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  1. Relato de uma viagem feita sozinho durante 2 meses no México entre os dias 02/02 e 29/03/2023 e entre 12/04 e 15/04, após uma passagem pela Guatemala. Muitas das informações aqui apresentadas já foram em parte compartilhadas no meu Instagram de viagens: https://instagram.com/viajadon_/ ⚠️ Considere essa viagem como complementar a outra viagem pelo México, de também quase dois meses, feita em 2019. O relato sobre essa viagem pode ser lido em https://www.mochileiros.com/topic/87583-méxico-em-58-dias-pirâmides-pueblos-mágicos-cachoeiras-cenotes-museus-e-praias-com-mapas-e-muitas-fotos-e-dicas/page/2/ Obs.: os preços informados são em peso mexicano. Obs 2: os meus relatos costumam ser objetivos, sem tantos detalhes das experiências subjetivas e com foco nas informações básicas das atrações visitadas. Porém, em alguns dias, como no dia da Cascada de Tamul, encontrará um texto mais prolixo, com mais de detalhes das minhas experiências. PRINCIPAIS CIDADES/REGIÕES VISITADAS (em ordem de deslocamento): Cancún - Playa del Carmen - Cozumel - Mérida (+Dzibilchatun e Izamal) - Campeche (+Edzna) - Xpujil - Calakmul - Vilahermosa (+Comalcalco) - Xalapa (+Xico) - Tampico - Ciudad Valles (Huasteca Potosina) - Zacatecas (+Susticacan e Jerez) - Saltillo - Monterrey (+Santiago e Garcia) - Creel - Divisadero (Parque Barrancas del Cobre) - Areponamichic - Urique - Baiuchivo - El Fuerte - La Paz (Baja California) - Todos Santos - Cabo de San Lucas - Mazatlan - Puerto Vallarta - Punta de Mita - Sayulita - San Pancho - Guadalajara (+Ajijic, Chapala e Tequila) - Morelia (+Patzcuáro, Tzintzuntzan e Cuitzeo) - Cidade do México (+Tula de Allende e Tepoztlan) - Taxco - Comitan de Dominguez MAPA GERAL COM AS CIDADES VISITADAS: Disponível em: https://www.google.com/maps/d/edit?mid=1jZcJcpPJFxLCKc0Us6tpL9A5bPzCaro&usp=sharing ITINERÁRIO: Planilha para dowload com mais detalhes e infos de refeições e hospedagens: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1waDMfQMPydJy4iJDYq6PXsPPpZeQ4t10/edit?usp=sharing&ouid=103098444594684776713&rtpof=true&sd=true INFORMAÇÕES BÁSICAS (em boa parte copiado do relato de 2019) VISTO MEXICANO - Quando comprei minha passagem na Black Friday, acabei esquecendo que o México estava exigindo visto de brasileiros. Só fui ser lembrado disso na segunda semana de dezembro, sendo que minha passagem era para fevereiro. Confesso que bate um certo medo. Fui pesquisar sobre como estava o processo de obtenção do visto e passei da sensação de medo para o desespero. hahahaha Muitos eram os relatos de pessoas que não estavam conseguindo agendar a apresentação da documentação nos consulados do RJ e SP ou na Embaixada de Brasília, mesmo com casamento marcado, ou ainda eram comuns os relatos de pessoas que estavam tentando há meses e não conseguiam resposta. - Meu primeiro passo: foi tentar fazer da forma oficial via sistema eletrônico de agendamento pelo site da Embaixada. Esperei o dia de abertura das vagas e simplesmente não consegui avançar no processo no site. Isso batia exatamente com os relatos de muita gente. Então, aquele desespero passou a ser uma convicção de que não conseguiria o visto dentro de dois meses até a minha viagem. - Resolvi, então, mandar um e-mail para o endereço de e-mail do Consulado (um que tem @sre.gob, que não vou escrever aqui para não possibilitar o rastreio e atrapalhar nos próximos pedidos) informando que tinha um emprego aqui, que queria apenas viajar ao país a turismo e informando que podia comprovar qualquer exigência para obtenção do visto. Para minha surpresa me responderam dentro de 3h e marcaram a minha entrevista para quatro dias depois. Detalhe: enviei em uma quinta-feira e marcaram para segunda. - Fui no período da manhã, com todos os documentos exigidos e com o dindin na conta para pagar a taxa de U$$48 via pix, e no mesmo dia, ao final da tarde, pude buscar o meu passaporte, que havia ficado retido, com o visto carimbado. Ô, alívio danado! - Aparentemente o sistema melhorou de lá para cá, então pode ser que não passem por essas dores de cabeça. POVO MEXICANO - Os mexicanos são muito acolhedores, honestos e simpáticos com o turista brasileiro de forma geral. - No país encontrará pessoas falando outras línguas, além do espanhol, como nahuatle (em El Tajín e em pueblos do estado de Puebla), tsotsil (San Cristóbal de las Casas) e outras línguas da família maia. CÂMBIO - A melhor opção atualmente é levar dólar em cartão de conta global e sacar em pesos em caixas eletrônicos. Assim é possível pegar boas cotações do dólar antes da viagem. Entretanto, é importante ficar atento ao limite de saque e às taxas cobradas nos caixas eletrônicos (dois que achei em conta foram BanCopel, $29, e Banorte, $48). Há também a opção de usar o próprio cartão de débito da conta global, porém muitos locais no México não aceitam cartões e muitos que aceitam cobram taxas desencorajadoras. - Complementarmente, leve dinheiro em espécie em espécie, mas não leve reais e muito menos leve pesos mexicanos comprados aqui no Brasil! - Apesar de ter lido em um relato que o euro era mais vantajoso do que o dólar na conversão para pesos mexicanos, não verifiquei isso em nenhuma casa de câmbio. Sendo assim, o conselho é levar dólares. - Melhores cotações ao longo de toda a viagem nas casas de câmbio do Terminal 1 do Aeroporto. Atenção que o seu voo chegará no Terminal 2, onde as casa de câmbio oferecem cotações menos favoráveis. Para ir ao 1 procure pelo Aerotrem (trem de conexão entre os terminais). Ao chegar no túnel de acesso ao Aerotrem, te pedirão a sua passagem. Informe que você acabou de chegar de viagem e que quer ir às casas de câmbio (deu certo comigo e acho que geralmente dá com qualquer um). - Se chegar ao país via Cancún, na cidade provavelmente a melhor opção para câmbio é o Mercado 28, ao menos foi isso o que achei em pesquisar em fóruns. Agora se logo em seguida, for a Playa del Carmen, deixe para fazer o câmbio lá. Na cidade a melhor opção era o Banco Azteca, porém as casas de câmbio convencionais também tinham cotações melhores do que as que vi em Cancún. PREÇOS - O México em 2023 já não é mais barato do que o Brasil de forma geral. Os preços de transporte, hospedagem, alimentação e transporte serão discutidos nos tópicos a seguir. TRANSPORTE - O México é muito bem atendido por linhas de transporte. Mesmo entre cidades pequenas no interior costuma haver transporte regular (geralmente kombis) e entre várias cidades, há opções de ônibus executivos confortáveis do grupo de empresas da ADO, da Futura ou do grupo da Estrella Blanca, com preços mais ou menos correspondentes aos praticados no Brasil. - Para se locomover entre cidades do circuito turístico nos estados ao norte da Cidade do México (até San Luis de Potosí) ou entre a Cidade do México e Puebla ou Oaxaca, encontrará opções mais econômicas no Bla Bla Car (app de compartilhamento de carona). No app, muitas vezes a viagem sai por um terço do preço dos ônibus regulares e além disso, vc ainda pode conhecer pessoas massa, como aconteceu na viagem até Querétaro, em que conheci dois mexicanos e um belga super "chidos", que depois ainda tomaram uma cerveja comigo. - Para viajar para alguns pueblos, muitas vezes haverá apenas opção de colectivo (kombi ou van) ou em caso extremos haverá apenas opção de caminhão (pau de arara), como entre Laguna Miramar e Ocosingo. Às vezes a única opção de transporte regular (nos dois sentidos da palavra) pode ser também a carroceria de uma camionete, como para visitar Toniná partindo de Ocosingo (locais visitados na viagem passada). - Uma forma bastante popular de se viajar, especialmente em ou entre cidades pequenas é o táxi coletivo. São basicamente táxis que circulam meio que como vans ou ônibus pegando mais de um passageiro. Em algumas situações colocam até 5 passageiros, sendo dois na frente (sim, há um banco adaptado em cima do freio de mão 😂). - O transporte dentro da Cidade do México é muito barato! O metrô custa apenas $5. - Para viajar entre cidades, o preço da passagem está bastante cara. Algumas viagens que fiz em 2019 custavam 3 vezes mais em 2023. Dicas para economizar: a) cheque o Bla Bla Car antes de comprar passagens de ônibus; b) nos estados de Chiapas, Campeche, Quintana Roo e Yucatán, verifique sempre se há opção de colectivo, além do ônibus (é mais desconfortável, mas às vezes muito mais em conta e com saídas mais frequentes); c) sempre quando for comprar passagem de alguma empresa do grupo ADO (OCC, AU e a própria ADO), cheque o site com ao menos 3 dias de antecedência, pois geralmente há cotas promocionais que reduzem o preço em até 40-50%; e c) ao comprar passagem em terminal rodoviário, cheque sempre se não há outra empresa que faz o percurso. Se houver apenas um atendente para passar informações de várias empresas, geralmente te informará apenas o custo da viagem com horário de saída mais próximo. Geralmente há outras empresas com ônibus simples, sem banheiros, porém com poltrona confortável, que fazem o mesmo trajeto das empresas mais caras HOSPEDAGENS - As hospedagens atualmente não são muito baratas. Poderá encontrar em cidades de grande ou médio porte, fora do eixo mais turístico no litoral, hospedagens com preço em torno de $150. Já no litoral da Península de Yucatan dificilmente encontrará por menos de $250. Em cidades turísticas de menor porte, espere algo em torno de $180. - Em alguns pueblos e cidades menos turísticas pode ser que não encontre hostels. Neste caso, confira o Airbnb se quiser reservar com antecedência e espere pagar a partir de $250. ***Para fazer a sua primeira reserva pelo Airbnb, use o link abaixo, que vc ganhará desconto (e eu tbm e nós dois ficaremos felizes 😄) https://abnb.me/e/lJ7ccVuYnZ - Dica importante: caso esteja viajando em baixa temporada, sem muita preocupação com disponibilidade de hospedagens, deixe para pagar a diária do hostel a cada novo dia, sempre conferindo o preço no Booking. Podem aparecer promoções de apenas uma diárias nas hospedagens. Essa é a regra, porém quando o valor inicial já está absurdamente barato, pode ser melhor reservar logo para vários dias, com atenção a qualquer alteração nos valores das diárias para este maior período. ***Para fazer a sua reserva pelo Booking, use o link abaixo, que vc ganhará desconto (e eu tbm e nós dois ficaremos felizes 😄) https://booking.com/s/67_6/andes019 p.s.: Ao final do relato, encontrará a lista de todas as minhas hospedagens. COMIDAS E BEBIDAS - Para ver informações sobre as refeições e restaurantes, acesse a planilha. - É bom ter um glossário de comidas mexicanas! Muitas coisas são bem parecidas. Às vezes só de acrescentar um item em alguma coisa, esta já recebe outro nome. - Ser vegetariano no México às vezes é um pouquinho complicado se você não está na pilha de fazer sua própria comida. - Comidas de rua e refeições em mercados (tipo os nossos mercados municipais) são bem econômicas e em geral os restaurantes chiques custam menos do que muitos restaurantes razoáveis do Brasil. - Um outro atrativo do México para mim são suas simpáticas padarias. Muitas delas vendem apenas opções de pães doces com preços geralmente super em conta! Em Orizaba, por exemplo, paguei $5 (!) por três tipos diferentes de pães doces. - Pimenta! 🌶️ Sim, os mexicanos realmente amam pimenta. Tudo o que você pede pode levar pimenta no seu preparo, até mesmo uma raspadinha de gelo ou frutas no copo. É comum também ter à disposição molhos de pimenta verde ou vermelho de preparo próprio. Caso vc não curta pimenta, relaxa que geralmente as comidas não vêm apimentadas da cozinha (exceto o "mole" ou alguns pratos típicos que são feitos à base de pimenta), mas é sempre bom perguntar. - Outra coisa interessante é que nos menus (combos de comidas), o arroz às vezes pode vir como opção de segundo prato, após a entrada (geralmente uma sopa ou caldo) e antes do prato principal. - Ah, e esqueça o tradicional arroz nos pratos. Os mexicanos muitas vezes usam as tortillas como base dos seus pratos. Às vezes quando o prato vem com arroz, eles inclusive o colocam na tortilla. hahaha - Há diversos tipos de antojitos (classe do comidas dos tacos e quesadillas). Tive dificuldade para diferenciar um de outro algumas vezes, mas tranquilo, já que os próprios mexicanos quando questionados sobre as diferenças fazem confusão. hahahaha - Em relação à bebida, o preço da cerveja é mais ou menos o mesmo do Brasil (aqui é um pouco mais barato). Uma garrafa de 1,5 L de água custa geralmente entre $12 e $20. Refrigerante eu não sei, mas dado o alto consumo mexicano (mais do que 6x a média mundial), acho que é bem barato. - Os mexicanos também são doidos por suco! Nas ruas geralmente há várias banquinhas de suco. Na verdade, o suco lá geralmente é feito com fruta em infusão durante um bom tempo e se chama "agua (de sabor)". Já os sucos de pura fruta, sem adição de água, que são chamados de "jugo". - Outra coisa que os mexicanos amam é tamarindo. Há inclusive um preparo tipo uma calda muito popular à base de tamarindo e pimenta, chamado "chamoy", que eles usam em diversos alimentos. Os doces feitos com a fruta, especialmente os picantes, são deliciosos! 🤤 - Paleta! Sim, o termo "paleta" não é invenção de empreendedor brasileiro. Os picolés mexicanos realmente se chamam "paletas". Os de fruta são deliciosos! Mesmo aqueles baratinhos de carrinhos de rua são super saborosos. Eu costumava curtir mais as paletas de fruta (especialmente as com pimenta) do que os sorvetes ("helado" se for à base de leite ou "nieve" se for à base de água). Bem acho que é isso... segue aí uma listinha de coisas que comi ou bebi com um breve comentário (na lista foram acrescentados itens consumidos na viagem de 2019): - Arroz a la tumbada: meio que uma canja com peixe, marisco, camarões e caranguejo. Muito boa! Típica de Veracruz. - Bocoles: tortilhas de milho pequenas recheadas. - Camote: doce de batata doce vendido em Puebla. - Campechana: espécie de ceviche com os mariscos, peixe e camarões cozidos antes de fazer o preparado. - Capirotada: pão frito com frutas secas e coco, banhado em rapadura. Delicioso demais! - Cemita poblana: pão tipo "brioche" (desses com gergelim usados para sanduíches). Também é o nome do sanduíche em si, muito popular em Puebla, o qual leva carne de porco, queijo, abacate e pode levar pimenta. É bom, mas é só um sanduíche em torno do qual o povo local cria todo um "hype". - Chalupas: massa de milho frita recoberta depois com um molho e ingredientes a gosto. Parece com salbute. - Chamoyada: raspadinha de gelo com pimenta. Pode ser também sorvete com chamoy (molho citado mais acima) e miguelito (espécie de açúcar apimentado). - Champola: sorvete com leite, canela e baunilha. Não curti porque o sabor do leite sobressai demais e a baunilha não aparece. - Chapulines: grilos fritos. É gostoso, mas o sabor é forte e enjoativo. - Chicatanas: formigas fritas. Curto demais! - Cochinita pibil: carne de porco cozida por mais 12h, que fica desfiada e bastante suculenta. Comum em Yucatan. - Corundas: parecem as nossas pamonhas de sal, só que pequenas e de formato triangular. Típica de Morelia. - Elotes e esquites - milho com limão, pimenta, maionese e queijo. Esquites é a versão com o milho no copo. Delícia demais! - Enchilladas: tortilla enrolada com algum recheio e coberta com molho de pimenta ou tomate. - Enfrijoladas: tortillas cobertas e recheadas com feijão amassado. - Flor de calabaza: flor de abóbora refogada. É bem gostosa e geralmente é servida em tortillas. - Gaspacho: salada de frutas com molho de pimenta, miguelito, suco de laranja e de limão e queijo ralado. Estranhamente muito gostosa! Típica de Morélia. - Gordita: tem a versão de nata, que é tipo um pãozinho doce feito à base de nata e que pode ser recheado com geleias, doce de leite ou nutella; e tem a versão salgada, que é massa de milho frita e recheada. Ambas eu achei bem gostosas. - Habas: favas grandes salgadas, vende-se em lugares que tbm vendem amendoim. - Huaraches e sopes: para mim são iguais, mas têm um formato diferente. Tortilla de milho, com feijão, alface e queijo. - Huazontle: empanado recheado com queijo feito com uma folha fibrosa (o próprio huazontle) que se parece brócolis . Não curti muito! - Huitlacoches: fungo que dá no agave. Uma delícia nas tortillas. - Itacate: antojito feito com tortilla de milho super delicioso. Encontrei apenas no mercado de Tepoztlan. - Memela: massa de milho frita coberta com feijão e molho verde ou vermelho. O que eu comi perto do Balneario Axocopan em Atlixco foi o antojito mais gostoso de toda a viagem. - Molletes: pão com queijo, tomate, alface, que lembra uma bruschetta. - Molote: tipo de antojito frito parecido com quesadilla. Gostoso! - Nopales: folha de palma mto negligenciada aqui no Brasil, mas super populares no México. São servidas em antojitos ou em pratos. Eu adoro! - Palanqueta: parecem barrinhas de cereais feitas com semente de amaranto. Eu acho gostosas. - Pan de espelon: tamal com feijão preto e lomitos (carne assada). Muitooo bom! Popular em Yucatan. - Pan de pulque: é um dos melhores pães doces que comerá na vida! Popular em Saltillo. - Panucho: taco com feijão colado frito em óleo de banha de porco. Leva em cima alface, tomate e abacate no caso do pedido sem carne de porco. Bem gostoso! Popular em Yucatan. - Papadzules: parecem panquecas recheadas com ovo duro e com molho de tomate por cima. Não curti muito! Popular em Yucatan. - Pipián: molho a base de semente de abóbora. Popular em Cuetzalan. - Polcanes: espécies de bolinhos de milho fritos recheados com carne de porco desfiada. Não curti! Popular em Yucatan. - Pozole: sopa geralmente feita com carne e milho branco grande. Em Cancún, comi um de camarão. - Relleno negro: parece um caldo feito com carne de perú, com tomate, feijão adocicado, salsa e queijo. Sabor forte. Muito gostoso! Popular em Yucatan. - Salbute: parece o panucho, mas não se coloca o feijão na hora de fritar. - Sopa de lima: sopa rala de frango, com tomate, cheiro verde e lima. - Tamal chachacua: tamal feito enterrado em chão com pedras quentes, geralmente recheado com carne de porco e frango. Muito bom! Popular em Yucatan. - Tamal de macalun: com hoja santa, semente de abóbora. Muitooo, muito bom! Popular em Yucatan. - Tamal vaporcito: feito no vapor. Gostoso.Popular em Yucatan. - Tlacoyos de requesón: um dos antojitos mais gostosos que comi. São encontrados na Cidade do México. - Tlaxcalli: antojito feito com massa de milho e mais 21 ervas acompanhado de diferentes opções de cobertura como carne, queijo e cogumelos. Um dos antojitos mais deliciosos! - Tlayuda: massa de milho verde frita com cobertura de feijão e outras coisas que são vendidas nas ruas de Cidade do México. Essa eu achei ruim. Já a tlayuda de Oaxaca são gostosas, parecem tortillas grandes dobradas e recheadas com feijão, alface, abacate, tomate e queijo (e carne). - Torta ahogada: sanduíche de frango ou carne de porco picada feito com um pão similar ao pão de sal (pão francês ou outro nome dependendo do local do Brasil) banhado em molho de tomate e salpicado com cebola picada. Não gostei muito já que o pão fica muito esponjoso e desmonta fácil. Típica de Guadalajara. - Uchepo: parece a nossa pamonha de doce, porém tem um formato cilíndrico. Típica de Morelia. - Volovan: uma espécie de pastel/empanada folheada bem gostosa. - Zacahuil: tamal gigante recheado com muita carne de porco. Vem acompanhado com cenoura e conserva de cuerito (couro de carne de pouco em conserva...isso não é bom, não! hehehe). Frutas: - Huaya: frutinha verde que parece pitomba, também conhecida como mamomcillo - Mamey: fruta grande cujo sabor lembra um pouquinho o de mamão. Achei deliciosa - Nanche: murici - Tuna: fruta do cactus que eu não curti Bebidas: - Atole - bebida feita a base de milho; a de cacahuate (amendoim) é uma delícia. bebida deliciosa com tequila, refrigerante de limão, laranja, toranja, limão, sal e aquela bordinha de copo apimentada - feita a base de milho; a de cacahuate (amendoim) é uma delícia. - Cantarito: bebida deliciosa com tequila, refrigerante de limão, laranja, toranja, limão, sal e aquela bordinha de copo apimentada - Lechuguilla: bebida de agave fermentada, que lembra um pouco o hidromel. É vendida em pacotinhos e é típica do estado de Jalisco. Não curti! - Michelada: mistura de cerveja com limão, pimenta, sal e molhos variados. Acho ideia errada demais! - Pozol: é uma bebida de milho com cacau parecida com o tascalate. É gostosa, mas é enjoativa. Há também a versão branca, com coco, que não achei gostosa. Popular nos estados de Chiapas e encontrada também em Quintana Roo e Yucatan. - Pulque: bebida alcoolica meio azeda feita a partir da fermentação do agave. Eu gostei da versão com fruta. - Rusas: bebida de água gaseificada ou refri de limão ou sangria com limão, pimenta e sal. É uma delícia! - Tascalate é uma bebida