Membros Este é um post popular. Sinval Pereira Postado Setembro 27, 2022 Membros Este é um post popular. Postado Setembro 27, 2022 No final de Julho de 2022 fiz essa viagem para a Europa, que se iniciou em Amsterdam. O objetivo principal do rolê era ir ao festival de techno Awakenings, que neste ano foi realizado em uma cidade próxima à Amsterdam e teve duração de três dias. Resolvi pular o relato dos dias iniciais na Holanda, para focar apenas nos destinos que visitei na Itália. Como o país tem vários destinos turísticos, resolvi montar o roteio de uma maneira que conseguisse abranger diferentes experiências de viagem. As cidades iniciais foram focadas mais na parte histórica. Depois, segui em direção à Costa Amalfitana para curtir uns dias no litoral. E por último, para fechar com chave de ouro a trip, conheci um pouco das Dolomitas, a região dos alpes italianos. Viajei sozinho. No total, fiquei na Itália por 15 dias, de 03 a 17 de Agosto. A maior parte dos deslocamentos foi feita de trem. A exceção ficou para o final da viagem, quando aluguei um carro em Milão para otimizar o tempo que teria nas Dolomitas. A sequência de cidades que segui no roteiro, foi levando em conta principalmente que queria passar os finais de semana em lugares que tivessem uma vida noturna mais movimentada (Roma e Milão) – por isso os deslocamentos não ficaram da forma mais eficiente. Comecei no centro do país, depois fui para o sul, depois para o norte. Roma – 03 a 05 de Agosto Pompeia – 06 Agosto Sorrento – 07 de Agosto Positano – 08 de Agosto Capri – 09 de Agosto Amalfi – 10 de Agosto Napoles – 11 de Agosto Milão – 12 de Agosto Bolzano – 13 de Agosto Seceda & St Magdalena – 14 de Agosto Tre Cime & San Vito Cadore – 15 de Agosto Lago de Brais e Riva del Garda – 16 de Agosto Milão – 17 de Agosto Antes de sair do Brasil, abri uma conta na Wise e solicitei um cartão. Fica a dica, foi uma excelente escolha. Ele funciona como um cartão de débito em euros, que você pode transferir dinheiro da conta do brasil, por meio de TED e converter em euros dentro do aplicativo com uma excelente taxa de cambio – bem menor do que as casas de câmbio cobram para dinheiro em espécie ou cartões pré-pagos. Além de tudo, se você precisar de euros em espécie, é só fazer um saque em qualquer ATM. Partindo para o relato em si, cheguei no país por Roma. No aeroporto, segui as indicações para a estação de trem e paguei 14€ no ticket para Roma Termini. Os trens partem com uma frequência alta, então assim que cheguei já entrei em um que estava saindo. Em Roma fiquei no hostel Yellow Square, próximo à estação central. Reservei quatro dias para a cidade, achei que foi exagerado [isso vindo de alguém que não é lá muito fã de ir em museus]. Nos dois primeiros dias conheci as principais atrações de roma, no terceiro fui ao vaticano e no quarto, como já tinha visto tudo o que queria, resolvi ir para Pompeia. No primeiro dia, ao chegar em Roma Termini procurei uma loja da Vodafone para comprar um plano de dados. Paguei 20€ no chip de 50GB, que deu com folga para toda a viagem. Depois de fazer check-in no hostel e tomar banho, fui andar pela cidade. Achei as principais atrações a uma distância tranquila para chegar a pé, nos dois primeiros dias esse foi meu único meio de locomoção. O primeiro monumento famoso, foi a Fontana de Trevi. Acho que de tanto vê-la por fotos, era exatamente o que eu esperava. Grande, rica em detalhes, água de cor bem clara. Bonita pra caramba! Já sabia que teria muitos turistas, mas não vejo isso como um problema. Com certeza vale a visita. Depois segui caminho para a Piazza di Spagna, recarreguei a garrafinha de água e dei uma descansada. Caminhei até a próxima praça, que ficava bem próxima. Piazza del Popolo. Nesse local fiquei curioso, próximo a uma fonte que fica abaixo da entrada para Villa Borghese algumas pessoas estavam com o ouvido encostado na parede e conversando de uma distância bem grande. Não entendi se nos lugares que estavam tinha algum canal de comunicação entre os muros, ou se era pura zoeira. Subindo no caminho lateral à tal fonte, tem um mirante com bancos para sentar na sombra das árvores e fontes de água para hidratar, além de uma vista de cima bem bonita. Depois de tirar algumas fotos, resolvi andar pelos parques da Villa Borghese, que é um complexo de museus e atrações que ficam esparramados dentro de um parque bem grande. Muitas pessoas praticam esportes, ou simplesmente