Membros Este é um post popular. FelipeMendes Postado Outubro 27, 2023 Membros Este é um post popular. Postado Outubro 27, 2023 (editado) Prezados, estive com minha companheira entre os dias 12 e 24 de outubro de 2023 em viagem ao Atacama e Uyuni, com rápida passagem por Santiago na chegada. Vou apontar aqui algumas dicas que acho relevantes, com alguns preços, e fico à disposição para tentar esclarecer eventuais dúvidas de quem está com planos de ir pra lá. Voos - Voamos de Latam do Rio para Santiago; depois de Santiago para Calama; e depois de Calama para o Rio (com conexão em Santiago). Ficou ligeiramente mais barato comprar as três passagens separadas, mas a perna de Santiago para Calama não teve parcelamento, pois teve de ser comprado diretamente na Latam Chile, e só parcela na Latam Brasil. Não tenho nada a reclamar dos voos, tudo tranquilo. Minha companheira é vegana, solicitou alimentação especial e recebeu nos quatro voos (contando os dois voos da volta, que teve conexão). Compramos a passagem que dava direito a uma mala de mão além da bolsa pequena. A Latam parece estar sendo bem rigorosa para cobrar o despacho de quem compra a passagem mais barata, que não dá direito a mala, apenas a uma bolsa que caiba debaixo do assento. Recomendo baixar filmes, séries e músicas no celular, pois o sistema de entretenimento dos voos não funciona sempre e tem poucas opções (não tem telas nas poltronas, é preciso usar o telefone celular para acessar o sistema). Hospedagens - Passamos duas noites em Santiago, no Hostal Forestal, reservado pelo Booking. Foram cerca de 50 dólares por noite. A primeira noite foi cobrada no cartão de crédito na véspera; a segunda, pagamos em dinheiro (se pagar em dólares ou cartão de crédito estrangeiro não é preciso pagar o imposto chileno de 19%). O Forestal tem quartos privativos (que pegamos) e coletivos. Achei uma opção muito honesta. A localização é maravilhosa, muito perto de estação de metrô (vale lembrar que é possível pegar um ônibus barato e confortável do aeroporto de Santiago até o metrô, e, nesse caso, nem precisará fazer baldeação de linhas para chegar ao hotel). Também fica na região da Bellavista, uma das mais importantes da cidade. Tem café da manhã (extremamente simples), os funcionários são atenciosos e prestativos. Se voltar a Santiago, certamente levarei em conta como opção. Em San Pedro de Atacama, ficamos no Hostal Katchi, também tendo feito a reserva pelo Booking. É uma "guesthouse" bastante simples, mas muito limpa (fizeram a limpeza do quarto e trocaram a toalha todos os dias), com cozinha bem equipada e com staff muito atencioso. Precisei trocar dias de minha hospedagem quando já estava lá (as datas da viagem para a Bolívia precisaram ser alteradas) e a mudança foi feita sem qualquer problema. A diária ficou em aproximadamente 36 dólares (mais uma vez, pagos sem imposto, com cédulas de dólar). O único porém que coloco sobre essa hospedagem é que não é exatamente colada no centrinho, são cerca de 10 minutos de caminhada até a rua Caracoles, a principal da cidade. Para nós não foi um problema, até por haver minimercados e restaurantes a poucos metros do Katchi – e também pelo fato de eles buscarem no hotel para todos os passeios – mas fica o alerta. Na Bolívia, ficamos nas hospedagens oferecidas pela empresa que contratamos para fazer o tour de 4 dias/3 noites no Uyuni. Falo mais à frente. Dinheiro e câmbio - A maioria das pessoas já deve saber, mas reforço: as coisas no Chile são caras. Uma refeição nos lugares mais turísticos de Santiago ou em San Pedro do Atacama custa, em média, uns 7 mil pesos (algo próximo de 8 dólares na cotação de outubro de 2023). Há opções um pouco mais baratas, e também muito mais caras. Uma coisa que me ajudou muito foi a dica que peguei de um amigo sobre a conta e o cartão Wise. As taxas são realmente muito favoráveis, e o cartão é aceito por todo lado em Santiago e San Pedro. Fui transferindo dinheiro aos poucos para minha conta Wise, usando o Pix, à medida que