Membros DeimoZ Postado Março 1, 2011 Membros Postado Março 1, 2011 (editado) Como não poderia deixar de ser, depois de ter conseguido tanta informação aqui no mochileiros, vou postar um pouco do que aconteceu nessa ótima viagem que fiz em Janeiro de 2011 pelo Uruguai e Argentina. Eu gostaria de esclarecer que o texto do relato é o mesmo que publiquei no meu blog, por isso não está no formato que estamos acostumados a ver aqui no site. As cidades que visitei foram: Montevideo, Colonia Del Sacramento, Buenos Aires, Rosário e Punta Del Este. No meu blog e no álbum do Orkut têm mais fotos e outros posts sobre a viagem, se quiserem acessem: Blog: http://www.MesadSaloon.blogspot.com Álbum: http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=6521869112178775325&aid=1296470882 O Relato está bem extenso, portanto se quiserem pulem direto pra conclusão... Adios Brasil e Hola Montevideo! Depois de muito planejar essa viagem, muito mesmo, finalmente chegou o tão esperado 05/01/2011, dia (noite) da partida para Montevideo! Bem já eram quase22h quando o Rodrigo passou na minha casa, para partirmos rumo a essa jornada. Pegamos o ônibus para Pelotas (nome que ia causar muitas risadas futuramente), meio hora de viagem e já estávamos descendo e indo para a rodoviária, primeiro imprevisto: a mala estava pesada demais, mas não há de ser nada, vamos embora. Depois de esperar um pouco, fomos fazer oCheck in, tudo ok, agora é só esperar o bus, marcado para 23h59min. Lá pela 00h30min chega o bendito, despacho as malas e pego a passagem, tudo certo. Então surge o primeiro grande imprevisto da viagem, o motorista pergunta: Até aonde? Eu obviamente respondo: Até a rodoviária de Montevideo! Então ele me diz que o ônibus não vai até lá porque a rodoviária de Montevideo havia pegado fogo e estava parcialmente interditada, a parada final do ônibus seria o estádio Centenário. Pronto, tudo o que foi planejado (para chegar ao hostel a partir da rodoviária) foi por água abaixo. Bom, fazer o quê?! Eu disse que ia descer no Centenário mesmo. Assim, como diria o chaves, lá se foi o disco voador. Depois de umas 4h viajando finalmente fui para o fundo do ônibus e consegui dormir, porque na frente havia um maldito “Sr.” que roncava demais e eu já estava louco da vida. Já eram umas 6h da manhãquando o ônibus parou na rodoviária de Punta Del Este e as boas vindas do Uruguai não podiam ser melhores!! Ao lado do nosso ônibus parou um ônibus velhão, tipo turf, e desceram muitas meninas, a maioria delaslindas demais, as chicas de Punta. Pois é, mesmo sem descer do ônibus já vi que PDE faz jus a sua fama! Seguindo viagem a beira do litoral uruguaio, muito bonito, mais 3h de estrada e chegamos a capital da outrora Republica Cisplatina, hoje Republica Oriental Del Uruguai! Desço do ônibus pego minha mala e a primeira coisa que vejo: O Monumento do Futebol Mundial, o Estádio Centenário, realmente imponente e muito bem cuidado! Depois de uma consulta rápida ao mapa vimos que a rodoviária não estava tão longe assim e resolvemos puxar um canelão até lá! Péssima decisão, pois estava cerca de 1 kmde distância e com o peso das malas pareciam 10km, sem contar o calor infernal que já fazia as 09h30min da manhã! Depois de chegar lá trocamos reais por pesos uruguaios (que são umas notas que mal cambem na carteira de tão grandes), 1 real rendia 10,80 pesos uruguaios, cotação excelente comparada com a do Brasil. Guardamos as malas e fomos comer alguma coisa, maldição, era feriado no Uruguai (Dia de Reis) e não tinha nada aberto, pelo menos uma coca achei pra matar a sede e descobri que eles chamam canudo de sorvete! Mais uma caminhada algumas fotos,fastfood,fomos comprar a passagem do BuqueBus (UR para ARG) para o dia seguinte e a passagem de ônibus para Colônia Del Sacramento, e já eram quase 13h, hora de pegar um táxi e ir para o hostel, primeira opção: ElViajero – CiudadVieja. Ao chegar lá uma surpresa muito positiva, a corrida do táxi tinha saído menos de R$ 10,00, o que pela distância, foi incompreensivelmente barata! Bom, como era de se esperar o hostel estava lotado, e ainda por cima meu óculos escuro havia quebrado, sem contar que o Rodrigo havia perdido o dele. Mas a menina da recepção havia informado que o ElViajero – Downtown tinha vagas. Fomos até lá, depois de muita enrolação no portunhol conseguimos quarto, room 17. Tudo certo então, tomar um banho, tênis no pé, máquina pras fotos e mapa na mão e vamos explorar Montevideo! Como o nome diz, o hostel é bem no centro mesmo, duas quadras e estávamos na Avenida 18 de Julho, a principal da cidade. Depois de admirar a arquitetura da cidade (muito antiga) durante umas trêsquadras, chegamos a praça da independência, a principal da cidade. Nessa praça estão a presidência do Uruguai, o Congresso Nacional, o Palácio Salvo, que já foi o prédio mais alto da América do Sul, e o Monumento ao General Artigas, herói máximo do povo uruguaio (fotos)! Embaixo do enorme monumento ao Artigas estão suas cinzas em um mausoléu que conta sua história de vida e luta pelo Uruguai. Uma volta ao redor da praça e já encontramos o primeiro (de muitos) casino da viagem, mais algumas fotos e uma rápida visita ao teatro Sólis (muito bonito) e partimos para a CiudadVieja, onde realmente começou Montevideo. Ao passar pelo portal de laciudadela já se nota a mudança nos prédios e na arquitetura em geral, tudo MUITO antigo, alguns não tão conservados, mas ainda assim muito bonitos. Depois de uns 20 minutos caminhando já estávamos no porto, com muita gente pescando a beira do rio de laplatae passeando pelas ramblas. Seguindo a caminhada, mais fotos e já estávamos no mercado do porto, muitos turistas, lojinhas e parrilla pra todo lado, isso que já eram 15h! Mais uma caminhada pela CiudadViejae encontramos um bebum “admirador” do Ballack (eu estava com a camisa 13 