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Atacama, La Paz, Cusco, Machu Pichu, Nasca - 30 dias de carro


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Marioluc se fizer o Caminho de Santiago, tenho umas dicas boas pelos lados das montanhas entre FR e Espanha, nos Pirineus. Lugar muito bonito lá, mas no inverno fica tudo nevado.

continuando...

 

Sueli,

Muito obrigado em dispor a ajudar, mas vc sabe como são minhas viagens, programo tudo e depois mudo tudo.

Deixa amadurecer o destino, ai entro em contato contigo, para pegar as boas dicas dos lugares.

obrigado e positivado.

abs

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14/15 JAN - CUSCO / NASCA

 

Antes de prosseguir no relato quero deixar minha impressão sobre Cusco: Adoramos a cidade, o centro histórico lindo, a arquitetura, as lojas, as ruas de San Blás, os passeios, os monumentos e museus, os restaurantes onde comemos coisas bem gostosas... Voltaria a Cusco sim, aliás quero voltar a Cusco!! Diria que tirando as buzinas dos taxis tudo mais em Cusco é legal!

 

 

A estrada Cusco / Nasca tem 663 Km de paisagens maravilhosas.

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Tem de tudo: descida de vales, subida de vales, altiplano, lhamas, alpacas, lhamas, alpacas.... vicunhas.. Já perto de Nasca a descida é uma coisa alucinante.... dunas imensas, a maior montanha de areia do mundo está aqui!

O asfalto está ótimo e a sinalização idem, mas já vou alertando: devido à interminavel sucessao de curvas a viagem fica muito longa e cansativa. Por isso sugiro que pernoite pelo caminho, podendo ser em Abancay, Challuanca ou Puquio.

 

Saímos de manhã de Cusco em direção a Abancay onde almoçamos. Descemos muitos vales e depois subimos eles todos novamente e a visão é simplesmente deslumbrante... a tarde paramos para dormir em Challuanca. *(Hotel Zegarra - 65 soles/TPL)

 

Com relação as variações de altitude, posso resumir a estrada Cusco/Nasca assim: saímos de 3.600m em Cusco, descemos a 1.900m em Abancay, depois subimos a mais de 4.000m e dormimos em 3.300m. No dia seguinte subimos para 4.530m e alí ficamos acima dos 4.000m até começar a descer para Nasca, que é quase a nivel do mar.

 

Saímos logo cedo de Challuanca e começamos a subir até alcançar o altiplano novamente. Paramos numa vila minúscula para tomar o café da manhã. Era numa casa pequenina cuja porta tínhamos que até nos abaixar para entrar. O café consistia em um prato de arroz e um purê de abobora, semelhante a um bobó de camarão, sem o camarão. Foi bem pitoresco nosso desajuno e bem substancioso! Prosseguindo na viagem passamos por uns lagos e mais pra frente pelo Parque das Vicunhas (acho que foi o lugar mais alto desse trecho), onde quase, mas quase mesmo atropelamos uma delas... foi um susto muito grande e olha que nao estavamos correndo nem nada, mas ela surgiu de repente atravessando a estrada... Ufa, foi por pouco!

 

 

No meio da tarde chegamos a Nasca, muita poeira e muito calor. Rodamos um pouco e resolvemos ficar no hotel Paredones Inn (130 soles/TPL). Nesse mesmo dia visitamos o Museu Antonini com um acervo bem rico de objetos da civilização Nasca. Mas como naquela altura já estava até cansada de ver tantos museus, nao achei muito interessante por nao ver muita novidade. Enfim, foi-se 15 soles/pessoa pela visitação.

 

No dia seguinte Harumi decidiu fazer o sobrevôo das linhas Nasca após pesquisar os preços nas agencias da cidade. Eu nao quis ir por dois motivos: o preço salgado (US110) e por ser um pouco medrosa no quesito aviao pequeno, manobras radicais... e estorias que ouvi de avioes que caíram... Mas ela voltou inteira e radiante dizendo que foi sensasional o vôo e que nem passou mal! Deu pra ver as linhas e tudo mais e tirou algumas fotos bacanas e outras nem tao bacanas assim, como a asa do avião, a moldura da janela ou só o céu... :lol: hahah

 

16 JAN - HUACACHINA

 

Prosseguimos para Ica passando pelo deserto árido. Achei incrível que mesmo nesse terreno tão seco eles conseguem cultivar frutas, verduras, alguns grãos, leguminosas aproveitando sempre os vales que devem ser bem férteis pela qualidade das frutas que vimos nos supermercados... Aliás em Ica tem um supermercado (SuperVéa) ótimo, na rodovia mesmo, com frutas lindas e produtos de primeira qualidade. Compramos muitos lanches aí. Ah também tem caixa eletronico lá.

