ficamos perdidos na história, nos prédios e igrejas centenárias, envolvidos num mundo que não nos pertence, mas nos encanta . Um homem carrega 4 cabritas enquanto oferece leite pra quem quer comprar. Um porco assado inteiro nos é oferecido numa praça de alimentação, enquanto num canto obscuro , dezenas de cholas Equatorianas fazem benzimento em seção de descarrego . Numa pracinha , outras índias vendem as flores mais bonitas que eu já vi na vida, enquanto um homem vestido de cuy( porquinho da Índia) tenta nos vender uma foto com ele. Frutas, frangos pendurados, vendedores de todo tipo de comidas estranhas, tentam nos cooptar para sua barraquinha. Churros de queijo, amoras azedas, chapéus Panamá, que são do Equador. Bateram a América do Sul e jogaram em Cuenca . Cheiros, cores , ervas. E o trem? Haaaa o trem , esse ilustre veículo que vai cortando o centro histórico, dividindo espaço com gente, com carros, com vendedores de ilusões por um dólar. O trem carrega gente, carrega a gente , carrega a fama e o símbolo de uma das cidades mais vibrantes da América do Sul , patrimônio da humanidade , ela agora também nos pertence ou nós pertencemos a ela , porque mesmo voltando para a nossa vida pacata no interior de São Paulo, vamos sempre nos lembrarmos dos dias que aqui passamos e quando nos perguntarem qual a cidade mais bonita do nosso continente, ei-me de responder : CUENCA, a cidade do trenzinho.❤ DE CUENCA À MONTAÑITA. Uma EXPLOSÃO é ouvida. PÂNICO, GRITARIA !! O ônibus dança de um lado pro outro à beira dos abismos da Cordilheira dos Andes . Imediatamente já nos preparamos emocionalmente para a tragédia. Minha esposa já dá o raio X da desgraça: " Uma pedra rolou do barranco e atingiu nosso ônibus ". Olho para a muralha e só vejo árvores e nada que pudesse chancelar a história fantasiosa da minha mulher. O ônibus finalmente consegue se deter e logo imagino a possibilidade de ter sido apenas um pneu que estourou, BINGO ! Por sorte , o acontecido foi justamente a 50 metros de uma borracharia e por incrível que pareça, o tempo entre entrar de ré nela e substituir o pneu , foi de exatos 20 minutos, se fosse no Brasil teríamos esperado por umas 3 horas até que outro ônibus viesse nos socorrer. Aqui no Equador, vamos deixando a altitude para trás e descendo lentamente para o litoral do país, mas o processo é lento, moroso, porque não é fácil enfrentar horas a fio em estradas com curvas tenebrosas. Chegamos a GUAIAQUIL, já não vemos mais os nativos que são tão característicos na Cordilheira , só nos deparamos com o cáus , um calor insuportável, gente para todo lado, entulhados numa rodoviária tão grande que me remeteu a São Paulo, mas com uma desorganização que a maior cidade da América do Sul não tem. Claro, Guaiaquil não será o nosso destino , apenas a usamos como trampolim para ir a MONTAÑITA , mais umas 3 horas seguindo para o norte do litoral do país. O SOL se pôs no mar. Só por isso me dei conta de que, eu mais uma vez, acabara de atravessar o continente de um lado para o outro, o OCEANO PACÍFICO agora é a minha casa. MONTAÑITA. A nossa chegada à MONTAÑITA é a noite. Dois mochileiros oriundo do Brasil, se põe a caminhar pelas ruas iluminadas desse vilarejo peculiar, que muitos costumam chamar, com um certo exagero, de IBIZA sulamericana. Aqui tudo tem cara de festa , de sofisticação, uma mistura de Las Vegas com zona , tudo é colorido, iluminado, barulhento , alegre . Comida e bebida farta , de todo canto e daqui mesmo, um encanto, um espanto. A praia não é feia, mas claro, não tem o encanto das praias do Brasil, que aliás, poucas tem nesse planeta. Mas estar aqui no PACÍFICO, significa muito mais que querer só conhecer uma bela praia, para nós é mais um ritual pessoal, saber que atravessamos todo um continente para navegarmos em outros mares , em outros oceanos, vencemos