de chocolate feita a partir de uma mistura de milho torrado, chocolate, pinhão moído, achiote, baunilha e açúcar. Bem gostosa, mas o gosto é forte e enjoativo. Popular em Chiapas. - Tejuíno: bebida de milho fermentada em que se agrega limão, sal, açúcar e, em alguns locais, sorvete de limão. Super deliciosa! Típica de Guadalajara. - Tepache: bebida fermentada geralmente de abacaxi. Eu gosto, mas não é um sabor agradável para todos. - Tuba: bebida fermentada de seiva de palma. Te um sabor agridoce forte. Não curti! - Yolixpa: bebida alcoólica indígena a base de 23 ervas vendida em Cuetzalan. Achei super gostosa! ROTEIRO DIA 1) BRASÍLIA - CANCÚN - PLAYA DEL CARMEN Cheguei em Cancún às 10h40. Peguei o ônibus da ADO até o centro (melhor opção para sair do aeroporto) e em seguida caminhei até o Mercado 28 para trocar dólares. Depois acabei me arrependendo de fazer o câmbio na cidade, já que as cotações em Playa del Carmen eram melhores (ver tópico Câmbio mais acima). Em seguida almocei um bom pozole de camarón no mercado (daqui em diante, ver a planilha para obter mais detalhes sobre refeições). Em seguida fui a Playa del Carmen, onde relaxei na praia central durante a tarde e depois curti o movimento no Parque de Los Fundadores, onde está a famosa escultura Portal Maya. A cidade acabou não me agradando muito. As praias urbanas, apesar da água azul, não são muito bonitas e são muito cheias de gente. Além disso, a cidade é muito artificial e comercial, tendo um calçadão cheio de lojas e de bares de balada como seu maior atrativo. Há quem goste, mas eu não curto esse tipo de turismo. DIA 2) PLAYA DEL CARMEN: AKTUN CHEN E PRAIA XCACEL Dia de conhecer o incrível cenote de Aktun Chen e a bela praia de Xcacel. Primeiro peguei um colectivo (van) no local indicado como "colectivo station" no Google Maps, na intersecção da avenida 1 com a av. 45, com direção a Aktun Chen ($40, 1h de viagem). O coletivo deixa na porta e depois um carro do local te leva até a base de visitantes. O cenote fica em um parque particular que também tem como atrativo um passeio por cavernas com vários espeleotemas e que inclui uma passarela por cima da água de um cenote fechado (não épermitido entrar na água). Esse passeio foi eleito pela National Geographic como um dos top 10 passeios subterrâneos do mundo. Essas listas são bem enviesadas, mas confesso que fiquei curioso para conhecer, mas não fiz o tour pq achei muito caro (520 pesos, cerca de 27 dólares) e depois de conversar com 4 pessoas, todas me falaram que o cenote era mais interessante. E vou te falar que valeu a pena demais a visita ao cenote! De todos os que já conheci no México (confira o relato da viagem passada para conhecer outros 11 cenotes), este é definitivamente o mais bonito! É um cenote do tipo semifechado com muitas estalactites. A iluminação é principalmente artificial, mas há algumas entradas no teto por onde entra luz natural. Segundo alguns guias do local, o cenote tem quatro passagens (cavernas) subterrâneas, com muitos quilômetros de extensão. Um dos funcionários do local acabou me contando que o cenote foi aberto para visitação há 13 anos depois de removerem muito sedimento e galhos que havia dentro do local, algo que seria impensável no Brasil. Fiquei me perguntando se outros cenotes que visitei na viagem passada também passaram por esse processo... 💲O custo do cenote também é alto: 590 pesos (cerca de 31 dólares). 📍O cenote fica a cerca de 40 km de Playa del Carmen, na rota entre esta cidade e Tulum. obs: Cenotes são cavidades (ou dolinas) com água que aflora do lençol freático. Foram formados no passado a partir do colapso da estrutura rochosa de sustentação com a infiltração da água. Há cenotes de diferentes formatos: alguns são cavernas completamente fechadas contendo apenas uma entrada; outros possuem uma abertura no teto da caverna pela qual se entra a luz solar; e já outros são completamente abertos e cercados por vegetação. Estima-se que na Península de Yucatán há mais de 7 mil cenotes. Depois de conhecer o cenote. Tive a brilhante ideia de ir caminhando pela rodovia até a praia de Xcacel! Foram cerca de 3 km de caminhada em um solzão da porra! Era melhor ter esperado um colectivo. hehehe A praia conta com um projeto de conservação de tartarugas, com proteção das áreas de nidação e forte preocupação com a preservação ambiental da vegetação nativa. Não é permitido o acesso com bebida alcoólica, o consumo de comida é restrito em apenas uma área e ainda é proibido o uso de caixas de som (amém!). O acesso para a praia é pago. A taxa é de 105 pesos, o que dá mais ou menos 6 dólares. Eu nadei com snorkel tentando procurar tartarugas. Acabei não avistando nenhuma, mas vi muitooos peixes, inclusive em cardumes grandes. Achei a praia linda mesmo com essa faixa de sargaço que aparece na foto. Considerando as do dia próximo dia, essa é a que achei a mais bonita e ainda é uma ótima escolha para fugir da badalação das outras praias entre Playa e Tulum. 😍 Detalhe: o acesso à praia é 10h às 16h. 20230203_141124.mp4 Depois de conhecer Xcacel, retornei a Playa em um colectivo. DIA 3) PLAYA DEL CARMEN: AKUMAL, XPU-HA E PLAYACAR Dia de praias! Primeiro peguei um colectivo até Akumal na mesma estação do dia anterior. A praia é uma das mais badaladas da rota entre Tulum e Playa del Carmen. De areia branquinha e com alguns coqueiros, é muito procurada por quem quer ter a experiência de nadar com tartarugas, que chegam a regiões específicas da praia para se alimentarem de uma espécie de capim aquático. Esses locais de alimentação são restritos por boias e para acessá-los tem que pagar um guia, que fornece colete e acompanha o grupo nos locais. O custo é de 400 a 520 pesos (21 - 27 dólares). Caro bagarai, já que os locais ficam próximos da areia da praia. Eu preferi usar só o meu snorkel mesmo e mergulhar fora da área. Não vi tartarugas, mas vi várias espécies de peixes de tamanhos e cores variadas, uma lagosta gigante e ainda duas arraias. 😍 ah, vale dizer que só para acessar a praia, o custo é de 120 pesos ou 6 dólares e que a praia é margeada por alguns hotéis bem estruturados, mas rola de ficar na própria canga, sem pagar pela estrutura alheia. Em seguida, peguei outro colectivo até a praia de Xpu-Ha. Essa também é uma praia com acesso privado (50 pesos). Possui algumas barracas de praia com restaurante naquele esquema praia do nordeste do Brasil. Eu achei bem agradável e uma boa opção para quem gosta de praia com mais estrutura, mas ainda assim relativamente tranquila. Por fim, peguei um colectivo de retorno a Playa, onde fui a Playacar. Eu ouvi falarem muito bem dessa praia. No final, acabei não curtindo. O acesso é feito pela praia, passando o porto de Playa. Ao longo do caminho tem muitas casas e hotéis que avançam sobre a areia. A parte marcada como Playacar no Maps tem uma faixa de areia mais larga, mas basicamente é uma praia dos hotéis chicosos ali instalados. DIA 4) COZUMEL Dia de ir à famosa ilha de Cozumel partindo de ferry boat de Playa del Carmen. Assim que desembarquei na ilha, ainda na área do porto, percorri os stands de agências que oferecem o tours de barco passando pelo arrecife de Palencar e Colombia (parte de Palencar) e pelas prais El Cielo e El Cielito. Acho que como todos fazem a mesma rota, o negócio é procurar a opção mais barata. O preço inicial é 700 pesos, mas chorando eu consegui por 550. Esse é o passeio mais procurado em Cozumel. Muita gente faz bate-volta saindo de Playa del Carmen apenas para fazer esse passeio. Vamos aos locais visitados: a) Palencar (e Colombia) : ponto de snorkeling para avistar peixes em corais. Eu particularmente esperava mais desta parada. Vimos apenas fragmentos de corais e não havia tanto peixe assim. De qualquer forma, impressiona pela profundidade de visibilidade. b) El Cielo: ponto para avistar estrelas-marinhas. As estrelas ficam em um banco de areia e no local dá para avistar apenas elas e um ou outro peixe. A água nesse ponto é de um azul-turquesa incrível. c) El Cielito: parada em parte rasa para um lanche (ceviche com totopo (doritos)) em um local em que circulam muitas arraias e que tem um coloração de água linda. 20230205_134529.mp4 A duração do passeio é de 4h e inclui além do ceviche, 2 cervejas, 2 águas, 2 refris e marguerita. Como no meu barco não tinha marguerita, tive que tomar 4 cervejas. hehehe Depois do passeio, fui ao meu hotel, saí para fazer compras e mais tarde saí para jantar e conhecer um pouquinho do pacato centro de Cozumel, que contrasta bastante da orla com seus bares e restaurantes caros e voltados apenas para o turista endinheirado. DIA 5) COZUMEL: VOLTA DE BIKE NA ILHA, PASSANDO PELA PUNTA SUR Dia de um rolezão monstro de volta pela ilha com uma bicicleta alugada no hostel onde me hospedei: o Blue Magic Hostel. Paguei $100 no aluguel para o dia inteiro. Creio que esse era o melhor valor da ilha. Depois de pedalar 29 km por boas ciclovias, cheguei ao meu primeiro destino: Punta Sur Echo Beach Park. O parque é a maior reserva ecológica de Cozumel, com 95 hectares dedicados à conservação da fauna e do ambiente costeiro, tendo como atrativos áreas de praias lindas; o sítio arqueológico maia, El Caracol; a laguna Colombia onde são avistados crocodilos, tartarugas, flamingos nesta época do ano e diversas outras espécies animais; e ainda o farol Celarain, construído na década de 1930, que contém um pequeno museu. Definitivamente é um lugar imperdível para quem visita Cozumel! 📍Fica a cerca de 28 km do centro de Cozumel. Para ir até lá vc pode pagar um táxi, alugar carro ou scooter ou se ainda tiver um pouquinho de condicionamento físico, ir de bicicleta pelas planas e ótimas ciclovias da ilha, como eu fiz. 💲 308 pesos ou 17 dólares Depois de percorrer 6 km de estrada de terra dentro do o Parque, segui pedalando margeando a costa leste até chegar na rodovia que corta ilha por dentro, perpendicularmente. Das praias da costa leste, acho que as únicas que são atrativas e parecem boas de tomar banho são a Chen Rio e a San Martin, sendo esta com uma faixa de areia mais ampla e sem rochas ou corais na praia. 20230206_141815.mp4 No total, desde a saída até o retorno ao hostel, foram 68 km de pedal em uma bicicleta que tinha um banco estreito demais para uma pessoa sem bunda hahaha Resultado: dei uma leve machucada no cóccix. DIA 6) DESLOCAMENTOS ATÉ MÉRIDA Dia de deslocamentos até chegar a Mérida no final da tarde. Detalhes na seção Itinerário. Mérida é uma cidade que eu já havia visitado no mochilão anterior. É uma cidade que acho que tem um centrinho bem agradável e que tem bons atrativos. Retornei dessa vez basicamente para conhecer dois destinos que não havia conhecido na viagem anterior: Dzibilchatun e Izamal. DIA 7) MÉRIDA A DZIBILCHALTÚN E IZAMAL O primeiro destino do dia foi o sítio arqueológico de Dzibilchaltún (a 25 km de Mérida). Foi um pouquinho difícil de achar o ponto de saída do colectivo que leva inicialmente até a cidade de Chablekal ($8, 45 min de duração), onde se toma um tuk-tuk até o sítio ($20, 10 min de duração). Confiei em informação passada no hostel e acabei quebrando a cara. Fica aqui registrado o ponto de saída: rua 56 entre a 57 e 59, na placa mais próxima da 57. Dzibilchaltún significa na língua maia "Lugar onde há inscrições nas pedras", em alusão às inúmeras lápides comemorativas encontradas no local. No sítio, houve assentamentos possivelmente antes de 500 aC, até por volta de 1540 d.C. O povoamento cobria cerca de 19 km². A parte central é composta por inúmeras construções que cobrem cerca de 25 hectares. No restante da área existem complexos arquitetônicos dispersos com pirâmides e edifícios ovalados. Pode ter atingido uma população de até 40.000 habitantes, o que a coloca como uma das maiores cidades antigas da Mesoamérica. O destaque é o Templo de las Siete Muñecas, uma estrutura quadrangular que tem esse nome por terem encontrado ali uma oferenda de 7 Figuras Humanas de Barro. O sítio conta com um cenote que é considerado um dos mais profundos já encontrados. No seu interior foram achados vários objetos, possivelmente oferendas. Antes era possível nadar neste cenote, mas agora é proibido. Infelizmente o museu do sítio também está fechado. Somando o custo alto de entrada de $303 com todas as limitações atuais, acho que não vale a pena a visita. Depois de visitar o sítio, peguei uma carona até o ponto dos colectivos e retornei à Mérida para pegar um ônibus ($36) no Terminal Noreste e percorrer 72 km em 1h40 até o pueblo mágico de Izamal (obs: para saber o que é um pueblo mágico, confira o relato anterior). Izamal é uma cidade bastante fotogênica. Fundada em meados do século XVI sobre os vestígios de uma das mais antigas cidades maias, que foi uma das importantes para essa civilização durantes os anos de 800 a 1000. Esses vestígios em parte estão preservados em uma grande pirâmide, que tinha 180 m de largura, 200 m de largura e uma altura de 34 m. A pirâmide é aberta para visitação e a vista da cidade do seu alto dessa é bem legal. A cidade é quase toda amarela e branca e tem como destaque no seu centro o Conveto San Antonio de Padua, que se integra perfeitamente com o restante da cidade. É uma cidade linda que vale a pena ser conhecida por quem vai para os lados de Mérida. DIA 8 ) CAMPECHE Iniciei o dia pegando um Bla Bla Car de Mérida a Campeche. Depois de 2h de trajeto regado a uma boa conversa com o motorista super gente boa, cheguei à charmosa cidade colonial com um diversas casas coloridas em seu centro delimitado por antigas muralhas. Depois de deixar as coisas no hostel, saí para uma caminhada pela cidade. Inicialmente fui ao mercado para ver as opções de almoço, mas acabei preferindo deixar para almoçar mais tarde no ótimo e barato Restaurante El Chef Rich, que vi no caminho. Após dar uma voltinha no mercado, fui à Puerta de Tierra, um dos portais de acesso à antiga cidade colonial. No local, há um modesto museu e é possível subir as escadas para dar uma volta pela muralha (custo de entrada de $40) até o Baluarte de San Juan. Achei bem legal essa experiência! Em seguida, caminhei pelo centro passando pela Calle 59, onde há diversos barzinhos, restaurantes e cafés e bastante movimento especialmente no período noturno. Sem um roteiro bem delimitado, no caminho acabei encontrando a Iglesia de San Roque y San Francisquito, uma igreja pequena, mas muito bem ornado com altares e esculturas de diferentes estilos artísticos. Foi uma ótima surpresa, que acho que vale a pena ser incluída em um roteiro pela cidade. Seguindo a caminhada, passei pela principal praça do centro, a Plaza de La Independencia e pela Catedral de Nuestra Señora de la Inmaculada Concepción, uma das igrejas mais altas do México, que teve sua construção iniciada ainda no séc XVI e que ao longo de sua história acabou passando por diversas transformações. Em seguida, passei na Puerta del Mar, outro portal da cidade, sendo esse voltado para o mar. Como fui a Campeche sem um roteiro definido, não sabia que ali próximo, no Baluarte de la Soledad, havia também o Museo de Arquitectura Maya, um pequeno museu com importantes artefatos maias. Depois fui "almoçar" e, após um bom almoço, caminhei até o malecón (via litorânea com calçadão para pedestres) para ver o pôr do sol. A via estava fechada para veículos, aberta apenas aos pedestres. Eu, curioso do jeito que sou, fui perguntar às pessoas se a via era sempre fechada no final da tarde e acabei sendo informado que haveria o desfile de La Quema del Mal Humor. Explico: no México, na véspera do Carnaval, há esse desfile, que envolve dança e apresentação de alas de escolas, clubes ou de outros grupos organizados, que culmina com a queima de um boneco que representa o Mal Humor. Achei uma grande sorte estar na cidade justamente nesse dia e ver o desfile super por acaso. 20230209_190814.mp4 Depois do desfile fui ao hostel, tomei banho e saí para tomar uma michelada na Calle 59. Na minha viagem anterior, eu acabei não tomando essa bebida tão apreciada pelos mexicanos, que consiste em mistura de limão, sal, pimenta e um molho, geralmente molho inglês. Nesta viagem, prometi a mim mesmo que deixaria minha resistência com misturas envolvendo cerveja e que tomaria nesta viagem. Os mexicanos que me perdoem, mas era melhor ter passado de novo sem essa experiência! Argh!!! Hahaha DIA 9) EDZNA E DESLOCAMENTO ATÉ XPUJIL Acordei bem cedo para pegar o colectivo de 8h até o sítio arqueológico de Edzna, o qual sai da rua Chihuahua perto do mercado, onde indica Cooperativa colectivos Valle de Edzna no Google Maps, $45 e duração de aprox. 1h. Edzna é uma cidade maia situada em uma área que teve ocupação humana pelo menos desde 600 a.C até 900-1000 d.C com apogeu entre 500 e 900 d.C. Considera-se que a cidade maia chegou a ocupar uma área de aprox. 25 km² e até o momento foram encontradas mais de 200 estruturas arquitetônicas. O destaque maior é a Plaza Central com a Gran Acrópolis, um edifício de moradias, que chega a mais de 31,5 m, incluindo a cresceria (estrutura no alto da pirâmide). Há uma série de hieróglifos na base do edifício. Destaco também algumas esculturas em estuque (espécie de gesso antigo), que foram bem preservadas e restauradas (5). Achei que valeu super a pena conhecer o sítio arqueológico! 📍 60 km da cidade de Campeche 💲 90 pesos Depois da visita pelo sítio, peguei carona com um casal de franceses idosos super simpáticos até Campeche. Cheguei na cidade por volta de 11h30 e fiquei no dilema se seguia para o meu próximo destino ou se estendia minha hospedagem por mais um dia para poder conhecer o Museo de Arquitectura Maya e principalmente o Fuerte de San Miguel, que abriga atualmente o Museo Arqueológico de Campeche, com diversas peças maias, e ainda possui uma boa vista da costa. Acabei decidindo seguir viagem até Xpujil, pois achei que seria mais fácil de visitar o sítio arqueológico de Calakmul no sábado e os demais sítios arqueológicos próximos de Xpujil no domingo. Então, em seguida, o meu dia consistiu em deslocamentos até chegar em Xpujil já por volta de 22h30. Xpujil é uma pequena cidade de interior, sem grande diversidade de restaurantes e ainda com uma infraestrutura de turismo bastante simples. DIA 10) CALAKMUL Dia de visitar o sítio arqueológico de Calakmul, no que imaginava que seria um dos ápices de toda a minha viagem. Calakmul foi uma das mais importantes cidades maiais. Sua ocupação tem início em aprox. 550 a.C e teve grande prosperidade entre os séculos III e IX. Durante esse período, a cidade chegou a ter uma população de aprox. 50 mil habitantes e teve uma grande extensão de influência, dentro de uma raio de mais de 150 km, rivalizando diretamente com Tikal, contra a qual ganhou algumas batalhas e estendeu ainda mais o seu poder. Em 695, porém foi vencida por Tikal e a partir de então começou o seu declínio. Ao redor dos anos 1000 a sua população restante migrou para outras áreas. A cidade era ricamente ornamentada, com esculturas, pinturas e várias estelas (pedras altas com inscrições e figuras esculpidas dedicadas a chefes locais). Atualmente destacam-se nos sítio 3 pirâmides que podem ser subidas: a Estrutura 7 com 27 m de altura, a Estrutura 1 com 47m e a Estrutura 2 com 55 m, a mais alta da Península de Yucatán. Calakmul é um sítio de relativamente difícil acesso, isolado e imerso em floresta. De qualquer forma, acho que vale a pena o esforço do deslocamento, apesar de que eu esperava um pouco mais por conta das expectativas altas que criei. 📍 117 km da cidade de Xpujil 🚌 O passeio privado mais barato que encontrei foi de 500 pesos com saída para grupo a partir de 3 pessoas. Contato: Miguel - +52 983 119 0982 💲 270 pesos de entradas DIA 11) SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS DE CHICANÁ, BECAN E XPUJIL E DESLOCAMENTO ATÉ VILAHERMOSA Muita gente vai para a cidade Xpujil ou para a sua região apenas para visitar Calakmul. Mal essas pessoas sabem o que estão perdendo... A apenas 10 km da cidade de Xpujil está o sítio maia de Chicanná: um sítio bem pequeno mais ricamente ornamentado. O seu nome significa A Casa da Boca de Serpente, provavelmente em referência a Estrutura 2. Foi provavelmente um centro ocupado pela elite maia proveniente de Becan. O sítio de Becan encontra-se a aproximadamente 2,5 km de Chicanná. Com cerca de 25 hectares, possui edifícios altos, como a Estrutura IX com 44 metros de altura. O edifício com datação mais antiga remonta ao ano 100, mas a ocupação da área ocorreu entre 600 e 300 a.C. Por fim, o sítio de Xpujil é colado na cidade. É um sítio diferente dos demais do seu estilo, Río Bec, por ter três torres ao invés de duas. Teve ocupação por volta de 400 a. C e alcançou seu apogeu entre os anos 500 e 750. Eu confesso que curti muito Calakmul, mas gostei ainda mais de ter visitado esses três sítios, especialmente Becan e Chicanná. 