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Estamos em um Mochilão de Volta ao Mundo. Chegamos em Antália em 19/05/2022. Foi o 18º país que visitamos nesse Mochilão de Volta ao Mundo. Segue nosso resumão de Belgrado! Ficamos um total de 4 noites em Antalya. Todas elas passamos em um dos melhores hostels da viagem: Flaneur. Além de super bem localizado, a poucos metros da entrada do Centro Histórico da cidade, esse hostel possui uma atmosfera de “Centro de apoio ao Viajante”, com tudo que um mochileiros precisa para seguir viagem: desde boa cozinha, bom wifi, boas camas e excelentes chuveiros até serviço de lavanderia e cozinha equipada. Valor: 12,50 dólares (quarto compartilhado de 6 camas) e 13,50 dólares (quarto compartilhado de 4 camas). Como gostamos bastante de caminhar, a maioria das coisas foi possível fazer a pé: ir à praia, ir ao centro histórico de dia e de noite, explorar o centro comercial etc A exceção foi a cachoeira que deságua no mar: distante 8 km do centro, pegamos o Ônibus KL06, o qual nos deixou em frente ao parque. Come-se bem em Antalya por a partir de 35 liras. Nossa melhor dica de restaurante é um chamado Can Can, aonde são servidos pratos grandes a excelente preço. É possível ir da rodoviária ao centro de Tram. Basta seguir as placas ainda dentro da rodoviária para encontrar a estação. Valor da passagem: 6,70. Pode-se entrar no tram e no ônibus utilizando o cartão Bilhete Único da cidade (adquirido em qualquer estação por 18 liras) ou, simplesmente, encostando seu cartão de qualquer banco que tenha a tecnologia de aproximação. Gostamos muito dessa cidade! Resumimos como: uma Istambul com praia! Isto é, uma cidade tão fascinante e única quanto Istambul, ainda com o diferencial de ter um lindo mar em sua orla.
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Nossa viagem de volta ao mundo está à todo vapor! Nosso canal no YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo Nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/09/20/pamukkale-e-hierapolis-o-castelo-de-algodao-e-a-cidade-milenar-turquia/ Visitamos o complexo arqueológico de Hierápolis, na Turquia, em 14/05/2022. Neste local encontram-se ruínas do período greco-romano e um dos mais famosos destinos turísticos da Turquia: Pamukkale. Pamukkale (em turco, “castelo de algodão”) é o nome da atração e, também, do vilarejo que a circunda. A aproximadamente 4 horas de Esmirna, ficamos 2 noites hospedados no vilarejo de Pamukkale. E que grata surpresa! Trata-se de conjunto de piscinas termais de origem calcária que com o passar dos séculos formaram bacias gigantescas de água que descem em cascata numa colina. Ao valor de 150 liras (aprox 10 dólares), tivemos direito de acessar as piscinas naturais, bem como a cidade antiga de Hierapolis. Nos hospedamos no Ozen Turku Pension. Quarto para duas pessoas com banheiro privativo: 146 liras (aprox 9,90 dólares), para cada por noite. Recomendamos. Comer na cidade custa o mesmo que em Istambul: boa refeição em restaurantes a partir de 60 liras. Há padarias e mercados, caso se deseje cozinhar no hostel. Dentro do mesmo complexo que se localiza Pamukkale, encontram-se as ruínas da antiga cidade de Hierápolis. Essa cidade possui muitas histórias e foi inclusive citada na Bíblia na Carta de Paulo. Bom, resumidamente, Hierápolis foi fundada por Eumenes II, rei de Pérgamo, no século II a.C. Desmoronou após um terremoto durante o reinado de Tibério no ano 17. A cidade foi reconstruída e teve transformações significativas nos séculos II e III d.C. que a fizeram perder todo o seu antigo caráter helenístico para se tornar uma típica cidade romana. Nesse período, tornou-se um importante centro de descanso de verão para os nobres de todo o império, que iam a cidade atraídos pelas águas termais. Mais tarde sob o domínio bizantino, caiu nas mãos dos seljúcidas em 1210. Infelizmente, foi completamente destruída por um terremoto em 1354. O ingresso que adquirimos para entrar em Pamukkale nos deu também direito a visitar essas ruínas. Legal é que, mesmo sem contratarmos guia, nos foi possível apreciar este passeio, pois há placas explicativas em todo lugar. Valor do ingresso: 150 liras. Essa é a rodoviária de Denizli: Passamos duas vezes por ela. 1ª: ao ir de Esmirna a Pamukkale. Como não há ônibus direto desde Esmirna, fomos a Denizli e, então pegamos um segundo ônibus a Pamukkale. Valor: 100 liras para Denizli (5 horas de viagem) + 9 liras para Pamukkale (20 minutos de viagem) 2ª: ao ir de Pamukkale a Fethiye. Fizemos o mesmo procedimento. Fomos a Denizli para tomarmos o ônibus para Fethiye. Valor: 9 liras para Denizli + 100 liras para Fethiye (4 horas de viagem). Em ambas viagens maiores utilizamos a viação Pamukkale. Boa empresa!
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Nosso insta da viagem de volta ao mundo: www.instagram.com/brotherspmundoo Cidade de quase 2 milhões de habitantes, Bursa nos surpreendeu positivamente! Não que seja uma cidade turística. Isso já sabíamos que não seria. Trata-se de uma cidade pouco visitada por turistas, fora da chamada “rota turística da Turquia” e, justamente por isso, gostamos – e muito. Os preços são bem baixos do que em Istambul. E isso se aplica a tudo: alimentação, hospedagem, lojas etc. A atmosfera da cidade é muito gostosa, leve. Encantados! Seguem algumas dicas: Não há hostels na cidade, sendo assim é necessário ficar em hotel. O hotel que a gente ficou se chama Bursa Malkoç Otel. Excelente! Serve café da manhã e é super bem localizado. Custou 325 liras (22 dólares) por noite (11 dólares para cada um. Ônibus da rodoviária para o centro e vice-versa: 5,50 liras. Linha 38. Para utilizar os ônibus e o metrô deve-se obter o “bilhete único” de Bursa por 18 liras. Em breve, será inaugurado o VLT da rodoviária, o qual ligará o centro à rodoviária. A linha e as estações já estão praticamente prontas, só faltam ser testadas. Sem dúvidas o acesso será facilitado! A cidade também possui duas linhas de metrô, o qual cobre a parte da cidade – a quem pretende fazer passeios afastados do centro. Custa 5 liras a passagem. Almoçar na rua Ikbahar é bem mais barato e mais proveitoso do que nas ruas do centro! Aliás, essa rua e suas adjacentes parecem ser o “centro de comércio local”, sem a presença de lojas e restaurantes de turista. Excelente experiência. Come-se muito bem por ali por menos de 40 liras (aprox 13 reais). Conhecer Bursa enriqueceu muito nossa experiência na Turquia Duas Mesquitas de Bursa estão na lista de Patrimônio da Humanidade da UNESCO. Visitamos ambas a pé, estando localizadas no centro ou em suas imediações. Yeşil Cami’i (Mesquita Verde): Construída em 1421 como parte do külliye (complexo social e religioso) de Sultan Mehmet I. Fica no topo de um morro colado ao centro da cidade. O local parece um oásis dada a tranquilidade de seus jardins – a poucos metros de uma avenida bem movimentada! Muitas lojas de souvenir por perto! Ulu Cami’i (Grande Mesquita): É um ponto praticamente obrigatório- e impossível de não se ver, devido à sua localização. Construída em 1399 pelo sultão Bayezid I, sua arquitetura, cúpula e pinturas interiores são impressionantes. Localiza-se bem no coração de Bursa, na praça principal da cidade. Os dois maiores bazares de Bursa ficam bem atrás dessa mesquita. Fica, assim, impossível, não querer entrar nessa mesquita, principalmente dada sua imponência. Parque Merinos: Um parque muito gostoso a 3 km do centro. Hoje foi nosso último dia nessa cidade que nos encantou.
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Eaí, galera! Sou Helder e estou realizando um Mochilão de Volta ao Mundo junto ao meu melhor amigo, o Luan. Somos amigos há mais de 15 anos e estamos na estrada desde novembro/2021. Gostamos muito de gerar conteúdo com as nossas experiências pelo mundão principalmente porque muitas dúvidas que tivemos nos nosso planejamento não estavam disponíveis em blogs em português - somente em blogs gringos, principalmente em inglês. Mostramos absolutamente todas as nossas dicas, impressões e relatos no: - Nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos - Nosso Insta: https://instagram.com/brotherspmundoo - Nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/ Inclusive, o nosso post a seguir retiramos do nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/04/26/cruzando-a-turquia/ A Turquia foi o nosso 18º país visitado nessa viagem. Iniciamos nossa parte turca do Mochilão no dia 27 de abril de 2022. Nisso, saímos de Varna, na Bulgária dia 26 e entramos na Turquia de ônibus. Varna (Bulgária) – Istambul: 56 lev (aproximadamente 30,57 dólares) Empresa: Metro Istanbul. Excelente empresa de ônibus! Ótima mesmo! Serviço de bordo da empresa de ônibus Istambul – Bursa: 140 liras (aproximadamente 9,45 dólares) Empresa: Metro Istanbul Partimos às 13:45 e chegaríamos por volta das 16:30, porém nosso ônibus quebrou na rodovia. Até tudo se resolver e a empresa enviar outro ônibus, foram-se 5 horas! Resultado: chegamos às 22h em Bursa, totalizando 8h15 de viagem (que deveria ter sido menos de 3h). No mais, a empresa é muito boa, servindo snacks o tempo todo. Não tem banheiro no ônibus. Bursa – Esmirna: 140 liras (aproximadamente 9,45 dólares) Embarcamos às 12:45, chegamos às 18:20, totalizando 5h45 de viagem. Empresa: Uludag Ônibus bem confortável. Sem banheiro. Serviço de bordo incluído com suco e snacks servidos na metade da viagem. Esmirna – Denizli: 100 liras. Denizli – Pamukkale: 9 liras. Van. 25 minutos de viagem. Parte de 20 em 20 minutos do andar debaixo da rodoviária. Pamukkale – Denizli: 9 liras. Van. 25 minutos de viagem. Parte de 20 em 20 minutos da rua principal do vilarejo. Denizli – Fethiye: 100 liras. Micro-ônibus sem banheiro. Empresa:Pamukkale. 3 horas de viagem. Fethiye – Antalya: 100 liras. Micro-ônibus. 4 horas de viagem. Rodoviária de Antalya é enorme! Há estação de tram (bonde) a poucos metros. Basta seguir as placas. Antalya – Goreme: 260 liras. Kamil Koç. Melhor empresa de ônibus!! 9 horas de viagem. Partimos à meia-noite, chegamos às 9 horas da manhã. Rodoviária de Goreme bem no centro do vilarejo! Goreme – Kayseri: 50 liras. 1 hora de viagem. Empresa: Kamil Koç. Kayseri – Hopa: 350 liras. Empresa: Metro. Partimos às 19:15. Chegamos às 11 horas da manhã!! Seriam 14 horas de viagem, mas acabamos chegando com 2 horas de atraso. O ônibus parou inúmeras vezes, mais de 20 com certeza! Dentre rodoviárias e restaurantes. Péssima experiência! Procurar outra empresa de ônibus, pois com a Metro só decepção! Rodoviária de Hopa Hopa – Sarp: não há ônibus da rodoviária de Hopa até a fronteira com a Geórgia. Tivemos que ir até o centro da cidade, no Hotel Cihan. Dali partes partem vans a cada meia hora até a fronteira. Pegamos! Valor: 17 liras (5 reais), por pessoa, até a fronteira – a van deixa bem em frente ao complexo fronteiriço.