escolhem um canto para sentar com amigos, beber um vinho e conversar. Depois de passar um bom tempo por lá, resolvi pegar o rumo de volta para o hostel. Não sem antes parar em um barzinho, para beber uma cerveja e jantar enquanto a noite começava a cair. Fontana de Trevi Piazza di Spagna Piazza del Popolo Piazza del Popolo vista de cima Villa Borghese Para o segundo dia, havia agendado um Free Walking Tour para a área da Roma antiga com a empresa New Rome Free Tour. O tour começava às 11h da manhã. Resolvi chegar mais cedo para conhecer a região ao redor do Coliseu com mais tranquilidade. Por voltar de 08h já havia chegado, não havia tantos turistas. Deu para apreciar bem esse monumento gigantesco, que todos conhecemos por fotos na escola, desde crianças. Ainda de manhã aproveitei para comprar o ingresso online para conhecer o interior do Coliseu na parte da tarde, depois que já tivesse terminado o free walking tour. O tour começou pontualmente às 11h e o guia foi perfeito. Conhecia com bastante profundidade sobre toda a história, os monumentos e as personalidades da cidade. Andava em um ritmo tranquilo, mas não devagar. E sempre pela sombra! Que no sol de 37ºC dava um refresco. No final, o tour acaba em um local bem vazio e que possui uma bela vista do Coliseu. Contribui com 10€, dinheiro super bem gasto. Depois de almoçar, me encaminhei para a fila pois já estava quase no horário do meu ticket para o Coliseu. Ao entrar, segui a dica do guia do free walking e fui direto para o primeiro andar, onde há uma exposição gratuita sobre toda a história do monumento, contanto desde o inicio de sua construção até os dias atuais, com grande riqueza de detalhes. Muitas pessoas fazem tour guiado com áudio, não vi nenhuma necessidade depois de ter passado pela exposição. Depois de conhecer toda a parte interna, aproveitei para passar no banheiro gratuito antes de sair. O ingresso do Coliseu também dá direito a visitar o Fórum Romano; andei por lá, mas não achei grande coisa. Para quem estiver com o tempo curto na cidade, recomendo ir em algum outro lugar. De lá, fui até o Altare della Patria. Prédio muito bonito, e com entrada gratuita. A subida até o topo das escadas vale super a pena. Tem uma ótima vista da cidade, além de uma lanchonete e banheiros. A descida fiz passando por dentro do prédio, que possui algumas pinturas e esculturas bem interessantes. A tarde estava acabando, e fui andando de volta para o Hostel. Tomei um banho, e peguei o metro para voltar para o Coliseu. Para a noite havia comprado ingresso para um Pub Crawl que tinha como ponto de encontro a estação de metrô do Coliseu. Apesar da distância ser curta, resolvi pagar €1,50 para andar duas estações e evitar o suor da caminhada. O Pub Crawl em si foi bacana, porém por ser a capital do país esperava que a noite seria mais animada. Na relação dos pub crawls que já estive, ele acabou ficando na última posição [já o de Milão, que não estava com muitas expectativas, encabeçou uma das primeiras posições]. Alguns dos bares durante o percurso estavam bem vazios, com exceção do último, que era bem pequeno e estava abarrotado de gente. Era um bar de karaokê, portanto achei as músicas meio desanimadas, para quem está acostumado a festas à la Brasil. Como estava de madrugada e longe do hostel, pedi um uber para a volta. Chegou em um prazo bem curto e achei o preço ok. No dia seguinte acordei um pouco mais tarde. Por não ser religioso, o dia de visitar o Vaticano não era tão imperdível assim. Peguei o metrô e desci na estação mais próxima. No sol do 12:00h, estava eu na fila dos detectores de metal para entrar na Basílica de São Pedro. Apesar de grande, a fila andava rápido. Em menos de 30min já tinha entrado, e pegado outra fila na sequência. Dessa vez para subir à Cupula da Basílica. Paguei €10 para pegar o elevador até metade do caminho e depois subir o restante dos degraus andando. O caminho até o topo é curto, a falta de ventilação na escada estreita que é o problema. Nesse dia estava fazendo 37 graus. Chegando no destino, a vista vale a pena. É possível ver logo abaixo a Praça de São Pedro e ao horizonte grande parte de Roma; além dos jardins do Vaticano. Depois de fazer o caminho de volta, fui para o térreo da basílica. A igreja tem proporções realmente gigantescas, com muita arte por toda a parte. Ao sair do Vaticano, fui caminhando pela cidade durante o restante do dia. Praça de São Pedro vista de cima