precisava. Sem dúvidas foi a melhor opção. No fim da viagem sobrou muito pouco dinheiro lá, e usamos para comprar uns vinhos no aeroporto de Santiago. Levei alguns reais para trocar por pesos chilenos no centro de Santiago, pois nos tours em San Pedro é preciso pagar algumas coisas com dinheiro em espécie, como entradas em parques (há diversas casas de câmbio em San Pedro, mas cobram mais caro) e as taxas para o saque do Wise são um pouco desvantajosas. Não sei dizer sobre os custos gerais na Bolívia, pois o tour cobre todas as despesas essenciais. Só é preciso levar uma quantia em moeda boliviana para pagar entradas nos parques (dá 186 bolivianos no total) e eventuais compras de lembranças ou uma ou outra coisinha por lá. Se a viagem for no ritmo extremamente econômico, não é necessário nada além dos 186 bolivianos. Troquei 100 euros por 700 bolivianos no centro de San Pedro (não cheguei a ver a cotação em Santiago pois não sabia quanto ia precisar). Ao final, sobrou uma quantidade considerável, aí voltei à casa de câmbio e troquei por pesos chilenos para usar nos últimos dias em San Pedro. Santiago - Na prática, passamos apenas um dia inteiro em Santiago. Já tínhamos estado por lá e o objetivo principal dessa viagem era o Atacama/Uyuni. Chegamos à noite, fomos ao hotel, comemos qualquer coisa e, no dia seguinte, fizemos a visita ao Palácio de La Moneda (gratuita, é preciso reservar com alguma antecedência clicando aqui); uma visita à vinícola Cousiño Macul, à qual se pode chegar de transporte público (escolhemos o tour de bicicleta, que custa 24 mil pesos por pessoa, dá direito a provas de uns 5 tipos de vinho e uma taça de presente) – é possível fazer a reserva e só pagar presencialmente, no dia; e depois passamos pelo Cerro San Cristóbal, subindo de funicular, e terminamos o dia comendo e bebendo na rua Pio Nono, que tem vários restaurantes e pubs, com preços na média da cidade (um pouco caros, mas não abusivos). Editado Outubro 27, 2023 por FelipeMendes 1 4 1 Citar
Membros FelipeMendes Postado Outubro 27, 2023 Autor Membros Postado Outubro 27, 2023 (editado) San Pedro de Atacama - San Pedro é a base para visitar os principais pontos do deserto do Atacama. É uma cidade pequena e completamente voltada para o turismo. O deserto tem muitos tours diferentes, e fizemos oito deles: Astronômico; Valle de La Luna; Piedras Rojas/Lagunas Altiplânicas; Geisers del Tatio; Laguna Baltinache; Purilibre (também chamado de Puripobre); Valle del Arcoíris; Vallecito. Não vou descrever cada um deles, é possível encontrar as informações no Google. Quem tiver dúvidas pontuais, terei prazer em responder. De todos os tours que fizemos em San Pedro, o único que reservamos com antecedência foi o Astronômico, pois muitos relatos diziam que é comum que as vagas se esgotem. Fizemos com a Astrotour, e recomendo muito. O guia Patricio foi extremamente atencioso e se mostrou muito preparado. Demos sorte, pois nosso grupo só tinha mais duas pessoas (com isso tivemos mais fotos que o que era previsto) e o céu estava muito limpo. Eles oferecem um pequeno coquetel. Custou 36 dólares por pessoa, pago pelo Paypal. Outras pessoas fizeram em outras empresas e reclamaram que foi mais corrido. Os outros tours reservamos já em San Pedro. Batemos pernas pelas agências. Os preços variam, mas não muito. Acabamos fechando com o Martín (whatsapp: +56 9 9836 9065), na agência Ecoaventura. O preço dele foi um dos melhores, mas não o mais baixo. Como tinha sido muito atencioso, voltamos lá e propusemos de ele igualar a melhor oferta, e assim foi feito. Em média, paga-se cerca de 30 mil pesos (algo entre 30 e 35 dólares) por tour, variando pra cima ou pra baixo. Alguns, porém, têm custo adicional com as entradas nos parques. No total, pagamos 175 mil pesos por pessoas por seis tours (todos os listados dois parágrafos acima, exceto Astronômico e Vallecito – sobre o qual falo um pouco mais à frente). Algumas agências chegaram a oferecer o mesmo "pacote" por 220 a 230 mil pesos. Escolhemos