da Alemanha) tentando ganhar uma “plata”. Uma parada numa praça simpática para descansar e planejar o resto do dia e o dia seguinte. Voltamos ao hostel onde eu simplesmente apaguei até umas 20h. Levantei com uma puta dor no joelho de tanto caminhar, maldito sedentarismo! O Rodrigo havia saído para degustar as fermentadas uruguaias, então resolvi tomar um banho e praticar meu preferido e único esporte: caminhar. Andei bastante pela 18 de julho vendo os prédios históricos e o povo uruguaio. Voltei umas 2h depois, o Rodrigo já estava no hostel com a Patrícia do lado (a Cerveja!). Ficamos pelo hostel um pouco e resolvemos sair pra comer alguma coisa, porque a fome já era grande. Já era quase 1h da manhã e bem perto do hoste, na 18 de julho, encontramos a casa dos chivitos, não poderia ter sido melhor decisão. Eu pedi uma Pilsen e um chivito com papas (batata frita). Nesse momento o Uruguai ganhou um lugar no meu coração, o melhor “lanche” que já comi. Não tem como explicar o sabor desse “bauru” enorme com ovo frito e hambúrguer de ovelha! Só olhando a foto! Extremamente satisfeitos com a comida voltamos para o hostel, observei, como gosto de chamar, os “nativos” e já eram umas 3h da manhã, melhor ir dormir porque o próximo dia ia ser agitado, uma rápida conversa com colega de quarto, que era paranaense, e fui dormir. Bom, eram umas 08h30min da manhã acordei e fui correndo tomar café, voltei e dormi mais um pouco até as 10h, e o maldito joelho estava pior ainda, doía demais. Enquanto eu estava tomando banho, aconteceu uma cena hilária no quarto, o outro tentou entrar no banheiro e vendo que estava ocupado proferiu um clássico “Fuck” hahaha. Pronto, o Rodrigo puxou assunto, mas estava impossível a conversação em espanhol e mudamos para o inglês. Descobrimos que era o Chistophensen, austríaco que estava viajando com sua amiga argentina Lili. Mas já estávamos mais que atrasados para o checkout e demos adeus ao hostel e aos mochileiros, fomos para a rodoviária largamos as malas no guarda volumes e fomos ao lugar que eu estava mais ansioso por conhecer, o Estádio Centenário! Fotos e mais fotos pelo caminho, que vale comentar, passamos pelo monumento mais legal que já vi (foto), e chegamos ao estádio, caminhamos uns 200m em torno dele e chegamos ao “MuseodelFutbol” onde um Sr. extremamente simpático nos recepcionou, conversamos sobre o Uruguai, Brasil, Pelotas e o Xavante que ele conhecia muito bem!! Depois do bate papo fomos ver o museu, fantástico. Pra quem gosta de futebol é impressionante, se passa um dia lá dentro e não se cansa de ver. Tem camisetas originais do Pelé (1958), Maradona (1986), e muitos outros. Pedra fundamental do estádio, relíquias de várias copas e olimpíadas, e muita coisa da 1ª copa do mundo, realizada no Uruguai. Mas as principais atrações são a visita às arquibancadas do estádio (depois acabei assistindo Grêmio X Liverpool lá), que é muito bom, melhor que a maioria dos estádios brasileiros, e a taça Jules Rimet! Vale muito a pena visitar!!! Feita essa visita incrível, hora de ir para rodoviária e partir pra Coloniadel Sacramento, viagem que quase não saiu e hoje rende boas risadas! Impressões sobre Montevideo: Resumi muito a nossa estadia de pouco mais de 24h no Uruguai, agora vou contar minhas impressões sobre a cidade. A cidade é a capital do país, mas realmente não parece, as coisas são bem mais baratas que no Brasil (Pelotas), o povo extremamente educado, não se vê pessoas estressadas, enfim, uma cidade do tamanho de Porto Alegre, mas com gente muito mais civilizada! Pra ter uma ideia: Era bem tarde já quando eu ia caminhando pela 18 de Julho e queria saber as horas, um Sr. vinha passando e eu perguntei: “Que hora es?” o que você acha que aconteceria no Brasil? Bom, o que aconteceu até de certa forma me surpreendeu, ele parou me deu boa noite, me falou a hora e ainda (vendo que eu era de fora do país) perguntou se eu precisava de mais alguma informação, eu disse que não e ele me desejou umas boas “vacaciones” e foi embora. Se isso acontece aqui no mínimo ficamos desconfiados. As mulheres uruguaias merecem um comentário também: Lindas! A maioria tem olhos claros, morenas de pele e se vestem muito bem, além da simpatia que tem. As coisas ruins do Uruguai: simplesmente ou não existem ou não vi, exceto um bando de brasileiros que reclamavam de tudo, que encontrei no monumento do Artigas e a falta de grandes baladas, na cidade só tem barzinhos e vários uruguaios circulando de carro escutando cumbia. Enfim, quando eu estiver velho provavelmente vou querer morar no Uruguai, uma cidade limpa, pacata e com um povo maravilhoso! Centro de Montevideo Presidência, Congresso e Artigas Palácio Salvo ao Fundo Chivito! Monumento no Parque Battle Camiseta do pelé no Múseu do Futebol Partindo para a Argentina: Colonia, BuqueBus e um Pouquinho de Buenos Aires... Pois bem, logo após visitar o Centenário pegamos um táxi e fomos até a rodoviária (saiu R$ 4,00) pegamos as malas, fomos ao banheiro comprei um BigMac e já era quase 12h15min e o ônibus saia 12h30min. Olhei a passagem, tudo normal e dizia “coche 12” lá vou eu para a plataforma 12 esperar o ônibus... e o tempo passa e o ônibus não aparece, vi uma mulher que trabalhava na rodoviária e perguntei se estava atrasado o ônibus ou coisa do tipo... hahaha aí que descobri que o 12 não é a plataforma e sim o número do maldito ônibus, lá eles estacionam na plataforma que está livre! A mulher me disse que era na 17que este ônibus estava parado fui correndo com mala, mochila e a infernal dor no joelho! Cheguei lá e ônibus já tinha partido, ai bateu o desespero, o BuqueBus já estava marcado e não tinha ônibus em seguida, que merda! O Rodrigo resolve perguntar não sei o que num ônibus da mesma empresa e o motorista já com o ônibus em movimento diz pra entrar, mas não para o ônibus, foi