😁 obs: Faltou ainda conhecer o sítio de Hormiguero nos arredores. Como era mais afastado, sem opção de transporte direto e com tours caros, que também incluíam esses três sítios visitados, preferi deixar de lado. 💲Entradas a $70 em Chicanná e Xpujil e $75 em Becan. 🚌 Até Chicanná em ônibus saindo do terminal de Xpujil com destino a Villahermosa (30 pesos) e depois em táxi coletivo de Becan ao sítio de Xpujil (15 pesos). Depois de conhecer os sítios, descansei um pouco na hospedagem e à noite peguei um ônibus com destino a Vilahermosa. DIA 12) VILAHERMOSA E COMALCALCO Após uma viagem de quase 7h de ônibus, cheguei em Vilahermosa no meio da madrugada. O jeito foi ficar matando o tempo um pouquinho na rodoviária até o dia raiar. Quando clareou, fui caminhando até a minha hospedagem. Ao longo do caminho, percebi que Vilahermosa não tinha muito de hermosa. Era uma cidade com trânsito caótico e sem grandes atrativos além do Parque Museo La Venta e seus arredores e do Museo Regional de Antropología. Deixei minha mochila na hospedagem e caminhei até a Central da Cardesa para pegar um transporte até o sítio arqueológico de Comalcalco. Nesta viagem, acabei tendo uma experiência chata: falei que queria ir até próximo do sítio e acabaram me deixando em uma parada onde havia um táxis, dizendo que ali eu teria que pegar um táxi para ir até o sítio, além dos $40 do transporte anterior, tive que pagar mais $40 chorados nesse táxi. Antes de pegar a via de acesso ao sítio, percebi que as vans na verdade iam até aí e que depois eu teria que andar pouco mais de 1km até o sítio. Tenho quase certeza que o cobrador tinha algum esquema com o motorista do táxi. O sítio maia de Comalcalco foi um sítio com desenvolvimento entre os anos 250 e 900. Localizado em uma região sem pedras, a maior parte de suas construções foram feitas com terra e se perderam com o tempo. É um sítio que considero simples e para mim vale a pena a visita apenas se estiver com tempo sobrando ou se for um grande aficionado pela história dos povos pré-hispânicos. 💲Entrada a $75 ou é gratuita para estudantes. Depois de visitar o sítio, fui caminhando até um viaduto perto da entrada via de acesso ao sítio e peguei um colectivo de volta à Vilahermosa. Pedi para me deixarem o mais próximo possível do Parque Museo La Venta, mas ainda assim tive que caminhar um pouquinho até o local. O parque é destinado à conservação de parte das esculturas encontradas no sítio arqueológico de La Venta da cultura Olmeca, considerada a cultura mãe de todas as culturas mesoamericanas posteriores, com os seus primeiros vestígios datados em 1600 a.C. No local, estão dispostas 33 esculturas incluindo as icônicas cabeças, estelas (espécie de pedra vertical esculpidas com artes principalmente dedicadas às lideranças ou aos deuses) e altares. Achei muito massa estar ao lado das grandes cabeças, mas acho que faltou um pouco mais de totens com contextualização sobre os povos olmecas. Além disso, o parque conta com uma espécie de mini zoológico com diversas espécies animais, incluindo animais de grande porte como onças e crocodilos. Confesso que me incomodou um pouco a falta de objetos para os animais interagirem e a pouca disponibilidade de sombra em muitos recintos. 💲Entrada a $57 ou gratuita na segunda-feira Depois de visitar o parque, fiz uma longa caminhada. Primeiro caminhei ao longo da Laguna de las Ilusiones até o Paseo de la Reforma, no qual caminhei até a Catedral Lorde de Tabasco. É uma catedral moderna e considero que não vale a pena a visita. Depois caminhei até a Plaza de Armas, uma parte até que interessante da cidade, como as Plazas de Armas costumam ser. Em seguida, fui ao Observatorio Astronómico Turístico, esse, sim, bastante interessante! Aproveitaram uma torre em uma ponte de pedestres para fazer um observatório astronômico e um ponto com vista panorâmica da cidade. Vale a pena visita! Depois de muito caminhar, "almocei" e retornei à hospedagem, não muito tarde, pois a área onde estava era um pouco perigosa à noite. DIA 13) MUSEO REGIONAL DE ANTROPOLOGÍA E DESLOCAMENTO ATÉ VERACRUZ Como a viagem até Veracruz seria apenas às14h30, aproveitei a manhã para conhecer o Museo Regional de Antropología. Valeu demais a visita! O museu tem uma excelente estrutura, com um acervo bem bacana e muitas informações sobre diferentes povos pré-hispânicos. 💲Entrada a $28 ou $15 para estudantes. Depois de visitar o museu, dei uma volta pelo seu entorno e em seguida retornei à hospedagem para pegar minha mochila e seguir até a rodoviária para ir ao meu próximo destino: Veracruz, em 7h de viagem. DIA 14) VERACRUZ E DESLOCAMENTO ATÉ XALAPA Dia de rolê em Veracruz antes de partir para a cidade de Xalapa. Veracruz é uma cidade portuária com uma grande importância econômica ao México devido ao fluxo de carga em seu porto. Fundada em 1559 também é uma das cidades mais antigas do país e que esteve envolvida em diversos movimentos de relevância para a História mexicana. Primeiro fui até o Malecón, onde caminhei um pouco pelo calçadão ao longo das praia urbana, que não é muito bonita. Em seguida, caminhei até o Faro Venustiano Carranza, um belo prédio que foi temporariamente sede do governo nacional na metade da década de 1910. Depois visitei o Museo de la Ciudad, um museu simples, mas que vale a pena ser visitado para se saber a história da cidade. Em seguida, percorri o belo Zócalo e a Plaza de la República. Após esse city tour por conta própria, almocei e peguei um táxi até a Fortaleza de San Juan de Ulúa. Preço tabelado de $100. A Fortaleza de San Juan de Ulúa foi uma das principais fortalezas construídas nas Américas e foi a única construída sobre um sistema arrecifes, inclusive fazendo uso de corais em suas paredes. Foi construída em uma ilha que no passado foi ocupada por povos maias, com uma grande atividade funerária e construtiva especialmente entre os anos 900 e 1200. Posteriormente, a ilha em 1519 foi o ponto de partida para a colonização interior do México por Hernan Cortez. Em 1535, os espanhóis iniciaram construções de estruturas portuárias no local. Após ataques piratas, sentiu-se a necessidade de transformar o local em uma fortaleza. Em 1601, já tinha algumas construções com função de defesa. Em 1755, passou a funcionar como um presídio, que tinha péssimas condições para os presidiários. Teve essa função até o ano de 1915, quando passou a ser uma residência presidencial e reduto militar. É um lugar bem interessante e que acho que por si só justifica a visita à cidade de Veracruz. É interessante ver o contraste entre a antiga fortaleza e o porto moderno de Veracruz. 💲 Entrada: $90. Depois de visitar a Fortaleza, consegui uma carona de volta até o centro, onde tomei um sorvete delicioso na sorveteria Güero Güero e peguei um ônibus de retorno à hospedagem para pegar minha mochila, ir à rodoviária e seguir até Xalapa. DIA 15) XALAPA E XICO E DESLOCAMENTO ATÉ TAMPICO Vc incluiria um destino em um roteiro de viagem só por conta de um museu?! Foi o que eu fiz ao incluir Xalapa no meu roteiro. Valeu a pena demais! O seu Museu de Antropologia passou a ser o meu segundo museu mexicano favorito, depois do Museu de Antropologia da Cidade do México. Tem uma coleção incrível abrangendo diferentes períodos dos povos mesoamericanos. Inclui uma grande ala dedicada aos olmecas, incluindo algumas de suas grandes cabeças muito bem conservadas; outra inteiramente dedicada a El Tajin (ver postagem da minha viagem anterior); uma área com paredes de pinturas deslocadas do sítio de Las Higueras (loucura!); e outras alas dedicadas a outros povos mesoamericanos. Riquíssimo em informações, dá para ficar facilmente umas 3 horas no museu. Eu fiquei mais de duas e o tempo passou voando. 💲60 pesos geral e 30 para estudantes e professores. Depois de conhecer o museu, fui até o centro da cidade e dei uma volta pela agradável região do Parque Juárez. Em seguida, fui até o terminal Los Sauces, onde peguei um ônibus de linha regular até o pueblo mágico de Xico, que fica a apenas 17 km de Xalapa. Daria para fazer um combo com o belo pueblo de Coatepec, que fica no caminho a Xico, mas acabei demorando um pouco em Xico e deixei esse pueblo de lado, pois achei que seria muito corrida a minha passagem por lá. De qualquer forma, deu para apreciar um pouquinho a beleza do pueblo da janela do ônibus. Xico é bem pequeno e tem como principal atrativo a sua praça central com a bonita Parroquia de Santa Maria Magdalena, que infelizmente não consegui conhecer por dentro. Na região há ainda outros atrativos como cachoeiras, entre as quais talvez a mais imponente seja a Cascada de Xelopo, a apenas 3,5 km do centro. Para ir lá, peguei um táxi por $50. Achei bem bonita e considerei que valeu a pena o passeio. Depois do passeio por Xico, retornei a Xalapa. No caminho do terminal de ônibus ao meu hostel, acabei passando pela Calle Allende, uma rua cheia de barzinhos e café legais. Deu até vontade de ficar um tempo em algum, mas resolvi ir logo ao hostel para planejar melhor como seriam os meus próximos dias e para não caminhar muito tarde até a rodoviária. DIA 16) TAMPICO E DESLOCAMENTO ATÉ CIUDAD VALLES A viagem até Tampico durou quase 8h, varando toda a madrugada. Como cheguei cedo na cidade e como ir logo a Ciudad Valles estava fora de cogitação, já que não conseguiria encaixar nenhum atrativo de lá nesse dia, mesmo Tampico não sendo muito turística, resolvi explorar um pouco a cidade em um tour correria. Peguei um táxi colectivo em frente à rodoviária até a Plaza de Armas (não anotei, mas acho que custou $20). Na praça, visitei a grandiosa e moderna Catedral, com interior bastante colorido. Depois caminhei até Plaza de la Libertad e atravessei até o Mercado Municipal de Tampico, onde tomei café da manhã. Depois do café, relaxei um pouquinho e voltei a Plaza de Armas para pegar o táxi colectivo de volta à rodoviária. Depois de 2h30 de viagem, cheguei a Ciudad Valles, já quase na hora do almoço e fui ao mercado municipal para almoçar. Ciudad Valles é a principal cidade de base para visitar a Huasteca Potosina, uma região cheia de cachoeiras, cavernas e outros atrativos naturais, que visitava pela segunda vez. Na viagem anterior, conheci muito lugares, mas acabei não conhecendo o principal, a Cascada de Tamul, porque estava sem água, o que costuma acontecer entre abril e junho. Então nesta viagem, retornei à região principalmente para conhecer essa cachoeira. Depois de almoçar, tomei um sorvete e segui até a minha hospedagem. No caso, a casa do Pablo, um cara gente boa, que gosta de receber viajantes e que uma amiga colombiana que conheci na minha outra viagem pelo México me recomendou. A ideia neste dia era dormir bem cedo para encarar a aventura do dia seguinte, mas acabei dormindo um pouco mais tarde do que eu queria. DIA 17) CASCADA DE TAMUL Antes de ir à Cascada de Tamul. A missão neste dia era madrugar para sair antes das 5h e pegar um táxi até uma parada próxima da Central de Autobuses, onde pegaria um ônibus até o Crucero de Aquismon, de onde pegaria um táxi colectivo até Aquismon, cidade onde até às 6h, eu tentaria uma carona ao Sótano das Golondrinas, uma cavidade profunda de onde saem andorinhas no início do amanhecer e no final da tarde. Que logística! Cansa até de lembrar! Acabou não passando logo ônibus na parada Então fui ao Terminal, onde peguei um ônibus da empresa Frontera ($60, às 5h). Depois de chegar ao crucero ainda demorou um pouquinho para preencher o táxi e eu acabei chegando por volta de 6h15 na cidade. Ainda estava escuro e, assim, tinha esperança de conseguir a carona. Fiquei na entrada da estrada que seguiria até o Sótano, sinalizando por uma carona, mas acabou que dos poucos veículos que passaram, nenhum parou. Em pouco tempo, vieram os primeiros raios de sol e a esperança foi esmorecendo. Ainda fiquei no ponto até próximo das 7h e acabei desistindo. Acabei resolvendo, então, ir ao Balneario de Tambaque antes de iniciar a missão de ir a Cascada de Tamul. Peguei um transporte em carroceria de caminhonete (acho que foi $18) até a vila de Tanchanaco e de lá segui até o balneário. Acabou que não curti muito o local e foi uma viagem meio que perdida. Retornei a Tanchanaco e fiquei tentando carona até La Morena, localidade de onde saem os barcos até a Cascada de Tamul. Acabei fazendo um rolezão gigante, envolvendo quatro caronas e uma parte grande do trajeto de 19 km a pé. Das caronas, destaco uma que foi em moto com um menino de uns 11 anos de idade. Quando estava já nos últimos 3 km, passou um menino de uns 14 anos em uma moto por mim, o que me fez pensar: "aqui a galera começa a dirigir moto cedo". Porém, logo em seguida, passou outro que sério (!), devia ter uns 10 anos de idade. Aí eu pensei: "aí já é demais!", mas ao mesmo tempo achei natural e tranquilo, pois ali era uma região quase sem trânsito. Eles passaram por mim, deram uma volta e seguiram em direção a La Morena. Uns 5 min depois, eles voltaram e o menino mais novo parou a moto ao meu lado e perguntou "A dónde vas?". Respondi que estava indo ao Embarcadero e ele me respondeu para subir na moto. Então lá fui eu de carona com uma criança de 11 anos ou menos! Para finalizar, ainda tinha um trecho relativamente grande de descida inclinada da entrada do Embarcadero até o ponto de saída dos barcos e lá fui eu pegar de novo uma carona, dessa vez no teto de uma camionete que estava carregando coletes salva-vidas. hahaha Depois desse rolê todo, tenho que dizer que o passeio foi simplesmente maravilhoso! Sobre o passeio em si: para chegar até a cachoeira é necessário pagar ($100) por um passeio em um barco a remo (eles chamam de lancha) nos embarcaderos de Tanchachím ou de La Morena (fui por este). A duração do passeio é de aprox. 3h e é preciso remar no trajeto para ajudar os barqueiros. Ao longo do trajeto, visuais lindos com paredões de rocha, pequenas cachoeiras e uma água que varia de cor de verde a azul turquesa. O passeio ainda inclui uma parada em um cenote lindão com água de cor azul. 📍47 km de Ciudad Valles, a melhor base para conhecer a Huasteca Potosina 🚌 Modo econômico: ir até El Sauz de ônibus com saídas frequentes de Ciudad Valles e a partir daí tentar pegar caronas e táxis coletivos até os embarcaderos. Ou a rota que fiz e não recomendo, ir até o Crucero de Aquismón em ônibus, pegar um táxi coletivo até Aquismón e a partir da cidade ir em caronas e caminhada, já que não tem transporte. Depois de conhecer a Tamul, vamos a mais uma jornada de caronas. Por volta de 15h30, fui para perto de um quebra-molas e fiquei ali pedindo carona. Depois de mais de 1h sem sucesso, já estava pensando em desistir e caminhar até Tanchachím e tentar um táxi, mas aí surgiram as minhas anjas da guarda com uma camionete. Peguei carona na carroceria até El Naranjito, onde elas pararam em um restaurante. Vamos tentar outra carona. Depois de uns 20 min sem sucesso, conversei com um vendedor de pães em um carro, que falou que poderia me levar até Ciudad Valles por volta de 19h, depois das vendas. Falei que aceitaria, se ainda não tivesse conseguido. Assim ficou combinado. Até que uns 5 min depois, as minas anjas da guarda passaram por mim e me deram carona novamente. Dessa vez fui dentro da camionete, conversando até El Sauz. Brigadão por salvar, meninas! Em El Sauz, fui em uma tendinha de comidas na beira da estrada e rapidamente consegui outra carona com um agrônomo especialista em cana de açúcar, que tinha vários amigos colombianos e já tinha viajado ao país algumas vezes. Cheguei em Ciudad Valles a tempo de ir ao aniversário de um primo do Pablo. Pude ver como é uma festa de aniversário mexicana, com direito a comida típica, no caso pozole, michelada e muita Corona familiar (não é essa Corona mijada que vende no Brasil e virou cerva de balada cara...hahaha). Me diverti demais na festa e fui até intimado para dançar "olha a onda, olha a onda", que eles mesmo escolheram para tocar. hahaha DIA 18) CASCADA DE AGUACATE Dia de conhecer mais uma cachoeira linda na Huasteca Potosina, a incrível Cascada de Aguacate. A cachoeira com 70 m de altura é a segunda mais alta da Huasteca após a Tamul, com 105 m. A trilha é curta e facílima e ainda dá para tomar um banho gostoso no rio. Achei linda demais e gostei que fui em um domingo e tinha pouca gente. 🚎 Táxi coletivo em Ciudad Valles no estacionamento na Calle Independencia entre Abasolo e Miguel Hidalgo (1h de trajeto, $80), descer na cidade de Damian Carmona e depois seguir o caminho de 6,4 km em carona e caminhada até a cachoeira. Também tem um transporte da empresa Vencedor com saídas de San Luis de Potosí e Ciudad Valles ao povoado de El Aguacate, do lado da cachoeira, mas é bastante restrito em horários. 💲 Entrada a 60 pesos DIA 19) DESLOCAMENTOS ATÉ ZACATECAS Dia de deslocamentos até Zacatecas, envolvendo um Bla Bla Car até San Luís de Potosí e outro até Zacatecas. A cidade de Zacatecas é certamente uma das mais bonitas do México. Antes da viagem, eu não sabia se a incluiria devido ao meu tempo e à logística para chegar nela, mas valeu a pena demais incluir. Foi fundada em 1546 pelos espanhóis e teve economia bastante principalmente na atividade minerária, que perdura até hoje. A cidade tem vários edifícios históricos, com fachadas de rocha rosada, muito bem preservados e a parte antiga da cidade é considerada Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO. O estado de Zacatecas tem vários outros atrativos interessantes, como a Sierra de Órganos e pueblos mágicos diversos. Porém, infelizmente, atualmente é o estado mais violento do México, com conflitos entre os grupos narcotraficantes e forças policiais e militares. O motorista do Bla Bla Car inclusive me contou que 3 dias antes da minha viagem, a cidade havia sido sitiada com carros em chama e haviam derrubado um helicóptero da polícia e ainda que os grupos narcotraficantes haviam ocupado umas 18 comunidades e expulsado os moradores locais. Fui fortemente desencorajado a viajar para outras cidades no estado, devendo ficar apenas na cidade de Zacatecas, que estava com uma segurança super reforçada. DIA 20) ZACATECAS Dia de caminhar pela cidade de Zacatecas e de dar um pulo na vizinha Guadalupe. Primeiramente, dei uma volta no centro histórico, passando pela belíssima Catedral. Em seguida, passei pela Notaria de La Paroquia de Santo Domingo, que me surpreendeu demais pela sua decoração interior. Depois peguei um ônibus ao lado da Plaza Bicentenario até o Museo de Guadalupe (Virreinato), um excelente museu em um antigo colégio jesuíta, com um acervo grande de obras barrocas. Entrada $30 ou meia para estudantes. Em seguida fui ao maravilhoso Museo Rafael Coronel, construído em ruínas de um antigo convento franciscano. O museu tem várias coleções, incluindo uma gigantesca de máscaras. Só senti um pouco de falta de informações didáticas. Entrada $30 ou meia para estudantes. Por fim subi o Cerro Bufa a pé, de onde se tem uma vista legal da cidade. Curti o pequeno museu que há no lugar, que apresenta bastante informação sobre as Revoluções Mexicanas da década de 1910 em Zacatecas. Entrada $30 ou meia. Depois do rolê a pé, dei uma passadinha no hostel e depois fui ao bar e café Niñas Santas para tomar uma cervejinha local. Acabei sentando no balcão e batendo um papo com a atendente Claudia. Contei para ela sobre a minha viagem e falei que queria conhecer algum pueblo em Zacatecas, mas que não iria fazer isso porque me desanconselharam a ir sozinho por conta da violência no estado. Quando estava tomando a minha segunda cerveja, já a minha saideira 😅, ela se ofereceu para me levar no dia seguinte em Susticacán (a 1h de viagem do centro da cidade de Zacatecas) para que ao menos pudesse conhecer um pueblo bonito e seguro. Ah, a sempre surpreendente hospitalidade mexicana! Claro que aceitei o convite! Terminei a cerveja e voltei ao hostel feliz da vida. DIA 21) ZACATECAS, SUSTICACÁN, JERÉZ E DESLOCAMENTO ATÉ SALTILLO Acordei cedo porque queria conhecer alguns locais antes de iniciar o meu rolê com a Claudia, às 11h. Primeiramente, fui no Acueducto, um dos que ainda existem em cidades coloniais do México, como Morelia e Guanajuato. Depois dei uma passadinha na frente do Museo Gotia, que tem uma fachada e um jardim muito bonitos, mas que infelizmente eu não teria tempo de visitar. Em seguida, fui a Parroquia de Nuestra Señora de Fátima, uma grande e bonita igreja feita com as rochas típicas dos edifícios coloniais de Zacatecas. Por fim, antes de encontrar a Claudia, fui ao Museo Zacatecano. É um museu bem amplo, com artes do estado, máquinas, cédulas antigas e outros artefatos históricos, além de uma incrível exposição de arte huichol. Gostei bastante do acervo! Depois encontrei a Claudia em frente ao Niñas Santas e fomos no carro dela até o pueblo de Susticacan. Que pueblo bonitinho, agradável e bem cuidado! Além de percorrer as suas ruas, demos uma passadinha na represa (presa) que tem um belo entorno. Depois de Susticacán, seguimos a Jeréz, um pueblo mágico com praças bonitas e belas igrejas, que vale muito a pena ser conhecido. Depois desse rolê, pegamos a estrada de volta à Zacatecas. Conversando mais com a Claudia, acabei descobrindo que ela não era só atendente, mas também a dona do Niñas Santas hehehe ela só não quis me contar antes para não dar impressão de estar montando banca. O mínimo que faço é recomendar o Niñas Santas, não só pelo tratamento, mas também porque o espaço é legal mesmo. Retornamos à cidade e ainda tive tempo de conhecer a incrível Mina El Edén, localizada no centro de Zacatecas. Já visitei algumas minas em outras viagens. Então antes de ir à El Edén estava me perguntando se não seria desperdício de grana e de tempo. Vou te falar que valeu a pena demais! As atividades na mina começaram no final do séc. XVI, mais ou menos no ano de 1596, apenas cerca 40 anos depois da fundação da cidade. É uma mina gigantesca com 7 pavimentos, sendo que os três mais profundos estão inundados, localizada no centro da cidade de Zacatecas. A mina rendeu muita grana para os espanhóis e foi a maldição para o povo indígena e posteriormente a escravizados africanos. Teve seu auge de produção nos séc XVII e XVIII e foi paralisada em 1960 devido ao risco à população da cidade. A entrada na mina acontece em um trenzinho e ao final é possível visitar um museu. Na sexta e no sábado, funciona uma boate na mina (coisa de doido!). 