da cúpula Jardins do Vaticano vistos de cima da cúpula Interior da Basilica de São Pedro Passando pela Ponte Vittorio Emanuel, procurei um restaurante que estivesse atrativo para almoçar. As opções na região são muitas. Depois do quilo, fui até a Piazza Navona e ao Panteão para conhecer e tirar algumas fotos. O próximo local para conhecer era o Giardino degli Aranci, esse ficava mais distante e as pernas começaram a pedir arrego no meio do caminho. Depois de umas duas paradas, finalmente cheguei. É um jardim amplo e muito bem cuidado, com uma vista da cidade de outro ângulo. Encontrei um banco vazio, tirei o tênis e fiquei ali embaixo da sombra das árvores por algumas horas. Li um livro, entrei nas redes sociais para ficar a par do mundo, até que resolvi deitar no banco escutando músicas e dei uma cochilada. Acordei revigorado. Fiz o caminho de volta até o hostel, tomei um banho e fui procurar um barzinho para jantar e beber algumas cervejas. Ponte Vittorio Emanuel Piazza Navona Giardino degli Aranci Como cheguei ao fim do terceiro dia e não havia mais lugares do meu interesse para conhecer, resolvi comprar uma passagem de trem para o dia seguinte para Pompeia. Peguei um trem bem cedo para Nápoles (€29), e de lá outro para Pompéia (€3). Achei a viagem rápida, às 10h da manhã já estava dentro do sitio arqueológico. Como na noite anterior li sobre o destino, já vi as principais atrações e a história por trás de cada uma delas. Então quando cheguei, fui simplesmente andando pelas ruinas da cidade. Não vi necessidade de contratar algum tour guiado, quando observava uma quantidade maior de gente reunida, seguia na mesma direção. Dessa forma, acabei conhecendo todos os principais pontos e não fiquei preso ao trajeto de nenhum guia. O passeio valeu super a pena. Muito interessante ver como eram as casas e um pouco da rotina dos habitantes da cidade 2.000 anos atrás, quando o Vesúvio fez todo aquele estrago. Achei o sitio arqueológico bem grande, mas em algumas horas já tinha andado por ele todo. Como tinha sobrado bastante tempo no dia, resolvi ir até o topo do Vesúvio. Na saída de Pompéia há um ônibus público que faz o trajeto até o topo com uma frequência grande no verão, precisei esperar poucos minutos. Depois de 40 minutos estava na entrada do parque do Vesúvio (para entrar precisa comprar o ticket online - €10). Da entrada do parque até o final da trilha é uma caminhada curta, coisa de 15-20min. Valeu pela experiência inédita de ter conhecido a cratera de um vulcão desativado, mas as vistas em si do vulcão e dos arredores não é tão impressionante. Para quem está com o tempo curto, não é um passeio imperdível. Logo voltei para o ponto de ônibus e retornei para Pompeia, para pegar o trem para Nápoles. Tinha comprado a passagem de volta do trem de Nápoles para Roma para 20h da noite, porém como cheguei antes das 18h na estação consegui alterar sem custo no próprio site da Trenitalia o horário e pegar um trem que saia dentro de alguns minutos. Consegui chegar mais cedo no hostel para descansar e organizar a mochila para o dia seguinte, pois acordaria cedo para tocar viagem para a Costa Amalfitana. Anfiteatro de Pompeia Thermas de Pompeia Jardim da casa de um cara rico da época Suite de uma casa da época, com as pinturas preservadas Cratera do Vesúvio Caminho para o topo do Vesúvio Durante o período que fiquei na costa amalfitana, tive como base Sorrento. As cidades da costa são bem próximas umas das outras; Sorrento é a que estava com melhor custo benefício e compensou demais. Peguei o trem para Napoles, e de lá peguei outro para Sorrento. Detalhe que a viagem nesse segundo trem não é nada confortável. Os vagões são antigos, e não tem ventilação. Além das dezenas de paradas nas estações durante o percurso. Ficou bem explicado o porquê de a passagem custar só €4,20. Cheguei em Sorrento por volta de 12:00h, depois de fazer o check-in no hotel, fui dar uma volta pela cidade e caminhei até a praia Regina Giovanna que fica a aproximadamente 30min do centro e é totalmente gratuita. Passei a tarde toda dentro da água, me refrescando do calor. Primeiro na piscina natural que fica de um lado, e depois na praia do outro lado, onde há algumas pedras que a galera estende as toalhas. O centro de Sorrento achei bem movimentado à noite. Muitas opções de bares e restaurantes e as ruas lotadas de turistas bem vestidos. Primeira vista da praia de sorrento Praia Regina Giovanna, do