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A Turquia é talvez um dos países mais impressionantes deste planeta, oferecendo uma infinidade de ótimos locais, paisagens, sabores, sons e aventuras. A Turquia certamente agradará a qualquer visitante de todas as maneiras concebíveis, independentemente dos gostos e inclinações que lhes agradam. Há muitas experiências diferentes que você pode ter neste país com seus amigos, familiares ou entes queridos. A Turquia é abençoada com uma topografia deslumbrante que dá às suas paisagens uma aparência paradisíaca, além de ter uma das culturas mais sofisticadas do mundo. Aqui estão algumas das melhores coisas para fazer na Turquia que o ajudarão a desfrutar de uma das melhores viagens da sua vida se você estiver pensando em visitar esta nação incrível fazendo pacotes turísticos na Turquia. 1. Faça uma viagem no tempo para o sítio arqueológico de Tróia Evidentemente, a primeira coisa que seus olhos veem quando se deparam com as ruínas de Tróia é uma coleção de lixo e concreto. Mas quando você está sobre ele, o chão sob seus pés teve um tremendo significado político no passado. Numerosos escritores e elites literárias encontraram inspiração na mesma terra que produziu heróis de bravura. As ruínas das igrejas, santuários e outras estruturas que testemunham uma era passada, sem dúvida, excitarão os aficionados por história. Ele está entre os principais pontos turísticos da Turquia para ver. 2. Colete Artefatos de Kapali Carsi Tentando transportar algo para casa? Além das inúmeras memórias e momentos insubstituíveis que a cidade proporciona a cada esquina, também inclui o Grande Bazar de Istambul, também conhecido como Kapali Carsi, onde poderá encontrar muitas lembrancinhas para levar pra casa. O vasto bazar inicialmente irá surpreendê-lo com sua energia. Para um colecionador de peças únicas, a coleção diversificada de joias, antiguidades, especiarias, artigos vintage, produtos artesanais e tapetes é, sem dúvida, uma mina de ouro. 3. Faça uma caminhada no Monte Nemrut Você não pode deixar de ficar hipnotizado pelos enormes monumentos feitos de areia clara e as estátuas de deuses antigos que ficam ao fundo. Sua jornada não estaria completa sem visitar o Parque Nemrut Dag, considerado um dos Patrimônios da Humanidade. Embora não seja obrigatório, aconselhamos que providencie um bastão de trekking e use sapatos confortáveis. 4. Contemple as vistas do passeio de balsa do Bósforo A perspectiva mais impressionante da paisagem urbana no Bósforo é de um local onde o Mar Negro e o Mar Mediterrâneo convergem, guardado pelo alto Castelo de Rumélia (Rumelihisarı) com uma vista distante da Ponte de Gálata. Pegue um navio para visitar o lugar mais significativo e deslumbrante do planeta. As vistas são de tirar o fôlego. Para reservar um lugar, acesse o site antes. 5. Revisite a História no Castelo de Ancara Uma das defesas remanescentes do século VII ainda existentes na Turquia, o Castelo de Ancara é uma joia do período medieval. Devido à sua importância como edifício para inúmeras civilizações, incluindo a romana, bizantina, cruzada, otomana, turcos seljúcidas e muitas outras, o Castelo de Ancara tem uma história muito rica e variada. Os terrenos deste castelo também estão repletos de casas da era de ouro da Turquia, tornando-o um paraíso na terra para os aficionados da história. É possível ver estilos arquitetônicos e de design de cair o queixo de muitas épocas. Continue lendo em: 18 Principais Atividades para Fazer na Turquia Durante suas Viagens
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Post extraído do nosso blog: https://brotherspelomundo.wordpress.com/2022/06/01/fronteira-turquia-a-georgia/ Nosso canal no YouTube: https://www.youtube.com/c/BrotherspeloMundo/videos Nosso insta: https://www.instagram.com/brotherspmundoo/ E aí, pessoal! Como estão? Bom, Luan e eu estamos realizando um Mochilão de volta ao Mundo. Passamos pela fronteira da Turquia com a Geórgia em 29/05/2022. Como há pouca informação online sobre essas fronteiras, estamos relatando sobre todas as fronteiras que a gente cruza, principalmente para ajudar quem deseja fazer esses trechos terrestres também. Vamos ao relato: Uma das fronteiras terrestres mais chiques da viagem, até agora. Extremamente bem estruturada e bem movimentada, cruzamos da Turquia para a Geórgia pela cidade de Sarp, indo, então, em direção à Batumi. A van que pegamos na cidade de Hopa (a 10 km dali) em frente ao Hotel Cihan nos deixou na porta do complexo imigratório. Bastou, então, seguirmos as placas (por meio de esteiras rolantes) até o controle fronteiriço. Tem até free shop, o que não é corriqueiro em fronteiras terrestres. Carimbaram nossa saída da Turquia e, após alguns metros, a entrada na Geórgia. A oficial da Geórgia examinou criteriosamente nosso passaporte, provavelmente porque vê poucos passaportes brasileiros. Ficamos um pouco apreensivos porque havia placas dizendo que teste pcr de covid era obrigatório, mas, no final das contas, apresentar o atestado de vacinação das 3 doses foi o suficiente. Passamos, também, por um raio-x logo após termos os passaportes carimbados. Pessoas mal humoradas. Ao sair do controle imigratório, trocamos 5 dólares nas casas de câmbio presentes logo ali em frente. Cotação: 1 dólar = 2,80 lari. Pegamos ali mesmo um ônibus (Linha 16) sentido centro de Batumi. Chegamos em aproximadamente 20 minutos. Valor = 2 lari (3,29 reais). Ah, lembrando que a Geórgia tem um fuso-horário diferente da Turquia. Sendo assim, perdemos 1 hora do dia ao atravessar essa fronteira.
