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  1. Sempre tive o sonho de subir na moto e sair por aí sem destino. Conhecendo novos lugares, paisagens, sensações e pessoas. Vou completar 40 anos bem vividos no próximo mês e decidi que precisava me preparar de maneira extraordinária a minha entrada nos “enta”. No meu trabalho, um amigo falou que iria de São Paulo ao Chuí (RS) acompanhado por sua esposa. Ele iria em uma Citycom 300i. Neste momento veio à tona o meu antigo sonho. Não tive dúvida, agendei uns dias de férias do meu trabalho e comecei a pensar no roteiro. Em paralelo, fui equipando com alguns acessórios básicos a minha XRE300 2015, que estava na época, com 18 mil km rodados. Alforje lateral, almofadas de agua no banco, pastilhas de freio e pneus novos, troca de óleo e verifiquei a tensão da corrente...até pensei em trocar a corrente mas resolvi economizar neste item. Para me acompanhar nesta jornada, convidei o meu filho Jonatan, que tem 23 anos e mora em Cambuí, sul de Minas Gerais. Ele topou na hora e isso me deu ainda mais motivação! Faltando uma semana para iniciar a minha sonhada aventura, começou a greve de caminhoneiros em todo o Brasil e não tinha gasolina nos postos. Nem se pagasse uma fortuna por ela! Simplesmente eu estava com tudo pronto, mas com o tanque seco. Anunciaram o fim da greve em uma segunda (28/05) e meus planos de partida era para a próxima quinta (31/05). A greve acabou (graças a Deus), mas até que a vida voltasse ao normal era outra história. Começaram a fazer filas quilométricas nos postos para conseguir um pouco de combustível. Respirei fundo e esperei as coisas se acalmarem. Até que na quarta-feira (30/05) consegui encher o tanque da moto e as filas aqui do Rio de Janeiro já diminuíam. Me enchi de ânimo, coragem e espirito de aventura para o início da minha sabática preparação para o novo ciclo de vida. Para não deixar este diário muito grande e cansativo, relatei sem muitos detalhes o dia a dia deste roteiro. Espero que gostem e que inspire outros “seres inquietos” a buscar uma grande aventura. Divirtam-se! 1° Dia, 31/05/2018 – Rio de Janeiro – Saí de casa por volta das 11:30h, passei no posto para calibrar os pneus e segui para Cambuí, sul de Minas Gerais onde eu iria visitar os meus pais e também encontrar com o meu filho, que bravamente enfrentou este desafio comigo. Ainda na via Dutra, percebi que tinha feito um ótimo investimento nas almofadas de agua, o banco estava superconfortável. Não tive problemas para abastecer neste trajeto apesar de ver que ainda faltava combustível em alguns postos. Aí foram 450Km até a casa dos meus pais. Curti a noite com eles, jantamos e vi na televisão que ainda havia muita confusão nos postos no Norte de Minas. Mesmo sabendo que lá fazia parte do meu trajeto, resolvi não desistir da missão. Fui dormir cheio de energia para ver o que tinha pela frente! 2° Dia, 01/06/2018 – Cambuí, MG – Acordei cedo, calibrei os pneus da moto (29 traseiro, 22 dianteiro), encontrei com o Jonatan, equipamos a moto com toda a bagagem e saímos por volta das 11h. Seguimos pela Rodovia Fernão Dias com destino a Belo Horizonte (BH). No caminho comecei a ver que a situação da falta de combustível ainda afetava bastante Minas Gerais. Próximo a 3 Corações, vi que precisava abastecer. No posto à beira da estrada tinha uma fila enorme e ainda havia previsão do combustível acabar sem atender a todos que ali estavam. Resolvi seguir em frente com o combustível que eu tinha no tanque... até que alguns quilômetros adiante vi um posto com apenas 5 carros na minha frente...que alegria! Enchi o tanque e a frentista (muito simpática) se surpreendeu ao saber que estávamos seguindo para a CHAPADA DIAMANTINA, de moto, durante a crise de falta de combustível. Ela sem nenhuma resistência encheu uma garrafa pet (2 litros) com gasolina para qualquer emergência. Vibramos por ter vencido o primeiro desafio e ainda havíamos conseguido gasolina extra para caso ficássemos sem combustível no meio da estrada. Seguimos em frente, sempre procurando abastecer nos postos que não tinha muita fila, geralmente os que não tinham bandeira ou que estavam distantes das cidades. Passamos por BH e seguimos para Sete Lagoas. À frente, um pôr do sol que deixava o horizonte avermelhado. Por volta das 19h, chegamos a SETE LAGOAS e nos hospedamos em um hotel onde fomos recepcionados por um Mineiro muito engraçado. Demos umas boas risadas com ele. Depois do banho, demos uma volta na cidade para jantar e descobrir o que tinha por lá. Comemos um sanduiche de pernil com bacon em uma feira próximo à uma das Lagoas da cidade. Estava sensacional! Depois fomos dormir sob ameaça da greve dos caminhoneiros ser retomada. Não deixamos que isso nos abalasse. Será? (rs) 3° DIA, 02/06/2018 – Sete Lagoas, MG – Saímos por volta das 08h, com destino ao Norte de Minas Gerais. A paisagem mudou muito do que estávamos acostumados e a distância entre as cidades eram enormes. Aqui a preocupação em ficar sem combustível era eminente e nos deixou bastante apreensivos ao perceber que a moto havia entrado na reserva e não tinha nenhum sinal de cidade, posto ou pessoas. Apenas um intenso trafego de caminhões gigantescos. Até que, enfim, encontramos um posto e tinha gasolina. Aleluia! Abastecemos e seguimos! Chegando em Montes Claros percebemos o tamanho do nosso desafio! Sem gasolina na cidade! Apenas um posto com centenas de pessoas com galões, dezenas de motos e muitos carros! Como queríamos chegar em Janaúba e estava com meio tanque, resolvemos enfrentar aquela fila que além de desorganizada, sempre surgia algumas calorosas discussões. Fiquei bastante nervoso porque já estávamos a 2 horas na fila e tínhamos andando poucos metros. Não teve jeito, para sair de lá, precisei comprar no mercado negro daquele posto IPIRANGA, 2 galões de 5 litros para seguir em frente. Não sou favorável a este comportamento, mas não encontrei outra saída naquele momento. Só assim conseguimos chegar em Janaúba no início da noite. Logo que chegamos já vi que teríamos que ter paciência para abastecer novamente. Decidimos não nos preocupar naquela noite e fomos procurar um hotel. Fomos dormir cedo para acordar mais cedo ainda e ir para as intermináveis filas dos postos da cidade. 4° Dia, 03/06/2018 – Janaúba, MG – Acordamos às 05:30h fizemos o check-out no hotel e fomos para o posto! O que era aquilo?! Não acreditei ao ver aquela fila de moto. Aproximadamente 300 motos já estavam lá pra esperar o posto abrir às 8 horas. Por sorte, um outro motociclista nos levou a um outro posto que abriria às 10h. Viram o nosso esforço e com o apoio de outras pessoas que estavam na fila, conseguimos abastecer e seguir viagem. Partimos com destino à Bahia, que alegria! Quando finalmente passamos da divisa de MG com a BA o sufoco do combustível acabou. Tinha gasolina sem fila em todos os postos. Seguimos viagem vendo a paisagem mudar para o que eu imaginava como sertão da Bahia. Uma geografia muito bonita, mas no fundo eu imaginava o quanto deveria ser difícil viver em um local tão seco. Passamos por enormes parques geradores de energia eólica, vimos uma mistura de caatinga com serrado e muita estrada pela frente. Até que enfim fomos chegando no parque da chapada diamantina embaixo de uma chuva fina e gelada. Já era noite quando avistamos uma montanha iluminada e em seguida uma placa dizia “MUCUGÊ a 1KM”. Fomos para a pousada felizes da vida pelo feito que havíamos tido até ali. Estávamos muito cansados, mas saímos para comemorar com pizza e vinho! 5° Dia, 04/06/2018 – Mucugê, BA – A recepcionista da pousada e a dona da pizzaria haviam nos falado que não poderíamos deixar de ir na cachoeira do Buracão. Esta cachoeira estava a uns 80km voltando pela estrada que havíamos chegado. Acordamos cedo e partimos em baixo de chuva para ver a tal cachoeira. Ao chegar no centro de guias turísticos do local fomos informados que a cachoeira estava interditada devido à chuva que já estava castigando a região a 5 dias. Ficamos decepcionados e voltamos para Mucugê com a sensação de ter rodado 160km em vão. Decidimos naquele momento que iríamos para Lençóis a procura do sol e das belas cachoeiras. Seguimos para Lençóis, mas antes passamos no MUSEU DO GARIMPO para aprender um pouco sobre a cultura local. Valeu a pena porque fomos muito bem recebidos com uma aula sobre a fase do garimpo na região. Dalí continuamos a viagem até que vimos uma estrada de terra com destino a IGATU. Resolvemos ir conhecer. Caramba... uma estradinha de terra com muitas ladeiras e com um visual “inacreditável”. Fomos chegando na cidade onde tudo era de pedras, ruas, muros, casas, bares, bancos. Parecia que estávamos voltando no tempo. Perguntei a um guia local um lugar bacana para almoçar. Ele nos indicou um restaurante de comida caseira. A comida estava ótima. Depois do almoço e de uma cerveja gelada, deixamos a moto e caminhamos até uma cachoeira apreciando as casas e as paisagens. Claro, tirando muitas fotos. Chegamos na cachoeira e o sol deu o ar de sua graça. SHOW!!! Tiramos a roupa e deixamos secando, já que tínhamos tomado muita chuva na parte da manhã. Depois do banho de cachoeira e da roupa seca, pegamos a moto e seguimos para Lençóis por mais uns 100km. Quando chegamos, já estava escuro e pegamos a primeira pousada que paramos pra perguntar o preço da diária. Em seguida foi o padrão, banho e sair para jantar! Fomos surpreendidos pela bela cidadezinha com ruas de pedras. Jantamos em um restaurante chamado “Quilombolas”. Tudo perfeito! Depois das caipirinhas de umbu, fomos descansar. 