um perrengue danado, mas entramos no ônibus, que ia pra colônia e era semidireto. Sentei no 1° e único banco livre que vi, pois o joelho estava me matando e a corrida com as malas só ajudou, e 3h de viagem em pé eu não ia aguentar, fui do lado de uma brasileira de SP, e dei umas dicas de como era fácil ir até Buenos Aires, pois ela pretendia só ficar em Montevideo! Depois eu descobri que o lugar em que eu estava era de uma argentina, muito simpática por sinal, mas ela nem se importou de viajar de pé... Passado o susto, depois de pouco menos de 3h de viagem por uma rodovia duplicada e em excelente estado, chegamos aColonia, deixamos as malas na rodoviária e saímos a caminhar pela cidade. Nem 10 minutos caminhando e já chegamos à parte histórica da cidade, havia muitos turistas por lá, principalmente ingleses e americanos. A cidade de Colonia estava em posição estratégica na disputa entre portugueses e espanhóis pelos territórios adjacentes ao rio da prata. A cidade toda é rodeada de muros, fortes e canhões antigos, vale muito a pena conhecer, pra quem gosta de história então, nem se fala! Outro ponto muito legal de se visitar foi o farol da cidade, não parece, mas aquilo é alto pra caramba, eu que não sou muito chegado em altura quase passei mal lá em cima, mas a vista é linda, da pra ver bem (mesmo muito longe) os prédios mais altos de Puerto Madero em BsAs, do outro lado do rio da prata. Já tínhamos visto praticamente tudo na cidade e resolvemos voltar para a rodoviária e pegar as malas, pois já estava na hora de fazer o check in no BuqueBus. Nova surpresa: perdi o ticket para retirar minhas malas, damn it! Por sorte, não houve problemas, a moça me entregou as malas sem problema. Enfim fomos ao porto (novo e moderno) e então conheci o significado de torre de babel. Muito engraçado, tinha gente de tudo que é canto do mundo na fila do check in. Depois do check in, passada rápida na imigração e pronto, já estávamos no BuqueBus rumo a BsAs. O barco era o Eladia Isabel, muito legal, enorme e confortável. Não fiquei nem 10 minutos sentado, logo fui para o deck onde a visão do rio da prata é deslumbrante, curti a maior parte da viagem de lá, onde 70% das pessoas ficam. O por do sol visto de lá é incrível e os turistas se matam por uma foto. O barco oferece diversas atrações, tem free shop, fliperama, enfim, de tudo. Nessa viagem foram cerca de 500 passageiros. Mais de 3h de viagem depois estávamos finalmente chegando à Argentina. Antes de descer ainda conheci um pessoal do Paraná e, mesmo sem conhecer BsAs ainda, dei umas dicas sobre a cidade pra eles. Enfim em terras Hermanas, saindo fomos direto pegar um táxi, ouvi falar muito sobre problemas com notas falsas e etc com os taxistas, mas em toda viagem não vi nada disso. Obviamente pegamos um radio táxi e fomos direto pra rodoviária tentar pegar ainda no mesmo dia um ônibus para Rosário, terra do Juan José! Depois de muita apreensão por não conseguirfalar com Juan (dono da casa que íamos ficar em Rosário) o Rodrigo conseguiu ligar pra casa dele e descobriu que o Juan estava de férias em Mar del Plata, mas sua mãe e seu irmão mais novo estavam nos esperando no apartamento. Feito isso, dai até o fim da viagem tudo só melhorou. Conseguimos um ônibus (o último) pra dali a 20 minutos pra Rosário. Vale comentar, a passagem extremamente barata e o ônibus de dois andares muito confortável, seguimos 300 km de viagem e perto das 4h da manhã de sábado (08/01) chegamos a Rosário, mais um pouco de portunhol mal falado com o taxista e chegamos ao apartamento do Juan. Dai acordamos o pessoal hehe, que foi muito receptivo e eu fui direto dormir, estava morto de cansado! No outro dia acordei às 14h, um almoço básico e logo saímos o Kiyán (irmão mais novo do Juan), Rodrigo e eu para dar uma volta no parque independência, maior da cidade, e em frente do ap. do Juan. Lá tem muita coisa legal de se ver, mas o mais legal foi o estádio do Newels Old Boys. Depois de algumas risadas e conversas bizarras sobre música, chicas, portunhol, entre outros, voltamos ao ap. o Juan já estava de pé e logo todos já estávamos intercambiando música. Muro do Forte em Colonia Por do sol a Bordo do Buquebus Cafferata, Corral e Warhol... Então veio a noticia, em meia hora íamos sair pra cidade natal do Juan e da família dele, Cafferata. Mais 200 km de estrada, pelo menos dessa vez fomos de carro. Uma parada rápida no irmão da mãe do Juan e menos de 3h depois, com o sol se pondo as 21h30min (lá não tem horário de verão) chegamos emCafferata, ou “El Pueblo”. Mais uma vez vale comentar, apesar de muito longe de grandes centros, todas as estradas que passamos eram asfaltadas e estavam relativamente em boas condições e o pedágio era apenas de R$0,50. Ao chegar fomos apresentados ao restante da família: a Wanda, irmã do Juan e o Rogelio (Gelo) pai do Juan. Foi aí que conheci o primeiro costume estranho dos argentinos... Os homens se cumprimentam lá com um beijo no rosto (nessas horas que gosto de ser brasileiro, já que aqui não temos esses costumes). Depois disso, conversamos um pouco, comemos alguns alfajores, umas bobagens com o violão e já estava na hora da janta. Muita discussão sobre o Lula, Brasil, etc... Após a janta era só descansar um pouco e depois festa. Espera aí, festa? Festa nesse canto isolado do mundo? Sim festa... e simplesmente “A” festa! Saímos eram umas 2h da manhã, já que lá a balada só começa depois da 03h30min, escutando umas músicas brasileiras muito estranhas, sei lá daonde o Juan tirou aquele CD, passamos nos povoados vizinhos pra ver o movimento, na Argentina ninguém, ninguém mesmo, usa capacete quando está de moto, e muitas mulheres, muitas mesmo, andam de moto, mas voltando ao relato... Andamos uns 10 minutos pela “ruta” e chegamos à divisa do estado de Santafé com o estado de Cordóba. Em seguida já