fazer apenas um tour por dia (exceto no dia que fizemos o Astronômico, que foi combinado com o Valle del Arcoíris). É possível, porém, fazer dois por dia, já que a maioria deles dura apenas a manhã ou a tarde (dos que fizemos, o único de dia inteiro foi Piedras Rojas). Certamente fica ainda mais cansativo que o normal, mas muita gente faz assim. Todos os tours têm pelo menos uma refeição (café da manhã, almoço ou coquetel) incluída, e te buscam no hotel (se preferir, pode esperar na agência para os tours da tarde). Em geral, na volta, te deixam no centro da cidade. A roubada: fuja da agência Mitampi - Como disse, reservamos seis tours inicialmente em San Pedro (além do Astronômico, que já tinha reservado). Não faríamos o Vallecito, mas decidimos fazer de última hora no dia que voltamos da Bolívia, pois havia bastante tempo e estávamos menos cansados do que imaginávamos (e já tristes pelo retorno ao Brasil, querendo aproveitar os dias que sobravam). Assim, falei com o Martín novamente quando estávamos na estrada retornando do Uyuni e combinei o Vallecito, que ficou por 27 mil pesos (cerca de 30 dólares). Como é comum nesse tipo de serviço, as agências terceirizam entre elas as operações para otimizar a ocupação dos veículos. No caso, quem realizou nosso passeio foi a agência Mitampi. Já na ida, estranhamos um pouco, pois guia e motorista não pareciam se entender sobre os caminhos a percorrer. O tour em si teve apenas três paradas – disparado o mais curto que fizemos. Entretanto, o pior ainda estava por vir. Na volta, pelo meio do deserto, o microônibus atolou. Motorista e guia, que ali deixavam claro que não conheciam bem o caminho, tentaram desatolar, contando com a ajuda dos passageiros. Obviamente quanto mais tentávamos, mais a roda atolava. E o guia demorou muito a fazer contato com a agência. Quando fez, disseram que não havia outro veículo para nos buscar, e que um 4x4 seria enviado para retirar o ônibus. Resumindo, foram cerca de três horas esperando a chegada e no processo de retirada do microônibus dali, com direito ao 4x4 ficar "patinando" enquanto puxava. Uma experiência bem ruim, e com péssima gestão por parte do guia. Quando a internet permitiu, conversei com o Martín, e combinei que falaríamos sobre no dia seguinte, quando retornasse do último tour que faríamos no Atacama. Ele pediu para eu falar diretamente com a agência onde efetivamos o pagamento. A pessoa que nos atendeu foi solícita, e fez contato com a Mitampi. Eles já sabiam do episódio, e demos alguns detalhes. A moça foi compreensiva e acionou a Mitampi por telefone. Eles foram completamente intransigentes, afirmaram coisas como "o tour foi realizado", "o coquetel foi consumido" e outras bobagens. Recebemos ressarcimento de 10 mil pesos por pessoa (referentes à parte da agência com a qual fechamos o tour), mas a Mitampi bateu o pé e não devolveu nada. Problemas podem acontecer, óbvio, mas é preciso oferecer assistência quando se presta serviços. E esse não é o caso da agência Mitampi, de San Pedro do Atacama, que dá de ombros quando tem de lidar com essas situações. Fica o alerta. Editado Outubro 27, 2023 por FelipeMendes 3 Citar
Membros FelipeMendes Postado Outubro 27, 2023 Autor Membros Postado Outubro 27, 2023 (editado) Uyuni - Também reservamos o tour do Uyuni já no Brasil, para podermos ter as datas garantidas e confirmar as hospedagens em San Pedro. Li muitas boas referências sobre a agência Cordillera Traveller, e coisas ruins sobre algumas outras, e decidi reservar com eles. É uma agência boliviana com escritório em San Pedro de Atacama. Você vai tratar diretamente com os responsáveis da empresa. O tour de 4 dias e 3 noites custou 250 dólares por pessoa. Paguei 100 antecipadamente e os outros 400 já em San Pedro. Outras pessoas pagaram menos que isso em outras agências, mas soube de alguns problemas. Por exemplo, uma pessoa que conhecemos em San Pedro ficou sem água (não tinha nem mesmo fria) e sem energia na primeira noite na Bolívia. O preço sempre