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@Juliana Champi  Nem fale em Pachamama,me lembra a maldita Bolívia e tudo que passei lá na UTI há 10 anos. 

Falando sério, a universidade não funciona mais ali há anos.Lugar é só história mesmo. Córdoba é cidade grande, mas como falo aqui sempre, passei vários carnavais em Villa Carlos Paz,o último em 2020.

 

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11 DE SETEMBRO DE 2023 (SEGUNDA): MENDOZA

Antes do dia em si, vamos pro lugar que ficamos:

https://www.airbnb.com.br/rooms/54054319?source_impression_id=p3_1696702306_OeYnsVkz4M%2FCkwRv

Boa localização, funcional, tinha garagem interna, check-in por cofre, gostamos. Não tivemos muito contato com a host, mas tb não tivemos nenhum problema, gostei! Só não indico para quem tenha algum problema de mobilidade, pois o acesso é por uma longa escada circular externa. Paguei cerca de 200 reais por noite para duas pessoas, foi a hospedagem mais cara da viagem... pq Mendoza é mesmo bem mais cara que todo o resto, já que é a Disney alcoolatra do brasileiro, rs!

O dia de hoje foi dedicado a bater perna pela cidade... tomamos café na rua, fomos em lojas de discos que o Gui tanto ama, fizemos aquele rolê clássico pelo centro histórico, letreiro, parques, mercado central (onde almoçamos), cidade com centrinho simpático!

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Desbravando Mendoza!

Uma coisa que chamou muita atenção assim que chegamos foram as “séquias”, que são verdadeiras valas entre a calçada e a rua por onde a água de degelo dos Andes é distribuída amplamente nos meses quentes, irrigando boa parte do território da província, que em plena região desértica, é um super polo produtor de diversas frutas!

Esse sistema de irrigação é pré-colombiano e foi aperfeiçoado modernamente, é muito incrível! Tem muito assunto sobre isso, mas é difícil abordar no relato, rs!

Depois do almoço fomos fazer nada no parque San Martin, e finalmente chegou a hora de um rolê que eu queria muito, visita a uma Olivícola, na real, a número 1 do mundo, a Laur!

A visita guiada + degustação (sim, olivícola funciona igual vinícola, haha) deve ser agendada previamente pelo site, pois há limite de vagas e pelo jeito as visitações sempre esgotam, não tem como encaixar na hora! Se não me engano pagamos 3500 pesos por pessoa pelo tour com degustação.

Eu amei muito!!! Eu tinha uma ideia muito remota de como as coisas funcionavam e lá aprendi um monte de coisas. Eles falam sobre o cultivo, irrigação, variedades de azeitonas, épocas e formas de colheita, técnicas ancestrais e modernas de produção do azeite, e de quebra, no mesmo espaço, ainda tem produção de aceto, que tb tem várias técnicas e tipos de acetos!

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Olivícola Laur, o quanto a gente adorou esse passeio!

Degustamos 5 tipos de azeite, 2 de aceto, uma taça de vinho e 4 variedades de azeitonas e eu achei legal pa um caray, indico demais! Fizemos uma outra visita em outra olivícola que foi muito diferente e tão sensacional quanto esta que logo eu vou contar tb!

Neste dia passamos no mercado e fizemos comida em casa!

 

12 DE SETEMBRO DE 2023 (TERÇA): MENDOZA (Termas de Cacheuta e Represa Potrerillos)

Pegamos a estrada cedo com destino a Termas de Cacheuta, fizemos sanduíches, levamos bebidas, a ideia era passar o dia! Mas é claro que não tivemos paciência pra isso, kk!

Da estrada víamos a cordilheira nevada ao fundo, com aquela luz laranja do sol da manhã, era bonito demais!

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Montanhas nevadas, minha paixão!

As termas de Cacheuta ficam ao sul de Mendoza, cerca de 1h de carro do centro. São bem famosinhas, considere reservar pela internet se for em alta temporada ou fds, tem capacidade máxima de lotação! Chegamos alguns minutos antes de abrir e estacionamos bem pertinho na casa de um morador que nos cobrou uma merreca (pagamos até mais depois, era um velhinho bem judiado). Tem um suposto estacionamento público mais pra cima, mas tá cheio de flanelinhas!

