Membros Este é um post popular. Paulo Tasso Postado Abril 5, 2023 Membros Este é um post popular. Postado Abril 5, 2023 (editado) Bom dia pessoal. Mais um relato aqui, num roteiro talvez um pouco diferente. Havia feito uma viagem com um amigo em Março 2021 para a Bolívia, em plena pandemia. Fizemos o teste PCR 24h antes e fomos aceitos lá. Voamos pela empresa Boa de GRU para La Paz com conexão em Santa Cruz. Pagamos muito barato na passagem na época foi cerca de 650 reais +-. Avião foi tão vazio que ficamos numa fileira de 3 lugares para cada kkk. Qual não foi a surpresa, a pandemia piorou, vacinas ainda eram limitadas, e La Paz depois das 17h parecia uma cidade fantasma. Ficávamos vagando pela cidade, não conseguimos fazer o passeio da estrada da morte (downhill) pois só havia tour privado por ordem do governo, 300 dólares eles queriam para duas pessoas. Museus fechados, somente alguns lugares de turistas abertos a noite, todos de máscara, povo te encarando na rua. Ficamos hospedados no Hostel Wild Rover em La Paz, estava bem vazio, fizemos amizades com alguns gringos mas não conseguimos fechar passeios em conjunto, pois cada um já tinha seu próprio roteiro. Fomos para Copacabana de taxi (250 Bol = +- 180 reais), conseguimos um barco para ilhas flutuantes (tudo fechado só vimos de longe do barco) + isla del sol (desembarcamos), entretanto não poderíamos ficar hospedados lá, e só conseguimos almoçar lá num restaurante que entregava uma espécie de marmita Boliviana para comer do lado externo. Tentamos comprar passagens para o Peru, e a fronteira estava fechada para não Peruanos. Voltamos para La Paz, conseguimos um ônibus para Uyuni, e fizemos o tour do Salar do Uyuni (4 dias e 3 noites) com um grupo de 3 Inglesas e uma Polonesa, esse tour em si já valeu a viagem. Depois ficamos mais uns dois dias em Sucre, e voltamos para La Paz para pegar o voo. Mas no final fiquei decepcionado, pois meu grande objetivo era conhecer Macchu Picchu, prometi pra mim mesmo voltar. Agora na virada do ano 2023 com a situação mais tranquila consegui uma ótima promoção da Gol de voos para Santa Cruz de la Sierra. Meu colega infelizmente não poderia viajar, pois tinha acabado de entrar num novo emprego e não tinha férias. Decidi ir sozinho mesmo. Viajei no dia 13/03 e voltei recentemente dia 27/03. Fui sem planejamento quase algum, nem mesmo o hostel reservei. Comprei somente o ingresso de Machu Picchu para o dia 20/03, pois esse tem que comprar antes mesmo, pois o número de pessoas que podem entrar lá é limitado. Sabia que tinha uma semana para chegar lá em Machu Picchu. E fiz o seguro viagem pela Allianz (Bolívia precisa né gente). Levei 1000 dólares em espécie comigo + cerca de 1200 reais, e mais dois cartões de crédito. Sim muito dinheiro para uma viagem sozinho na América do Sul ficando a maior parte em Hostel, mas prefiro que sobre do que falte, tinha dólares sobrando da minha outra viagem, comprei só uns 700 dólares. Comprei o trecho Santa Cruz - La paz com a empresa Boa, não foi caro, mais ou menos 400 reais, a viagem de ónibus é terrível e queria ganhar tempo, pois meu objetivo era entrar no Peru e visitar Macchu Pichu custe o que custar. Equipamento: Mochila Quechua Forclaz 50 L, celular Samsung M53 (para fotos inclusive), 3 calças Jeans (uma já veio vestida), 2 bermudas, 5 camisetas, 10 Cuecas, 3 pares de meia, uma única jaqueta muito boa com reforço para o frio, uma blusa de lã Boliviana (comprada na outra viagem), um