lado da piscina natural Praia Regina Giovanna, do lado das pedras Inicio do centrinho de Sorrento à noite No dia seguinte acordei cedo para pegar o Ônibus para Positano. A passagem de ida e volta custou €4,20 e às 08 da manhã já estava na praia. Os tickets entre as cidades da costa são só de ida, então sempre comprava todos os que precisaria no dia de uma só vez. Alguns motoristas vendem o ticket no ônibus, mas a maioria não vende e nem deixam embarcar sem. Em Positano foi o único local que paguei para ficar na área da praia privada. A entrada custou €30, e não é necessário consumir no bar. As cadeiras são numeradas, então é tranquilo ir comer ou beber em outros restaurantes e depois voltar. A praia de Positano foi a que achei mais característica pelo visual que se tem da cidade descendo o morro. Entre um mergulho e outro, decidi ir até a praia de Fornillo andando pela Via Positanesi d’America. O visual do caminho é surreal. Na volta parei em uma padaria e comprei um croissant de pistache, acho que as padarias brasileiras precisam providenciar essa receita nos cardápios o mais rápido possível. Como tinha lido que a tarde os ônibus eram mais concorridos, decidi sair da praia às 16:30h. No caminho para a parada de ônibus, passei por um restaurante chama L’ancora. Ele tem uma vista panorâmica da cidade, não cheguei a entrar, mas fica a recomendação para quem for visitar a cidade. O ônibus que estava no ponto com destino a Sorrento ficou lotado, e quem não conseguiu entrar ficou na fila. Mas menos de 10min depois passou outro ônibus e foi tranquilo de entrar. Já em Sorrento, passei de frente a uma igreja, onde estava acontecendo um casamento. Achei interessante que eles usam limões na decoração. Quando estava fazendo o caminho de volta e passei novamente pela igreja, todos os padrinhos estavam com alguns limões nas mãos para levar para casa. Como no dia seguinte planejava ir para Capri, fui até o píer para tentar já comprar o ticket para o barco que saísse mais cedo. Porém o atendente falou que era melhor deixar para comprar na hora que estivesse saindo, pois o valor da passagem era mais barato. Praia menor de Positano Vista da Via Positanesi d’America Praia principal de Positano Positano No dia seguinte fui para Capri, e a ilha merece a fama que tem viu!? O primeiro atrativo que conheci foi o Giardini di Augusto, um jardim com vista panorâmica da praia. De lá fui andando até o Arco Naturale, que é uma formação rochosa bem bonita. Depois de tirar algumas fotos, caminhei até a praia Marina Piccola. Achei o espaço da praia publica bem grande. Consegui estender minha toalha na sombra. Comprei uma pizza de almoço no restaurante que tem na praia. Fui até uma agencia de esporte aquáticos chamada Capri Hydro e comprei um tour de caiaque para a parte da tarde. Paguei €40 e compensou demais. No fim da tarde peguei um ônibus para subir para a praça do teleférico. Resolvi descer para o porto pelas escadas, ao invés de pegar o teleférico. Bem no início do caminho começou a cair uma chuva torrencial. Botei a mochila por dentro da camiseta e comecei a correr, já que não tinha nenhum lugar para me esconder da chuva e estava com medo de não dar tempo de chegar a tempo para pegar o barco. Cheguei no porto todo ensopado. Capri vista do Giardini di Augusto / Ruas de Capri Arco Naturale Marina Piccola Passeio de Kaiaque em Capri A chuva quase chegando, no meio do caminho De volta à Sorrento No dia seguinte tive que bolar uma estratégia para ter eficiência logística. Iria para Amalfi, mas queria fazer uma trilha por lá chamada Path of Gods quando estivesse indo embora da cidade. Dividi minhas roupas em duas mochilas, uma que levei para Amalfi apenas com as roupas para passar um dia, bem pequena e leve. E a outra, com o restante das minhas coisas, deixei em um locker de Sorrento, paguei €2 para deixar a mochila lá por 24h. Depois peguei o ônibus para Amalfi. No meio do caminho parei em um ponto pouco antes da cidade, pois queria conhecer a praia Fiordo di Furore, que fica bem abaixo de uma ponte, e tem um visual bem cênico. Fiquei nessa praia por umas duas horas e depois peguei o ônibus novamente com destino à Amalfi. Fiordo di Furore Chegando em Amalfi, fiz check-in no hotel e fui andar pela cidade. Parei em um restaurante para almoçar e cometi o maior arrependimento da viagem: pedir uma limonada! Pelo fato do limão ser tão presente e exaltado na costa amalfitana, pensei que