💲 150 pesos (120 estudante) Depois de conhecer a mina, antes de voltar ao hostel, conheci o botequinho/restaurante Cantina de las Quinze Letras. Que lugar massa! Foi fundado em 1906 e é um botequinho animado, cheio de quinguilharia pendurada no teto e nas paredes e com um atendente/dono figuraça. Depois de tomar uma cervejinha lá, voltei para o hostel e peguei minha mochila para ir à rodoviária, com destino a Monterrey. Na rodoviária, ao tentar comprar a a passagem na empresa Ómnibus de Mexico, pediram o papel do visto e eu disse que não havia, que agora havia apenas um carimbo no passaporte. Falaram que não estavam permitindo a viagem de brasileiros ao norte e a atendente levou o meu passaporte para a salinha de trás para averiguação pelo responsável do administrativo. Tive, então, que dar a volta, entrar na salinha puto e falar que não ia viajar com eles. Que raiva! Que galera burra e grossa da porra! Então, fui no guichê da empresa Futura e lá fizeram o mesmo pedido sobre o papel do visto. Falei que não tinha mais isso, mostrei o carimbo de visto no meu passaporte, insisti com a atendente que me olhava com cara de bunda e ela resolveu me vender meio que a contragosto. Pois é! Somos párias mesmo e o governo passado apenas pirou isso com as suas péssimas relações exteriores. Talvez agora com a possibilidade de deixarem de exigir visto, isso mude um pouco. DIA 22) SALTILLO (CATEDRAL E MUSEO DEL DESIERTO) E DESLOCAMENTO A MONTERREY Cheguei de madrugada no terminal de ônibus e tive que matar um pouquinho de tempo até pegar um ônibus de linha regular até a Catedral Santiago Apóstol, uma bela igreja no centro da cidade. Depois de conhecer a igreja, dei uma volta ali, pelo centro. Saltillo me pareceu uma cidade bastante agradável. Além da Catedral, há outras atrações que parecem ser bem interessantes na cidades, como o Museo del Sarape e o Museo de la Revolución Mexicana. Queria estar com mais tempo para visitar esses locais e ficar mais tempo na cidade, mas como o tempo era curto, tinha que ir logo ao local que motivou a minha parada na cidade: Museo del Desierto. Antes de ir ao museu, dei um pulo na casa de pães Mora Pan para comprar pan de pulque ($25 a unidade grandona). Comprei de cajeta con nuez (doce de leite e noz) e o de calabaza (abóbora). Os dois estavam deliciosos, mas o de cajeta, PQP! Simplesmente um dos melhores pães doce que já comi em toda a minha vida! Munido dos meus pacotes de pães, peguei o ônibus até o museu. O Museo del Desierto é gigantesco, com cerca de 3 km de percurso que passa por alas dedicadas à evolução da vida no deserto desde os tempos pré-jurássicos até a ocupação atual. Recomendo ao menos 2h no museu. É riquíssimo em informações, apresentando alguns fósseis e muitas réplicas de animais e achados botânicos, além de ter alguns recintos com animais. Também tem alguns dinossauros robotizados que agradam principalmente as crianças. Eu particularmente achei muito interessante e que valeu a pena a visita, mas achei que deveriam apresentar melhor as informações do que são réplicas e o que são originais e fiquei um pouco incomodado com alguns recintos de animais, muito pavimentados, pequenos ou com pouca sombra para os animais. 💲Entrada a $225 ou $145 para estudantes. Também tem valores reduzidos para crianças e famílias. Depois da visita, caminhei até o terminal da Senda para pegar o ônibus a Monterrey. Monterrey é uma cidade com alto grau de desenvolvimento social e econômico e faz parte da terceira maior metrópole do México, atrás de Cidade do México e Guadalajara. Cheguei já por volta de 15h e só dei uma volta na Macroplaza, passando pela bela Catedral Metropolitana, e fui ao hostel. Na noite, dei uma volta pelo Barrio Antiguo, a melhor região de bares e restaurantes da cidade, especialmente na rua José Maria Morelos. DIA 23) MONTERREY Dia dedicado a conhecer os pontos turísticos de Monterrey. Primeiramente, fui fazer câmbio na rua Melchor Ocampo. Depois dei uma caminhada pelo centro, comprei alguns alimentos, principalmente no Mercado Juárez e voltei ao hostel para deixar as coisas. Essa parte do centro é bem movimentada e não tem muitos atrativos turísticos. Depois parti para a turistagem de fato. Primeiro fui ao Museo de Arte Contemporáneo ($90 ou $60 estudantil). O museu é bem amplo, mas não tem uma coleção permanente significativa. Tihha duas boas exposições acontecendo: uma do Bill Viola e outra do José Bedía. Depois seguir até Museo de História Mexicana. O ingresso ($40 ou $20 estudantil) dá direito de acesso ao Museo Noreste e ao Palácio de Gobierno. O Museo de História é excelente, com vários recortes da história do México. Já a exposição fixa do Noreste não é tão boa, mas tinha uma ótima exposição temporária sobre a arte de Tlateloco. Por sua vez, o Museo del Gobierno é minúsculo. Dá para visitar em 5 min. Depois fui caminhando pelo Paseo Santa Lucía até o Parque Fundidora. Esse paseo é um atrativo à parte, já que é um canal artificial no meio da cidade, em que circulam barcos turísticos de passageiros. A viagem nos barcos custa $100 ida e volta. O Parque Fundidora é fantástico e acabou sendo o atrativo urbano que mais curti na cidade! O parque foi estabelecido na região em que antes funcionava a Companhia Fundidora de Ferro e Aço de Monterey, indústria fundada em 1900, muito importante para a produção de trilhos de ferro de trens e para a produção de materiais para a indústria de construção civil. A indústria teve atividade até 1986 quando foi declarada sua falência. Já em 1988 foi iniciado o processo de conversão da área em um parque-museo. O grande destaque do parque para mim com certeza é o Museo Horno 3, um museu que conta com informações sobre a história da indústria, detalhes sobre a produção de ferro, exposições interativas de ciências e ainda com um elevador que permite subir a parte superior do forno e ter uma vista privilegiada do parque e da cidade. 💲Entrada no Horno 3: 165 pesos ou 120 estudantil Vale dizer ainda que no parque tem cinemateca, museu de fotografia (que visitei e vale super a pena), centro de convenções, parque de diversão, entre outros. Depois desse rolê todo, retornei ao hostel. DIA 24) PUEBLO SANTIAGO COM CASCADA COLA DE CABALLO Dia de fazer bate e volta em atrativos próximo de Monterrey, no caso o Pueblo Santiago e a Cascada Cola de Caballo. Santiago é um pueblo mágico situado a aproximadamente 40 km do centro de Monterrey. É um pueblo bem pequeno, que tem como maiores atrações a sua pracinha rodeada de bares e restaurantes, igreja e o principal o seu entorno com muitas serras e uma represa bonita. Próximo da cidade está a Cascada Cola de Caballo. Tem acesso barato e é bonita, mas não diria exuberante. Não curti muito a experiência de ir lá. Achei a ocupação muito intensiva e o local muito cheio de gente. 🚌 Ônibus com saída da Central de Autobuses de Monterrey da empresa AAA. Peguei o de 12h. $30 pesos. Duração de 1h20. Para ir até a cachoeira tem que pegar um ônibus na praça em El Cercado (40 pesos ou 30 se tiver a partir de 4 pessoas que vão ao destino). 💲 Entrada na cachoeira: 50 pesos Depois desse rolê, voltei ao hostel, onde encontrei com o companheiro de quarto coletivo Rudy, um inglês filho de portugueses, que fala português perfeitamente, com quem saí para tomar uma cervejinha artesanal no Almacén 42. O bar é um galpão bem legal com uma boa variedade de cervejas artesanais de diferentes cidades do estado de Nuevo León. Porém, infelizmente as cervejas eram caras e nenhuma era muito excepcional. Não falei sobre cerveja artesanal antes aqui, mas essa é a realidade de forma geral no México, pelo menos de acordo com várias experiências minhas por lá. (Se quiser ver algumas notas de cervejas tomadas durante a viagem, me add no Untappd, "andespaz") DIA 25) GRUTAS DE GARCÍA E OBISPADO Dia de mais um bate e volta a partir de Monterrey. Desta vez, foi para as Grutas de García. As Grutas de García são um complexo de cavernas com acesso fácil a partir da cidade de Monterrey. O complexo fica na parte superior da Sierra del Fraile, a cerca de 280 m de altura, e o acesso pode ser feito caminhando por cerca de 30 min por um caminho pavimentado ou por meio de teleférico, que não está funcionando no momento. Após subir a serra, acontece a entrada em uma gruta em grupo acompanhado por guia local. O passeio dura aproximadamente 1 hora e passa por formações bastante bonitas e de grandes dimensões. Para ter ideia, a altura na gruta chega a 105 m. Eu realmente gostei do passeio, não apenas pela gruta em si, mas também pela visão da paisagem nas redondezas. Faço ressalva apenas de que o grupo que entra acompanhado é muito grande e assim fica difícil de acompanhar a explicação do guia e tirar fotos legais, há uma iluminação artificial de cores diferentes que não me agradou muito e uns painéis luminosos muito grandes com os nomes dos locais. 🚌 Geralmente há um ônibus com saída direto às grutas a cada meia hora da Praça Alameda em Monterrey aos finais de semana e feriados, mas não está circulando por conta da manutenção do teleférico. Outra opção é pegar o ônibus 138 até a cidade de García ($15 pesos) e depois pegar um táxi até as grutas. Cobraram 130 pesos na corrida fechada, mas no taxímetro marcou 60 pesos. Então tente ir no taxímetro mesmo. 💲50 pesos de entrada Depois de conhecer as Grutas com meu amigo Rudy, pegamos uma carona em uma camionete até a cidade de García e pegamos o ônibus da linha 138 até o mais próximo do Obispado em Monterrey. O Obispado é uma região com um morro alto do qual se tem uma visão panorâmica legal da cidade, incluindo do prédio mais alto da América Latina: o Torre Obispado com 305 m de altura. Depois de apreciar as belas vistas, pegamos um Uber de volta ao hostel. DIA 26) HUASTECA E DESLOCAMENTO A CHIHUAHUA Dia de conhecer o Parque Huasteca. Um parque gratuito, com montanhas incríveis, situado na borda da área metropolitana da segunda maior metrópole do México: essa é a descrição resumida do Parque Huasteca de Monterrey (não confundir com a Huasteca Potosina). O parque é um lugar que me surpreendeu demais e entrou para a minha lista pessoal de lugares com paisagens mais bonitas. ❤️ Não é um parque no modelo brasileiro com diversas restrições de atividades. Na verdade tem várias casas em vilas e é cortado por uma estrada com bastante fluxo de veículos. Possui algumas opções de trilhas e de escalada, além de ter rotas para mountain bike. Eu caminhei pela estrada principal e fiz a trilha da estrada Huasteca Vecinal. Valeu a pena demais! 🚌 De Monterrey, o acesso é muito fácil, basta pegar a linha 126 ou algum ônibus express com destino a Santa Catarina. Depois voltei ao hostel, matei um pouquinho de tempo, saí para jantar e segui à rodoviária para pegar um ônibus em uma viagem de 12h até o meu próximo destino: Chihuahua. DIA 27) DESLOCAMENTO A CREEL Cheguei já quase às 10h30 em Chihuahua e preferi não sair para conhecer a cidade porque achei que seria muito corrido e porque queria apreciar as paisagens na estrada até Creel. Até lá, seriam mais 5h de viagem, ou seja, no total entre Monterrey e Creel foram 17h de estrada. No final, ir logo a Creel pode não ter sido a melhor das ideias, as paisagens desérticas eram bonitas, mas o melhor estaria mesmo depois de Creel e ainda Chihuahua parece ter atrativos bem interessantes, como Museo Histórico de la Revolución e a sua Plaza de Armas. Cheguei ao pueblo mágico Creel já por volta de 16h. A cidade era a minha primeira na rota do trem Chepe, que passa pela famosa Barrancas del Cobre. É bem pacata, com um clima com temperaturas que podem ser negativas, especialmente à noite. Tem uma rua principal cheia de lojinhas de produtos de inverno e de lembranças de viagem, cafés e alguns bons restaurantes. DIA 28) CREEL Dia de caminhada pelos arredores de Creel. Saí inicialmente com destino ao Valle de los Hongos, que tem esse nome por conta de suas pedras em formato de cogumelos (não tomei o chá e não vi com esse formato hahaha). Em seguida, fui ao Valle de las Ranas (isso mesmo, rochas com formato de rãs 🤔). Depois de visitar os dois valles, passei pela igreja da Misión de San Ignacio, que foi um dos esforços católicos para evangelizar os povos indígenas raramúris, ainda em grande parte os habitantes dessa região. Por fim, caminhei por trilha, passando por florestas de pinus, até o Lago Arareko, um lago bonito formado por uma barragem, e ainda conheci a Piedra del Elefante. Foi um dia gostoso de caminhada em um total de pouco mais de 14 km desde o centro de Creel, que terminou com uma carona da Piedra del Elefante até Creel. Ainda faltou conhecer o Valle de los Monjes, que fica um pouco mais afastado. Se estiver de carro, inclua ele e também a a cascada Cusararé e em outro dia a fantástica Cascada de Basaseachi. DIA 29) DIVISADERO (PARQUE BARRANCAS DEL COBRE) E AREPONAMICHIC Peguei um ônibus a El Divisadero, onde há uma vista incrível dos canions da Barrancas del Cobre. A partir daí, caminhei 2 km até a entrada do parque. O Parque Barrancas del Cobre é mais uma atração na rota do trem Chepe. As Barrancas são um conjunto de 20 canions com mais de 60 mil km²: quatro vezes a extensão e o dobro da profundidade do famoso Grand Canion. No Parque há 5 opções de passeio: 1) Caminhada por conta própria gratuita 2) Circuito das Sete Tirolesas ($1000 pesos, cerca de 54 dólares) 3) Ziprider: a tirolesa mais comprida do mundo com mais de 2500 m de extensão ($1000 pesos) 4) Via ferrata: conjunto de atividades que envolve Ponte suspensa, rapel e outras ($600 pesos) 5) Teleférico: vai de uma lado a outro das Barrancas, mais ou menos na mesma rota do zip ryder ($300 pesos) Eu fiz o Ziprider. Caríssimo, mas considerei que era uma experiência para a vida toda e não me arrependo porque foi massa de verdade. A velocidade na tirolesa pode chegar a mais de 130 km/h. Quase que minha câmera, mesmo com cordinha, caiu da minha mão 😵 Depois da tirolesa, retornei de teleférico (incluso no ticket), passando por cima dos canions, com mais tranquilidade para apreciação da paisagem hehehe Saí do parque muito feliz com a experiência e fui caminhando até o meu hostel em Areponamichic, uma cidadezinha super pacata, com pouca infraestrutura turística, que tem ao seu redor várias opções de trilhas. DIA 30) URIQUE Acordei de madrugada para tentar pegar uma carona a Urique ou em segundo caso, um ônibus que passa bastante cedo. Acabou que consegui uma carona com o Amador, um cara super gente boa, com quem fui trocando várias ideias. Ele me deixou em uma localidade chamada Mesa de Arturo, de onde rapidamente peguei outra carona com dois caras moradores das redondezas, que iriam participar de uma ultramaratona em Urique. Acabou que descemos antes do destino, no Mirador del Cerro Gallego, onde há uma vista incrível do vale. 20230303_101055.mp4 Urique é um pequeno povoado, geralmente sem tantos turistas e com forte presença do povo tarahuamara. Acabou que fui em um final de semana excepcionalmente cheio por conta da prova de maratona Caballo Blanco. Eu gostei demais da tranquilidade e do clima no povoado nesta época. Diferentemente da região das Barrancas del Cobre, onde eu dormi antes de ir a Urique e onde peguei temperatura negativa, no povoado o clima é bem mais quente, chegando a quase 30 graus neste período. Durante o verão mexicano, em junho e julho, me falaram quw a temperatura pode chegar a 50 graus. Credooo! 🔥 🚌 Para ir a Urique de transporte público é necessário pegar um ônibus até Cerocahui e depois pegar um transporte com custo de $250 até o povoado. Acabou que fui de carona a partir de Areponapuchi e na volta peguei caronas até Bahuichivo, onde pegaria o trem Chepe. DIA 31) TREM CHEPE DE BAHUICHIVO A EL FUERTE Iniciei o dia indo até a saída de Urique para pegar uma carona até Bahuichivo. Cheguei por volta de 11h15, deu 1 h de espera e nada, 1h30 e ainda nada. Começou a bater o desespero. Imaginei que seria fácil de conseguir a carona, já que estava tendo a maratona na cidade e provavelmente alguém teria que sair para resolver alguma coisa em outra cidade. Com isso na cabeça, acabei deixando de pegar um transporte que sai por volta de 7h da madrugada (acho que custa $250). Enfim, quando foi se aproximando de 13h, comecei a achar que tinha me lascado de vez e que não conseguiria chegar a tempo de pegar o trem Chepe de 16h15 em Bahuichivo. Acabou que por volta de 13h05, uma camionete com uma galera que tinha ido levar um pneu e fazer um serviço mecânico em Urique parou e me deram carona. Duas horas depois, deixaram-me em Cerocahui. Ainda precisava de pegar uma carona, de cerca de meia hora. Para minha sorte, a primeira van que passou parou e o motorista que estava indo transportar uns turistas em Barrancas me deu carona. Cheguei ainda 40 min antes da saída do trem e na carona ainda ganhei uma cervejinha. Ô, sorte! Hehehe O trem Chepe atualmente é o único de passageiros no México. Em breve haverá também o polêmico Trem Maia em construção na Península de Yucatán. Percorre no total 673 km entre as cidades de Los Mochis e El Fuerte, em uma viagem de 16h no total. Há duas opções de trens: Express e Regional. As duas são diferentes em termos de qualidade e têm suas próprias tabelas de horários. É importante planejar bem a viagem em função disso. Depois de muito pesquisar, eu resolvi fazer apenas o trecho entre Bahuichivo e El Fuerte, por ter as paisagens mais bonitas. E valeu super a pena! Vi paisagens realmente fantásticas durante as 3h30 de viagem. 