par de botas Decathlon Salomon cano baixo, um par de havaianas, óculos de sol, protetor solar, passaporte (não usei), RG (usei em todas as fronteiras), um cadeado pequeno para locker, e seguro saúde (apólice) impressa numa pasta. remédios: dipirona, ibuprofeno, azitromicina (pra diarréia), Engov. Acabei usando só o ibuprofeno a viagem inteira, para dor de cabeça mesmo. Cotação que peguei na faixa de 7 Bolivianos por dólar e 1,3 Bolivianos por real. 1º Dia - Chegada em La Paz Cheguei no aeroporto de Santa Cruz pela Gol. Imigração chata, preencher formulário de alfandega e apresentar certificado de Vacina. Meu voos eram compras separadas, então comprei com uma boa distância entre os horários. Cheguei em Santa Cruz por volta de 13h, e meu voo para La Paz era 17h. Fui trocar dinheiro no aeroporto, cotação terrível, não troquei nada. Não valia a pena sair, o aeroporto de Santa Cruz é longe do centro da cidade, uns 40min cada perna. Por sorte, no aeroporto VVI quase todos os restaurantes aceitam cartão de crédito, então consegui almoçar um bom Pollo Boliviano com papas fritas passando no cartão (cerca de uns 50 Bol, um pouco caro para os padrões Bolivianos, mas é aeroporto né). Tenho um pouco de trauma de suco, pois na viagem que fiz em 2021 com meu colega ambos pegamos uma baita infecção, e eu fiquei pior que ele, perdemos uns 2 dias de viagem deitados no hostel em La Paz, tomando chá e indo no banheiro. Eu vomitei algumas vezes, ele teve só diarreia pesada. Temos praticamente certeza que foi um suco de um restaurante (provavelmente feito com água suja), pois o prato em si era entrada de sopa (fervida) e um pollo (frito com legumes cozidos). Acionamos o seguro viagem, e fomos para uma clínica em La Paz, onde nos medicaram com antibióticos, e já melhoramos no outro dia. Minha recomendação: evite sucos, tome refrigerantes ou água mineral de garrafa mesmo. Meu voo para La Paz atrasou uma hora, embarquei no avião, um Boeing 737 velho, mas um Boeing né. Não teve serviço de bordo. No caminho vista espetacular para a cordilheira dos Andes. Pousei em La Paz umas 19h, e já senti os efeitos da altitude, La Paz está há 3500 m de altitude e o aeroporto fica ainda mais alto, cerca de 4000m. Troquei 100 reais no aeroporto numa cotação melhor que a de Santa Cruz. Dor de cabeça apareceu, mas comigo o chá de folha de coca é infalível, foi só eu tomar um no aeroporto mesmo por 5 Bol, que a dor sumiu rapidinho. Na saída aquele monte de taxistas querendo te induzir, alguns queriam absurdos 100 Bol para te levar para o centro da cidade, onde fica a igreja de São Francisco, ponto mais turístico e rodeado por hotéis. Aqui uma dica: ignore estes taxistas, eles não são agressivos, mais chatos. No fundo do estacionamento vi uma van Boliviana, perguntei quanto era o bilhete: 2 Bol somente e se parava na Igreja de São francisco. Sim. Fui com ela mesmo, paguei só 2 Bol igual um local... Van apertada mas a viagem não é longa, uns 30 minutos só. Chegando na igreja de São Francisco, fui caminhando até o hostel Wild Rover (perto). Queriam 80 Bol pela diária, sem negociação, hostel famoso é isso né gente. Achei um outro hostel pelo maps nas proximidades, chamado Wake Up, queriam 60 Bol pela cama, negociei e saiu por 50 Bol! Quarto para seis, mas só tinha em e mais um gringo! Muita sorte. Hostel razoável, inclusive achei o colchão melhor que o do Wild Rover e as instalações mais novas e limpas! Peguei logo 3 diárias. Guardei minha mochila, coisas