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Região dos lagos Argentina e Chile + Isla Chiloé de Duster com barraca de teto.


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7° dia - 01/01/2024 - de San Martin de los Andes a Pucón - Chile - 185 Km.

Acordamos tarde, 9 da manhã, mas só porque o café era até as 10 h, hehehe. Tomamos nosso café com as famosas media lunas (croissant), torradas e 2 mantequilhas cada, mais dois doces.

As 10 botamos o pé na estrada. Como o paso que queriamos ir não deu certo por causa da reserva do ferry boat mudamos a rota e fomos pelo paso Mamuil Malal que é a ruta 60.

Por isso tivemos que voltar atrás até Junin de los Andes, passar a cidade e logo depois da ponte do rio Chimehuin sair da ruta 40 para a 60.

O legal dessa ruta é que ela passa pelo outro lado do vulcão Lanin, pois no dia 30/12 nós passamos pelo contrário dentro do parque Lanin. Apesar de que a ruta 60 também atravessa uma parte do parque Lanin que é gigantesco com seus 4120 km2. 

Passamos por dentro de um bosque de araucárias que são um pouco diferentes das que temos no Brasil. Elas tem galhos desde baixo na sua maioria, enquanto no BR elas geralmente só tem galhos no topo. As pinhas são bem parecidas com as do BR, mas parecem ter mais espinhos e as árvores parecem carregar mais o que aqui.

A estrada tem um trecho de uns 15 km que é de terra dentro da Argentina. Todo este trecho é muito cênico por estar "atrás" do vulcão Lanin, então a todo instante estavamos parando e tirando fotos.

Paramos num local que parecia ser a aduana para ver se era ali que fariamos a saida da Argentina. Não era ali. O local era uma espécie de central do parque Lanin e ficava na entrada do lago Tromen. Nem estávamos pretendendo ir, mas o André ficou com vontade de conhecer o lago e como estávamos com tempo, pois a quilometragem era pequena, resolvemos ir.

Na entrada do lago tem uma cancela, é só levantar ela e depois baixá-la. A estradinha é estreita e meio complicadinha, passa por um córrego. Tinha muita poeira, mas fiquei imaginando que numa eventual chuva ela ficaria bem ensaboada. Passa qualquer carro, mas é melhor um carro mais alto.

Chegando a beira do lago fomos prontamente recepcionados por montes de tábanos, as mutucas/butucas da região patagônica, que vivem nas beiras de lagos. E gente!!! Os bichos são gigantes de modo que uma picada doi pra caramba. Veja neste link informações sobre os bichinhos infernais. https://conheciecurti.com.br/tabanos-chile/#:~:text=Ele é um inseto negro,e a luz do sol.

image.jpeg.c2a40ec6506dc58cb388082a8527afc3.jpeg

Ficamos um bom tempo tirando fotos e admirando a região. O local tinha mesinhas e parrillas (churrasqueiras) e os argentinos foram chegando e tomando os lugares para passarem o dia.

Num dos locais que fomos tirar fotos tinha uma árvore caida bem grossa em que um de seus galhos ficava sobre a água do lago. Resolvi subir lá e pedi para o André tirar uma foto minha com meu celular (ainda bem). Subi no galho e estava tudo bem até uma rajada de vento me desestabilizar e o galho começar a oscilar de um jeito que me desequilibrou. Ai já viu né: olhei pra baixo, vi um lugar melhor para aterrisar dentro da água e pulei... Só que ao aterrisar de pé, me desequilibrei e cai de bunda na água que, ainda bem, não era muito funda e não muito fria. Só o suficiente para molhar minhas calças e darmos muitas risadas.

Ali mesmo na beira do lago fizemos o nosso almo-lanche e a seguir voltamos a estrada. 

Poucos kms a frente já chegamos a aduana da Argentina e demos saida do carro e nossa. Foi bem tranquilo.

Seguimos para a aduana chilena e eu estava apreensivo pois estava com um galão de 20 l de gasolina cheio pois a gasolina no Chile é bem mais cara que na Argentina, eu queria economizar uns trocados. Sabia que eu podia perder uma parte pois tinha abastecido na saida em San Martin. 

Entramos na aduana, fizemos o trâmite interno e seguimos para a revista. O meu inspetor pediu para ver o porta malas, olhou um pouco dentro das malas, mas sem muita atenção e foi ver a parte da frente. Eu estava com o galão atrás do banco do passageiro. Ele perguntou o que era eu disse que era gasolina 20 l, ele olhou e deu uma risadinha e me mandou ir embora. O inspetor que viu o carro do André foi mais rigoroso e pediu que eles levassem as malas para fazer raio X.

