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Leste Europeu - de Helsinki a Ljubljana [com fotos]


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[Ok, Helsinki não faz parte do chamado Leste Europeu, mas foi lá que a viagem começou, por uma questão de logística apenas. E ainda deu tempo para uma caminhada por Paris na volta.]

 

Viagem realizada em abril/2011 durante três semanas. Vou primeiro escrever as informações gerais, depois vou postando paulatinamente sobre cada lugar, incluindo fotos.

 

Por que o Leste Europeu?

Depois de ter conhecido boa parte da Europa Central no ano passado, decidimos conhecer o Leste dessa vez. Mas não queríamos ficar restritos ao Leste tradicional (Budapeste, Cracóvia), queríamos aprofundar um pouco a viagem. Queríamos conhecer países menos badalados no roteiro turístico. Acabou que conhecemos vários países e, embora talvez pareça, não foi nada corrido. Pelo contrário, sobrou tempo em todos os lugares em que estivemos. E foi ótima!

 

Por onde estivemos

Finlândia (Helsinque)

Estônia (Tallinn)

Letônia (Riga)

Lituânia (Vilnius, Trakai)

Polônia (Varsóvia, Cracóvia, Oswiecim, Wieliczka)

Hungria (Budapeste, Szentendre)

Croácia (Zagreb)

Eslovênia (Ljubljana, Bled)

[Na volta ainda deu tempo de passear umas duas horas em Paris]

 

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O roteiro no Google Maps (foi mais ou menos assim...)

 

Minha idéia inicial era conhecer mais países da antiga Iugoslávia, mas a Sérvia estragou meus planos com a necessidade de visto prévio e cheio de burocracia. Acabei retirando a Sérvia (e Bósnia subsequentemente, por logística) do roteiro e incluí os países Bálticos. Como era complicado chegar de avião até Tallinn, incluí um dia em Helsinki, de onde pegamos facilmente um ferry até lá. De quebra curtimos algum tempo na bela cidade de Helsinki, onde já estivemos antes. Todos os trajetos internos no Leste foram realizados por terra ou mar.

 

O roteiro mais detalhado:

Dia 1 - Rio-Paris (avião)

Dia 2 - Paris-Helsinki (avião, conexão)

Dia 3 - Helsinki-Tallin (ferry à tarde)

Dia 4 - Tallin

Dia 5 - Tallin-Riga (ônibus de manhã)

Dia 6 - Riga

Dia 7 - Riga-Vilnius (ônibus de manhã)

Dia 8 - Vilnius (ônibus noturno para Varsóvia)

Dias 9/10 - Varsóvia

Dia 11 – Varsóvia-Cracóvia (trem de manhã)

Dia 12 – Cracóvia

Dia 13 – Cracóvia-Oswiecim-Cracóvia (ônibus)

Dia 14 – Cracóvia-Wieliczka-Cracóvia (ônibus; trem noturno para Budapeste)

Dias 15/16 – Budapest

Dia 17 – Budapest-Szentendre-Budapest (trem, ônibus)

Dia 18 – Budapest-Zagreb (trem de manhã)

Dia 19 – Zagreb

Dia 20 – Zagreb-Ljubljana-Bled (trem, ônibus)

Dia 21 – Bled

Dia 22 – Bled-Ljubljana (ônibus)

Dia 23 – Ljubljana-Paris-Rio (avião)

 

Livros/Guias de viagem

Usei majoritariamente um guia Lonely Planet do Leste Europeu. Serviu sobretudo para eu escolher os lugares para ir e, assim, poder organizar a viagem. Como fontes secundárias, usei também o Guia do Viajante, In the pocket, City Spy e Wikitravel (em inglês), além de outras fontes mais pontuais.

 

Onde ficamos

[cidade - lugar - valor diária]

Helsinki – Scandic Grand Marina – 87 euros

Tallinn – Park Inn – 44 euros

Riga - Ekes Konvents – 55 euros

Vilnius – Hostelgate – 34 euros

Varsóvia – Oki Doki Hostel – 209 zloty

Cracóvia - Nathans’s Villa – 184 zloty

Budapeste - Hostel Marco Polo – 47 euros

Zagreb - Fulir Hostel – 45 euros

Bled - Garni Hotel Berc – 70 euros

Ljubljana - Zeppelin Hostel – 50 euros

 

Em todos os lugares ficamos em quarto de casal com banheiro dentro e todos os lugares atenderam às nossas expectativas (tenham em mente que somos muito tranquilos em relação a onde dormir, e praticamente só damos as caras nos hotéis/albergues para dormir mesmo!). O único que tivemos algum tipo de problema foi o Nathan’s, mas relatamos os problemas e eles foram receptivos para saná-los.