a distância e a dureza da viagem , a aspereza da vida para chegarmos tão longe , para vermos o sol se pôr no mar. Essas viagens pela América do Sul, nos engrandece enquanto gente, andar por um país estranho e tão desconhecido, nos faz termos que aprender na marra, tomar decisões rápidas porque aqui estamos sós e se algo acontecer, só podemos contar com nós mesmos. Mas surpreendentementemente , essa parte do Equador é muito quente e o Pacífico tem as águas tão CALIENTES como as do nordeste do Brasil . Conhecida por ser um dos melhores lugares para se surfar no continente, aqui tbém não encontramos um só brasileiro além de nós, mas os nativos ligados ao Surf , lembram do Brasil por estarmos no topo do surf mundial . PUERTO LOPES E LOS FRAILES Deixamos Montañita e nos dirigimos à Puerto Lopes, uma praia comum destinada a abrigar uma imensa frota pesqueira, como o nome já entrega, é um pequeno porto espremido entre dois costões rochosos. A parte periférica da minúscula cidade não lembra nem de longe que estamos no litoral, mas a parte litorânea é bem agradável , envolto por dezenas de barracas e outros pontos mais sofisticados. Mas Puerto Lopes é apenas base para que pudéssemos ir ao Parque Nacional MACHALILA, que abriga , segundo muitos, as mais belas praias do Equador na sua porção continental. É tuk-tuk que vai, é tuk-tuk que vem. Esses veículos transformes, meia motocicleta e meio carroça, transitam para todos os lados em algumas cidades do litoral do Equador, como é muito comum na Bolívia e no Peru. De tuk-tuk fomos até o terminal rodoviária e já embarcamos imediatamente num ônibus de viagem que ia para o norte e nos cobrou 1 dolar para nos deixar em pouco mais de 20 minutos na entrada do Parque Nacional, com entrada gratuita , como são todos os parques do país. Do parque até a famosa PRAIA DE LOS FRAILES são uns 2,5 km e como estávamos a pé e não queríamos encarar o sol inclemente, pegamos outro tuk-tuk até a praia. No Equador, a natureza tem direitos constitucionais e aqui isso é levado a sério. No parque não se pode entrar com comida, nada, somente líquido e sem álcool , todas as mochilas são revistadas. O calor está sufocante e quando chegamos ao final da PRAIA LOS FRAILES , abandonamos a areia e nos jogamos ao mar, um refresco e tanto. Águas quentes, mar azulado, mas praticamente não existe uma só árvore para se abrigar. Retomamos a trilha , que sobe um pouco até a saída para o mirante à esquerda , a qual ignoramos e passamos reto e continuamos por mais uns 10 minutos até tropeçarmos na PRAIA TORTUGUITA , silenciosa, selvagem e onde é proibido nadar por causa das correntezas perigosas. É um cenário deslumbrante e desconsertante, então lentamente caminhamos até seu final onde uma nova trilha nos leva em mais 15 ou 20 minutos até a PRAIA PRETA, onde mais uma vez, nos pinchamos para dentro do mar. A volta foi rápida e quando novamente chegamos ao mirante, a Rose seguiu de volta para Los Frailles e eu meti o pé pra cima , para ter uma visão incrível de cima do MIRADOR LAS FRAGATAS , um último adeus ao OCEANO PACÍFICO, pra guardar na memória, pelo resto da vida. OTAVALO. Como num passe de mágica, como se entrássemos numa passagem secreta, quase 12 horas de viagem nos devolvem à Quito, a capital do meio do mundo e mais duas horas, estamos saltando em OTAVALO , uma joia encravada aos pés do vulcão Imbabura, onde os povos originários fizeram de sua capital. A cidade é um charme , com ruas planas e calçamento padrão, exige uma limpeza irretocável, com suas praças e espaços públicos bem cuidados. Há muito o que se fazer ao redor dessa simpática cidade, mas nós já estamos com o tempo contado e ficamos perambulando simplesmente pela MAIOR FEIRA DE ARTESANATO INDÍGENA do continente. A feira disposta num quarteirão inteiro( Plaza de los Ponchos), além de ter