Eu aguardei o André e a Neusa serem liberados e seguimos pela estrada. A partir da placa de bem vindos ao Chile a estrada era toda asfaltada e perfeita. Uma estrada linda, que passava entre lagos, montanhas e muito verde e que, em determinado momento começamos a avistar o vulcão Villarrica na esquerda da estrada. Muitas paradas para fotos.

Seguimos para a cidade pois precisávamos de pesos chilenos e já era quase 18 h. No aplicativo do Westernn Unionn dizia que as lojas afiliadas fechavam as 19 h. Chegamos na cidade e fomos na primeira, o endereço não batia com o app. Fomos na 2a loja no centro que era da Chileexpress, uma espécie de correio deles. A moça disso que o sistema da WU fechava as 18 h e já era 18:30 h. Fomos na 2a e a mesma resposta.

Sem pesos resolvi sacar dinheiro com o cartão num banco em frente a uma das agências. Peguei apenas 50 mil, mas tinha taxa de 25 reais e mais IOF. O total ficou 55500 pesos chilenos e + IOF. A cotação ficou em 143 pesos por real, o que é bem baixo considerando que no WU dava 160 por real. O André vendeu uns dólares.

Ainda ali mesmo vimos as fotos de umas termas chamadas de Trancura e resolvemos ir no dia seguinte. O André comprou ali mesmo a entrada e eu deixei pra pagar na entrada.

Fomos em busca do camping. Queriamos achar um que tivesse cabañas tbm para ficarmos juntos. Pesquisei pelo app Ioverlander e Maps e fomos batendo em vários. A maioria não tinha cabañas junto. Até que começamos a procurar cabañas para o casal e eu ia ficar num camping separado. Fomos em vários lugares e não achávamos nada. Até que batemos em uma casa que tinha uma placa de cabañas para alquilar (alugar). Uma moça e uma senhora de uns 80 anos nos atenderam e elas tinha uma cabaña para 2 pessoas. Olhei o quintal da frente e perguntei se poderia abrir a minha barraca ali pois tinha espaço suficiente. Elas aceitaram e cobraram o valor de um camping, 10 mil por noite.

Ali ficamos, eu usava o banheiro da cabaña do André e assim pudemos continuar juntos. Depois disso saimos comprar comida, demos uma passada na praia de areias negras do centro, fizemos a janta e fomos dormir. 

Custo do "camping": R$ 140,00 por 2 noites.

 

 

 

Editado por Marcelo Manente
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8° dia - 02/01/24 - Pucón a Termas de Trancura - 60 km.

Depois de uma bela noite na minha barraca acordei e fui ajudar no café da manhã, minto (kkk), fui comer um café da manhã pois a dona Neusa não me deixava nem fritar um ovo. kkkk

Saimos antes das 9 h para ver se sacávamos nosso dinheiro no Wesstern Uniion. Chegamos no centro da cidade e nos dois postos do Chilexpress não havia dinheiro para pagar... Um saco, Tive de trocar 200 dólares dos 300 que tinha levado.

Rumamos para as termas e como elas eram próximas (30 km) logo estávamos na portaria. Paguei minha entrada, fomos nos trocar e logo estávamos na beira das piscinas para curtir aquelas águas deliciosas.

Haviam 14 piscinas, mas nem todas estavam cheias, algumas estavam em manutenção. Eram piscinas cobertas ou ao ar livre, sendo que as mais quentes, de 40 graus ficavam cobertas. Na sua maioria as piscinas eram rasas com água no máximo pela cintura. O local era muito bonito, mas dava pra ver que já teve seus melhores dias e agora se encontrava um pouco deteriorado com algumas piscinas fechadas definitivamente.

Pela beleza do local esse parque termal merecia uma revitalização. O preço foi alto pela cotação que consegui, 30 mil pesos o que corresponde a mais ou menos 190 reais para passar o dia.

Porém era mais barato que as Termas Geométricas cujo preço era de 42 a 48 mil dependendo do horário o que seria uns 270 a 300 reais. Mas um dia eu vou lá.

Passamos o dia curtindo cada uma das piscinas com muiiiiita preguiça. kkkk

Saimos de lá pelas 17:30 h para ver se conseguiamos sacar dinheiro do Wesstern Unnion (a partir daqui vou chamar apenas de WU). No aplicativo dizia que as lojas funcionavam até as 19 h, estava errado... Chegando lá a atendente disse que o sistema WU só funcionava até as 18 h apesar da loja só fechar as 19 h.

