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ola galera... voltando aqui pra postar o meu segundo relato tendo total sucesso na nossa primeira trilha ao poço formoso fiquei tentada a voltar para a pequena vila e fazer outra o mais rapido possivel ^^ (circulo viciante) pesquisei a respeito do lago de cristal, porém optei por subir a pedra Grande mais uma vez influenciada pelos relatos do "Massa" rs então no feriado da consciência negra me encontrei com o meu parceiro de aventuras as 7:00 no ponto aqui perto de casa e la fomos nós a Paranapiacaba... chegando na vila, compramos mantimentos e antes de encarar a longa estrada de taquarussu subimos ao mirante do lado do cemitério... o tempo estava ótimo bem diferente do que a gente viu na primeira trilha o que nos deu mais coragem ainda pra pernada que nos aguardava, descemos então a ponte em direção a estrada não sem antes também tirar fotos da vila e da locobreque... locobreque mais alguns cliques, depois de passar no bar da Zilda pra tomar algo gelado e criar coragem, finalmente chegamos na estrada... as 10:00 seguimos então a estrada sem grandes mudanças de paisagem....cruzavamos vez ou outra com motos de trilha e ciclistas depois de muito andar, chegamos na vila de taquarussu onde comprovei o q o guarda metropolitano de paranapiacaba a quem pedimos algumas informações nos informou que na verdade era at muito pequena pra parecer uma vila com casinhas contadas a dedo, igreja e uma pequena represa...De dia naquele sol me parecia uma cidade fantasma de faroeste porém a noite imaginei como um cenário de jogo apocalipitico! até aqui tudo tranquilo foi depois de passar pelo pesqueiro que o perregue começou... depois de passado o pesqueiro truta nas pedrinhas entramos a direita como li no relato do "massa", passamos por uma propriedade com dois cachorros de caça , um deles bem exaltado tentando pegar os patos quase nos fez retroceder até eu perceber que ele estava preso por uma corda então continuamos depois dessa primeira propriedade tínhamos duas opções seguir reto ou uma bifurcação a direita onde entramos pensando ser a tal trilha até a pedra, errado! começamos no que parecia ser uma trilha que foi se fechando cada vez mais...embora inocentemente eu ainda achasse que era a certa... que nada... estávamos em mato fechado mais jurava que estava certa e teimosa como sou (preciso trabalhar nisso) não quis admitir o erro e como estava dando pra andar desviando dos obstáculos sempre em zigue e zague, achei que estavamos paralelos a trilha certa e que podíamos encontra-la em algum ponto...estava enganada. quanto mais andávamos mais agonia dava, o clima estava tenso e andávamos em silêncio, o único som era do "ai!" pq tinha muitos espinhos, tensa como eu estava e cheia de adrenalina nem estava me importando no momento, só queria chegar! fizemos um verdadeiro vara mato (só que sem a faca q seria muito útil por sinal), chegamos até uma parte onde tinha muito bambu e o Alex até se inspirou a querer bater fotos e quebrar um pouco o clima tenso porém estava mais preocupada em como chegaríamos, voltaríamos e a vegetação me deixou confusa oras aberta...oras fechada... aquilo com certeza não era uma trilha! depois de andar mais um bom bocado sem saber onde estávamos, passamos por mais uma propriedade que era um sitio que tinha uma placa bem grande dizendo proibida a passagem sem autorização, ouvimos barulho de cachorro e por via das duvidas a contornamos pela cerca por um caminho que se escorregasse era direto pro hospital pela queda ou por se cortar no arame farpado! continuamos pelo caminho árduo de espinhos, deslizamentos, troncos e etc...a essa altura já tinha total certeza que tomei o caminho errado em algum ponto distinto e já tínhamos andado muito, pelo menos eu achava, já que as arvores fechavam o céu acima de nós o q me deixava claustrofóbica e meio desorientada sobre onde estavamos em relação a pedra...a teimosia era maior e não me deixava retroceder, já tinha chegado até ali e iria até o final até pq tinha certeza de que já no topo acharia a trilha certa de volta. Alex até tentou me fazer voltar para trás sutilmente me dizendo que se eu não queria voltar pq estava machucada e estava preocupado, mais tentei transparecer a maior confiança do mundo de q iriamos chegar no objetivo...