 

Para escolha dos lugares, em primeiro lugar eu focava numa determinada área -- com distância caminhável (até 2 km) dos pontos de chegada e saída e das atrações. Isso porque preferimos *sempre* andar. Seja da, ou para, a estação (de trem ou ônibus), seja para o coração das atrações da cidade.

 

Depois de selecionada a área, procuro o local com melhor custo benefício (menor custo!), com preferência para albergues, desde que o quarto seja privativo e com banheiro e que não seja esculhambado nas avaliações. A única exceção a essas regras foi em Bled, que eu queria ficar num lugar melhor.

 

Sempre verifico avaliações anteriores em 3 sites: Booking.com, Hostelworld.com (e quase todas as reservas foram feitas através desses dois sites) e Tripadvisor.com.

 

Estilo de viagem

Andamos muito, o dia inteiro. Viajamos essencialmente para conhecer os lugares (andando!), por isso acordamos e saímos cedo para passear (9hs no máximo) e dormimos cedo (com exceções, claro). Preferimos essencialmente o ar livre a lugares fechados e só entramos em museus se for de efetivo interesse -- ou, claro, em casos de chuva forte, quando ativamos o plano B (Plano B = lugares fechados). Evitamos ao máximo comprar tours, pacotes, o que for. Preferimos fazer tudo por conta própria -- mais pela liberdade e pelo barato da coisa do que por questões financeiras.

 

Almoçamos cerveja (com eventual tira-gosto) e jantamos bem. Curtimos comer bem, sobretudo pratos locais, mas isso não é regra: podemos comer num restaurante mais bacana num dia e na barraquinha da rua no outro.

 

Tempo

Esperávamos por algo entre 0 e 10 graus nos primeiros lugares, com grandual aquecimento ao longo da viagem. Saiu como esperado. Frio na primeira semana (Bálticos), surpreendentemente quente na segunda (Polônia, Hungria), chuvinha e algum friozinho na terceira (Croácia, Eslovênia). Raras vezes a chuva nos impediu de passear, e, ainda assim, somente por minutos. Havia boa quantidade de neve ainda em Tallinn, mas de Varsóvia em diante não mais.

 

Moedas

Muitos países, muitas moedas, muitos câmbios a ficar calculando. Levei euros e usei nos países que já adotam o Euro (Finlândia, Estônia e Eslovênia), nos outros eu preferia sacar nos ATMs da vida. Quando sobrava, trocava na cidade seguinte pela moeda local. Os hotéis onde reservei em euros (todos, exceto os da Polônia) aceitaram o pagamento em euros. Achei a Riga e Budapeste especialmente caras para o que eu esperava. As demais cidades do Leste foram mais em conta -- tendo sempre o euro como parâmetro. Usar o real como parâmetro faz mal à sua viagem. :)

 

Vistos/fronteiras

Além da entrada da Europa, só houve verificação de passaporte na entrada/saída da Croácia, que ainda não faz parte da EU.

 

Línguas

Problema zero. O inglês é tudo. Sem inglês, e sem saber as línguas locais (lembre-se de que cada país desta viagem tem sua própria língua), sugiro não fazer esta viagem por conta própria. Até levamos um impresso com algumas figuras indicativas (icoon!) para eventuais emergências, mas jamais usamos. Todos com quem tivemos contato falavam inglês, até mesmo quem não precisava (caixas de mercado, farmácia, etc.). Até onde me lembro, todos os atrativos turísticos em que estivemos tinham informações também em inglês.

 

Transportes

Rio – Paris – Helsinki (avião, Air France)

Ljubljana – Paris – Rio (avião, Air France) – o aéreo total saiu por cerca de R$ 2,2 mil.

 

[trajeto (forma, valor individual, cia)]

Helsinki – Tallin (ferry, 36 euros, Viking Line)

Tallin – Riga (ônibus, 18 euros, Eurolines)

Riga – Vilnius (ônibus, 16 euros, Eurolines)

Vilnius – Varsóvia (ônibus, 17 euros, Eurolines)

Varsóvia – Cracóvia (trem, 37 zloty)

Cracóvia – Budapeste (trem, 159 zloty)

Budapeste – Zagreb (trem, 8.100 florint)

Zagreb – Ljubljana (trem, 101 kunas)

Ljubljana – Bled – Ljubljana (ônibus, 7 euros cada)

 

Dicas:

Reservei daqui o ferry para Tallinn (basta um e-mail, mas você paga 5 euros pela reserva). Fora isso, só tinha comprado o trecho Vilnius-Varsóvia (era um único ônibus noturno e era possível comprar pela Inet, achei melhor garantir). Os demais, comprei lá.