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Oi, gente. Tudo bem? Nunca viajei por conta própria então tô arrancando minha cabeça de tanto coçar, cheia de dúvidas kkk Eu planejo ficar 24 dias na Grécia, entre jun/jul de 2022 (claro que isso é só se a pandemia estiver controlada) Meu desejo é ficar alguns dias em Atenas, Tessalônica, Milos, Santorini e nos meus últimos 4 dias, passar em Istambul. Quero muito conhecer Delfos também e queria passar pela ilha de Delos (existe alguma forma de ir sem ser saindo de Mykonos?) Em Tessalônica eu não terei gasto com hospedagem nem transporte, pois vou ficar na casa de alguns parentes (e acredito que ficarei 1 semana em média com eles, pois eles planejam fazer alguns passeios comigo) Eu não ligaria de cozinhar minha própria comida nos hostels, mas quero experimentar a comida local em alguns restaurantes bem típicos (típico mesmo, onde os locais costumam comer) Eu não tenho um roteiro muito certo, mas Atenas, Tessalônica, Milos, Santorini, Istambul e Delfos e Delos precisam estar nele O problema é que vou ter apenas 12 mil reais, vocês acham que dá? Que roteiros vocês me sugerem? Dicas pra economizar, etc? PFVR gente, eu me sinto muito perdida kkk
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Eram 10h51 quando o nosso trem deixou a estação de Lárissa, na capital grega. Evan (o americano) e eu estávamos indo até a cidade de Tessalônica, no norte da Grécia, para encontrar as holandesas e partirmos, todos juntos, até Istambul. Foram seis divertidas horas dentro do trem, ouvindo os mais engraçados toques de celulares, observando uma senhora que não conseguia evitar a queda frequente de sua bandeja e rindo a cada anúncio feito nos alto-falantes, pois não entendíamos uma palavra sequer – você, provavelmente, conhece aquela expressão que dizem quando não entendem nada sobre o assunto: “você está falando grego”. Pois é, faz todo sentido! Impossível deixar de comentar sobre as belíssimas paisagens avistadas durante a viagem, mesmo num dia nublado. Aliás, como boa parte do país estava debaixo de nuvens, acabei me conformando por ter deixado a visita a Meteora para uma próxima viagem – pois aquele lugar sem o céu azul não teria tanta graça. Chegamos a cidade de Tessalônica, encontramos as holandesas Carlijn e Jitske e fomos almoçar. Eu estava sem fome e optei por uma magnífica salada grega – a melhor de toda a minha vida. Caminhamos até o albergue que elas estavam hospedadas para que pegassem suas bagagens e, novamente, trainspotting até chegar a nossa vez de embarcar. Nosso trem para a capital turca partiu às 20h e tive uma agradável surpresa: a cabine era ótima. Havia duas camas, sofá, mesa, pia, prateleira, espelho, era completa. Não demorou para que apelidássemos a cabine de palace, o pequeno sofá com a mesa-pia na frente virou living-room e o degrau da porta tornou-se balcony. A verdade é que a viagem era longa e tínhamos que nos divertir de alguma forma. Ouvimos música, jogamos cartas e “tentamos” dormir. Já era de madrugada quando chegamos à fronteira. Fomos acordados pelos policiais gregos para entregarmos nossos passaportes. Após realizados os trâmites de saída da Grécia, sem descermos do trem, os passaportes nos foram devolvidos. Dormi. Não demorou muito e o trem parou outra vez. Estávamos no posto de controle da Turquia. Os policiais turcos entraram, checaram os passaportes e, entre nós quatro, eu fui o único a permanecer no trem, pois os demais precisavam de visto. Sim, o americano e as holandesas tiveram que descer do trem e pagar uma taxa para obter o visto de entrada. Enfim, de manhã, conseguimos dormir em paz. Mais tarde, com os olhos grudados nas janelas, avistei os primeiros minaretes das mesquitas apontando para o céu. Estávamos em Istambul! >>> LEIA O POST ORIGINAL COM FOTOS: http://viajanteinveterado.com.br/no-trem-de-atenas-para-istambul/ Este é o 37º post da série Mochilão na Europa I (28 países) Leia o post anterior: Mykonos Leia o post seguinte: Istambul
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Antes de sair perguntando eu viajei com bastante tempo e nada melhor que voltar a Istambul para uma mini temporada, na primeira vez que estive em 2015 fiquei 4 dias inteiros, desta vez resolvi ficar 10 e explorar com mais calma algumas regiões novas. Vamos aos números que muita gente gosta de saber. O Roteiro TURQUIA - IRÃ - VIETNÃ - LAOS - TAILÂNDIA - MALÁSIA - SINGAPURA - FILIPINAS - COREIA DO SUL - RÚSSIA Dias: 10 Noites em Hostel: 3 Couchsurfing: 7 Valor Gasto em Real: R$291,60 ($91,13) Média Diária em Real: R$29,60 ($9,11) Planilha com todos os gastos: https://goo.gl/btbLUM Vale ressaltar que estive hospedado com couchsurfing que acaba gastando muito menos, como não paguei para ver atrações turísticas o valor é este mesmo. Como eu já tinho ido a vários lugares pagos em 2015 não achei necessário repetir, além de caro não seria nenhuma surpresa para mim. Peguei um voo direto de Varsóvia (Polônia) para Istambul, a primeira coisa para ser fazer na cidade é um cartão transporte que vale no metrô, bondes e ônibus, você vai precisar, nem adianta tentar pagar com dinheiro. O mês foi início de setembro com um clima impressionante perfeito, acho que peguei apenas 1 dia nublado e com temperaturas acima dos 25 graus. Fonte de Tophane, durante o século 18 serviu de fonte de água pública Minha sugestão para 3 ou 4 dias na cidade é dividir em setores, não somente em Istambul mas qualquer cidade gigante, não faz sentir se matar de andar em dois dias para tirar foto e ir embora. Andar pelo centro histórico (apesar de praticamente toda a cidade ser histórica) é fácil, o trânsito é assustador principalmente nos horários de pico, então fica a dica para evitar deslocamento nestes horários. Os dois primeiros dias fiquei em um hostel na região de Karaköy, custou por volta de $8,33 dólares, só valeu mesmo por estar perto de onde gostaria de explorar, por este preço não espere grande coisa em Istambul. Mas serviu principalmente para não ficar subindo a descendo os morros de Karaköy, por lá fui fácil até a Praça Taksim. A Praça Taksim é um dos point durante o dia, várias opções para comer por menos de 10 Liras Igreja Santo Antônio de Pádua, uma igreja católica no centro de Istambul Uma das atrações principais da cidade é a Torre de Gálata, onde você vai deixar algumas liras para subir nela, nenhumas das duas vezes senti curiosidade, mas as fotos na internet são bem interessantes, tem fila até mesmo no inverno mas é tranquilo. Não espere conseguir uma foto dela sem uma lente de ângulo aberto, pois a bichinha é grande mesmo com mais de 66 metros de altura. A Torre de Gálata de 1348, foi fez parte da expansão da colônia genovesa de Constantinopla A Torre de Gálata se destaca até mesmo do outro lado do Rio Bósforo A Avenida İstiklal é uma boa pedida para quem deseja comprar produtos de marcas e comer em bons restaurantes, existe um bondinho clássico fazendo uma rota até a Praça Taksim, mas desta vez estava em reforma e nem vi a cor dele. Nestes dois primeiros dias eu andei com muita calma na região e garanto que foi uma ótima escolha ficar hospedado ali. Apesar de não estar exatamente perto do meu hostel resolvi ir até Beşiktaş, por lá encontrei centenas de pescadores e gatos tentando roubar os peixes. Por lá também tem a Ponte do Bósforo que une o lado Europeu o Ásiatico da cidade, mas não pode cruzar a pé, então tire o seu cavalinho da chuva. Meu primeiro couchsurfing da viagem pela Ásia, um casal que sabe como ninguém fazer uma jantar Consegui um casal para ficar em sua casa, eles moram pertinho do aeroporto Atatürk, o que não é exatamente perto mas fácil para chegar ao centro. A recepção dos Turcos foi em grande estilo, extremamente simpáticos e simples como todos que conheci durante a minha viagem. Tempo colaborando decidi explorar o Distrito de Sultanahmet, onde se encontra as principais atrações da cidade e também claro um monte de turistas, lembrando que a Turquia é um país seguro para viajar, mas podem acontecer atentados terroristas sim. Fiz com calma a Mesquita Azul, Hipódromo e seus arredores, Basílica de Santa Sofia que é paga eu não entrei, o mesmo para a Cisterna da Basílica e o Palácio de Topkapı, os quais visitei na minha viagem para Istambul em 2015. A Mesquita Azul é um dos pontos mais visitados entre os turistas O interior da Mesquita Azul é de impressionar Hipódromo de Constantinopla foi o centro esportivo e social da capital do Império Bizantino Pode anotar uma coisa, na sua primeira vez para ver esta pequena região você vai precisar de um DIA INTEIRO, não adianta inventar moda que é quase impossível especialmente pois o Palácio é bem grande, uma dica minha é terminar o dia comendo um sanduíche de peixe ali na Ponte de Gálata, custava uns 10 Liras em 2017, é bem simples tipo pão com peixe e deu, acredite você vai voltar para comer outras vezes. Dentro destes coloridos barcos tem sanduíche de peixe, uma tradicional delícia de Istambul Continuando a explorar partes não lotadas de orientais resolvi andar por Fatih, uma antiga região da Constantinopla que fica uns 30 minutos andando de Sultanahmet. Separei uma tarde inteira e sem um gps você acaba se perdendo nas centenas de curvas e subidas, em baixo existe uma rua principal para os turistas. Alguns moradores parecem não gostar muito da presença de gringos, bom para observar locais de verdade. Lá existe um colégio grego, algumas igrejas em reformas devido a sua idade e um mirante com vista para a torre de Gálata, o bom mesmo é andar sem guia e ir descobrindo cada canto de Fatih. Prepare-se para encontrar muitas subidas em Fatih Algumas mulheres escolhem cobrir o corpo todo, não é uma obrigação religiosa Aqueduto de Valente, do ano 368 era responsável para a chegada de água até Constantinopla Se quiser combinar no mesmo dia é possível com uma caminhada até o Spice e Grande Bazar, como o nome fala são dois enormes lugares onde você pode comprar de tudo, eu falei tudo mesmo dentro de uma normalidade, joias, roupas, brinquedos, chás, tapetes, louças, decoração em geral. Se você vai com a intenção de comprar algo só digo boa sorte, algumas horas do dia se torna irritante andar por ruas entupidas de gente, como da foto abaixo. Espere encontrar turcos e árabes falando bom dia para você, afinal de contas Brasileiros são facilmente reconhecidos, também preços nas alturas para você treinar o seu poder de barganha, o normal é começar com 3 ou 4 vezes mais caros que o normal. Se você não fala Turco não tem problema, os vendedores sabem quem comprar souvenir é gringo, e eles vão fazer o possível para lhe vender, quase comprei um tapete e eles mesmo enviam para o Brasil, coisa fina. Não espere encontrar muito espaço para andar no Grand Bazaar de Istambul Chá é coisa séria na Turquia, e eles são incríveis. Também espere pagar bem caro O Grand Bazaar é enorme sendo impossível ver todas as lojas, mas tudo é separado por tipo O Grand Bazaar fica aberto até umas 7 da noite, melhor mesmo é ir bem cedo Comer em Istambul é muito fácil, desde uma simples torrada, kebab, peixe ou arroz com frango você vai encontrar opções baratas até bem caras. Como sempre eu gosto de economizar e comer onde os moradores vão, com 10 Liras é possível fazer um almoço regular. Fica humanamente impossível falar o que e onde comer na cidade, só não vale ficar indo em fast-food na Turquia. Nos meus últimos 4 dias na cidade acabei ficando na casa de uma brasileira que trabalha com turismo, voltando para Gálata por sinal, com um razoável sistema de metrô é possível de deslocar pela cidade, uma pena que ônibus seja mais funcional, ou pelo menos tenta pelo horrível trânsito. Entendo que como Istambul seja muito antiga é difícil construir metrô para todas as regiões. Uma volta durante a noite é altamente recomendável, especialmente para conferir as iluminações das várias mesquitas, no verão eu garanto que foi muito melhor que em janeiro, onde o vento foi complicado. Muito comum este copos com saladas serem vendidos perto da Ponte de Gálata, 2 Liras Basílica de Santa Sofia A Mesquita Azul fica mais bonita durante a noite Resumo da ópera, Istambul não é uma cidade para apenas 2 ou 3 dias e muito menos para uma visita na vida. Mesmo quem não goste de cidade grande acho difícil não se apaixonar por este lugar, não espere uma Europa organizada ou limpa, espere sim encontrar muita gente legal pelo caminho, especialmente quem hospeda viajantes pelo couchsurfing. Foi minha segunda visita na cidade, onde os 10 dias passaram voando. Não escrevo dicas do que fazer pois isto vai depender do gosto de cada um, considero mais importante viver o clima de uma cidade e suas pessoas, do que apenas ficar visitando pontos turísticos. Aproveite e me siga nas redes sociais, os vídeos tem no Youtube! ► Facebook - https://goo.gl/ImCxnH ► Google - https://goo.gl/VWWAIH ► Instagram - https://goo.gl/Dhr0To ► Youtube - https://goo.gl/t7psfL
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Olá galerinha ! Então, estou planejando viajar ano que vem pra Istambul , alguém que já foi a Turquia , ou qualquer um que possa me ajudar em relação a documentação e locais por lá ? Agradeço !!