Depois disso fomos dar uma volta pela praia do lago Villarrica e ver os corajosos que ainda estavam tomando banho apesar do vento já frio do entardecer e da água gelada do lago. O local estava até bem cheio o que nos fez imaginar que durante a tarde aquele local devia lotar.

Fomos a uma lanchonete e comemos um belo lanche de jantar. Voltamos para a cabaña e mais tarde fomos dormir.

Termas Trancura: 30 mil pesos chilenos = a R$ 190, mais ou menos.

 

Editado por Marcelo Manente
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Em 28/01/2024 em 10:24, Marcelo Manente disse:

7° dia - 01/01/2024 - de San Martin de los Andes a Pucón - Chile - 185 Km.

Acordamos tarde, 9 da manhã, mas só porque o café era até as 10 h, hehehe. Tomamos nosso café com as famosas media lunas (croissant), torradas e 2 mantequilhas cada, mais dois doces.

As 10 botamos o pé na estrada. Como o paso que queriamos ir não deu certo por causa da reserva do ferry boat mudamos a rota e fomos pelo paso Mamuil Malal que é a ruta 60.

Por isso tivemos que voltar atrás até Junin de los Andes, passar a cidade e logo depois da ponte do rio Chimehuin sair da ruta 40 para a 60.

O legal dessa ruta é que ela passa pelo outro lado do vulcão Lanin, pois no dia 30/12 nós passamos pelo contrário dentro do parque Lanin. Apesar de que a ruta 60 também atravessa uma parte do parque Lanin que é gigantesco com seus 4120 km2. 

Passamos por dentro de um bosque de araucárias que são um pouco diferentes das que temos no Brasil. Elas tem galhos desde baixo na sua maioria, enquanto no BR elas geralmente só tem galhos no topo. As pinhas são bem parecidas com as do BR, mas parecem ter mais espinhos e as árvores parecem carregar mais o que aqui.

A estrada tem um trecho de uns 15 km que é de terra dentro da Argentina. Todo este trecho é muito cênico por estar "atrás" do vulcão Lanin, então a todo instante estavamos parando e tirando fotos.

Paramos num local que parecia ser a aduana para ver se era ali que fariamos a saida da Argentina. Não era ali. O local era uma espécie de central do parque Lanin e ficava na entrada do lago Tromen. Nem estávamos pretendendo ir, mas o André ficou com vontade de conhecer o lago e como estávamos com tempo, pois a quilometragem era pequena, resolvemos ir.

Na entrada do lago tem uma cancela, é só levantar ela e depois baixá-la. A estradinha é estreita e meio complicadinha, passa por um córrego. Tinha muita poeira, mas fiquei imaginando que numa eventual chuva ela ficaria bem ensaboada. Passa qualquer carro, mas é melhor um carro mais alto.

Chegando a beira do lago fomos prontamente recepcionados por montes de tábanos, as mutucas/butucas da região patagônica, que vivem nas beiras de lagos. E gente!!! Os bichos são gigantes de modo que uma picada doi pra caramba. Veja neste link informações sobre os bichinhos infernais. https://conheciecurti.com.br/tabanos-chile/#:~:text=Ele é um inseto negro,e a luz do sol.

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Ficamos um bom tempo tirando fotos e admirando a região. O local tinha mesinhas e parrillas (churrasqueiras) e os argentinos foram chegando e tomando os lugares para passarem o dia.

Num dos locais que fomos tirar fotos tinha uma árvore caida bem grossa em que um de seus galhos ficava sobre a água do lago. Resolvi subir lá e pedi para o André tirar uma foto minha com meu celular (ainda bem). Subi no galho e estava tudo bem até uma rajada de vento me desestabilizar e o galho começar a oscilar de um jeito que me desequilibrou. Ai já viu né: olhei pra baixo, vi um lugar melhor para aterrisar dentro da água e pulei... Só que ao aterrisar de pé, me desequilibrei e cai de bunda na água que, ainda bem, não era muito funda e não muito fria. Só o suficiente para molhar minhas calças e darmos muitas risadas.

Ali mesmo na beira do lago fizemos o nosso almo-lanche e a seguir voltamos a estrada. 

Poucos kms a frente já chegamos a aduana da Argentina e demos saida do carro e nossa. Foi bem tranquilo.

