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Dia 04 - 15/08/2022

Bolívia!

Nesse dia começou nosso passeio/tour/expedição do Uyuni.

Nem preciso dizer que estávamos com bastante expectativa dessa parte da viagem e mesmo assim o passeio foi completamente surpreendente e maravilhoso, com paisagens deslumbrantes.

O passeio do Uyuni foi fechado com a Araya, na categoria conforto, pela pequena fortuna de 700 dólares por pessoa, compartilhado com mais duas pessoas. Desde o primeiro contato com a agência me disseram que os passeios que eles fazem para o Uyuni são privativos, o que pode acontecer é de, como no meu caso, ser arranjado pela agência a formação de uma grupo de no máximo 4 pessoas por veículo. Como erámos eu e minha esposa e não tínhamos a intenção de fazer privativo, disse à agência desde o início que queria fazer com eles, preferencialmente na categoria econômica (500 dólares por pessoa) e que eles poderiam encontrar outras duas pessoas (ou uma) para dividir o veículo com a gente. Apenas no início de agosto a agência me confirmou que havia outras duas pessoas interessadas em fazer o passeio do Uyuni com eles e que dividiam o veículo, mas essas pessoas queriam na categoria conforto, mais cara. 

Acabei confirmando então com a agência, e foi ótimo ter escolhido a categoria conforto, principalmente pro ser no inverno, estar um frio desgraçado, pois nessa opção todos os hotéis tem água quente para banho, calefação e tal.

O pagamento foi logo na chegada em SPA, no sábado, em cash. Troquei reais por dólares em floripa, na turcambio, foi a melhor taxa que achei, fui trocando aos poucos. No domingo troquei alguns reais por bolivianos em SPA, coisa de uns 300 bobs por pessoa, para pagar as entradas dos parques e ter algum dinheiro na moeda local.

Bem, vamos ao passeio.

No primeiro dia, 15/08, acordamos cedo e arrumamos as nossas malas. Nesse momento minha esposa estava com uma mochila pequena, normal, e a mala de rodinhas, daquelas de 55 cm de altura. Eu estava com uma mochila pequena e um mochilão. Fomos com todas as bagagens tranquilamente no carro. 

Após pegarmos a van da agência seguimos para a fronteira, onde o guia dá todas as instruções para passar tranquilamente pela saída do Chile. daí seguimos para a aduana da Bolívia, lá param a van da Araya e passamos para o veículo do passeio, no nosso caso era uma Nissan X-terra de 7 lugares. A parte boliviana, o que significa todo o passeio, é feito por parceiros da Araya, pois apenas empresas bolivianas podem operar lá. No nosso caso foi com a Atacama Mística Travel (fica dica de verem se é possível fechar diretamente com eles), o guia foi o Alberto (excelente, sabia muitas coisas e foi fundamental) e o motorista foi o Cória (ou Kória!).

Assim, que paramos na aduana boliviana fomos para o veículo unto com outras duas pessoas de SP, super legais e gente boa, foram uma ótima companhia. 

O veículo é de sete lugares mas vão 4 viajantes e o guia e o motorista, 6 no total, então fica bem confortável. As malas vão na parte de trás, não precisou ir nada em ciam do carro. E a agência manda ainda uma caixa grande com snacks e biscoitos e coisas do tipo para comermos ao longo dos dias, é muita coisa, tivemos que nos esforçar para acabar com tudo no fim do último dia.

A parte na aduana boliviana foi bem tranquila, estávamos com o comprovante de vacina da Covid e da febre amarela, rapidinho preenchemos uns papeis lá e carimbaram o passaporte e... enfim Bolívia!

De lá seguimos para as lagunas blanca e verde, duas lagunas lindas, que já indicavam a beleza do cenário que veríamos nos próximos dias. Após fomos para as Termas de Polques, são duas piscinas pequenas de águas quentes, bem gostosas de entrar. estava um frio danado e dentro da água tudo quentinho hehe. Dizem que custa 6 bobs para entrar lá mas não tinha ninguém cobrando. tem um vestiário básico para trocar de roupa e tal, vc entra na água, fica lá uns 20 ou 30 minutos e pronto.

