Colaboradores aledborges Postado Fevereiro 28, 2011 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 28, 2011 [t3]10º dia – 29.04.2010 – Sta Cruz de La Sierra (Bolívia)[/t3] Chegamos em Sta Cruz de La Sierra às 10:30. Deixamos uma mochila com as coisas da viagem (saco de dormir, etc) no guarda-volumes do terminal, tomamos um café para começar bem o dia e pegamos um táxi para o Consulado. Lá no consulado foi tranquilo, foi só buscar o passaporte mesmo. Encontramos novamente aquele brasileiro que me deixou passar na frente (muito gente boa). Tirei uma cópia do passaporte novo e já guardei na doleira para não correr o risco, pois era o único documento que eu tinha e agora o guardaria com a minha vida se fosse preciso. (que dramática!!!) Não tivemos problemas em apresentar cópias de documentos para as coisas corriqueiras como comprar passagens, agendar passeios. Eles normalmente não pedem o original. Então é bom guardar o original a sete chaves e circular/apresentar cópias, com exceção das fronteiras, é claro. Depois de passar pelo Consulado, fomos para o centro almoçar. Almoçamos novamente no Eli's, um dos melhores lugares para se comer em Sta Cruz a um preço razoável e relativamente limpo. Depois acabamos descobrindo outros, mas este continua sendo um dos melhores pelo custoXbenefício. Depois de passear um pouco, voltamos para o terminal, pois iríamos voltar para La Paz naquele dia mesmo. Chegando ao terminal compramos as passagens na mesma agência que viemos de La Paz, a Bolivar. Os ônibus não são tão bons e novinhos quanto a Trans Copacabana, e são de 4 filas, não 3, mas o preço é bem razoável. Além disso, fiquei com trauma da Trans Copacabana... E a piada do dia: quando chegamos na área de embarque os vendedores ambulantes vieram conversar conosco e disseram que o cara que me roubou tinha passado por ali fazia pouquíssimo tempo. Pode uma coisa dessas!???? ãã2::'> Eles já conheciam o safado, claro. E pelo escândalo que eu fiz, ficaram me conhecendo também. Tive que rir para não chorar.... Saímos de Sta Cruz às 17h, inacreditavelmente em ponto. Esta viagem foi mais tranquila, pois eu desencanei depois que já estava com o novo passaporte em mãos. Gastos do dia: Guarda-volumes do terminal: Bs. 3 Café da manhã: Bs. 6 Táxi Consulado (é bem longe): Bs. 13 Táxi do consulado para o centro: Bs. 8 Almoço (combo de pizza com refri): Bs. 15 Táxi do centro para o terminal: Bs. 10 Café e compra de lanche para viagem: Bs. 14 (para dois) Água (2l): Bs. 6 Boleto para uso do terminal (precisa para entrar na zona de embarque): Bs. 3 Banheiro terminal: Bs. 1 Citar
Colaboradores aledborges Postado Fevereiro 28, 2011 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 28, 2011 [t3]11º dia – 30.04.2010 – La Paz – Copacabana (Bolívia)[/t3] Chegamos no meio da manhã a La Paz e deu para observar melhor a cidade. A maioria das casas em zonas mais afastadas do centro (parte alta, principalmente) não é rebocada, ou pintada. São todas em cimento salpicado ou apenas com tijolos assentados. Um dos guias nos contou porque isso acontece: quando a casa está em estado “em construção”, o morador paga menos impostos para a prefeitura. Desta forma, as casas ficam “em construção” eternamente. Visivelmente é bem feio, mas eu até entendo, pois eles ganham muito pouco, são muito explorados. Um taxista nos contou que o salário mínimo na Bolívia é Bs. 480. Isso dá uns R$ 130,00. Por isso achamos tudo tão barato, pois eles ganham uma miséria. Quando chegamos na parte alta de La Paz não conseguimos passar pela avenida, pois havia um protesto de trabalhadores e eles fizeram várias fogueiras no meio da rua, então o motorista desviou pelas ruas adjacentes. Fiquei espantada com a pobreza! A avenida não é muito bonita, mas é asfaltada e mantém uma certa aparência, mas é só sair dela que pegamos estradas de chão com esgoto a céu aberto, lixo pelas ruas, etc. Quando chegamos no terminal de La Paz pesquisamos os preços para Copacabana e não os achamos muitos atrativos. Nem todas as agências estavam abertas e achamos melhor pesquisar nas agências de turismo. Ledo engano, as agências são só um intermediador das companhias do terminal (são as mesmas, na verdade). Então comprar no terminal geralmente sai mais barato. Claro que, com meu superpoder da pechincha, pagamos o mesmo, mas foi bem difícil negociar. No entanto, quando você compra em uma agência para o horário da manhã (tem dois horários que saem ônibus para Copacabana: às 8h e às 14h), eles te pegam no hotel. Bem mais cômodo, não é mesmo!? E a diferença é pouca. Compramos as passagens em uma agência que fica dentro de uma galeria quase em frente ao hotel Sagarnaga (na calle Sagarnaga). Nessa galeria também tem uma casa de câmbio. A companhia foi a Trans Tur 2 de febrero. E, ao contrário das informações que tinha visto, de que todos os ônibus para Copacabana saem da zona do cemitério, esse sairia do terminal. Depois de compradas as passagens fomos almoçar no Pollo & Fritas que fica da av. 16 de Julio. Eles tem combos prontos com arroz, salada (que na verdade são só coisas em conserva: pepino, beterraba, etc), refri ou suco, batata frita e frango assado. Os combos são bem parecidos em relação aos complementos, o que muda o preço do prato é o tamanho/tipo