6° Dia, 05/06/2018 – Lençois, BA – Depois do café da manhã, procuramos um guia que nos levou pra conhecer algumas cachoeiras da região. Cachoeira da Primavera e a Cachoeirinha são demais e foi ótimo pra massagear as costas nas quedas d’agua. Na parte da tarde, pegamos a moto e fomos até a cachoeira do Poço do diabo. Ficamos lá apreciando por um tempo aquela imensidão de agua e pedras. Já eram 16h quando saímos da cachoeira com destino ao morro do Pai Inácio. Chegamos na encosta do morro, deixamos a moto, pagamos 6 reais por pessoa e começamos a subir as escadas e pedras até o topo. Paisagem dos cânions de tirar o fôlego. Mas o ponto alto foi o pôr do sol acompanhado de um arco íris quase que pintado à mão! Emocionante!! Ficamos ali, eu e meu filho, vendo o sol ir embora, deixando um vermelho cor de fogo em cima das montanhas. Descemos porque já estava ficando frio e estávamos de camiseta e bermuda a uns 30km da Pousada. Foi mais um dia extraordinário. 7° Dia, 06/06/2018 – Lençóis, BA – Hora de sair da Chapada, mas com vontade de voltar em outro momento. Percebi que a corrente da moto já estava desgastada (aquela mesma que ignorei na revisão) e decidi que precisava de um mecânico. Seguimos para Itaberaba e paramos na oficina do Tony. Ele trocou a corrente e o kit de relação + a troca de óleo e filtro. A moto ficou novinha. Dalí continuamos firmes na estrada com destino a Itabuna, no sul da Bahia. Chegamos muito cansados à Itabuna. Aqui eu não imaginava que a cidade era tão grande. Demorou um pouco para encontrar um Hotel, mas conseguimos. 8° Dia, 07/06/2018 – Itabuna, BA – Próximo destino Arraial d’Ajuda. Seguimos pela BR101, até que vi no mapa uma opção por estrada de terra até Cabrália e resolvemos encarar. Que doideira, entramos na plantação de eucalipto que não acabava nunnnca....andamos muito nesta estrada de terra. Já eram 12h quando chegamos em Cabrália. Ver o mar foi umas das sensações mais plenas que tivemos neste roteiro. Paramos na praia de Coroa Vermelha, pé na areia, peixe frito, cerveja gelada e praia de agua quente. Tudo que queríamos! Depois de algumas horas, partimos para Arraial através da balsa de Porto Seguro. Lá, curtimos um pouco da noite fora de temporada antes de ir pra pousada descansar para o dia seguinte. Foi bem legal. 9° Dia, 08/06/2018 – Arraial d’ajuda, BA – O objetivo do dia era ir à TRANCOSO e chegamos lá por volta das 10:30h. Fomos para praça do Quadrado onde é impossível não querer morar em uma daquelas casinhas que circundam a praça quadrada, que na verdade é um retângulo. Tiramos algumas fotos e como ainda era cedo, decidimos naquele momento que iriamos dormir em CARAIVA, passando pela PRAIA DO ESPELHO. Partimos por uma estrada de terra que estava toda esburacada e em alguns pontos, com muita lama, devido à chuva que estava castigando a região. Tive quase certeza que iríamos beijar o chão em algum momento. Mas inacreditavelmente: não beijamos! Chegamos à praia do Espelho sem nenhum arranhão. Que praia espetacular! Tomamos um banho de mar enquanto observávamos tartarugas que nadavam livremente perto de nós. Já era próximo das 15h quando partimos para CARAIVA, rodando mais 25Km por estrada de terra, lama e areia! Chegamos em segurança também. Deixamos a XRE300 em um estacionamento na beira do rio e atravessamos em um barco rustico até a outra margem onde estava a bela vila de Caraiva. Lugar roots, com ruas de areia, transporte através de carroças. Estas também transportavam alguns mantimentos para as casas e pousadas mais afastadas da margem do Rio. Logo que conseguimos uma pousada, deixamos as coisas no quarto e fomos ver o pôr do sol no encontro do rio com o mar. Foi alucinante!! A noite ficou por conta do forró, que é marca registrada do local. O pessoal dançava muito bem! Depois de algumas cervejas fomos dormir para iniciar o retorno para casa, que seria no dia seguinte. 10° Dia, 09/06/2018 – Caraiva, BA – A missão agora era retornar para casa e eu particularmente já estava bem cansado de tanta aventura. Saímos de lá por volta das 10:30h e de cara, tinham 48Km de estrada de terra, embaixo de uma forte chuva, antes de chegar na BR101. Foi tensa aquela estrada. Passamos um ponto de alagamento em um local inóspito com água batendo no meio da moto. Que adrenalina! Depois de 2 horas para sair desta estrada, chegamos na rodovia e seguimos com destino ao Rio de Janeiro. Neste dia tomamos chuva o dia inteiro. Já eram umas 17h quando chegamos na cidade de São Mateus, norte do Espirito Santo (ES), onde nos hospedamos. Um banho quente e descanso era tudo que estava precisando naquele momento. Meu filho também já demonstrava muito cansaço. 11° Dia, 10/06/2018 – São Mateus, ES – Nesta noite não consegui dormir quase nada por conta de alguma coisa que havia comido no dia anterior... Tive uma noite de rei ;-). Mas como ainda tinha muita estrada pela frente, tomamos o café da manhã e partimos. Este trajeto, para mim, foi um dos mais cansativos devido ao “mal-estar” que me acompanhou o dia todo. Próximo à região de Serra (ES) tive que parar para tirar um cochilo na sombra de uma arvore. Meu filho cuidadosamente e com muita paciência fez a guarda enquanto eu me recuperava! Me recuperei um pouco e seguimos viagem, passando por Guarapari e avançamos com destino ao Rio de Janeiro. Chegamos por volta das 16h em Campos dos Goytacazes. Como eu estava muito debilitado, resolvemos procurar um hotel. Acredito que fizemos uma boa escolha em não arriscar seguir viagem naquele estado que me encontrava. 12° Dia, 11/06/2018 – Campos dos Goytacazes, RJ – Depois do merecido descanso, acordei muito bem e o Jonatan também estava bem animado em saber que estávamos muito próximo de casa. Pegamos a estrada e viemos cantando por um longo trecho. Ainda não havíamos concluído a jornada, mas a sensação de gratidão já estava contagiante naquele momento. Logo que avistei a ponte Rio-Niterói, os meus olhos marejaram de alegria. No pedágio da linha amarela os motoristas deveriam estar me achando um doido. Segunda feira de manhã e eu cantando e desta vez, era muito alto, pra todos ouvirem! Cheguei em casa no mesmo horário que eu havia partido, 11:30h da manhã. Meu filho abriu o portão, coloquei a moto para dentro, desci da moto, olhei pro céu e agradeci muito a Deus pela oportunidade de ter vivenciado junto com o meu filho tantas aventuras, perrengues, risadas e emoções. No total foram 4.350KM, passando por 4 estados em 12 dias de viagem. Foram tantas estradas, tantas pessoas que conhecemos, tantos quebra-molas que pulamos, estrada de terra, chuva, frio, calor, risadas, conversas, cansaço, sustos e surpresas, que fizeram desta viagem algo marcante para mim e para o meu filho. A sensação de gratidão por ter conseguido atingir o objetivo, por estar vivo e por ter uma casa para retornar, são elementos básicos e essenciais para estes dois seres humanos que estavam perdidos em meio a tantas preocupações, atividades e compromissos. Desejo que estejamos sempre motivados em realizar sonhos, mas principalmente que tenhamos sabedoria para desfrutar as coisas simples! Obrigado ao Jonatan pela excelente companhia e parabeniza-lo pela coragem deste desafio. Te amo filho! Hermes, Minas/Rio de Janeiro
  2. Essa viagem aconteceu em Dez/2023 e Jan/2024 A gente tinha uma Harley e um sonho! 😅 Meu marido e eu queríamos passar uns dias em Buenos Aires e chegar lá de moto, a gente nunca tinha saído do Santa Catarina de moto essa foi a nossa primeira viagem longa neste estilo. Pesquisamos um roteiro com base em quantidade de km por dia (que poderíamos vencer distância e aguentar sem sofrer), fomos apenas nós dois, sem companhia. Priorizamos rodar somente de dia e fizemos todo o trajeto antes via streetview, no Uruguai ele está bem desatualizado, mas ainda assim deu tudo certo e foi bem seguro. Nosso roteiro foi de 10 dias com um total de aproximadamente 4000km, e o trajeto foi o seguinte: 📍São José/SC - Ermo/SC (Ermo é a cidade da família do Sr. meu esposo - Parada obrigatória para nós) 📍Ermo/SC - Pelotas/RS 📍Pelotas/RS - Montevidéu/UY (Entramos pela fronteira de Jaguarão/RS) 📍Montevidéu/UY - Buenos Aires/AR (Entramos pela Fronteira de Fray Bentos/UY) 📍Buenos Aires/AR - Colônia do Sacramento/Montevidéu/Punta Del Este/Piriápolis/UY(Entramos com Buquebus) 📍Piriápolis/UY - Pelotas/RS (Entramos pela fronteira do Chuí) 📍 Pelotas/RS - São José/SC Passamos a maior parte de dias parados em Buenos Aires como planejamos, nos demais locais ficamos de um dia para o outro e ainda assim conseguimos explorar em uma medida que foi ok para nós. Dessa aventura tivemos a ideia de criar um diário digital da viagem em si, com nossas experiências, impressões, perrengues e alegrias e investimentos, quem tiver interesse, segue o link: Logo Ali - De Moto Saindo de Santa Catarina Até Buenos Aires (Passando Pelo Uruguai) Agradeço até aqui! Nossa próxima será para o norte da Argentina, Salta/Jujuy, Ruta 40, Chile e de volta. Ainda estamos amadurecendo o roteiro! Até mais 🛵🍃