de valor no locker com cadeado. Sai para tocar dinheiro, pois tinha adiantado só a primeira diária, acabei trocando 100 dólares em Bolivianos. Fui jantar um Pollo numa rede que já conhecia (Pollos de Cochabamba), segura e limpa e tomei coca cola. Suco nem pensar kkkk; Voltei pro hostel para dormir e acabei tomando uma cervejinha num Pub próximo, para celebrar o início da viagem. Eu sou o da esquerda ao fundo. Tour de 2021 que foi a única coisa que valeu a pena na viagem. Editado Abril 5, 2023 por Paulo Tasso 6 1 Citar
Membros Paulo Tasso Postado Abril 5, 2023 Autor Membros Postado Abril 5, 2023 (editado) 2º Dia - Explorando La Paz Segundo dia foi dedicado a fechar dois dias de passeio nas agências de La Paz, explorar a cidade e garantir logo a passagem de ônibus para Cuzco Já conhecia La Paz então pra mim não foi muita novidade, mas achei que a cidade tinha muito mais vida dessa vez. Pessoas mais solicitas nas ruas, mais alegria e mais turistas perambulando de um lado pro outro. Decidi fechar com a agencia Barrios Biking (próximo mercado das Brujas) dois tour: Chacaltaya + vale de la Luna e a death road, onde me encaixariam num grupo de 6 pessoas. Paguei pelos dois Tours 400 bolivianos (300 reais +-) (ainda tinha os ingressos do governo a serem pagos no local, mas são baratos). Andei pelos teleféricos da cidade, e fui no mercado das Brujas. ALtitude ainda me enfraquecendo, voltei pro hostel pra descansar. Dormi a tarde, e depois fui até a rodoviárias que dá pra ir a pé, comprar minha passagem para Cuzco de ônibus. Teleférico Prato típico Boliviano Essa é a linha vermelha do teleférico já chegando no bairro de El Alto Mercado das Brujas. Editado Abril 5, 2023 por Paulo Tasso 3 Citar
Membros Este é um post popular. Paulo Tasso Postado Abril 6, 2023 Autor Membros Este é um post popular. Postado Abril 6, 2023 (editado) 3º Dia - Tour Chacaltaya + Vale de la Luna Esse terceiro dia faria o tour comprado no dia anterior. Guia já indicou que seria altitude pesada, e que ele tinha folhas de coca para todos caso precisasse. Não era pra exceder os limites de nosso corpo. 7:30 chegou a van no meu hostel, entrei e já estava cheia, acho que fui o último. Nacionalidades variadas: Alemães, Espanhóis, Argentinos, um casal de Trinidad e Tobago (onde é isso?) e eu e um casal de Brasileiros. Fiz amizade rápida com o Alemão, que estava também viajando sozinho. Trocamos idéia sobre o Brasil, política, futebol e combinamos de tirar fotos em conjunto. O Chalcaltaya é uma montanha de 5400m de altitude, a segunda ou terceira mais alta da Bolívia, perdendo para o Huayna Potosi que passa dos 6000m. Felizmente a van chega até bem próximo do topo, faltando apenas a escalada final, de aproximadamente 400 m. Esse lugar no passado era uma estação de ski, mas o aquecimento global inviabilizou. Chegando no lugar dor de cabeça e fraqueza já bateram. Não fiz uma aclimatação boa para já enfrentar esse passeio. Era meu segundo dia em La Paz. Masquei umas folhas de coca que o guia distribuiu, e mandei um ibuprofeno pra dentro, rapidamente melhorei. Mas, subindo o cume e fazendo esforço a dor de cabeça voltou e forte. Fui até onde deu, próximo ao cume. Começou a nevar, achei muito legal, já tinha presenciado neve, mas nunca nevando. Tirei algumas fotos junto com o alemão, que também não conseguiu chegar muito além de onde eu fui. Do grupo, pouquíssimas pessoas conseguiram, o casal de Brasileiros mesmo mal desceu da Van. O guia péssimo