Seguimos para a aduana chilena e eu estava apreensivo pois estava com um galão de 20 l de gasolina cheio pois a gasolina no Chile é bem mais cara que na Argentina, eu queria economizar uns trocados. Sabia que eu podia perder uma parte pois tinha abastecido na saida em San Martin. 

Entramos na aduana, fizemos o trâmite interno e seguimos para a revista. O meu inspetor pediu para ver o porta malas, olhou um pouco dentro das malas, mas sem muita atenção e foi ver a parte da frente. Eu estava com o galão atrás do banco do passageiro. Ele perguntou o que era eu disse que era gasolina 20 l, ele olhou e deu uma risadinha e me mandou ir embora. O inspetor que viu o carro do André foi mais rigoroso e pediu que eles levassem as malas para fazer raio X.

Eu aguardei o André e a Neusa serem liberados e seguimos pela estrada. A partir da placa de bem vindos ao Chile a estrada era toda asfaltada e perfeita. Uma estrada linda, que passava entre lagos, montanhas e muito verde e que, em determinado momento começamos a avistar o vulcão Villarrica na esquerda da estrada. Muitas paradas para fotos.

Seguimos para a cidade pois precisávamos de pesos chilenos e já era quase 18 h. No aplicativo do Westernn Unionn dizia que as lojas afiliadas fechavam as 19 h. Chegamos na cidade e fomos na primeira, o endereço não batia com o app. Fomos na 2a loja no centro que era da Chileexpress, uma espécie de correio deles. A moça disso que o sistema da WU fechava as 18 h e já era 18:30 h. Fomos na 2a e a mesma resposta.

Sem pesos resolvi sacar dinheiro com o cartão num banco em frente a uma das agências. Peguei apenas 50 mil, mas tinha taxa de 25 reais e mais IOF. O total ficou 55500 pesos chilenos e + IOF. A cotação ficou em 143 pesos por real, o que é bem baixo considerando que no WU dava 160 por real. O André vendeu uns dólares.

Ainda ali mesmo vimos as fotos de umas termas chamadas de Trancura e resolvemos ir no dia seguinte. O André comprou ali mesmo a entrada e eu deixei pra pagar na entrada.

Fomos em busca do camping. Queriamos achar um que tivesse cabañas tbm para ficarmos juntos. Pesquisei pelo app Ioverlander e Maps e fomos batendo em vários. A maioria não tinha cabañas junto. Até que começamos a procurar cabañas para o casal e eu ia ficar num camping separado. Fomos em vários lugares e não achávamos nada. Até que batemos em uma casa que tinha uma placa de cabañas para alquilar (alugar). Uma moça e uma senhora de uns 80 anos nos atenderam e elas tinha uma cabaña para 2 pessoas. Olhei o quintal da frente e perguntei se poderia abrir a minha barraca ali pois tinha espaço suficiente. Elas aceitaram e cobraram o valor de um camping, 10 mil por noite.

Ali ficamos, eu usava o banheiro da cabaña do André e assim pudemos continuar juntos. Depois disso saimos comprar comida, demos uma passada na praia de areias negras do centro, fizemos a janta e fomos dormir. 

Custo do "camping": R$ 140,00 por 2 noites.

 

 

 

Hahaha os tábanos são a desgraça do verão patagónico, ano passado encontrei alguns em El Bolsón e Bariloche e esse ano incrivelmente eles estavam frente a frente com o glaciar Perito Moreno, ô bicho abusado.

Queria.muito ter feito esse rolê pelo parque Lanin até a fronteira com o Chile pra ficar pertinho do vulcão, tem até uma trilha que sobe ele um pouquinho né?! 

Pucon visitamos em uma outra viagem, Mari a cidade, mas fomos.no inverno, o Villarrica tava branquinho e fizemos snowboard nele 🤍

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9° dia - 03/01/24 - Pucón a Puerto Montt - 340 km.

No roteiro que eu tinha pesquisado anteriormente eu tinha planejado pernoitar em Puerto Varas. Mas pesquisando campings que tivessem cabañas para meus amigos não achamos nada. E os preços dos outros alojamentos estavam bem salgados. 

Ai achamos uma cabaña em Puerto Montt por um bom preço, com 2 quartos cozinha e banheiro. Como a distância era de apenas 40 km entre as cidades resolvemos ficar em P. Montt mesmo.

Saímos tarde e ainda na saga do dinheiro do WU resolvemos passar no centro de Pucón dar uma olhada. Nada feito, as agências não tinham o dinheiro todo ainda. 