O povoadinho que se formou ao redor das termas é muito humilde, mas simpático... vc pode deixar pra comprar comidas e bebidas ali caso não queira almoçar nas termas.

As termas têm uma estrutura super boa... muitas e muitas mesas na área coberta, servem rango (que nos pareceu ser muito bom, mas não provamos), tem um mercadinho, armários pra deixar as coisas, toalhas e roupões pra alugar, e na parte lá perto do rio tem meio que umas churrasqueirinhas que são ocupadas por ordem de chegada! Acho que pagamos 3000 pesos pra entrar, achamos muito bom!

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Termas de Cacheuta! Incrível!

Era dia de semana e estava bem frio, então a galera se aglomerou nas áreas cobertas e nas externas mais quentinhas... conforme as piscinas vão ficando mais baixas, vão ficando mais geladas. Mesmo assim não teve uma lotação que incomodasse. A maioria da galera lá era argentina mesmo, seguido de alguns brasileiros e uruguaios!

Passeamos por tudo, derretemos em todas as piscinas quentes possíveis, comemos nossa comida, tomamos algo que tínhamos levado na térmica, mas na hora do almoço a gente já tava de boas de ficar lá... e tínhamos um tour de vinícola (o único que fizemos) agendado pras 16h só.

A vinícola era nessa região tb, então não valia a pena voltar pra cidade... decidimos antecipar a represa Potrerillos que seria visitada somente no dia seguinte, e foi muito acertada nossa decisão! Pq a gente ficou muitas horas passeando por ela e parando em todos os pontos possíveis de observação, com algumas caminhadas... foi bem legal!

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Represa Potrerillos... responsável por acumular água de rios e degelo dos Andes e abastecer boa parte da Província de Mendoza!

Finalmente fomos até a Vinícola Susana Balbo que eu queria muito conhecer pela história da dona e qualidade dos vinhos, claro! É necessário agendar com antecedência, se não me engano pagamos 16 mil pesos pelo tour que escolhemos (tem vários tipos, preços variados).

A visita foi incrível, acabamos fazendo sozinhos, só eu, Gui e o guia Diego, e a degustação foi bem legal!

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Susana Balbo, bem bonita!

ATENÇÃO ALCOOLATRAS: não lembro se já falei antes nesse relato mas vc deve reservar roles, degustações, almoços/jantas ou até mesmo visita à loja com bastante antecedência (mais de um mês na baixa temporada por exemplo) nas principais vinícolas de Mendoza, e se prepare pra pagar verdadeiras fortunas pra visitar as queridinhas de brasileiros, tipo El Enemigo, Luige Bosca e etc. Eu tinha uma janta agendada na El Enemigo mas desmarquei na véspera pq informaram um reajuste de última hora (está claro na reserva que isso pode acontecer) e ela ia me custar mais de MIL REAIS, sim, na verdade um pouco mais de 1000 reais pra jantar... hahauaha não né!

Depois de ficarmos molinhos na Susana Balbo, jantamos na rua onde não me lembro mais e fomos pra casa, eu estava bem ansiosa pelo dia seguinte!

 

13 DE SETEMBRO DE 2023 (QUARTA): MENDOZA (Alta Montanha)

Acordamos com 5 graus e nosso destino era o Parque Provincial do Aconcágua, mas com muuuita coisa no caminho! O dia estava com céu mais claro que ontem, então o horizonte de montanhas nevadas estava ainda mais impressionante.

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On the road!

Como já tínhamos explorado a Potrerillos no dia anterior, nossa primeira parada foi no letreiro de Uspallata, mas assim, a estrada é que é o destino! Eu tenho amigos que fizeram esse rolê com agência e não gostaram pq pára muito pouco em lugares legais e muito em lugares nada a ver, enfim, eu sou a eterna defensora do “do it yourself”, rs!

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O Vale de Uspallata é bonito demais, a gente parava a cada curva! Paramos em muitos lugares, linhas de trens desativadas, penhascos, túneis, calhas de rios secos, eu gosto muito desse rolê freestyle kk!