😍 Fiz a viagem no trem Regional, na opção econômica. Saiu por $495o. Se fosse na opção turística seria $944. A opção turística tem janelas que podem ser abertas enquanto a econômica não tem, mas é possível apreciar as paisagens na parte aberta entre um vagão e o outro. Para ter ideia o mesmo trecho no trem Express teria os seguintes valores em pesos nas diferentes classes: $1237 - turista, $1607 - executivo e $2500 - primeira classe. Cheguei ao pueblo mágico El Fuerte já à noite e saí para comer alguma coisa na agradável e bonita Plazuela del Fuerte. DIA 32) EL FUERTE E DESLOCAMENTO A TOPOLOBAMPO PARA TRAVESSIA A LA PAZ (BAJA CALIFORNIA) Aproveitei o dia para conhecer melhor a cidade de El Fuerte. Passei pela Plazuela del Fuerte novamente e segui ao Museo El Fuerte. É um réplica de uma fortaleza construída pelos espanhóis durante o séc XVII para se protegerem de ataques indígenas. Tem uma exibição com diversos objetos, entre eles peças pré-hispânicas, trajes cerimoniais e fotografias. É um museu legal, mas é um pouco caótico na sua organização. Depois segui até o Cerro de las Mascaras para conhecer as suas rochas com gravações que remontam até a 100 a.C. Porém, infelizmente o local está fechado atualmente e só é possível visitar com guia mediante o agendamento. Voltei então à cidade, fui almoçar e depois segui até a cidade de Los Mochis, onde tomei outro transporte até Topolobampo. Topolobampo juntamente com Mazatlan são as bases para fazer a travessia de ferry boat até a Baja California. Acabou que cheguei ainda no período da tarde e a saída do ferry era apenas às 23h, então fiquei um bom tempo lendo no porto. Sobre a travessia, o ideal é pagar com um tempo de antecedência. Comprei às 17h por $1800 na ala mais econômica, porém se tivesse comprado com mais tempo de antecedência pelo site, poderia ter pagado $1460. Além da opção de cadeiras em área geral, que eu comprei, o ferry tem opções de cabines por um preço mais alto. Porém, pelo que li, essas opções esgotam-se com muito tempo de antecedência já que os donos de empresas de transporte compram para os seus funcionários. Na área geral, os bancos não reclinam e não são muito confortáveis, então o jeito é deitar no chão para dormir. Caso se agilize cedo, consegue pegar uma área com menos barulho de TV e com menos luz. Uma dica é deixar já separado contigo um colchão inflável ou roupas para forrar o chão junto da mochila que vai ficar uma vez que sua mochila maior ou mala terá que ser despachada. O bilhete do ferry inclui um jantar com bastantes comidas no estilo bandeja de restaurante universitário ou prisão hahaha Não é tão ruim asssim, mas não espere nada muito especial e ainda um pãozinho ou biscoito e café na manhã. Ah, e se der sorte, ainda poderá contar com um show meio estilo karaokê barato na área do restaurante. Vou ser sincero: não espere luxo e muito conforto nessa viagem de ferry. DIA 33) LA PAZ (BAJA CALIFORNIA) COM TOUR NA ISLA ESPIRITU SANTO O ferry chegou por volta de 7h em La Paz, Baja California. Vale a pena sair na área externa do barco para ver a aproximação à terra. Depois de desembarcar, peguei um ônibus de linha regular até a cidade de La Paz, já no caminho pude ver a beleza de praias da Baja California. Desembarquei no terminal rodoviário e caminhei até o meu hostel um pouco afastado da orla. No caminho, chequei os preços de passeios a Isla Espíritu Santo em diferentes agências, o valor variava entre $1500 e $2000. Quando já estava me contentando com esses valores, passei por um senhor que estava com uma mesa na rua e uma placa com anúncios desse passeio. O preço dele era de $1000 e a saída era às 11h. Fechei com ele e fui deixar minhas coisas no hostel. Caso queiram, o telefone de contato é +526121529665. Ele costuma ficar em frente à sorveteria La Michoacana da orla. O tour de barco ao redor da Isla Espíritu Santo é um passeio imperdível para quem vai a Baja California. É um dos passeis de barco mais bonitos que já fiz! O tour tem uma duração de aproximadamente 6 horas e proporciona o avistamento de diversas formações rochosas e paradas em praia para banho e, nessa época em que viajei, proporcionava também o avistamento de leões marinhos e ainda golfinhos e baleias se tiver sorte. Avistei um grupo grande de golfinhos e muitos leões marinhos, inclusive nadei com eles. Já em relação às baleias, não demos muita sorte. O melhor período para avistá-las é de dezembro a fevereiro. DIA 34) TODOS SANTOS E CABO DE SAN LUCAS Dia de explorar outras cidades da Baja California Sur. Primeiro pegamos um colectivo até Todos Santos. Achei a cidade um pouco esquisita para uma cidade turística da Baja California, pois não é exatamente na orla e para ir até a praia mais próxima onde é possível tomar banho é necessário pegar um táxi caro ou caminhar um bocado. Eu e o meu amigo francês de hostel Yan fomos caminhando até a praia de Punta Lobos, que havia pesquisado que era mais bonita e com ondas mais tranquilas do que as outras praias de Todos Santos, em grande parte voltadas para o surf. Caminhamos por cerca de 3 km até a praia, sendo que já chegando na praia, passamos por uma interessante área abandonada com ruínas de uma construção que parecia de um filme de velho-oeste. A praia era ok, não vou falar que era bonitona, mas também não vou dizer que é feia. É uma praia de pescadores que está em franco processo de ocupação turística violenta por hotéis/resorts de luxo. Depois de curtir um pouco a praia, saímos caminhando em direção à rodovia e acabamos pegando uma carona até a entrada da cidade de El Pescadero, onde aguardamos por uma carona de uma moça que por acaso conhecemos antes em uma casinha de lanches na praça de Todos Santos. Depois de um bom tempo a esperando (acho que os mexicanos são tão enrolados quanto a gente com horário), ela apareceu e nos deu carona até Cabo de San Lucas. Daria para ir também em ônibus, já que havia escritório de empresa de ônibus neste local em que a gente ficou esperando a carona. Chegamos em Cabo de San Lucas, já por volta de 18h30 e fomos logo a nossa hospedagem. Depois de um bom banho, saímos para conhecer a famosa vida noturna da cidade. Fomos até o centro e caminhamos pelas ruas cheias de bares mais perto do porto e da orla. Eu não sou uma pessoa muito fã de balada com dj, não, mas curto bastante botecos e lugares massa com música ao vivo. Tirando um barzinho com cerveja barata e um clima mais informal, vou te falar que não gostei nem um pouco dos demais lugares onde a gente foi. Achei todos muito fake e cheios de estadosunidenses daquele tipo meio idiota retratados em filmes de comédia! Sei lá, senti, muito mais do que já tinha sentido em La Paz e até mesmo em Todos Santos, que estava em um território dos EUA e não no México. Foi mal se isso soar um pouco ofensivo para os mexicanos, mas o próprio Iñarriatú zoa com essa situação da Baja California no filme Bardo. Enfim, depois de insistir um pouco na baladagem, voltei ao Airbnb, enquanto o meu amigo ficou na balada ruim cheia de novinhos dos EUA. DIA 35) TOUR DEL ARCO DE SAN LUCAS E RETORNO Apesar de ter soado meio ranzinza no dia anterior, acho que Cabo de San Lucas vale muito a pena por um passeio: o Tour del Arco de San Lucas. É um tour curto de cerca de 50 minutos dentro, porém é bastante bonito. Além do avistamento do Arco, o passeio inclui passagem pela Roca del Pelicano e, termina na Playa del Amor, a qual possui conexão com a Playa del Divorcio. É isso mesmo, vc tem opção de amar ou divorciar em um mesmo pacote hahaha 🤣 O barqueiro te deixa na Playa del Amor e vc combina com ele o horário de retorno. A praia é linda! Recomendo ficar pelo menos 1h30 relaxando nela. 💲 O custo do tour foi de $150. O preço inicial ofertado é de $250 ou $200. Negocie! Depois desse tour, segui de volta a La Paz enquanto o meu amigo resolveu ficar para depois ir à cidade San José del Cabo, segundo ele mais estadosunidense ainda do que Cabo de San Lucas. No caminho de volta, vi um pôr do sol que deve ter sido um dos mais bonitos da minha vida! DIA 36) PLAYAS BALANDRA E TECOLOTE E VIAGEM DE FERRY A MAZATLAN Dia de visitar a incrível Playa Balandra, muito provavelmente a praia mais bonita do México. 😍 A praia é uma baía de águas calmas com coloração que varia de verde a azul turquesa a depender do sol. Podemos dizer que praia tem duas praias hehehe uma mais abrigada e outra mais exposta ao oceano que em sua extremidade tem a rocha El Hongo, em formato de fungo. Entre as duas praias, um morro de onde se tem uma bela vista panorâmica. Há controle de entrada na praia para a conservação de dunas e manguezais. O primeiro bloco de até 450 visitantes entra a partir de 8h e pode ficar até 12h e o segundo de 12h às 19h. Em baixa temporada é tranquilo durante a semana, mas nos finais de semana e em alta temporada é importante chegar com antecedência. Depois vale a pena dar um pulinho na praia de Tecolote logo ao lado. Uma praia ampla e com algumas barracas/restaurantes de apoio. 📍Balandra a 28 km ao norte de La Paz ao lado da também bonita praia Tecolote 🚌 Há ônibus a 60 pesos com saídas a cada 2h. O problema é que o primeiro sai só às 10h e, como são pouco mais de 30 mim de viagem, fica muito apertado para o tempo de praia para quem quer ir no primeiro grupo. Uma outra opção é pegar um táxi a 250 pesos ou um Uber. Por fim, neste dia peguei o ferry-boat com destino a Mazatlan com saída às 19h ($1900, pagando dois dias antes, com lais antecedência poderia ser $1650). DIA 37) MAZATLÁN Mazatlán inicialmente não estava no meu roteiro, mas resolvi incluir porque várias pessoas me falaram que era muito bonita e porque tinha a opção de sair de Baja California de ferry diretamente à cidade e assim ficar mais próximo dos meus próximos destinos: Puerto Vallarta e Guadalajara. Logo que desembarquei do ferry, fui ao Parque Natural Faro Mazatlán e subi o seu belo morro para ter uma boa vista panorâmica da cidade. Em seguida, desci e peguei um barco para atravessar a Isla de Pedras (35 pesos ida e volta). Na ilha, há uma praia agradável que lembra muito algumas praias do nordeste brasileiro, especialmente no Ceará. No ambiente, muitos vendedores ambulantes e barracas de madeira e palha na beira da praia. O diferencial são as bandas de Sinaloa que se apresentam para o público, como os repentistas em praias do nordeste. Terminei o dia passando pelo malecón (calçadão de orla) da cidade e indo até o meu hostel na Zona Dorada. Nesse trajeto, acabei não curtindo a praia urbana, com faixa de areia estreita e paredão que a abafa. Também tive uma impressão não muito positiva da cidade em si. Achei em um estilo turístico muito padronizado, com hotéis de luxo sem graça e restaurantes e centros comerciais meio metidos a chique que tomam parte da orla. Enfim, não curto muito esse padrão turístico que se repete nas orlas de Cabo de San Lucas, Puerto Vallarta e La Paz. Para compensar, terminei com um belo pôr do sol na praia da Zona Dorada, com vista para uma ilha. Os pores do sol no Pacífico são maravilhosos, dos mais bonitos que já vi. DIA 38) MAZATLÁN E IDA A PUERTO VALLARTA No segundo dia em Mazatlán, fui ao centro histórico da cidade e que grata surpresa! Um centro histórico lindo com várias casinhas coloridas e praças agradáveis, com destaque para a Plazuela Machado. Depois da volta pelo centro histórico, caminhei um pouco pelo calçadão da orla na região mais próxima do centro e acabei assistindo a um desfile de camionetes com direito a muita música de Sinaloa. O balanço geral no final até que foi positivo. Acho que Mazatlán vale a pena de ser visitada se estiver no meio da sua rota entre destinos. Porem, acho que não vale muito a pena desviar a rota só para conhecer a cidade. Já tarde da noite, peguei um ônibus até Puerto Vallarta. DIA 39) DESCOLAMENTO DE PUERTO VALLARTA A PUNTA MITA (ISLA MARIETAS) E SAYULITA Cheguei em Puerto Vallarta e fui direto a Punta Mita para fazer o tour pelas Islas Marietas, uma passeio fantástico que inclui avistamento de formações rochosas interessantes, parada em uma bela praia, parada para snorkeling em um local com água levemente turva, mas com grande presença de peixes, e ainda avistamento de golfinhos e de aves, com destaque para os simpáticos atobás pardo e de pata azul. 😍 De dezembro a março, ainda é temporada de acasalamento e reprodução de baleias-jubartes nas ilhas. Eu tive a emoção de ver vários indivíduos no meu passeio!!! Vale dizer ainda que o passeio a Islas Marietas pode ainda incluir acesso à Playa Escondida (ou Playa del Amor). Essa praia viralizou nas redes sociais e até 2016 recebeu um grande volume de turistas, sem controle nenhum, gerando um grande impacto na praia. Com isso, houve o seu fechamento por um tempo. Depois a praia foi reaberta, mas com um controle rigoroso de permissão de visita de apenas 118 pessoas por dia. Isso acabou elevendo bastante o preço da visita à praia praia: agora é necessário desembolsar mais 1100 pesos (cerca de 57 dólares em valores atuais) para poder visitá-la. Eu achei uma facada danada para ver uma formação semelhante a uma que já viria no passeio e para o pouco tempo permitido na praia (25 min) e não quis adicionar no meu passeio. Na verdade, ninguém no meu passeio quis ir à praia. Enfim, acho que vale super a pena o passeio a Islas Marietas. As formações rochosas e praias são lindas e o avistamento de várias jubartes foi uma experiência incrível. 📍Os passeios saem de Puerto Vallarta ou de Punta Mita. Eu recomendo ir a Punta Mita de ônibus para reduzir o tempo de barco e economizar dinheiro. 💲Os tours saindo de Puerto Vallarta estavam entre $1000 e $1200 em pesquisas em sites. Em Punta Mita consegui por $700 com a empresa Riviera Mita Tours (mesmo preço da cooperativa). Recomendo demais! Foram ótimos profissionais. Depois do passeio, consegui uma carona com um casal a Sayulita, uma cidadezinha de praia sobre a qual tinha ouvido ótimas recomendações de outros viajantes. Acabou que foi mais uma pequena decepção. A cidade é sim simpática, mas não achei a praia muito bonita, além de ser cheia de gente especialmente no final de semana. Também senti que estava em território fora do México, assim como senti na Baja California e em Playa del Carmen. Os preços na cidade também são bem altos de forma geral. Enfim, é um destino que talvez seja mais atrativo se vc quer bares e festinhas em esquema meio estadosunidense ou europeu, sei lá. DIA 40) SAYULITA A SAN PANCHO E DESLOCAMENTO A PUERTO VALLARTA Nesse dia, fiz uma agradável caminhada de cerca de 4 ou 5km e Sayulita até a cidadezinha de San Pancho pela orla. Caso queira fazer, é importante ir na hora da maré mais baixa, pois tem um trecho da praia com muitas rochas em que as ondas adentram, que pode ser perigoso com a maré cheia. Essa caminhada poderia ser perfeita se não fosse a presença de um condomínio fechado que bloqueia a passagem pela orla, no trecho final, já praticamente na chegada à praia de San Pancho. Há um acesso por cima, por uma área de vegetação nativa, mas eu teria que voltar muito para fazer esse trecho e também não sei se seria tranquilo. Antes de fazer a caminhada, eu já sabia um pouco sobre esse condomínio. Em relatos, li que de boa de atravessar a cerca e passar por dentro do condomínio, então acabou que decidi fazer isso. Ao sair do condomínio para acessar a praia de San Pancho, um dos seguranças quis me cobrar 50 pesos. Falei que não tinha dinheiro além do que tinha pra passagem de ônibus (mentira!) e ele acabou me deixando passar, mas resmungando e falando merda. Se vc fizer essa caminhada, saiba dessa possibilidade de extorsão. San Pancho tem uma praia ampla e bonita, mas tem alguns trechos de ondas violentas. A cidade é bonitinha também e é mais tranquila do que Sayulita, mas é aquela mesma coisa de turismo caro, com uma pegada meia alternativa. Depois do rolê, almocei e peguei um ônibus de volta à Sayulita, onde peguei minha mochila e segui à Puerto Vallarta. Puerto Vallarta é um cidade litorânea bastante famosa pelas suas praias e por áreas de restaurantes e bares, como a Zona Romántica e o Paseo Diaz Ordaz. Eu acabei não ficando muito tempo na cidade, então não visitei as praias mais afastadas e tranquilas, que dizem que são bonitas, mas conheci conhecer as áreas urbanas mais famosas. Definitivamente não curti a orla do Centro e da Zona Romántica. Achei a ocupação muito intensiva, principalmente com bares e restaurantes metidos a chique. Em relação à Zona Romántica, é uma região com muitos bares bons, como o Monzon Brewing onde tomei boas artesanais, vários restaurantes e cafés e uma vida cultural efervescente principalmente para o público gay. Eu não curti muito a região pq achei no geral os lugares tinham um ambientação meio de alto padrão, que não me atrai muito. Em relação ao Paseo Diaz Ordaz, não curti também. É bem aquela coisa fake e ostentação, que remete a Cabo de San Lucas e Playa del Carmen. DIA 41) DESLOCAMENTO A GUADALAJARA Comecei o dia cedo, pegando um Bla Bla Car até Guadalajara (metade do preço do ônibus de linha regular). Depois de umas 4h30 de viagem, passando por regiões serranas bem bonitas, cheguei à cidade. Eu imaginava que iria gostar de Guadalajara, mas não imaginava que ia curtir tanto quanto curti. Acabou se tornado a minha cidade mexicana entre as de médio e grande porte favorita! É uma cidade que tem seus problemas de cidade grande, como um trânsito intenso e violência, mas, mesmo nas áreas mais adensadas e com mais cara de grande metrópole, eu senti algo meio que provinciano e acolhedor, trazendo uma sensação diferente da que experimentei, por exemplo, na Cidade do México e em Monterrey. A metrópole tem uma diversidade de zonas interessantes, entre as quais destaco: Zona Centro, Santa Teresita, Colonia Americana e Tlaquepaque (esta na verdade é um pueblo mágico que foi englobado pelo crescimentode Guadalajara). Ainda nos arredores, tem a cidade de Tequila e os pueblos do Lago de Chapa, como Chapala e Ajijic. No dia da minha chegada, percorri apenas os atrativos do Centro e Zona Centro (acho que é tudo a mesma coisa, mas há essa separação no Google Maps). Primeiro, fui ao hostel, deixei minhas coisas e saí para rolezar. Conheci a bela e grandiosa Catedral e fui almoçar comidas típicas de Guadalajara/Jalisco no Mercado San Juan de Dios. Comi uma torta ahogada e depois tomei tejuíno. Se conferir o glossário de comidas, vai ver que não gostei da torta, mas amei o tejuíno. Em seguida fui ao Instituto Cabañas, que é de graça na terça e $70 nos demais dias. É um dos lugares mais fodas de Guadalajara, com boas exposições e uma capela com murais incríveis de um dos mais famosos muralistas mexicanos: Orozco. Depois dei um pulinho na Plazuela de los Mariachis, mas acabei indo lá depois das 17h e já não tinha mais nenhum mariachi se apresentando). Por fim, caminhei pela Avenida Fray Antonio Alcade, muito agradável para ciclistas e pedestres, até o Santuário de Nuestra Señora Guadalupe, que tem um interior bonito. DIA 42) PUEBLOS MÁGICOS AJIJIC, CHAPALA E TLAQUEPAQUE Dia dedicado a conhecer três pueblos mágicos: Ajijic, Chapala e Tlaquepaque. Os dois primeiros situam-se às margens do Lago Chapala, que diria que é bonito, mas não diria que é maravilhoso ou qualquer coisa superlativa. Primeiro fui de ônibus até Ajijic, que é um pequeno pueblo situado poucos quilômetros após o pueblo de Chapala. Achei o pueblo simples, sem muita infraestrutura turística. Acredito que agora que o turismo está chegando com mais força por lá. Acho que vale a pena ser visitado apenas se estiver com tempo sobrando. Em seguida, fui ao pueblo de Chapada. Este sim com mais estrutura de turismo, contando inclusive com um grande calçadão nas margens do lago, cheio de barracas de bebidas (tequilas, cantaritos e outras), comidas e artesanato. Mesmo tendo vendedores com abordagem meio intensa, gostei mais de Chapala do que de Ajijic, mas, de qualquer forma, não considero um destino imperdível. No final, acho que os pueblos não corresponderam às expectativas que criei. Depois peguei um ônibus de volta até a parada mais próxima do centro de Tlaquepaque, que parece ser um bairro de Guadalajara, mas na verdade é um dos municípios que compõem a sua metrópole. Tlaquepaque foi um dos pueblos que mais gostei de conhecer. Borbulha vida cultural, tem o imperdível Centro Cultural El Refugio, tem uma movimentada praça central e ainda a Avenida Independencia, cheia de restaurantes, galerias de arte e barzinhos (alguns com preços bastante acessíveis). DIA 43) TEQUILA Dia de conhecer a cidade de Tequila e é, claro, o que há de mais importante na cidade: tequilaaa! A maior parte da produção de tequila atualmente se concentra na região de Tequila, onde há destilarias de marcas famosas como Sauza e José Cuervo. É possível visitar algumas dessas destilarias e ver o processo de produção. Eu fiz o passeio completo da Sauza, que incluía ver como é o processo de plantio e extração do agave em um jardim botânico; visitar o local de reposamento das tequilas e a fábrica destiladora para ver o processo de produção; degustação de três tipos de tequila e do mosto antes da destilação; e, ao final do passeio, produção de cantarito (bebida deliciosa com tequila, refrigerante de limão, laranja, toranja, limão, sal e aquela bordinha de copo apimentada). 😋 Eu gostei do passeio, só não curti muito o jardim botânico porque é apenas um local de amostra para turista, quase no meio da cidade, e não um local de cultivo de fato. O passeio com a visita ao jardim custa $320 pesos e sem, $230. Sobre a cidade Tequila, é charmosinha, com uma praça bonita e várias lojas com licores, tequilas puras e doces e ainda várias barraquinhas com venda de cantarito. 