 

Abastecemos em Ica e seguimos para Huacachina, que é uma espécie de oásis no meio das dunas, com um lago no meio. Em volta desse lago ficam vários hoteis e restaurantes. Essa dica peguei com o Marioluc e foi realmente um achado. Ficamos no Hotel Casa Suiza, muito bom. (166 soles/TPL) com otimo café.

 

A tarde fizemos o passeio de buggy mais maluco da minha vida!! Adrenalina pura! Foi alucinante e arrepiante subir e descer (ou quase voar) as dunas lindas no por do sol. O pessoal que estava com a gente fizeram sandboard, mas eu como já disse sou medrosa... fiquei só na contemplação.

 

Buggy em Huacachina

 

 

 

17 JAN - PARACAS - ISLAS BALESTRAS

 

No dia seguinte fomos para Paracas. Já no próprio hotel em Paracas reservamos o passeio para as Islas Balestras para o dia seguinte, no primeiro horário da manhã que saía as 8h. É o melhor horario para ver os animais. Existe o segundo passeio que sai as 10hs.

O passeio foi ótimo, com lancha rápida e duração de 2 hs. Vimos muitas, mas muitas aves, dentre elas pelicanos, pinguins, gaivotas diversas, e muitos lobos marinhos. Posso dizer que foi o lugar mais densamente povoado por animais por metro quadrado que já vi na vida... Valeu muito! (Passeio das Islas: 30 soles/pessoa + 6 soles de taxa)

 

A tarde fomos visitar a Reserva Nacional de Paracas que fica uns 15 Km da cidade. Tem muitas praias, encostas, um marzao azul.... vimos muitos flamingos na praia tbem, eram centenas deles, a maior quantidade vista em toda a nossa viagem! Foi aí que levamos um "pito" do guarda parque. É que andamos um pouco em direção á praia para ver os flamingos de perto, e era proibido pisar alí. ::hãã2::

(Ingresso na Reserva: 5 soles)

 

No jantar acertamos bem: comemos ótimos pescados e um delicioso cebiche peruano! Não deixe de experimentar os pratos da cozinha peruana, sao muito bons e achamos os preços relativamente baratos.

 

Hostal Mar Azul (Paracas) - 105 soles/TPL

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Buggy em Huacachina

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18/JAN - PARACAS / OCOÑA

 

Puxa, estávamos a 280 Km de Lima, confesso que deu uma vontade de subir até a capital peruana, mas aí ja era demais... Temos que deixar um pouco para as próximas viagens... Aliás, naquele momento já pensamos em fazer num futuro próximo uma viagem ao estilo mochilão para Lima e outros lugares acima (Huaraz e as cordilheiras), Equador, etc. O Perú é muito lindo!

 

Deixamos Paracas, passamos por Ica, entramos no SuperVéa e compramos os lanches. Aproveitamos para sacar dinheiro também. Continuamos na Panamericana Sur passando por Nasca e seguimos em frente. Até aí a estrada vai toda ela pelo deserto com umas montanhas ao fundo. Uma hora depois de Nasca começamos a costear o mar. Ah! que beleza! O marzão azul de novo!... As encostas de arrepiar, as ondas batendo no escarpado, os penhascos! E assim a estrada vai margeando a costa litoranea. Achei essa parte muito bonita mesmo, foi a parte da estrada litoranea mais bonita da viagem. A noite paramos na cidade de Ocoña para pernoite. (Hospedaje Secretos - 70 soles/TPL) Jantamos uma comida bem popular na cidade que consistia em porção de meio pollo ou pollo inteiro frito naqueles tachos grandes. Muito bom! E a bebida era Inka Cola. A conta saiu 21 soles em 3!