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Estrada ❤️

Tomamos cafés em paradores icônicos, almoçamos empanadas, compramos imas de geladeira novos e até colher de pau pq tava boa e barata, haha... conforme fomos subindo a estrada foi ficando toda branquinha de neve... e finalmente chegamos aos pés do teto da América.

O Aconcágua é a montanha mais alta da América e mais alta do mundo fora as situadas na cordilheira do Himalaia! A temporada de escalada ocorre apenas no verão e além de ter que ter bastante experiência em montanhismo, é preciso desembolsar uma boa grana para o passe de montanha. Enfim, apenas para informação, eu só fui lá chegar perto dela.

Nesta época do ano a trilha que vai até o lago situado ali nas imediações do Aconcágua ainda está fechada devido ao perigo das nevascas e avalanches (só abre em novembro), então só fizemos a visitação gratuita que vai até o mirador, que já foi um desafio já que a neve afundava até os joelhos, hahauaha, isso a 3 mil metros de altitude. Qualquer caminhada de dez minutos já vira uma aventura!

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Lugar mágico!

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Tava um frio pra cada um, mesmo bem protegidos, queimamos as bochechas, rs!

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Lindo, lindo, lindo!

O Aconcágua mesmo estava encoberto (deste mirante geralmente se vê uma pontinha dele), mas foi muito emocionante pra mim estar neste lugar, eu sou fascinada por histórias e paisagens de alta montanha!

Saindo dali paramos no povoado a frente onde encontra-se a famosa “Puente del Inca”, monumento natural super interessante! Tinha caído muita neve no dia anterior, o Pueblo estava praticamente soterrado!

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Puente del Inca! 

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O povoado estava soterrado de neve, muito legal ver isso tudo, tinham muitas máquinas "limpando" o mínimo para permitir o trânsito de pessoas!

Ficamos de bobeira por ali, tomamos mais um café, tentamos seguir em frete pra ver outros pontos de interesse na ruta 7 mas a estrada estava bem perigosa dali em diante, com congestionamento de caminhões, obviamente voltamos.

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Acho que já dá pra voltar, haha!

Por ali tb tem estações de esqui, elas estavam funcionando, mas não nos interessamos em parar. Voltamos pra casa já anoitecendo e ficamos por lá mesmo, sem sair pra jantar!

 

14 DE SETEMBRO DE 2023 (QUINTA): MENDOZA (último dia)

Acordamos mais tarde e preguiçosos, tomamos café na rua, perambulamos pelas ruas arborizadas de Mendoza, fomos até o Parque Central e na hora do almoço fomos até a Vinícola Pulenta State fazer um rolê rapidinho sem custo. Não fizemos tour guiado, agendei só a visita livre. Não tem como aquelas uvas darem ruim numa paisagem daquelas, incrível!

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Fotos do parque central, rua arborizada e das séquias. Tem vídeos nos destaques do insta, é muito legal!

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Pulenta State!

De lá seguimos pra nossa segunda Olivícola, essa mais dentro da cidade, chamada Maguay (tb convém reservar, é bem lotado).

Mais uma vez tivemos uma experiência única. A visita foi muito interessante e diferente da que tínhamos feito na Laur. Aqui exploramos mais a azeitona mesmo, não o azeite. Os vários tipos, as caraterísticas de cada uma... é igual os rolês de vinho, só que com azeitona! Acho que foram 1500 pesos por pessoa a visita e vale a pena demais, pfv inclua na sua visita a Mendoza!

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Maguay

E agora vamos de drama?

#PERRENGUE

O Gato Guerreiro saiu de Londrina revisado e com dois pneus novos, mas já um senhor de quase 80 mil km! Nesta altura da viagem já tínhamos pego estradas de vários tipos, atolamos na areia, patinamos na lama... e já no segundo dia começou um barulho diferente. Por termos pego muita lama neste dia, achamos que era só sujeira grudada e que logo pararia. Mas só não parou como um outro barulho começou, muito incômodo, parecia que o carro ia desmontar! 