tudo que se imagina, trás como sua grande atração, os nativos caracterizados. É uma gente linda , com suas vestes características, as mulheres com roupas brancas que remete a limpeza e homens se caracterizam pelo chapéu e seu rabo de cavalo. São diferentes das cholitas , as mulheres coloridas que vagueiam por toda a Cordilheira, principalmente em Quito e Cuenca . Não pude deixar de fazer comparação dos povos de Otavalo com os índios Americanos. E não é só isso, a cidade e obviamente a feira, tem uma explosão de cores que nos encanta , nos seduz , é tanta beleza, é tanta cultura, que simplesmente ficamos hipnotizados, eufóricos e lamentamos ter que deixar tudo aqui para trás, a vontade é de ficar, ficar parado, parar o tempo. MONUNENTO MEIO DO MUNDO Quando crianças , reunidos à mesa com nosso pai , ouvíamos ele contar das maravilhas que eram a nossa Terra Natal , a nossa aldeia no interior Paulistas às margens do Rio Grande . Escutávamos atentos suas narrativas e nos deslumbrávamos com a possibilidade de um dia sobrar dinheiro para que pudéssemos rever nossas ancestralidades. Dinheiro esse que só dava para não morrer de fome e não poderia ser desperdiçado com uma viagem de meros 550 km , num tempo de dificuldades terríveis, onde a única coisa possível era sonhar. E agora , eis me aqui , na METADE DO MUNDO , com um pé no norte e outro no sul do planeta , perdido na latitude ZERO. Se as dificuldades extremas da vida foram deixadas para trás, é preciso que nunca nos esqueçamos de quem somos e de onde viemos, mesmo que a grandezas dos nossos feitos , só sejam grandes para nós mesmos. ÁREA RESTRITA, QUIPROQUÓ NO AEROPORTO. No Aeroporto de QUITO, somos direcionados para uma esteira de RAIO X isolada . Os agentes da Polícia Federal ou sei lá que diabos de polícia eles eram, já nos encurralaram num beco e dão ordens para que tiremos os sapatos e a jaqueta e que coloquemos nas caixas que vão na esteira do raio X. Mas ainda tínhamos grudado ao corpo, celulares, passaporte, passagens, relógios e outros badulaques que foram entulhando na esteira juntamente com 2 mochilinhas e 2 mochilas grandes, obviamente nossa bagagem. A Rose passa no dector de metais , onde vc tem que pisar numa área específica e ficar mudando de posição. O agente fala algo para outra agente, num espanhol porco, a ROSE está detida provisoriamente. Vou para o matadouro, opsss ,detector de metais, aquela porta parecida com portas de banco. Me detenho por alguns instantes, seguindo o comando que me é dado pelo agente carrancudo. Saio do detector pensando estar livre, mas sou imediatamente interceptado por outro agente que diz que vai me revistar. Sou amassado, apalpado por todo o corpo, minha bunda é vilipendiada várias vezes, nem a ROTA é tão ousada. Pedem meu passaporte e minha passagem aérea, mas ao apresentar o documento, só ouço a voz da mulher da esteira : Haaa eles são Brasileiros e o passaporte não é nem aberto e vai parar novamente na esteira, onde estão nossas coisas. Um dos agentes chama outra policial e a Rose é sequestrada para uma SALINHA do aeroporto , enquanto eu, sem poder ajudá-la, recebo ordens expressas pra me arrancar de lá e carregar toda as nossas bagagens. Descalço, perdido com a confusão que foi criada, saio na minha humilde mulâmbencia, arrastando tudo pelo saguão do aeroporto até um canto isolado, fora da passagem dos transeuntes . A situação que por hora parece cômica, acaba sendo tensa, principalmente quando a Rose sai da salinha acompanhada pela agente, as duas com cara de poucos amigos, mas a Rose extremamente putaça com a situação. A agente se aproxima, pede o passaporte dela, que está comigo, aponta o celular, faz a leitura dos dados e nos libera definitivamente. Na salinha, me contou a minha mulher, a agente meteu uma pressão psicológica, falando rápido, num espanhol