estávamos na cidade de Corral de Bustos, sim, esse é o nome da cidade mesmo, segundo minha teoria, um nome diferente para sutiã, mas ninguém soube explicar a origem do nome. Como estava cedo (eram umas 3h) pra festa resolvemos dar uma passada rápida no casino da cidade, lá fomos apresentados ao Fernet, uma “cachaça” argentina, feita de ervas e sei lá o que mais, que tomamos misturada com coca cola, já que segundo eles, pura é muito ruim. Depois de uma rápida volta pelo casino, uma olhada nas “minas caça-rico”, que tem muitas por sinal em todos os casino que fui, resolvemos ir pra festa, Warhol Sweet Point, nunca mais vou esquecer o nome desse lugar. Eram 03h30min quando chegamos e já na entrada começou o que seria o papinho da noite “estes são meus amigos do Brasil...”, era o Juan tentando entrar de graça na festa, mas não deu certo. Enfim entramos e advinha... Vazia, ha, pouquíssima gente, e eu já pensando que tinha perdido meu tempo.Poxa, 03h30min e ainda vazia, algo estava errado. Mas o Juan insistia que era cedo, pois bem, ele estava certo. As 4h da manhã o lugar estava completamente cheio, que costume estranho. Bom, não vou me ater aqui a “detalhes”, mas depois de muito usar o papinho citado acima, ele deu certo, e várias vezes... =D Foi assim que descobri a melhor e a pior coisa do mundo... Ser brasileiro e morar no Brasil, respectivamente. O povo da Argentina, mais especificamente “Las Chicas” amam os brasileiros. Depois de idas e vindas nessa noite muito louca, fui parar na área VIP da festa com umas meninas muito convictas, insistindo que eu era igual o Axl, do Guns, tinha até fila pra tirar foto. Só rindo mesmo, fazer o quê?! Inclusive, uma delas, sabia todos os palavrões da língua portuguesa, hahaha. Bom o resto da história não se conta em um blog... As impressões sobre a festa? Não tem nem o que dizer, a noite toda eu não levei um esbarrão, tão pouco empurrões ou coisas do tipo que estamos acostumados. O pessoal se diverte demais, se veste muito bem, muito bem mesmo. As músicas? Toca muita Cúmbia e Reggaeton, que é muito legal de dançar. Quando tocou “Chora, me liga” (Que é o maior sucesso na Argentina, toca direto) bem que tentei mostrar como dança, mas as meninas de lá são melhores dançando reggaeton mesmo. Viva os ritmos latinos! O pessoal, pelo menos nessa festa era meio tímido, ficava meio clube do Bolinha e da Luluzinha, nada como ser brasileiro nessas horas... Eram 8h da manhã, o sol alto no céu, e a festa não dava nem sinal de acabar, eu já estava morto, depois de três dias viajando e uma festa dessas, só queria saber de dormir, com a sensação de “MissionAccomplished” fomos pra casa felizes da vida. Como era de esperar, fui acordar às 20h de domingo. Dai foi só aproveitar o cordeiro assado bater um papo até às 3h da manhã e esperar até o outro dia, quando íamos voltar para Rosário. Eram 6h quando acordamos e fomos para rosário... Rosário, Doce Rosário. Eu gostaria mesmo de seguir contando as coisas com detalhes, gostaria mesmo, mas não tenho tanto tempo assim pra digitar, nem vocês paciência pra ler, portanto vou dar uma boa resumida nas coisas. Impressões de Rosário? Uma cidade, limpa, segura, e boemia, mesmo em tempos de férias das universidades da cidade. Em Rosário acabei, mesmo se querer, deixando o sedentarismo de lado. A maldita dor no joelho estava começando a ir embora e eu caminhando cada vez mais. Passamos quase duas semanas na cidade, e o dia que eu caminhei menos deve ter sido uns 10 km. Vamos ao que aconteceu de legal e pode ser contado aqui. Rosário é uma cidade bem grande, maior que Porto Alegre, fica a beira do rio Paraná e tem uma praia bem legalzinha até, tem o maior casino da Argentina, o monumento à bandeira argentina (foi em Rosário que ela foi criada), diversos bares e restaurantes legais, a maior boate da América latina, o Newels Old Boys, etc. As coisas legais: fomos a uma cervejaria artesanal, onde conhecemos o Nico, um argentino amigo do Juan e que falava português, o cara é muito louco, mas muito gente fina também. Nessa cervejaria tivemos uma degustação de cervejas grátis (coisa boa ser estrangeiro, todo mundo quer agradar)fantástica, provei cerveja de todos os tipos possíveis, a maioria muito boa, depois é claro demos uma passada onde produziam a cerveja, embaixo do bar, muito legal, como diria o Matanza: “Bebendo que o diabo é mais feliz, lá no fim no fundo do inferno tem um bar, não tem copo você bebe nos barris!” Essa frase descreve bem o que quero dizer. Sem ter o que fazer numa noite de quarta, fomos ao casino, realmente o maior da Argentina. O lugar é enorme. Slots (Caça níqueis) devia ter no mínimo uns dois ou três mil, inclusive o mais legal que eu já vi, do star wars, que tinha diversas coisas legais, batalha de sabres, bônus death star e etc, nesse eu consegui multiplicar por 10 o dinheiro que eu joguei, graças ao bônus death star e ao Darth Vader ter ganhado do ObiWan hahaha. Mas meu negócio é Black Jack, nessa noite dobrei minha grana, e só não saí com mais porque não parei na hora certa, às 3h fomos embora, pois o Juan tinha que trabalhar no outro dia. Uma coisa que se tornou hábito pra mim em Rosário foi caminhar até o monumento a bandeira todos os dias (ficava a uns 5 km do ap. do Juan). É lá que o pessoal se junta pra tomar chimarrão depois do trabalho e aproveitar a bela vista do rio Paraná no final do dia. Lá encontrei pessoas muito legais e vi uma cena muito engraçada também, dois argentinos discutindo pra caramba, e um deles dizia insistentemente para o outro: “Te arranco lacabeza”, hilário. No primeiro dia subi no mirante que tem no próprio monumento, e que é MUITO alto, pra curtir a linda vista da cidade e do rio Paraná que se tem de lá e conheci dois argentinos, conversámos sobre o Messi (que é de Rosário e no dia anteriortinha ganhado o premio de melhor do mundo