inclui traslados, hospedagens e todas as refeições. Minha companheira, como já falei, é vegana, e eles se esforçaram para oferecer opções em todas as refeições. Ela disse ter ficado muito satisfeita. A comida no geral era sempre muito boa e farta. As hospedagens são honestas. Na primeira e terceira noites, dormimos em uma pequena pousada de propriedade da própria Cordillera. Essa é bem simples, com banheiros compartilhados. Poderia ser um pouquinho mais caprichada, mas tem água quente, bons cobertores (faz frio pra caralho) e energia elétrica. A segunda noite passamos em um hotel de sal, bem mais estruturado, com banheiros privativos. O guia, Max Abrahan, foi um caso à parte. Muito bem informado, gentil, bem humorado, extremamente preparado (seja para fazer as refeições, seja para trocar um pneu furado – algo que acontece quase sempre por lá). Nosso grupo era de oito pessoas, divididas em dois carros (demos sorte, pois os carros levam até seis pessoas cada um). Os carros estavam sempre juntos para prestar assistência em caso de necessidade. Enfim, recomendo a Cordillera de olhos fechados, e acho que a economia proporcionada por outras empresas pode não valer a pena, dados os relatos de pessoas que as contrataram. Como disse anteriormente, os únicos gastos obrigatórios além do que você vai pagar a agência são 186 bolivianos para entradas nos parques. Recomendam levar cerca de 300 (para comprar artesanato ou alguma comida ou bebida fora do circuito, por exemplo), mas se você não quiser/puder gastar nada a mais, não vai passar aperto nem vontade. É isso, pessoal. Qualquer dúvida que eu puder esclarecer, estarei à disposição. Abraços! Editado Outubro 27, 2023 por FelipeMendes 4 Citar
Membros esobrall Postado Novembro 27, 2023 Membros Postado Novembro 27, 2023 Oie, estou montano meu roteiro e preciso escolher ente o valle del arcoíris e o vallecito, na sua opinião qual vale mais a pena? Citar
Membros FelipeMendes Postado Novembro 27, 2023 Autor Membros Postado Novembro 27, 2023 23 minutos atrás, esobrall disse: Oie, estou montano meu roteiro e preciso escolher ente o valle del arcoíris e o vallecito, na sua opinião qual vale mais a pena? Olá! Valle del Arco Íris, com certeza. Citar
Membros Sayurimoreira Postado Dezembro 11, 2023 Membros Postado Dezembro 11, 2023 Olá, Felipe! Nossa, muito obrigada pelo relato e os detalhes sobre hospedagens, preços e tudo mais. Irei ao Atacama em janeiro de 2024 e irei utilizar as suas dicas com toda certeza. Tenho uma dúvida quanto ao pagamento dos passeios na agência, você passou o cartão da Wise? E sobre as entradas dos parques, eles aceitam cartão ou apenas dinheiro em espécie? Citar
Membros FelipeMendes Postado Dezembro 11, 2023 Autor Membros Postado Dezembro 11, 2023 2 minutos atrás, Sayurimoreira disse: Olá, Felipe! Nossa, muito obrigada pelo relato e os detalhes sobre hospedagens, preços e tudo mais. Irei ao Atacama em janeiro de 2024 e irei utilizar as suas dicas com toda certeza. Tenho uma dúvida quanto ao pagamento dos passeios na agência, você passou o cartão da Wise? E sobre as entradas dos parques, eles aceitam cartão ou apenas dinheiro em espécie? Oi, Sayuri, tudo bem? Na agência paguei com o cartão Wise, sim. Eles cobraram 5% de taxa, se não me engano. Na ponta do lápis, levando em conta a cotação do Wise e o valor que eles ofereciam no câmbio dos dólares ou euros, ainda assim valeu muito a pena, uma diferença de uns 10%, se não me engano, quando chegava ao fim da cotação em real e do valor que paguei pra transferir em reais pro Wise e pagá-los (não sei se ficou claro – resumindo, vale mais a pena pagar com Wise, mesmo com esses 5%, do que pagá-los em euros ou dólares. Reais não são aceitos). Sobre as entradas dos parques, algumas delas aceitam pagamento prévio pela internet. Acredito que nenhuma aceite cartão (mas não tenho certeza). De toda forma, na maioria dos casos você terá que ter dinheiro em espécie. Aproveite a viagem, é incrível! Citar
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