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Uma das 7 maravilhas do Mundo Antigo está situada na Turquia. Conhece-a e viaja connosco até às ruínas de Éfeso. Conhece aqui: https://lavidaesmara.com/2020/06/22/maravilhas-mundo-antigo-templo-artemis/
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Olá Pessoal! Acompanho o grupo a alguns anos e finalmente tomei vergonha na cara e decidi colocar os relatos de algumas viagens que fiz com as dicas preciosas que encontrei aqui no mochileiros. Esses tempos de quarentena tem me deixado bastante nostálgico huahua Vou compartilhar com vocês esta viagem que fiz em março de 2019 para a Turquia! Preparação para a viagem! Não sei vocês, mas a maioria das minhas viagens não começaram com um sonho de infância e sim com uma bela de uma promoção relâmpago na tela do meu celular hahaha Neste caso, aproveitei uma promoção da Turkish Airlines com voos por R$1.800,00 para conhecer um destino que até então só tinha visto na novela Salve Jorge. Tive alguns meses para me planejar e conhecer mais sobre o que o país tinha a oferecer. Viajei com uma mochila Quechua 70L e uma mala grande (quando chegar na parte das muambas você vai entender por que). Como era final de inverno, levei aquelas roupas térmicas baratas e me ajudaram bastante a enfrentar o frio, que chegou a -2º. Levei euros e alguns cartões de crédito por precaução. Você pode deixar para trocar todo o seu dinheiro lá, de preferência nas casas de câmbio dentro do Grand Bazar que foi onde encontrei as melhores cotações. Como eu tinha 6 dias em Istambul, meus planos eram usar parte deles para dar um pulo na Capadocia e fazer o passeio de balão, poreeeeeeem aconteceu um baita de um imprevisto que eu vou contar para vocês no relato. Entrando na Turquia Sai de GRU-São Paulo na madrugada do dia 03/03 em um voo direto da Turkish para Istambul com aproximadamente 12h30 de duração. Foi o voo mais longo que já peguei, porém achei o espaço entre as poltronas aceitável e o serviço de bordo é ótimo. Durante a viagem passamos por cima do deserto do Saara e ver aquele mar de dunas lá embaixo é um show a parte. Só não vá abrir a janela pra ver pois o voo é diurno e vão querer matar você. Cheguei as 23h no Aeroporto Internacional Ataturk e passei pela imigração. Para entrar no país não é necessário ter um visto prévio. Não fizeram nenhuma pergunta na imigração e em 5 minutos eu já estava dentroooo! Peguei minha mala, troquei alguns euros por liras turcas em uma casa de câmbio dentro do aeroporto e fui aguardar meu Uber. Descobri depois que Uber era proibido no perímetro do aeroporto, mas valeu a pena pela economia. Sem falar que os taxistas em Istambul dificilmente falam inglês e pronunciar endereços em turco não é uma tarefa fácil. Atenção: Vale lembrar que o Aeroporto Ataturk fechou em abril de 2019 e a cidade agora conta com um novo aeroporto também localizado na região metropolitana, então é bom dar uma olhada nas opções de transporte. Gastamos 20 minutos do aeroporto até Sultanahmet, bairro onde me hospedei pelos 6 dias. Fiquei no hostel Cheers Lighthouse Istanbul, melhor custo beneficio que encontrei! Como já era tarde e eu não tinha dormido direito no voo, fui direto para a cama. 1º Dia - Sultanahmet e arredores No dia seguinte eu acordei cedinho e fui para o salão onde é servido o café. Fica aqui o alerta: o pepino é muito apreciado pelos turcos, então ele esta presente em vaaarios pratos e inclusive no café da manhã. Depois do café sai sozinho para conhecer o bairro, onde se encontram as principais atrações de Istambul. Minha primeira parada foi no Obelisco de Teodósio, na Praça Sultanahmet. Ouvi sem querer (rsrs) um guia contando que o obelisco foi construído por um faraó no Egito e depois trazido para Constantinopla (atual Istambul). Logo depois fui para a Mesquita Azul, localizada ao lado do Obelisco. A mesquita é enorme e muito bonita, porém não consegui ver metade do famoso teto devido a uma reforça que estava acontecendo. Mesmo assim foi uma experiência incrível para mim que nunca tinha entrado em uma mesquita ou tido um contato mais próximo com a religião. Nas minhas pesquisas vi que um dos melhores jeitos de ver as principais atrações de Istambul e dar aquela economizada é comprando o Museum Pass, que da o direito de visitar várias atrações da cidade pagando um único peço pelo bilhete. Ele é vendido em vários locais e eu comprei o meu na bilheteria do Palácio Topkapi por 160 Liras, aproximadamente R$150,00 na época. Aproveitei para conhecer o palácio, que era a residencia dos sultões durante o Império Otomano. Além de toda a beleza arquitetônica também é possível visitar diversas exposições que rolam lá dentro. Eu confesso que durante essa viagem fiquei com dor no pescoço de tanto ficar olhando para os tetos, um mais bonito que o outro. O lugar é bem grande e eu usei o resto da minha tarde para conhecer cada espaço. Um dos que mais me impressionou foi um salão onde é possível ver o "anel" de metal onde fica a Kaaba, conhecida como a Pedra Preta que é uma das relíquias mais sagradas do Islã e atualmente esta em Meca. Esta era uma seção dedicada a objetos sagrados do Islã e ao fundo alguns homens entoavam o Alcorão, uma experiência muito F%$# de estar mergulhado ali em uma religião tão diferente e bonita. Depois que sai do palácio fiquei olhada as lojinhas e fui experimentar a comida de rua. Destaque especial para o suco de romã que é uma deliciaaaaaa. O cachorro quente deles também é bem gostoso, e adivinha qual é o diferencial? PEPINO em conserva 😅. Voltei para o hostel, jantei um Kebap no bar e fui conhecer a galera. Continua...