Como no dia seguinte estaríamos de volta na estrada, eu convenci o Gui a ficar preocupado kkk, pq até então só eu estava.

Chegando em casa nós tiramos o pneu traseiro direito que era de onde estavam vindo os barulhos e percebemos que a placa de proteção que fica embaixo do carro todo tinha quebrado neste ponto, então ela estava solta, batendo!

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Ficamos aliviados pq não era nada grave, podia terminar de quebrar e na volta a gente dava conta disso, fomos dormir tranquilos para pegar a entrada no dia seguinte... que inocentes, kk!

(CONTINUA)

Editado por Juliana Champi
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A ruta 7 no verão é a estrada mais linda que conheço dos 30 países que já estive.Com neve fica impossível chegar às curvas sa antiga estrada a Chile que vai pelo antigo Paso Cristo Redentor. Nem sei se permitem subir ou se fecham tudo como o moderno Paso.As sequias acho interessante, mas bem atrasado, por isso sou contra o sistema de distribuição de água por elas,pois além de antigo, considero sujo.

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15 DE SETEMBRO DE 2023 (SEXTA): MENDOZA > TINOGASTA

Pegamos a Ruta 40 sentido norte, era dia de atravessar 3 províncias! Primeiro San Juan (8), depois La Rioja (9) e por fim, entramos na Província de Catamarca (10)!

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Placas! :D


Geralmente a galera faz base em Fiambalá pra explorar Catamarca, que tem que ter uma viagem só pra ela! Como não era nosso objetivo desta vez, acabamos optando por Tinogasta que tava mais no caminho.

A estrada foi mais uma vez maravilhosa! É impressionante como as cores vão mudando… tinha montanhas de todo jeito! Pegamos várias rutas cênicas, paramos em muitos miradores… La Rioja não tem esse nome a toa! As fotos não traduzem!

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Paisagens lindas!

As estradas estavam muito boas, vazias, e com infinitos pontos de “cruza” com riachos de degelo. Pegamos só alguns com água, mas dizem que no verão há dias em que só passa carro bem alto. Foi um dia de estrada bem bonito e agradável.

O carro continuava fazendo barulho como quem vai desmontar a qualquer momento… eu comecei a pesquisar melhor o que poderia ser mas o Gui continuava achando que tava tudo certo, rs!

Em Tinogasta pegamos uma casa pelo booking, era GIGANTE, mas meio zuada! Eu mandei várias mensagens e ninguém respondia, cheguei lá e não tinha ninguém, rs… depois de um tempo apareceu o irmão da dona, nos deu a chave e a senha do wifi. 

UMA COISA IMPORTANTE SOBRE O BOOKING NA ARGENTINA: eles não processam o pagamento. Você obrigatoriamente terá que pagar no local, e via de regra, em dinheiro. Coloque pra ver o preço no booking em peso argentino pra saber quanto é de fato, e não em usd ou real, pois na conversão dos valores, o booking usa o câmbio oficial que é mais que o dobro do que o utilizado de fato. 

Enfim, fomos no maior mercado da cidade e era uma vendinha humilde… a moça somou nosso macarrão e vinho numa calculadora pq computador ou algo do tipo não tinha não. A cidade era bem simples, água escorrendo pra todo lado (aqui eles não tem as séquias)… kk, mas não exploramos nada tb, só fomos pra casa descansar!

 

16 DE SETEMBRO DE 2023 (SÁBADO): TINOGASTA > CAFAYATE

Saímos super cedo de Tinogasta pq eu queria ver muita coisa no caminho!

Passamos por inúmeras cidadezinhas fofas, nessa por exemplo, tinha a Igreja da Barbie, hahahaha! Amei!

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Exótica não?

Depois de algum tempo chegamos na placa de Km 4040 da Ruta 40! hahauaha, fizemos algumas fotinhas e seguimos. 