comportamento, desapareceu com um punhado de pessoas, foi deixando todo mundo pra trás. mas valeu a experiência nessa altitude tão alta ( a maior da minha vida) e a neve. Voltei para a Van e a medida que desci a dor de cabeça melhorou. O retorno, uma estrada a beira de um desfiladeiro, fiquei na ponta esquerda traseira, e olhar para baixo era realmente uma visão amedrontadora. Próxima parada: Vale de La Luna, do outro lado de La paz. Pegamos transito pesado, o que fez demorar umas duas horas e e meia até chegar o parque. Ele fica numa altitude já bem mais baixa, e a morfologia rochosa lembra um pouco sim a Lua (pelo que o guia disse o astronauta Louis Armstrong visitou o lugar e disse ser semelhante). Voltei pro Hostel já era umas 17h. Fome batendo e sem almoço, comi de novo lá no Pollos de Cochabamba, um pollo um pouco mais diferente. Editado Abril 6, 2023 por Paulo Tasso 5 Citar
Membros Paulo Tasso Postado Abril 6, 2023 Autor Membros Postado Abril 6, 2023 (editado) 4º e 5º Dias - Tour Estrada da Morte de bicicleta e viagem para Cuzco O 4 dia foi dedicado ao tor da estrada da morte. Havia comprado o passeio em conjunto com o Chacaltaya. Me encaixaram num grupo de 6 pessoas, um casal Francês e 4 viajando sozinhos, 1 Australiano, 1 Costa Riquenho, e 2 Holandeses. Foi o melhor passeio da viagem. O passeio começou 7:00h e terminamos por volta das 16:00h. Primeiro trecho de asfalto, cerca de 15 km a partir de 4500m, descida, pegamos a van novamente, subimos até um outro ponto que começa a parte off-road de 35km na estrada da morte, saindo dos 3600m para algo em torno de 1000m; As vistas são sensacionais. Guia ótimo e simpático tirou fotos, fez vídeos, orientava a galera sobre os lugares perigosos, ele ia na frente do grupo. Não lembro mais o nome dele, mas é dessa agência Barrios Biking. a cada 20-30min tinha parada para fotos e descanso. Minha bicicleta era muito boa, apesar de já bem usada. Tivemos um único contra tempo: o costa riquenho quis ir rápido e fazer graça numa descida já no finalzinho e caiu, mas estava todo equipado de capacete, cotoveleiras e joelheiras. Ficamos aguardando uns 30 min, ele ficou bem depois, o guia passou um spray tipo gelol onde ele teve uma pancada na perda, certificou que não havia quebrando nem um osso. Paramos numa pousada onde almoçamos já tarde, tinha piscina e ducha quente. A diferença de temperatura é absurda, lá no começo frio pesado, lá embaixo na altitude de 1000m calor tropical de mais de 30C. Almoço incluso, bem básico, mas matou a fome. Tomei uma Ducha. Outros agências estavam lá no mesmo lugar. Um dos gringos ainda entrou na piscina, que não estava com uma água limpa na minha opinião (evitei). Volta pra La Paz. mais umas 3h (transito na cidade), chegamos por volta das 20h, exaustos. 5 dia peguei o ônibus para Cuzco, saindo de La Paz 7:30. Uma viagem teoricamente 14h. Havia uma parada em Puno, sem precisar trocar de ônibus. Logo após atravessarmos a fronteira em Desaguadero e passarmos na imigração, já a caminho de Puno , o ônibus foi parado por um bloqueio na estrada. Protestos contra o governo Peruano e a atual presidente Peruana. Ai começou o sacrifício. O ônibus voltou pra cidade de Desaguadero (isso era por volta do meio dia), almoçamos e ficamos perambulando por lá. O motorista foi avisado que a polícia estava para desbloquear a estrada no final da tarde, e foi caçando um por um na cidade, que é muito pequena e não tinha muitas opções de restaurantes e comércio. Não encontraram