seria coisa de outro mundo. Como a expectativa estava alta, os €7 que paguei em um copo de limonada foram jogados no lixo. A impressão que tive foi de beber um copo de água, com um limão sem gosto exprimido. Posso ter sido azar e apenas naquele restaurante a limonada era tão ruim, enfim. Depois do almoço, andei até a praia de Atrani. Não achei essa praia tão imperdível assim. Dei mais uma volta pela cidade e fui para o hotel, precisava relaxar um pouco no ar condicionado do quarto. Quando começou a anoitecer fui procurar um rango e tive a felicidade de encontrar um restaurante chamado La Galea, na avenida principal do centro. Pedi uma pizza no balcão para levar, o preço estava super ok. Chegando ao quarto, quando dei a primeira mordida fiz a constatação de que era a melhor pizza que comi na viagem (e foram muitas). Amalfi Amalfi Melhor pizza da viagem No dia seguinte acordei cedo, para pegar o primeiro ônibus para Bomerano, que saia às 7h. Era nessa vila que começava a trilha Path of Gods. Pelo que havia pesquisado, a trilha tinha duração de 3h a 4h. Então parei em uma padaria de bomerano para tomar um café mais reforçado. Comecei a trilha às 8h, mas um pouco antes das 10:30h já havia finalizado e estava esperando o ônibus para Sorrento na primeira parada antes de Positano. A trilha é bem tranquila de ser feita, e as paisagens da costa são do caralho. Super valeu a pena. Minha espera pelo ônibus para sorrento foi a única experiência negativa na viagem pela costa (havia lido que o transporte de ônibus era bem estressante, mas tirando essa vez as outras foram tranquilas. Quando estava a 3 minutos da parada, vi que tinha um ônibus saindo... era o dito cujo. Esperei por mais uma hora até passar o próximo, mas ele estava cheio. E depois tive que esperar mais quase uma hora até que passasse outro ônibus. Cheguei em Sorrento, peguei minha outra mochila no locker e organizei minhas coisas em apenas uma. Almocei pela cidade mesmo, e depois fui até a estação de trem pegar a condução para Nápoles. Adicionei Nápoles na viajem apenas para servir como um ponto de apoio, pois no outro dia precisava estar cedo na estação pois pegaria um trem para Milão. Apesar disso, gostei bastante da cidade nas poucas horas que tive para conhecer. Achei que ela me passou um ar de caos organizado. Depois de me instalar no hostel e beber algumas cervejas no bar, sai para procurar um restaurante para jantar. Acordei cedo no outro dia e peguei o trem para Milão. Inicio da trilha Path of Gods Meio da trilha Path of Gods Quase chegando ao fim da trilha, com Positano lá embaixo CONTINUA... 4 1 Citar
Membros D FABIANO Postado Setembro 30, 2022 Membros Postado Setembro 30, 2022 Esperando a continuação,mas a parte acima já me ajudou muito na minha futura viagem ao país do fascismo.Vou lá tentar entender o porque da invenção desse maldito regime em museus que não gosta. Citar
Membros Este é um post popular. Sinval Pereira Postado Outubro 2, 2022 Autor Membros Este é um post popular. Postado Outubro 2, 2022 CONTINUAÇÃO... Peguei o trem cedo em Napoles, chegando em Milão por volta de 13h. Me hospedei no hostel Otello Bello Grande, que fica bem próximo à estação central. Decidi ficar lá, pois tinha lido que promoviam um pub crawl bem agitado. Deixei minha mochila na sala de bagagens, e procurei um restaurante próximo para almoçar até dar o horário do check-in. Voltando para o hostel, toda a galera do meu quarto fez o check-in na mesma hora. Nos apresentamos, e combinamos de ir todos no pub crawl mais tarde. Cada um seguiu um rumo para conhecer a cidade. Fui caminhando em direção à Duomo di Milano, região que concentra os principais pontos turísticos da cidade. A primeira parada foi a Galleria Vittorio Emanuele, uma espécie de shopping de diversas marcas de grife. O prédio da Gallerria é uma atração à parte, com seu teto de vidro por toda a extensão da construção. Depois tirei algumas fotos da Catedral e fui até o Castello Sforzesco. Na entrada do castelo tem uma fonte, onde a galera tira os sapatos e refresca os pés na água fresca. Existe um parque bem grande depois das muralhas do castelo, procurei uma sombra, tirei o livro da mochila e fiquei um bom tempo por lá. Ruas de Milão Galleria Vittorio Emanuele Duomo di Milano Castello Sforzesco Final do parque do Castello Sforzesco Quando fiz o caminho de ida para a Duomo tinha avistado alguns prédios bem bonitos um pouco distantes. No caminho de volta resolvi