 

Os Eurolines podem ser comprados antecipadamente pela Inet. Os trens eu deixei para comprar por lá. O site geralmente indicado para se comprar daqui do Brasil, raileurope, tem preços assustadoramente caros. Como exemplo, o trecho Cracóvia-Budapeste aparecia por pouco mais de 100 euros (equivalentes) no site. Compramos por cerca de 40 euros na Polônia.

 

Na Polônia, assim como em outros lugares, procure pelos guichês de “International”, onde falam inglês. Ajuda também se você já tiver pesquisado e impresso as suas rotas, inclusive com horários e os trens -- isso poderá livrá-lo de uma longa fila no balcão de informações e/ou no guichê internacional!

 

Havia uma certa apreensão quanto ao trem noturno Cracóvia-Budapeste (fala-se de roubos em trens noturnos na Polônia), mas o problema foi zero. Pelo contrário, foi até muito divertido porque felizmente ficamos numa cabine com uma dupla festeira de americanos.

 

Transportes internos

Exceto táxi, acho que usamos todos os tipos de transporte na viagem, tanto entre cidades como dentro das cidades. Nunca tinha sido solicitado a mostrar meus bilhetes em transportes dentro das cidades, mas dessa vez um fiscal me pediu em Budapeste -- e duas vezes numa mesma viagem de tram! Parece que andaram dando muito calote por lá, então eles reforçaram a fiscalização. Os ficais falavam um inglês básico, mas, claro, davam um desconto para uns turistas que não sabiam validar os bilhetes na maquininha manual de lá.

 

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Viagem mochileira: chegando a Budapeste em trem noturno desde a Cracóvia

 

 

=> Na próxima postagem: depois de uma rápida passagem por Helsinki, a bela Tallinn.

Editado por Visitante
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Helsinki

A estadia em Helsinki era somente de passagem, tal qual a outra vez em que estivemos por lá, em 2007 (daquela vez pegamos um navio para Estocolmo). A cidade é agradável e dessa vez conhecemos alguns lugares menos badalados, graças a um amigo que mora por lá e que nos ciceroneou. Conhecemos alguns parques, igrejas e lugares em que não tínhamos estado antes, pisamos numa parte do mar ainda congelado, fizemos um happy hour com pôr do sol no alto de um hotel local, jantamos num restaurante dedicado inteiramente o alho (Kynsilaukka) muito bom. Curtimos bem um resto de dia e uma manhã. Após a rápida e agradável passagem, lá fomos pegar o navio para Tallin, pela Viking lines.

 

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Passeando pelo mar congelado em Helsinki.

 

Navio para Tallinn

Saída 11:30, chegada 14:00

Eu havia feito reserva pela Inet, embora não fosse necessário. Havia outras linhas (Eckero, Tallink, Silja...), mas o Viking era na cara do hotel! Meu foco era ir de Linda Lines (mais rápido, parece que é tipo catamarã), mas eles tiveram de atrasar o início de temporada porque o mar ainda estava parcialmente congelado.

 

O navio do Viking é como qualquer outro (grande). Tem bares, restaurantes, cassino, showzinho, etc. A diferença é que dura poucas horas. A viagem é bacana e foi legal entrar em Tallinn em meio a um mar ainda cheio de gelo.

 

Dica: tem um locker “da galera”, gratuito, logo que você entra e sobe as escadas. Esse locker fecha 15 minutos depois da partida e abre 15 minutos depois. É como a sala de malas/mochilas de um albergue, na base da confiança. Se você não confiar, há lockers privados pagos também.

 

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Chegando em Tallinn, com o navio cortando o gelo.

 

Tallinn

Chegamos e lá fomos andando para o hotel. Largamos as coisas lá e fomos explorar o centro histórico (old town). Talvez tenha sido o centro histórico mais aconchegante de todos em que estivemos nesta viagem, por ser quase todo cercado e muito bem delimitado.

 

Assim que chegamos ao centro histórico, tratamos de comprar logo os bilhetes da Eurolines até Vilnius (Tallin-Riga, Riga-Vilnius) na agência BookingEstonia (fica bem perto da praça central, na Raekojaplats 5). Eles não cobram comissão, mas cobram uma pequena taxa de impressão dos bilhetes.

 

Não há grandes segredos sobre o que fazer em Tallinn: ande pelo centro histórico de cima para baixo, quantas vezes puder. É muito bonito, relativamente pequeno e praticamente todas as principais atrações ficam dentro do centro histórico ou nos limites dos arredores -- como a praça da liberdade, por exemplo. Procure passear por todas as ruas, tenha um mapa nas mãos e descubra os lugares.