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Todos os anos eu me organizo para realizar um mochilão por países que ainda não conheço, às vezes dou uma passada rápida em países já visitados e, em outros casos, sigo por países não visitados ainda. Assim que cheguei do meu último mochilão pela Europa eu decidi que em 2019 faria uma viagem para o Oriente Médio, apesar de ser uma região um pouco conturbada politicamente falando ela guarda muitos destinos incríveis e com paisagens deslumbrantes. Definido o roteiro, era hora de viajar! O primeiro país seria Israel. Embarquei em um voo direto do Brasil para Tel Aviv com a LATAM, este voo dura quase 14h por causa dos desvios que a aeronave tem que fazer devido as restrições em sobrevoar alguns países da África. Este era só o começo da viagem. As perguntas que sempre escuto sobre Israel é sobre segurança e os preços por lá. Israel é um país seguro? Sim! Muito seguro. Israel é um país caro? Infelizmente sim. Muito caro! Chegando em Tel Aviv fomos para a fila de imigração, ali começou o nosso tormento (estava viajando com um amigo). A fila não existe. As pessoas se aglomeram em frente as cabines e tentam se organizar da melhor maneira, uma péssima primeira impressão. Ao chegarmos para a oficial de imigração ela nos recebeu de forma simpática e nos fez algumas perguntas como: é a primeira vez de vocês em Israel? Onde vão visitar? Quanto tempo pretendem ficar? Qual a relação de vocês? Após respondermos estas perguntas básicas ela olhou, nos deu um sorriso, pegou os nossos passaportes e disse: vocês podem aguardar ali! direcionando-nos para um canto onde haviam algumas pessoas. Pensei comigo: deu ruim! não é possível que vou ser barrado sem motivo algum. Percebi que vários brasileiros estavam sendo retidos e direcionados para o mesmo lugar, o que me tranquilizou um pouco por acreditar que não havia um problema especificamente comigo e com meu amigo. Após quase 1h de espera uma oficial nos chamou e nos fez várias perguntas novamente, repetiu algumas das que haviam sido feitas anteriormente e algumas novas como: com o que você trabalha? Quanto de dinheiro você tem?, etc. Enfim, passado o processo mais chato de imigração era hora de seguir para Jerusalém, cidade onde ficaria hospedado durante meu período em Israel. Chegar em Jerusalém é fácil: saindo no aeroporto você verá as indicações da estação de trem, estando lá é só comprar o bilhete que custa 17 Shekels. A viagem dura cerca de 25min e o trem é super confortável. Vale lembrar que a malha ferroviária de Israel é bem nova e está em constante expansão, para maiores dúvidas consultem o site da operadora de trens de Israel: https://www.rail.co.il/en Chegando em Jerusalém fui direto para o hostel tomar um banho e comer alguma coisa. Na hora de comer é que você percebe o quão caro Israel pode ser! Comi apenas um macarrão com uma coca cola e paguei algo em torno de 40 Shekels. Algo em torno de R$50,00. Enfim, bolso e psicológico preparado era hora de descansar para aproveitar os próximos dias no país. No primeiro dia levantei bem cedo e fomos para a cidade velha de Jerusalém, ali estão os principais pontos da cidade e visita obrigatória para todos os que são cristãos. A cidade velha é cercada por muros, desta forma você deverá entrar por um de seus portões e desbravar suas ruas internamente. Acessei a cidade pelo portão de Jaffa, entrando neste portão você sai diretamente na torre de Davi. Ao entrar pela cidade velha você verá várias casas de câmbio, consegui lá a melhor cotação para trocar dólar por shekel. Me cobraram apenas 0,03 centavos acima da cotação oficial. Pelo menos alguma coisa ´´barata´´, né? Entrada da cidade velha no portão de Jaffa. Ao entrar pela cidade fomos direto para o muro das lamentações. O muro das lamentações na verdade é o que sobrou do muro que cercava o segundo templo, os judeus vão até ele para orar e lamentar sua destruição. Tradicionalmente as pessoas colocam papéis com pedidos de oração em suas frestas e eu não poderia deixar de fazer isso, né? Para se aproximar do muro homens e mulheres ficam em áreas separadas e os homens devem obrigatoriamente usar o ´´quipá´´, para aqueles que não são judeus e não andam com o seu quipá na mochila eles disponibilizam para que você possa se aproximar do muro. Assim o fiz! A cidade velha é dividida em quatro partes: judaica, cristã, muçulmana e armênia. É impressionante como ali as religiões se misturam e convivem em paz, muito diferente da ideia que temos das guerras que acontecem naquela região. O muro fica no lado judaico da cidade porém, logo acima dele, temos a mesquita do domo da rocha, que já está na parte muçulmana. A mesquita foi construída em um local onde os muçulmanos acreditam que o profeta Maomé subiu aos céus, os cristãos acreditam que ali Abraão levou seu filho Isaque para ser sacrificado. Percebam o quanto cada ponto é sagrado para todas as religiões neste lugar, por isso elas se misturam tanto. A mesquita é linda é sua cúpula é de ouro puro. O acesso dentro dela é proibido para não muçulmanos e para estar nesta área próximo a ela devemos estar com o corpo todo coberto. Homens, por exemplo, não podem acessar a área de bermuda. Vale lembrar que todo país com esta carga religiosa muito forte é importante estar sempre vestido de forma adequada para visitar os lugares pois vários pontos são considerados sagrados e determinados tipos de roupa podem ser ofensivos para eles, portanto, vale um ponto de atenção neste aspecto. Mulheres ´´sofrem´´ um pouco mais com isso, em alguns pontos além de estar com o corpo todo coberto devem obrigatoriamente usar o hijab (véu). Eu costumo dizer que para fazer um mochilão temos que nos despir dos nossos preconceitos e procurar compreender, entender e, principalmente, respeitar a cultura do lugar que estamos visitando. O mais legal é poder mergulhar na cultura local, isso não tem preço que pague. Seguindo por dentro da cidade velha encontramos a via dolorosa, este é o caminho por onde Jesus passou carregando a sua cruz. Andar por ela é bem complicado pois muitas pessoas fazem o caminho o tempo todo, caravanas inteiras pelas ruelas apertadas da cidade velha e o local fica bem tumultuado. Portanto, tenha bastante paciência se você quiser fazer o caminho inteiro, ou então faça caminhos alternativos para chegar até a igreja do Santo Sepulcro. Esta igreja foi construída no local onde algumas pessoas acreditam que Jesus foi sepultado, entretanto existem dois ´´túmulos´´. O da igreja do Santo Sepulcro e o do Jardim do Túmulo. Segundo o que está escrito no livro de João o túmulo de Jesus estaria próximo a um horto, ou seja, um jardim. Independente de onde é ou não o túmulo de Jesus o que interessa é que Ele ressuscitou e está vivo! Igreja do santo sepulcro: Jardim do túmulo: O Jardim do túmulo fica fora das muralhas da cidade, mas pegando os mapas turísticos da cidade fica fácil chegar até ele. Você terá que caminhar um pouco, mas chegará facilmente até o local. Após a visita aos dois túmulos segui para o Jardim do Getsemani, neste jardim Jesus fez a sua última oração antes de ser capturado pelos soldados Romanos. Existem estudos que comprovam que as oliveiras deste jardim são milenares. O jardim fica bem abaixo do monte das oliveiras, local onde Jesus transmitiu vários dos seus ensinamentos. Subi o monte das oliveiras a pé, foi uma caminhada e tanto mas valeu a pena! De lá de cima temos uma vista magnífica da cidade de Jerusalém e do cemitério judaico que fica bem abaixo do monte. Todos estes pontos eu visitei em apenas um dia e a pé. Foi bem cansativo, mas valeu a pena pois os lugares são magníficos e com uma carga histórica, cultural e religiosa muito grande. Andar pelas ruas de Jerusalém faz com que vivamos os passos de Jesus, e isso não tem preço que pague! Estava realmente exausto para o primeiro dia, mas como havia conhecido os principais pontos decidi seguir para Tel Aviv no dia seguinte. Tel Aviv é bem diferente de Jerusalém. Em Jerusalém a religião é muito forte, vemos o tempo todo pessoas com seus ´´trajes religiosos´´, já em Tel Aviv a religião parece ser um pouco menos importante e o ritmo da cidade se aproxima muito mais de qualquer metrópole do que de uma cidade religiosa. Para chegar em Tel Aviv é só pegar o mesmo trem que vai do aeroporto para Jerusalém, a diferença é que você deve trocar de trem no aeroporto para seguir até Tel Aviv. Meu interesse em Tel Aviv era conhecer as praias e a cidade de Old Jaffa, que fica em uma das praias da cidade. Esta cidade foi construída há mais de 3000 anos pelo filho de Noé, é super bem conservada e tem alguns restaurantes bem típicos na região. Andar por Tel Aviv é bem interessante pois parece que estamos em outro país pois o astral da cidade é bem diferente de Jerusalém. Após conhecer a cidade, andar pela orla de bicicleta voltamos para Jerusalém. No dia seguinte iríamos visitar o Mar da Galileia, está região fica bem mais ao norte do país e é possível chegar de ônibus partindo de Jerusalém em uma viagem que dura cerca de 3h. Os ônibus de Israel não são dos mais confortáveis, mas como o país é bem pequeno a viagem é curta. Para consultar as rotas e preços disponíveis nos diversos destinos do país você pode acessar o site: http://www.egged.co.il/homepage.aspx Pegamos o ônibus para Tiberíades e chegamos até o mar da Galileia. Jesus cresceu nesta região e lá ele fez importantes milagres como a multiplicação dos pães e peixes e andar sobre aquelas águas. O lugar é lindo e bem agradável. Ao fundo é possível ver as colinas de Golã, estas colinas pertenciam à Síria antigamente e foram tomadas por Israel na guerra dos seis dias e anexada ao território Israelense em 1981. Dizem que frequentemente escutam barulhos de bombas e tiros nesta