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Bom dia.

O objetivo deste tópico não é descrever os lugares, os passeios, o que vi e sim postar informações recentes e interessantes desta viagem que fiz

entre 18/02 e 07/03/2011.

Acho que não há muito o que escrever a respeito dos lugares no Atacama, Uyuni e Pucon. São lugares especiais e quem tem interesse em conhecê-los

deve ir.

Pesquisei, vasculhei, garimpei, perguntei muito com a ajuda deste site e agora acho que devo retribuir.

 

Em outubro de 2010 já havia escolhido meu roteiro (SPA, Salar de Uyuni e Pucon) e as datas de ida e volta então foi tranquilo encontrar passagens

áereas SP-Santiago, ida e volta, utilizando o Smiles.

Decidi viajar o trecho Santiago-Calama de avião e Santiago-Pucon de ônibus pelos seguintes motivos:

- Santiago - Calama, não estava disposto a encarar 24H de busão mesmo sabendo que o visual durante a viagem compensa.

- Santiago - Pucon, 8~10h de busão semi cama (semi leito) dá para encarar na boa, ainda mais seguindo a dica para viajar a noite e economizar uma

diária com hospedagem.

 

Não consegui comprar as passagens aéreas Santiago-Calama através do site chileno da Lan. Cheguei a usar um endereço chileno verdadeiro de uma irmã

de um colega de trabalho mas não deu certo.

No final das contas ela mesma fez a compra das passagens em meu nome e meu e-mail. Logo recebi a mensagem com o código da reserva. Uma economia

considerável.

 

- Qual e quanto dinheiro levar.

Foi uma das minhas maiores dúvidas antes de viajar. Não tinha idéia de quanto teria que levar nem em que moeda (peso chileno, dolar ou real).

No final resolvi levar P$60.000 que troquei em SP a 0.0040 (o que dá R$1,00 para P$250) e mais R$3.500. O restante, caso precisasse...e

precisei...passaria no cartão de crédito e/ou sacaria nos caixas eletrônicos.

A cotação do dolar em FEV/2011 estava U$1,00 -> R$1,66 (comercial) mas o dolar bancário praticado efetivamente pelos bancos e casas de câmbio no

Brasil estava R$1,75.

Fui viajar sabendo que o real estava entre 1 para 275~280 pesos chilenos. Se eu encontasse estes valores estaria bom.

Cheguei de madrugada no aeroporto de Santiago e havia uma casa de câmbio aberta (fica 24h) e vários caixas eletrônicos. A cotação estava 1 -> 275 e

troquei R$2.500,00.

Foi a melhor cotação que encontrei na viagem toda. Nem depois, quando estive novamente em Santiago para ir até Pucon encontrei este valor, nem no aeroporto nem nas ruas centrais de Santiago. Numa casa de câmbio na rua Augustina acabei negociando a P$273.

Em SPA tiveram a cara de pau de oferecer 200 e o máximo foi 230.

As pessoas que levaram dólar disseram que estavam perdendo dinheiro. Um detalhe que vale levar e conta é o momento econômico mundial. Em 3 anos

este período (FEV/2011) tem a menor cotação do dolar dentro do Chile.

Os saques que fiz paguei a cotação de U$1,72, também valia mais a pena sacar que ter levado dólares. A gente paga uma taxa de P$2.500 a cada saque

independente do valor então vale a pena fazer umas contas e sacar o máximo que for necessitar.

 

São Pedro de Atacama.

Reservei o transfer Licancabur (P$18.000/pessoa/ida e volta). Eles possuem um balcão dentro do saguão onde fica a esteira para retirada das bagagens.

Nosso nome já fica lá marcado. Acertei tudo via mail.

Minha esposa e eu estávamos decididos a ficar numa suíte (quarto matrimonial com baño privado) e depois de ler a respeito de vários hostels aqui no mochileiros, uma dica sobre o hotel Las Dunas, com preço dentro da média, ajudou na escolha. O que mais me chamou a atenção na dica foi sobre uma área privada junto ao quarto e este detalhe foi decisivo para eu fechar com ela. Na prática acabou sendo uma dica bem legal.

Vendo o mapa da localização fiquei com certo receio por ser um pouco afastada da rua (calle) Caracoles. Receio infundado. SPA é bem pequeno, tudo fica bem perto, dá para caminhar na boa qualquer hora do dia e da noite.