  3. Olá amigos e amigas mochileiros! Depois de contribuir com postagens sobre as minhas aventuras de moto pela América do Sul, agora é a vez de fazer minha primeira publicação sobre uma viagem de carro. O motivo dessa mudança de meio de locomoção é o melhor e mais lindo: Guilherme, meu filho de 1 ano e 1 mês, que com muita coragem embarcou nessa roadtrip. (Observação inicial: havia escrito parte deste relato em janeiro, logo quando chegamos de viagem, porém fiquei de terminar e esqueci de postar. Hoje, passados 6 meses, me deparei com o arquivo e não quis deixar de postar, principalmente se com esse relato puder incentivar pais de primeira viagem a pegarem a estrada com seus bebêzinhos.) O objetivo dessa viagem foi aproveitar a grande (até então) vantagem financeira que estava em viajar para a Argentina, acompanhar nossos companheiros de moto até uma parte da viagem e conhecer a cidade de Cafayate. Explico: 1) com a grande desvalorização do peso argentino, estava ridicularmente barato viajar pela Argentina (mudou um pouco durante a viagem e falarei melhor disso no decorrer do post). 2) Nossos companheiros de moto, de muita viagens, iriam (e de fato foram) até Machu Picchu. Para eu, minha esposa e filho, era uma viagem muito longa, considerando a pouca idade do bebê. Então acompanhamos eles até San Salvador de Jujuy, quando eles seguiram para San Pedro de Atacama e nos descemos para Cafayate. 3) Eu e minha esposa gostamos muito de vinho, então visitar as vinícolas de altitude de Cafayate já estavam nos planos há anos. Pois bem, vamos ao roteiro (mais adiante detalho tempos de viagem e quilometragem rodada): 26/12: saída de Curitiba/PR com destino e pernoite em Oberá/Argentina 27/12: Saída de Oberá/AR com destino e pernoite em Presidência Roque Sáenz Peña/AR 28/12: Saída de Presidência Roque Sáenz Peña/AR com destino e pernoite em San Salvador de Jujuy/AR 29/12: Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR 30/12: Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS) 31/12 e 01/01: Dias livres em Cafayate/AR 02/01: Saída de Cafayate/AR com destino e pernoite em Termas de Rio Rondo/AR 03/01: Dia livre em Terma de Rio Rondo/AR 04/01: Saída de Termas de Rio Rondo/AR com destino e pernoite em Corrientes/AR 05/01: Saída de Corrientes/AR com destino e pernoite em Puerto Iguazú/AR 06/01: Saída de Puerto Iguazú/AR com destino e pernoite em Iretama/BR 07 /01: Saída de Iretama com destino para casa, em Curitiba/PR ---- PREPARAÇÃO ---- Para iniciar alguns detalhes da nossa preparação. Lembrando que estávamos eu e minha família de carro e os amigos todos de moto (5 motos no total) e que até San Salvador de Jujuy seguiríamos juntos e depois eles rumavam sentido Peru e nós sentido Cafayate. A preparação foi uma boa revisão do carro e equipá-lo com alguns itens que reza a lenda serem obrigatórios na Argentina. Levei: • um extintor; • dois triângulos; • uma corda de reboque; • um cambão de reboque; • dois coletes de sinalização refletivos. Tudo que levei foi com base em muita pesquisa e conversa com amigos que foram recentemente para a Argentina de carro. Além de ter em mente a premissa "melhor levar para não se incomodar". Outro ponto foi retirar o engate de reboque do meu carro. Depois de muito pesquisar vi que a lei argentina manda retirar o engate (a bola propriamente dita) quando não se está usando. Como o meu era tudo unido, tive que retirar o engate por completo. Foi melhor. Vou compartilhar aqui o link do Consulado da Argentina em Curitiba, eles tem um post bem claro dizendo o que é exigido. Link: https://ccuri.cancilleria.gob.ar/es/requisitos-para-brasileiros-ou-estrangeiros-residentes Além dos ajustes com o carro, a preparação incluiu Carta Verde, Seguro Saúde para os 3, documentos pessoais e uma via impressa do documento (CRLV) do veículo. Como estávamos com o bebê, dois meses antes da viagem fizemos um RG para ele. Além disso, levamos certidão de casamento e de nascimento, tudo para comprovar a filiação e demonstrar que viajava com os dois genitores, evitando aquelas autorizações especiais. Para evitar estresse com a busca de hotel em cima da hora, já saímos com 2/3 das pernoites reservadas. Deixei a perna final (de volta) sem reserva, caso houvesse alguma mudança de planos. Feito isso, vamos lá! Dia 1 (26/12) – Curitiba a Oberá/AR – 800km Às 6h00 encontramos nossos amigos da moto no Posto Guarani, na BR-277 sentido Guarapuava. A premissa do nosso grupo é sempre iniciar os deslocamentos cedo, assim chegamos cedo no destino e temos uma margem boa de tempo, caso aconteça algum imprevisto no trajeto. Fomos pela BR-277 até Guarapuava e depois BR-373 até Dionísio Cerqueira (SC). Entramos na Argentina por Bernardo de Irigoyen (ou Paso de Bernardo de Irigoyen), como fizemos em dezembro de 2021, visto que as filas para entrar pela Argentina por Foz do Iguaçu/Puerto Iguazú estão cada dia piores. Nada menos do que 3 horas de fila. Pegamos um trânsito bem intenso, o que fez com que as motos seguissem (pela facilidade em ultrapassar) e eu ficasse mais atrás. Às 14h30 já estávamos na fronteira (o grupo de moto e nós). Mesmo por essa fronteira que é mais tranquila, acabamos ficando cerca de 30 minutos numa fila de carros, onde pediram minha CNH e documento do veículo. Após, tivemos que estacionar o carro e voltar numa casinha para fazer o trâmite de documentos para dar a entrada na Argentina. Mais uns 20 a 30 minutos e já estávamos liberados. Troquei R$ 500,00 com os cambistas da fronteira (acho confiável ali), numa cotação de R$ 1,00 para ARS 175,00. Seguimos pela Ruta 14 e paramos para abastecer após cerca de 100km da fronteira. O cambista orientou que ali em Bernardo o YPF (que é o posto mais barato) não estava abastecendo estrangeiros, só os demais (Petroar e Axxion), porém o preço era bem mais alto (ARS 619 no YPF e mais de ARS 800 nos demais). A estrada até Oberá é boa. Gosto do trajeto. Tem um trecho com curvas de alta excelentes rsrsrs. Creio que por volta das 17h30 já estávamos no nosso hotel, o Bagu Azul Oberá, o qual já fiquei outras duas vezes. Gosto desse hotel. Preço bom, bons quartos, duas piscinas, restaurante bom e dentro do hotel, estacionamento fechado. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 175). Comemos algo no hotel mesmo e nós (eu, esposa e bebê), às 20h já estávamos no quarto para o ritual noturno do bebê. Dia com o bebê: foram várias horas dentro do carro e um deslocamento bem grande para uma criança, mas posso dizer que o saldo foi positivo. Gui dormiu algumas vezes e fizemos várias paradas para ele descansar. Estávamos com uma caixa térmica ainda com comidinhas e frutas que trazíamos de casa. Foi bom para ajudar a distrair. Dia 2 (27/12) – Oberá a Presidência Roque Sáenz Peña – 588km Às 7h00, conforme combinado, nos encontramos todos (nós e o grupo da moto) no café da manhã, com tudo já guardado nos veículos e prontos para comer e sair. Nesse dia demoramos um pouco mais, a reposição das comidas do café estava um pouco lenta e tinha vários grupos de motociclistas hospedados no hotel e, como de costume, todos gostam de sair cedo. De qualquer forma, 8h30 já estávamos abastecidos e rumando sentido Posadas e Corrientes. Saímos por dentro de Obera, pela Ruta 103 para pegar a Ruta 12 lá na frente. Uma opção era seguir pela Ruta 14 mais um tempo, porém, como é um trecho que já conheço, quis mudar. Até que valeu a pena. Essa Ruta 103 é boa e já nos jogou num trecho mais a frente da Ruta 12. Entramos em Corrientes para almoçar e evitar a famosa pegadinha para quem está de moto, que é andar pela via expressa, que proíbe a circulação de motos. Foi um pouco difícil de achar um lugar para comer e, quando achamos, o lugar era um pouco demorado. Atrasando nosso percurso. Saímos por dentro de Corrientes para pegar a ponte com a cidade de Resistência, sem entrar na via expressa. Motociclistas: se jogar no google encontra fácil um mapinha do que deve ser feito para evitar a via expressa. Depois de Corrientes seguimos pelo quentíssimo Chaco Argentino. Pegamos 37º, 38º de temperatura. Chegamos em Presidência por volta das 17h30 e nos hospedamos no Hotel Aconcágua, indicado por um amigo motociclista. Hotel bom, estacionamento, quartos bons, piscina. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 180). Chegamos a tempo de pegar uma piscina, eu, esposa e bebê e tomar uma cervejinha antes da janta. Fomos jantar num restaurante chamado Giuseppe, próximo ao hotel, com preço boa e comida boa. Às 21h deixamos o pessoal no restaurante e voltamos para o ritual noturno do bebê, que já havia passado da hora. Ele já estava de banho tomado, então era só dormir. Dia com o bebê: o deslocamento não foi tão grande, porém o calor estava forte. Gui se comportou super bem. Dormiu e, nesses intervalos, deixamos o pessoal da moto no ritmo deles (paradas para comer e abastecer) e seguimos sozinhos de carro. Foto: quase chegando em Saens Peña. Dia 3 (28/12) – Presidência Roque Sáenz Peña a San Salvador de Jujuy – 694km Nesse dia combinamos no café um pouco mais tarde, por conta de ter vários grupos de moto hospedados no hotel. Sabíamos que o café seria mais tumultuado. Antes das 8h00 pegamos a estrada. Trajeto do Pampa del Infierno está absolutamente melhor. Passei por lá de moto em dezembro/19 e era uma buraqueira só. Melhorou muito com vários trechos novos. A estrada é boa, porém perto da saída para Salta e sentido SSJujuy tem vários trechos em obra. Nos hospedamos no Hostel Pura Vida, que reservei com a proprietária Susana. Fica em Villa Jardin de Reyes, uns 10 km para frente de SSJujuy. Hostel excelente, com uma piscina boa, quartos muito grande e confortáveis. Nesse dia, como o hostel era só nosso (não creio que tenha mais do que 10 quartos), ficamos por lá mesmo, compramos macarrão e cervejas no mercado e usamos a cozinha compartilhada para nossa janta. No dia seguinte sairíamos passear. Dia 4 (29/12) - Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR Por volta das 9h00 pegamos um ônibus de linha mesmo para visitar SSJujuy. Descobri quando já estava dentro do ônibus que só se paga com cartão da empresa de transporte. Não há cobrador (guarde essa informação para o futuro). E o motorista, gentilmente ou espertamente, só Deus sabe, passou o dele e ficou com o nossa dinheiro. Depois de uns 40 min, descemos no Centro Histórico com uma chuva moderada e saímos passear. Por sorte tínhamos um guarda-chuva para proteger o Gui, que dormia faceiro no canguru. Centro muito bonito, catedral central bem bonita, no padrão das igrejas do norte argentino. Fomos buscar um local para fazer câmbio. Aí o mundo desabou, tempestade forte que literalmente colocou água no nosso passeio. Trocamos dinheiro, buscamos algum lugar para comer uma parilla. Fomos num chamado La Estancia Parilla, bom, porém nada de especial, embora todos os locais tenha indicado como sendo muito bom. Saímos do restaurante e corremos (literalmente) para fugir da chuva até o shopping na quadra seguinte para trocar o Gui (o banheiro do restaurante era muito pequeno). Depois fomos num mercado, rede Carrefour, porém outro nome, para