mudar o trajeto para passar por aquela região. Cruzei a Chinatown (que diga-se de passagem tinha um restaurante de “comida japonesa estilo brasileiro”, achei curioso . A região dos prédios diferentes que tinha visto se chama Isola. Além dos prédios modernos espelhados, tinha alguns mais peculiares: cheios de árvores nas sacadas. Cheguei no hostel e a galera que tinha conhecido mais cedo estava saindo para comer alguma coisa. Fui com eles a um restaurante próximo da estação central, e logo voltamos para tomar banho e preparar para sair. Região de Isola Ainda na recepção do Hostel o pessoal que iria no Pub Crawl começou a se reunir e trocar ideia, pois as 20h o evento teria início. Cada pessoa tinha direito a uma bebida no bar do hostel, e antes de sairmos para o primeiro bar também rolou um shot para cada. Quem estava conduzindo o Pub Crawl era uma argentina muito animada. A “guia”, aliada a quantidade de pessoas (por volta de 40), os bares bem escolhidos, shots de boa qualidade na entrada e na saída de cada bar e ao fato de todos estarem interagindo bastante, tornaram desse um dos melhores Pub Crawls que já fui. Para encerrar a noite fomos a um club, também bastante agitado e com direito ao primeiro drink grátis. Quando o álcool desceu um pouco e vi que já era tarde da madrugada, chamei um uber para o hostel. No outro dia teria que acordar antes das 07h da manhã para pegar o carro alugado na locadora às 08h. Pub Crawl Acordei, peguei o metro e cheguei na locadora no horário. Porém estava fechada. Chequei no google e lá dizia que deveria estar aberto. Esperei mais um tempo e chegou um inglês para devolver o carro. Ficamos os dois esperando, até que 08:30 a dona do salão de beleza ao lado chegou. Fui pergunta-la o horário que eles eram acostumados a abrir, e ela me informou que eles estavam de férias e não retornariam nas próximas duas semanas. Eu e o gringo começamos a ligar para todas as outras agencias da Avis/Budget de Milão, mas não conseguimos contato com nenhuma. Por sorte, ele tinha uma amiga de milão, e ligou para ela o socorrer. Chegando lá, ela disse que guiaria ele até o aeroporto para tentar resolver a questão na agencia de lá. Aproveitaram e me deram uma carona. Lá, tudo foi resolvido, e peguei o carro para o rolê em direção às dolomitas. A caminho das Dolomitas As estradas, como era de se esperar, são super bem cuidadas. Mesmo com as várias curvas, subidas e descidas, foi uma viagem tranquila. A primeira cidade que fiquei hospedado se chama Bolzano, levei cerca de 4 horas para chegar, com pausa para o almoço, e toda a região das dolomitas são o atrativo. Cadeias de montanhas para todos os lados, plantações de uva a perder de vista e várias cidades pequenas pelo percurso, com as casas de montanha em arquitetura bem típica. Meu hotel ficava bem no início do centro de Bolzano, onde começava o espaço de tráfego restrito – só vi as placas depois que já tinha parado o carro =/ (estou só esperando a multa chegar). Depois de mudar o carro de lugar, tomei um banho e fui conhecer a cidade. Era bem grandinha, rodeada por montanhas e com bastante opção de bares e restaurantes. Tirei várias fotos nos arredores, depois sentei em um restaurante para jantar e logo voltei ao hotel, para recuperar as energias. Bolzano Escolhi Bolzano como primeira parada pois ficava próxima de algumas atrações que queria conhecer. No dia seguinte acordei bem cedo e dirigi até a primeira delas: o Monte Seceda, que fica na cidade de Ortisei. Deixei o carro no estacionamento do teleférico (€10) e comprei apenas o ticket de subida (a volta faria por uma das trilhas da região), que custou €27. O teleférico começava a funcionar às 08:30h, tinha chegado alguns minutos antes. Todos na minha frente da fila estavam usando blusas corta-vento e calça comprida, já comecei a imaginar que iria passar frio lá em cima – mas foi até de boa, como andei bastante e estava sol, deu para suportar – apesar do suor frio. Quando o teleférico chegou no ponto final, imediatamente me conformei que o preço alto para subir era totalmente justo. Monte Seceda O lugar é fantástico, nem parece real. O monte Seceda em si, e todo o arredor. Lá de cima é possível avistar diversas cadeias de montanhas no horizonte. No momento de comprar o ticket eles dão um mapa impresso com diversas opções de trilha. Fiquei por volta de uma hora e meia lá em cima, e depois comecei a caminhada montanha à baixo – que durou mais três