Negociei, via mail, em P$33.000 para pagamento através de uma fatura de exportação (para estrangeiros) assim eles não recolhem o IVA. Mas este valor precisa ser pago em dinheiro (efetivo), nem cartões poderia ser.

O café da manhã (desayuno) é bem diferente das pousadas brasileiras (em termos de fartura). Aqui no Brasil, praticamente só tomo o café da manhã e na hora do almoço como uma fruta e barra de cereais porque o café da manhã sustenta.

O café da manhã das pousadas chilenas é basicamente um pão amassado (o nome é este mesmo), parece uma bolacha água e sal redonda e mais gordinha,

1 (uma, só uma) fatia de queijo e presunto, 1 xícará de leite com café, manteiguinha, geleinha, um sachê de chá e só. Eu complementava com suco e outras besteiras que comprava.

Esta pousada tem serviço de lavanderia. Fui perguntar se eu podia usar o tanque para lavar minhas roupas e não podia.

Puxa....fiquei tãããão chateado !!! Brincadeira, lavamos tudo debaixo do chuveiro. Que restrição mais idiota. E a tal área externa privada agregada ao quarto foi excelente para pendurarmos as roupas, num varal improvisado.

Achei estranho que conhecemos um casal que estava no hostel Miskanty (acho que era este) e que apesar de ter varal, também não puderam lavar as

roupas no tanque. Adivinha onde lavaram suas roupas !!!!

Apesar disso recomendo o hotel Las Dunas ( reservas@hoteldunas.​cl ). Bem limpa, organizada e confortável (colchões, cobertores, lençõis, banho impecáveis).

 

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- Onde contratar os passeios

Lendo os relatos, sugestões e dicas das agências fui decidido a fechar todos os passeios com a Atacama Connection. Nem cotei com outras agências (contei mais de 15 espalhadas por SPA) e pretendia fazer os seguintes passeios:

- Vale da Lua e da Morte (16h as 20h) - ingresso P$2.000/pessoa

- Geiser del Tatio (4:30h as 12h) - ingresso P$5.000/pessoa

- Laguna Chaxa e Lagunas Altiplanicas (6h as 16h) - ingresso P$1.800 e P$2.500/pessoa, respectivamente

- Laguna Cejar e Tebinquiche (16h as 21h) - ingresso P$2.000/pessoa (Cejar)

Fui com uma cotação de P$42.000 (relato do Wesley) para estes passeios. Todos sairam P$50.000/pessoa.

- Salar de tara (8h as 16h). Somente este passeio ficou em P$40.000/pessoa.

Fora os ingressos pagos nas entradas dos parques. E muita pechincha.

 

Vale da Lua - por do sol

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Vale da Lua - por do sol

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Geiser del Tatio

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Laguna Chaxa

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Laguna Chaxa

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Lagunas Altiplanicas

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Laguna Tebinquiche

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Salar de Tara

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Há anos não fazia um passeio com agência de turismo e acho que desacostumei (ou fiquei mal acostumado a viajar por conta própria).

Todos os lugares são para contemplação, para ficar curtindo, aproveitando o momento sem pressa mas acontece justamente o contrário.

A gente chega num local, recebe uma rápida explicação e já recebemos a informação de quanto tempo ficaremos lá...10min, 15min, 30 min...tempo suficiente para descer e "sacar" fotos, etc. Dava uma dor no coração estar de frente para aquelas paisagens e não poder aproveitar mais o tempo.

E a explicação não é a falta de tempo, porque não é.

Quando informam que o passeio é das 6h as 16h como no caso das Lagunas Altiplanicas, 16h estávamos de volta a SPA. Estava escurecendo por volta das 20:30h então ficávamos o resto da tarde e começo da noite procurando o que fazer em SPA.

Não estou criticando a forma de trabalho da Atacama Connection mesmo porque todas as demais agências trabalham da mesma maneira, inclusive os horários de saída e chegada dos passeios são os mesmos.

 

Tirando a sensação de cansaço e a dificuldade para respirar, não senti os efeitos do mal da altitude.

No dia seguinte ao da nossa chegada em SPA fomos para o Salar de Tara que no caminho ultrapassa os 4.700m, mas o salar em si fica a 4.300m.

Na volta, já chegando em SPA minha esposa começou a sentir mal estar, enjôo, dor de cabeça, efeitos claros do mal da altitude. Tínhamos levado uns medicamentos básicos mas nada específico para prevenir isso.