de novo), sobre futebol, sobre o “2° melhor”, sobre o Brasil, eles me falaram bastante sobre a cidade e me deram várias “dicas” sobre Rosário. No dia seguinte fomos à praia, dai não fui ao monumento, mas descobri lá, na praia, que nenhum argentino sabe dirigir, e encontrei de novo os argentinos que acabei de falar. Na sexta à tarde, novamente fui caminhar a beira do rio, parei pra descansar no monumento e havia lá um senhor que não parava de falar, bem perto de mim. Logo ele puxou assunto e eu tentei explicar que não falava espanhol, que era do Brasil. Pra que foi... Começamos a conversar, em portunhol mesmo, ele me disse que adora o Brasil e não vê a hora de chegar a copa do mundo pra passar um mês aqui. O nome dele é Raul Pino, é de lima no Peru. Passamos mais de duas horas conversando, ele me contou toda a história da libertação da América pelo General San Martin, contou sobre seu pai que tinha uma banda de cumbia, sobre sua vida também, estava em Rosário cuidando da sua irmã que está doente. Ele riu muito quando contei a ele que sou do estado do Internacional (La equipo que perdeo pra Mazembe hahaha). Quando falei que eu era de origem alemã (como se não fosse óbvio) ele também ficou muito feliz pois sua mãe também era, dai foi mais uma hora de papo sobre todo tipo de assunto. Quando vimos já era quase noite e ele tinha de voltar para o hospital para cuidar da irmã, disse adeus e ainda me desejou muita suerte nos estudos e uma ótima viagem e disse que mal espera 2014. No outro dia (sábado) mesmo esquema, mas já era quase noite, eu de novo na minha parada básica pra descansar, quando senta a meu lado uma moça muito bonita, impossível não reparar. Depois de uns 15 minutos de silêncio (a hora em que eu mais me arrependi de não ter aprendido espanhol) tive que trocar de lado, pois havia umas malditas formigas incomodando e avisei ela, em bom portunhol é claro. Ela me perguntou de onde eu era, falei que do Brasil, então veio o que eu menos esperava “Eu falo português!” haha é sorte ou não é?! Ela me disse que fazia pouco que estava estudando, mas que adora o Brasil. Me perguntou meu nome e eu disse Adenes, ela ficou como expressão curiosa aí eu perguntei o dela... Era Andrea, mas que coincidência... Ela é professora de música e mora em Rosário acinco anos. Depois de muito conversar, e inúmeras coincidências como a que citei antes o resto da história é uma coisa que só vou contar para os meus netos... Depois de acordar no domingo umas 17h, com um sorriso de orelha a orelha, descobri que tinha caído um dilúvio, e eu nem tinha visto. Mas já tinha sol, então vamos caminhar. Caminhei bastante e vi algo que achei que era coisa de filme. Hippies na beira do rio Paraná fazendo um som na traseira da van. Fantástico. Eles eram muito bons. Assisti uma meia hora, e ai começou a dar problema no som e eles tiveram que parar, uma pena, pois estava muito divertido. Só Rock ‘n’ Roll clássico. Passamos quase duas em Rosário e valeu muito a pena. Em Rosário fui a uma festa só, mas já nem fui tão animado porque sabia que ia ser difícil repetir o Warhol, mas ainda assim foi divertido e valeu a pena. Depois de Parrilla, comida mexicana, umas panquecas de doce de leite que nunca mais vou esquecerde tão doces, cervejaria artesanal, muito sorvete (os da Argentina são incríveis) , jogatina, hippies, crise de abstinência sem feijão e arroz e pessoas muito legais que conheci eu posso dizer que valeu muito a pena. E, em teoria pelo menos, o melhor ainda estava por vir, Buenos Aires. Eu, Juan e o Rodrigo no Monumento á Bandeira em Rosário! Argentinos Estacionados! Casa (mansão) Natal do Che Guevara Vista do Mirante Simplesmente Buenos Aires... Eram exatamente 12hde quarta quando deixamos Rosário, depois de quase 4h de viagem chegamos a BsAse a chuva já tinha parado. Pegamos um táxi direto pro hostel, Milhouse Avenue. Primeira boa surpresa: O hostel era ótimo. Nos levaram ao quarto, arrumamos as coisas e logo chegaram os colegas de quarto. Duas australianas, um australiano e uma holandesa, que mais tarde iriamos a descobrir, trabalha numa prisão. Nada de perder tempo, logo fomos caminhar pela cidade, mal passamos pelo centro e já estávamos em Puerto Madero. Muito legal. Prédios das multinacionais, do governo e alguns hotéis muito luxuosos. Depois de caminhar por todo o porto descobrimos onde estava o que buscávamos: O casino de BsAs. Esse casino tem uma história muito boa. BsAs é o único lugar da Argentina em que são proibidos os casinos. Então montaram um casino num barco, o Estrela da Fortuna, e atracaram no porto da cidade, assim ele não está na cidade em sim no mar, onde responde as leis marítimas, que permitem o jogo. Genial! Na volta passamos pelo bairro de San Telmo e voltamos ao hostel, descansamos um pouco, McDonalds, e já era quase 1h. Pois bem, vamos ao jogo. O que dizer? Passei a noite jogando a dinheiro num porão enfumaçado de um barco. Essa noite foi um perde e ganha só, no final saí no zero, não perdi nem ganhei, e ainda consegui mais uma ficha pra minha coleção de fichas dos casinos que passei. 