Bora pra estrada. Queriamos seguir só por asfalto até Villarrica e depois pegar a ruta 5 Panamericana. Só que numa das curvas na beira do lago havia um grande acidente. Não consegui nem entender que tipo de carro tinha batido de tão destruído que estava.

Aqui abro um parenteses para falar dos carros no Chile: nunca tinha vista tamanha diversidade de modelos e marcas de carros na minha vida, nem nas minhas outras viagens tinha percebido isso. Dezenas de marcas que não existem no Brasil e centenas de modelos que nunca vi na vida. Na sua maioria chineses e indianos. A Mahindra é forte por lá.

Voltando a viagem, ao passar por Villarrica havia grandes engarrafamentos. Resolvemos mudar a rota e seguir mais em direção ao sul ao invés de ir para oeste. Tudo estav bem, estradas asfaltadas, até que o asfalto terminou e rodamos longos quilometros até reencontrar boas estradas e cair na ruta 5. A partir dai foi só 6ª marcha e diminuir para pagar pedágios.

Chegando em P. Montt pesquisamos no app do WU um lugar para sacarmos a grana. Vimos que um supermercado próximo de onde ficariamos tinha WU. O Mercado Jumbo. Roteei para lá e ao chegar na rua tinha um desvio por causa de um conserto na via e não pudemos entrar no mercado. Foi uma confusão para poder dar uma grande volta e entrar no mercado finalmente.

E tudo isso foi por NADA!!!!! A b0$#@ do WU tinha informações erradas. O Jumbo só faz o envio e recebe pagamentos pelo WU. Mais uma furada do app que desta vez nos deixou bem irritados.

Saimos de lá indignados e fomos achar a casa. Chegamos lá e fomos logo atendidos por um encarregado que nos mostrou a "cabaña" e disse que tinha outra melhor por 5 mil a mais. Ficamos com a melhor. Nem lembro o valor pq parei de anotar.

Jantamos e fomos dormir tarde como sempre. 

 

 

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10° dia - 04/01/2024 - P. Montt a Saltos Petrohue a Vulcão Osorno a P. Montt - 170 Km.

Acordamos cedo, não... as 9 h para sair as 10 depois do café. Pegamos alguns engarrafamentos na saida da cidade e depois pegamos uma ruta chamada V-505 que liga P. Montt a Puerto Varas para a seguir pegarmos a ruta 225 que passa pela beira do lado LLanquihue até Ensenada. O dia estava lindo com muito sol, ceu azul e algumas nuvens que davam um visual espetacular. Seguimos parando para fotos pela beira do lago.

Aqui deu pra ver que pouquissimas áreas do entorno do lago são abertas ao público sendo a maioria, uns 99%, de propriedades privadas fechadas ou hotéis, loteamentos, resorts, campings, cabañas etc. Na volta do passeio vimos que  cada lugar que era público estava coalhado de carros estacionados em cada cantinho livre e as praias do lago estavam todas lotadas.

Chegando a vila de Ensenada seguimos em frente e logo mais viramos a direita para ir primeiro aos saltos do rio Petrohue. Na entrada paga-se 45 reais e só aceitam cartões. Se vier com dinheiro vivo vai bater na trave. O rio tem uma cor azul esverdeada lindíssima e de uma transparência incrível. Dava pra ver as trutas por todo o rio. Os saltos nem são assim tão lindos, mas o entorno com os vulcões Osorno e Calburca ao fundo e aquela água impressionam os sentidos. Dentro do parque, que é bem pequeno, tem uma trilha de uns 900 a 1000 metros com mais alguns mirantes. Eu diria que o valor é um pouco alto para tão pequeno parque.

Saimos de lá se seguimos até o final da estrada onde fica o lago de Todos os Santos. Pretendiamos almoçar ali, mas não achamos restaurante nenhum.

Demos meia volta e seguimos em direção a Ensenada de novo. Quase chegando na vila viramos a direita no sentido do vulcão Osorno, e mais uns poucos kms a frente entramos a direita novamente e começamos a subir as encostas do vulcão.

A estrada já é linda e tem vários mirantes para se admirar o entorno e o vulcão. Mas cuidado, a estrada é estreita e com curvas bem travadas de modo que o ideal é subir a 40 ou 50 por hora para não se prder em uma curva mais fechada ou dar de cara com um veículo descendo ou subindo.