🚌 Em tour ou Transporte Quick com saídas frequentes da Central Vieja de Guadalajara. $208 ida e volta, 2h de viagem. DIA 44) GUADALAJARA E DESLOCAMENTO A MORÉLIA Dia de caminhar e explorar ainda mais a cidade de Guadalajara e, no final da tarde/começo da noite, seguir viagem a Morélia. Segue na sequência os atrativos que visitei e as atividades que fiz durante o dia: a) Templo Expiatorio - simplesmente a maior igreja em estilo neogótico do México; b) MUSA: museu gratuito que estava com exposição ótima de Francisco Medina e uma que não achei muito interessante de Frida Kahlo mais focada na sua saúde e o melhor um auditório com belo painel e uma cúpula de Orozco; c) Ex Convento del Carmen: prédio muito bonito com uma exposição de gravuras, quadros e grande mural de Gabriel Flores e um pequeno, mas excelente museu com obras contemporâneas, principalmente de desenhos e gravuras; d) Museu de la Ciudad - museu bacana para entender a história de Guadalajara e Jalisco, mas que estava em reforma e com várias seções fechadas; e) Biblioteca Iberoamericana Octavio Paz - uma biblioteca bem bonita com murais de David Alfaro Siqueiros; f) Teatro Degollado - belíssimo teatro que abre a cada hora para visita; g) Palacio de Gobierno - prédio muito bonito com espetaculares painéis de Orozco, inclusive na sala de tribuna; h) Caminhada até Kamilos 333, restaurante bastante tradicional com comida típicade Guadalajara, situado no charmoso bairro Santa Teresita, com muitas casas históricas e diversos restaurantes; i) Passeio pelo bairro de Colonia Americana que tem muitos restaurantes e bares descolados em meio a prédios modernos e casas do começo do século passado (eu vi esse bairro em uma lista de 10 bairros mais interessantes do mundo em um site de viagens); e f) Por fim, viagem até Morélia, onde encontraria o amigão Erick, que conheci virtualmente aqui no Mochileiros e depois conheci pessoalmente em uma viagem na Colômbia. Sobre a cidade de Morélia, acho que basta dizer que é uma das cidades coloniais mais bonitas do México. Fundada em 1541, preserva muitas construções históricas principalmente dos séculos XVII e XVIII. O seu Centro Histórico, por seu estado de conservação e importância histórica, foi declarado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Seguem algumas fotos avulsas da cidade: DIA 45) PATZCUÁRO, ISLA JANITZIO E TZINTZUNTZAN Dia de explorar algumas localidades incríveis próximas da cidade de Morélia. Primeiramente, peguei um ônibus até a cidade de Pátzcuaro, a 53 km de Morélia, onde desembarquei o mais próximo possível do muelle San Pedrito, local de saída de barcos à ilha de Janitzio (ida e volta no barco a $100). Janitzio é uma das cinco ilhas do Lago de Pátzcuaro. É uma ilha super turística com diversas lojas de artesanato, restaurantes e barraquinhas de bebida, em que se destaca um imponente monumento com 47 m de altura dedicado a Jose Maria Morelos, o maior herói da Independência Mexicana. Recomendo demais visitar esse monumento por dentro e subir até o seu topo (entrada a $10 pesos). Depois de visitar a ilha, voltamos à Pátzcuaro, mas antes de conhecer a cidade, pegamos um colectivo até a cidade de Tzintzuntzan, a poucos quilômetros de distância. A cidade é bem bonitinha com casas com fachadas nas cores vermelho e branco, em um esquema de cores que se repete na cidade de Pátzcuaro e que também já havia visto na cidade de Cuetzalan na minha viagem anterior. Destaca-se na cidade uma praça com várias barracas de artesanato e em seu entorno o sítio arqueológico de Las Yacatas. No passado esse sítio foi a capital do império tarasco (ou purépecha), um um dos mais poderosos do final do período pré-hispânico, entre 1200 e 1521, rivalizando com os mexicas (astecas). Tinha cerca de 30 mil habitantes quando os espanhóis chegaram à região. No sítio se destaca uma grande plataforma cerimonial de cerca de 400 m² com estruturas com formato arredondado. Destaco também a visão bonita do lago Pátzcuaro e o pequeno museu que há no sítio arqueológico. A entrada no sítio custa $90, mas acabaram deixando esse preço para duas pessoas. Depois de conhecer Tzintzuntzan, finalmente fomos conhecer Pátzcuaro, um pueblo com mais de 500 anos de história, que possui a maior parte de seus edifícios nas cores vermelha e branca como em Tzintzuntzan. A cidade acabou virando um dos meus pueblos mágicos favoritos (ver a lista dos favoritos ao final do relato). Alguns dos seus atrativos de destaque são o belo Templo de El Sagrario, fundado em 1540, que conta com um exterior lindo com muros com arcos; a maravilhosa Casa de los Once Patios (não contei onze, mas não deixa de ser muito linda); e as suas praças bastante movimentadas aos finais de semana. Depois desse grande rolê, voltamos à Morélia. DIA 46) CUITZEO Acabou que nesse dia, fui ao terminal errado e peguei um ônibus para a cidade de Cuitzitan em vez de Cuitzeo. As pessoas a quem pedi informação (acho que quatro pessoas) simplesmente não entenderam minha pronúncia e me passaram informações erradas sobre o transporte. Resultado: perdi bem 1h30 do meu dia e uns 60 pesos em viagens erradas e quando me liguei que não estava indo no sentido errado, tive que descer em uma rodovia meio tenebrosa e esperar um tempinho, morrendo de medo, até o próximo ônibus de volta à Morélia. Enfim, já meio tarde, peguei o ônibus com destino a Cuitzeo na estação correta: a Central de Autobuses. A cidade fica próximo do Lago Cuitzeo (muito bonito visto da janela do ônibus). É bem pequena e tem pintura nas fachadas das casas similar a de Pátzcuaro, Tzintzuntzan e Cuetzalan. Vale a pena a visita à cidade para conhecer a sua charmosa pracinha central com o bonito e interessante Ex Convento de Santa Maria Magdalena. O custo de entrada no Ex Convento é de $70 geral ou gratuito com carteira estudantil. Depois de conhecer o ex convento, dei uma volta pelo pueblo e acabei voltando por volta de 15h30 a Morelia. Em situação normal, dá para conhecer Cuitzeo em apenas um período do dia. Em Morélia, ainda tive tempo de conhecer o incrível Centro Cultural Clavijero, com suas ótimas exposições. Em seguida, conheci o bonito Templo de Santa Rosa de Lima e passei no Conservatorio de las Rosas. Depois dessa volta, encontrei com o Erick para a gente almoçar (ou seria jantar? Hehehe). Depois da refeição, caminhamos pela cidade e entramos na belíssima Catedral situada na atrativa e movimentada Plaza de Armas. DIA 47) MORÉLIA E DESLOCAMENTO ATÉ A CIDADE DO MÉXICO Dia de terminar de conhecer os atrativos de interesse em Morélia. Inicialmente fui caminhando até o Santuário de Nuestra Señora de Guadalupe. O Santuário é uma igreja que foi construída entre os anos de 1708 e 1716 e que passou por diversas transformações ao longo dos anos seguintes. Ricamente adornada, para mim, sem dúvidas, é uma das igrejas mais bonitas do México. Em seguida, caminhei até o Acueducto, situado próximo do Santuário. Esse aqueduto estampa a nota de 50 pesos. Depois fui ao Museu de Arte Contemporáneo, que estava apenas com a seção permanente aberta e que achei que valeu a pena só por ficar pertinho do Acueducto. Depois segui até o Museo del Dulce, um museu dentro de uma tradicional loja de doces, que apresenta a forma de confecçãode doces e a históriada loja. Achei legalzinho e que valeu a pena o ingresso de $30. Por fim, visitei o Palacio del Gobierno, que tem uma bela arquitetura e murais bonitos. Depois desse rolê, voltei ao hostel e eu e Erick fomos até o ponto combinado para pegar um Bla Bla Car até a Cidade do México. Chegamos na cidade já por volta de 20h. Era a minha segunda viagem pela Cidade do México. Dessa vez, acabei indo em pouco pontos turísticos e meu foco maior foi em usar a cidade como base para conhecer as cidades "próximas" de Tula de Allende e Tepoztlán. Para ver mais informações e diversos atrativos na cidade, consulte o meu relato anterior. DIA 48) CIDADE DO MÉXICO Acabou que enrolei um pouco pela manhã indo em mercados, fazendo café da manhã e organizando algumas coisas, então nesse dia consegui ir apenas em um atrativo, mas em um que vale por muitos: o Museo Memória y Tolerancia. Já adianto que o museu é uma porrada no estômago! Porém acredito ser uma ferramenta muito importante de estimular a tolerância entre povos e conscientizar sobre genocídios, guerras e crimes como o tráfico humano. Aqui no Brasil deveria haver um museu desses, apresentando informações sobre o genocídio de povos indígenas, principais guerras e conflitos que ocorreram em nosso território e as vidas humanas ceifadas e os prejuízos causados pelas ditaduras. O museu traz alas grandes dedicadas ao nazismo (inclusive apresentando um vagão que foi usado para transportar pessoas aos campos de concentração) e aos genocídios ocorridos na antiga Iugoslavia, Camboja, Império Otomano, Guatemala, Ruanda e Dafur, além de ala com dados sobre a violência atual no México. Por fim, termina de forma mais positiva, apresentando mensagens de inclusão e tolerância e dedicando atenção a personalidades que promoveram a paz em diferentes partes do mundo. Entrada: $115 ou $92 estudantes. Depois dei uma caminhada pelos arredores do museu, jantei e voltei para a hospedagem. DIA 49) TULA Dia de ir à Tula, cidade com uma das zonas arqueológicas que mais me surpreendeu no México! 🤩 Eu achava que era apenas uma pirâmide com os atlantes (estátuas de pedra de grande porte). Não imaginava a sua importância histórica e a sua grandeza. Tula era a grande capital do altiplano central da América Central até o ano 1050, chegando a ter 85 mil habitantes no seu apogeu. Por meio do comércio, a cidade unificou um vasto território, exercendo influências até El Salvador e Nicarágua. As primeiras evidências de assentamento na área oincidem com o início da decadência de Teotihuacán, por volta dos anos 600. No séc VII iniciou-se a construção do primeiro núcleo urbano. A cidade perdeu a sua hegemonia na metade do séc XII com a chegada de grupos mexicas (astecas) e devido a disputas internas. Acho que vale super a pena fazer um bate e volta da Cidade do México para conhecer o sítio, mesmo com o preço de passagem um pouco salgado. 📍A 80 km da Cidade do México 💲Entrada a 90 pesos 🚌 Empresa Ovni Plus- $298 ida e volta com desconto de 10%, saídas frequentes do Terminal Norte, 2h30 de viagem DIA 50) TEPOZTLÁN Dia de bate-volta a Tepoztlán, um pueblo mágico situado no meio de uma bela serra, que tem toda uma onda espiritualista alternativa. Um dos seus grandes atrativos é o Tepozteco, um pequeno templo no formato de uma pirâmide localizado no alto de uma montanha da Serra de Tepoztlán. O templo foi construído pelo povo Xochimilca por volta de 1200 e era dedicado Tepoztécatl: deus do pulque (consulte o que é no glossário de bebidas), também associado à Lua e à fertilidade vegetal. A subida até o sítio arqueológico desde a base na cidade dura de 40 min a 1h em um bom ritmo de caminhada. O custo de entrada é de 90 pesos, mas não estavam cobrando quando fui. O último grupo pode entrar até 15h. Atenção que o controle de entrada é feito lá no alto, já quase no cume da montanha. Além da visita ao Tepozteco, vale a pena dar um pulo no mercado e comer uma comida pré-hispânica, como o delicioso itacate feito de massa de milho. No restaurante Comida Tradicional Tepozteca Morales, comi um de quelites (ervas comestíveis de uma grande variedade de plantas) por 30 pesos. Muito delicioso, muito bem recheado. Outra coisa que vale a pena comer em Tepoztlán é um sorvete da Tepoznieves, onde há uma grande variedade de sabores diferentes, inclusive alguns com flores. Enfim, vale muito a pena fazer um bate-volta a partir da Cidade do México para conhecer o pueblo, mesmo com a passagem caríssima. Caso o seu próximo destino na viagen seja Taxco, é mais prático e econômico ir com a mochila e tudo para Tepoztlán e depois de visitar a cidade, pegar um dos ônibus frequentes a Cuernavaca e em seguida outro a Taxco. 📍80 km da Cidade do México 🚌 Saídas frequentes do Terminal del Sur (metrô estação Tasqueña). $164 cada trecho com OCC ou Pullman de Morelos (1h15 de viagem). Detalhe: passagem mais cara da viagem considerando o tempo de viagem. DIA 51) DESLOCAMENTO A TAXCO Dia de ir ao que veio a ser o meu novo pueblo mágico favorito: Taxco. É uma cidade colonial fundada em 1529 estabelecida entre morros e montanhas. Os seus prédios foram construídos aproveitando a inclinação do terreno ao longo de ruas estreitas (meio como fazem em favelas cariocas). O Instituto Nacional de Antropología e Historia (INAH) nomeu como Patrimônio Nacional um conjunto de 96 edificios com valor histórico, construídos entre os sécs XVII e XIX. A cidade é bastante conhecida pelo artesanato em prata. A exploração do metal na região existe desde antes da chegada dos espanhóis. Além das diversas lojas de venda de joias em prata já existentes na cidade, no sábado acontece, na rodovia do terminal de ônibus, uma grande feira com muitas bancas de comércio de acessórios em prata. No meu primeiro dia na cidade, dei um rolê meio que sem destinos definidos, passando por vários cantinhos charmosos. O grande destaque para mim foi o Templo de Santa Prisca, igreja de estilo barroco de mais de 250 anos, com retábulos e altar muito bonitos e grandiosos. Entre as dezenas de igreja que visitei no México, essa é a mais bonita! Depois de percorrer muitas ruazinhas da cidade, voltei ao hostel e demais tarde saí para ver como tudo era no período da noite. O templo, por exemplo, ganha uma iluminação especial e a área de trás do templo fica cheio de banquinhas de bebida e comida em plena atividade. DIA 52) GRUTAS CACAHUAMILPA E RETORNO A CIDADE DO MÉXICO No meu segundo dia em Taxco, resolvi ir às impressionantes Grutas Cacahuamilpa, que ficam a 25 km do centro de Taxo e fazem parte de um parque nacional de 1600 hectares, criado em 1936. A parte visitada tem extensão de 2 km (apenas de ida) e consiste em 15 salões em apenas uma enorme galeria com 30 a 80 m de largura e 20 a 70 m de altura. A caminhada é toda feita sobre pavimento construído entre os anos 1967 e 1970. O passeio é guiado e tem duração de aproximadamente 2h. Ao longo dele são apresentados vários espeleotemas (formações em caverna) muito bonitos e grandiosos que remetem a diferentes formas: animais, cogumelos, bustos de presidentes mexicanos etc. Gostei muito do passeio. Achei ainda mais impressionante que as outras cavernas visitadas na viagem. O único problema é que os grupos em geral são muito grandes. Para driblar, um pouco isso recomendo chegar depois de 14h e ir durante a semana. 💲 Entrada a 150 pesos (última entrada às 17h). Tem outras opções de passeios também que envolvem rafting e tirolesa por 350 pesos. 🚌 Ônibus da Flecha Roja no terminal Estrella Blanca - $46 cada trecho, 50 min de duração Depois de conhecer as Grutas, retornei a Taxco já no final da tarde. Ainda deu tempo de comprar lembrancinhas de prata na feira de sábado antes de seguir de volta à Cidade do México. DIA 53) BOSQUE DE CHAPULTEPEC Na minha viagem anterior, já havia visitado o incrível Bosque de Chaputepec, um parque urbano com vários ótimos museus e atrativos interessantes, sendo o seu grande destaque o melhor museu que já visitei na minha vida: o Museo Nacional de Antropología. Dessa vez, voltei ao Bosque para curtir um programa de domingo, dia em que o parque fervilha de gente, e para conhecer dois museus que não tinha conseguido conhecer na outra viagem: Museo Rufino Tamayo e Museo de História Natural. O Rufino Tamayo é um excelente museu voltado à arte contemporânea que estava contando duas exposições temporárias principais uma de Rafael Montañez Urtiz e outra do artista que dá nome ao museu, Rufino Tamayo. Gostei demais das duas! A entrada geral é de $85, estudantil é gratuita e aos domingos a entrada é gratuita para todos. Depois de visitar o museu fui caminhando por dentro do parque e acabei sem querer me deparando com uma feirinha bem legal na área externa do museu Cencalli. Acabei experimentando um bocadinho de coisas lá e comprei biscoitos e chocolate deliciosos, além de tomar um pulque muito bom. Também foi onde comi um dos antojitos mais gostosos da viagem, o tlaxcalli . Acabei ficando um bom tempo lá e depois fui ao Museo de História Natural. É um museu bem grande, mas estava em reforma e apenas duas de suas alas estavam abertas. Tem conteúdo interativo e uma exposição com excelentes informações. Só achei um pouco caótica a organização das informações. Entrada a $32 ou $16 estudantil. Depois desse rolê todo voltei à hospedagem. DIA 54) DIA DE DESLOCAMENTOS ATÉ COMITÁN DE DOMINGUEZ Esse dia envolveu uma rede de transportes até chegar à Comitán. Primeiro avião de Cidade do México a Tuxtla Gutierrez. Depois tuk-tuk até Salvador Urbina e, por fim, colectivo até Comitán. Comitán é uma cidade que já havia visitado na outra viagem e, apesar de considerar simples, tem um centrinho bonito e é agradável de forma geral. Da outra vez, usei a cidade como base para explorar os belos Lagos Montebello e Cascada El Chiflón e como ponto de partida de uma viagem à incrível Laguna Miramar. Dessa vez, a cidade serviria como ponto de partida para a minha viagem de travessia à Guatemala, mas antes disso visitaria novamente a Cascada El Chiflón, já que da outra vez visitei a cidade em período de chuva e as cachoeiras estavam com água barrenta. DIA 55) CASCADA EL CHIFLÓN Dia de visitar a Cascada El Chiflón, mais uma cachoeira de água com coloração incrível! Anteriormente eu disse que a Cascada de Tamul era considerada a cachoeira mais bonita do México. Sim, é mesmo incrível, mas achei El Chiflón ainda mais bonita. El Chiflón na verdade é uma sequência de cachoeira e trechos de piscinas naturais. As principais cachoeiras são El Suspiro, Ala de Angel, Velo de Novia (a mais imponente com cerca de 120 m de altura), Arcoiris e Quinceañera. Até a Velo de Novia são 1270 m de caminhada em uma trilha contínua. Depois para chegar a Arco Iris e Quinceañera é preciso pegar uma outra rota de 810 m. Vale super a pena! As cachoeiras podem ser visitadas através de duas trilhas: uma em cada lado do rio. Do lado esquerdo da margem, cobra-se 50 pesos para entrar e depois mais 25 pesos para acessar a Arcoiris por uma trilha rústica. Esse lado é bem pouco visitado. É dele que se tem a melhor visão da Velo de Novia. Em compensação, não tem acesso à Quinceañera. Do lado direito, a trilha é mais bem estruturada, muito mais visitada e conta ainda com tirolesas com custo extra. A entrada é de 80 pesos. Desse lado, chega-se bem mais perto da Velo de Novia e ainda é possível acessar a Quinceañera. As referências de distâncias no quarto parágrafo são na verdade deste lado. Eu paguei para acessar o lado direito e atravessei para o outro lado. Acabou que não cobraram os 50 pesos de entrada, apenas os 25 para acessar a Arcoiris. Se conseguir nadar bem segurando suas coisas em uma mão, faça o mesmo. Do lado esquerdo terá essa vista maravilhosa da Cascada Velo de Novia: Valeu muito a pena o retorno a El Chiflón! Entrou pro meu top 3 de cachoeiras mais bonitas da vida. ❤️ 📍35 km de Comitán de Domingues e 120 km de San Cristóbal de las Casas 🚌 Transporte La Angostura em Comitán - $40, 50 min de duração DIA 56) DIA DE DESLOCAMENTOS ATÉ QUETZALTENANGO/GUATEMALA Esse foi um dia basicamentede deslocamentos até chegar à cidade de Quetzaltenango (também conhecida como Xela) na Guatemala. Os detalhes estão na planilha no Itinerário. ********************************* AGORA HÁ UMA QUEBRA DA SEQUÊNCIA TEMPORAL JÁ QUE VIAJEI POR 13 DIAS COMPLETOS PELA GUATEMALA) ********************************* DIA 57) DESLOCAMENTOS DE FLORES/GUATEMALA A MAHAHUAL Dia intenso de deslocamentos desde Flores, passando por Belize, e chegando a Chetumal e posteriormente a Mahahual. Tive uma série de desafios e contratempos. Por volta de 18h, cheguei a Chetumal, onde peguei um transporte à cidade litorânea de Mahahual. DIA 58) MAHAHUAL Mahahual é uma pequena cidade litorânea na extremidade sul da costa da península mexicana. A cidade tem um longo calçadão ao longo de sua praia no qual há várias lojinhas e restaurantes. Eu fui até a cidade porque havia ouvido falarem muito bem sobre a sua praia, mas talvez vale a pena a visita apenas no período de ausência de sargaço no litoral. Nesse período final da viagem já havia bastante sargaço e em diversos trechos a água não estava com uma coloração bonita. Nos pontos onde maior concentração de restaurantes e bares de praia, até tentam contornar esse problema por meio de uma boia flutuante semelhante a uma de raia de piscina. Ajuda, mas deixa a paisagem bem feia. Nesse dia que passei na cidade, caminhei para ambos os lados. Para o lado direito, após o calçadão, havia muito sargaço. Já para o lado esquerdo encontrei o farol, onde há uma área ótima para banho e para fazer snorkeling e ainda não tem estrutura de comércio. Acabou que foi o único curto trecho da orla que eu gostei. Só dei mole e não tirei foto hehehe Enfim, no saldo final, acho que valeu a experiência de conhecer Mahahual e descansar um pouco lá no final da viagem, mas não o suficiente para dizer que fiquei com vontade de voltar à cidade no futuro. DIA 59) DESLOCAMENTOS ATÉ CANCÚN Dia de pegar um combo de transportes, envolvendo três vans e uma carona. Mais detalhes na planilha na aba Itinerário. Ao final da tarde, cheguei à Cancún e fui direto à minha hospedagem. Saí apenas para comprar cervejas e comida é depois retornei ao hostel. DIA 60) RETORNO À MINHA CASA Acordei cedo, comi bem e me dei o luxo de tomar uma cerveja de café da manhã. Depois fui até o terminal da ADO e peguei um ônibus até o aeroporto para pegar o voo de volta. Fim da viagem! 