5h da manhã, hora de voltar e ir dormir, pois no outro dia pretendíamos ir ao parque de la costa, com a amiga do RJ, a Wanessa, que havia conhecido em BsAs. Devido a alguns desencontros não podemos ir ao parque nesse dia. Então tiramos o dia pra conhecer a cidade. Primeira parada: Calle Florida. É impossível descrever esse lugar em palavras, tamanha a diversidade de coisas e pessoas. É o calçadão de BsAs, deve ter umas 20 quadras, no mínimo. Tem de tudo, e os artistas de rua são demais. Há também aqueles famosos golpes, que a gente já conhece antes de chegar à cidade, mas que sempre fica curioso. Mas advinha o que mais se encontra na florida? Brasileiros, tem de mais, e de tudo que é canto, infelizmente se reconhece de longe pela arrogância e falta de educação (não de todos, mas de muitos). BsAs é uma cidade incrível, a arquitetura é fantástica, ruas muito pequenas e prédios enormes e antigos. Turistas têm demais, de tudo que é canto, mas os que mais vi foram brasileiros, chineses e alemães. Os americanos são os mais engraçados de ver, parecem que andam com uniforme de turista: sandálias, bermuda, camisa social e chapéu, além de máquina profissional na mão. Mais uma volta pelos pontos turísticos do centro, casa rosada (que a noite se traveste de rosa choque), prédios históricos, e admirando um pouco a já citada arquitetura fantástica e já era noite, hora de voltar pro Milhouse e planejar o próximo dia. Ah o Milhouse, é muito divertido, gente de todo lugar do mundo, parece surreal. Acertamos de eu ir comprar os tickets do city tour e encontrar a Wanessa, enquanto o Rodrigo ia trocar uma grana no banco. E já eram 3h, hora de ir dormir. No dia seguinte, com muita dificuldade, me levantei às 9h. Finalmente encontrei a Wanessa (que devia ficar no Milhouse, mas por erro do hostel não ficou) e o Luiz amigo dela, e fomos ao city tour. Só conseguimos comprar pro bus do 12h40min o jeito era esperar e fomos pro Starbucks que tinha na esquina. Finalmente pegamos o ônibus, bem legal, dois andares e vista panorâmica, os pontos iniciais já conhecíamos, casa rosada, congresso nacional, San Telmo. Então quando o ônibus se dirigia para La Boca já se avistava La Bombonera, muito show, e aquele festival de fotos dos turistas. Em seguida descemos no Caminito. Muito legal o lugar. Eu com minha camisa da Alemanha despertava comentários em todos os lugares. Logo já estávamos no estádio do Boca, por fora parece bem pequeno, mas depois de ver por dentro, da pra apavorar, mas isso conto mais adiante. Voltamos ao Caminito, e conversamos com um cara que queria que fossemos a um restaurante, agradecemos e seguimos. Do nada veio um cara falando “Are youfromGermany?” eu digo “Yes,man” e ele “Oh i loveGermany!” hahaha mas outro cara que ouviu nossa conversa de antes gritou: “No, they are brazilians!” daí o cara, em portunhol, me perguntou de que parte do Brasil eu era, eu disse que do sul e logo ele perguntou que time eu torcia, eu disse que pro Grêmio (já que provavelmente ele não ia conhecer o Xavante) e ele: “Si, yotambiem detesto internacional” hahaha ri muito, e do nada ele começa a cantar, em pleno Caminito, cheio de gente: “Somos campeões do mundo, da libertadores também...” ele sabia todoo canto da geral do grêmio, demais, muito engraçado, dei tchau e seguimos. De volta ao ônibus do city tour paramos em Puerto Madero e fui apresentar o casino aos meus novos amigos, e ainda bem que não acabaram viciados que nem eu hehehe. Voltamos e almoços pelo porto mesmo, isso já eram umas 15h e devia estar uns escaldantes 35 °C, sem contar que eu estava torrado do sol. Completamos o city tour, mas sem mais paradas pois estávamos muito cansados lá pelas 18h chegamos de novo no centro combinamos de sair pra jantar mais tarde e voltamos cada um pro seu hostel. De volta ao Milhouse encontrei o Rodrigo, que acabou não conseguindo ir ao tour porque saiu quase duas da tarde do banco, banco é igual em qualquer lugar mesmo. Depois de tomar um banho e descansar um pouco já eram 22h, hora que marcamos de sair pra jantar. Encontrei de novo a Wanessa e o Luiz e íamos ao Outback, pena que nem nós nem o taxista encontramos! Fazer o quê? Fomos ao Hard Rock Café de BsAs, e valeu a pena. Depois de esperar uma meia hora e comprar alguns “regalos” na loja finalmente pegamos a mesa. Como não podia deixar de ser pedi um Sonof a Bitch Burger. E valeu cada centavo dos 68 pesos que paguei por ele. Caro, mas muito bom mesmo, carne de Angus não tem comparação, tudoregado a uma boa Quilmes. Não era tão tarde, mas todos meio cansados devido à agitação do dia voltamos pro hostel. Chegando no Milhouse, a festa ainda estava a toda, resolvi subir, lá encontro a Karen, a holandesa e ela me pergunta como foi a noite e tal e me diz que o Rodrigo estava na festa e se divertindo. Já fiquei meio preocupado, vai saber o que uma Quilmes pode fazer, que dirá várias. Mas por sorte acredito que não aconteceu nada anormal para uma festa no Milhouse =D. No outro dia (sábado) continuei o tour com a Wanessa, fomos a Palermo e Recoleta, Jardim japonês muito legal, pena que tinha um evento chato de cosplay, daí não ficamos muito. Já na Recoleta demos uma volta pelas inúmeras feirinhas que tem no bairro e fomos ao turístico cemitério. Realmente o cemitério da Recoleta é fantástico, o túmulo da Evita Perón cheio de turistas pra variar. Tem vários túmulos que são maiores do que muitas casas. Outros um show de arquitetura, vale a visita. Seguindo tomamos um sorvete Freddo, escolhi de Dulce de Leche, óbvio, depois de tanto ouvir falar da maravilha que era não achei lá essas coisas, mas minha opinião iria mudar no futuro... Chegamos de novo no centro, uma volta pela florida, compramos uns alfajores e já quase no hostel encontramos de novo o Luiz. Ele voltou com a Wanessa pro Hostel e eu pro Milhouse. Lá encontrei o Rodrigo e ainda fizemos uma visita guiada pela casa rosada, bem legal, até no gabinete da presidente passamos. Voltamos pro hostel, dormi um pouco depois tomei um banho e quando nos demos por conta já eram 22h. Hora de Boca Jrs X River Plate, em Mar del Plata. A história que seguiu até merece um post só pra ela, mas em resumo, assistimos o Boca ganhar de 2 a 0 num restaurante na Avenida9 de julho (a mais larga do mundo) perto do Milhouse. Domingo de manhã, como não poderia deixar de ser, fomos à feira de antiguidades de San Telmo, nós e todos os turistas da cidade! Muito legal, valeu muito a pena ter ido, pena que as coisas mais legais (e mais antigas) são muito caras. Lá tinha desde jogo de talheres europeu de 1910 até uma faca com o rosto do Hitler de 1930. Depois