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KM 4040 - RUTA 40

O carro seguia fazendo barulhos absurdos e verificamos que um farol tinha queimado. Eu já tinha quase certeza de que nosso problema (um deles kk) era rolamento, e desta forma, precisaríamos de ajuda pq não dá pra rodar com o rolamento estourado…

Paramos num posto na cidade de Belem, que é grandinha. Verificamos que a roda barulhenta estava quase fervendo (a outra estava normal), então finalmente tivemos certeza que era rolamento e FINALMENTE o Gui foi convencido de que eu tinha razão, como sempre, hahauahauaha.

Nos indicaram uma oficina no posto, mas estava fechada, aí na rua nos indicaram outra, e enquanto nos dirígíamos a ela achamos uma aberta. Era na verdade uma loja de peças, mas que tinha uma oficina grande no fundo… sábado a tarde, não tinha ninguém, milagre a loja estar aberta!

Falamos todos os nossos problemas pro dono da oficina e depois de trocar nossa lâmpada queimada ele foi chamar um mecânico… o moço chegou, ergueu o carro, e assim que encostou a chave no rolamento ele estourou de fato e foi bolinha voando pra todo lado, rs!

O dono da oficina ficou trocando ideia com o mecânico e depois de um tempo nos disse que não tinha aquela peça ali, que ele ia procurar! Montou numa joguinha e partiu. Isso era quase meio dia.

O mecânico arrumou nossa placa de proteção que tinha soltado. E ficamos ali, ao sabor das cenas dos próximos capítulos.

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Oh no!

Se o cara não achasse minha peça, o que era muito provável de acontecer, teríamos que esperar ela vir de Salta. Uns amigos de MH que estavam em Salta tb se ofereceram pra trazer se precisasse… então eu já tinha um plano B caso precisássemos ficar por ali!

Duas da tarde o dono da oficina chega de volta. Ele disse que ligou pra deus e o mundo e andou a cidade toda e não achou um rolamento compatível com o nosso… MAS… que dava pra fazer uma gambi bem segura.

O que ele tinha era milimetricamente menor que o nosso, então ele fez um “calço” no torno e botou junto com o rolamento, garantiu que era seguro e fim do drama!

GATO GUERREIRO ESTAVA DE VOLTA! :D E sem barulhos!

A lâmpada, a peça, a mão de obra e a função ficaram em 70 mil pesos, cerca de 100usd, achei bem razoável!

Seguimos. Eu tinha uma visita à vinícola agendada para às 17h em Cafayate, desmarquei, mas foi a única baixa do dia. Numa certa altura da Ruta 40 desviamos em direção a Amaicha del Vale (já na província de Tucuman - a 11ª) pra visitar o Museu Pachamama, IN-CRÍ-VEL.

O museu é a céu aberto e conta histórias de povos pré-colombianos, suas tradições, crenças e cultura, conta sobre a geologia do vale, enfim, muita coisa legal! Ficamos cerca de 1h30 por lá! No total gastamos 10 mil pesos, mas além dos ingressos compramos imãs!

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Museu Pachamama!

Seguimos pra pegar de volta a Ruta 40 onde já tinha a entrada pra outro rolê que a gente queria muito fazer, as Ruínas de Quilmes, conhecida como a Machu Picchu Argentina!

Pagamos 2000 pesos cada para entrar, e lá ficam guias da comunidade disponíveis, vc pode contratá-los ou não. O preço é tipo igual de free walking tour, vc paga o quanto puder/quiser. Acabamos pagando só 2000 pesos pro cara pq era o que tínhamos, nosso dinheiro estava acabando, mas ele merecia muito mais!

Eu já tinha alguma ideia da história desse povo, mas ouvir lá e com riqueza de detalhes foi emocionante. O lugar é realmente incrível… fizemos a trilha quase até o topo depois da explicação do guia, mas o vento estava bem forte e o sol já se escondia atrás da cidade, o que já não garantia uma vista tão legal! Visitar pela manhã garante fotos mais legais, mas pra mim a visita valeu demais!

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Cidade antiga de Quilmes - minhas fotos não ficaram boas, o lugar é incrível!

Já com a noite caindo voltamos pra estrada e entramos na 12ª província da trip! Estávamos de volta na nossa amada Salta! Chegamos em Cafayate e fomos logo pra pracinha da cidade jantar! Cafayate seria nossa cidade base pelos próximos dias!