 

No dia que chegamos ficamos passeando sem compromisso pela cidade. Entrávamos em todas as ruas, passagens, caminhos, lugares que achávamos legal. No dia seguinte levamos um mapa para percorrer o que falou, começando por uma longa volta em torno do centro histórico.

 

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Panorama da praça central de Tallinn.

 

Fora do centro histórico, recomendo fazer o que fizemos na tarde do dia seguinte: visite o bairro Kadriorg. Fica numa distância caminhável do centro histórico (2km, se não me engano), mas você pode pegar um tram, se quiser. O bairro tem belas casas antigas (lembra um pouco alguns bairros de Nova Orleans antes da inundação), um grande parque e dois museus que parecem muito bacanas (mas que só vimos de fora): o museu de arte, que fica num palácio barroco; e o Kumu, que inclusive foi eleito o museu europeu do ano em 2008.

 

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O museu de arte Kumu, que fica no bairro Kadriog

 

Nas duas noites que passamos por lá, Jantamos em dois lugares muito bacanas. Um deles é turistão (e gostamos muito mesmo assim), o Olde Hansa. Estilão medieval, bem escuro por dentro e muito boa comida. O outro foi o Vanaema Juures, acho que tinha sido dica do Frommers, não me lembro. Sei que também era ótimo, num lugar ainda mais aconchegante.

 

Aliás, um tira-gosto muito bom que encontramos em todos os países bálticos era uma torrada preta bem crocante regada em alguma mistura de óleo e alho, acompanhada de uma pasta de alho para você mergulhar. Saboroso! Excelente acompanhamento para as cervejas de meio do dia!

 

No último dia, acordamos antes de o sol raiar em Tallinn e seguimos caminhando até a estação de ônibus, um tanto afastada do centro. Acho que ficava a uns 2 km do hotel, mas a caminhada foi tranquila, numa área residencial. O ônibus saiu às 7:00 e pouco depois das 11hs estávamos em Riga.

 

Aliás, devo dizer: os ônibus da Eurolines nos bálticos estão de parabéns. Ônibus muito confortáveis, informações em mais de duas línguas (uma delas sempre inglês), máquina de café grátis e até mesmo os motoristas anunciam a viagem e outras informações afins em inglês (além da língua local e do russo).

  • Amei! 1
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Sandman,

Certamente vc encontra lugares mais baratos pra ficar, mas esse não era meu foco principal. De um modo geral, eu valorizo primeiro a localização, depois o menor custo -- desde que o local não seja esculhambado nos sites de avaliação.

 

Acredito que seja melhor ir o quanto antes -- sobretudo antes do Euro! Ainda que eu tenha achado Budapeste e Riga cidades com preços já no padrão Euro...

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Riga

Chegamos em Riga e rapidamente encontramos o hotel, Ekes Konvents, que ficava num prédio bem antigo, histórico. Um barato, gostamos muito do estilo. E saímos para nossa tradicional caminhada sem compromisso pela cidade, tal qual fizemos em Tallinn.

 

Riga já não tem seu centro histórico tão (quase) perfeitamente delimitado como Tallinn, ainda que os limites sejam bem claros. Por outro lado, seu centro histórico tem construções (igrejas) mais monumentais e não apenas uma, mas umas três grandes praças, se não me engano. Apenas passeando descompromissadamente, inclusive na parte alta do centro, já foi possível percorrer quase tudo.

 

Foi em Riga que descobrimos a tradição dos cadeados nas pontes. Quando alguém se casa, coloca um cadeado numa ponde da cidade (nos ferros das pontes, para ser mais específico) e joga a chave fora. Se não jogar, é sinal de que não está acreditando, hehehe. Vimos isso também em Vilnius e Ljubljana. E, surpresa, as pontes de Paris também estavam lotada disso -- mas lá todos os cadeados tinham datas de 2010 e 2011, ou seja, virou moda recente. Em Riga -- ou, creio, em toda Letônia -- li que isso é tradição mais antiga. De fato havia datas mais antigas nos cadeados por lá.

 

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A tradição dos cadeados nas pontes

 

As igrejas de Riga são muito bonitas -- mais por fora do que por dentro, mas eu acho que sempre vale a pena entrar. Numa delas (St. Peter, se não me engano) você sobe até a cúpula (?), de onde tem uma bela vista da cidade. Além das belas igrejas e praças, vale a pena passear nos arredores do centro histórico (um belo parque, onde você encontra as pontes com os cadeados), especialmente no Monumento à Liberdade (Brivibas Piemineklis), que estranhamente não foi derrubado pelos soviéticos.