 

 

19/ 20 JAN - AREQUIPA

 

Saímos cedo de Ocoña e prosseguimos para Arequipa. Ê cidade legal também! O vulcão El MIsti estava toda hora lá, olhando para la Ciudad Blanca... Embora no verão ele fique um pouco apagado pela neblina. Arequipa tem grande influencia espanhola e na sua construção foram usadas as pedras "sillas" brancas tiradas dos vulcoes ao redor. Daí o apelido de ciudad blanca.

Em Arequipa resolvemos comprar o City Tour (80 soles) para dar uma folga ao motorista (Noboru) e poupa-lo do transito da cidade. Os passeios foram bons, feitos em onibus bem bons, mas não esperem ver ruínas, Arequipa nao tem nenhuma ruína inca. Passamos sim por construções e mansões de influencia espanhora, museus, igrejas. Também passamos pelo mirante do El Misti. O centro histórico de Arequipa é muito bonito e cheio de comércio e artesanato para os turistas.

 

Hotel em Arequipa - _______________

 

 

21/JAN - CANION DEL COLCA

 

Nesse dia consertamos de manhã o escapamento do carro que estava furado e trocamos 2 pneus. Já explico: No caminho de Cusco a Nasca eu passei por cima de umas pedras que tinham caído no meio pista. As pedras eram extremamente pontiagudas (acho que tinham acabado de cair) e assim cortou uma lateral do pneu dianteiro E. Remendamos no caminho mas nao ficou bom. Num outro dia que nao me recordo quando, Noboru passou por cima de um buraco enorme no meio do asfalto. Por azar estávamos atras de um caminhão e nao pudemos desviar, e o azar maior foi que pegou o pneu D! Se tivesse acontecido os dois episódios num mesmo pneu.... ah! são coisas que podem acontecer em viagens longas assim. Faz parte, enfim, resolvemos trocar os 2 pneus em Arequipa por seguranca, afinal tínhamos ainda toda a viagem de volta pela frente... (Gastos extras oficina+2 pneus novos= 645 soles)

 

Saímos no final da manhã para Chivay. Passamos do ladinho do El Misti e os outros parceiros dele, o Chachani e o Pichupichu. Nossa, são muito lindos vendo assim de pertinho. A estrada passa praticamente no meio deles. Subimos o altiplano novamente e chegamos em Chivay a tarde. Prosseguimos para o Vale del Colca pois queríamos já pernoitar perto do Canion. Nossa, a estrada que passa pelo vale é muito linda. O vale é todo cultivado, as vezes em terraços ou já na margem do rio Colca, ainda vimos criação de pequenos animais. Na ocasião estava na época da colheita da aveia (?), e as planícies estavam todas amarelinhas. Também cultiva-se muito a quinua, que é muito consumido lá. Bom, só sei que já estava escurecendo e Noboru nao queria parar pra tirar nada de fotos, queria chegar logo no hotel em Cabanaconde. Deixamos as fotos para tirar no dia seguinte. Assim chegamos em Cabanaconde, uma vila que fica na beiradinha do canion. Procuramos hotel, mas nao tinha muitas opcoes boas, perguntamos na pracinha e tivemos uma indicação muito boa: Hotel Kuntur Wassi. Foi ótimo, fomos muito bem recebidos pelos proprietários do hotel, tivemos também um jantar muito bom (trutas pra nao perder o costume!) e claro, pisco sour! Estava muito frio em Cabanaconde, e no dia seguinte idem, no Canion...

 

O dia seguinte amanheceu completamente nublado mas fomos assim mesmo para o canion que distava uns 7 Km da cidade. Chegando lá encontramos varias pessoas vindas de agencias, onibus, vans que estavam lá para ver os condores. Esperamos mais de uma hora até que as nuvens se dissiparam e o sol apareceu completamente. Aí então surgiu diante de nossos pés um imenso e profundo canion! Maravilhoso! A profundidade maior do canion chega a mais de 3.400 m, não é de arrepiar?

Soube depois que o Canion Cotahuasi também no Perú é o canion mais profundo do mundo chegando a 3.500 m. Cotado a ser uma das 7 maravilhas naturais do mundo.

Esperamos mais um tempão e daí avistamos os condores, mas eles estavam já voando muito alto, entao parecia mais uns urubus de longe... Não importa, vimos cerca de 7 deles beeeemm pequenininhos, quase uns pontinhos no céu... Esses bichos chegam a ter 3,50 m de envergadura e podem pesar até 12 Kg! É a maior ave que voa do mundo.