um gringo que estava no ônibus (acho que alemão). Depois de um tempo, descobriram que o gringo voltou pra La Paz kkk. Entretanto demorou ainda umas boas horas até a polícia desbloquear, o ônibus só foi para o local do bloqueio por volta das 20h. Passamos por ele, andamos uma meia hora, e paramos de novo. Haviam feito um novo bloqueio na estrada. Novamente espera, só que agora num lugar em beira de estrada isolado, as margens do Titicaca. Não dava para voltar pra cidade. O motorista desligou o motor do ônibus, após um tempo parado, e pensem no frio que fazia naquele lugar, a beira do Titicaca, de noite, com ventos fortes, sem aquecimento no ônibus. Por sorte tinha duas blusas, a minha de lã Boliviana me salvou, mas vi muita gente passar frio aquela noite. O ônibus era bom, leito e confortável. Conheci um casal de japoneses que estavam no fundo, não falavam com ninguém até então. A princípio achei que eram Chineses. Eles não estavam entendo nada até aquele horário kkkk. Falavam Inglês bem mas nada de Espanhol, e tinham um passeio para a trilha inca, privado, onde haviam gastado 1200 dólares (gente que absurdo!) para os 3 dias de passeio. Precisavam se comunicar e avisar a agência. Tinha conversado bastante com um inglês chamado Steve que estava na poltrona da frente, ele tinha um chip internacional que pegava sinal, havia até me emprestado para usar o Zap. Expliquei para ele a situação do casal, e ele emprestou o sinal para eles se comunicarem. Ai os Japoneses conseguiram remarcar o tour para o dia posterior e ficaram mais tranquilos. Fiz uma boa ação, kkk; Já era uma meia noite e o ônibus continuava parado nesse bloqueio. Dormi, exausto, e só acordei nas 9h do outro dia já a caminho de Cuzco. Pelo que o motorista falou ainda teve um terceiro e um quarto bloqueios durante a madrugada. Editado Abril 6, 2023 por Paulo Tasso 2 1 Citar
Membros Paulo Tasso Postado Abril 7, 2023 Autor Membros Postado Abril 7, 2023 (editado) 6º e 7º Dias - Chegada em Cuzco Após passar os bloqueios, o ônibus chegou por volta das 11h da manhã em Cuzco. Total: 27,5 horas de viagem, sendo que a viagem costuma demorar 14h.. Sim levou o dobro do tempo infelizmente.. Para piorar, quase chegando em Cuzco a polícia Peruana parou o ônibus, e ficou uns 30 minutos checando documento de todos e inspecionando bagagens. Meu fone Bluetooth estava na minha mala principal no bagageiro, e sumiu nessa viagem. Quem pegou? Não faço a mínima idéia.. Não levem coisas de valor nas suas bagagens no bagageiro. Cheguei muito cansado, exausto. Decido ficar em hotel para ter mais conforto e descansar. Fui de ônibus até a Plaza de Armas e começei a caçar hotel um por um, alguns caros e com pouca negociação. Peru a moeda é Soles, havia trocado 50 dólares na fronteira em Desaguadero (não valia a pena trocar real cotação horrorosa). Tinha também uns Bolivianos. Gente, consegui um hotel muito bom nos arredores da plaza de armas: um tal de Wasichay. Quartos grandes, ducha quente, e desayuno incluído. Negociei no local e me saiu por 90 soles a diária (uns 120 reais +-), peguei duas diárias. No booking os preços estavam bem mais altos. Vale a pena negociar pessoalmente em lugares que tem muitas opções. Tomei uma ducha e apaguei. Acordei por volta das 15h, almocei tarde, e fui caçar alguma coisa para fazer nos arredores. Achei um tour sensacional ao Convento Francisco de Cuzco. 