 

Eu tenho grande interesse na história local, sobretudo no período soviético, então o Museu da Ocupação da Letônia era imperdível e lá fomos conhecer, ainda que rapidamente (muito tempo de museu cansa!). Ao menos no dia em que fomos, a entrada era gratuita.

 

No dia seguinte, passeamos um pouco pelo enorme mercado a céu aberto (e também dentro de enormes hangares) que fica ao lado da estação de ônibus (não há grandes diferenças em relação a outros mercados desse tipo -- vende-se de tudo) e fomos conhecer um pouco do sul da cidade, bem fora do centro histórico. Depois voltamos para o centro e fomos explorar algumas ruas famosas por prédios com suas fachadas estilo art-noveau, especialmente a Alberta iela e a Elizabetes iela. Fachadas muito bacanas!

 

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Fachadas em estilo art noveau

 

Fomos no Regro (ver abaixo), rodamos mais um pouco o centro e, com muito tempo de sobra, passeamos até de roda gigante -- havia um parque instalado numa praça da cidade. Subimos para o Skyline bar para tomar um drinque ao lado da janela e curtir um bom momento com o sol se pondo ao fundo.

 

Um restaurante muito legal em que jantamos chama-se Salve. Fica logo ao lado de uma das construções mais bonitas de Riga, a House of Blackheads, bem na Rātslaukums.

 

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A belíssima fachada da House of Blackheads à noite

 

REGRO: Em Riga, nós fomos curtir uma atração um tanto estranha, mas que vi em alguns outros lugares ao longo da viagem (Vilnius, Varsóvia, Cracóvia...). Um stand de tiro chamado REGRO. Foi dica do Lonely Planet. Somente a ida ao Regro já é interessante, porque trata-se de um antigo bunker dos tempos soviéticos (!!). Mas, já que você está lá, pratique -- desde que você queira, claro. Você vai lá, escolhe a(s) arma(s) que quer usar e paga por bala usada. Tudo é orientado e acompanhado por um instrutor – o nosso no início estava com cara de poucos amigos, mas foi amansando com o tempo. Nós nunca tínhamos atirado na vida, então valeu pela experiência. Mas, claro, só vá se você tiver interesse nisso -- não se trata exatamente de uma das atrações tradicionais da cidade. Fica fora do centro histórico, você atravessa o rio pela ponte (Vansu Tilts) e conhece um pouco da outra parte da cidade.

 

 

No último dia, partimos para Vilnius pela manhã. Dessa vez um pouco mais tarde, às 8:30. O ônibus quebrou no caminho, tivemos de esperar um pouco por um outro, logo depois da partida. Embora o motorista tivesse anunciado coisas da viagem em letão, russo e inglês, essa questão do ônibus quebrado foi somente em letão mesmo. Felizmente havia um passageiro que traduziu tudo para a galera. Foi apenas um breve contratempo, rapidamente resolvido. Cerca de 1 da tarde chegamos a Vilnius.

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Vilnius

Fomos andando até o albergue, que fica na cara do centro histórico. De todos os centros históricos dos bálticos, o de Vilnius é o mais disperso (na falta de uma palavra melhor). São poucas as ruas fechadas ao tráfego de carros e tem mais construções modernas na área central. De qualquer forma, a cidade é bonita.

 

Iniciamos nosso passeio em direção ao bairro Uzupis, considerado reduto artístico e cheio de peculiaridades: os moradores locais declararam sua “independência” e própria constituição, dentre outras coisas. Inclusive consta que no 1º de abril eles fecham a área e carimbam passaportes para quem quiser entrar (?!) e a área vira uma festa. Estivemos lá depois dessa data, mas o bairro conserva umas áreas artísticas com personalidade. De lá, seguimos de volta para a área central, passando por duas ou três belíssimas igrejas (St. Anne e outras, inclusive uma russo-ortodoxa).

 

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A espetacular St. Anne, de lado

 

A área da Catedral de Vilnius é a mais espaçosa da cidade, ao menos pelo que vimos. Dali, subimos ao alto do Castelo de Gediminas para uma bela visão da cidade. De lá, você vê o morro das Três Cruzes, que fica logo do outro lado, e para onde fomos logo a seguir. Vá pela trilha, que é mais legal. Depois de duas subidas, já era quase noite, fomos passear pela área central, jantar e dormir.