incompreensível, ainda mais pra ela que não fala o idioma. Perguntas eram feitas, que obviamente ela não respondeu, sua pequena mochila, que havia sido levada pela agente é destrinchada e em seguida dada a ordem para que a acompanhe até mim, que estou com o passaporte. A Rose está psicológicamente abalada , mas pra piorar, quando vamos apresentar os documentos e a passagem para ingressar no avião que vai nos levar ao Panamá, um giroflex se acende na nossa cara e somos convidados pela agente de embarque a esperarmos num canto isolado. A Rose simplesmente tem o brilho dos olhos apagados, ficamos vendidos, esperando ( na nossa cabeça) que apareçam uns 2 polícias da Federal e nos leve definitivamente, mas a única coisa que aconteceu foi imprimirem novas passagens com assentos diferentes e liberados pra embarcar de volta pra casa.🤣🤣🤣🤣🤣 RAIO X da comida no Equador ( só para mochileiro lascado). Esse post é destinado apenas para os mochileiros/viajantes raiz , trabalhadores comuns , que mesmo com um salário de merda, se recusa a passar pela vida sem ariscar uma viagem fora das nossas fronteiras, nem que seja na nossa sensacional América do Sul. Se voce não pertence a essa classe, apenas passe batido, essa postagem não é pra você. 😀😀😀😀 Sempre nos perguntam se a gente não vai passar fome, ou ter dificuldade em se alimentar nesses paises, o que tem pra comer, se é caro, se tem arroz , se tem café que presta , essas coisas, curiosidade de quem ainda não conseguiu conhecer nenhum desses países e pensa ir um dia. Pois bem, comecemos pela média de preços , mas são valores da comida de um trabalhador comum, onde o nativo come , o povão mesmo , que na minha opinião é o melhor jeito de se integrar ao país, não que seja proibido comer no MacDonald , nada disso, mas eu quando estou viajando para outro país, evito ao máximo. Uma refeição num restaurante popular no Equador nos custou em média 3 dólares , isso mesmo, a moeda no país é o dolar americano desde 2.000 e vamos aqui arredondar a cotação de abril de 2024 para 5 reais , então uma simples e nutritiva refeição no Equador custa 15 REAIS. " OCHE", mas no que consiste esse rango tão barato até para os padrões do Brasil? Vamos lá, quase sempre ou sempre voce come o "menu do dia" . De cara já lhe trazem um tijela enorne de SOPA, mas sem macarrão. Geralmente é peixe , frango , porco , acrescido de varios legumes, pode ter meia espiga de milho dentro, temperos diversos, as vezes queijo, batata, mandioca . Às vezes tudo dentro de um caldo ralo, mas outras vezes, um caldo grosso, com batatas batida. Tudo é cheiroso e extremamente saboroso e muito temperado e com essa sopa , já acompanha um enorme copo de suco, na maioria das vezes, um suco ralo e sem muito gosto, de MORA, uma fruta igual a nossa amora , mas umas 5 vezes maior e azeda ou qualquer outra fruta, mas na maioria das vezes, dificil de advinhar, até mesmo o nosso bom e velho maracujá. Pronto, vc encheu sua barriga de sopa , que pra mim já seria o suficiente, aí o garçom trás o SEGUNDO , como eles chama o outro prato. Arroz, 2 colher de salada, ervilhas ou lentilha e se der sorte , pode ser um tipo de feijão. Uma porção pequena de banana chips ou banana frita e por fim, uma porção até que generosa de proteína, que pode ser frango, peixe ou porco e passmem, até camarão empanado , que aliás tem em abundância no pais , tanto na Cordilheira ou no litoral. Claro que há variações, vc pode entrar e escolher o que comer, montar seu prato como quiser, não comer carne se é vegano, tudo é negociável, como em qualquer outro lugar, mas vai pagar mais caro, ainda que se comparado ao Brasil, seja extremamente barato. Quanto ao CAFÉ DA MANHÃ, os caras tem o hábito de comer muito , um pouco parecido com o nordeste e norte do Brasil, porque aqui em São Paulo , ficamos com o tradicional café com leite