região por causa da guerra na Síria. Particularmente eu não presenciei nada disso! Passei o dia na região da Galileia e retornei para Jerusalém no final da tarde. Na manhã do dia seguinte visitamos o museu do holocausto. A visita a este museu é gratuita e uma verdadeira aula de história. Lá dentro é possível ver fotos, objetos, vídeos do período do holocausto. É impactante! Pela tarde retornei à cidade velha de Jerusalém para andar com calma por outras áreas ainda não exploradas. Jerusalém tem que ser explorada com calma, tem muita coisa pra ser visto na cidade, muitos comércios, comidas típicas, etc. Tire um dia inteiro para andar pelas ruelas da cidade e você não vai se arrepender! No dia seguinte decidi ir para a Palestina. Quando comentei com amigos e parentes sobre a ida àquela região muitos me chamaram de louco, etc. Confesso que tinha sim medo de ir lá, mas me surpreendi positivamente com o lugar e, principalmente, com as pessoas. Para chegar na Palestina é só seguir para o portão de Damasco na cidade velha de Jerusalém, lá existe uma rodoviária com ônibus para Belém. Achamos o ônibus e fomos para lá! Dentro do ônibus você já nota a diferença de Jerusalém, tínhamos apenas muçulmanos, vários estudantes e pessoas indo trabalhar. No sentido Israel - Palestina cruzamos a fronteira sem problemas, ao chegar em Belém haviam vários taxistas oferecendo vários tours, etc. Estávamos decididos a não contratar este tipo de serviço, mas o rapaz que nos recepcionou foi tão insistente e conseguimos barganhar o preço pela metade do inicial e teríamos algumas vantagens pois não conheceríamos apenas a Igreja da Natividade, local onde Jesus nasceu, mas vários pontos da Palestina, inclusive o muro que separa Israel da Palestina. Seguimos primeiro para alguns pontos onde era possível ver todo o território palestino, depois para a igreja da Natividade. Após visitarmos a igreja da natividade fomos até um ponto onde era possível ver o muro. A primeira reação foi de espanto! O muro é realmente enorme e é chocante ver um muro separando dois povos daquela forma. Após a visita ao muro retornamos para o ponto onde os ônibus para Jerusalém param. No retorno à Israel os ônibus passam por um controle na fronteira entre os dois Estados, sendo que todos os homens tiveram que descer do ônibus e os soldados Israelenses entraram no ônibus e conferiram os documentos das mulheres e crianças que ficaram a bordo. Do lado de fora formamos uma fila e os soldados conferiam o documento de cada um dos palestinos. Quando chegou a minha vez apresentei meu passaporte e o ´´visto´´ que me foi dado para entrar no país, o soldado olhou com cara de poucos amigos e permitiu meu retorno ao ônibus. Israel é um país incrível, mas me decepcionei muito com as pessoas do lugar. Em nenhum lugar, absolutamente nenhum, fomos bem atendidos ou nos sentimos bem vindos ali. Não expressam alegria, sorrisos e não fazem questão de atender os turistas bem em nenhum lugar, bem diferente do lado palestino onde fui super bem recebido. Confesso que já estava incomodado por estar ali e ser mal recebido em todos os lugares, o Brasil pode ter muitos problemas mas se tem algo que nosso povo pode se orgulhar é de sua hospitalidade, não vi isso em Israel. No último dia seria Sábado, ou o Shabbat. Neste dia, que começa no pôr do sol de sexta e vai até o por do sol de sábado, o povo judeu para todas as suas atividades e o país também para. Em Tel Aviv não se vê muito isso, mas em Jerusalém todos os comércios fecham, o transporte para, por isso é importante se programar para quando visitar o país estar preparado para o Shabbat. Como o dia seguinte seria o nosso último na cidade nos programamos para dormir até mais tarde, mas antes compramos algumas coisas para comer no hostel pois sabíamos que nada iria funcionar no dia seguinte. No sábado acordamos mais tarde e fui para o portão de Damasco, lado muçulmano da cidade velha de Jerusalém onde tudo estava funcionando normalmente. Passei o dia na região e fui para o aeroporto a noite pois o meu voo para a Grécia seria de madrugada. Por causa do Shabbat o primeiro trem para o aeroporto seria apenas 19:30, desta forma tive que aguardar até este horário para ir para o aeroporto. Outro ponto de atenção em Israel é a antecedência de chegada ao aeroporto para sair do país. Se eu achei a entrada complicada a saída foi muito pior, vários check points, revistas e perguntas de segurança até conseguir embarcar. Chegue com pelo menos 3h de antecedência de qualquer voo partindo de Tel Aviv, caso contrário você não irá embarcar. Estava super feliz por tudo o que tinha visto em Israel e por deixar o país ao mesmo tempo, realmente a hospitalidade do povo de lá deixou muito a desejar. Meu voo era para a ilha grega de Kos, mas antes faria uma conexão de 13h em Atenas. Atenas é uma cidade magnífica, já havia visitado a cidade antes (você pode ver no meu último post), e aproveitei o tempo de conexão para visitar a Acrópole novamente. Como estava acordado há mais de 36h eu estava realmente exausto, precisava de um banho e uma cama para dar uma cochilada. Junto com meu amigo consegui achar um hostel por 8 Euros onde deitamos por 3h e tomamos um banho, estava novo para encarar o próximo voo. Retornamos ao aeroporto e pegamos o voo para Kos, 40 minutinhos estávamos lá. Kos não é uma ilha badalada como Santorini, mas tem um astral gostoso e um clima muito agradável. Teria dois dias na Ilha para conhecer alguns pontos históricos e visitar a árvore de Hipócrates. Hipócrates é considerado o pai da medicina e ele nasceu nesta ilha, debaixo desta árvore ele desenvolvia seus estudos e ensinava aos outros também. Conheci vários outros pontos da Ilha, ruínas, etc. A Grécia é um lugar incrível, e o povo de lá torna tudo ainda mais incrível pois nos recebem de uma forma tão carinhosa e acolhedora que não da vontade de ir embora. Realmente é um dos povos mais amigáveis deste planeta. Kos fica muito perto da Turquia, 40 minutos de ferry boat e já estamos na Turquia. Fui até o porto da cidade e peguei o ferry para a Turquia, 40 minutos depois já estava na Turquia fazendo os trâmites de imigração que são necessários pelo fato da Turquia não fazer parte do acordo Shengen. O ferry chega em uma cidade chamada Bodrum que também tem um clima agradável e uma orla com muitos bares e restaurantes, apesar de não ter ficado na cidade voltaria pra conhecer melhor o lugar. De Bodrum peguei um ônibus para a cidade de Denizle, que fica a cerca de 4h de viagem. Denizle é uma cidade relativamente grande e eu ficaria lá por dois dias para conhecer Pamukkale e o seu castelo de algodão. Após 4h de ônibus estava em Denizle, no dia seguinte peguei um ônibus para Pamukkale e por ser um lugar muito pequeno foi super fácil chegar no castelo de algodão. O local tem este nome pois tem algumas formações calcárias branquinhas e com a água bem quentinha. O passeio é muito agradável e vale muito a pena a visita. No topo das montanhas existem as ruínas de Hierapólis, outro ponto incrível para ser visitado. Após conhecer o local retornei para Denizle para pegar o ônibus com destino Selçuk, cidade mais próxima de Éfeso, outro local histórico incrível para se visitar. Selçuk é uma pequena cidade no interior da Turquia, com um povo extremamente amigável e com um clima muito agradável, o objetivo era visitar as ruínas da cidade Éfeso, que fica a cerca de 4km da cidade. A distância pode parecer longa, mas a caminhada até Éfeso é super rápida ao lado de uma rodovia mas por um caminho muito agradável, não há necessidade de contratar transfer ou pagar transporte para chegar até o local. Éfeso é uma cidade grega antiga da região, por lá passaram alguns importantes personagens bíblicos, inclusiva Maria, mãe de Jesus. As ruínas são enormes e incríveis, uma visita surreal e uma oportunidade de voltar no tempo. No dia seguinte iria para a Capadócia. A visita a Capadócia é obrigatória para quem vai à Turquia, conhecer a região com formações milenares e fazer os famosos e incríveis passeios de balão é realmente maravilhoso. No dia seguinte levantei cedo, peguei um trem de Selçuk para Esmirna, cidade mais próxima com aeroporto. De lá peguei um voo para Kayseri. Kayseri é uma cidade grande e muito bem estruturada, apesar de não ser a cidade mais próxima de Goreme é a que tem a maior oferta de voos. Chegando em Kayseri peguei um ônibus para a rodoviária e de lá um ônibus para Goreme, a viagem dura cerca de 1h. Goreme é a principal cidade da região da Capadócia, lá ficam a maior parte dos hotéis e de onde decolam os famosos passeios de balão. Vale destacar que a Turquia é um país extremamente barato, mesmo Goreme que é uma cidade muito turística as coisas não tem um preço surreal como em outras cidades famosas de vários países. Cheguei em Goreme no início da noite, não havia mais o que fazer pela cidade, apenas descansar. No segundo dia levantei cedo e caminhei pela cidade e locais por onde conseguia ver as formações, além disso, fui procurar por agências onde pudesse contratar os passeios de balão. Depois de muita pesquisa encontrei o mais barato por 140 Euros. É caro? Sim! Mas valeu a pena cada centavo, a experiência é única. Voltei cedo para o hotel para descansar e no dia seguinte acordei bem cedo, pois as vans das agências nos pegam nos hotéis bem cedo pois os balões decolam antes mesmo do sol nascer. Estava muito frio, mas um céu lindo, sem nuvens, vento calmo, o passeio seria lindo. Fomos até um local onde vários balões estavam sendo preparados, após inflarem os balões decolamos. O voo dura cerca de 45min a 1h e é realmente incrível! Este dia seria o último na região da Capadócia, durante a tarde fiz um passeio para visitar outros locais, formações da região, etc. Valeu muito a