 

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Subindo para o Gediminas

 

Trakai

No dia seguinte pegamos cedo um ônibus para Trakai. Leva menos de uma hora até lá e vale muito a pena. Trakai tem um atrativo básico: um lindo castelo no meio do lago. Só isso já bastou para nos atrair ao lugar, que, de fato, é muito legal.

 

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Um castelinho no meio do lado

 

Você chega de ônibus e vai caminhando pela rua principal até o castelo. O ideal é já levar um pequeno mapinha na viagem (o albergue nos deu um), se não, você passa pelo centro de informações e pega um. Ainda assim, logo que você chega, na rodoviária mesmo, já tem um painel com mapa e informações da cidade (em inglês também), ou seja, não tem como se perder.

 

Curtimos muito a cidadezinha, o castelo, e ainda saímos para passear numas rotas sugeridas no mapa que tínhamos, passando por pontes que ligavam as ilhas pelo lago. Muito legal, vale a pena esticar a estadia por lá.

 

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Trakai, muito bonita e aconchegante

 

De volta a Vilnius no meio da tarde, fomos direto para o Museu da KGB (ou das vítimas do genocídio), num lugar que serviu de prisão durante a ocupação soviética. A parte das antigas celas é impressionante. Antes de chegar lá, no caminho (não era exatamente perto da rodoviária), passamos por mais uma bela igreja ortodoxa russa (vi algumas por lá) e pela embaixada da Bielo-Russia, que estava cheia de flores em função do atentado ocorrido poucos dias antes no metrô.

 

Na noite anterior saboreamos uns Zeppelins (uma espécie de massa crua com recheio, gostei muito!) num restaurante local. Nesta, demos uma esbanjada no Zemaiciai, um restaurante subterrâneo muito legal, cheio de pequenos salões bem aconchegantes. Com direito a vinho chileno -- mais barato que os europeus, vai entender... E comida farta: meu joelhão de porco alimentaria duas pessoas tranquilamente.

 

Era hora de ir embora, pegar o ônibus noturno para Varsóvia. Sofremos um pouco na viagem, porque pegamos um lugar onda não dava pra esticar as pernas (não tinha cadeira na frente, era a saída do meio do ônibus!), mas deu pra dormir.

  • Hahahaha! 1
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Varsóvia

Chegamos na cidade bem cedo, pouco depois das 5 da manhã. O ônibus que vem de Vilnius para na estação central de trem (Centralna), mas - IMPORTANTE - não é o ponto final. O ponto final fica longe pacas, se não me engano uns 4 km a oeste. Portanto, quase todo mundo desceu ali. Estava muito frio àquela hora da manhã, mas fomos andando para o albergue, que naturalmente ainda não tinha “acordado. Descansamos um pouco na sala (viagem de ônibus geralmente não nos dá um sono perfeito) até umas 8hs e saímos para passear pela cidade.

 

Eu tinha baixas expectativas em relação a Varsóvia. Lendo alguns relatos de viajantes, minha impressão era de que a cidade era um tanto opressora, com longos e feios quarteirões, tráfego, não valia ficar mais que um dia, etc. Não se guie por isso. Varsóvia é um lugar muito bacana, gostamos muito de lá.

 

Pra começar, o centro histórico é lindo. Se você lembrar (se não souber, diversos lugares lhe mostrarão isso) que o centro da cidade foi inteiramente arrasado pelos nazistas na 2GM, vai ficar ainda mais espantado. Ficamos um bom tempo por lá aproveitando que havia muito pouca gente por ser ainda muito cedo.

 

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A bela praça central do centro histórico

 

Esticamos até a citadela (por fora é mais interessante, por dentro é um museu -- e não vimos ninguém lá!), depois voltamos ao centro. Passeamos muito por lá e pelos arredores, principalmente para conhecer reminiscências de locais judaicos, pelo imponente Monumento ao Levante de Varsóvia, etc.

 

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Vista de cima da entrada do centro histórico

 

No dia seguinte, saímos cedo para comprar nossas passagens de trem na estação central. Havia uma fila no setor de informações, mas era um tanto zoneada e nem todas as atendentes falavam inglês. Fui direto ao guichê comprar o bilhete para a Cracóvia (eu já sabia o trem e o horário que eu queria). Depois fui no guichê internacional pra ver se eles vendiam o trecho Cracóvia-Budapeste e, sim, eles vendiam. Melhor que isso, MUITO melhor: ficou 60% mais barato do que eu tinha visto na Internet (raileurope). Eu vi por cerca de 100 euros, saiu por 40.