horas. Todo o percurso é bem bonito. Até o ponto onde é feita a troca de teleférico a trilha é larga, aberta e com cascalho. Muitos ciclistas sobem empurrando as bicicletas para depois descerem pedalando. Depois desse ponto as trilhas são em mata fechada, algumas atravessando fazendas pelo caminho. Trilha de volta para Ortisei Cheguei no estacionamento, peguei o carro e fui para a vila de Santa Magdalena, que ficava bem próxima. Parei o carro em um dos estacionamentos públicos, e o valor de €4 era cobrado por diária. Almocei no primeiro restaurante que encontrei, e aproveitei o tempo para dar um descanso para as pernas. Como a vila é bem pequena, de qualquer lugar até o famoso mirante do local é perto. Andei coisa de 1km. A vista parece um cartão postal, e só começa a ser formada no final da caminhada. Quando a montanha vai aparecendo, atrás da pastagem bem verde e entre a torre da igreja da cidade. Em comparação com os outros lugares que passei, essa foi a atração que tinha menos turistas pelo caminho – em sua maioria asiáticos. Santa Magdalena De lá, segui viagem para a cidade que seria minha base nos próximos dois dias: San Vito Cadore. Fiz várias paradas durante o trajeto, pois existem vários passos e montanhas no caminho. Não podia ficar sem registra-los em fotos. Caminho para San Vito Cadore San Vito Cadore é uma cidade bem pequena, vizinha à maior e mais famosa Cortida D'ampazzo. A hospedagem lá estava bem mais barata, e a distância entre as das cidades era muito pequena, coisa de 14km. Cheguei ainda de dia, e depois de fazer check-in no hotel comecei a escutar uma música alta. Olhei pela sacada do quarto, e vi que na pracinha bem abaixo estava tendo um show de artistas locais. Tomei banho e desci para jantar em um restaurante bem de frente ao evento. Muito interessante ver como alguns lugares valorizam a cultura. A cidade provavelmente tem menos de mil habitantes, e mesmo assim o governo estava promovendo esse mini show, com estrutura de palco e iluminação. Show na pracinha de San Vito Cadore O programa do dia seguinte era as trilhas do Tre Cime di Lavaredo. Acordei cedo e fui para o Lago Misurina, na beira da estrada tinha uma cabine para venda de ticket de ônibus até o Rifugio Auronzo, comprei dois [para ir de carro até lá não compensa, pois existe um pedágio beem caro na entrada do rifugio. Depois peguei o carro e andei mais um pouco, até o Lago Antorno, última parada com estacionamento gratuito antes do Rifugio Auronzo. A frequência de ônibus é bem alta, logo ele passou. Depois de chegar fui até o Rifugio Lavaredo, que era o mais próximo. E para minha decepção, o Tre Cime estava completamente tampado por neblina. Mesmo assim, continuei subindo. Chegando no ponto mais alto, vi que o tempo não tinha perspectiva de melhora no horizonte, e resolvi fazer o caminho de volta. Parei para apreciar a bela vista do vale que se forma abaixo do local, onde é possível alcançar a vista até o Lago Misurina. Tre Cime di Lavaredo Vista do vale abaixo do Tre Cime Depois de pegar o ônibus de volta, consultei a previsão do tempo, pois o céu estava bem fechado. Meu plano era fazer outra trilha, que começava no lago Antorno e ia até o Cadini de Misurina. Mas como vi que a previsão era de chuva para as próximas horas, sentei em um banco e comecei a ler um livro, para ver se o tempo abria. O tempo passou e o céu não abriu, resolvi abortar a missão e seguir caminho. Dirigi pelas redondezas de Cortida D'ampazzo e depois parei na cidade para fazer um lanche. Voltei para San Vito Cadore, e prestando bem atenção no mapa reparei que havia um pequeno lago bem próximo de onde estava hospedado. Deixei meu carro no hotel e caminhei até lá. Era um lugar bem aproveitado pela população local, tinha quadra de tênis, um parquinho para crianças, além de um minicampo de golfe. Sentei em um quiosque na beira do lago, e terminei a tarde bebendo algumas cervejas e planejando o próximo dia. Esperando o tempo abrir no Lago Antorno San Vito Cadore Lago de San Vito Cadore No dia seguinte iria para o famoso Lago di Braies. Pesquisando pela internet, vi que o estacionamento tinha que ser reservado com antecedência. Como estava muito em cima, nenhum dos três tinha vaga. A outra opção era deixar o carro em uma das cidades próximas e pegar um ônibus até o lago (que também deveria ser reservado com antecedência). Já comprei o ticket de ônibus para o primeiro horário saindo de uma cidade chamada