do frango que você escolhe. Tem meio frango, coxas, peito, etc. Ainda rachamos uma tortinha de morango de sobremesa. Muito boa, por sinal. Vale à pena! :'> Depois do almoço fizemos ainda algumas comprinhas rápidas, porque em La Paz é tudo muito barato. Eu tive que comprar outra escova de dentes porque já tinha conseguido quebrar a outra (ou eu escovo com muita força os dentes, ou as escovas da Bolívia são péssimas). O próximo passo foi buscar nossas mochilas no hostel, do outro lado da avenida e quando descemos novamente, já com todas as tralhas, pois pegar um táxi ali seria mais fácil e barato, descobrimos que os trabalhadores tinham bloqueado a avenida também, em protesto. Me desculpem os trabalhadores, porque eles tem que reivindicar seus direitos mesmo, mas que eu fiquei fula da vida, há eu fiquei!!!! Quando você vem do terminal para o centrão de La Paz, você tem que descer, aí fica tranquilo. Agora, quando você vai para o terminal, você sobe...e muito...com aquelas mochilas pesadas...depois do almoço...não é nada legal! Há, e em cima da hora né, porque de táxi não levaria quase nada. Chegamos no terminal às 13:30 mais ou menos, pegamos algumas coisas que deixamos no guarda-volumes, arrumamos nas mochilas grandes e corremos para o guichê da empresa. A moça avisou que o ônibus não sairia dali por causa da manifestação na avenida e que sairia da zona do cemitério. Depois de brigar com ela, sem motivo, é claro, pois ela não tinha culpa, conversamos com um casal de argentinos que também estavam indo pra lá e rachamos o táxi. Chegamos em cima da hora na zona do cemitério. O ônibus era muito pequeno e não conseguimos levar nossas coisas na parte de cima. Deixei na parte de baixo, mas morrendo de medo. Como outros turistas chegaram depois e colocaram um montão de mochilas por cima das nossas, fiquei mais tranquila. Conseguimos sair de La Paz por volta das 14:30, mas sabendo que teríamos que fazer um desvio porque a estrada que vai para Copacabana também estava bloqueada. O que não sabíamos era como seria esse desvio. Bom, ele era no meio do nada, das plantações para falar a verdade, com muita água empoçada, carros atolados. O nosso ônibus foi passar por um lado para adiantar e juro, quase virou. Tenho quase certeza que as rodas do lado esquerdo quase levantaram do chão. Para chegar à Copacabana temos que atravessar o Titicaca, e de balsa. No entanto, os ônibus atravessam numa balsa e as pessoas em outra. Você tem que deixar as suas bagagens no ônibus. Isso até que é tranquilo, é assim que acontece mesmo. O que te dá um certo desespero é ver os ônibus atravessando naquelas balsinhas de madeira, balançando para um lado e para o outro. Isso sim, é apavorante. Quando chegamos no outro lado do Titicaca tivemos que esperar um tempão pelo ônibus, já estava escuro, pois a fila de veículos para atravessar era bem grande. Há, e quando ele chega passa buzinando na pracinha, espera uma quantidade razoável de gente embarcar e vai embora. Eles não conferem se estão todos os passageiros, então tem que ter muita atenção. Pelo menos no nosso ninguém conferiu nada. Como é uma viagem relativamente pequena, umas 4 horas o ônibus não é assim tão confortável e espaçoso, mas com o desvio levamos absurdas 8 horas!!!!! O joelho do Lucas é que sofreu...muito! Quando chegamos à Copacabana, lá pelas 20:30, tivemos que correr para pegar hotel porque estava tendo uma festa no final de semana na cidade, que esperava muitas pessoas. Por sorte uma gaúcha que encontramos em La Paz nos indicou o Hotel Emperador Copacabana na calle Murillo. Eles ainda tinham um quarto, mas só para aquela noite, com banheiro privativo. Aceitamos. O hotel até é bom, mas não nos deixaram usar a cozinha e o chuveiro do quarto não esquentava. Tivemos que tomar banho no chuveiro compartilhado pagando o preço do privativo, mas como não tinha mais opção de hotel na cidade, ainda mais aquela hora, aceitamos sem discutir muito. Eu aceitei né, porque eu nunca vi o Lucas tão zangado em toda a viagem como naquele dia. Até dou razão, pois foi ele quem descobriu que o chuveiro não esquentava!!! Ele diria: “não foi você que andou pelo hotel só de toalha para descobrir que a gerente era uma fdp!!!! ”. Como não nos deixaram usar a cozinha, mesmo exaustos fomos comer alguma coisa e aproveitamos para dar um passeio pela cidade e ver um pouco da festa. Já eram umas 22h e os lugares que estavam abertos não eram assim muito convidativos. Achamos uma pizzaria na calle Gonzalo Jauregui que eu não lembro o nome, que não recomendo. A pizza demorou um tempão, as coisas vieram um pouco cruas e eles não te dão pratos, tem que comer com a mão. Foi bem engraçado....o cara “jogou” a pizza na mesa, depois pegou dois guardanapos, deixou um na minha frente e outro na frente do Lucas e foi para a porta olhar a festa . Um olhou para a cara do outro, deu uma risada e pensou: fazer o que né!? Não estávamos com energia para discutir. Bom, não foi só o atendimento que foi ruim, o Lucas também passou muito mal, não sei se por causa da pizza ou do gelo que eu insistia para ele não pedir e ele sempre pedia. Sabe-se lá de onde vem essa água! Gastos do dia: Passagem para Copacabana: Bs. 70 Almoço (frango, arroz, fritas e sobremesa): Bs. 19,75 Banheiro terminal: Bs. 0,50 Guarda-volumes terminal: Bs. 5 Boleto para uso do terminal (que não foi usado): Bs. 2 Táxi do terminal a zona do cemitério: Bs. 7,5 Balsa: Bs. 1,5 Hostel: Bs. 25 Jantar (pizza e refri): Bs. 19 [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228102815.JPG 500 375.560538117 Legenda da Foto]"Excelente" desvio.[/picturethis] [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228102831.JPG 500 375.560538117 Legenda da Foto]Ônibus atravessando de balsa[/picturethis] Citar
