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Depois do caso da 123Milhas e as dificuldades que os clientes prejudicados enfrentam com a crise da OTA, a Câmara dos Deputados avançou em um Projeto de Lei que pretende regulamentar os programas de fidelidade e de milhas aéreas. 

Leia mais:

https://m.panrotas.com.br/mercado/economia-e-politica/2024/02/apos-crise-da-123milhas-camara-avanca-em-regulamentacao-das-milhas-aereas/203325

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Não não não... não vai rolar.

Como vão forçar a Delta, a American, a Lufthansa, a Turkish, etc a adequarem seus programas de milhagem... para o Brasil?

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Bom, eu acho que vai rolar sim... Regulamentar vai gerar mais um canal de arrecadação... já já teremos ICMS sobre as vendas... Além disto, hoje tem muita gente prejudicada e muita gente ganhando dinheiro... tudo sem o governo "beliscar" uma grana... Vai regulamentar, tonar um ativo livre para negociação... Penso que teremos dois caminhos: O primeiro e mais fácil vai ser acabar com os programas de milhas... O segundo é unificar as plataformas / programas, como já ocorrendo com os aplicativos bancários, onde em breve teremos 1 único aplicativo para uso em todos os bancos... Vamos ver como será o comportamento a frente...

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Porque não concordo com sua visão:

1) Não gerará canal de arrecadação. Milhas não são um comercializável e as companhias aéreas deixam isso bem claro em seus programas de milhagem (com também programas como Livelo e Esfera). Não existe como, IMHO, arrecadar impostos sobre isso.

2) Tem muita gente prejudicada e gente ganhando dinheiro porque é aquela história; todos os dias saem de casa um malandro e um otário e se encontram... aí meu caro, dá no que dá. As restrições dos programas de milhagens são categóricos neste assunto em seus contratos. O problema é a maldita lei de Gérson que impera do país. Então, sempre tem um idiota perdendo.

3) Não teremos um único aplicativo porque as regras de milhas variam de acordo com a companhia e/ou aliança, que fazem o que querem com eles pois são donos deles. Por exemplo, a Delta alterou o SkyMiles ano passado e eu simplesmente me estrepei. Tive meu status derrubado porque, ao invés de comprar passagens caras, eu voava muito em companhias parceiras que me davam milhares de milhas cada um. Como existiam dois parâmetros para ter status na companhia (milhas voadas e valores pagos), eu usava o segundo. Agora é só o valor pago pelo ticket e agora, para manter o status que eu tinha, preciso pagar caro, o que não vou fazer. Isso acontece com TODAS as companhias e TODAS as alianças delas de tempos em tempos.

Essa será mais uma das milhares de leis existentes no país que servem só para ocupar espaço e que, quando impressas, acabam com árvores e fazem peso na Terra.

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Milhas, teoricamente, era para ser um bonus para quem viaja muito na mesma companhia, nenhuma cia é obrigado a dar milha a passageiro e muito menos aceitar que essa milha seja repassada ou vendida. Regulamentar milha é um ode a burocracia, é como regulamentar doação, não faz sentido.

E, como tudo no mundo, quem perde era o pessoal honesto que realmente juntava milha para si, pois agora tudo ficou mais caro.

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3 horas atrás, Davi Leichsenring disse:

Milhas, teoricamente, era para ser um bonus para quem viaja muito na mesma companhia, nenhuma cia é obrigado a dar milha a passageiro e muito menos aceitar que essa milha seja repassada ou vendida. Regulamentar milha é um ode a burocracia, é como regulamentar doação, não faz sentido.

E, como tudo no mundo, quem perde era o pessoal honesto que realmente juntava milha para si, pois agora tudo ficou mais caro.

Cirúrgico e certeiro.

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Entrei faz pouco mais de um ano no mundo das milhas e pelo meu entendimento, não enxergo pessoas 'perdendo' quando se tratam de pequenas agências de viagem. Na maioria dos casos, as milhas bem administradas geram benefícios tanto para o cliente comprador da passagem quanto a agência que vendeu/emitiu. Não vejo como sendo 'um malandro e um otário'. 

Novamente, estou falando de pequenas agências de viagem, os CEOs de MEI. 

Para companhias aéreas, também não deveria ser prejuízo já que as emissões seguem as regras impostas pelas próprias, incluindo a quantidade de CPFs possíveis (a Latam por exemplo permite emissão para até 25 CPFs por ano em cada conta).

Não era pra ninguém sair perdendo até aqui.

O caso das 123milhas se tratou de pirâmide, venda antes da emissão.  

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Algumas explanações:

Agências não recebem milhas e para ela é um grande "tanto faz". Milhas são "do passageiro", nunca de terceiros. Alguns programas permitem que você ceda ou compartilhe milhas com determinadas pessoas mas não é algo muito comum por ser "personalíssima". Isso tanto é verdade que, se a empresa em que você trabalha compra uma passagem para você voar para um evento, as milhas são suas e não da empresa (claro que tem empresa que chega ao absurdo de calcular quantas milhas você tem para que não compre outra passagem para você ir à outro evento/reunião). A agência, pequena, média ou grande quer é vender passagem, mesmo que o passageiro não voe (que para elas, é um enorme tanto faz).

A 123 Milhas e a Maxmilhas podiam (ou podem) até ter/tinha como atividade principal "agência de viagens", mas a grande verdade é que eram/são pirâmides travestidas de agências, o que nada tem a ver com a pequena DBrasil que vez ou outra eu compro passagem lá na minha cidade ou ainda com a Submarino.

Mas onde entra o "malandro" e o "otário" nesta história? Entra aqui: o malandro é a pirâmide travestida de agência que compra suas milhas (usando inclusive sua senha) por um preço irrissório e depois "vende" passagens para terceiros "comprando-as" (leia-se, emitem) com as milhas que comprou de você. Nesta triangulação eles ganham dos dois lados: muitas milhas por pouca grana e vendem a passagem em preço mais baixo, atraindo uma imensidão de clientes que querem voar pagando menos. Quanto ao otário, já sabe quem é, não?

Para as companhias aéreas, a 123 Milhas, MaxMilhas e pqpMilhas é uma coisa muito, MUITO ruim pois, ao invés delas jogarem com a expiração das milhas do cliente (são raríssimos os programas onde as milhas não expiram) e a venda de milhas para parceiros estratégicos como Esfera, Livelo, Shell, Petrobrás, etc, elas tem que "carregar" o passageiro, ou seja, o ônus é delas e o dinheiro na conta de um terceiro que não elas, as companhias. Este é um dos motivos pelos quais milhas são pessoais (com excessões) e as companias fazem de tudo para cercar o pasto delas com as maiores cartucheiras que acharem. O "negócio" de milhas é tão rentável para as áreas que seus programas de milhagem normalmente valem mais que as próprias companhias, vide o Smiles e o AAdvantage da American.

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9 horas atrás, Davi Leichsenring disse:

Esse vídeo explica bem sobre isso

Sim, este vídeo do Wendover é sensacional e referência para o assunto (a maioria dos vídeos deles são sensacionais).

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