 

De lá fomos para o Museu do Levante de Varsóvia. O museu fica um tanto afastado da zona turística, mas numa distância caminhável (ao menos para nós). É moderno, cheio de multimídias, excelente. Vale muito para conhecer essa parte da História, um tanto minimizada fora da Polônia, mas muito valorizada por lá. Infelizmente fomos num domingo -- a entrada é gratuita, mas estava CHEIO de gente, mesmo pela manhã. Tornou-se um tanto desagradável de tanta gente que tinha, mas felizmente pudemos percorrê-lo todo e, o melhor, assistimos a um vídeo em 3D (3D antiguinho, mas dá pro gasto) sobre a devastação da cidade pelos nazistas depois do levante. Muito chocante. Fotos da destruição da cidade, especialmente do centro histórico, aparecem em alguns lugares pela cidade.

 

Caminhamos para o centro histórico novamente, passando pelo belo parque Saxon, e chegamos ao Palácio Real (também era grátis no domingo), onde fizemos um tour com audioguide. Muito bonito por dentro, as primeiras salas são as mais espetaculares.

 

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O Barbican, que cercava inteiramente a cidade velha

 

Dali nos despedimos do centro histórico para caminhar por uma parte da Rota Real, que termina no parque de Wilanow (acho que uns 10 km depois). Não a percorremos inteiramente, fomos somente até o parque Ujazdow (dá uns 4 km), que já é muito bonito, com castelinho, laguinho e etc. Havia uma pequena e bela exposição da Annie Leibowitz por lá.

 

No dia seguinte saímos bem cedo pela manhã para pegar um trem para Cracóvia.

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Cracóvia

Era o albergue mais longe da estação (2 km), e estava bem calor naquele dia. Largamos as mochilas por lá e fomos conhecer o centro histórico da cidade. Rodamos muito pelas ruas do centro, sobretudo pela enorme praça central. Passamos o dia explorando somente a “old town”.

 

Interessante que a basílica da praça tem uma placa de “Please do not visit” na entrada! Solenemente ignorada pelos turistas. Vale dizer que a catedral é espetacular por dentro, recomendo ignorar o pedido também!

 

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O interior da Basílica da Virgem Maria

 

Nesse dia houve um grande evento em frente à catedral em função do aniversário da morte do presidente polonês, em desastre de avião, um ano antes. A praça ficou bem cheia.

 

Deixamos para subir a área do Castelo no fim do dia, apenas para nos familiarizarmos com o local. A visita seria no dia seguinte.

 

No dia seguinte fomos bem cedo à praça central – é sempre interessante você ver como fica um lugar *antes* de ficar cheio. Mas o foco era ir no castelo (Wawel Hill). Compramos entradas para as atrações que julgamos mais interessantes -- infelizmente não tem como visitar boa parte do castelo se não for de forma guiada. Num dos intervalos das visitas (algumas têm hora marcada), fomos conhecer a espetacular catedral. Aliás, toda a área do castelo é esplendorosa. O palácio, a área, os pátios, a vista, tudo. Imperdíveis. Esgotada a parte do castelo (levou praticamente a manhã toda), fomos explorar o bairro judaico Kazimierz.

 

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Pombos em revoada assustando a galera na enorme praça central da Cracóvia

 

Passeamos um pouco livremente pelas ruas, depois fizemos alguns caminhos previamente traçados (há placas sugerindo caminhadas pela região, e você pode pegar um mapa no centro de informações). Seguimos para o outro lado do rio, onde passamos pelos antigos muros (reconstruídos) do gueto judaico, e, dali, seguimos para a antiga fábrica do Schindler, que hoje é um museu sensacional sobre a Polônia em tempos de ocupação nazista -- e, claro, sobre a própria história do Schindler.

 

Voltamos para o bairro judaico, para uma praça onde comemos uma bela Zapiekanka (uma espécie de pizza polonesa, é queijo no pão; muito bom!). Na Cracóvia comemos quase sempre nas barraquinhas da praça central, salsichas, Zapiekankas, cogumelos, pierogis, etc. Alimentação baseada em tira-gostos e muita cerveja.

 

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Visa noturna do Cloth Hall, no meio da praça central

 

Oswiecim/Aushwitz

O dia seguinte era para a visita a esse lugar sinistro, porém imperdível. Para ir a Oswiecim/Aushwitz era necessário pegar um ônibus na estação, que fica ao lado da estação de trem. Tranqüilo, basta chegar lá, entrar em qualquer guichê e pedir passagens para Oswiecim. As saídas estão indicadas num painel eletrônico. Há saídas com alguma freqüência, acho que pegamos alguma próxima das 9hs. Pegamos um micro-ônibus e vimos como foi uma ÓTIMA idéia comprar as passagens antes: muita gente que deixou para comprar direto com o motorista foi em pé, e a viagem dura uns 70-80 minutos.