Colaboradores aledborges Postado Fevereiro 28, 2011 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 28, 2011 [t3]12º dia – 01.05.2010 – Copacabana – Isla Del Sol (Bolívia)[/t3] Acordei bem cedo para tomar banho. Já que o banho era compartilhado e o hotel estava lotado, a espera poderia ser um problema, e foi, tive que esperar um tempão. Arrumamos nossas mochilas e fomos procurar café da manhã. Achamos um lugar muito bom e não tão caro na av. Gonzalo Jauregui, nº 127 (a mesma rua do dia anterior, da pizza). O nome é Restaurante Sujma Wassi. O lugar é bem decorado e tem um pátio interno, muito legal. O café internacional com suco, café, torradas, manteiga e geléia (geléia mesmo!!!) e omelete (com queijo e presunto, se quiser) a Bs. 20. Depois do revigorante café fomos procurar as agências para ver as opções de passagens para Puno, passeio pelas ilhas flutuantes e já a passagem para Cusco, se possível, pois só iríamos à Puno pelo passeio nas ilhas, então seria bem corrido mesmo se tivéssemos que ficar procurando passagens, tours e tal. A ideia inicial do roteiro era fazer um passeio mais longo nessas ilhas, mas além do nosso tempo ser curto, me disseram que não valeria muito à pena, e que apenas o passeio em Uros já era suficiente. Fechamos um pacote com a Tour Peru que incluía passagem para Puno com um guia (como passamos pela fronteira com o Peru, ele orienta sobre os procedimentos), passeio pela ilha de Uros (assim que chegamos à Puno) e passagem para Cusco (no mesmo dia) a Bs.180, com bastante pechincha, é claro. Compramos com eles também a ida à Isla del Sol naquele mesmo dia, pois passaríamos aquela noite na ilha, retornando pela manhã, e viajaríamos para Puno no dia seguinte. Como tínhamos um tempinho ainda (o resto da manhã), fomos passear pela cidade: visitamos a catedral, a Horca Del Inca (um observatório que dá para ver a cidade toda) e lojinhas de artesanato. A cidade não é muito grande, mas como não tínhamos muito tempo, não deu para ir ao Cerro Calvário. Os valores para a travessia à Isla del Sol não variam e, a menos que esteja incluído em algum pacote, saem Bs.10 por pessoa. As saídas para o lado sul da Ilha são às 8:15 e 13:30 e os retornos às 10:30 e 16:30, também do lado sul. Nós queríamos ir para o lado norte da ilha, pois poderíamos atravessá-la no outro dia para pegar o barco da manhã. Se ficássemos no lado sul, não conseguiríamos ir e voltar no mesmo dia e não conheceríamos o lado norte. Desta forma, como mais algumas pessoas no barco queriam ir para o lado norte também, acertamos à parte com um barco a Bs.15 por pessoa. Estávamos em um grupo de umas 9 pessoas. Tinha gente da França, Argentina, própria Bolívia (Cochabamba), República Tcheca e mais um brasileiro, o Rodrigo. Como éramos um grupo relativamente grande, ficamos todos em uma hospedaria. Não dá para chamar de hostel porque era uma casa com alguns quartos, um banheiro e chuveiro para todos, mas como foi muito barato, Bs.15 por pessoa, não deu para exigir muita coisa. Não gravei o nome, mas fica na direção de onde o barco atraca, passando as casas que ficam na frente. Um prédio de dois andares, com uma porta que dá para um pequeno pátio interno. No lado norte da ilha não se tem tanta opção de hospedagem, restaurantes, etc, quanto o lado sul, que possui uma infra-estrutura turística bem melhor. Chegamos já no final da tarde ao lado norte e, enquanto os outros foram descansar, nós fizemos um pedaço da trilha que vai para as ruínas para ver o pôr-do-sol na Ilha que uma parte mais alta. Simplesmente incrível!!!! Uma experiência única que todos deveriam ter o prazer de ter. Como não existem estradas na ilha, só trilhas, é comum encontrarmos burricos e outros animais de carga. Há, também podemos encontrar fiscais da ilha. Se você encontrar, é difícil escapar da taxa para visitação do lado norte (como uma entrada para a “rota sagrada dos incas”). Bom, como tivemos esta sorte, e não tínhamos nenhum boleto, tivemos que comprar, a Bs.5 cada. Mas fizemos ele explicar tudinho: os sítios arquelógicos, onde ficavam, o que tinham, como atravessar a ilha, etc. Pelo menos , não foi dinheiro jogado fora. Voltamos já quase anoitecendo, e nessas horas, as lanternas foram muito úteis, pois não existe luz no trajeto. Ao retornarmos ao “dormitório”, fomos convidados a jantar com o pessoal. Como já tínhamos feito um lanche, acompanhamos com um chazinho e boa conversa. De alguns, porque eram pelo menos umas três línguas sendo faladas à mesa...hehehe. Não ficamos até muito tarde porque teríamos que madrugar no dia seguinte. Como tínhamos que pegar o barco das 10:30 para chegar à Copacabana a tempo, e faríamos a trilha que atravessa a ilha (umas 3 horas de caminhada, disseram) não dava para bobear. Nesse dia, esquecemos de pagar pelo suco e chá. Só lembrei no outro dia, no meio da trilha.....fiquei com uma vergonha.... Gastos do dia: Café da manhã: Bs. 20 Pacote (passagem Puno, tour ilhas flutuantes, passagem Cusco): Bs. 180 Barco para a Isla del Sol (lado sul): Bs. 10 Almoço (sopa e pão de alho): Bs. 9,5 Água 2l: Bs. 5 Barco para o lado norte da Ilha: Bs. 15 Hostel no lado norte: Bs. 15 Boleto de visita às ruínas: Bs. 5 Jantar (sanduíche e café com leite): Bs. 12 Lanches para o café da manhã do dia seguinte: Bs. 25 [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228103314.JPG 500 375.560538117 Legenda da Foto]Vista de Copacabana da Horca Del Inca.