e pão com manteiga , com algumas variações. Antes de escolher ir para o Equador, havia lido que eles tem ótimos cafés , estão fiquei tranquilo , mas chegando lá, aquela decepção como foi na Bolívia e no Peru . A velha mania de usar café solúvel e olha só, boa parte o Nescafé , produzido e industrializado no Brasil. Você pede um café, eles te trazem uma xicara de água quente e o maldito café solúvel ou pior , já trazem pronto, uma aguá de batata horrorosa e intragável. Bom, por fim, a gente decidiu que o melhor mesmo era não tomar mais café, estão sempre pedíamos um copo de leite e acrescíamos o café solúvel e ate chocolate, o que realmente resolvia o problema. Então, basicamente os caras comem de tudo no café da manhã, mas o básico eles chamam de DESAYUNO CONTINENTAL( café da manhã) , que custa uns 12 REAIS e consiste em : Café , leite, pão com queijo fresco, ovos mexidos e um copo de suco, mas esse suco era bom, batido na hora e bem grosso e saboroso. A gente não tem o hábito de comer tudo isso pela manhã, estão negociávamos apenas o cafe com leite e o pão com queijo , porque é raro ou quase nunca , eles usarem manteiga ou margarida no pão, que aliás, é um pão bem meia boca se comparados ao nosso pão francês, mas como não estávamos no Brasil, comíamos tudo com agradecimento e satisfação. Mas o país tem uma gastronia diversa , há dezenas de pratos a base de banana, mesmo porque, o Equador é o maior exportador do planeta . O churros alem de doce, também tem com queijo fresco, comprado nas praças e ruas, vendidos por ambulantes, que vendem de tudo nas ruas, as vezes, parece Índia, mas longe daqueles vídeos bizarros que vemos na Internet sobre as comidas indianas. Frutos do mar também é abundante e é possível comer um ceviche até por 15 reais, acompanhado com arroz e outros completamente que ja citei acima . Também é possível experimentar uma infinidade de sucos de frutas diversas, tomar a famosa INKA KOLA, um refrigerante amarelo e doce, com as mesmas características do nosso Guaraná Jesus do Maranhão e a Cajuína do Piauí, guardada as devidas diferenças, claro. Outra coisa interessante: Em 20 dias, viajando por todas regiões do Equador, não vimos uma só pessoa bebendo nos restaurantes populares, muito porque, É PROÍBIDO beber álcool nas ruas do país e há horários específicos para o comércio vender cerveja, geralmente só apos as 16 horas e proíbido aos domingos . Não há bebedeira nas ruas do pais, não há desocupados reunidos no meio do dia pra beber, não há farra, gritaria e desrespeito, não que tenhamos vistos . Nos mercados municipais, é possível experimentar de tudo, desde frutas até as comidas típicas. O Cuy, que não passa do nosso porquinho da Índia e que é saboroso, mas que só comi no Peru. Porcos inteiros são assados e servidos na hora e os famintos são disputados a tapa pelas dezenas de barraquinhas do Marcado, sempre com preços populares , para o povão, para o trabalhador e para nós, mochileiros mãos de vacas que queremos experimentar de tudo . Nas ruas das cidades, é comum ver pessoas arrastando 3 ou 4 cabras e vendendo leite tirado direto da fonte .Nas esquinas, Cholas vendem de tudo que sirva pra comer . Eu não tô nem aí , com estômago de avestruz, como tudo que posso, bebo tudo que encontro, mas minha esposa , depois que voltou do Peru com um bactéria dificil de curar, evita os sucos com água de procedência duvidosa . Um dia estou com diarreia, dois dias depois, já estou bem e 3 dias depois a minha barriga já está reclamando novamente, mas faz parte, viajar é isso, se jogar no desconhecido da cultura local, da comida , que é a essência de um povo. TRANSPORTE NO EQUADOR. Viajar pelo Equador de transporte público, talvez seja a coisa mais sensata que fiz na vida em todos esses anos viajando pela América do Sul . Já devo ter contado, pelo menos pra quem