15 soles com guia incluso, cerca de 1h só. Nesse convento tem o segundo maior quadro das américas (em dimensão), além de capelas com esqueletos, e uma biblioteca gigante. Infelizmente não podia tirar fotos da área interna. Depois dessa visita fui procurar uma maneira econômica de chegar em Machu Pichu. Sabia da questão do trem, e sabia que havia uma van para a hidorelétrica, posteriormente uma caminhada de cerca de 10 km. Fui na ag~encia oficial do trem em frente a plaza de armas: Trem 104 dólares para as datas que eu queria (ida e volta), sem negociação. Caríssimo. Pensei em pagar ali.. Mas pensei melhor e fui pesquisar a tal da Van. Gente não é fácil achar a tal da Van viu. Entrei em pelo menos três agências na Plaza de Armas, e sempre queriam empurrar passeios como o do Vale Sagrado, ou das montanhas coloridas, ou vender bilhetes do trem, e falavam mal da Van que era perigoso e não valia a pena.. Até que nessa última, o cara foi gente boa e me disse pra ir numa agência no começo da Av. Del sol que lá eles vendiam e era segura. Fui lá e consegui a van para o "day after tomorrow" por 100 soles ida e volta! Era pra estar pronto 7h na recepção do hotel. Esse é o famoso caminho da hidroelétrica! Encerrei meu dia, já com os passeis garantidos, jantei um lomo saltado (gente a comida do Peru é maravilhosa!), e fui dormir cedo, sem cerveja rsrsrs. Estava cansado ainda. 7 Dia - Foi um dia mais light, que peguei para ficar em Cuzco mesmo. Fui nas ruínas nos arredores da cidade: Sacsayhuaman (que era um templo da corte), Coricancha (que era o templo del sol de Cuzco e os espanhóis fizeram uma catedral no lugar), e Q'enqo (havia um sistema de aquedutos e era um lugar de armazenamento de alimentos e instalações militares). Pelo que escutei dos guias, só cerca de 20% das ruínas sobreviveram. Os Espanhóis e o próprio povo saquearam as rochas para fazer os conventos, igrejas e demais construções. Os ingressos somados foram em torno de 85 soles (sim caro, mas o Peru é BEM mais caro que a Bolívia); O dia se encerrou com uma cerveja no Paddys Pub, conheci dois ingleses e eles me recomendaram não gastar tempo com a montanha colorida, e sim fazer o passeio do Valle Sagrado com uma agência específica. Decidi fazer ele na volta. Editado Abril 7, 2023 por Paulo Tasso 3 Citar
Membros Este é um post popular. Paulo Tasso Postado Abril 9, 2023 Autor Membros Este é um post popular. Postado Abril 9, 2023 (editado) 8º, 9º e 10 Dias - Chegada em Machu Picchu Pueblo via hidroelétrica e visita a Machu Picchu, e retorno a Cuzco. O caminho da hidroelétrica não é tranquilo, 6h de van e o finalzinho uma horrível estrada a beira de um desfiladeiro com muitas pedras.. Cheguei na base/início da trilha aproximadamente 13h. A partir dali 10 Km aproximadamente em subida a pé. A trilha em si é impossível de se perder, pois basta seguir as linhas do trem. Mas é cansativo, pois soma-se a subida com a altitude local em torno de 2000 m. Tem que ter algum preparo físico. Fui em conjunto com um alemão, mas ele estava com menos bagagem do que eu, e acabou indo na frente. Minha mochila pesava cerca de 10 kg, um peso na minha opinião no limite para fazer essa trilha. Muita gente deixa a mochila principal em Cuzco num locker, e leva uma mochila menor. Consegui terminar em cerca de 2:50 min. Cansado, busquei um quarto individual, não quis ficar em Hostel novamente. Negociei um quarto popular por 90 soles a diária, sem café. Bem simplão mesmo, com banheiro compartilhado. Em Machu Picchu Pueblo é tudo MUITO caro. Para comer, achei uma excelente