comprar uma salsicha para um pancho (cachorro-quente) argentino. Depois disso fomos ao ponto pegar nosso ônibus de retorno, número 14, guardei muito bem kkkk. Lembram que falei da falta de cobrador. Pois bem, entramos no bus, aquele grupo de 10 pessoas e eles já foram se abancando. Perguntei para o motorista como pagar, ele foi taxativo que apenas com cartão. Muito educadamente falei da vinda e perguntei se ele podia pagar com o próprio cartão e eu daria em dinheiro a ele. Nada. Conversa já ficando tensa. A sorte que todos entraram junto no bus e já foram sentando, ele não tinha como nos "tocar" dali (tinha sim kkk, mas não o fez). Perguntei se podia pedir para algum passageiro passar o cartão e nisso já fui abordando as pessoas. Um moça falou que eu podia passar 1 ou 2 passagens, passei lá e ok. Paguei 200 pesos por passagem a ela (o preço normal era 140, uma forma de agradecimento). Até que o segundo cartão que eu peguei era de uma pessoa com passagem subsidiada. Aí o bicho pegou. O motorista ficou revoltado. Eu me fiz de bobo. Passei a passagem e paguei o rapaz. Aí ele brigou comigo dizendo que não poderia ser aquele tipo de cartão. Eu me fingindo de bobo, mas entendendo tudo kkkk. E daí gritou para todos: eles não sabem, mas vcs que tem o cartão tal (não lembro o nome) não podem emprestar para ninguém. Nisso faltavam umas 7 passagens. Fui abordando o pessoal e perguntando quem tinha cartão normal. Consegui pagar mais algumas e assim foi indo, as pessoas iam entrando eu ia pedindo para emprestar o cartão e até que consegui fechar as 10 passagens. Isso quase chegando no nosso destino. Quando paguei a última, como desabafo gritei: "Aqui é Brasil, porra!". A gente é brasileiro, nós damos nó em pingo d'água. Não vem tirar a gente pra loke não kkkkk. E brinquei com o pessoal que emprestou o cartão que estavam todos convidados para vir para Curitiba, para me procurarem por aqui rsrsrs. Depois, na boa, pedi desculpas ao motorista pela confusão, agradeci a atenção e ele entendeu que nós não tínhamos culpa e sim que emprestou um cartão sabendo que não podia. Foi com emoção kkkk. No final da tarde já estávamos no hostel e chuva não dava trégua. Comemos, bebemos, conversamos bastante e fomos dormir. Dia seguinte o grupo se dividiria. Foto: prova de que a chuva não dava trégua. Dia 5 (30/12) - Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS) Nesse dia acordamos cedo, às 7h nossos amigos já estavam com as motos prontas para partir em direção ao San Pedro de Atacama e nós, com um pouco mais de tranquilidade, sairíamos para Cafayate. Eles seguiriam de moto até o Peru, voltando para o Brasil pelo Acre, e nós sentido centro da Argentina, para uma volta mais rápida, visto que estávamos com um bebê de 1 ano e 1 mês. O trajeto até Cafayate é ruim, confesso. Voltamos pela estrada até Salta, por isso pegamos novamente os trechos de obras e bem naquela região tem um sinaleiro no meio da rodovia que atrapalha muito. Trânsito não flui. Enfim. Não entramos em Salta. Seguimos pela rodovia sentido Cafayate, porém é um trecho ruim que passa muito por dentro das cidades. Pista simples, trânsito intenso, vilarejos e sinaleiros. Depois de uns 30/40km de Salta que o trajeto começa a ficar mais bonito. Porém a beleza surreal é na Quebrada das Conchas, uns 30km antes de chegar em Cafayate. Que lugar lindo, que beleza surreal. Chegamos em Cafayate por volta do meio-dia, o Gui estava dormindo e ficamos no quarto por um período. Não lembro se saímos comer depois ou não. No meio da tarde saímos passear pela cidade e procurar uma primeira vinícola para visitar. Agendamos nossa visita para às 17h00 na vinícola El Povenir. Tour bem legal. Visita a área de envase, não tem vinhedo pois fica no centro da cidade, caves e depois uma degustação de dois rótulos no final. Quem quiser pode usar os wine dispenser para cobrar outras provas. Vinhos bons da vinícola. Gostei. Voltamos no começo da noite para o nosso hostel, que aliás merece alguns parágrafos sobre. Ficamos no Hostal Kallpa, sendo recepcionados pelo seu dono, Francisco. Desde o começo nos sentimos em casa. Hostel pequeno e muito aconchegante. Francisco sempre muito gentil conosco e com o Gui. Nos franqueou o uso da cozinha, o que aparentava não ser muito comum para os outros hóspedes. O quarto era bom, com um banheiro novo. Ar condicionado e wifi funcionando muito bem. CONTINUO NOS COMENTÁRIOS .....
  4. Fala mochileiros, motociclistas, viajantes. Todos bem? Vamos lá para mais um relato de uma RideTrip pela América do Sul, desta vez apenas pela Argentina, com o objetivo de curtir uns dias na linda Buenos Aires e passar o réveillon em alguma das praias do litoral argentino. Nosso roteiro foi o seguinte: (mais adiante detalho tempos de viagem e quilometragem rodada) 26/12: saída de Curitiba/PR com destino e pernoite em Oberá/Argentina 27/12: Saída de Oberá/AR com destino e pernoite em Concordia/AR 28/12: Saída de Concordia/AR com destino e pernoite em Buenos Aires 29 e 30/12: Dias livres em Buenos Aires 31/12: Saída de Buenos Aires com destino e pernoite em La Lucila Del Mar/AR 01 e 02/01: Dias livres em La Lucila Del Mar 03/01: Saída de La Lucila Del Mar com destino e pernoite em Gualeguaychú/AR 04/01: Saída de Gualeguaychú/AR com destino e pernoite em Oberá/AR 05/01: Saída de Oberá/AR com destino final para casa, em Curitiba/PR Fomos em 3 motos para essa RideTrip: eu e minha esposa, meu tio e minha tia e o tio da minha esposa sozinho. --- PREPARAÇÃO ---- Para iniciar, alguns detalhes da preparação da viagem, principalmente, a burocracia de documentação. Para entrar na Argentina no final de dezembro era exigido o seguinte: fazer a DDJJ no site Migraciones, teste PCR negativo de Covid, Certificado de Vacinação contra a Covid, seguro saúde com cobertura para Covid e Carta Verde. A DDJJ deve feita pelo site Migraciones em duas etapas. Primeiro alguns dados básicos e eles enviam um e-mail para seguir preenchendo com no máximo 72h de antecedência, pois será necessário juntar o teste negativo. Atenção: não adianta preencher a etapa 1 muito antes. Ela expira. Havia preenchido com uns 5 dias e na hora de juntar o teste ela havia expirado e tive que começar novamente. Na etapa 2 você deverá juntar os documentos que mencionei. Juntei tudo em português e não tive problema algum. Dica: nossa viagem pegou bem o período que o site do Ministério da Saúde foi rackeado, logo não estávamos conseguindo emitir o Certificado de Vacinação para todos os viajantes. Foi uma preocupação grande. Por sorte eu tinha o meu certificado e da minha esposa salvos por conta de uma viagem para o RJ em outubro. Do tio da minha esposa, apenas conseguimos emitir no dia anterior a partida. Foi um sufoco. A dica é, baixe seu certificado e já deixe salvo. De tempos em tempos baixe uma nova versão atualizada. Se for preciso para uma viagem, vc já tem ele pronto. Seguro saúde eu comprei na Black Friday pelo Seguros Promo, o mais barato com cobertura de Covid. Me atendeu, embora não foi necessário utilizar. Carta Verde sempre imprimo em papel verde. Nunca foi objeto de reclamação, mas não custa levar. Documento da moto levei um antigo (aquele papel verde) e um atualizado impresso (agora não mandam mais o CRLV para casa, tem que imprimir). Algumas reservas impressas, caso necessário. Viajamos todos com o passaporte. Acho sempre mais fácil do que usar o RG. Fora que se ganha carimbos. Com relação a moto, eu havia feito revisão e troca de óleo há poucos quilômetros, então não foi preciso nada mais. Apenas o pneu que deveria ter trocado, mais adiante veras o porquê kkkkk. Moto carregada, correia lubrificada, documentos preparados, hora de sair para viagem. Começamos nossa jornada!!! Dia 1 (26/12) – Curitiba a Oberá/AR – 800km Combinamos de sair bem cedo, pois tínhamos um trecho longo de estrada e a travessia de uma fronteira, algo que nunca sabemos quanto tempo vai levar. Sendo assim, às 5h nos encontramos no meu prédio e às 5h20 já estávamos na BR277 sentido Guarapuava e, depois, Argentina. Fomos pela BR277 e BR373 até a fronteira e a estrada estava bem tranquila, bastante veículos e interrupção dos contratos com os pedágios ainda não fez com que as pistas estivessem tão ruins. Parada para um café na BR227 (Parada Benetida, quanta fila e lentidão): Quase chegando na fronteira com a Argentina, cerca de 11h, fomos parados numa abordagem de rotina da PRF. Conferência de documentos, teste do bafômetro e todos liberados. O ponto negativo e que já estava um calor absurdo. Por volta de 35 graus. Ao meio-dia já estávamos na fronteira de Dionísio Cerqueira/Bernardo de Irigoyen (ou Paso de Bernardo de Irigoyen como dizem os argentinos). Nunca havia passado ali, então foi tudo novidade. Antes de chegar na cidade já tem placas indicativas que levam direto até a fronteira. A de veículos leves fica praticamente no meio das duas cidades, a brasileira e a argentina. Estacionamos as motos e, por orientação de um militar, fomos diretos numa casinha branca onde verificaram os testes de covid e Certificado de Vacinação. Após, nos deram um pequeno papel timbrado para ir fazer a imigração. Numa outra construção fizemos o procedimento de imigração, bem tranquilo e rápido com as tradicionais perguntas “de onde estão vindo?”, “para onde vão?”, “onde ficarão?” e o motivo da viagem ... vacaciones!!! Fizemos essa travessia num domingo, dia 26/12, portanto estava tudo muito tranquilo e em menos de 30 min já estava tudo ok. Tanto do lado argentino quanto brasileiro estava tudo fechado. Perguntei a um agente da PF Argentina sobre trocar dinheiro, ele disse que as casas de câmbio estavam todas fechadas desde o início da pandemia e que era seguro trocar com um dos rapazes que ficava na esquina logo a frente. Haviam vários homens nas esquinas oferecendo câmbio. Fizemos a primeira troca, numa cotação de R$ 1 para AR$ 30. Aproveitamos para pegar dica