de comprar uns souvenirs voltamos a pé para o centro, mas toda a florida se transfere nos domingos para a rua que leva da feira de volta ao centro. São umas 15 quadras com todo o tipo de coisa pra vender e todo o tipo de artista de rua. O mais legal é o cara do vento (foto). Voltamos ao hostel pra guardar as lembranças fomos ao McDonalds almoçar (pra variar) e em seguida pegamos o subte (metrô) rumo à estação de trens. Chegamos à estação rapidamente, compramos as passagens pra Tigre (uns R$0,50 só!) para ir ao Parque de la costa. Uma hora de trem e já estávamos lá. O parque é muito show, fica a beira do Rio tigre, demais. Pena que tinha muita gente e muita fila. Foi uma tarde que testou meu coração, tem um tipo de montanha russa que eu nem sei o nome, mas os trilhos são por cima, ao invés de pro baixo como normal. Só posso dizer que depois que eu andei nela, os argentinos passaram a conhecer todos os palavrões do Brasil, PQP! Quando já estávamos pensando em ir embora, nos deparamos com o show aquático do parque, muito legal mesmo, ao som de Queen, e um show de luzes e fogos de artifício! Saímos do parque e depois de uma passada rápida no casino Trilenium pra eu arrecadar mais uma ficha pra minha coleção e perder mais uma grana, voltamos a BsAs de trem, viagem que teve umas histórias bem engraçadas! Segunda era o dia em que o Rodrigo ia embora, acordei já era 12h e ele já tinha ido. O pessoal da Austrália já tinha ido e o quarto foi literalmente invadido por uma horda de Neo Zelandeses, no futuro vou fazer um post sobre isso. Depois de acordar tomei um banho e fui acessar a internet no Milhouse e advinha? Explodiu o estabilizador! Resultado que fiquei incomunicável o resto da estadia em BsAs, que saco! Saí e fui comprar uns presentinhos básicos pro povo lá de casa e pros amigos. Resolvi voltar ao Caminito, fui de metrô, e mais uma caminhada e já estava lá. Fui no museu do boca, muito legal o lugar e fui muito bem tratado. A seguir fiz uma tour pelo estádio em tinha um guia que trabalha no Boca, mas torce pro Racing.Foi bem divertido, tinha uns torcedores do desportivo quito, eles eram muito loucos mesmo. De brasileiros só eu e mais duas vascaínas do RJ. O estádio do Boca é fantástico, mesmo se não gostar muito de futebol, vale a pena conhecer. O tour durou uma hora, com direito a muitas piadas sobre o River Plate e o sobre o Maradona também, realmente os argentinos acham que ele é o melhor, ha. Quando falei do Grêmio e Inter pro guia ele me disse que conhecia (2007 hehehe) e disse que o Racing era bem parecido com Grêmio pela garra e jeito de jogar e o River era parecido com Inter (“porque sonbambis, maricas” segundo ele hahaha). Pra terminar a visita pelo estádio e museu do boca tirei uma foto com Maradona e o Messi. A noite ainda dei uma passada no recém inaugurado museu dos Beatles, 2° maior do mundo. O restante da visita pelo Caminito foi muito legal e rendeu várias fotos divertidas, entre elas, uma com sósia do Maradona e outras dançando tango. Nessa altura do campeonato eu já estava que nem celular sem bateria. Sabe quando acaba a bateria do celular e você deixa desligado por umas horas daí liga de novo e ele dura uns minutos e desliga de novo? Era assim que eu estava nos últimos dois dias, nem energético nem nada resolvia, já estava muito cansado e dormindo pouco. O dia de terça foi mais light, fiquei pelo centro e a noite é melhor nem comentar. Quarta feira, último dia em BsAs, acordei cedo de manhã comprei umas últimas coisas e fui aos lugares que ainda não tinha ido, a catedral e o congresso nacional. A catedral é fantástica e é lá que estão os restos mortais do general San Martin, libertador da Argentina, Peru, Chile e Bolívia, o cara era foda, muito legal sua história. E eu estava bem belo andando pela florida quando encontrei adivinha quem (http://mesadsaloon.blogspot.com/2011/02/acredite-se-quiser.html)? Sim, DuffBeer, a cerveja dos Simpsons, obviamente que comprei uma pra levar pra casa, meio carinha. Nem abri ainda. O BuqueBus que me levaria de volta a terras uruguaias partia as 14h. Pois é, Adios BsAs. Dessa vez fui no barco rápido e em menos de uma hora já estava em Colonia, mais 3 horas de ônibus e estava em Montevideo outra vez. Obelisco! Puerto Madero. Bs As!!! Casino! Av. 9 de Julho Casa Rosada! Michael Jackson Dançando a 1h da Manhã na Calle Florida! Pessoal da Calle Florida Uruguai Revisitado... Cheguei à rodoviária de Montevideo eram 19h e tratei logo de trocar mais uns reais por pesos uruguaios (sai da Argentina só com 2 pesos no bolso), comprei a passagem pro dia seguinte pra Puntadel Este e fui pro hostel de taxi. Incompreensíveis R$ 6,00 por mais de 5km. Chegando ao hostel (El Viajero novamente) tinha muitos gremistas, pois era dia do jogo Liverpool X Grêmio, no Centenário. Fiz o Check In e já me avisaram que mais tarde ia ter churrasco, oba! Bom, me levaram ao quarto e tive uma ótima surpresa. Minhas colegas de quarto eram três holandesas lindas e simpáticas, pena que só uma falava inglês, a Luci. Tinha também um casal de ingleses, simpáticos até, a maneira inglesa. Estava uma torre de babel nesse quarto, e rendeu muitas risadas, cada um falando inglês com um sotaque diferente. Bom, tomei um banho rápido e puxei uma caminhada até o Centenário pra ver o jogo. Adivinha? Torcida do Liverpool ingresso a R$ 5,00 , torcida do grêmio a R$ 100,00. Ha, obviamente que assisti ao jogo com os uruguaios. Foi triste ver a selvageria brasileira, que só pelo fato do Grêmio estar ganhando resolveram começar briga, mas tomaram umas boas cacetadas e nessa hora não pude deixar de gritar junto com a torcida do Liverpool: “Uruguai, Uruguai, Uruguai!”