pena, mas com certeza o ponto alto da viagem para esta região foi o passeio de balão. No dia seguinte precisava acordar cedo para seguir pra Istambul. Como Goreme não tem aeroporto contratei uma empresa de transportes que me levaria para Kayseri e de lá para Istambul, o voo dura cerca de 1h. Ao chegar no aeroporto de Ataturk a gente se impressiona pelo tamanho do aeroporto, ele foi inaugurado recentemente e é gigantesco com uma estrutura sensacional. Infelizmente não há metrô até o aeroporto, mas existe uma empresa chamada Havaist https://hava.ist/ que tem ônibus saindo do aeroporto para diversas regiões do país. Vale destacar que Istambul é uma cidade gigantesca, por este motivo é importante que você se hospede em pontos próximos aos principais pontos turísticos da cidade, desta forma você garante que o deslocamento seja mais fácil e barato. Peguei o ônibus no aeroporto em direção a praça Sultanahmet, que fica na parte antiga da cidade e próximo a mesquita Azul. Deixei as coisas no hotel e fui para a rua caminhar e conhecer a região. A mesquita Azul é gigantesca e impressiona, é possível visitá-la nos horários em que os muçulmanos não estão orando e ela fica exatamente na praça Sultanahmet. Como Istambul é uma cidade muito grande é necessário muito tempo para explorar ela toda, mas além do dia da chegada eu teria mais dois dias na cidade onde eu visitei os mercados da cidade, a torre Gálata e fiz algumas caminhada pela Orla da cidade que tem um por do sol maravilhoso. Em Istambul, como toda cidade grande, é necessário ficar atento a algumas coisas. O oriente médio é uma área muito complicada e tensa, alguns ataques já aconteceram na cidade e por este motivo eu sempre evito aglomerações. Outra característica que havia lido sobre a cidade são as tentativas de golpe por engraxates. Você está simplesmente caminhando pela rua e eles percebem que você é turista, passam na sua frente e deixam a escova cair de propósito, você ao tentar ajudar pega para entregar a ele e ele como forma de gratidão se oferece para engraxar os seus sapatos, mesmo que você esteja de tênis. A oferta que antes era gratuita depois é cobrada pelo cidadão, que com certeza não cobrará um valor pequeno. Em Istambul jogaram esta escova na minha frente por duas vezes, como já sabia do golpe passei como se não tivesse visto, eles pegaram e tentaram aplicar o golpe em outras pessoas. Portanto, fiquem atentos a isso. Não deixem de visitar o grande bazar, ainda que você não compre nada é muito legal se perder naquele lugar e ver um pouco da cultura dos Turcos e da forma como eles negociam. Depois de três dias em Istambul eu segui para Dubai, peguei o ônibus da empresa Hava Ist e cheguei bem cedo no aeroporto de Ataturk. Assim como a maioria aeroportos do oriente médio você passa pela inspeção de segurança antes de chegar no check-in, isto acontece devido aos problemas da região, o aeroporto de Ataturk inclusive já foi palco de atentados em 2016 e por este motivo a segurança é redobrada. Chegando em Dubai pela manhã peguei o metrô em direção ao hostel onde ficaria. Para sair do aeroporto de Dubai a forma mais fácil e barata é o metrô, mas fique atento pois o bilhete tem valores diferentes de acordo com a estação onde você vai desembarcar. Como o metrô alcança vários pontos turísticos eu recomendo que você compre os passes diários do metrô por 22 Dirhans, com ele você pode andar por todas as zonas quantas vezes quiser durante um dia inteiro, para se ter uma ideia um passe apenas de ida para percorrer três zonas custa 10 dirhans, portanto, o passe diário vale muito a pena. Fiquem atentos somente a divisão de vagões no metrô de Dubai, os vagões das pontas são especiais, sendo uma ponta exclusivo para mulheres e a outra ponta os vagões Gold Class, que tem bancos mais confortáveis e estão um pouco mais vazios. Outro ponto importante é a proibição de beber ou comer nos recintos do metrô, portanto, fiquem atentos. Como tinha andado o dia inteiro em Istambul, ido cedo para o aeroporto e voado a madrugada toda até Dubai, estava muito cansado. Decidi que iria até o Dubai Mall conhecer o maior shopping do mundo e ver o maior prédio do mundo, almoçar e retornar para o hostel para descansar. O Dubai Mall é gigantesco, fui nele por várias vezes e não conheci tudo. Na parte de fora é possível ver o Burj Khalifa, maior prédio do mundo. É possível subir nele, mas os ingressos tem horários reservados e mais baratos se comprados com antecedência pela internet. Não tinha interesse em subir no prédio, por isso não comprei o ingresso. No segundo dia na cidade acordei cedo e fui visitar os principais pontos da cidade. O primeiro lugar foi o Burk Al Arab, famoso hotel 7 estrelas em formato de barco a vela. Para chegar no hotel é só descer na estação Mall Of The Emirates e ir caminhando por cerca de 3km, o local é reto assim como toda a cidade de Dubai, mas o sol é muito quente, fui no outono peguei agradáveis 33 graus. Imagina no verão? As temperaturas passam dos 40 graus facilmente, portanto programem-se para visitar a cidade em épocas menos quentes. Caminhei até a região do hotel e a praia publica que fica ao lado dele para tirar algumas fotos, realmente impressiona. Dubai é um grande canteiro de obras, a cidade está em constante modificação, por isso não será difícil ver andaimes e guindastes por toda a cidade. Voltei a pé para o Mall of the Emirates onde almocei e durante a tarde fui conhecer a região da Marina de Dubai. Esta região é muito linda com vários bares, restaurantes e praias para aproveitar. O que mais me impressionava na cidade eram as construções. Após visitar a região da Marina de Dubai peguei o metrô novamente e fui para o Dubai Mall, lá eu ia aguardar até as 18h para assistir ao show das águas que acontece em frente ao Dubai Mall todos os dias à partir das 18h. Recomendo que cheguem cedo para pegar um lugar legal para assistir pois a praça fica lotada. O show dura pouco mais de três minutos mas é impressionante. Após o show jantei no próprio shopping e retornei para o hostel. No dia seguinte levantei bem cedo para visitar outros pontos da cidade e conhecer o mercado do ouro, que fica em uma área menos turística da cidade com construções mais modestas e trânsito caótico, mas impressiona pela ostentação do lugar. Nem ousei perguntar os preços das coisas, mas olhando a foto abaixo da pra imaginar, né? É muito ouro! Saindo de lá fui até o Dubai Frame, uma moldura gigantesca toda revestida em ouro. É possível subir nela para tirar algumas fotos, mas não achei que valia a pena o valor a ser pago. Entretanto, apreciar ela de fora já é algo que fale a pena pois é gigantesca e imponente. No dia seguinte seria meu último dia na cidade. Como havia conhecido todos os pontos resolvi ir cedo até a Marina de Dubai e curtir uma praia, que estava vazia e com a água bem quentinha. Passei a manhã ali e depois de tomar um banho no hostel fui até o Dubai Mall novamente para almoçar e dar uma ultima visitada naquela região e ver o Burj Khaliffa pela ultima vez, ele realmente impressiona. Voltei para o hostel para descansar pois, mais uma vez, ia precisar passar a noite no aeroporto pois o meu voo para o Brasil era muito cedo. Sobre Dubai muitos acreditam ser uma cidade extremamente cara e muito luxuosa, entretanto Dubai é uma cidade para todos os públicos. Para nós mochileiros é possível gastar menos de 100 dirhans por dia incluindo alimentação e transporte, mas aqueles que gostam de ostentar o céu é o limite, pois a cidade realmente tem opções extremamente caras e luxuosas. Afirmo com total certeza que Dubai é uma cidade acessível a todos, muito mais do que Israel, por exemplo, que foi o país mais caro que visitei nesta viagem. Enfim, este é mais um relato que divido com vocês. Espero que possa servir de referência e inspiração para a viagem de muitos aqui do blog, este mundo é maravilhoso e tem muita coisa a ser explorada. Sou uma pessoa que gosta muito de escrever e enquanto estava na Turquia escrevi um texto sobre tudo o que estava vivendo nesta viagem e gostaria de compartilhar com vocês: Ser mochileiro é sair da zona de conforto; É abrir mão do supérfulo e desfrutar ao máximo das coisas simples que cada lugar oferece; É deixar de lado a praticidade de um carro e se aventurar nas ruas de cada cidade, conhecendo assim os hábitos e a cultura de cada lugar. Ser mochileiro é se virar apenas com o básico e passar alguns perrengues, pois eles fazem parte de cada viagem e com eles tudo fica mais legal. Ser mochileiro é saber dividir o espaço, é abrir mão da sua privacidade e interagir com pessoas do mundo inteiro, conhecendo e respeitando os costumes e a cultura de cada um. Ser mochileiro é ter o mundo como a sua casa, é dormir em um país cristão e acordar em um muçulmano e se encantar com as diferenças, mesmo que elas pareçam absurdas para os seus costumes. Ser mochileiro é dormir hoje pensando no amanhã, planejando como você chegará naquele lugar que você quer visitar, mesmo que você tenha que ir caminhando por alguns quilômetros. Ser mochileiro é ter coragem, ser aventureiro, é saber que cada viagem terá seus desafios, mas que no final aquele país, aquela cidade e cada ponto valerá a pena. Ser mochileiro é sorrir (ou chorar) de alegria por estar no lugar que tanto sonhou, mesmo que seus pés estejam cansados de tanto andar e os ombros doloridos de carregar tantas coisas por tantos lugares. Ser mochileiro é agradecer a Deus todos os dias pelas oportunidades e lugares visitados, pois muitos gostariam de estar no seu lugar. Ser mochileiro é sentir saudades de casa, do seu país, da comida e dos costumes, mas acima de tudo entender que ter o mundo como a sua casa é uma escolha, e eu? Eu escolhi viajar! Um grande abraço a todos e muitas viagens!