para comer. Comemos num restaurante ao lado do posto PETROAR. Comida boa, com assado típico argentino e ainda pagamos em real. Algo em torno de 40 reais por pessoa. Aproveitamos para abastecer pois a Super 95 (gasolina) estava AR$ 98, o que dá 3 reais e pouquinho. Maravilha!!! Seguimos até Oberá pela Rota 14. Estrada muito boa, plana, bastante retas e um trecho com muitas curvas de alta. Quem gosta de curvas de alta, ali é o lugar certo, praticamente nada de trânsito. Lembre que era um domingo pós-natal. Show de bola. Com o passar dos quilômetros a temperatura foi aumentando e a força do sol também. O painel da moto chegou a marcar 38 graus. Quase chegando em Oberá, a 15km, meu pneu traseiro furou. Que triste, mas faz parte da vida do motoqueiro. Tentamos colocar um reparo de pneu da Motul, mas não surtiu efeito. Tentamos dar uma carga extra de ar, com um cilindro portátil que meu tio levava e também nada. Pelo visto o estrago tinha sido grande. Por sorte, logo que encostei a moto por conta do ocorrido, no sentido contrário vinha um rapaz argentino com uma 125cc, Cristian Lozano, rapaz muito gente boa que parou e nos ajudou em todo o momento, inclusive pq tinha sinal de celular e já pesquisou a borracheria (gomeria) mais próxima. Tiramos o pneu e lá fui na garupa do meu tio até a gomeria de Oberá. Por sorte havia uma aberta em pleno domingo. Quando os rapazes tiraram o pneu vimos que tinha um corte interno, algo que nunca eles nem eu tinha visto, e câmara tinha estourando em 3 pedaços. Não sei o que houve. Talvez o excesso de calor. Não dava para encostar no pneu sem um pano de tão quente que ele tava. Eu acho que o fato de estar meia-vida ajudou nesse problema. Enfim, não saberei. Por óbvio o pneu não tinha reparo e lá não havia um pneu compatível com uma 800GS. Por sorte tinham um meia vida lá que era aro 17 e que dava para colocar na moto, nem que fosse apenas para tirar do acostamento e trazer até o hotel. Pneu “novo” instalado, voltamos para a estrada para colocar o pneu e seguir viagem. Por sorte deu tudo certo. Furou o pneu por volta das 15h e por volta das 17h estávamos prontos indo ao hotel. Isso me reforçou a importância de sempre sair cedo quando se viaja de moto. Problemas como esse acontecem e se já fosse noite, seria bem mais difícil de resolver. Nos hospedamos no Azul Hotel e Spa, fica numa avenida principal bem próximo da entrada da cidade. Aproveitamos a piscina do hotel e, como estávamos cansados da viagem e do ocorrido, comemos por lá mesmo. Não saímos passear pela cidade. Gostei bastante do Azul Hotel e Spa. Recomendo. Dia 2 (27/12) – Oberá/AR a Concordia/AR – 617km Como o hotel só liberava o café da manhã às 7h, combinamos de ajeitar as motos e bagagem antes das 7h e às 7h já tomar o café para sair o quanto antes, tínhamos um trecho longo e o calor da região era bem forte. Às 7h30 já estávamos na estrada. Atualização sobre o pneu: como Oberá não tinha estrutura, resolvi seguir com o pneu até Buenos Aires para fazer a troca lá. Com isso, minha esposa foi na garupa do tio dela e fomos num ritmo mais tranquilo para o pneu aguentar bem os mais de mil km’s que faltavam (ritmo de 110 a 130km/h). Seguimos pela Rota 14 até Concordia. Por um grande trecho é pista simples, porém pista boa. Os pedágios que tem não são tarifados para moto. Aqui um ponto de atenção, escassez de postos de gasolina e posto sem gasolina. Cerca de 150kms após Oberá inicia um trecho praticamente sem nada que segue por alguns bons quilômetros. Até aí tudo bem, o problema foi que encontramos um posto e nada de gasolina, no segundo posto a mesma coisa. Aí complicou. Rodamos quase 300km sem achar posto. Então fica o registro para quem passar nessa região. Buscar estar sempre bem abastecido. Cerca de 200km de Concordia tivemos um novo problema. A zica tava grande e começou a nos preocupar. A moto do meu tio, uma 1200GS, parou do nada. Cortou sinal e não dava mais partida. Olhamos bateria e estava ok. O calor já estava muito forte, painel da moto marcando 39 graus. Pensamos que poderia ser mais uma consequência do forte calor. Acredito que a sensação térmica passava dos 45 graus. Paramos no acostamento e tentamos por alguns minutos ver o que poderia fazer. Sem solução e por conta do sol muito forte, reboquei a moto do meu tio com uma corda até o próximo posto. Por sorte estava a 8km. Lá no posto conseguimos um wi-fi e falamos com o nosso mecânico em Curitiba. O painel da moto começou a acusar EWS. Segundo o mecânico um problema da antena da ignição. Algo complicado para resolver no interior da Argentina, pois precisaria de uma oficina especializada. Com esse quadro, meu tio resolveu voltar para o Brasil. Tínhamos acabado de passar próximo ao Paso de Los Libres (froteira com Uruguaiana). Conseguimos ali no posto o contato de um pranchão e depois de quase 3 horas entre o problema e a solução, eles retornaram ao Brasil. Seguimos viagem em apenas 2 motos. Depois que já estava resolvido e meu tio no carro para voltar para a fronteira, seguimos nosso trecho. Por sorte ainda com luz do sol. Era cerca de 15h. Aqui, mais uma vez, a importância de sair cedo. Antes de escurecer, acho que por volta das 18h, já estávamos no hotel em Concordia. Ficamos no Hotel Frederico I. Hotel simples, mas muito bom. Gostei e recomendo. Estacionamos as motos e fomos buscar um lugar para trocar dinheiro. Casa de câmbio no centro da cidade e já aproveitamos para conhecer um peatonal da região. Cidade bem bonita. Faz fronteira com o Uruguai. Gostei bastante. Fizemos cambio na Cambio Río por R$ 1 para AR$ 33. Na própria praça principal paramos para comer algo. Sentamos no Cristobal Café Concordia e comemos um hambúrguer que estava muito bom, não gastando mais de 100 reais o casal, incluindo alguns chopps. Voltamos para o hotel para descansar e seguir a viagem no dia seguinte. Dia 3 (28/12) – Concordia/AR a Buenos Aires/AR – 430km No Hotel Frederico I o café também só era servido após às 7h, então o mesmo padrão de sempre: deixar tudo pronto para só tomar café e sair. Voltamos para a Rota 14 rumo a Buenos Aires. A estrada nesse trecho é muito boa. Pista dupla, retão e pedágio sem pagar. Depois pegamos a Rota 12 e, por fim, a Rota 9 para chegar em Buenos Aires. Nesse trajeto, na região de Zarate passamos por duas pontes muito grandes e bonitas. Vale fazer um vídeo. Na Rota 9 chegando em Buenos Aires, ela se torna tipo uma free way grande, com mais de 4 pistas e limites de velocidade para cada faixa. Mais à esquerda limite de 130 km/h e vai baixando até 80km/h na pista da direita. Inclusive há várias indicações claras que o limite mínimo da via é 60km/h. Achei interessante. A entrada em Buenos Aires, como toda grande cidade, foi com muito trânsito, bastante mesmo e muito calor. Chegamos por volta das 12h30. Seguindo o GPS não foi difícil achar a nossa hospedagem. Pegamos um apartamento pelo Booking.com, muito bom e bem equipado. Na Villa Crespo, bairro que eu, até então, não conhecia e gostei muito. Tem tudo perto, inclusive um Western Union onde fizemos câmbio duas vezes, por R$ 1 para AR$ 34. Neste dia almoçamos por perto do apartamento e fomos no mercado para buscar algo para cozinhar em casa e, assim, economizar com alimentação. Também aproveitei para ir a um shopping perto (Abasto Shopping, bem grande e com muitas lojas) para comprar um chip de celular e no dia seguinte ligar para oficinas para pesquisar o preço do pneu novo. Dica: compre chip da Claro. É o mais fácil de ativar para estrangeiro e os pacotes tem bom preço. Por 340 pesos tivemos 2GB de internet, ligação e whatsapp free. CONTINUA .......
  5. Fala Desacelerados, Nunca havia ido para o Nordeste Brasileiro de moto antes, fiquei completamente encantado com a beleza dessas terras e espero que vocês curtam o resultado desse vídeo. O primeiro episódio da Expedição Nordeste vai te levar do Rio de Janeiro a Trancoso, na Bahia. Essa viagem foi feita por 2 integrantes, eu, Matheus Verdan, e minha linda, espetacular e aventureira namorada, Isadora Lessa. Conhecemos alguns pontos turísticos como: - Mosteiro Zen Morro da Vargem em Ibiraçu (ES); - Praia do Coqueiro em Trancoso (BA); - Praia do Espelho em Caraíva (BA); - Quadrado em Trancoso (BA); Passamos pelas cidades de: - Serra - Espírito Santo; - Trancoso, Porto Seguro - Bahia; ► Moto utilizada: CB500x 2015 Espero que gostem do vídeo!!!!! Muito obrigado a todos os inscritos! Agradeço a cada um dos 6.000 Desacelerados que estão ajudando o canal a crescer e atingir mais pessoas! Bons ventos! Site Desacelerados: www.desacelerados.com.br ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Links úteis: Viagem de moto do RJ a Santiago no Chile, acampando por 6 dias em San Pedro de Atacama com uma Ténéré 250 (2018): https://youtu.be/qNx7PDM1Yxw Vídeo sobre gasto total da viagem para o Chile com uma Ténéré 250: https://youtu.be/ewTS6nON73s Vídeo sobre qual moeda levar para a Argentina e Chile: https://youtu.be/0VVwJPe38xo Vídeo sobre preços e locais de camping e hostel | Melhor roteiro para o Deserto do Atacama e Santiago: https://youtu.be/ZS_h9xBbdpk Do RJ a Campos do Jordão na Megacyle 2017 e pegamos 0°C: https://youtu.be/Di3Iv9EY9co De moto ao Caribe Brasileiro em Arraial do Cabo | Região dos Lagos - Rio de Janeiro | DESACELERADOS: https://youtu.be/9PEK766rkPc Offroad Pesado com a Ténéré 250 | Atravessando rios e XL morreu afogada | Lídice - RJ: https://youtu.be/ha0x0HMsmUY Ténéré 250 pronta para tudo | Offroad em Silva Jardim com o MG Aventura RJ: https://youtu.be/-Z91yys9IrE ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Se quiser qualquer informação sobre a viagem, será um prazer ajudar. Para conferir todas as fotos de viagens siga nosso instagram: @desaceleradoss https://www.instagram.com/desacelerad... ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Gostou do Vídeo? Deixe aquele LIKE, não esqueça de COMPARTILHAR com seus amigos.