😭 LISTAS DOS MELHORES ATRATIVOS VISITADOS NO MÉXICO (considerando também a viagem de 2019) TOP, TOP CENOTES (todos que conheci) 1º) Aktun Chen - a 30 km de Tulum e 40 km de Playa del Carmen 2º) Cenote Xkeken - complexo Dzitnup a uns 6 km de Valladolid 3º) Gran Cenote - a uns 6 km de Tulum na pista com sentido a Cobá 4º) Cenote San Lorenzo Oxman - a uns 3 km de Valladolid, no mesmo sentido do complexo Dzitnup 5º) Cenote Samula - complexo Dzitnup a uns 6 km de Valladolid 6º) Cenote Lol - Ha - no povoado de Yaxunah a 20 km de Pisté 7º) Cenote Il Kil - a 4 km de Chichen Itza 8º) Cenote Xcanche - no sítio arqueológico de Ek Balam a uns 28 km de Valladolid 9º) Cenote Cueva del Água - no passeio da Cascada de Tamul 10º) Cenote Zaci - dentro da cidade de Valladolid 11º) Cenote Hubiku - na pista no sentido de Ek Balam a 16 km de Valladolid 12º) Cenote Tamkach Ha - a 6,5 km de Cobá 13º) Cenote Multum Ha - a 1,5 km do anterior TOP, TOP ATRAÇÕES RELIGIOSAS 1º) Templo de Santa Prisca - Taxco 2º) Templo de Santa María Tonantzintla - Cholula 3º) Santuário de Nuestra Señora de Guadalupe - Morelia 4º) Museu del Virreinato - Tepotzotlan 5º) Templo San Francisco Acatepec - Cholula 6º) Capilla del Rosario (Templo de San Domingo) - Puebla 7º) Templo de Santo Domingo de Guzmán - Oaxaca 8º) Paroquia de Santo Domingo - Zacatecas 9º) Catedral de Morelia - Morelia 10º) Iglesia de San Juan Bautista - San Juan Chamula 11º) Convento/Museo de Guadalupe (Virreinato) - Guadalupe/Zacatecas 12º) Tempo Expiatorio del Santíssimo Sacramento - Guadalajara 13º) Parroquia de San Miguel Arcángel - San Migue de Allende 14º) Catedral de Puebla - Puebla 15º) Santuário da Basílica de Guadalupe - Cidade do México TOP, TOP MUSEUS 1º) Museu de Antropología - Cidade do México 2º) Museu de Antropología - Xalapa (são dois com o mesmo nome) 3º) Templo Mayor - Cidade do México 4º) Museo de las Culturas - Oaxaca 5º) Museu Amparo - Puebla 6º) Instituto Cabañas - Guadalajara 7º) Museu de Bellas Artes - Cidade do México 8º) Museo del Desierto - Saltillo 9º) Gran Museo del Mundo Maya - Mérida 10º) Museo Internacional del Barroco - Puebla 11º) Museo de Guadalupe (Virreinato) - Guadalupe/Zacatecas 12º) Museo Memoria y Tolerancia - Cidade do México 13º) Museo Soumaya de Polanco - Cidade do México 14º) Centro de las Artes - San Luis Potosí 15º) Museo Rafael Coronel - Zacatecas TOP, TOP SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS 1º) Uxmal 2º) Teotihuacan 3º) Chichén Itzá 4º) Palenque 5º) Chicaná e Becan 6º) Calakmul 7º) Tula 8º) Bonampak 9º) Monte Álban 10º) Toniná 11º) El Tajín 12º) Edzna 13º) Ek Balam 14º) Mitla 15º) Kabáh TOP, TOP PUEBLOS MÁGICOS 1º) Taxco 2º) Real de Catorce 3º) Bacalar 4º) Pátzcuaro 5º) Izamal 6º) Cuetzalán 7º) Tlaquepaque 8º) Tepoztlán 9º) Orizaba 10º) Tepotzotlán 11º) Bernal 12º) Zacatlán 13º) San Miguel de Allende 14º) San Cristobál de las Casas 15º) Valladolid TOP, TOP CIDADES FAVORITAS (além dos pueblos mágicos) 1º) Guadalajara 2º) Cidade do México 3º) Morélia 4º) Guanajuato 5º) Zacatecas 6º) Campeche 7º) Monterrey 8º) Oaxaca (centro histórico) 9º) Querétaro 10º) Xalapa TOP, TOP PRAIAS* 1º) Playa Balandra - La Paz/Baja California 2º) Playa Punta Sur - Cozumel 3º) Playa Holbox - Holbox 4º) Playa del Amor - Cabo de San Lucas/Baja California 5º) Playa Xcacel - entre Tulum e Playa del Mar * Disclaimer: esse talvez seja o tópico que eu tenho menos propriedade para falar já que não conheci as praias de Veracruz e nem as da costa de Oaxaca e também por achar que o México é um país muito mais interessante por outras coisas do que pelas suas praias. Particularmente não gosto muito da privatização de espaços de praia com impedimento de acesso que há em muitos locais e também não me atraia o tipo de exploração econômica que geralmente há na orla de cidades mexicanas com restaurantes de alto padrão ou calçadões cheios de lojas, restaurantes e bares. Sou do tipo que gosta de praias mais naturais, com paisagem bonita e sem muita infraestrutura. ATRATIVOS IMPERDÍVEIS NO MÉXICO FORA DAS LISTAS ACIMA - Urbanos: Parque Fundidora em Monterrey; Mina El Éden em Zacatecas; Biblioteca Vasconcelos, Bosque Chapultepec e bairro Coyoacán em Cidade do México; Palacio de Gobierno e bairro Colonia Americana em Guadalajara - Paisagens naturais: Tours de barco pelas Islas Marietas, Isla Espiritu Santo e Arco de San Lucas (Baja California), trem El Chepe de Bahiuchivo a El Fuerte, Barrancas del Cobre e Urique, Huasteca (Monterrey), Grutas Cacahuamilpa, Cascada de Tamul, Cascada El Chiflón, Lagos Montebello, Laguna Miramar e Canion del Sumidero --- Relato finalizado em 08/11/2023 ---
  2. Salve mochileiros!!!🤙 Aqui de novo pra relatar mais uma viagem, dessa vez pela parte sul da terra do Chaves, Chapolin, Maná, Maria del Barrio, Catrina, mariachis, tequila, mezcal, pimenta, enchiladas, marquesitas, esquites, micheladas e tantas outras cositas más... Os objetivos desse relato são ajudar viajantes a planejar suas viagens, por isso procuro colocar os preços dos passeios, transporte, hospedagens, alguns pontos positivos e negativos de alguma coisa e minhas impressões pessoais; e também documentar minha viagem, como se fosse um diário de bordo, para que daqui a um tempo, quando bater saudade da viagem eu possa voltar aqui e lembrar os lugares onde passei, as coisas que fiz e as pessoas que conheci, por isso costumo colocar nomes das pessoas que conheci pelo caminho. Escrever um relato é também uma forma de agradecer aos que fizeram seus relatos e assim me inspiraram a viajar. Então aqui estou tentando escrever um relato bem detalhado no melhor estilo novela mexicana e contribuir para o crescimento dessa magnífica rede de solidariedade que é o Mochileiros.com ROTEIRO: Ciudad de México, Puebla, Oaxaca, San Cristóbal de Las Casas, Palenque, Valladolid, Bacalar, Tulum, Playa del Carmen, Isla Mujeres e Ciudad de México de novo [emoji28] CUSTO: Não fiz um cálculo certo, mas estimo por volta de 6 mil reais. Claro que isso varia de pessoa pra pessoa. Os gastos com alimentação, bebedeiras e presentinhos/lembranças/quinquilharias são coisas muito pessoais. No relato vou focar mais nos valores dos gastos com hospedagens, passeios, ingressos e transportes que são mais comuns a todo mundo. A passagem BH-CDMX eu comprei ida e volta por 1800 reais e o voo Cancun-CDMX comprei por 190 reais. Esse voo de Cancun pra Cidade do México eu queria comprar pro final da viagem e assim voltar de Cancun já pro Brasil mas os voos na Semana Santa estavam absurdamente caros a partir da quinta-feira então acabei comprando na quarta-feira e alterei meu roteiro que seria ficar os 4 primeiros dias na Cidade do México pra ficar 2 dias no inicio e 2 no final. Levei 4 mil reais que troquei tudo no aeroporto da Cidade do México. Aí você me pergunta: MAS VC LEVOU REAIS PRO MÉXICO??? Sim, e digo que valeu a pena. Por que? As casas de cambio estavam com o dólar em torno de 18 pesos mexicanos e o real entre 4 e 4,20 mas tinha uma casa de câmbio no aeroporto que tava trocando reais a 4,50. Aí foi a felicidade!!! Se você fizer a conta da razão de 18 por 4,50 dá exatamente 4, ou seja, vale levar dólar se você comprar dólar aqui no Brasil a menos de 4 reais, o que ultimamente não era possível. Eu levei também 300 dólares que eu tinha comprado aqui por 4,09. Esses dólares voltaram comigo porque eles foram só por precaução, assim como o cartão do banco pra saque, pois eu ia viajar pelo interior do México e se eu fosse roubado ou meu dinheiro acabasse eu não ia conseguir fazer NADA com reais por lá. O único lugar que vi trocar reais no México é no aeroporto da Cidade do México e eu até achei boa a cotação de 4,50 então se você for levar reais, procure o melhor cambio no aeroporto e troque TUDO lá. Também usei cartão de crédito pra pagar as hospedagens que aceitavam cartão sem adicional por isso e algumas passagens de ônibus também. A cotação no cartão de crédito já com IOF ficou muito perto dos 4,50, geralmente entre 4,45 e 4,48 Vou colocar no relato os valores em pesos mexicanos, pra converter pra real é só dividir por 4,50. Como eu não ia andar o dia todo com o celular na mão fazendo contas (nem você vai fazer enquanto lê) eu dividia por 5 e pensava que era um pouquinho mais do que o resultado. Se algo era 50 pesos, era pouco mais de 10 reais e assim por diante… HOSPEDAGEM: fiquei toda a viagem em hostel, que eu reservava pelo Booking ou Hostelworld, pois se tem uma coisa que não combina comigo é chegar num lugar e ficar caçando onde ficar, gosto de já ir direto ao ponto [emoji38] Então no dia anterior quando eu decidia que realmente ali já deu e tava na hora de partir pra outro lugar eu entrava no app e reservava um hostel na próxima cidade. Ao longo do relato vou dizendo onde fiquei e o que achei. SEGURANÇA: O México parece um pouco com o Brasil, sempre saem notícias de grupo de narcotraficantes tacando o terror em algum lugar, existem sim lugares perigosos...mas pra mim a sensação foi de tranquilidade. Me senti sempre como se eu estivesse na minha cidade, que é uma cidade do interior “relativamente” tranquila. Claro que eu passei pelos pontos mais turísticos e obviamente mais policiados. Creio que você deve andar com a cautela comum que você deve ter em qualquer lugar do mundo, aquela velha história de não ostentar nada e observar ao seu redor. No mais aproveite o México que eu achei bem de boa. CLIMA: Taí uma coisa a ser observada sempre. Uma boa época pode ajudar bastante nos seus planos, então manda um Google no mês que você vai pra saber se não é uma furada. Parece que o pior é a época mais chuvosa entre junho e outubro. Agora em abril tava perfeito. Cidade do México, Puebla e Oaxaca com tempo seco e certo friozinho pela manhã, entre 12 e 15 graus e calor de tarde entre 25 e 30 graus e interessante que nessa região o povo adora um agasalho, tudo bem que até faz um friozinho de manhã mas no calor do meio da tarde eles não tiram o agasalho E adoram vestir um coletinho também[emoji1] Peninsula de Yucatan com o tempo abafado de sempre, temperaturas entre 20 e 30 graus. Vi apenas duas chuvas nesses 22 dias, quase sempre muito ensolarado, é um mês bem aproveitável. [emoji41]
  3. 15/03/2020 Logo após a visita ao sítio arqueológico de Mayapán, fui procurar uns cenotes que constavam no Google Maps e acabei parando no pequeno povoado de Telchaquillo... Caminhei pela rodovia até a entrada da cidade, sob um sol escaldante... Cheguei no centro do povoado e percebi muita coisa interessante, principalmente na construção dessa igreja. As pedras principais foram retiradas de construções maias, e ainda se pode observar várias inscrições nelas. Imagine quanta coisa foi destruída, pois sabemos que os espanhóis aproveitavam as pedras dos templos para construir suas fortalezas, igrejas e casas... E a força da conversão religiosa imposta pelos conquistadores, fez com que a população se tornasse majoritariamente católica. O calor estava grande e saí perguntando a respeito do Cenote, que, para a minha surpresa, ficava bem na praça central... Porém, subterrâneo! Paguei incríveis $10 pesos para o acesso e desci na caverna, que tinha apenas uma abertura na parte superior que iluminava o restante do lugar. Havia somente duas famílias com crianças e, apesar de parecer pequeno, aproveitei bastante mais essa experiência. As águas azuis, transparentes e refrescantes deram uma boa revigorada depois de tanto sol nas andanças por Mayapán e a caminhada pela rodovia em busca dos Cenotes. Pode até não ter sido aqueles que eu procurava, mas valeu muito a pena ter conhecido mais este. Depois desse momento relaxante, para voltar fiquei sabendo que o ônibus passava pelo povoado. Voltei até uma mercearia para tomar um refrigerante bem gelado e pouco depois veio o ônibus. Apesar de feio, até que era confortável e, como foi parando em todos os povoados pelo caminho 🙄, aproveitei para conhecer muitos outros lugares interessantes para uma nova visita na região! Ah, o ônibus foi bem mais barato: $27 pesos! Quer conhecer os detalhes e a história do local? Dá uma olhada no link de deixei aqui embaixo: Mochilão pelo México: o Cenote de Telchaquillo Espero que tenha ajudado! 🤠👍
  4. 17/03/2020 Mérida, capital do estado de Yucatán, foi o último destino antes de retornar à Cancún, nesse mochilão espetacular de conhecimentos e descobertas a respeito da civilização Maia. Em seus arredores existem muitos outros sítios arqueológicos importantes, como Mayapán, Dzibilchaltún, Uxmal e Izamal. Cidade grande mas de relevo plano e de gente tranquila e acolhedora, é uma belíssima cidade que merece a atenção dos viajantes para as suas construções seculares e histórias dos povos que por aqui passaram. Vindo de Valladolid, a chegada foi no novíssimo terminal da ADO (sempre primera 😖) , com instalações muito boas e climatizadas. Andar pela cidade é muito fácil, pois também está orientada por numerações nas ruas: norte-sul pares / leste-oeste ímpares. Táxis são baratos, mas tem o transporte público e alternativos muito baratos. O que me surpreendeu foi a qualidade de vida das pessoas da cidade, com muitas alternativas de lazer gratuitas. Uma delas é o Zoológico Municipal. Uma grande área verde com entrada gratuita, contando com muita variedade em animais, inclusive raros tigres brancos, leões, gorilas, rinocerontes... Caramba, fiquei muito surpreso mesmo. Muitas opções de lazer para crianças de todas as idades (inclusive eu... 🤭), como por exemplo um passeio de trem no entorno de todo o parque pagando apenas $1 peso!!! Imperdível... e adorei!!! Teleférico, barquinho... apenas $10 pesos! Baita passeio, com direito a várias barraquinhas de comidas típica e INTERNET GRATUITA!!! A praça principal, ou Zócalo da cidade é outro ponto obrigatório para fotos e muitos passeios legais em museus, igrejas e comércio local. Para aproveitar bem, recomendo ficar hospedado em uma região mais central, como na Calle 50. Hospedei-me num hostel por 3 dias (total $535) com piscina, café da manhã e ar condicionado no quarto... Acredite, esse último item faz toda a diferença nessa região quente! Essa cidade ainda guarda algumas construções do período colonial, inclusive os únicos arcos ainda existentes no México que compunham o sistema de muralhas da cidade! E na Catedral de San Ildefonso está a primeira cúpula construída nas Américas! Existem várias opções de passeios pela cidade, desde charretes pelo centro histórico, aos ônibus sem teto que fazem um tour mais distante. Os valores não são altos e sempre dá para pechinchar um desconto! Na região da Plaza Grande (Zócalo), a internet funciona razoavelmente bem são várias as possibilidades de tirar fotos muito interessantes. Infelizmente, com a chegada da COVID-19, não consegui fazer os dois últimos passeios que tinha programado para Uxmal e Dzibilchaltún. Aproveitei para ficar andando pela cidade, vivendo um pouco do dia a dia... A ligação entre Mérida e Cancún pode ser feita por ônibus ou avião. O primeiro, logicamente, é muito mais barato e se você comprar com antecedência no site da ADO, pode conseguir um ótimo desconto. Eu, por exemplo, comprei por $252 pesos, quando o valor normal seriam $600 pesos!!! Como já estava voltando para casa, comprei algumas lembrancinhas por aqui, e as demais em Cancún. Vale a pena pesquisar os artigos em prata, que são bem mais em conta no México. No terminal Noroeste tem ônibus para a maioria dos destinos dos arredores, principalmente para a região dos sítios arqueológicos e litoral. Não deixe de verificar as vans também, na rua do entorno, que oferece preços muito bons! Quer saber mais detalhes e conhecer a história da cidade, dá uma olhadinha no vídeo aqui embaixo: Mochilão pelo México: Mérida Espero ter ajudado... Valeu e siga viajando!!! 🤠👍
  5. 13/03/2020 Aproveitando o passeio ao Sítio Arqueológico de Ek Balam, depois emendei para conhecer o Cenote X-Canche, que fica nas proximidades e logo após a recepção principal. Cenotes são grandes reservatórios naturais de água doce e grandes responsáveis por sustentar a civilização Maia e a população atual no meio de lugares extremamente quentes e secos, como na região de Yucatan. No final do relato, deixei o link para o vídeo com dicas detalhadas dessa atração! A entrada custa $80 pesos e existe a opção de alugar uma bicicleta por $90 ou pagar um bici-táxi para evitar a caminhada de 2 km até o Cenote... E é claro que fui à pé... 😂 O sol estava terrível e soprava um vento quente, como se estivéssemos em um verdadeiro forno! Chegando ao local, encontramos a recepção e nos encaminham ao vestiário para tomar uma ducha. Para preservar as águas do Cenote é recomendável que não se usem protetores solares, salvo aqueles que vendem específicos para os parque aquáticos e que não deixam resíduos. Eu não uso, pois prefiro me proteger com as roupas com filtro solar. Feito isso, já em roupas de banho (fui de bermuda térmica mesmo 😜), chegamos ao Cenote... E a visão é impressionante! A descida se dá por escadas, mas também tem a opção de fazer um rapel (pago à parte). É uma experiência inesquecível... Não vá à região sem conhecer essas dádivas da natureza! A água é de um azul-turquesa muito transparente! Para aqueles que tem algum receio, haja visto que a profundidade é de mais de 30 metros 😬, tem a disposição coletes para aluguel. Atravessando colocaram uma corda para ajudar a quem fica na água e é muito útil mesmo. Passei um bom tempo me refrescando e apreciando o contato com a natureza... Existem até alguns peixinhos parecidos com bagres. Em alguns pontos, existem plataformas para quem quiser dar um mergulho... E é uma experiência fantástica! Saindo do Cenote tem um restaurante, local para acampamento e banheiro limpos. Foi uma ótima experiência poder conhecer esse lugar! O único problema é voltar os 2 Km sob o sol... Mas, depois de me refrescar até que pareceu ter sido mais tranquila a volta. Para o retorno à Valladolid, tive que esperar o táxi atingir a sua lotação. Pouco tempo depois apareceram mais duas turistas e ficou faltando uma pessoa. Passou-se mais de 30 minutos e resolvemos rachar a diferença e cada um pagou $70 para voltar logo... Foi um gasto a mais, porém compensou o tempo que economizamos! Confira os detalhes no vídeo aqui abaixo... Mochilão pelo México: o Cenote X-Canche
  6. 13/03/2020 Ek Balam é um importante sítio arqueológico nas proximidades de Valladolid e famoso pelas esculturas em estuque finamente trabalhado. Para chegar lá, recomendo hospedar-se em Valladolid e pegar um táxi compartilhado na parte da manhã. O custo é de $50 pesos e a saída é feita quando o táxi atinge 4 passageiros. Vá até o cruzamento das Calles 44 com a 37 e vários taxistas vão oferecer o destino e o preço é meio que tabelado. A viagem é bem rápida, pois são 27 Km em estradadas planas e com boa pavimentação. Ek Balam foi um dos sítios arqueológicos mais recentes a serem abertos à visitação, por isso é pouco conhecido. Só achei o ingresso bem caro e isso quase me fez desistir de visitar (mochileiro é muquirana mesmo 😅). Porém, pesquisando a história e a importância vi que o sacrifício valeria a pena... E realmente, valeu mesmo! O ingresso custa $423,00 pesos!!! Mas pelo menos tem uma estrutura boa na recepção. Aproveite, pois lá no sítio arqueológico não tem banheiros e nem outra facilidade para o visitante. Recomendo levar bastante água, lanche e muita proteção solar!!!! Mosquitos nem senti... Roupas leves e sapatos confortáveis também são essenciais. No meu caso, como já estava com várias bolhas nos pés, fui de chinelo mesmo. Logo passando a recepção também tem a possibilidade de conhecer o Cenote X-Canche, uma ótima opção para se refrescar depois de um passeio no sol quente. Falarei da visita mais tarde. A lojinha de artesanatos tem várias opções, mas tudo padronizado e de fabricação em série. Os preços não eram muito convidativos e pode-se achar tudo lá em Valladolid mesmo. O caminho é muito bem cuidado mas a região é quente demais... O melhor de tudo, assim como em Cobá, é poder subir e entrar na maior parte das construções. Recomendo dar uma estudada na história (fiz um vídeo a respeito e deixarei o link ao final) ou, se tiver uma grana sobrando, contratar um guia que fica na recepção (um luxo em se tratando de mochilão...). Apenas uma parte da cidade foi explorada e, saindo do caminho principal, ainda podemos achar vários vestígios de grandes prédios a serem restaurados. Logo na chegada já podemos ver belas construções... Esse é o portal de entrada da cidade. A curiosidade é que ele tem 4 lados, com 2 rampas e 2 escadarias. E tem muita coisa para se ver! O bom é que é tudo bem concentrado e não precisamos andar muito. Só folego mesmo para ficar subindo e descendo das construções... Mas isso é só diversão 😜 A melhor coisa é que não tem muitos turistas e podemos contemplar as construções e ficar imaginando como seria nos dias de esplendor dessa cidade. A acrópole é uma estrutura impressionante, sendo uma das mais altas de Yucatan: E a atração principal, é a tumba de Ek Balam, o Jaguar Negro... Fiz uma pesquisa bem legal, pegando algumas publicações acadêmicas, e compilei no vídeo com a história e os detalhes das principais construções. Aqui, pelo menos, ainda tem algumas placas que ajudam a identificar e entender um pouco o local. Terminada a minha exploração, com direito a muitas fotos incríveis, aproveitei e fui ao Cenote que fica nas proximidades. Se você quiser maiores detalhes do passeio, desde a saída de Valladolid, a história da cidade, exploração do local e o retorno, pode conferir no vídeo do canal Trips & Flicks que deixarei abaixo. Mochilão pelo México: as ruínas de Ek Balam!