Dobbiaco. No outro dia, acordei cedo, fiz o checkout do hotel e peguei a estrada para Dobbiaco. Consegui achar um estacionamento público gratuito para deixar o carro. O ônibus passou pontualmente às 08:10 e durante os poucos minutos de trajeto já me bateu um desanimo. Como ainda estava cedo, para todos os lados que eu olhava, só via neblina. Chegando no lago não foi diferente. Comecei a dar a volta no lago e pouco enxergava. Caminho para o Lago di Braies Lago di Braies quando cheguei, pura neblina Antes de chegar na metade do caminho, porém, o pico da montanha começou a aparecer e fiquei animado novamente. Parei em uma “praia” de pedras brancas, me sentei e peguei o livro para esperar o tempo abrir. Dessa vez, ele abriu. E a medida que o sol começou a refletir na água, aquela famosa cor das fotos apareceu. Sol começando a aparecer... Esperando o tempo abrir totalmente... Simplesmente espetacular. Um lago com a água daquela cor, envolto pela floresta e com a montanha bem acima. Fiquei algumas horas por lá, de boca aberta com aquela beleza da natureza. Depois de uma centena de fotos, peguei o ônibus de volta e depois dirigi para a última atração da viagem: o Lago di Garda, maior lago da Itália. Lago di Braies Hotel na entrada do Lago di Braies Como o Lago di Garda é absurdamente extenso, escolhi ficar hospedado em Riva Del Garda, na extremidade norte. Fiz o check-in no hotel e segui para a praia da cidade. Consegui encontrar um estacionamento amplo gratuito. Ao contrário do de Braies, em que o banho não é permitido, no Lago di Garda ele é liberado, junto com vários esportes aquáticos que são praticados por lá, que contam com a ajuda de um vento constante e bem forte. No ápice do calor do verão italiano, lá estava abarrotado de gente, deitados em suas toalhas e tentando pegar um pouco de cor. Me juntei a eles, e fiquei por ali durante o restante da tarde. Estrada para o Lago di Garda Estacionamento em Riva del Garda Praia de Riva del Garda Vista do quarto em Riva del Garda À noite dei uma volta pela cidade, que é bem movimentada. Até achar um bar para beber e comer alguma coisa. Por lá também estava rolando um show no centro da cidade, com artistas locais. Depois de um tempo, fui para o hotel porque no outro dia iria pegar a estrada para Milão. Acordei cedo, fui até o aeroporto local de Milão devolver o carro e depois peguei um ônibus até o centro da cidade. Comprei alguns souvenires e depois peguei o trem para o aeroporto internacional, onde pegaria o voo para Amsterdam, para o ultimo dia na Europa antes do retorno para o Brasil. 6 Citar
Colaboradores José Luiz Gonzalez Postado Outubro 4, 2022 Colaboradores Postado Outubro 4, 2022 (editado) Parabéns pelo relato e pela viagem! Dolomitas é um lugar incrível né? Pena que o clima não colabora muitas vezes! Tive lá também e chovia tanto quando fui pro Lago di Braies que fiquei quase 1h dentro do carro no estacionamento e dei meia volta! 😔 E o que dizer dessas fotos no Val di Funes e em Seceda?? Que lugar espetacular! Abraço! Editado Outubro 4, 2022 por José Luiz Gonzalez Citar
Membros Sinval Pereira Postado Outubro 4, 2022 Autor Membros Postado Outubro 4, 2022 19 horas atrás, José Luiz Gonzalez disse: Parabéns pelo relato e pela viagem! Dolomitas é um lugar incrível né? Pena que o clima não colabora muitas vezes! Tive lá também e chovia tanto quando fui pro Lago di Braies que fiquei quase 1h dentro do carro no estacionamento e dei meia volta! 😔 E o que dizer dessas fotos no Val di Funes e em Seceda?? Que lugar espetacular! Abraço! Com certeza. A região das Dolomitas era a que estava com a expectativa mais alta para conhecer e valeu super a pena. Gostaria de ter tido a oportunidade de ficar mais dias por lá, ainda ficou muita coisa de fora. Essa questão do clima é complicada mesmo. Mas mesmo as "más" experiencias durante a viagem depois são lembradas com saudosismo e viram boas histórias Abraço! Citar
Membros Guillherme Postado Outubro 17, 2022 Membros Postado Outubro 17, 2022 Cara, que viagem incrível! As paisagens foram o que mais me chamou atenção, sensacionais. Estou planejando uma primeira viagem à Europa pro ano que vem, mas como o tempo é curto e vou fazer Londres/Paris/Roma não vou ter a oportunidade de conhecer mais da Itália, mas já tô pensando em planejar uma viagem exclusiva pelo país e fazer um roteiro parecido com o seu. Obrigado pelo relato! 1 Citar
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