Valeu a pena acordar cedo, pegar um friozão de 2 graus e enfrentar o vento cortante do canion :x ... aiaiai....ainda bem que tínhamos um par de binóculos...

 

Na volta paramos pelo vale para tirar muitas fotos. Depois passamos de novo pelo Vale dos Vulcões, mas estava nublado e nao vimos mais nada.

 

Ah! já ia me esquecendo, não deixe de experimentar a maravilhosa sopa de quinua. Em Cusco, em Arequipa, em qualquer lugar do Perú.

E outra coisa que lembrei agora, no Perú peça sempre o desconto de 19% nos hotéis. É que lá os hotéis sao isentos de imposto (19%) com hóspedes estrangeiros. Por isso eles sempre tiram xerox do nosso passaporte, para ter a isenção. Mas eles precisam (ou nao) repassar isso pra nós. Vai de cada hotel.

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Oi Hlirajunior, obrigada. Nao estou colocando muita foto porque a página ta ficando pesada pra abrir.

Colocarei algumas mais pra frente.

e obrigada de novo pelo incentivo, continuarei o relato!

 

Flamingos no Parque Nac.de Paracas.

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CONTINUA na prox. pagina....................>>>

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22 JAN - MOQUEGUA

 

A partir desse dia considerei que estávamos já no caminho de volta para o Brasil.

Deixamos Chivay, passamos pelo Vale dos Vulcões novamente mas estava nublado e chuviscando, entao nao vimos mais nada.

Passamos por Arequipa (sem entrar na cidade) e fomos em direção a Moquegua. A estrada continua passando pelo deserto árido e de vez em quando cruzamos uns vales bem verdinhos, com plantaçoes de arroz, árvores e sempre com um rio desaguando no mar.

Chegamos quase a noite em Moquegua e como estava complicado andar sem rumo procurando algum hotel , pedimos ajuda a um taxi (olha ele de novo!). Este nos levou a um que ficava atrás do Estadio de futebol. O hotel era bem razoável e se quisessemos podiamos até assistir da janela os jogos do Campeonato Sub 20 que estava tendo na cidade. Alguns locais perguntavam se a gente estava lá por causa da selecao brasileira, que estava jogando na cidade vizinha de Tacna.

A noite saímos para jantar e chama o taxi de novo! A corrida é muito barata no Peru, de 2 a 3 soles, entao demos uma folga para o carro.

 

23 JAN - ARICA

 

 

 

Saímos de Moquegua e entramos em Tacna. Aproveitamos para providenciar as papeladas de saída e entrada da imigração e aduana. Já tinha lido em alguns foruns que precisava comprar o tal formulário em Tacna. Assim, fomos até o Terminal rodoviario e pedimos a um dos "despachantes" providenciar. Ele nos cobrou 8 soles pelos formularios já devidamente preenchidos, inclusive do carro.

A saída do Peru foi bem tranquila. A entrada no Chile foi mais complicada pois tivemos que tirar todas as malas, sacolas, bolsas do carro e passar tudo pelo Raio X.

Pouco tempo depois já estávamos entrando em Arica. Desta vez procuramos um hotel mais perto do centro, perto da peatonal. Hotel Amaru (36.000 pesos chilenos/TPL). A tarde fomos passear na orla da cidade, a praia que tinha uma extensao de um quilometro mais ou menos estava lotada de gente. O morro, cartão postal de Arica ficava logo atras.

 

Á noite saímos a pé descendo pelo calçadão, ou "el calçadon" segundo Noboru, já incorporando o sotaque quase nativo.... o comércio estava todo cheio de gente. Fomos parar entao em frente ao Rey do Marisco, aquele mesmo que fomos na viagem de ida. OK, entramos lá de novo porque gostamos da comida e também porque estávamos cansados para procurar outro.

 

No dia seguinte iríamos dar uma esticada longa até San Pedro, entao fomos dormir cedo.