  7. 11/03/2020 Fundada em 28 de maio de 1543, Valladolid ainda guarda o ar da arquitetura colonial e é uma cidade fundamental para quem quer explorar a região e o principal sítio arqueológico Maia, Chichén Itzá! O terminal de ônibus da empresa ADO (aquela da mulher falando sem parar nos terminais 🥴) fica bem no centro da cidade, facilitando muito o deslocamento. As cidade em si é bem tranquila e pude perceber que é bem policiada. Isso é um aspecto bem legal das cidades da região, pois a sensação de segurança é muito grande e o povo muito amistoso. Escolhi um hostel bem próximo ao terminal e também estrategicamente localizado para conhecer as principais atrações da cidade, bem como próximo a supermercados. Nas minhas pesquisas por hospedagem, além desses itens mencionados, vejo as facilidades disponíveis como cozinha compartilhada! Isso dá uma baita ajuda para baratear os custos, pois faço compra nos mercados e cozinho algo mais saudável. A cidade tem como atrativo principal as construções da época do período colonial, vários Cenotes nas proximidades e sítios arqueológicos importantes, como Chichén Itzá e Ek Balam. Um detalhe importante é que o horário local é 1 hora a menos do que o de Cancún. Assim que cheguei fiquei perdido quanto a isso... O post aqui é bem resumido, pois preferi fazer um vídeo mais detalhado: Mochilão por Valladolid
  8. MÉXICO, DE NOVO!!!! E DE NOVO SEM CANCUN!!!! Por que o México de novo? Porque dessa vez não escolhi o destino, ele me escolheu. Na verdade, foi a companhia aérea que escolheu pelo valor irrecusável da passagem. Juntar cinco cabeças, com personalidades, bolsos e objetivos de viagem distintos é um exercício para lá de desafiador! A minha cabeça sempre objetiva a viagem fotográfica e por isso me fez priorizar mais dias em Yucatan que em Quintana Roo, enquanto o pessoal foi para Cancún eu fui para Mérida, assim pude curtir mais sítios arqueológicos. Definida essa primeira parte, tentei colocar na roda os lugares que seriam um pouco menos para a “turistada". Chegamos pela Cidade do México, mas foi somente uma noite, que conseguimos usar para assistir a Lucha Libre e no dia seguinte deu para fazer as Pirâmides de Teotihuacán, que fizemos por conta própria, usando metrô e ônibus. Chegamos mais ou menos às 4 da tarde e do aeroporto pedimos um Uber até à Plaza Garibaldi, onde decidimos ficar pela proximidade da Arena Coliseo, onde aos sábados tem a Luta Livre. É uma cidade do México completamente diferente de onde fiquei quando me hospedei pela primeira vez em Juarez. Dá para identificar como, dessa vez fiquei na CDMX raíz e antes tinha ficado na CDMX Nutella. Ficamos no Hotel Plaza Garibaldi, bem no meio do fervo, pois é a praça da tradicional aresentação dos Mariachis, os músicos mexicanos das famosas serenatas. Bem... eu não pude fotografar a Luta Livre, na entrada, os caras revistam e as câmeras são proibidas (mas os celulares, não... vai entender). Tive que voltar ao hotel para deixar minha câmera (ainda bem que era perto). A apresentação é muito tosca, como o telequete da TV nos anos 70, acho que curtiríamos mais se não o cansaço do voo não tivesse batido. Rodamos pela praça, vimos uma apresentação aqui ou acolá, comemos no hotel mesmo. Na manhã seguinte, pegamos o metrô na Plaza e pela Linha 5 – Amarela para ir à Estação Autobuses del Norte, de onde no Guichê 8 saem ônibus a cada meia hora Teotihuacam. Tem que se ligar e pedir ao motorista para te deixar na entrada do sítio. Nós vacilamos e fomos parar na cidadezinha, de onde pegamos uma van de lotação. Na volta, é a mesma coisa, pegamos o ônibus no portão de entrada do sítio. Na minha primeira vez eu fui de tour, o que me deixou revoltada, porque é muito fácil ir por conta própria, dez vezes mais barato (gastamos uns 30 reais ida x volta) e muito mais legal, porque no tour se gasta um tempo danado parado em lojas macomunadas com as empresas de turismo. Da estação de ônibus, pegamos o metrô direto para o aeroporto. Tudo isso com muita facilidade, pois ao chegar, tínhamos deixado nossas malas em um locker e ficamos só com uma muda de roupa na mochila de mão. Ali nos separamos, eu peguei um voo para Mérida e os demais quatro seguiram para Cancun. Três dias depois, nos encontramos na porta de entrada de Chichen Itza. Mérida é considerada a cidade mais segura do México e, provavelmente, a mais quente. Da Cidade do México para lá, fiz em voo interno pela Interjet, uma lowcoast mexicana super boa. E me presentei nutellando na hospedagem, ficando no Gran Hotel Merida, fundado em 1901 em um tradicional prédio colonial no coração da cidade. Era um domingo à noite e a região estava fechada para o trânsito, famílias nas ruas, feirinhas de artesanato e muita música. Já havia contratado o tour pela Mayan Ecotours (http://mayanecotours.com/) para fazer os sítios de Uxmal e Kabah. E que me desculpem aqueles que acham que Chichen Itza é “O” lugar, eu achei Uxmal muito mais fantástico. Um lugar cheio de lendas que começa pelo imperador do lugar que era um anão e por isso a Grande Pirâmide tem degraus tão estreitos. Dizem que a cidade foi fundada por uma tribo chamada Los Xiues e que teve seu ápice entre os anos de 600 e 900 d.C, com uma população de 20 mil habitantes. Hoje, a cidade tem 15 edifícios em uma extensão de dois quilômetros. A primeira construção vista ao se entrar no parque é a Pirâmide do Adivinho, com quase quarenta metros de altura e laterais arredondadas e atrás dela o Quadrilátero das Freiras, subindo um pouco mais pelo terreno passamos pelo Jogo das Pelotas e em seguida o Palacio del Governador. O guia nos contou que o primeiro projeto de restauração do governo mexicano começou em 1927 e que em 1975 a rainha Isabel II esteve na festa de inauguração do espetáculo de luz e som, quando começou a tocar a oração maia ao Deus Chaac (da chuva), caiu uma chuva absurdamente forte fora da estação. Durante o percurso entre Uxmal e Kabah, perguntei ao Raul como conseguiram manter os sítios sem que os espanhóis os destruíssem e ele respondeu: “fueron las malezas” e eu na minha mente superticiosa pensei em proteção divina, até que ele me explicou que maleza é o mesmo que erva daninha, ou seja, por muitos anos os sítios ficaram escondidos no meio da mata. Kabah fica 18 Km distante de Uxmal, que quer dizer “mão forte”. A área foi habitada desde meados do século III aC. A maior parte da arquitetura agora visível foi construída entre o século VII e o século XI. A contrução mais interessassante é o Palácio Codz Poop, chamado também de Palácio das Máscaras, pois sua fachada é decorada com máscaras de pedra com o rosto de Chaac, o deus da chuva. Entre os dois sítios há um povoado chamado Santa Elena, cuja igreja se vê ao fundo e foi construída pelos espanhóis na parte mais alta da cidade com o objetivo de demonstrar que o cristianismo estava acima de tudo. O tour incluía o almoço (sem bebidas) em um restaurante típico yucateco. Estávamos em cinco: eu e mais dois casais mexicanos de Monterrey. É claro que mesmo com meu portuñol horroroso, conversamos pacas e uma delas me deu várias dicas de como não passar fome no México, já que eu não como milho. Minha vida no México mudou com a palavra “harina”, que é a farinha de trigo. Merida entrou nos meus planos por causa de uma foto que vi no instagram do Monumento a la patria (to the Fatherland). Então passei no hotel para uma ducha e uma horinha de descanso e fui e voltei à pé, batendo perna pela cidade até achar o monumento que fica no fim do Paseo de Montejo, uma avenida enorme, como uma Champs Elyses de Mérida, com casarões históricos, cafés, bares, bancos para sentar e ver a vida passar (e aproveitar o wifi free). No dia seguinte, fui na dica do recepcionista do hotel, que me ensinou a ir à Izamal de busão sem a necessidade de contratação de um tour. As ruas de Mérida são classificadas por números, subindo são ruas pares e as transversais ímpares e assim foi fácil chegar à estação de ônibus (praticamente na esquina da 50 com a 67). De Mérida a Izamal são 70 Km, percorridos em pouco mais de uma hora. Ao retornar voltei de van, quinze mil cabeças e eu a única turista no meio. Provavelmente o povo pensando: “o que essa louca está fazendo sozinha por aqui?” Izamal é uma cidade colonial chamada de “cidade amarela”, pois suas construções são praticamente todas dessa cor, a começar pelo Convento de Santo Antonio, que é o símbolo da cidade. Além da igreja, há um museu que guarda as fotos, roupas e até a cadeira usada pelo Papa João Paulo II durante sua visita à cidade para o Encontro dos Povos Indígenas em 1993. O convento foi construído sobre as ruínas de uma pirâmide. Há outras cinco na cidade, mas só subi até à Kinich Kakmó (ruínas mesmo, só se vê a base). De duas a três horas é o suficiente para rodar toda a cidadezinha a pé. Voltei cedo para Mérida porque queria ficar umas três horas no Gran Museu Maia, mas bati com a cara na porta, porque o museu não funciona às terças e eu não sei onde eu estava com a cabeça para não me programar. Se eu soubesse, poderia ter feito o museu no dia anterior ao retornar de Uxmal. À noite eu fui para a Praça do Relógio para assistir a um espetáculo (free) de Jarana, que é uma dança típica de Yucatan misturada ao sapateado. Os casais que dançam jarana fazem isso usando roupas típicas adornados com esplêndidos bordados de ponto de cruz, de cores e desenhos muito diferentes, mas principalmente de flores estilizadas, já os rapazes usam guayabera e calça branca. Foi o ápice da minha passagem por Yucatan e eu fiz muitas fotos das lindas bailarinas. Uns meses depois ao postar no Instagram, a amiga de uma das meninas a marcou na minha foto e eu tive a oportunidade de mandar todo o álbum. Olha o mundo se encontrando! E chegou então o dia do reencontro com a galera. Eles alugaram um carro em Cancun e eu peguei um ônibus às 6 da manhã para encontrar com eles em Chichen Itza. Chegamos com a abertura dos portões e conseguimos fazer o tour antes dos ônibus de turismo. Às 11 quando saímos, já estava insuportável. Fugindo das excursões, também chegamos (distante 3Km) ao cenote Ik Kil em um bom horário. Uma hora depois, já parecia o Piscinão de Ramos. Esse cenote é bem legal, ainda que o excesso de turistas tenha seu aspecto negativo. Está a 26 metros abaixo do solo e tem 60 metros de diâmetro (bem grande) com 50 metros de profundidade, o que te dá a segurança de pular sem medo. O lugar tem toda uma estrutura de vestiários, guarda volumes e até restaurantes, mas quando começou a encher nós resolvemos pular fora e seguimos para nossa próxima cidade de parada, onde ficamos duas noites: Valladolid, um dos “pueblos magicos”. Almoçamos em Valladolid no espetacular restaurante La Casona, um buffet com comida yucateca de primeira, onde o barril de Corona está liberado! É ou não um sonho? Além da comida ser ótima, destaque para a sopa de lima, o lugar é lindo e tem um altar de mosaico dedicado à Virgem de Candelária. A tadinha fomos ao Parque Francisco Canton Rosado e à Catedral de San Gervasio, construída em 1545. Na manhã seguinte, partimos para Ek Ballan, um sitio arqueológico que não entramos porque estava o dobro do preço da entrada do Chichen Itza (que já não é barato). Ficamos com a opção de alugar bicicletas e ir só para o cenote. Ficamos a manhã toda lá, afinal era um “private cenote”. Só nós cinco. Foi aí que me colocaram o apelido de Thanos, por sumir com as pessoas. Esse lugar foi bem legal!!! É cheio de uns pássaros azuis muito lindos. No caminho de volta à cidade paramos em um outro cenote, mas só lembro que traduzido era “umbigo”. Redondinho e fundo. Bem legal também, mas cheguei à conclusão que sempre vou gostar dos mais abertos. Fiz umas fotos turistonas com uns carinhas do lado de fora vestidos como maias (a cara de tristeza do cara mais alto depois que fui olhar as fotos me deixou bem chateada e até me arrependi de ter só colocado 50 pesos na caixinha). Almoçamos no Pizza Hut para relembrar os dias no Marrocos (hahahhaha). No fim da tarde fomos fazer o último cenote que fica numa Hacienda, o Oxman, é fundo, as escadarias sinistras, aí fomos nutellar na piscina e tomar uma cerveja. Finalizamos a noite andando pelas ruas da bonitinha cidade colonial, passando por toda Calçada dos Frades (de los Frailes) até o Convento de San Bernardino de La Siena. Voltamos pela mesma Calçada e paramos em um dos poucos bares abertos, bem típico de filmes mexicanos. Eu fiquei na Corona e a galera encarou os drinks a base de tequila. De Valladolid fizemos o tiro mais longo da viagem: 260Km até Bacalar, saindo de Yucatan para Quintana Roo. Antes demos uma passadinha no cenote Suytun, só para fotos (hahahhaa). Não me lembro como resolvemos colocar Bacalar no roteiro, só sei que achamos que era muito bom para gastarmos 4 horas de estrada e acho também que era o fogo no rabo de estarmos perto da fronteira com Belize e marcar mais um pin no mapa. Não sei quem decidiu, mas fomos... e foi o melhor lugar dessa viagem!!!! Afinal, é um lugar com as cores do mar do caribe, mas com água doce. Todo mundo que me conhece sabe que eu não sou muito chegada a água salgada. A lagoa tem 50 Km de extensão e 2Km de largura e ficamos hospedados em um hostel com o pé nela. Assim, a tarde foi para boiar, tomar cerveja e conversar até a língua cair. Nada de balada, a cidade não tem muito para fazer. Fomos ver o pôr do sol em Chetumal (40Km) no final da tarde e comemos por lá e ainda fomos nos aventurar na Zona Livre, entre o Mexico e Belize. Entramos em um Cassino muito tosco e ficamos lá rindo dos entranhos viciados na jogatina. Na manhã seguinte tomamos café no Madre Massa (porque no hostel não havia nada) e fizemos o passeio de barco pela lagoa, voltamos a Chetumal para ir pra Belize, mas a taxa de retorno era muito alta e não atravessamos (para não pagar a taxa, teríamos que ter 8 dias ainda no México), então fomos a Calderitas e voltamos para nossa hostel, onde a lagoa estava bem boa. Saímos à noite para comer uns tacos na cidade. Foi o máximo da nossa badalação na pacata Bacalar. Sem carro não teríamos feito nada. A locação do carro foi uma excelente opção. E assim, começamos a voltar no dia seguinte, parando para duas noites em Tulum. Tínhamos reservado um hostel na praia, um erro para quem está de carro, pois não tem estacionamento. Pagamos pela reserva e fomos parar em um outro hotel na cidade. Sem arrependimentos. Não curtimos nada de praia em Tulum, as águas estavam dominadas pelo sargaço (algas) e aquele azul lindo dos cartões postais estava avermelhado. Assim, focamos nos cenotes. Na tarde do primeiro dia, depois de conhecer o sítio arqueológico de Cobá (um tanto decepcionante), encontramos o “Car Wash”, um cenote aberto, não frequentado por turistas, super maravilhoso, com um tom de verde que nunca tinha visto antes. Foi eleito o nr 1 da viagem, sem falar que a entrada custou 50 pesos. Fomos também no Cenote Dos Ojos (350 pesos) e no Calavera (100 pesos) esse também muito maneiro, mas que merecia a visita ao meio dia com o sol incidindo diretamente no buraco (fomos cedinho, bom para curtir sem pessoas, mas não muito bom para fotos). Passamos a tarde no sítio arqueológico, o único a beira mar, o que nos faz deduzir que foi um porto maia. O sítio é muito bem preservado e vale demais a visitação. Saímos de Tulum em direção à Playa del Carmen, onde devolvemos o carro. Paramos em Puerto Morelos para dar uma olhada na praia, mas não entramos, o sargaço também tinha dominado tudo. Encontramos um cenote, aberto, grandão e ficamos por lá. Chegamos em Playa já no fim da tarde, podres de cansados. O Hostel era o exemplo de perfeição, ficava localizado na Quinta Avenida, ou seja, no fervo. Saímos para comprar o ticket para ir para Cozumel no dia seguinte e comemos fora do fervo, no restaurante indicado pela menina da agência de turismo, onde o pessoal local come. ADORAMOS tanto que voltamos lá no último dia de Playa. Só entramos na água em Cozumel, porque Playa del Carmem também estava tomada pelo sargaço. Então fomos a Cozumel sem gastar a fortuna que as pessoas normalmente pagam quando fazem um cruzeiro. Fomos de ferry boat, a partir de Playa. Ao chegar do outro lado, alugamos um carro para rodar a ilha. Dormimos lá e não havia necessidade, mas no final foi sorte, pois em Cozumel não tinha sargaço e então finalmente curtimos praias caribenhas. A questão está na privatização das praias. Assim como em Cancun, Cozumel tem 90% das praias privatizadas, logo para curtir você tem que estar hospedado em hotéis pé na areia, o que não foi nosso caso. Achamos a primeira praia possível, mas era vinculada a um bar, com consumo mínimo para poder utilizar. Era pagável e curtimos bem. Depois seguimos até Palancar, onde é opcional utilizar a estrutura dos restaurantes. Seguimos de carro até a Ponta Sur, mas o jeep pifou e ficamos um tempão esperando a troca. Finalizamos o dia em um outro bar com acesso à praia. Não lembro o nome, mas também não era bom. A noite é inexistentente em Cozumel, ficamos em hotel bem no centro, bom custo x benefício e piscina no terraço. Mas dormimos cedo, porque cedinho estava tudo fechado. Entregamos o carro cedo, porque o dia tinha sido reservado para o passeio de barco ao El Cielo, que é realmente muito fantástico, muitas arraias e estrelas do mar. No final da tarde, pegamos o ferry de volta para Playa e curtimos a noite na quinta avenida (mas comemos baratinho no El Fogon antes). Pegamos um ônibus da Ado até Cancun e de Cancun pegamos um voo interno para a CDMX, dessa vez ficamos em um hostel no Centro, justamente para dar um rolê pela manhã ao Zócalo, Palácio do Governo e Belas Artes. Na volta ao Brasil, a galera voltou porque só tinha 15 dias de férias e eu ainda tinha mais cinco dias. Então, quando o voo parou na conexão em Lima, eu resolvi descer e ficar o finalzinho das férias por lá, dei uma esticada até Cusco, mas isso é papo para um outro post. Hospedagem: Cidade do México - Hotel Garibaldi e Mexico City Hostel Merida – Grand Hotel de Merida Valladolid – Hostel Tunick Naj Bacalar – Ecocamping Yaxche Tulum – Siete Deseos Playa del Carmem – Hostal MX Cozumel – Hotel Plaza Cozumel As fotos estão publicadas no site: https://www.flaviamoreirafotografia.com/mexico-yucatan-e-quintana-roo Ou pelo instagram em: lugaresfotogenicos
  9. caros colegas, acho muito interessante ter um post específico para os cenotes do Mexico (especialmente Yucatan e Quintana), para auxiliar no planejamento das trips. Devido a infindável quantidade deles por lá, que tal citarmos aqui os melhores nos quesitos : Localização (fácil acesso), custo x benefício (beleza do lugar e preço bom). Fiquem a vontade para acrescentar. michradu , help! 😅
  10. Fala galera, ai vai mais um relato meu e de minha esposa pela península de Yucatán, México, por 8 dias com a ajuda de todos vocês, claro. Dias 0 e 1: Bom, como toda viagem sem perrengue não é viagem, essa começou logo no início, ainda no aeroporto de Fortaleza, quando o funcionário da TAM viu que o SAE (visto eletrônico para o México) da minha esposa estava escrito LACEARDA e não LACERDA . Ele disse que corríamos o risco de voltar. Então minha esposa foi procurar uma Lan House as 01:30h da madrugada no aeroporto (que estava fechada). Ao olhar todas as lojas, viu que em uma locadora de carros tinha impressora e o jeito foi pedir “pelo amor de Deus” para acessar a internet e imprimir o documento heheheheh . Tudo certo, embarcamos. DICA 1: confirme o documento letra por letra. Iríamos pousar em GRU por volta de 4h da manhã mas o aeroporto fechou devido a névoa . O piloto ainda aguardou mas não teve jeito, tivemos que ir pra Viracopos (Campinas). Imaginem Viracopos recebendo todos os vôos de GRU. Filas enormes de aeronaves esperando “vaga” para estacionar. Filas para retirar as bagagens. Filas de espera pelos ônibus das companhias para levar todos para GRU. Depois de tudo isso chegamos lá por volta de 8:40h e o nosso vôo era as 8:20h, mesmo com o check-in já feito e a TAM sabendo que tivemos que pousar em Campinas o vôo partiu sem a gente, ou seja, a empresa não tem planejamento para fatos como esse e deixa o cliente na mão (não só a gente, tinham vários passageiros que iriam a Santiago e perderam o vôo também) . Pra piorar ainda mais, isso ocorreu dia 30/04 e o funcionário informou que, para o México, só teria vaga dia 02/05. . Poderíamos ficar em São Paulo tudo pago pela Tam ou fazer uma “volta ao mundo” pela LAN pra chegar em Cancun; optamos pela volta ao mundo. O roteiro original seria: FOR-GRU-Cidade do México-Cancun, depois de tudo isso o roteiro ficou: FOR-Campinas-GRU-Buens Aires-Lima-Cancun, 38h ao total, rodar toda a America do Sul, partindo de Fortaleza para chegar em Cancun, ninguém merece!!! Pra “compensar”, a companhia remarcou a volta um dia depois. DICA 2: já pensou se eu estivesse vindo de outro país pra ver um jogo do meu país? Tinha perdido tudo. E só conseguimos essas mudanças porque pagamos pelas passagens, se tivéssemos tirado as passagens com os pontos, esqueça... não tinha outra opção a não ser esperar. Ezeiza esta com a parte nova muito bonita e com internet. Lima estava frio, tivemos que comprar casacos. Dia 2: Chegamos em Cancun as 14h mas só conseguimos sair da imigração as 16h. Tinha reservado com a agência do Alvaro um transfer (U$ 30 pelo site dele), mas já dava como perdido devido a mudança dos horários (que comuniquei por e-mail, mas não recebi retorno) mas eles estavam lá e tinham respondido a esse e-mail. Ficamos no hotel Xbalamqué, no centro de Cancun (e não na zona hoteleira, R$ 100 a diária pelo Decolar, parcelando em 5 vezes). Chegamos mortos de cansados e logo de pronto recebemos o contato com o colega mochileiro aqui do site, Mauro Brandão e seu amigo Ailton, do qual combinamos de dividir um carro, o mesmo ficou pelo setor hoteleiro (o aluguel do carro foi pela Hertz, um Chevy, Classic aqui no Brasil, por uma semana com seguro que ficou por volta de U$ 380). Fomos tentar trocar uns dólares (a cotação variava entre 11,40MXN a 11,60MXN por dólar). Saquei moeda local no Santander (que tem muitos por lá) e fomos ao Shopping La Isla. Não vimos nada “mais barato” que aqui, algumas coisas até mais caras. Tomamos umas cervejas Corona na Hooters e planejamos Chichen Itzá para o dia seguinte. Jantamos em um restaurante próximo ao hotel e provamos das pimentas “muito fortes”, típicas dos mexicanos. Dia 3: Saímos cedo, por volta das 7:30h rumo a Chichen Itzá. GPS estava atualizado. Estrada ótima, mas com pedágios, pelo menos 2 de ida e 2 de volta, um de 251MXN(um pra ida e um pra volta) e outro de 60MXN (um pra ida e um pra volta), reserve logo uns 622MXN só pra isso. Logo após o último pedágio, a direita, tem um ponto de informações e compra de bilhetes. Dentre as opções, U$34,00 com almoço em um ponto mais afastado ou U$38,00 com almoço em um ponto mais central. Fechamos no de U$38. O guia saiu por volta de 650MXN em espanhol outras línguas fica por 750MXN. Chichen é lindíssima e merece um dia inteiro . Não há motivo para se ter pressa. Se for comprar lembrancinhas compre na volta (os preços despencam heheheheh ). A pirâmide de Kukulcán é linda. Bata palma bem forte em frente da entrada principal da pirâmide e escute o som do Quetzal (pássaro típico de lá). A foto em que eu apareço abaixo é do túmulo do sumo sacerdote; acreditam que teve um americano que comprou todo o local por U$75 e dinamitou este monumento . Procurando o tesouro do sacerdote , que burro, o tesouro era o conhecimento e não ouro. Não deixem de ver o Observatório Caracol e o Templo dos Guerreiros (o Chacmool, mensageiro intermediário entre os homens e os deuses, só pode ser visto a distância então abuse do zoom da sua máquina). O campo para o jogo de bola aqui é simplesmente imenso e o arco é muito alto com paredes retas (o jogo aqui durava dias). O Templo dos Jaguares e o Tzompantli (mural com caveiras) devem ser vistos também. Sinceramente teria ficado o dia inteiro ali . Como de costume, saquei minha bandeira do Brasil e batemos uma foto, quando de repente um guarda turístico me solicitou que apagasse a foto pois estas com bandeiras e símbolos estavam proibidas . O Álvaro nos confirmou que realmente os turistas passaram do limite e isso foi proibido, até por respeito a cultura Maia. Nós respeitamos muito a cultura indígena, visto que só viajamos a estes pontos (Machu Picchu, Ilha de páscoa, etc). Batemos mais um foto (no jeitinho brasileiro ) mas tomem cuidado e respeitem a cultura local. Depois almoçamos (muito boa comida mexicana por sinal) e saímos. Nosso carro já estava com um barulho estranho desde o dia anterior e a coisa piorou quando acenderam várias luzes no painel . Abastecemos o tanque no posto antes de Chichen (372MXN) e tiramos direto para a Hertz do aeroporto (o plano era Cobá, ainda bem que não fomos). Caiu uma senhora tempestade tropical, derrubando árvores, visibilidade zero, loucura. O carro conseguiu chegar até a entrada do aeroporto e morreu ãã2::'> . Pra compensar, a Hertz nos deu um Hyundai. Dia maravilhoso. Planejamos para o dia seguinte os seguintes passeios: Cobá, Tulum, Cenote Dos Ojos e Akumal. Pra fechar o dia fomos na agência do Álvaro conhecê-lo (bem famoso aqui nos Mochileiros nos relatos de Cancun) e fechamos os seguintes passeios com ele: Xcaret Plus (U$105 sem trasfer), Capitão Hook terra e mar (carne e lagosta; U$83), Coco Bongo barra livre (bebidas a vontade, U$ 60) e Isla Mujeres com nado com golfinho adventure + Parque Garrafon (U$139). Agora era descansar que o dia seguinte seria longo. DICA 3: Álvaro trabalha praticamente só com turista brasileiros, então com ele a garantia da qualidade para o que nos agrada é melhor, além de várias dicas que ele fornece.
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