  6. Fala Galera, Venho compartilha com vcs minha viagem de moto pelo sul no brasil realizada em outubro de 2020 pelas serras mais famosas entre os motociclistas no Brasil. Saímos do Rio de Janeiro em direção as duas serras mais famosas entre os motociclistas no Brasil, a serra do Rio do Rastro e a Serra do Corvo Branco passando pela cidade de Gramado. Essa viagem foi feita com 3 integrantes, eu Matheus Verdan, meu pai Sergio Verdan e minha mãe Elinete Verdan. Conhecemos diversos pontos turísticos como: - Rua Torta; - Catedral de Gramado; - Cascata/Cachoeira do Caracol; - Cascata/Cachoeira do Moinho; - Rua Coberta; - Festival de Cinema Nacional de Gramado; - Catedral de Canela; - Vinícola Jolimont; - Cascata/Cachoeira do Avencal; - Serra do Corvo Branco; - Serra do Rio do Rastro. Passamos pelas cidades de: - São Paulo; - Curitiba; - Balneário Camboriu; - Joinville; - Urubici; - Gramado; - Canela; - Lauro Muller; - Dentre outras... Espero que gostem do vídeo!!!!! https://youtu.be/cNJmS5ZIGic
  7. Depois de ler vários relatos e ler várias dicas sobre viajar sozinho de moto, posso agora concordar com todos, viajar sozinho de moto foi umas das melhores coisas que fiz. Tenho uma Yamaha Virago 250 ano 2000, adquiri ela em outubro de 2017 tinha planos de fazer essa viagem. Comecei em dezembro de 2017 a me preparar para fazer a minha primeira viagem de moto. Encontrei uma planilha bem organizada em algum site de viagens e comecei a preparar tudo. Passei janeiro inteiro organizando gastos, comprei uma mochila, um capacete melhor, troquei os pneus e fiz uma revisão na moto. O que mais eu tinha medo era de acontecer algum problema mecânico na moto, pois não entendo nada de mecânica e se caso acontecesse isso, eu ficaria parado na estrada e por mais que eu desejasse ir sozinho, estava com muito medo. Sairia de Londrina dia 14/fev, passaria por Curitiba e depois seguiria para Florianópolis e retornaria dia 18/fev. No total seriam aprox. 1500 km, nada assim tão grande, mas para mim era um desafio. Se você já fez uma viagem sozinho de moto, talvez tenha escutado isso, quando você diz que vai viajar sozinho, todos ao seu redor te desencorajam e dizem coisas do tipo "Mas por que sozinho?", "você não tem medo?", "e se acontecer alguma coisa?". Tudo isso vai te desanimar, mas se é o que você quer, continue firme. No dia 13/fev, com a ajuda da minha namorada, preparei a mochila, me certifiquei que ela iria ficar segura e firme no sissy bar da moto, abasteci a moto, calibrei os pneus e lubrifiquei as correntes. Nessa noite quase não consegui dormir de ansiedade e ainda estava com medo de fazer a tal viagem. 14/fev - Acordei por volta das 6 da manhã, tomei um bom café da manhã e comecei a arrumar as coisas na moto. O tempo não estava firme, então decidi sair de Londrina com a capa de chuva. Para proteger a bolsa de uma possível chuva, coloquei um saco de lixo e amarrei ela no sissy bar da moto. Sai de Londrina por volta das 7 da manhã. Fui com calma e por volta das 11 horas cheguei em Ponta Grossa - PR. Não consegui relaxar muito nessa primeira parte, pois estava muito tenso com medo de acontecer algo de ruim. Almocei em Ponta Grossa sabia que viria a parte mais dificil desse dia, chegar em Curitiba-PR e encontrar a casa da minha tia. Seria difícil por que iria pelo GPS do celular. Como o celular ficava no bolso, eu precisava andar um pouco, parar, tirar parte da calça da capa de chuva, olhar o mapa, memorizar as ruas e depois andar mais um pouco. Me perdi um pouco, peguei mais chuva durante o caminho, mas cheguei na casa da minha tia em Curitiba por volta das 15:00. 15/fev - Decidi ficar mais um dia em Curitiba na casa da minha tia. Nesse dia, aproveitei pra comprar uma calça de lã, pois passei muito frio no primeiro dia e consegui uma toca emprestada da minha prima. Agora sim, estava preparado, se houvesse algum frio. 16/fev - Amanhaceu com o tempo todo nublado em Curitiba, mas isso não me desanimou, coloquei a capa de chuva e sai de Curitiba por volta das 8 da manhã. Me perdi um pouco para sair mas consegui. Nesse dia, estava completamente relaxado e consegui aproveita bem a viagem. Parei pra tirar algumas fotos na serra do mar no Paraná. Depois de passar a serra do mar, fiz uma parada em Joinville por volta das 11 da manhã e lá aconteceu algo bem legal. Parei em um posto, para tirar a capa de chuva, pois já estava com o tempo limpo. Nessa parada, conheci por acaso um outro motoqueiro chamado Horácio e começamos a conversar no posto. Ele me deu várias dicas de viagem e disse que estava apenas dando uma volta de moto e que era de Joinville mesmo. Nessa conversa, ele me disse que poderia me mostras algumas praias de Santa Catarina e concordei, com isso, seguimos nós dois viagem. Passamos primeiro em Balneário Camboriú. Depois, pegamos a rodovia Interpraias, uma rodovia que beira o mar muito bonita. Me despedi do amigo Horário e parti pra Florianópolis. Cheguei por volta das 16:00. Passei dois dias apenas em Florianópolis e retornei dia 18/fev fazendo o trajeto de volta direto. Nesse dia percorri por volta de 700 km. Foi uma viagem "pequena", porém gostei muito. A minha companheira, Virago 250, se mostrou uma ótima moto, excelente na verdade. E realmente comprovei que viajar sozinho de moto é a melhor coisa que já fiz na vida. Estou começando agora a planejar uma próxima viagem para a Chapada dos Veadeiros em Goiás. Grande abraço a todos!
  8. Fala galera, meu primeiro relato aqui. Sou de Salvador-BA e já fui na chapada diamantina diversas vezes, devido a proximidade (400 km) acaba por ser um destino bem repetido. Felizmente a chapada é enorme e tem muita coisa pra ser vista, eu não cheguei nem perto de conhecer tudo que quero. Dessa vez resolvi aproveitar os dias de carnaval e fazer um rolé diferente e por ser uma época de alta temporada e também já conhecer os lugares mais comuns. Fiz toda a viagem de moto, pois como tinha poucos dias, seria praticamente inviável depender de transporte para se locomover entre os pontos que queria, no total acabei rodando 1480 km. Saí de Salvador com destino a Itaetê, um interior que já faz parte da chapada e fica a 420 km da capital. Preferi fazer um caminho que já conheço e sei que a estrada é bem deserta, que é passando por Ipirá e logo mais chegando em Itaberaba, o portal da chapada diamantina. No primeiro dia apenas cheguei em Itaetê e saí pra tomar uma cerveja com uns amigos, afinal, já era 15 h. Acertei com o guia para sairmos às 6 h da manhã do dia seguinte e visitar a Cachoeira Encantada.. acabei adiando pra 7 h por causa de uma mini-ressaca kkk Fiquei numa pousada bem simples (bem simples mesmo) e fiz meu café no quarto mesmo, com o material de camping e algumas coisas que tinha comprado no dia anterior. Saímos as 7 e percorremos aproximadamente 30 km de estrada de barro até onde deixei a moto e iniciamos a trilha. Achei bem tranquila, a pior parte é no início que precisamos subir um pouco, mas no resto é praticamente tudo plano. Trilha fácil pra quem tem costume de andar no mato, poderia tranquilamente ter ido apenas pelo wikiloc. Não lembro muito bem de quanto gastei, recordo que o guia foi R$150 (dividido por dois 75 pra cada) Chegar na cachoeira e não ter ninguém foi uma das melhores coisas que aconteceu nesse dia.. muita paz! Cachoeira Encantada Segundo dia saímos de Itaetê por volta das 11 h rumo a Igatu, enfrentamos uma estrada de uns 40 km de offroad com a intenção de conhecer a cachoeira Califórnia. Após 1h pilotando em estrada de terra, chegamos no asfalto e entramos em Igatu. Assim como no offroad, não dá pra andar rápido por Igatu, afinal, a estrada que dá acesso ao miolo da cidade é toda de pedra e a pista é bem estreita. Chegamos por volta das 14 h, montamos a barraca e já seguimos para a trilha da Cachoeira Califórnia. O início da trilha é bem de boa, porém mesmo com o wikiloc acabei me perdendo em alguns pontos, o pior deles foi quando estávamos a menos de 50 m da cachoeira, dava pra ouvir o barulho mas não foi tão fácil achar o caminho para chegar até o cânion (o GPS fica bugado em locais fechados) e pra completar, minha bota acabou soltando o solado e tive que ficar descalço mesmo. Depois de muito insistir e tentar inúmeros caminhos, finalmente chegamos.. e para nossa surpresa, NÃO TINHA NINGUÉM. Tudo perfeito, visual sensacional, água na temperatura certa hahaha. Aproveitamos bastante e antes do sol cair fomos embora. Dessa vez muito mais tranquilo pois já sabíamos o caminho. Terceiro dia seguimos para Rio de Contas pra finalmente subir o pico do Itobira, e como saímos tarde, só iriamos subir no dia seguinte. Nossa rota foi sair de Igatu até o entroncamento de Ibicoara, viramos a direita com destino a Jussiape, mais 50 km de offroad subindo e descendo serra. Chegamos em Rio de Contas e tivemos uma surpresa em encontrar a cidade toda enfeitada pro carnaval, logo mais tarde descobrimos que é tradição de lá o carnaval ser bem movimentado.. achei muito tranquilo e organizado. Ficamos no camping do Tilú ($20/pessoa) e à noite compramos comida o suficiente pra fazer o café da manhã, almoço e janta. Quarto dia, finalmente chegou! Acordamos às 4:50 pra organizar as coisas, gastamos 1:30 h arrumando tudo e partimos em direção ao povoado de Caiambola pra enfrentar mais uns 45km de offroad. Quando saímos o tempo estava bastante nublado e no meio do caminho começou a cair a chuva, por sorte consegui pilotar até achar um abrigo onde fizemos nosso café da manhã e esperamos uma trégua. Seguimos passando por alguns povoados até chegar no estacionamento onde dá acesso ao início da trilha pra subir o pico. Novamente organizamos tudo (mochila, material de camping, comida, roupas e etc) e partimos em direção a trilha. O meu maior medo era chegar no pico e não ter lugar pra montar a barraca, afinal, no estacionamento já haviam dois carros e a área do camping lá em cima é bem limitada, cabem apenas 3 barracas! Outra preocupação era sobre a água, no wikiloc tava bem sinalizado onde dava pra conseguir mas nunca se sabe se os lagos estariam secos ou não.. pra nossa sorte não estavam. Subimos com 4,5 L no total e foi a conta certeira pra passar o tempo que havíamos estipulado. A trilha é praticamente o tempo todo subida, sendo que o pior momento realmente é nos últimos 200 m de ataque ao pico.. porém não é nada impossível, é difícil sim e exige bastante cuidado em alguns pontos. O tempo ajudou bastante, pois tinham várias nuvens bloqueando o sol e não sentimos dificuldade nesse quesito. Ao chegar, todo o cansaço parece ser ofuscado pela linda vista que tem lá e pelo sentimento de superação que sempre existe ao subir um pico. Dei um giro no lugar pra me ambientar e procurar a melhor posição de montar a barraca e assim o fiz. Lembrando que o local onde se acampa não é o ponto mais alto, até chegar no pico ainda tem uma pequena trilha, acabei não indo lá pois já estava satisfeito com o local do camping. O tempo estava bastante inconstante, tinham muitas nuvens carregadas que quando passavam pelo pico batia um frio sinistro, já sabia que à noite ia ser complicado Aqui vai o conselho que ouvi de um amigo e que foi bastante útil: LEVEM ROUPA DE FRIO! Fui com um kit de segunda pele (camisa, meia e calça), fleece, corta vento, touca, duas luvas, saco de dormir, isolante térmico E AINDA ASSIM SENTI FRIO. kkkkk Outra dica que pra mim foi um dos motivos de ir até lá, admirem o céu, é SURREAL. Ele estava completamente nublado às 19 h, praticamente não dava pra ver uma estrela e magicamente se abriu às 3h da manhã que foi o horário programado pra tirar essa foto. Acordamos por volta das 8 h no dia seguinte pra descer e depois de organizar tudo, saímos por volta das 10:30. A descida foi sofrida, não só pelas pancadas no joelho mas o calor estava INSUPORTÁVEL.. da próxima vez levarei uma camisa de manga longa com proteção UV e uma proteção para o pescoço. Chegamos em Rio de Contas por volta das 14 h, almoçamos e seguimos para Brumado-BA. A idéia era voltar pra Salvador por outro caminho, completando assim uma volta na Chapada. A estrada até Brumado, passando por Livramento é muito linda, uma descida gigante com um visual completamente diferente de tudo que já vi por aqui. Chegamos em Brumado já no final da tarde, pilotei sem pressa (como sempre) e ficamos num hotel (R$50 cada/ventilador e café) na entrada da cidade. Dia seguinte fizemos Brumado -> Salvador, caminho bastante longo e cansativo mas totalmente possível. Qualquer dúvida é só dar um alô. Mais fotos em: https://www.instagram.com/dihmorais Fiz 3 vídeos detalhando esse rolê:
  9. #Uruguai Estou há um pouco mais de dois meses em uma viagem de moto pela América. Meu projeto chama O Mundo em Lanches pois quero conhecer culinárias locais simples para depois oferecer em lanches. Acabo de deixar o Uruguai passando por praticamente toda a costa leste até Montevideo, depois fui um pouco mais para o centro para ter uma ideia de como é o interior neste belo país. O litoral é incrível com muitas opções totalmente distintas: desde um vilarejo que só pode entrar de 4x4 e tem energia elétrica apenas por geradores - Cabo Polônio, até uma cidade cheia de grandes prédios com muito luxo - Punta Del Este. A capital #Montevideo é bem bonita e organizada, com muitas praias, praças, ruas de bares e baladas, restaurantes, tudo o que uma metrópole oferece. Gostei muito de ver os Uruguaios tomando praças e praias principalmente no final do dia. O verão é muito valorizado aqui. O cidadão Uruguaio é, em geral, muito educado e receptivo, sempre que precisei não mediram esforços para me ajudar e os amigos locais que fiz gostam muito de mostrar sua cultura. O interior achei parecido com o Brasil, cidades pequenas mas mais organizadas até em sua construção, uma praça principal, alguns bares, restaurantes e lojas. Em um bar que parei para tomar um refrigerante (aqui é muito difícil encontrar suco natural), os senhores que estavam lá já começaram a puxar assunto, bem Bar de interior mesmo. A culinária é centralizada na Parrilla (churrasco), além de cultural a carne é um dia produtos com melhor custo benefício por dia produção regional - nas estradas praticamente só vi este tipo de fazendas. Chivito (lanche com carne bem fininha, normalmente com ovo, salada, presunto e queijo), milanesa (muito popular, muito mesmo), empanadas e tartas (torta salgada) são os outros pratos regionais. Falo melhor sobre tudo no Instagram O Mundo em Lanches https://www.instagram.com/omundoemlanches/ https://omundoemlanches.com.br/ #mochileiros #viagemdemoto
  10. Preciso de apoio, suporte e voluntários nas cidades em que vou passar com o projeto. De Moto pelo Brasil - Projeto Social Voluntário.docx
  11. Nesse vídeo fizemos uma incrível viagem ao Deserto do Atacama, do dia 02 de Janeiro de 2018 ao dia 21 de Janeiro de 2018 sinta a emoção dessa magnifica viagem. Eu Matheus Verdan, sai do Rio de janeiro e o Iago Luiz de São Paulo, Juntos fomos do Atlântico ao Pacifico, do Rio a Santiago e voltamos. Rodamos cerca de 10000km em duas Tenere 250 por cerca de 19 dias, um a mais que o planejamento inicial. No meio do Valle de la Luna, encontramos um amigo aqui do Rio de Janeiro, o Bandeira, que seguiu viagem conosco do Atacama até Mendoza na Argentina. Foi um sonho realizado e com toda a certeza a primeira de muitas viagens. Não ha como não se emocionar com a beleza e grandiosidade de todos os locais que eu passei, principalmente nas Cordilheiras do Andes, é ESPETACULAR! Valeu a pena cada km percorrido. Se quiser qualquer informação sobre a viagem, será um prazer ajudar. Para acompanhar todas as fotos dessa trip espetacular entre no meu instagram: @mathverdan https://www.instagram.com/mathverdan/ @iagoluizoli https://www.instagram.com/iagoluizoli/ Em breve farei videos sobre planejamento, custo, roteiro/trajeto e o que levar. Se inscreva e acompanhe as nossas aventuras. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Gostou do Vídeo? Deixe aquele LIKE, não esqueça de COMPARTILHAR com seus amigos. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ► Motos utilizadas: Duas Tenere 250 ► Dificuldade da estrada: Médio ► Partida: Rio de Janeiro - BRL ► Chegada: Santiago - CHL ► Percurso: 10000 km Locais Visitados: ► Laguna Cejar ► Salar de Tara ► Salar de Atacama ► Laguna Tuyajto ► Gêiseres del Tatio ► Valle de la Luna ► Monjes de la Pacana ► Mão do Deserto ► Los Caracoles ► Salinas Grandes ► Lagunas Miscanti y Miniques (Altiplânicas) ► Concha Y Toro ► Fuerte Neptuno https://youtu.be/qNx7PDM1Yxw Em breve, postarei o relato detalhado de toda a viagem aqui mesmo na pagina. Abraços e Bons Ventos.
  12. Buenos Hermanos! Ufa, terminei! Foram mais de 52 mil km por todos os 13 países na América do Sul, em 3 partes, na maioria com motos de baixa cilindrada. Além de visitar os 13 países na América do Sul, também visitei os 4 Extremos Continentais e quase consegui ao inatingível ponto central, no Paraguay rsss. Ví a morte de perto várias vezes (parece legal, bonito, empolgante e divertido... mas não o é), passei por muitas dificuldades, de frio intenso à calor intenso, fome, perrengues, etc... Mas faria tudo novamente, porque só o que levamos para o alto é nossa experiência de vida, só o que adquirimos com conhecimento cultural, com os povos, suas culturas e regionalismos; isso sim, não tem preço. Não levamos dinheiro nem poder, não é por dinheiro, nada deve ser por dinheiro. "Não tenha medo da morte, mas da vida não vivida." Pensando assim, posso dizer que sou outra pessoa hoje, não melhor que ninguém, isso não me torna melhor, mais experiente, mais fodão.... ridículo essa linha de pensamento; isso me torna mais perto de Deus (singularmente falando), mais capaz de poder aprender sempre mais com a humanidade, humildade e experiência dos povos. Para quem também deseja realizar esse sonho, eu disponibilizei no meu Blog todo conteúdo com muitas dicas, informações, fotos e vídeos. Não dá para colocar tudo aqui, porque o conteúdo é grande, não é um assunto para quem não gosta de ler, se queres ir, é necessário ler, ler muito! Fiz isso quando comecei meu planejamento, e isso é até bom, nos motiva, é gostoso, você acaba viajando junto na história, por isso digo: "PEGUE SEU COPO DE VINHO, SUBA NA GARUPA, E BOA LEITURA! hehe Acabou? NÃO! Estou sempre em Planejamento, trabalho, junto dinheiro necessário, sem patrocínio algum e vou, sempre assim, tudo é questão de planejamento. As duas maiores desculpas das pessoas: "Eu não tenho tempo, Eu não tenho dinheiro"; isso nunca me convenceu rssss. Minha próxima já está em planejamento, não vou dizer por agora quando, onde e como, mas é algo maior e diferente de tudo que já fiz, até lá, vou ficar rodando por perto mesmo, aqui no Brasil e alguns lugares da nossa linda América do Sul! No mais, estou pelas redes, gracias e buenas rutas para ustedes! * #Partiu, terminar o Documentário DVD e escrever meu Livro! (estará tudo no blog também) __________________________________________________________ 🔔 BLOG: https://www.DiarioDoPresi.com 🔔 INSTAGRAM: http://instagram.com/diariodopresi 🔔 YOUTUBE: https://www.youtube.com/diariodopresi __________________________________________________________ 〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️〰️
  13. Pessoal, inicio este relato já mencionando o título de um relato que li antes de abrir o meu. Chamou-me muito a atenção a frase "jornada de autoconhecimento". Sempre digo que toda viagem produz muito conhecimento. Mas as viagens de moto geram além disso, geram conhecimento de si mesmo. Dessa forma, esta pequena viagem também trouxe-me revelações, nas linhas que seguem, caso tenham paciência de ler. Minha viagem ocorreu entre os dias 22 e 26 de Janeiro. Saí de Casa, Cacoal, Rondônia, às 5:30, realmente pegando a estrada depois de abastecer às 6 horas da manhã. Da minha casa até a Chapada dos Guimarães são 1050km, que foram percorridos em um dia. Tudo transcorreu perfeitamente, dentro do cronograma. Apenas a dificuldade de andar em Cuiabá, que me fez atrasar quase uma hora. Cheguei na Chapada dos Guimarães às 21:00 horas, já bem cansado. Esta parte da ida da viagem deixo o resumo em um vídeo que fiz no meu canal PedalSemCompromisso. O vídeo está bem resumido e exprime bem a sensação maravilhosa da viagem. Assistam se puder. Mas o lance da viagem foi a volta, e esta lhes conto. Foi muito especial a volta porque tive dois grandes sustos e um pequeno problema que poderia ter acabado com a viagem. E especial também porque vi os Rios de Água mais cristalina do Brasil. Bem pessoal, indo direto para a volta da Chapada, saí da Cidade da Chapada à 6 horas da manhã em ponto. Meu objetivo era vir por Nobres, o que não passaria mais na cidade de Cuiabá. Mas aí tive o primeiro aviso de uma conduta que um motociclista NUNCA DEVE FAZER: NÃO TER CERTEZA DAS DISTÂNCIAS, OU SEJA, NÃO TER PLANEJADO ADEQUADAMENTE E "ACHAR" QUE SABE AS DISTÂNCIAS. E não foi por falta de aviso. Primeiramente "achei' que sabia a distância da Chapada até Nobres, e de fato não sabia. Quase fiquei sem gasolina. Detalhe que o tanque da HR Sportster só cabe 12 litros, o que me permite andar em média 150km antes da reserva. Eu já havia andado 150 e nada de Nobres. Sorte que mais alguns quilômetros achei o trevo que vai a Bom Jardim. Abasteci e respirei aliviado. Mas a lição não foi aprendida. Chegando em Nobres tomei café e fui direto a Diamantino, pela via duplicada que leva à Sinop. Em Diamantino abasteci bem o tanque, porque a placa declarava 73km do próximo posto de abastecimento. Fui embora. No caminho fui assediado por um Prisma branco. Como eu ando sempre na média de 120 e 130km por hora, tive que acelerar. Minha libido falou mais alto e esnobei o carro, acelerando e sumindo da sua vista à 160km por hora. Após esta babaquice cheguei no posto designado, e qual foi a minha surpresa. Estava fechado. Ora, o próximo posto estava a 120km de distância, em suma, não dava. Mas deixa que o pessoal do Prisma estava lá também e foi ao meu encontro para conversar. Galera jovem que parecia de Santa Catarina. O cara se prontificou a ficar atrás de mim, andando devagar, para caso desse problema de pane seca. Com muita sorte havia uma cidade a 60km dali, Lucianópolis, se não me falhe a memória. Assim pude abastecer e tomar aquela Coca KS. Mas agora a aventura começava. O pior estava por vir.