Passamos numa farmácia (calle Gustavo Le Paige com calle Tocopilla, quase na esquina ao lado esquerdo, sentido da praça) e pedimos algo para prevenir/curar/minimizar os efeitos do mal da altitude. O farmacêutico indicou um comprimido de efeito diurético, ingestão de bastante água e isotônico (isso já estávamos fazendo).

Realmente o comprimido ajudou bastante mas teve um efeito colateral, minha esposa ficou com uma diarréia brava. Até brincamos que o comprimido não devia ter efeito diurético e sim diarrético. Ela tomava 1 comprimido pela manhã e outro a noite.

No 3o. dia fomos para o Geiser Del Tatio e o efeito do mal da altitude já havia diminuído bastante mas a diarréia continuou por mais 1 dia.

Vale a pena pesquisar algum medicamento diurético e levar.

Levamos soro para usar como colírio e Rinosoro para o nariz. O clima é bem seco e com bastante poeira, ajudou bastante.

 

Nesta época do ano faz bastante calor durante o dia dando para ficar tranqüilamente de bermuda e camiseta e esfria um pouco a noite, um fleece já ajuda.

 

Em SPA há vários mini mercados, encontra-se de tudo neles.

 

Há vários restaurantes, dos mais simples aos mais sofisticados.

Na faixa entre 3.000~3.500 (R$12~14) há várias opções de lugares e pratos e come-se razoavelmente bem. Fui atrás de uma dica para comer numa das barraquinhas que tem a placa “Jugos Naturales”, próximo ao “terminal” de ônibus. Todas as barraquinhas são pequenas mas esta estava sempre cheia. Os pratos (poucas opções porém simples e bons) a 2.500. Eu preferia gastar 500 a mais e comer um churrasco a lo pobre (o termo “a lo pobre” é o PF deles, no Chile todo, vem com um bife, cebola refogada, ovo frito, batata frita tudo montado num prato).

Considerando os valores que pago em SP não achei caro. Começa a encarecer quando incluímos as bebidas. Sucos, refrigerantes e cervejas entre 1.500 e 2.500.

Na calle Toconao, próximo a praça, tem um local que vende frango assado (galeto) para viagem. Fácil de ver porque sempre está cheio de gente comprando. Bom, barato e gostoso.

 

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Nesta viagem eu tinha 3 objetivos principais: subir um vulcão em SPA (que acabou sendo o Lascar), ir para o Salar de Uyuni e subir o vulcão Villarrica em Pucon.

 

Vulcão Lascar

Fui com a cotação de 70.000/pessoa com desconto, na agência Nômade Expedicione. O máximo que consegui foi baixar para 80.000 mas estavam com problema para aceitar cartão de crédito.

Tive que voltar na Atacama Connection para pagar os passeios . Comentei que queria subir o vulcão Lascar e perguntaram porque não fechava com eles. Nem sabia que faziam este passeio. Como fizeram pelos mesmos 80.000, fechei com eles.

A Atacama Connection só tem um guia que sobe os vulcões, guia Pedro. No final do passeio ele comentou que também guia outros passeios “por conta”, sem o esquema das agências. De repente é uma boa opção para quem quer fazer os passeios com mais calma, de maneira personalizada.

Ele mostrou ser um bom guia, bem atencioso e comunicativo. O contato dele é ( basret@hotmail.com ).

A agência/guia empresta tudo que precisar. Agasalhos, luvas, gorro, bastão para caminhada, etc. Mas precisa pedir.

Neste dia minha esposa já não sentia mais os efeitos do mal da altitude, nem a diarréia.

Durante a subida sentimos muito foi o cansaço. Senti na pele o que a altitude faz com a gente em termos de resistência física. Ela nivela todo mundo...por baixo.

A pickup sobe até 4.700 metros e a cratera está a mais ou menos 5.500 metros. Não é muita coisa mas cansa, cansa, cansa....

Devagar, parando bastante e sempre tentando se superar, subimos em 2:30h. O ritmo foi realmente bem lento, em torno de 1 passo pequeno a cada 2 segundos.

Comentaram com a gente que este ano está sendo um pouco diferente dos últimos 3 anos.

Está chovendo na região (pegamos chuva sim!!) e com isso os picos estão com neve. Não sei como estava antes de dezembro/2010 nem nos últimos 2 anos para poder comparar nem para saber se isso é verdade.