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23 e 24 /JAN - SAN PEDRO

 

 

 

Nesse dia saímos de Arica, antes do café da manhã (que só servia ás 8h) e começamos a subir. Já sabíamos como era a estrada pela frente, muitas cuestas perigosas, sobe e desce os vales, depois retas quase intermináveis pelo deserto. De Arica a S.Pedro sao em torno de 700 Km. Paramos de novo várias vezes nas cuestas para fotografar. Nao existe posto de combustível nesse trajeto portanto saia com o tanque bem cheio. Quando estava na altura para pegar á esquerda em direção a Chuquicamata, eu passei por um trevo sem placas (?) e segui reto. Andei cerca de uns 5 Km e desconfiei que estava indo para Antofagasta. Noboru estava dormindo e o GPS mandava seguir em frente, mas eu fiquei na dúvida. Entao resolvi voltar até aquele trevo para ter certeza. E realmente estava certa. Entramos no trevo alí e seguimos para o leste.

Alguns quilometros a frente paramos num restaurante para comprar alguma água ou bebida gelada, mas só parei porque ví alguns caminhões lá.O lugar parecida abandonado e entregue aos fantasmas.. :? . Não tinha refrigerante nem nada gelado para comprar... Entao me dirigi a um dos 3 motoristas que estavam lá só para confirmar se eu estava no caminho certo para San Pedro. Eu me esforcei hablando meu portunhol e tal, daí descobrí que eram todos caminhoneiros brasileños!

 

Paramos logo após num controle de aduana e daí Noboru descobriu que estava faltando um papel de entrada do carro que a Aduana lá em Arica esqueceu de nos dar. Bom, eles nos deram um papel substituindo aquele, mas um dos oficiais estava encrencando. Após verificarem no sistema deles que havia o registro da nossa entrada no dia 04 (pela Argentina) , depois a saída para Bolivia, depois a última entrada por Arica que foi no dia anterior, eles deram o OK e assim prosseguimos levando o papel substituto.

 

Chegamos em San Pedro a tardezinha. Nessa altura já nao confiava mais no GPS pois por causa dele nos perdemos de novo na saída de Chuquicamata! Desliguei a bichinha :evil:

Editando: o problema do GPS era que a gente nao tava sabendo usar ele direito, e nem tinha baixado mapa certo... hehehe

 

Fomos direto para a pousada Inti Killa (a mesma da ida). A noite estava linda, como sempre! No dia seguinte fomos visitar a Aldeia de Tulor, sinceramente nao achei nada interessante lá. Nao tinha nenhuma construção original, só replicas do que existiram. Bom eles explicaram porque. As dunas estão avançando e enterrando toda a ruína e após alguns estudos eles decidiram nao intervir mais e deixar a natureza agir pela sua vontade. Tudo será coberto novamente daqui há alguns anos. Mas até lá, vai render um bom dinheirinho vindo dos turistas desavisados. (ingresso: 15.000 pesos chilenos/pessoa!!! sem o transporte)

 

Depois fomos para as Termas de Puritana. Descobrimos lá que o ingresso para quem chega após as 14 horas caía pela metade, ou mais até, nao me recordo. Como faltava uma hora e pouco para as 14h, resolvemos passear pela estrada bonita (estava até bem conservada). É a mesma estrada que vai para os Geisers del Tatio. Assim fomos até o povoado de Machuca, vimos muitas lhamas, aves etc. Foi legal. Voltamos entao para as termas e lá ficamos até o final da tarde.

Ingresso Termas: 15.000 pesos (nao sei se foi por pessoa ou o total para 3)

 

No dia seguinte, fizemos a aduana para sair do Chile e começamos a travessia pelo Jama.

 

O dia estava claro mas frio. E o Licancabur estava nevado!

Havia chovido no dia anterior entao várias montanhas perto do Salar de Tara estavam nevadas (a neve no verão é por causa da chuva). Esta era a quarta vez que passava por essa estrada (contando as idas e as voltas) e nunca tinha visto as montanhas assim. Estava muito lindo! Tudo branquinho, até perto da estrada... Um agente de turismo em S.Pedro quase nos convenceu de fazer o passeio em Tara (de van) dizendo que a laguna lá em cima estava congelada e tudo estava branquinho... Quase me arrependi de nao ter feito...

 

Licancabur

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26 JAN - S.S.JUJUY

 

Fizemos os trâmites na entrada da Argentina, tinha uma fila grande do pessoal que veio de bus. Minha irmã ficou mal ao descer do carro por causa da altitude. (mais de 4.500m) Daí levaram ela pra salinha (que eu já conhecia da viagem anterior...) e alí ela ficou alguns minutos no oxigenio.