[/picturethis] [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228103338.JPG 375.560538117 500 Legenda da Foto]Cholas na festa.[/picturethis] [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228103358.JPG 500 375.560538117 Legenda da Foto]Isla del Sol.[/picturethis] [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228103414.JPG 500 375.196232339 Legenda da Foto]Pôr do sol na ilha.[/picturethis] Citar
Colaboradores aledborges Postado Fevereiro 28, 2011 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 28, 2011 [t3]13º dia – 02.05.2010 – Isla Del Sol – Copacabana (Bolívia) – Puno (Peru)[/t3] Acordamos antes mesmo do sol, às 5:30, para vê-lo nascer. Caminhamos uns 20min com lanternas, pois não dá para ver absolutamente nada, e esperamos o sol nascer (mais ou menos às 6:30 ele começa a despontar no horizonte, entre os montes nevados). Tomamos nosso café da manhã em frente a este cenário incrivelmente fantástico!!! Isso que é jeito de começar bem o dia! Reiniciamos a caminhada lá pelas 6:45, pois tínhamos alguns quilômetros pela frente. A trilha que vai do norte ao sul atravessa a ilha por cima, praticamente no meio dela. A vista é impressionante, pois parece que estamos no meio do oceano. :'> :'> :'> :'> :'> O trajeto dura aproximadamente de 3 a 3 horas e meia em um ritmo tranquilo, sem muitas paradas, e passa pela pedra sagrada, ruínas e templo inca (as ruínas não são tão impressionantes quanto o visual, claro). Para quem vai do norte para o sul é menos cansativo, pois tem um pouco de subida, mas muito mais descida. Quando chegamos próximo ao lado sul, passamos por um posto de controle e tivemos que pagar mais Bs.5, pois o boleto que pagamos no dia anterior não valia para fazer a trilha. Fazer o que né!? O valor mesmo era Bs.10, mas eu reclamei tanto por já ter pago o outro que eles fizeram por 5. Não queria pagar nada, na verdade, mas não estava afim de me estressar por conta de 5 bolivianos, não valia à pena. O barco sai do lado sul para Copacabana às 10:30, dura cerca de 1h30min e custa Bs. 20 (mais caro que a ida). Achamos que iria ser o mesmo valor, mas pensando bem, como você já está lá, não tem muita opção, aí cobram o preço que querem. Não cheguei a ver se dá para comprar a volta ainda em Copacabana. Talvez dê para conseguir pelo mesmo preço da ida, que é Bs.10. Chegamos em Copacabana, fomos buscar nossas mochilas e almoçar, pois pegaríamos o ônibus para Puno no início da tarde. A festa na cidade estava à todo vapor, parecia até carnaval: tem desfile com porta bandeira e fantasias, bandinha, etc., muito legal. Chegamos à Puno às 15:40 e às 16h fomos para o passeio às ilhas de Uros (ilhas flutuantes do Lago Titicaca). Tive um probleminha na fronteira, pois como o passaporte era outro, não tinha o carimbo de entrada no país. Mas como tinha o boletim da Interpol, contendo a data de entrada, achei que não seria um problema, mas eles não estavam querendo me deixar passar. Queriam que eu voltasse à Sta Cruz de La Sierra para carimbar a porcaria do passaporte....vê se tem cabimento!? Nada que uma boa conversa não resolva. Mas foi por pouco.....de novo!!!! O passeio as ilhas é legalzinho, mas achei muito “para turista ver”. Eles fazem um teatrinho, explicam como são construídas as ilhas, porque elas flutuam e não saem à deriva, etc., mas tudo é muito artificial. Há, e se estiver ventando muito e começar a esfriar, por favor, NÃO ENTRE NO BARQUINHO!!!!! Eles te fazem entrar no barquinho, você acha que está incluído, mas não está, o cara demora um montão para manobrar o tal do barco de junco, você passa o maior frio da sua vida , e ainda tem que pagar por isso no final, um horror!!! NÃO ENTRE NO BARQUINHO!!! A minha intuição já me dizia....Isso que dá não seguir os instintos.... O trajeto de barco (o barco de verdade, hehehe) do porto às ilhas é de aproximadamente 30min. Chegamos ao terminal de Puno no final da tarde, mas o ônibus para Cusco sairia só às 10 da noite. Como tínhamos tempo, mas não tanto assim, fomos procurar um lugar no terminal mesmo para jantar. Tem uns restaurantes no segundo piso e escolhemos o segundo restaurante de quem vem das escadas. Muito bom! O Lucas adorou a truta grelhada com alho. Ele ficou falando dessa truta o resto da viagem inteirinha....hehehehe, mas estava boa mesmo. :'> Gastos do dia: Boleto para uso da trilha que atravessa a ilha: Bs. 5 Barco para Copacabana: Bs. 20 Almoço (sopa e truta com batatas fritas): Bs. 10 Suco (tampico de 1,5l): Bs. 5 Passeio de barco (barquinho de junco): s/ 5 (sob coação..hehe) Jantar (o meu foi mais um lanche: crepe de banana com doce de leite, misto quente e café): s/ 12,50 Barrinhas de cereal: s/ 2 Banheiro (terminal): s/ 0,5 Boleto para uso do terminal: s/ 1 [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228104113.JPG 500 375.560538117 Legenda da Foto]NÃO ENTRE NO BARQUINHO!!!![/picturethis] Citar