O fato é que o Pedro levou a máquina fotográfica para tirar fotos lá em cima, porque fazia tempo que ele não via neve daquele jeito. Mas era um acúmulo de neve ralinho, não atrapalhava em nada a caminhada.

 

Subida do vulcão Lascar

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Primeiro objetivo cumprido

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Salar de Uyuni

Fechei o passeio para o Salar de Uyuni com retorno para SPA (4 dias), com a Atacama Mística por 85.000/pessoa. Fui atendido pelo Edgardo (nome citado várias vezes no site), atencioso, falador, o legítimo vendedor.

Eu disse que há muitos comentários sobre pickups em péssimas condições, motoristas bêbados, acidentes, etc. Ele respondeu que está ciente destas situações e que tenta coibir ao máximo.

Não creio que tenha tanto poder para decidir isso uma vez que somos levados até a fronteira com a Bolívia com o transfer da Atacama Mística e depois mudamos para as pickups das agências receptivas do lado boliviano.

O jeito é torcer e rezar para tudo sair bem. No nosso caso não tivemos problema algum.

 

Fora o valor pago pelo pacote temos que levar 150 bolivianos/pessoa para a entrada do parque na Bolívia mais alguns trocados para gastar em Uyuni. Não tem nada a ver com a migração boliviana.

A melhor cotação foi um rapaz que fica em frente a agência na parte da manhã quando saem os passeios para Uyuni e estava pagando P$10.000 -> B$120.

Precisa levar a carteira de vacinação internacional (CVI) contra a febre amarela para entrar na Bolívia. Tira na Anvisa, sai na hora. Basta levar o comprovante da vacinação contra a febre amarela e um documento de identidade. A vacina tem validade por 10 anos.

Quem não leva a carteira internacional vai para o final da fila. Depois que todos passam, este pessoal é convidado a contribuir com módicos 50 bolivianos para serem autorizados a passar a fronteira. Mesmo quem tinha levado a carteira nacional teve que pagar para passar.

Outra taxa que é cobrada na fronteira são 15 bolivianos não sei a título do quê. Ao contrário da contribuição por falta da CVI que é cobrado na surdina, este valor é cobrado abertamente, de todos.

Quem cita que está pela Atacama Mística e mostra o recibo, não paga os 15 bolivianos, super estranho uma vez que em SPA os preços estavam semelhantes.

 

A dica que peguei no mochileiros para levar 5L dágua/pessoa também é informada na agência. E papel higiênico também precisa levar.

 

Dorme-se em alojamentos com quartos coletivos, banheiros coletivos, tudo muito simples.

No pacote está incluso o café da manhã, um lanche a tarde que geralmente é o horário que chegamos nos alojamentos e janta (cena). Tudo bem simples também.

Nada como o melhor tempero que existe, a fome. Qualquer gororoba fica deliciosa.

No segundo dia tem energia elétrica para carregadores de pilhas/baterias.

Temos um saco de dormir para 5oC que não é suficiente para dormir em barracas mas atende muito bem quando se está abrigado, comprei na Decatlhon. Usando as fitas de compressão fica pouco maior que um palmo, ocupando pouco espaço na mochila, sempre levamos nas viagens e quando deparamos com algum cobertor higienicamente suspeito ou mal cheiroso, basta fazer uso dos sacos de dormir (e se está muito frio, joga os cobertores suspeitos por cima mesmo)...e dorme o sono dos anjos. Boa noite.

 

Nesta época do ano (segundo informações, vai até final de março) o salar de Uyuni está alagado e o trajeto muda.

Ao invés de seguir direto pela esquerda do salar e cruzá-lo no sentido leste-oeste até a cidade de Uyuni, contorna-se por “baixo” à direita indo direto para a cidade de Uyuni. Quando chega na cidade faz um bate e volta até o salar, indo até o hotel de sal.

O salar seco só vi em fotos, com aquela imensidão branca, lindo.

A visão do salar totalmente alagado formando o gigantesco espelho dágua é tão belo quanto.

 

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Segundo objetivo cumprido

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Pucon

Pucon é uma cidade bem mais estruturada, com padrão bem mais elevado.

Possui ruas asfaltadas, vários mercados grandes, restaurantes sofisticados, hotéis de luxo. Como era início da baixa temporada já estava bem tranqüila.