Chegamos finalmente ao mirante principal. Lá tem um grande estacionamento pois o Osorno no inverno é uma pista de ski. Descemos do carro fomos tirar fotos e perguntar qual era o valor do teleférico. WSão dois "lances" de teleférico. O preço era bem alto, 27 mil = 168 reais para os 2. Dava pra ir 1 só e era mais barato. Nesse momento eu pensei: "acho que talvez nunca tenha uma oportunidade como essa." Ai falei que ia subir, o André e a Neusa se animaram e foram junto.

Melhor dinheiro gasto na viagem toda. Nunca vou me esquecer daquela ascensão e do visual do lago, do vulcão e tudo o mais que nossas vista podiam alcançar. As fotos não conseguem passar a dimensão da beleza do lugar. Simpesmente maravilhoso. A cereja do bolo da viagem. 

Para coroar a subida na estação final do 2° teleférico chegamos a neve que ainda não estava derretida. Até deitei na neve. Mas como era numa encosta, andar era bem perigoso. Do 2° teleférico ainda havia um trecho de uns 200 m sem neve que dava para subir por um caminho de muita pedrinha solta e poeira. Subimos todo e ficamos contemplando e tirando diversas fotos de todos os ângulos possíveis.

Descemos de lá felizes por ter escolhido ir. Na volta paramos num restaurante em Ensenada e eu pedi um prato chamado "chupe de truta". Era como um empadão de peixe muito saboroso e grande, quase não consegui comer tudo.

Chegamos a P. Montt a tempo de poder resolver a nossa saga do WU. Finalmente fomos em uma loja no centro da cidade que pagou os valores que cada um tinha enviado para receber sem problemas. 

Voltamos pra casa, fizemos a janta e depois dormimos cansados mas felizes.

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11º dia - 05/01/24  P. Montt a Ancud a Castro - 181 Km.

O dia amanheceu nublado e garoando. Vendo a previsão ficamos meio desanimados pois teria chuva por uns 5 dias pelo menos. Mesmo assim mantivemos o roteiro (inicialmente).

Tomamos café e pegamos a estrada debaixo de chuva que hora melhorava, ora piorava. Depois de 60 km chegamos ao porto onde o ferry boat já estava ancorado e fomos os dois ultimos carros a entrar. A travessia foi curta e custou em torno de 60 reais. Infelizmente por causa do tempo nem dava pra ver se o entorno era de se admirar e tirar fotos.

Logo desembarcamos na Isla Chiloé. Pegamos a ruta 5 e depois de 30 km entramos em Ancud, uma pequena cidade de uns 40 mil habitantes. Procuramos saber das atrações pela internet e fomos até um forte na cidade chamado San Antonio. Achamos bem sem graça o local. Ai resolvemos almoçar, mas antes passamos pelo mercado municipal de Ancud.

Lá tinha o tradicional: artesanatos de diversos tipos e restaurantes. Ficamos ali olhando os artesanatos e resolvemos almoçar. Dentro do mercado tinha um restaurante chamado Martin Pescador, lá eu pedi um prato chamado mila de mariscos, era como uma sopa com uns 4 a 5 tipos de mariscos diferentes. O prato veio decorado com uma grande pimenta verde cortada que ficava sobre a sopa. Como não sou de pimenta tirei ela de lado e o André e a Neusa comeram. Eu até peguei um pedacinho, porem achei fuerte demas. A sopa estava deliciosa e eu comi tudinho.

Depois desse lugar tinhamos planejado ir em outra parte da ilha, mas a chuva forte atrapalhou nossos planos. Não adiantava ir num lugar para ver algo se nem do carro dava pra sair.

Seguimos então para Castro pela ruta panamericana 5. Numa estrada sem muitos atrativos e debaixo de chuva, após 85 km chegamos a Castro, uma cidade um pouquinho maior que Ancud, 43 mil habitantes, entretanto com um trânsito simplesmente desanimador. Engarrafamentos a perder de vista. Antes de sair de Ancud tinhamos reservado uma cabaña com 2 quartos.

Depois de dar umas voltinhas na cidade fomos até o local. Chegando lá ninguém atendia. Entrei em contato com o(a) dono pelo Booking que me disse que a casa já estava alugada e que não tinham dado baixa no sistema. Ficamos chateados. Olhei no maps e havia um hostal próximo e fomos verificar. Chegando lá eles tinham quartos, o preço era razoável e ficava em fente a um mercado. O nome é Hostal Santa Fé. 

Nessa noite não saimos e apenas comemos empanadas e outras coisas que tinham sobrado de lanches no refeitório do hostal mesmo. Dormimos tarde pra variar.

 

 

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