Colaboradores aledborges Postado Fevereiro 28, 2011 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 28, 2011 [t3]14º dia – 03.05.2010 – Cusco (Peru)[/t3] Chegamos em Cusco às 5:30. Quando você chega no terminal, é abordado de todos os lados por gente oferecendo hospedagem. Eu já tinha algumas indicações, mas uma moça em Puno (que viajou conosco) disse que tinha algumas opções. Fomos com ela de táxi ver uns três hostels. Gostamos do segundo, mas era longe da praça central e ficava em uma ladeira. Já o terceiro era parecido com o primeiro e ficava num lugar muito bom (Qorikancha), mas era mais caro. Negociamos, negociamos e conseguimos que eles fizessem pelo mesmo preço do outro. Estava 40 e eles fizeram por 30 com banheiro privativo, TV, internet e cozinha (a cozinha é pequena, mas dá para o gasto). Eles fazem com café da manhã, mas preferimos que eles baixassem o preço e tirassem o café. O nome é Hostel Porta, na Calle Awacpinta, 599 – http://www.hostalportacusco.com – 051 84 221454. Gostamos bastante do hostel, mas tem que olhar o chuveiro antes, pois ficamos neste hostel antes de ir à Machu Picchu e depois. No primeiro quarto que ficamos o chuveiro era a gás (muito bom) e já no segundo o chuveiro era elétrico e não esquentava (tivemos que tomar banho em outro quarto). Aliás, esta dica de olhar o chuveiro antes de fechar é válida para todos os lugares, principalmente onde faz muito frio. Fora isso, o hostel é muito bom (custo x benefício) e fica bem próximo a praça central, ao lado do templo Qorikancha, umas 3 quadras. Deixamos as roupas no hostel para lavar a s/ 4 o kilo, fomos tomar café da manhã (tem umas lanchonetes muito boas na Calle Maruri, especialmente a Jugueria “Las Jarras”, número 228), conhecer a cidade e procurar agências para contratar os tours. Existem muitas atrações próximas ou mesmo dentro da cidade, então, com o seu boleto turístico em mãos (obrigatório e vale para quase todos os pontos turísticos), dá tranquilamente de visitar tudo por conta, mas como tínhamos apenas 2 dias em Cusco antes de iniciar a trilha para Machu Picchu, os tours seriam a melhor opção. E aqui vale aquela dica: quanto menos você paga, melhor, pois as agências se juntam e oferecem, no final das contas, o mesmo serviço. Outra coisa bacana de fazer as visitas com guia é ouvir a história e teorias sobre os lugares visitados. Caso contrário, corre-se o risco de ver àquelas ruínas apenas como um “amontoado de pedras”. E isso seria muito triste.... Contratamos o city tour pela cidade e arredores (para aquela tarde mesmo – dura meio dia e é feito à tarde: Qorikancha, Saqsaywaman, Qenqo, Pukapukara e Tambomachay) e o Valle Sagrado para o dia seguinte (Pisaq, Urubamba, Ollantaytambo e Chinchero), com almoço, a s/ 49, na Bri & Aly Adventures, que fica na parte de cima de um câmbio na Av Sol. Eles tem outra unidade na Calle del Medios, nº 127. A Moça que nos atendeu, na verdade “abordou”, na Plaza de Armas foi a Roxana. Muito simpática e adora brasileiros. Ainda pela manhã circulamos pela cidade e visitamos o Museo Histórico Regional e Museo Municipal de Arte Contemporâneo. Almoçamos no restaurante Emperador que fica na Plaza de Armas: menu do dia que incluía entrada, prato principal, sobremesa e bebida, tudo com pelo menos 3 opções para escolher, por 15 soles. Eu comi uma entrada de milho com queijo, prato de carne de lhama com batata frita e salada, torta de maça de sobremesa e suco de limão. Ainda tivemos a grata surpresa de uma banda típica que veio tocar no local, um luxo! :'> :'> O Lucas não resistiu e quis comprar o CD, que rachamos depois. Depois do almoço, ficamos um pouco de bobeira pela praça central e compramos água para a tarde. O tour começa às 14h e vamos primeiro ao templo Qorikancha (ao lado do nosso hostel), que era um templo inca (um dos mais suntuosos), onde foi construído um Convento (prática comum dos espanhóis para representar sua vitória sobre o povo “conquistado”), o Convento de Santo Domingo. Esta visita é umas das únicas que não está incluída no Boleto Turístico, e a entrada é de 10 soles. Mas vale cada centavo , pois a arquitetura e beleza são impressionantes. Depois visitamos Saqsawaman, mais distante do centro da cidade, e uma das maiores construções, com rochas imensas, que pesam toneladas, e perfeitamente encaixadas. Como todo tour guiado, não se tem muito tempo para conhecer todo o conjunto, pois é enorme mesmo, mas com um pouco de disposição, dá para ver bastante coisa. A próxima visita foi à Qenquo (cujo nome significa labirinto, é um conjunto de rochas com uma caverna que tem uma mesa esculpida em rocha, onde acreditam que os incas realizavam rituais, cerimônias e embalsamavam seus mortos), PukaPukara (uma espécie de posto de controle e descanso para os mensageiros que viajavam por todo império inca) e Tambomachay (um local de repouso del Inca – o imperador). Chegamos à Cusco às 18:40 e fomos direto para o hostel, pois o Saul, da Agência Amazin Adventures (Av. Collasuyo, 517 – tel (084) 237733 / 984721899 – e-mail: amazinadventureperu@yahoo.com), onde tínhamos contratado a trilha para Machu Picchu iria nos encontrar para acertarmos os detalhes e o restante do valor. Como a trilha tradicional é bem concorrida, e não conseguimos mais reservar no Brasil, contratamos a trilha Salkantay, que passa pelos montes nevados e dura 4 dias de caminhada e mais um dia em Machu Picchu. Esse passeio custou 250 dólares com os 4 dias de trilha com comida, barracas, isolantes, transporte de mochilas, guia, jantar e hotel em Águas Calientes, café da manhã do 5º dia, ônibus de Águas Calientes para Machu Picchu, entrada em Machu Picchu com uma visita guiada na parte da manhã e trem de retorno à Cusco. Fizemos a reserva já no Brasil com pagamento de metade do valor pela Western Union. Acabou que tivemos que acertar todo o valor lá, pois o banco do brasil, quando fez o depósito, errou o nome e o pessoal da agência não conseguiu sacar o valor. Mas deu tudo certo no final porque não cancelaram a nossa reserva por conta disso. Aliás, muito bom o serviço deles, recomendo com conhecimento de causa. Eles já são uma agência bem recomendada nos sites e fóruns de mochileiros e não é por menos: são super atenciosos, o serviço que recebemos foi excelente (tanto durante a trilha quanto em Águas Calientes) e teve tudo que foi contratado. Só houve um imprevisto no final do passeio que me deixou um pouco chateada, mas não por culpa deles, mas por falta de comunicação mesmo. Uma preocupação minha era a comida e o frio (passar fome mesmo e as barracas não serem boas, etc), mas quase saímos rolando de tanta comida que teve e as barracas/acampamentos eram muito bons, na medida do possível, é claro. O Lucas neste dia já estava sentido bastante o joelho e estava com receio de não conseguir fazer a trilha, daí contratamos um cavalo extra, com o Saul mesmo, para acompanhar na trilha e, caso fosse necessário, ser utilizado por ele para terminá-la, se não estivesse em condições de andar. No final das contas não precisou, mas foi o que nos salvou, pois excedemos o peso das mochilas que são carregadas pelos cavalos (5k por pessoa) e teríamos que carregar o excedente. Caso você não esteja muito bem para caminhar, vale à pena fazer o que fizemos :'> , pois contratando o cavalo antes pagamos 20 soles por dia (120 soles no total) e contratando durante a trilha, eles cobram 50 soles por dia. Gastos do dia: Táxi do terminal para o hostel: s/ 6 Café da manhã (misto e café): s/ 7 Pacote City Tour e Valle Sagrado: s/ 49 Boleto Turístico: s/ 130 Almoço (menu do dia): s/ 15 Água 2,5l: s/ 5 Entrada Qorikancha: s/ 10 Parte do valor da trilha Salkantay: U$ 125,00 Citar
Colaboradores aledborges Postado Fevereiro 28, 2011 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 28, 2011 [t3]15º dia – 04.05.2010 – Cusco (Peru)[/t3] Como o Lucas ainda estava com dor no joelho, não quis fazer o tour do Valle Sagrado, mas foi tomar café comigo. Como ele ia ficar o dia inteiro de bobeira, ficou encarregado de comprar algumas coisinhas que precisaríamos para a trilha Salkantay, que teria início no dia seguinte. A Roxana (agenciadora) estava me esperando na Plaza de Armas. Acabei chegando uns 5 minutinhos atrasada porque esqueci o Boleto Turístico no casaco que usei no dia anterior, que ficou no hostel e tive que voltar correndo para buscar. Ainda bem que ficava relativamente perto porque cheguei esbaforida na Plaza de Armas. Pela manhã visitamos uma feira próxima a Pisaq e o sítio arqueológico de Pisaq (com terraças impressionantes). Depois fomos almoçar em Urubamba no restaurante WillKamayo (buffet excelente com uma variedade grande de saladas, entradas, pastas, pães, pratos quentes, carnes: res, truta, lhama, vários tipos de sobremesas e chás). O valor normal do almoço é 25 soles, mas este estava incluído, então não precisei pagar nada. O restaurante também tinha um pátio interno com um jardim lindo, cheio de flores e bancos para quem quisesse sentar ao sol. Nossa parada seguinte foi Ollantaytambo, com mais características tiwanaco do que incas, na minha opinião. A cidade inteira é considerada patrimônio histórico, pois existem construções incas fora do sítio arqueológico. Cidade muito charmosa, cortada pelo rio Urubamba com, aparentemente, bons restaurantes e hotéis. Parece ser um lugar muito bom para passar uns dias e é possível pegar um trem para Águas Calientes (cidade mais próxima de Machu Picchu). :'> :'> A última parada foi Chinchero, onde também foi construída uma igreja sobre construções incas. Cheguei em Cusco às 19:10. Depois que cheguei ainda tive que fazer um saque de emergência do VTM porque o Lucas descobriu que o pessoal da agência não tinha conseguido sacar o valor adiantado do passeio e teríamos que acertar este valor. Sorte foi acharmos uma Western Union aberta aquela hora. Achamos uma fármacia 24 horas que era também uma agência da Western Union (estranho.... ) na Calle Maruri. Fomos procurar um lugar para comer e depois voltamos para o hostel, pois além de estar realmente cansada, teríamos que acordar na madrugada do dia seguinte e ainda deixar tudo arrumado nas mochilas. Achamos um café bem simpático na Plaza de Armas (preferimos um lanche), o Cappucino Café. Existem vários bares, restaurantes e cafés ao redor da Plaza de Armas, boas opções e não são caros. Gastos do dia: Café da manhã (suco, queijo quente, balde de café com leite e salada de frutas): s/ 8,50 Lavanderia hostel: s/ 4 Hostel Porta (2 noites): s/ 60 Compras para trilha (água, papel higiênico, barrinhas cereal, etc): s/ 8 Citar