refeição por cerca de 60 soles, entrada de Ceviche e prato principal lomo saltado+ sobremesa. E me deram uma coca pequena de brinde. Mas é caro, isso dá uns 80-90 reais (em Cuzco comia por 15-20 soles, em Machu não se acha nada por menos de 40). O nome do lugar é "the peruvian flavour" o dono fica na porta convencendo clientes e dá desconto. Acabei indo lá todos os dias e não tive problemas estomacais. Meu ingresso de Machu Picchu era para o dia seguinte. Na cidade procurei me informar e o ônibus para as ruínas sai a cada 15min ou lotação, custando 90 soles ida+volta. Preferi economizar e subir a pé. Levei somente uma bag pequena, com uma garrafa de água, repelente de mosquito, protetor solar, óculos e os remédios+carteira+celular+ingressos. Machu Pichu comprei ainda no Brasil o ingresso principal + ponte Inca, por cerca de 240 soles (360 reais com iof - caro sim). A subida para Machu Picchu ruinas demora uns 15 min de caminhada na cidade (um pequeno pedaço de estrada paralela a linha do trem) + cerca de 1h de trilha. A subida em si são basicamente escadas de pedras. Sim um pouco cansativo, precisa de algum preparo físico. Fui com bastante calma, sempre descansando, e senti meu coração acelerado algumas vezes. No meio do caminho ainda achei um vendedor de folhas de coca e bebidas. Não contratei guia, embora na porta de Machu Picchu tenha vários Peruanos se oferecendo como guia, então se fizer questão contrate lá na porta mesmo. Como Machu Picchu é um lugar congestionado de turistas, acabei aproveitando as explanações de guias de outros grupo (seja em inglês ou espanhol). Machu Picchu foi construída por volta de 1400 e nunca foi terminada. É uma "lost city", e não a "last city" Inca (essa é a cidade de vilcabamba, destruída pelos espanhóis). Viviam na cidade cerca de 1000 pessoas. Apesar dos terraços de agricultura, não era auto suficiente, dependendo de carregamentos regulares de alimentos vindos do vale sagrado, pela trilha inca. Esse foi o principal motivo do abandono da cidade, após a derrubada do império Inca pelos espanhóis. Os espanhóis nunca a descobriram. O segredo da longevidade da cidade é seu sistema de drenagem, que evita a erosão do solo, e as paredes de rocha levemente inclinadas que diminuem os abalos sísmicos. Acredita-se que Machu Picchu foi sendo gradativamente abandonada após a conquistas dos espanhóis, e ninguém a habitava desde 1600 aproximadamente. A ponte Inca fica a partir do ponto mais alto da cidade, acima dos terraços de agricultura. Existe no começo da trilha um controle de ingressos, com um guarda. Esse passeio é um "extra" comprado a parte. São cerca de 15 minutos numa trilha a beira de um penhasco. Na chegada da ponte Inca existe um portão bloqueando a passagem, por motivo de segurança. A ponte em si é simples, e dava acesso a trilha Inca, rumo ao Vale Sagrado, num caminho alternativo. Fiquei muito feliz de conhecer esse que era o principal objetivo da viagem, e valeu muito a pena . Desci pela mesma trilha, pois só se pode ficar em Machu Pichu 3h, ainda estourei e fiquei uns 15 min a mais..meu ingresso era com entrada as 8h, e por volta do meio dia já estava de volta na cidade, onde almocei uma trucha assada e fui descansar. A noite em Machu Pueblo não tem muitas opções. Para comemorar o objetivo concluído, pedi um Ceviche inteiro para mim e tomei algumas cervejas. Gastei uns 100 soles nessa.. Conheci alguns europeus nesse bar que tomei umas cervejas e jantei, tinham visitado Machu