Para se alimentar gasta-se um pouco mais. Os tais “a lo pobre” começam na faixa de 3.500 e em poucos restaurantes. Para ser sincero a maioria dos pratos ficava entre 4.000~6.000.

Por ter os mercados maiores há mais opções para quem pretende e curte preparar a própria comida.

Uma boa saída são as empanadas que também tinham em SPA mas aqui encontra-se com mais facilidade, em torno de P$500/cada.

Os preços das bebidas são iguais a SPA.

Fiquei no Hostel Pucon Sur (35.000 - http://www.hostalpuconsur.com/br/index.html - info@hostalpuconsur.com ). A dona é brasileira, Ângela. Mora no Brasil, em Campinas e na alta temporada vai para Pucon cuidar da pousada.

Também estava receoso quanto a localização mas apesar de Pucon ser bem maior que SPA, ainda dá para caminhar tranqüilamente. E tem um trunfo, fica em frente ao terminal de ônibus da Turbus. Foi tão bom chegar e só precisar atravessar a rua para estar na pousada !!! E tem um mercado grande ao lado.

Perguntei por mail se ela poderia fazer as reservas das passagens de ônibus Santiago-Pucon, ida e volta, porque eu não estava conseguindo através do site da Turbus. Ela não apenas se prontificou a fazer como conseguiu um excelente preço, 30.000 ida e volta para nós dois, semi cama.

 

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Contratei os serviços da agência Politur para subir o vulcão Villarrica, 43.000/pessoa.

Eles fornecem tudo, inclusive as botas que precisam ser de cano alto e impermeáveis. Eu queria ir com a minha mochila mas não pude. A agência fornece uma mochila gigante com tudo que a gente pega emprestado...roupas corta vento, luvas, grampones, polainas, piolet, etc. Ainda temos que colocar os 2L dágua/pessoa que eles recomendam, os lanches da “trilha”, etc.

Não gostei porque estou acostumado com a minha mochila mas aceitei e compreendi o motivo.

Saímos da agência bem cedo para chegar a base do vulcão. Somente lá é que nos equipamos.

Um detalhe que esqueci de comentar é a utilização de proteror solar (muito) e protetor labial (bastante) em toda a viagem. O clima agride demais nossa pele, seja porque é muito seco ou porque ficamos bastante expostos ao sol.

Como no dia anterior, o dia que chegamos em Pucon, ficou nublado na parte da manhã, não teve subida ao vulcão. Resultado, no dia seguinte todo mundo subiu e deviam ter umas 200 pessoas de todas as agências.

Isso em nada atrapalhou a subida. Percebi que apesar de serem agências diferentes e até concorrentes, reina um clima de cooperação na subida. Uma agência abrindo passagem para outra com um grupo mais rápido, decisão conjunta para decidir um melhor caminho, etc.

O vulcão estava com pouca neve então a estação de esqui e o teleférico estavam fechados. Tivemos que iniciar a caminhada desde lá embaixo. O desnível é bem maior que o desnível do vulcão Lascar, caminha-se bem mais para subir o Villarrica porém o fato de não alcançar uma altura elevada (o pico do Villarrica está a 2.874m), não há os males da altitude então torna-se beeeeem mais fácil, incomparavelmente mais fácil.

Quando alcançamos o trecho com neve, já numa altitude bem elevada, os guias avaliaram que não precisaríamos dos grampones.

Nos instruíram como proceder em caso de queda, usando o piolet para estancar a queda.

O não uso dos grampones por pessoas que não estão acostumados a caminhar sobre a neve/gelo, foi minha única avaliação negativa da Politur. Vale ressaltar que nenhuma agência estava usando os grampones.

A inclinação naquele ponto é tamanha que só de olhar para trás/baixo dá vertigem. A todo momento vem a mente o treinamento ultra relâmpago de como parar em caso de queda.

Isso gera estresse que gera um gasto de energia desnecessário. Num tipo de caminhada que para muitas pessoas qualquer economia de energia pode ser a diferença entre conseguir chegar lá em cima ou não. Enfim, ninguém caiu.

Acho que subimos em 4 horas e todos do grupo conseguiram, cada um no seu ritmo.

Foi 110% recompensador. O visual é fantástico.

 

Olha a inclinação do terreno

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Terceiro objetivo cumprido

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Ao redor da cratera

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Na agência eles explicam que a descida é no sky bunda. Durante a subida eu olhava para trás, arrepiava todo e ficava imaginando por onde (meu Deus!!) iria descer de sky bunda.