me conhece a mais tempo ou tem uma vivência proxima a mim, sobre os perrengues passados pelo Peru e principalmente pela maravilhosa Bolívia , onde andei até em caminhão de carregar boi, quando nosso ônibus quebrou na Cordilheira dos Andes. Mas o Equador é simplesmente diferente de tudo que já vi em matéria de eficiência, lá o transporte público , além de funcionar, é extremamente BARATO. Pra ter uma ideia, o metrô, que é moderno , limpo e rápido, custa míseros 45 centavos de dólar, ou seja , 2 reais em média, mesmo preço de qualquer ônibus que integra o sistema publico de QUITO. Uma passagem para uma cidade distante uns 100 km, custa em média 20 reais , sendo que aqui no Brasil, ir de Campinas à São Paulo, que tem essa mesma distância, custa 51 reais . Chega a ser inacreditável como eles conseguem manter um intervalo de não mais de 15 minutos entre uma cidade e outra numa distância até uns 200 km uma da outra. E o melhor, todo trecho é proporcional, paga-se somente até onde vc vai. Como exemplo, digamos que um ônibus saia de São Paulo e esteja indo para Salvador , se tiver vaga , vc sobe e pode descer em Jundiaí, pagando pelo trecho. E assim funciona em todo país. E não tem frescura,vc sobe com mochila cargueira e leva lá dentro com você, que pode por no bagageiro interno, como no avião. Na maioria das cidades, os táxis tem preço fixo na cidade inteira, você sobe e vai pra qualquer lugar pagando 2 dolares( 10 reais) e isso facilita muito, porque taxi tem às centenas. Os onibus , que ligam um lugar a outro , na sua grande maioria são onibus de viagens, confortáveis, nada desses coletivos mequetrefes fedendo a dieesel. Basta vc dar com a mão e subir no ônibus, as vezes até em movimento e tomar seu assento , que logo mais virá alguem te cobrar a passagem pelo trecho proporcional e engraçado, você pode fazer isso até dentro das rodoviárias, nem precisa ir no guichê. Quanto se chega nos "Terminais Terrestres" , já ouve a gritaria : " À QUITO, À QUITO, À QUITOOOOO" . Em algumas cidades, tem transportes específicos, como em BAÑHOS, que tem caminhões para te trazer de volta à cidade quando vc faz o roteiro de uns 20 km descendo a rota das cachoeiras, de bicicleta e custa míseros 15 reais com bicicleta e tudo, alias o próprio aluguel de uma bike top, custa 25 reais para o dia todo. Em Parques Nacionais, principalmente nos Vulcões COTOPAXI e CHIMBORAZO, vc pode alugar um 4 x 4 com motorista, que também será o guia por 40 ou 50 dolares para 4 pessoas, que dividido é uma merreca , que não paga uma cachoeira barrenta em Brotas-SP. Fora mulas e cavalos em lugares que não passa veículo. Em cidades do litoral, temos os TUK-TUK que servem de taxi e cobram míseros 5 reais para te levar para qualquer lugar do municípios. Eu , aqui no Brasil, fico imaginando porque ainda temos um transporte público MISERÁVEL, principalmente no interior, onde a passagem é cara , os ônibus são ruins, com intervalos longos e ineficientes . O Equador, que obviamente é um país imensamente mais pobre que o Brasil, consegue proporcionar ao seu povo, um transporte descente. Será que esses nossos políticos não conseguem ter uma mínima visão do que acontece em outros países pra tomar como exemplo ou estão sempre vendidos ao sistema de empresas de ônibus, que só visam o lucro acima de tudo, ( as empresas e os políticos). FINALIZANDO Por quase 20 dias, rodopiamos pelo Equador, ainda que eu tenha ouvido de muitos a indagação do que iríamos cheirar lá, num país pouco ou nada conhecido por brasileiros, exceto os mochileiros mais ousados. OUSAMOS, saímos do óbvio , como sempre fizemos . Mochilas nas costas , a cara e a coragem de descobrir lugares, paisagens deslumbrantes , cidades históricas, povoados isolados, vulcões, montanhas gigantes, vales , cachoeiras , experimentar comidas diferentes ao nosso paladar, interagir