naquele mesmo dia, mas voltariam de trem, e seguiriam viagem para a Colômbia, a partir de Cuzco. Conversei também com uma sul coreana, ela tomou um golpe de uma agência em Cuzco, pois lhe venderam o ticket comum de Machu por 60 dólares (esse bilhete custa 150 soles no site oficial do governo). Gente não deixem pra comprar de última hora, é sério. No 10 dia, sai de manhã, em torno das 11h para pegar a van de volta para Cuzco, mesmo caminho feito dois dias antes, mas agora como era descida bem mais tranquilo. Demorei em torno de 2h, chegando por voltar das 13h, almocei lá no comecinho da trilha, existem alguns restaurantes populares por lá, e fiquei aguardando a Van (prevista para as 15h) no ponto de encontro. Infelizmente a Van atrasou, e as 16h o caminho foi bloqueado pela obra na estrada que está em melhorias. Tivemos de esperar 2h na cidade de Santa Teresa até reabertura da estrada. Depois mais 6h até Cuzco, cansativo. Cheguei em Cuzco de madrugada, a van nos deixou na plaza de armas, e acabei ficando num quarto coletivo no hostel Inkas. Era o único que achei aberto naquele horário que cheguei, (já era 1h aproximadamente) e não queria andar muito. Paguei acho que 35 soles pela cama. No fim das contas, visitei Machu Pichu, e gastei muito pouco nesses 3 dias: em torno de uns 100 dólares só, tudo, exceto somente o ingresso de 240 soles que comprei antes no Brasil. Machu Picchu é um destino famoso e caro, tem gente que gasta milhares de reais pra chegar lá. Se tivesse pegado o trem, teria gastado 100 dólares só com ele. Mas é sim, um pouco cansativo, tem que ter disposição. Ir de trem é MUITO mais confortável. Estrada no caminho para a hidroelétrica, muitas rochas.. Acesso a linha do trem - Prestar atenção nessa escada Inicio da subida para Machu Picchu Pueblo. Basta seguir a linha do trem (de lado né kkk). Chegada na cidade - UFA Início da subida para Machu Pichu Ruinas a pé Subida para Machu Pichu Ruínas. 1h de escadas. Pesadinho. Chegada na cidade; Ponto mais alto. Tempo não ajudou. Trilha para ponte inca + ponte inca ao fundo. Ponte Inca. Terraços de agricultura. A cidade é dívida em uma zona agrícola e outra urbana. Pedra sagrada Inca Ceviche merecido Editado Abril 9, 2023 por Paulo Tasso 5 Citar
Membros zedeale Postado Abril 17, 2023 Membros Postado Abril 17, 2023 Adorei a precisão e a riqueza de detalhes da narrativa da trip!! Ainda bem que deu tudo certo, mesmo nesse turbilhão político que o Peru está passando. Devo ir la no mês que vem. 1 Citar
Membros Paulo Tasso Postado Abril 18, 2023 Autor Membros Postado Abril 18, 2023 Valeu, ainda vou postar o finalzinho da trip, até esse fds eu posto, voltei pra Cuzco e depois fui pra Copacabana e encerrei a viagem em La paz. Citar
Membros zedeale Postado Abril 19, 2023 Membros Postado Abril 19, 2023 Vc precisou de certificado de vacina para Covid na Bolívia ou no Peru? Estou um pouco preocupado com os protestos, devo ir no início de maio agora. Citar
Membros Paulo Tasso Postado Abril 21, 2023 Autor Membros Postado Abril 21, 2023 Em 19/04/2023 em 00:30, zedeale disse: Vc precisou de certificado de vacina para Covid na Bolívia ou no Peru? Estou um pouco preocupado com os protestos, devo ir no início de maio agora. Sim, pediram no aeroporto em Santa Cruz de la Sierra, mas eu mostrei no celular mesmo para as autoridades Bolivianas, ai me passaram um formulário que eu preenchi. No Peru não me pediram nada. 1 Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.