 

Bom, seguimos viagem, paramos novamente no Pastos Chicos para as empanadas e abastecer. Na gendarmeria tem um posto novinho, entao é outra opção pra abastecer.

 

Quando passamos pelas Salinas Grandes esta estava toda alagada. Era a primeira vez que estava vendo assim, com uma lâmina dágua de cerca de 3 cm, reto, liso! As pessoas estavam andando no meio e pareciam flutuar... s-u-r-r-e-a-l demaissss!!!!!! Ah, tiramos os sapatos alí mesmo e andamos também. Tudo refletia naquele imenso espelho....o céu estava acima e abaixo dos nossos pés. Foi legal mesmo!

 

Prosseguimos entao, descemos a Cuesta de Lipán, passamos por Purmamarca e as montanhas coloridas. Desta vez nao paramos para fotos. ENtramos em S.S.Jujuy e fomos para o hotel que ficamos da vez passada. (Hotel Munay Tierra de Colores - 240 pesos Ar. TPL.) Jujuy é uma cidade boa para pernoite, tem bom comércio, restaurantes e supermercado. Só nao gosto do transito no centro...

 

 

27 / JAN - EL GALPÓN (Chaco)

 

 

No dia seguinte compramos lanches para a viagem e seguimos em frente, nosso destino seria o Chaco.

Quando estava proximo a Salta, eu estava dormindo. Assim que acordei Noboru logo me perguntou: Responda rápido: Vamos para Los Cobres????!!! :o ! Em caso afirmativo teríamos que pegar a entrada que já estava logo alí... Pensei... Daí algum tempo estávamos já no meio do Vale do Lerma, a caminho de Los Cobres! Foi um sidetrip legal, embora pegamos chuva, frio, muitos picos nevados, e a Quebrada del Toro que é maravilhosa... Passamos por Los Cobres e fomos ate o Viaduto La Polvorilla, impressionante construção a 4.200m de altitude. Esse viaduto agora só é usado para turismo. (mas nem sei se ainda existe o famoso Tren de Las Nubes..)

Voltamos entao para a rota ao Chaco. Paramos a tarde em El Galpón para pernoite. Uma cidadezinha muito simpática, com supermercado e pessoal bem receptivo. Confesso que nos me sentimos a atração da cidade naquele dia... Ficamos no HOstal La Rosa, com ar e café simples. (180 pesos/TPL caro para os padrões..)

 

Quem não quiser entrar em Salta apenas para pernoitar, tem algumas opçoes nessa regiao, como em Joaquin Gonzales (vi pelo menos 2 hotéis), Pampa de Los Guanacos e El Galpón. Depois, já no meio do Chaco tem Pres.Roque Saenz Pena que é uma cidade com boa infra estrutura. Todas essas cidades em postos de combustível.

 

Rodamos o dia todo naquela reta interminável e paramos em Ituzaingó onde já havia pesquisado uns hotéis pela internet. Ficamos no Hotel Champagne que nao estava nada barato por ser temporada de férias dos locais. A cidade estava cheia de turistas, tem uma represa muito grande lá, acho que é o RIo Paraná. Do outro lado do rio já é o Paraguai.

 

HOtel Champagne - 240 pesos/TPL

 

 

28 / JAN - FOZ DO IGUAÇU / MARINGÁ

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Agora já estou chegando ao final do relato.

 

Saímos de Ituzaingó e logo estávamos passando por Posadas, depois pegamos a Ruta 12 em direção a Puerto Iguazu. Fizemos a saída da Argentina (tinha uma fila de uns 15 min.) e então depois de exatos 30 dias de viagem estávamos entrando no Brasil!! Ah! que bom sentir em casa novamente!

 

Almoçamos no Super Muffato em Foz do Iguaçu e então pegamos a estrada para casa.

 

Não fiz as contas da viagem, gasolina, etc.. e acho que nem vou fazer... O que foi feito está feito! E pode acreditar, valeu mesmo muito a pena! Faríamos tudo novamente mas claro, primeiro vou ter que engordar o porquinho de novo.... ::mmm:

 

Deixo aqui o meu obrigado aos amigos mochileiros que me ajudaram nas pesquisas e as informações ótimas que tive antes e durante a viagem.

Então pessoal, muchas gracias y hasta la próxima viagem!

 

Fim do relato e findo o relato.

 

Sueli

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