Junto ali às Termas tem um restaurante, nosso almoço foi ali, estrogonofe de frango com arroz e batata palha, com bastante vinho (lembrando que a alimentação é incluída).

Devidamente banhados e almoçados, seguimos para os geiseres sol de la mañana, que são, bem, diferentes daquele do atacama. São menores e como se fosse mais vapores, com umas poças borbulhantes. Mas vale a pena a parada, o cenário é bem legal, apesar do frio infernal que fazia, o vento e a altitude que atrapalhava caminhar por lá. 

A próxima parada foi na laguna colorada, uma das mais bonitas do passeio. Parece uma pintura, é uma coisa surreal, a laguna, as montanhas ao fundo e o céu azul. Pra todo lado que olha é um deslumbre, foto nenhuma consegue captar a beleza daquele lugar.

Ah, em alguma parte ao longo desse dia passamos pelo deserto da Dalí, mas nem descemos, estávamos no primeiro dia e já tínhamos visto tanta coisa magnífica que esse parada pareceu bem sem graça, umas pedras meio esquisitas, nada demais, na nossa opinião. 

O caminho quase todo no primeiro dia foi por estrada de terra, algumas bem demarcadas, outras nem pareciam estradas, mas foi no geral bem tranquilo, sem enjoos ou problemas do tipo. Nosso guia, Alberto, tinha uma playlist do spotify com músicas tradicionais e reggaeton bem bacana.

Após a Laguna Colorada seguimos para o hotel, era o Tayka del Desierto, um hotel no meio do absoluto nada, rodeado pelo nada e com mais nada em volta. E no meio de tanto nada tem um hotel com wi-fi, lareira, restaurante, água super quente e calefação. A altitude ali deve ser uns 4.500 metros, frio desgraçado, no meio do nada (já falei que não tinha mais nada ali?) e o hotel ali, com todo o conforto.

Chegamos no hotel, pegamos um quarto duplo, com banheiro, tomamos aquele banho super quente e fomos na área comum, tinha uma mesa com água quente e sachês de chás e folhas de coca, que ajudam muito em relação à altitude. Ficamos por ali, perto da lareira também, até a hora do jantar, quando o guia e o motorista vieram e nos acompanharam na refeição. Não lembro bem o que tinha para comer, mas estava tudo muito bom, com exceção da sopa. Digo, a sopa, onipresente na Bolívia, era boa também, mas como eu sou parceiro da Mafalda nesse quesito, não posso dizer que a sopa estava boa.

Após o jantar nós ficamos por ali mais um pouco e logo depois fomos dormir, porque estava um frio danado e estávamos cansados.

As fotitas do dia seguem no post seguinte.

 

Editado por FernandoBS
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Dia 05 - 16/08/2022

Hoje é dia de ver flamingos!

Depois de uma noite quentinha mas mal dormida por causa da altitude de 4.500 m, acordamos parecendo que fomos atropelados por um caminhão. Colocamos as coisas na mochila e fomos tomar um belo café da manhã no restaurante do hotel. Logo chegaram nosso guia Alberto e o motorista, Cória, e depois de devidamente acomodados no carro seguimos para ver os flamingos.

No dia anterior o guia já tinha avisado que veríamos bastante flamingos nesse dia e ele não fez propaganda enganosa. Primeiro passamos por uma laguna pequena, acho que Honda, tinha alguns flamingos mas não muitos. Ficamos ali pouco tempo e logo fomos para uma maior, Laguna Hedionda, que tinha muitos grupos de flamingos.

Fomos parando em vários pontos da Laguna, até que chegamos numa parte em que pudemos alcançar a beira da laguna. Ali haviam muitos flamingos ainda com os pés congelados na água, não conseguiam se soltar e voar. Então eles ficavam mexendo as asas e fazendo barulho, aos poucos iam se soltando. Alguns tinham as asas um pouco molhadas e congeladas e não conseguiam voar mais do que alguns metros até cair na água de novo. O guia nos explicou que isso era absolutamente normal ali no inverno e que assim que esquentasse um pouco os flamingos se dispersavam. 