Se perdesse o controle poderia ir parar no lado oposto do vulcão.

Apesar da apreensão inicial para descer de sky bunda, passados 10 segundos de descida tudo é alegria, uma diversão só.

 

Parque Huerquehue

Decidmos ir ao parque Huerquehue no dia seguinte ao da subida do vulcão Villarrica. Algumas pessoas não recomendaram pelo fato de ser um parque grande, com muitas trilhas e algumas bem puxadas. Mesmo assim fomos.

Há um ônibus que sai do centro da cidade (em frente ao terminal de ônibus da JAC bus).

O horário varia dependendo da época do ano. Neste período haviam 3 horários. Pela manhã, meio dia e a tarde. Tentei imaginar quem pegaria este ônibus a tarde e percebi que é como se fosse uma linha regular, vai parando e prestando serviços entre Pucon e o parque.

Para a volta são 3 horários também. O último saía do parque as 16:30h. Leva 1 hora até a entrada do parque.

O ingresso custa 2.500/pessoa.

Recebemos um mapa e pegamos explicações com um guarda sobre cada trilha.

Como era nossa primeira vez ali, foi recomendado a trilha mais procurada que vai até as 3 lagunas (Chico, Toro e Verde), 6 horas ida e volta.

Toda a trilha é bem sinalizada.

Logo no começo há um desvio que leva até a praia no lago Tinquilco mas recomendo deixar para a volta. Faça a trilha tranquilamente, apreciando tudo ao redor, parando nos mirantes, nos lagos e na volta relaxe mergulhando nesta praia.

O começo da trilha é por uma estradinha, passando por barzinhos que devem ficar abertos na alta temporada, pousadas, propriedades particulares.

Até o momento que surge uma placa indicando que o caminho para as lagunas é entrando a esquerda e daí em diante a trilha segue percorrendo e contornando árvores enormes, centenárias, uma caminhada bem aprazível e tranquila.

Até a placa o caminho era completamente plano mas depois começa um aclive...a princípio leve. Aos poucos o bicho vai pegando e tome pirambeira.

Eu sabia que os lagos ficavam numa altitude elevada então esperava subidas. E passei a entender porque não recomendavam emendar este passeio no dia seguinte ao da subida para o vulcão.

Uns 30 min de caminhada depois da placa surge outra portaria do parque. Não havia ninguém controlando o acesso e passamos direto. Há uma indicação que daquele ponto até os lagos são 2:30h.

A trilha sobe em zig zag ganhando altura rapidamente.

No primeiro mirante perdemos o pouco fôlego que restava diante do visual incrível. Abaixo o lago Tinquilco e o vulcão Villarrica ao fundo.

 

Lago Tinquilco

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Primeiro mirante

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Lago Chico

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  • 2 meses depois...
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Belo relato, bem informativo. Contribuiste bem atualizando os valores. Quanto as Fotos , ficaram lindas! Vou fazer um roteiro semelhante agora em julho.

Agora tenho uma pergunta. Quanto tempo de carro até o ponto de subida ao Lascar? E quanto tempo o passeio todo?

  • Membros
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A distância de SPA até o vulcão Lascar não é grande mas a estrada para aproximação é bem precária e não dá para desenvolver grandes velocidades, aliás ficamos sacolejando a no máximo 20km/h por mais de 1 hora.

Saímos por volta de 6:15h em frente a pousada e iniciamos a subida 9:00h, com uma parada rápida para o café da manhã já bem próximo ao vulcão.

Voltamos para SPA em torno de 16:30~17h mas este tempo depende do ritmo que se faz na subida/descida do vulcão.

Tenta entrar em contato com o guia Pedro (tem o mail no relato) e veja quanto ele está cobrando.

Boa viagem.

Mario

  • 1 mês depois...
  • 2 semanas depois...
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impressionante as fotos!! vc é fotografa mesmo?? hehe, eu estava querendo ir pra Colombia, mas resolvi dar uma olhada no seu relato, só vi as fotos e já to querendo mudar meus planos e ir pro Chile hehe..

valeu

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Obrigado. Não sou fotógrafo, apenas acabo conciliando duas atividades que gosto muito, viagem e fotografia. E o lugar contribui bastante para que as fotos fiquem legais.

Um abraço.

Mario

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