 

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A entrada

 

Chegamos no museu e já havia bastante gente. Filas para comprar sei lá o quê (a informação que eu tinha era de que a entrada era grátis), só que não nos deixaram entrar. Tínhamos de pagar por uma visita guiada. Eu falei que não queria visita guiada. Não tinha jeito, eu só poderia entrar com visita guiada. Perguntei se poderia pagar, entrar e fazer a visita por conta própria. A moça respondeu que sim.

 

Adquiri grande aversão a esse esquema de andar-parar-ouvir-andar-parar-ouvir das visitas guiadas, então eu fujo sempre que possível. Assistimos a um vídeo rápido e muito sinistro (em inglês) sobre os campos e fomos liberados para entrar. Rapidamente nos mandamos para percorrer o local da nossa maneira, no nosso tempo. [Mais tarde vi no site que eles mudaram de grátis para visitas guiadas este ano, em função da grande quantidade de visitantes].

 

Auschwitz é evidentemente um lugar sinistro, como esperado. Paradoxalmente estava um lindo dia azul, em contraste com os campos nevados que eu gravei na memória de alguns documentários e filmes a que assisti. Se você tem interesse, vá e veja. Por mais que você tenha pesquisado, lá você aprenderá algo mais -- e esse algo geralmente é assustador. Alguns lugares estavam muito cheios (com os guias falando e suas turmas vindo atrás ouvindo), então fizemos a visita do jeito que bem entendemos, entrando onde não havia fila, fora da ordem pré-estabelecida. Mas entramos em todas as construções -- que hoje apresentam majoritariamente exibições sobre o campo de concentração.

 

Para Birkenau pegamos um ônibus que faz o trajeto grátis -- pelo que vi, tem esse ônibus de abril a outubro. Birkenau é muito maior, parece um enorme parque, não fosse o passado sinistro. É lá que estão as câmaras de gás efetivamente utilizadas para o extermínio em massa, mas fora destruídas pelos nazistas quando batiam em retirada. Depois de rodar todos os cantos possíveis (é bem grande), voltamos a Oswiecim e pegamos um ônibus de volta para a Cracóvia.

 

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O fim da linha de trem, que levava ao inferno de Birkenau

 

Wieliczka

Nosso último dia na Cracóvia, fomos conhecer a famosa mina de sal. Para Wieliczka nós pegamos um ônibus comum perto do albergue, que nos deixou na mina. Você compra os bilhetes no ônibus mesmo -- mas tenha em mente que você vai precisar de moedas, notas não era aceitas! Em uma meia hora você chega lá.

 

Para visitar a mina de sal, infelizmente só em tour guiado. Não tem outra maneira, então aplica-se o velho não-tem-tu-vai-tu-mesmo. Fomos nós de visita guiada. Chegamos em cima da hora para uma saída em inglês, mas não deu tempo. Como havia tempo, passeamos um pouco pelos arredores (é bacana, vale uma volta) e entramos no tour. É interessante, mas acaba caindo naquela coisa de tour guiado: mostra e fala coisas que não me interessam tanto assim (bonecos ilustrativos no caminho, por exemplo), enquanto fica menos tempo do que eu gostaria onde me interessa muito (o fantástico salão).

 

 

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O fantástico salão principal da mina de Wieliczka

 

Dispensamos o museu no fim e pegamos um ônibus de volta para a Cracóvia. Passeamos um pouco pelo bairro judaico novamente e no fim da tarde fomos “jantar” na pracinha do centro histórico. Achamos um bar cheio de cervejas artesanais para passar a última hora na Cracóvia e chapar no trem que pegaríamos a seguir.

 

Pegamos nossas mochilas no albergue e fomos encarar o trem noturno para Budapeste. Eram seis camas, que teríamos de compartilhar com outras 4 pessoas. Tal qual qualquer dormitório, rola sempre uma incógnita (futum, ronco, etc.). Mas eis que chegam dois americanos festeiros, com cerveja pra galera e querendo conversar! Festa no vagão madrugada adentro -- ao menos na nossa cabine. Tinha também um brasileiro caladão, mas gente boa -- bebeu conosco. Mas tinha um húngaro de poucos amigos que não queria festa e pediu para que encerrássemos a nossa. Ok, direito dele, fomos para fora, no corredor. Já estávamos em algum canto da Rep. Checa, acho que já passava de uma da madrugada, quando uma menina desconcertantemente simpática veio pedir por favor para conversarmos mais baixo. Ok, era a senha para irmos dormir! E assim fizemos.

 

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Festa no vagão do trem noturno!

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