Conseguimos chegar bem na beira da laguna, ficar a uns dois metros dos flamingos, foi surreal ficar tão perto assim. Ficamos um bom tempo ali, até voltarmos para o carro.

Dali até a próxima parada seria cerca de duas horas dentro do carro em uma estrada bem ruim, mas fomos ouvindo música e conversando e foi bem tranquilo até. 

A próxima parada foi no vilarejo de San Cristóbal, uma região mineira. No centro da vila tem uma igreja bem bonitinha, paramos por ali para almoçar em um restaurante. Antes o guia já tinha ligado pra lá e avisado o horário aproximado da nossa chegada, aí o almoço estava quase pronto. Chegamos, fomos ao banheiro e já fomos almoçar. 

Para comer tinha sopa de entrada (infelizmente), um belo bife e arroz, além de salada. Havia uma sobremesa tbm. 

Depois de um tempinho saímos do restaurante, haviam algumas lhamas na rua, fomos atrás delas para tentar uma foto mas elas não concordaram com a nossa ideia. 

Voltamos para o carro e seguimos em direção ao Uyuni, agora em uma estrada asfaltada, tipo uma rodovia. Alberto, o guia, nos contou que alguns anos atrás não havia asfalto por ali, o que começou a mudar nos governos do Evo Morales. Era perceptível que haviam muitas obras novas ou em andamento, vários pontos de asfaltamento das estradas.

No meio da tarde nos aproximamos de Uyuni e nossa primeira parada ali foi no cemitério de trens, uma atração peculiar e que, pelo menos em mim, provocou uma sensação estranha de tristeza nostálgica, como se o progresso da região tivesse ficado para trás e agora estava enferrujando sob o tempo. Claro que hoje o turismo é muito importante ali e tal e provavelmente há mais desenvolvimento social, mas foi uma sensação estranha.

É uma parada bem interessante, não tinha ninguém ali, estávamos absolutamente apenas nós e os trens, é possível subir e enfiar nos meios dos trens, subir, pular, etc. 

Depois de um tempo voltamos para o carro e seguimos para o hotel. 

Nosso hotel para essa noite e também para a seguinte era o Luna Salada, um hotel de sal na beira do salar e, meus amigos, que hotel. 

Todo feito de sal, era enorme, tinha uma parte de spa com sauna e uma hidromassagem, que reservamos para usar logo que passamos na recepção. Tinha um bar tbm, ganhamos um drink de boas vindas, bem gostoso, com pisco.

No quarto tinha cobertor elétrico, banheiro bom. Todas as paredes eram feitas de blocos de sal, certifiquei-me lambendo uma delas.

Deixamos as malas no quarto e fomos para a hidro/sauna, conhecemos uma norte americana lá, super simpática, depois de um tempo ali conversando com ela voltamos para o quarto, tomamos um banho e fomos jantar no restaurante do hotel. Comida boa, tinha até carne de lhama (achei que faltou tempero nela). 

No meio dos corredores do hotel tem umas partes de estar, com sofás e lareiras, ficamos ali um pouco e depois fomos dormir porque no outro dia iríamos para o salar!

Fotitas do dia:IMG-20220816-WA0014.thumb.jpg.e61928f4970e89e11d76335b66645ca6.jpgIMG-20220816-WA0011.thumb.jpg.880ffa8ae13a5dec45d54ea5d3504991.jpgIMG_20220816_154416461_HDR.thumb.jpg.e66747f9deda6eda96debab123883e47.jpgIMG_20220816_092109734.thumb.jpg.8e6defb1783ccc6b8fc2ba1e9f7c892f.jpgIMG_20220816_092106516.thumb.jpg.f7d39f0b555803f0848b03deae843678.jpgIMG_20220816_181718715.thumb.jpg.2a7d4fac76abe2298428400dfd0bdfe1.jpg

 

 

 

 

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