  14. Boa tarde, sou leitor do site a algum tempo e sempre tive uma certa paixão por moto e lendo alguns posts aqui fiquei louco para viajar de moto, pretendo ir primeiro em pontos turísticos no estado em que moro mesmo, escolhi alguns aqui mais ou menos no rumo da fazenda do meu sogro, porem nunca viajei uma distância dessa de moto, gostaria que os mais experientes me dessem dicas do que levar, equipamentos, o que equipar a moto.. essas coisas! kkk E claro, se tiverem locais que já foram e quiser me indicar para melhorar minha rota, tudo é bem vindo.
  15. Mossoró - RN X Brasília - DF Vamos Pro relato..... Data da Viagem 09/08 3 dias de Viagem Total Kms Rodados. 2350. Pelo Caminho que escolhi. Total Gasto. Gasolina R$: 280,00 Media de Preço R$: 3,68 à R$: 4,28 Carissima. Alimentaçao. 1° Dia R$: 10,00 Um Lanche Rapido a Noite em Cabrobó - PE 2° Dia R$: 24,00 Almoço em Ibotirama - BA. A noite so Agua mesmo. 3° Dia Almoçei Na Casa de Meus Pais. Tava de Regime. 2 trocas de Oleo uma de R$: 15,00 (Lubrax) Pessimo rendimento e Outra R$:18,00 Mobil esse pegou bem. E uma Regulagem de Valvulas R$: 15,00 Prego Zero na Estrada. Moto Titan Fan 125 Ano 2010. Com 38948km. Bora Entao.... No Primeiro dia. Saindo de Mossoró - RN as 10hs. Seguindo em direçao a Apodi - RN BR 405. /Itau - RN/Sao Fco do Oeste - RN/Pau dos Ferros - RN... Chegando en torno de 13hs na Cidade do Fogo. A tormenta ja começa ai. Em uma viagem de Moto a pior Situaçao é rodar entre 13h as 16h. O Calor é intenso e Uma das coisas que nao Pensei foi de ter Levado Protetor Solar e labial. Importante demais esse detalhe. Simbora entao.... A ansiedade era grande que nem Fome Deu . Parti Sem almoçar..... Seguido de Rafael Fernandes - RN/Jose da Penha - RN/Major Sales - RN E Chegando na Divisa RN/PB em Uirauna - PB. Simbora Passando por Sao Joao do Rio do Peixe - RN (Aqui começei a sentir Calor Forte).Capa de Moto Preta Amigo com 35 graus... Sei lá. Bora Pra frente... Seguido de Sao Joao do rio do Peixe - PB/Cajazeiras - PB/Cachoeira dos Indios - PB/Barro - CE(Agora estado Ceará)Milagres - CE/Brejo Santo - CE/Jati - CE/Pena Forte - CE/ e entrando no Pernambuco Salgueiro - PE. !!! Aqui um detalhe.... Cheguei as 17hs em Salgueiro - PE. Encostei no Ponto de Apoio dos Onibus. Nao estava Cansado e fiquei na duvida se Pernoitava por aqui ou nao. ... Tambem me lembrei que este Trecho de Salgueiro/Cabrobo/Oroco tem alto indice de Assalto pelo menos na minha epoca. Entao perguntei ao Bombeiro meio encabulado e ele disse que nao .. era outra cidade que ele Falou e blablabla. Nao pensei em nada tava sem sono . Dei partida e fui... Cheguei em Cabrobó - PE e fiz Parada para Lanchar e Abastecer a Moto. Aproveitei e perguntei ao Bombeiro as condiçoes da estrada em diante. E ele me disse que tinha muito Jumento na Estrada... até ai Blz. Mas ele disse desse jeito Pra mim. (Se voce tiver sorte de nao ser Assaltado no Caminho... no mais Livrando os Jumentos A estrada ta boa.. Kkkk. Rapaz nessa hora ai que ele me deu Coragem pra seguir.... Nao contei outra Partiu.. Cabrobó - PE/Orocó - PE/Santa Maria da Boa Vista - PE/Lagoa Grande - PE/Petrolina - PE e finalmente Cheguei em Juazeiro - BA... as 22Hs. Do 1° Dia. Nao Procurei Pousada, Tinha Levado uma Rede pra uma Urgençia (Vai que a moto Dava um Prego... Pelo menos tinha onde deitar. Armei a rede entre Duas carretas. Dos companheiros de estrada e ja Era. O flex na Cabeça tava tao Louco que so Consegui Dormir as 24hs (Meia Noite). Acordei as 3hs da Manha . Frio lascando. Mesmo com 4 Camisas por dentro e a capa da moto. Frio foi um Tormento nas Noites.... Mas tem nada nao Faz Parte. Simbora 2° Dia Saindo de Juazeiro do Bahia seguido por Carnaiba do Sertao - BA/Juremal - BA/Maçaroca - BA/Jaguarari - BA/Senhor do Bonfim - BA/Ponto Novo - BA/Capim Grosso - BA. Nesse trecho tem um trevo Com a Primeira placa (Jacobina - Brasilia) Primeira placa de Brasilia que vi. E me indicaram nao ir por la por causa dos Buracos. Entao decidi outro caminho .Fiz uma parada pra tomar Agua e uma Pertubaçao começa a aparecer.... A (Bunda) da Pessoa Começa a ficar meio Esquisita....kkkkkk. Bola pra Frente.. Seguindo de Sao José do Jacuipe - BA/ Varzea da Roça - BA/ Mairi - BA/Baixa Grande - BA/Macajuba - BA/Rui Barbosa - BA/Seabra - BA/ Ibotirama - BA... aqui Parei parando.. 2hs da tarde Quente Feito a peste como diz matuto. O bicho tava pegando. Os olhos tava feito fogo. E o Calor tava demais... Entao Almocei de boa. Passei uns Zaps e Fiz troca de Oleo da Moto Abasteci e depois de Pensar um bocado no Calor ... Mandei ver .... depois de Ibotirama em uma serra percebi a Moto começar a bater valvulas principalmente na subida.. e ja tinha andado uns 20km entao resolvi Voltar. Passei na Oficina e mandei o cara Regular essa valvula (Embora eu nao sabia se era isso mesmo). Mas pra.minha sorte so era isso. Graças..... entao sentei o pé...Seguido de Cristopolis - BA e Barreiras - BA. Aqui cheguei de 18hs. So o bagaço da Laranja.... Procurei a turma da rede e Logo enganchei a danada entre as Carretas. Fome zero o almoço valeu por dois dias. Um detalhe (Nao reparei direito e eu achava que as carretas iam pernoitar. Derrepente eu depois de ja deitado a Scania da Partida pra sair... Meu amigo .. Pense numa desmontada de rede Deflexxxxxx.... Kkkkk. Rapaz do jeito que eu tava morto se esse omi sai sem eu perceber o rasgado de rede ia ser feio viu. Kkkkk. Mas deu tempo. Na verdade o cara desceu e veio olhar a situaçao. Blz desarmei e botei no Canto certo. .. e ai dessa vez descançei 6hs Apaguei entre 18s as 24hs(Meia Noite). Acordei nao pensei em Outra parti.. bora..... Quando fui da Partida cade a Moto pegar. ...? O frio tava tao grande que a moto nao dava Partida. Chamei o bombeiro dei um tranco na moto com o afogador puxado e Pouuuuuu. Pegou na hora nem Obrigado dei pro bombeiro com medo da moto apagar e fui.... Seguindo até Luiz Eduardo Magalhaes - BA. Tive que parar.. Rapaz o Frio tava igual a Bariloche. Meu amigo dava nao era frio demais . Gastei 3hs pra chegar Armei a rede de Novo nas Carretas e baubau dormi. Acordei de 6:30hs. Abasteci a Moto e Pe na estrada. Seguindo por Roda Velha - BA/Posse - GO ja no estado de Goias/Simolandia - GO/Alvorada do Norte - GO/Vila boa - GO/Formosa - GO/Planaltina - DF/ Sobradinho -DF (Aqui uma surpresa!!! Do nada a moto Apagou as 13hs Sol torando. Imagine o que era?.... Esqueci de Abastecer. A sorte que ja tava dentro da Cidade empurrei a moto ja com fome e sede uns 500 metros no Setor de Oficina Sul no Posto mais Proximo. Fiquei rindo o tempo todo.. Abasteci e chinelei... Taguantinga - DF/ e Finalmente Ceilandia - DF. As 14hs do 3° Dia.. E assim foi essa jornada Mossoró - RN x Brasilia - DF
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