(CONTINUA)

Editado por Juliana Champi
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@Juliana ChampiEu não gostei das Ruínas de Quilmes.E os Cardons próximo dali,não achou interessante o tamanho deles?

Esse capítulo é a parte da Argentina que não conheço tendo ido passar a Semana Santa de 2013,a última de perfeito, em San Juan. Lá Rioja e Catamarca,junto com Clorinda são as 3 províncias que faltam conhecer. 

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7 minutos atrás, D FABIANO disse:

@Juliana ChampiEu não gostei das Ruínas de Quilmes.E os Cardons próximo dali,não achou interessante o tamanho deles?

Esse capítulo é a parte da Argentina que não conheço tendo ido passar a Semana Santa de 2013,a última de perfeito, em San Juan. Lá Rioja e Catamarca,junto com Clorinda são as 3 províncias que faltam conhecer. 

Eu gostei muito, achei a história que o guia contou muito legal!
Os cardons são incríveis, imensos, embora tenha visto maiores e mais antigos em outras regiões... aqui o adensamento deles que chama a atenção! Fiz vários vídeos do alto das ruínas!

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17 DE SETEMBRO DE 2023 (DOMINGO): CAFAYATE

Já na noite anterior a gente já tinha amado Cafayate! A cidade é pequena, tem uma “vibe” San Pedro de Atacama só que mil vezes mais barata, haha! Tem uma praça central com muitos restaurantes em volta, e a medida que se afasta dessa praça a cidade já vai acabando!

A nossa hospedagem aqui foi o Hostal del Suri, pelo hotéis.com. Pagamos 9000 pesos por noite, menos de 70 reais, e gostamos demais! O lugar é muito fofo. Se tivesse um frigobar no quarto seria perfeito, mas sem problemas usar a geladeira coletiva tb! Afinal é um hostal.

Saímos a pé de casa, a cidade era pequena, bora fazer o que der a pé (me arrependi kk). Nosso primeiro destino foi a bodega “El Esteco”! Tinha que ter reserva (tinha feito pela internet pro primeiro horário, as 10h). Nossa caminhada até lá foi cerca de meia hora... o problema não foi a caminhada, e sim o sol, que antes desse horário já ardia!

Pagamos 6 mil pesos no tour guiado com degustação (preços muito inferiores a Mendoza) e foi bem legal. A bodega é gigante, a degustação teve cinco rótulos, não era nem 11h da manhã e eu já tava meio borracha, kk!

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El Esteco!

Saímos de lá num sol a pino e caminhamos até a Vasija Secreta que era bem perto! Essa é uma vinícola bem popular, com vinhos simples, e atende muitos ônibus turísticos que vem desde Salta em bate-e-volta, quase sempre com muitos idosos. Não precisa reservar e é grátis!

Chegam vários ônibus, uns atrás dos outros, e grupos grandes vão se formando. Claro que não é uma visita clássica de vinícola, mas eu e Gui nos misturamos num grupo e fomos junto, foi bem divertido. As explicações duram uns 20 min e tem mini degustação de dois vinhos, hahahauaha, bem legal! Como foi gratuita, valeu demais!

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Vasija Secreta, e o Gui com sua nova amiga!

Eles têm lá um restaurante, a gente tava com fome e bebo, acabamos comendo ali mesmo. Os pratos eram bonitos, saborosos e baratos (8 mil pesos o almoço, com uma garrafa de Torrontes).

Voltamos pra casa caminhando e suando e sarando. Pegamos o carro e fomos na Finca Las Nubes, que é a vinícola que eu ia visitar no dia anterior! Eu reservei mas não precisava, só tem que ficar atento aos horários de tour caso seja do seu interesse.

Finca las Nubes doi de longe minha favorita. O lugar é lindo, entre montanhas... muitas mesas espalhadas por entre as árvores, opções de rango bons e baratos, vários vinhos e drinks, queria estar com fome pra comer aqui. Pagamos 2700 pesos por pessoa pelo tour e degustação de 3 rótulos, a guia foi muito legal.