(era só subir então se já estava ferrada mesmo pelo menos ia até o final!). ele me olhou como se estivesse prestes a me carregar pra casa se fosse necessário mais que também iria dar o voto de confiança que eu precisava de q ainda podíamos chegar la... passado esse drama continuamos a subir... já estava anestesiada a dor que os espinhos e outros obstáculos me causavam então tentei me concentrar em detalhes como pequenas clareiras de luz, as arvores abaixando, pedras enormes e o barulho do vento mostrando que pelo menos estávamos subindo... Avistei uma clareira logo depois da subida íngreme em que estávamos como se o terreno la estivesse plano não deu outra me apressei em chegar até ela escalando como se estivesse ficando sem ar... quando alcançamos a clareira estávamos bem ao lado esquerdo da pedra tínhamos duas opções ou subíamos por ali mesmo que não era tão 'íngreme" e estava coberto com capim dourado seco até o topo(porém uma tropeçada ou perda de equilibrio era morte na certa, pq não tinha nada pra se segurar na caída) ou encarava a mata fechada de novo! não pensamos duas vezes e decidimos ir conquistando pelo lado da pedra até o topo, a vista era linda mais nem olhei pra trás com medo de ter uma vertigem, perder o equilíbrio e descer a montanha rolando...fomos bem dizer escalando, forçando o peso do corpo pra baixo e com cuidado porém estava andando com uma certa pressa, aquela situação também estava me deixando agoniada, Alex foi na frente com as mochilas e eu logo atras, em todo o perrengue que passamos aquele foi o mais fácil de vencer porém foi o de maior risco... arranhões não era uma das opções ali! chegamos em fim ao centro do topo, fiquei super empolgada "we are the champions my friends" mais logo sentei como se estivesse andando a dias, puxei todo o ar que pude e fiquei algum tempo parada até me estabilizar, devido a fatores como adrenalina, cansaço e latitude fiquei super ofegante...enquanto isso Alex ligou o radio e constatou que chegamos ao topo exatamente as 14:00 contabilizando 4 horas de ida e ainda precisávamos descobrir como voltaríamos. demos alguma olhada ao redor e já fomos até a ponta da pedra montar o piquenique, agora que estava parada e o sangue esfriava começava a ver realmente os estragos: como muita fome e minhas pernas putz as duas cheias de vergões,arranhões e ralados que começavam a doer pra burro, mais ainda quando eu tive a brilhante ideia de jogar água pra limpar os machucados... depois de comer os dois sanduíches que o Alex preparou pra mim e passada a adrenalina conclui q até foi duro chegar ali, mais perrengue faz parte, erros ensinam e a vista era linda! então comecei a curtir o momento e tirar fotos... Convidado do piquenique curtimos mais um pouco ouvindo legião urbana e apreciando a vista até q chegou 3 rapazes mais um senhor que era o tio e trazia os meninos para uma excurssão a pedra, fizemos amizade e explicamos o perrengue q passamos, pedimos encarecidamente se podíamos voltar com eles e evitar mais arranhões e stress na volta...eles ficaram felizes em nos ajudar! os nossos recentes amigos tiraram a nossa ultima foto na pedra... começamos a descida que foi bem íngreme porém divertida, aberta e muito mais segura que a subida, estávamos na trilha certa! os nossos amigos nos guiaram no caminho sem muita dificuldade até chegarmos em outra propriedade aparentemente abandonada com piscina que vimos do alto da pedra, pulamos a porteira branca da entrada e depois nos despedimos do pessoal que ainda iria pegar as bikes que esconderam no mato, depois desse ponto tinha uma entrada a esquerda e outra a direita fomos orientados a seguir pela esquerda pra chegar onde tudo começou na propriedade do cachorro caçador de patos....passamos pelo caminho dos dutos e chegamos de onde saímos e percebi o meu erro, deveria ter seguido reto logo após a primeira propriedade ao invés de ir pela entrada a direita! sem mais delongas nos apressamos no caminho de volta pq ainda queríamos assistir o final do jogo do Corinthians, mais claro que parando para alguns rápidos cliques,tomar uma breja no pesqueiro e para lavar o rosto no riacho que vimos na ida... A mãozinha... chegando na vila, fomos ao bar da Zilda e vimos o Corinthians tomar o gol e logo em seguida virar o jogo depois de bebemorar o dia e a vitória do Corinthians rumamos ao ponto mais não antes de passar no mirante de novo e ver a vista de Cubatão linda com as luzes acessas...pena que foi ai que minha câmera me deixou na mão. fomos para o ponto e ja eram 20:30...aguardamos o que parecia uma eternidade e finalmente EMTU/Trem/Metrô/ônibus.....lanchonete...CASA! aprendi muito nessa segunda trilha e ja anseio voltar a pedra(do jeito certo claro!)rs, estou adorando viver essas aventuras e descreve-las aqui! agradecendo mais uma vez ao Alex que me apoiou quando foi necessário, mesmo me chamando de doida , aguentou firme e confiou em mim até o final! A vida é uma escalada...mas a vista é ótima.
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