Colaboradores aledborges Postado Fevereiro 28, 2011 Autor Colaboradores Postado Fevereiro 28, 2011 [t3]16º dia – 05.05.2010 – Cusco – Início da trilha Salkantay[/t3] Acordei às 3:30 para tomar um banho daqueles, pois não teria um banho decente pelos próximos dias, e para terminar de ajeitar as tralhas. Deixamos no hostel (guarda-volumes) duas sacolas imensas com coisas que não íamos precisar. O pessoal passou de van para nos buscar às 4:20 da madruga, buscamos mais algumas pessoas e fomos rumo à Mollepata. A trilha caminhada (trilha) começa mesmo em Mollepata. Primeiro você vai por uma estrada de chão até um trecho, depois corta por algumas trilhas e depois mais estrada. A maior parte do trajeto do primeiro dia é em estrada de chão, mas com muitas descidas e subidas. Chegando em Mollepata fomos tomar um merecido café da manhã (não incluso) enquanto os guias foram providenciar as coisas para a caminhada (suprimentos, cavalos de carga, etc). Cada trilheiro tem direito a levar 5kg de bagagem no cavalo de carga. As nossas mochilas passaram disso, mas como tínhamos o cavalo extra, não deu problema. Como o Lucas não estava muito bom do joelho ainda, carreguei todas as tralhas na minha mochila (água, filtro solar, etc). Isso que é amiga né!? hehehe O grupo que nos acompanharia nesses 5 dias (4 de caminhada e 1 em Machu Picchu) era relativamente grande e bem eclético: 3 franceses, 1 alemã, 2 australianos, 3 argentinos, 1 israelita e mais os 3 guias, 1 cozinheiro e 1 ajudante (cavalos). Há, e nós: 2 brasileiros, é claro. Um dos guias estava acompanhando exclusivamente os franceses, pois 2 deles não falavam inglês. Mas o guia do grupo mesmo era o Simon, mais conhecido como Puma. Muito simpático e solícito. Nessa parte da manhã até a parada para o almoço, paramos uma única vez para descansar. E nessas paradas ao longo da trilha, existe sempre uma casinha/barzinho onde dá para comprar água, sucos, etc. Nós compramos um gatorade. Fiquei impressionada em ver como o serviço funciona muitíssimo bem, pois quando chegamos, o almoço já estava praticamente pronto. E não é um lugar preparado e equipado não. Eles carregam tudo nos cavalos, disparam na frente (muito rápidos), chegam no local, descarregam tudo que precisam e fazem tudo ali, na hora. E a comida era muito boa....nham...nham. Paramos para o almoço às 12:30. A comida foi um pratão de sopa e depois arroz com picadinho de carne e batatas, com suco. Depois da sopa, eu já estava satisfeita. Quando chegou aquele pratão de arroz com carne, nem acreditei. Depois do almoço descansamos apenas alguns minutos para retomar a caminhada que, depois daquela comilança, foi bem sofrida. Observei que a estrada estava bem destruída em função das chuvas ocorridas em Janeiro. O Puma disse que houve muitos desmoronamentos naquela região. Chegamos ao local do acampamento às 17:30. Ainda estava claro, mas começava a anoitecer. O local era incrível e ficava ao pé da cadeia de montanhas nevadas que forma o Salkantay. Simplesmente lindoooo!!!! Quando chegamos, as barracas já estavam montadas, com os isolantes dentro. Credo, não tivemos trabalho com absolutamente nada! A pior parte de se acampar, que é montar e desmontar tudo, não era problema nosso, o que foi uma maravilha, claro. Caminhamos 16km neste dia, com muitas subidas. Nos chamaram para lanchar às 18h. Tinha biscoitos, chá, café com leite, pipoca, etc. Como eu achei que já era o jantar, comi um montão, mas às 18:40 mais ou menos já nos chamaram para o jantar: um prato de sopa de entrada e depois arroz com frango cozido e chá, muito chá. Gente, era muita comida...muita, muita comida. Fomos dormir bem cedo, pois não tinha luz elétrica, e também o cansaço nos venceu depois de um dia inteirinho de caminhada. O banho foi na base dos lencinhos umedecidos (minha salvação). :'> :'> Leve muitos lencinhos umedecidos!!!! Passei muito, muito frio essa noite. Tive que acordar durante a madrugada para colocar mais uma calça e mais um par de meias. A dica é levar um saco de dormir que aguente temperaturas negativas ou alugar um lá. Gastos do dia: Café da manhã em Mollepata: 15 soles Gatorade: 5 soles [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228110231.JPG 500 375.560538117 Legenda da Foto]Vista da minha barraca na 1ª noite[/picturethis] Citar