Depois desse rolê ficamos dando um tempo na vinícola tomando um rosé deles que é muito bom!

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Finca las Nubes!

E por fim, voltamos pra cidade, onde ali pertinho de casa era a El Porvenir... a mais chique de Cafayate. As fincas (plantações) ficam espalhadas e onde fomos é onde rola a vinificação. O sistema de degustação é um tanto diferente e eu não amei nenhum vinho deles, mas comprei uns que ajudam a comunidade local, sem rótulo. Foi interessante. Gastamos aqui 8800 pesos.

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El Porvenir! EU NÃO AGUENTO MAIS BEBER!

Bora bater perna pela cidade de novo então! Fomos nos mercados de artesanias, entramos em muitas lojinhas, compramos umas bugigangas e jantamos. Tentamos ir num restaurante fora da pracinha central, o lugar era legal, mas não bateu amor, voltamos pra pracinha e jantamos por ali (9000 pesos).

Tb compramos – eles chamam de cintilhas, eu chamo de lacre, rs... aqueles lacres de plástico sabe? Uso geralmente pra fechar mala... Pois bem, nosso parachoque tinha perdido todas as presilhas que prendia ele no carro kkkkk... a gente prendeu de volta com esses lacres mesmo e deu tudo certo, haha!

E bora dormir que o dia seguinte tinha muito rípio envolvido!

 

18 DE SETEMBRO DE 2023 (SEGUNDA): CAFAYATE

Saímos nesta manhã com destino a Cachi, pela ruta 40, mas sem necessariamente com o objetivo de ir até lá! Apesar de ser perto (100 e poucos km) a estrada é de rípio e tem muitos atrativos neste trecho, incluindo a “Quebrada de Las Flechas”.

Neste rolê a estrada é o destino. A gente foi parando em tudo que achava bonito e era muita coisa... mirantes, pequenas trilhas, formações rochosas surreais, nós ficamos extasiados com tanta beleza.

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Ruta 40: bonito infinito! Quebrada de las Flechas!

Optamos por não ir até Cachi desta vez... tem algumas coisas na Ruta 40 aí pra cima que ainda vou ter que voltar pra fazer e ver! Ficamos mesmo curtindo o caminho até onde achamos seguro com o carro meia boca e voltamos.

Daí a gente podia passar a tarde descansando... hahauahauaha, ou cogitei voltarmos na Finca las Nubes e passarmos a tarde lá bebendo e comendo... mas... não né!

A caminho de Cafayate tinha um outro lugar que eu paquerava e queria ter ido, além do Museu Pachamama e Ruínas Quilmes, mas com o lance do carro quebrado nem cogitamos ir naquele dia!

Pensei que uma nova viagem de carro praquela região estaria distante... então bora voltar pra Tucuman, fomos pra Tafi del Valle! :D 118km de Cafayate, cerca de 2h!

Tafi del Valle é uma cidade incrustada num vale de montanha! Pra chegar até lá a gente sobe muito, cerca de 2 mil mestros, e depois desce um tanto. Indo mais a frente, em El Molar, tem a Represa La Angostura... tudo muito lindo! Um frio da p*rra, estávamos muito alto, mas que paisagens lindas! Bichinhos cruzando a estrada por toda parte, aquela vista bucólica... pontes cênicas, ah eu gostei demais!

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De volta a Tucuman: Tafi del Valle e El Mollar!

Voltamos felizes pra Cafayate pra nossa última jantinha na cidade! Comemos umas pizzas espetaculares (Resto Bar) e fomos pra casa ajeitar as tralhas, no dia seguinte seguiríamos ao norte pela (agora) minha estrada favorita da vida!

(CONTINUA)

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Postado
14 horas atrás, D FABIANO disse:

@Juliana Champi Você não falou ainda na música local,a chacarera¿No bailaste?

Nos locais onde fui até este ponto da viagem não tinha rolado, mas em Purmamarca sim, foi muito legal! Não "bailei" pq não tinha bebido o suficiente hahauahauaha, mas várias argentinas sim, foi bem massa!

  • Hahahaha! 1

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