com gente tão diferentes de nós que parecíamos viajantes de outro planeta. Nos jogamos nas culturas locais, por hora derrapamos no idioma, mas no fim, sai de lá como um fluente na língua local. Viajamos de avião, de trem, trólebus, 4x4, a pé, de carona , de ônibus, de tuk-tuk, metrô, caçamba de caminhote, de caminhão, de bicicleta e por incrível que pareça, até de mula andina. Um dia em cada lugar, vendo o mundo passar diante dos nossos olhos, da Cordilheira do Andes às portas da Amazônia, pelas altitudes acima dos 5.000 , ao nível do mar no fantástico Oceano Pacífico. Uma hora enfiado nas bordas das geleiras de um vulcão, outra hora imersos nas águas quentes das piscinas termais , um noite deitado num hostel perdido à beira de uma rodoviária, outro dia num hotelzinho nas bordas de um vulcão alagado a quase 4 mil metros de altitude. Eu disse, viajar é uma arte, mas viajar com os proventos de um trabalhador comum, é uma ciência. Tudo foi estudado, planejado, ainda que viajemos ao sabor do vento, tudo é minunciosamente pensado para que a aventura saia do papel . E o resultado foi simplesmente MÁGICO, tudo , exatamente tudo, correu como o planejado, com pequenas mudanças ( também pensadas) ao longo da viagem. E o EQUADOR fica para trás e a certeza de termos mergulhados num dos países mais incríveis da América do Sul, povo sensacional, educado, pacífico , receptivo. Em nenhum, mas nenhum momento mesmo, nos sentimos inseguros ou ameaçados por algum tipo de violência. Voltamos para o Brasil , saímos do Equador, mas o Equador jamais sairá de nós e é bem provável que no futuro, quando me perguntarem desse pequeno grande país do MEIO DO MUNDO, responderei com a voz embargada e me lembrarei desses dias que lá passamos, mais um capítulo das nossas vidas de viajantes, num livro que já tem páginas de mais , mas que está longe de terminar, porque nas nossas cabeças, mal passamos do prefácio . Divanei Goes de Paula , Abril - 2024 Divanei Goes de Paula 6 Citar
Membros izazt Postado Maio 14 Membros Postado Maio 14 incrivel tu devia montar um livro com todas essas experiências 1 Citar
Membros de Honra DIVANEI Postado Maio 14 Autor Membros de Honra Postado Maio 14 1 hora atrás, izazt disse: incrivel tu devia montar um livro com todas essas experiências Valeu Izazt, eu tenho uma página na plataforma AVENTUREBOX.COM , onde postamos relatos de trilhas, travessias , algumas viagens e tudo relacionado ao mundo da aventura. quanto ao Equador, com certeza um dos pais mais legais da América do sul para se conhecer, um lugar onde praticamente não vemos brasileiros e que parece concentrar tudo que vemos no nosso continenbte, com paisagens diversas. Citar
Membros Helena Custodio Postado Julho 5 Membros Postado Julho 5 Vc é um contador de histórias nato, Parabéns!!!! Consegui ir com vcs pelo Equador! 😊 Estou pesquisando minha próxima viagem e Equador é uma opção fortíssima! Viagem incrivel de vocês! 1 Citar
Membros de Honra DIVANEI Postado Julho 30 Autor Membros de Honra Postado Julho 30 Em 05/07/2024 em 13:28, Helena Custodio disse: Vc é um contador de histórias nato, Parabéns!!!! Consegui ir com vcs pelo Equador! 😊 Estou pesquisando minha próxima viagem e Equador é uma opção fortíssima! Viagem incrivel de vocês! Citar
Membros de Honra DIVANEI Postado Julho 30 Autor Membros de Honra Postado Julho 30 Agora, DIVANEI disse: Maravilha, obrigado. Eu tive que superar uma infinidade de pessoas, amigos, colegas de trabalho, sempre me perguntando o que eu iria cheirar no Equador, porque diabos eu havia escolhido ir a um pais que poucos brasileiros nem sabiam onde ficava. Quando comecei a ouvir essa ladainha, foi aí que me dei conta de que tinha escolhido o país certo pra viajar e que sinceramente, me entregou tudo que eu esperava dele. 1 Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.