. Vendo o que vi, deu vergonha de ser brasileiro, simpatizava com o grêmio, como já havia dito, mas desde esse dia só sou xavante mesmo! O jogo terminou 2 X 2. Resultado bom pro Liverpool, já que o time deles era bem fraco. Voltei ao centro depois do jogo, bati um papo com uns uruguaios e era engraçado de ver a quantidade de gremistas que se dirigiam ao casino, fico imaginando como seria se existissem casinos na Brasil. Voltei pro hostel e já eram umas 2h da manha, mas estava bem agitado, com o pessoal voltando do jogo.Tomei um banho, organizei o dia seguinte e fui dormir. Acordei às 11h, me despedi dos amigos de um dia do quarto e indiquei que comprassem uma Duff, já que estavam indo pra Argentina. Almocei e 12h30min peguei o bus pra Punta, dessa vez sem problemas com o coche hehehe. Punta Del Este: Dias de Negócios e Noites de Excessos! Eram umas 15h quando cheguei em PDE e depois de quase me perder (sim, em Punta) cheguei no 1949 Hostel, a 50m da playa mansa, não podia ser melhor. Alguns com a reserva, mas tudo foi resolvido, com muito portunhol. Logo fui pro quarto largar as coisas e vamos embora conhecer a cidade! Uma palavra pra definir PDE: Grana! Duas palavras: Muita Grana! A cidade é demais, como diz a Wanessa, tudo cheira a dinheiro! É tudo caro e luxuoso, mas vale apena a visita. As praias são ótimas, não se vê lixo, camelôs, vendedores, nem nada do tipo. Só os milionários da América do sul curtindo as férias. Passei pela playa brava, la mano e pelo porto, tudo muito legal. Lá pelas 21h cheguei de volta no hostel. As colegas de quarto eram oito meninas (argentinas e uruguaias), todas muito simpáticas, e um argentino, digamos, zoado, que guardava uma narguilé enorme no locker. Tive uma aula de paciência ao ter que esperar as oito meninas tomarem banho e se arrumarem pra festa, até tirei um cochilo porque demorou mais de 2h, elas inclusive me convidaram pra festa, que por acaso tinha só um dos melhores DJs do mundo além de vários VJs da MTV Europa.A festa era pra gravação de um clipe pra MTV Europa, a entrada? Só US$ 300,00 , sim dólares! Obviamente, e com uma dor no coração, tive que recusar o convite... Era minha última noite em terras estrangeiras, e com a grana já no fim, resolvi dar uma passada no Conrad. Lá estava eu quando do nada, em pleno casino, começa uma festa. Muito show, uns DJs muito loucos, com uns barmans mais loucos ainda. Nossa, foi muito legal, e de graça ainda, em pleno conrad, onde nada custava menos de US$ 50,00. Deu pra aproveitar a noite e se divertir bastante. Voltei às 4h pro 1949 e fui dormir. No dia seguinte fui acordado pela camareira ao 12h, pois precisava limpar o quarto, e estava todo mundo apagado ainda, foi uma correria só. O resto do dia aproveitei na praia, e pra matar a dúvida que perdurava desde BsAs voltei a Freddo. Pedi novamente o sorvete de Dulce de Leche, que em PDE paguei R$ 18,00, dessa vez sim valeu a pena, realmente incomparável, o melhor sorvete que já provei. À tarde, mesmo já tendo feito o check out, fiquei no hostel, eles deixavam, curtindo a vista maravilhosa da praia da rede que tem na frente do hostel. Mais uma volta pra aproveitar o lindo por do sol e já era hora de voltar. Peguei todas as coisas, e com muita felicidade e tristeza ao mesmo tempo me encaminhei pra rodoviária (de novo somente com dois pesos no bolso, e uruguaios ainda por cima), sábado pela manhã estava chegando em casa, e matando saudade da minha cama, que não tem igual no mundo, não importa aonde eu vá. Playa Brava La Mano! Pois é, 25 dias depois voltei ao Brasil. As coisas saíram um pouco fora do que eu tinha planejado, só que pra muito melhor, com certeza a grana que gastei nessa viagem foi o melhor investimento que já fiz, valeu muito a pena. É claro que com palavras não posso transmitir tudo, nem sequer metade, das emoções que vivi, das pessoas legais que conheci ou dos lugares lindos que passei, mas espero ter passado pelo menos uma ideia com esse relato. Se você tem de vontade e não fez um mochilão ainda, FAÇA! É só o que posso dizer, você não vai se arrepender, mal posso esperar o ano que vem, pra fazer tudo isso de novo e muito mais. Sentirei muitas saudades desses dois países fantásticos e com povos maravilhosos! Abraços e parabéns a você que leu tudo. Conclusão: Pra finalizar só posso recomendar que façam uma viagem como essa, pois valeu muito a pena. Motivos: Povo muito amigável e receptivo (nos dois países) Muito mais segurança que no Brasil. Pessoas que conheci, festas, passeios e caminhadas inesquecíveis! Momentos que nunca mais vou esquecer! 25 dias muito felizes!!! Quanto aos gastos... Não tive um controle tão grande assim dos gastos, pois fazia tempo que estava economizando pra essa viagem, mas aí vai um breve e tosco resumo: Estádia: 7 noites no Milhouse + 2 noites no El Viajero + 1 noite no 1949 Hostel = US$ 160,00 Transporte: Total em táxi + Metro (vale muito a pena) + Trem + Onibus (entre cidades) + BuqueBus (ida e volta) = R$ 360,00 Lazer em geral: Festas + Parque + City Tour + Bebdidas e entradas em festas + etc = R$ 500,00 Souvenirs: Trouxe bastante coisas (incluindo muitos alfajores e DUFF Beer) = R$ 100,00 Comida: Restaurantes + McDonalds + Pancho + A que eu mesmo fiz: R$ 350,00 Outros: Casino + Gorjetas + Gastos Imprevistos = R$ 150,00 Total COM as Passagens (de Pelotas - RS) = R$ 1900,00 Como eu disse, é bem por cima, mas da pra ter uma idéia dos gastos nos 25 dias de viagem. Pra terminar, fiquem a vontade pra comentar e fazer qualquer pergunta, estou disposto a prestar aqui a ajuda que recebi antes da viagem! Já estou economizando por ano que vem, que pretendo esticar até o Chile e só posso dizer pra quem esta por ir pra Argentina e/ou Uruguai: APROVEITE O MÁXIMO QUE PUDER!!! Abraços! Editado Março 1, 2011 por Visitante Citar
Membros DeimoZ Postado Março 26, 2011 Autor Membros Postado Março 26, 2011 Se quiserem podem me enviar emails também: adenes.eletronnica@gmail.com Cheers. Citar
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