Colaboradores aledborges Postado Março 1, 2011 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2011 [t3]17º dia – 06.05.2010 – Trilha Salkantay (2º dia)[/t3] Fomos acordados às 5:40 com chazinho de coca na porta da barraca. Pode um negócio desse!? Um luxo só! Tomamos o chazinho, arrumamos nossas mochilas e tomamos o café da manhã, também muito bem servido. Tinha café com leite, chá, pão, margarida, geléia de morango e panquecas!!! Sim, panquecas! E com doce de leite. :'> :'> :'> Começamos a caminhar às 8h mais ou menos. Essa manhã foi bem árdua, pois tinham muitas subidas. Subimos só pela manhã, aproximadamente 900m, chegando a 4.600m de altitude, o ponto mais alto de toda a trilha. No entanto, embora muito difícil, a vista valeu todo o esforço. Víamos os cumes das montanhas nevadas ao nosso lado.....incrível! Ainda na parte da manhã, começamos a descer, descer. Chegamos ao local do almoço já no início da tarde. Como sempre, estava quase tudo preparado. A comidinha foi sopa de entrada e depois um prato de arroz com bife acebolado com cenoura e um creme de batatas. Delícia! Tanto na Bolívia quanto no Peru, o consumo de sopas é muito comum. Eles comem geralmente como entrada no almoço e jantar. Depois de descansar um pouco, caminhamos mais umas 3 horas, praticamente só descendo, até o acampamento. Esse dia foi bem divertido, pois fizemos o lanche regado à pisco sur (um drink típico preparado com pisco – parecido com a nossa caipirinha) e depois ficamos até tarde fazendo brincadeiras, rindo e conversando ao redor de uma fogueira. Jantamos ali mesmo ao redor da fogueira: sopa, depois espaguete e desta vez com sobremesa, um creme feito de Maiz Morado (parecido com um creme de quentão, mas sem álcool). Nesse dia eu achei que o tal do Maiz Morado fosse uma fruta, pois eles tomam até suco disso, mas descobrimos depois em um supermercado de Arequipa, que é um milho roxo. No mínimo, diferente. Nesse dia caminhamos aproximadamente uns 18km. Citar
Colaboradores aledborges Postado Março 1, 2011 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2011 [t3]18º dia – 07.05.2010 – Trilha Salkantay (3º dia)[/t3] Acordamos às 6h, também com chazinho na barraca, arrumamos as mochilas e fomos tomar café: serviram, além do normal (pão, café, etc), uma bebida típica, estimulante, feita com uma raiz e omelete com queijo. Fizemos um alongamento em grupo, guiado pelo Tony (australiano – casal que estava passando a lua-de-mel no Peru, muito romântico), e começamos a caminhar umas 8:30. Caminhamos umas 4 horas mais ou menos, com mais uma hora de intervalo nesse período. O trilha do 3º dia é mais tropical e úmida pois não está em uma altitude tão elevada em consideração ao 2º dia. Chegamos ao acampamento às 13:15 mais ou menos e poderíamos descansar o resto da tarde. A caminhada nesse dia, embora quase tão extensa quanto os outros dias, 12km aproximadamente, foi mais tranquila. Ainda encontramos uma moça vendendo granadillas no caminho e foi aquela recompensa!!!! Assim que chegamos, alguns foram tomar banho no rio, mas a água era muitíssimo gelada e eu não poderia usar xampu, sabonete e tal (artigos quase necessários nas condições em que se encontrava meu cabelo!!!), então fui tomar banho no acampamento mesmo. Bom, era um cano que saía água, então acho que a temperatura da água não era muito diferente da do rio, mas já valeu. Um banho com água depois de dois dias caminhando e usando só lenços umedecidos foi renovador, mesmo a água sendo congelante. Depois do banho uma jogatina com o tradicional cafezinho com pipoca. O jantar farto, com macarrão, quinua, salada, mandioca frita, foi regado a vinho, muitos risos, dança (samba) e brincadeiras. Nesse dia eu provei a famosa Inka Cola. Não achei grandes coisa e tem gosto de chiclete de tutti-frutti. Gastos do dia: Granadilha: 1 sol Inka Cola e água: 3 soles [picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110228214447.JPG 500 375.560538117 Legenda da Foto]Ainda estrago das chuvas de janeiro.[/picturethis] Citar
Colaboradores aledborges Postado Março 1, 2011 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2011 [t3]19º dia – 08.05.2010 – Trilha Salkantay – Águas Calientes (4º dia)[/t3] Acordamos com o costumeiro chazinho às 6, arrumamos as mochilas e fomos tomar café da manhã, dessa vez com panquecas (dilícia!). Neste dia fomos de van até Santa Tereza, uma van um tanto quanto peligrosa, eu diria, mas ainda é melhor que andar todo o trajeto. Também existe a opção de ir todo o caminho à pé, mas é pela estrada, então não tem muita graça. Chegando em Santa Tereza você deve atravessar o rio em uma cadeirinha toda aberta (detalhe) suspensa por um cabo de aço. Depois de atravessar o rio, caminhamos até a hidrelétrica (40min), onde almoçamos a marmitinha entregue antes de sair do acampamento (arroz, empanado de frango e suco de caixinha) e caminhamos mais 2h30min até Águas Calientes (seguindo os trilhos do trem na maior parte do caminho). Detalhe: Nessa trilha já dá para avistar Machu Picchu (maravilhosa e imponente!!!). Na chegada à Águas Calientes, fizemos o check-in no hotel e fomos nos deliciar nas águas termais (não sou muito chegada, mas ir até lá e nem experimentar, não tem graça nenhuma). O grupo foi a sensação da piscina, pois todos morreram de inveja da massagem coletiva. Nossa proximidade e sintonia depois de tantos dias caminhando juntos foi mais um ponto incrível desta aventura! O jantar desta noite também é incluído no pacote, então todos jantamos juntos em um restaurante da cidade, o Chaski. Comida muito boa, com direito a entrada, prato principal e sobremesa. Gastos do dia: Gorjeta aos carregadores: 30 soles Água: 1,5 soles Transporte até Santa Tereza (van): 10 soles Água: 3 soles Tampico: 5 soles Entrada nas águas termais: 10 soles Café com leite: 8 soles Internet: 2 soles Citar
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