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Eu poderia começar falando que 14 dias é pouco e que cometi o erro em ficar 3 dias em Paris na ida e 3 dias em Barcelona na volta, mas isso seria injusto porque Paris é Paris e a Espanha sempre tem vez! Mas a vida é feita de escolhas... e nessa viagem, mais acertamos que erramos e assim começamos e terminamos por Istambul, recheando com Izmir, Pamukkale, Capadócia e Konya. De Paris pegamos um voo para Istambul pela Air France e chegamos ao “estalando de novo” Aeroporto Internacional Atatürk (inaugurado em novembro de 2018). Mesmo sendo madrugada, pareceu ser muito longe de Sultanamet, o centro histórico em que ficamos hospedadas. Optamos por pedir um transfer, o que nos custou quase um rim. Depois disso, ficamos mais espertas e passamos a utilizar o fabuloso sistema de transporte público, que é tão fantástico que serve aos 15 milhões de habitantes com uma superioridade escandalosa se comparado ao Rio de Janeiro com seus parcos 6 milhões. No primeiro dia, acordamos já cansadas, afinal Paris 20km/dia foi punk e uma noite mal dormida sempre suga parte da energia, assim optamos por fazer os pontos já planejados a pé e com bastante calma para entrar no clima da cidade. E assim fomos em direção ao Grand Bazar e definitivamente, o clima turco está ali e foi onde comecei a usar uma frase que falei muito durante os dias seguintes: “Nooooooossa!!! Que homem lindo”. Pois é, esqueça os turcos das novelas da Globo. Na realidade, os narizes são grandes sim, mas não são aduncos, mas bem feitos, beirando a perfeição, que combinam bem com os rostos alongados e os cabelos escuros. No Bazar ainda usam todo charme e carisma para vender tudo aquilo que não precisamos. Ainda bem que eu já estava preparada para não fazer compras. Afinal, foi minha primeira viagem sem bagagem despachada e minha mochila só poderia ser acrescida de coisas realmente muito essenciais. Gastamos umas duas horas por ali, correndo aqueles corredores de 600 anos, continuamos subindo e seguimos as placas que nos levaram até a Mesquita Suleymaniye, aquela belezura que aparece em todos os cartões postais de Istambul. Construída entre 1550 e 1557, foi encomendada por Suleyman, o Magnífico, sendo a quarta construída em Istambul. Eu já havia entrado em uma mesquita no Egito, mas foi a primeira vez que tive uma das melhores sensações da minha vida: pisar descalça naquele tapete maravilhoso. De uma forma geral, as mulheres não usam a parte principal das mesquitas para orar, mas como turistas tivemos tal privilégio. Nós chegamos pelos jardins dos fundos, que tem uma vista maravilhosa do Chifre de Ouro e dá até para ver a Torre Gálata. Almoçamos em um dos muitos restaurantes da lateral da mesquita e depois seguimos para deixar as bolsas no hotel. Finalizamos a tarde, visitando o interior da Mesquita Azul, que está em restauração com a visitação reduzida. Ao lado da Mesquita, descendo a pequena ladeira pelo lado direito, chegamos ao Bazar Arasta e fechamos a noite no Hipodrome, um barzinho na rua de baixo, indicada pelo recepcionista do nosso hotel. Aí a primeira surpresa: apesar de ser um país 99% muçulmano, a cerveja é livre e fácil de ser encontrada e a Efes é um excelente exemplar turco! A Mesquita Azul está localizada ao lado norte do Parque de Sultanahmet. Azulejos azuis adornam o interior e dão ao prédio seu nome popular que não é o oficial. Foi construída pelo sultão Ahmet I com a intenção que superasse a grandiosidade da Aya Sofia (que era uma igreja quando Istambul ainda era Constantinopla). O arquiteto contratado conseguiu o feito ao usar as mesmas formas voluptuosas da igreja localizada do lado oposto. Dizem que o sultão se empolgou tanto com a obra que trabalhou junto aos operários, inclusive os incentivando e recompensando pessoalmente. Para visitá-la os turistas devem entrar pelo portão lateral, pois somente os fiéis podem entrar pela porta principal. O interior é belíssimo!!! E mesmo com muitas partes em obra, foi possível ver os detalhes de boa parte da mesquita. Ao sair, virando à esquerda, fica o túmulo de Ahmet I que subiu ao trono aos 13 anos e morreu aos 27 anos, um ano depois de finalizada a Mesquita Azul, o túmulo de sua esposa Kosem, que foi estrangulada no harém de Topkaki e de seus dois filhos Osman II (1618-1622) e Murat IV (1623-1640) e o príncipe Beyazit (assassinado por Murat) também estão lá. Os azulejos também são fantásticos. Se sair da mesquita e virar para o lado direito, encontrará o Bazar Arasta, com uma fileira de lojinhas interessantes e preços mais salgados que do Grand Bazar. Esse complexo também faz parte da mesquita e o dinheiro arrecadado com o aluguel das lojas contribui para a manutenção da mesquita. A entrada em todas as mesquitas é gratuita. No segundo dia, exploramos nossa capacidade de nos virar com o desconhecido como: com o mapa na mão e com Google maps baixado para uso off line. Não comprei chip local, em uma tentativa muito bem sucedida de desintoxicar da internet. O café começava tarde no hotel, mas assim que terminamos, partimos para as ruas, tentando escapar da onda de chineses que domina o turismo europeu. Nada contra eles, mas só andam em bandos com 40 para cima e usam sombrinhas demais e roupas coloridas demais, o que interfere nas minhas fotos. Deveria ser proibido colocar blusas vermelhas nas malas. Às 8:30 da manhã não tinha um grupo sequer no Hipódromo. Começamos pela Cisterna da Basílica, onde tomei um piau muito educado do segurança por ter armado meu tripé. Mas o segurança poderia até ter me levado presa... foi o primeiro “nossaquehomemlindo” do dia. A construção data de 532 d.C. por encomenda do imperador Justiniano e hoje é a maior cisterna bizantina remanescente em Istambul. Tem seu nome por ficar localizada sob a Basílica Stoa e foi projetada para armazenar água para os palácios e redondezas com capacidade de 80.000 metros cúbicos distribuídas por 20 km de aquedutos. A visitação é possível desde 1987. Toda a cisterna tem 336 colunas: sendo 334 colunas lisas, uma esculpida com símbolos que os historiadores indicam ser as lágrimas por aqueles que morreram na construção e também a coluna que tem como base a cabeça invertida da medusa. Eu fiquei com a versão mais cética de que as colunas foram reutilizadas de outras construções e assim a cabeça foi aparecer por lá, mas há quem acredite que ela esteja lá para livrar o local de espíritos malévolos. Em seguida fomos para a Aya Sofia. Compramos o ingresso individual, porque chegamos à conclusão que não teríamos tempo suficiente para fazer todos os locais incluídos no Museu Pass e não contratamos guia local, nos guiamos pelo espetacular Guia Istambul da Lonely Planet (no final, vou abrir um parágrafo inteirinho para falar de como o investimento nesses guias é imprescindível para uma viagem econômica e por conta própria). A Aya Sofia foi construída como igreja em 537 d.C por Justiniano, foi convertida em mesquita em 1453 por Mehmet (o Conquistador) e finalmente em 1935, Atatürk a transformou em museu. A história da igreja em si já é um motivo para pagar as 72 liras para visitação. Foi construída sobre duas igrejas: uma destruída em um incêndio e a outra destruída na Revolta de Nika. Diz a história que quando Justiniano entrou pela primeira vez, disse: “Glória a Deus, que eu seja julgado digno de tão grandiosa obra. Ah Salomão, eu te superei!”. O cara nem era marrento. O destaque fica para a cúpula central, sustentada por pilares ocultos que a faz parece flutuar, o arquiteto responsável pela Suleymanynie ficou toda a vida estudando para reproduzir o mesmo efeito. Todos os mosaicos devem ser admirados com calma e no detalhe: são lindos e em um deles aparece Constantino ofertando a cidade de Constantinopla à Virgem Maria com Justiniano do outro lado ofertando a Aya Sofia. Quanto aos discos caligráficos que foram introduzidos no século 19, concordo com os comentários dos guias, não têm nada a ver com construção. Uma última dica: não compre nem uma bala no café localizado nos jardins: é tão caro que chega a ser abusivo. Deixe para tomar um suco de romã (pomegranade, para os turcos) em uma das muitas lojinhas entre a igreja e o Topkaki, que foi nosso terceiro ponto do dia. O palácio Topkaki tinha tudo para que eu curtisse, mas que não foi bem assim. O lugar é gigante, com muitos pátios, jardins bem cuidados e os prédios estão espalhados em toda essa área que é enorme, mas ainda assim todos os cantos estavam lotados! Muita gente e muito calor, uma receita perfeita para a irritação. Hoje, sabendo disso, acho que seria o primeiro lugar do dia que o turista deveria ir. Mehmet, o Conquistador, aquele que tomou a Aya Sofia e a transformou em mesquita, construiu a primeira parte do palácio e lá viveu até sua morte em 1481. Os sultões subsequentes foram fazendo seus “puxadinhos” e viveram ali até o século 19, quando passaram a construir seus palácios em estilo europeu espalhados pelas margens do Bósforo. No auge, o Topkaki chegou a ter 4 mil moradores: esposas imperiais, seus filhos, as concubinas, eunucos e servos. Há uma visitação ao Tesouro Imperial (com fila, é claro!), que é bem legal, pois lá está a famosa adaga que em 1747 foi feita pelo sultão Mahmud I para presentear o xá Nadir da Pérsia, mas que nunca recebeu o presente porque foi assassinado antes. Das histórias do palácio, a mais interessante é sobre o harém. O islamismo proibia a escravização das muçulmanas e todas as concubinas do harém eram estrangeiras (muitas vendidas por seus pais) ou infiéis. O certo era: todas eram belas. A mais famosa foi Haseki Hurrem Sultan, a Jubilosa, a consorte do sultão Suleyman (o cara que construiu a minha mesquita favorita, a Suleymaynie), mais conhecida como Roxelana, era filha de um sacerdote ortodoxo ucraniano e foi capturada por tártaros da Crimeia e vendida no mercado de escravos. Almoçamos um kebab maravilhoso em uma barraca no Parque Sultanahmet e fomos andando para Eminöu à procura da mesquita Rustem Pasa, que estava fechada para os não muçulmanos, acabamos assim encontrando a New Mosque e entramos. Saí de lá emocionadíssima com a demonstração de fé, apesar de não ser vedada aos turistas, não havia nenhum. Em seguida fomos ao Mercado de Especiarias e só tenho uma palavra para ele: UAU!!!! O nome desse bazar é na verdade Misir Çarsisi (traduzido: Mercado Egípicio), pois inicialmente o prédio foi sustentado pelos impostos sobre mercadorias importadas do Egito. Em seus tempos áureos, o local era o último ponto das caravanas de camelos que chegavam da India, Pérsia e China pelas Rotas da Seda. É menor que o Grand Bazar, mas eu o achei muito mais interessante. Com o sol se pondo, continuamos as andanças para atravessar a ponte sobre o Chifre de Ouro e chegar à Torre e achamos que estávamos sobre a Ponte Gálatas, até que descobrimos que estávamos na ponte do metrô e nesse momento começamos nossa jornada usando o espetacular transporte público turco. Com a ajuda de uma turca que estava perdendo a paciência com nossa lerdeza para entender a máquina automática, compramos um Istambul Card e abastecemos 50 liras, usamos as três o mesmo cartão que vale tanto para o metrô, quanto para o tran, ônibus e até para os barcos, tudo pela barganha de 2,60 liras/viagem (a primeira viagem 1,85) ou seja R$ 1,80 (a passagem no Rio de Janeiro custa R$ 4,05). Tomamos um café ao redor da Torre, mas não ficamos muito. O bairro é bem balado, mas estávamos bem cansadas. Finalizamos o dia vendo o sol sentadas na escadinha com as luzes acendendo nas mesquitas do outro lado do chifre, com aquela sensação de “putaqueopariu, que lugar lindo!” Voltamos na hora do rush, e adivinha? Metrô vazio e depois o tran também. Não sentamos, mas também não viemos como sardinhas em lata. Não vou cansar de falar sobre isso... À noite nos presenteamos com um jantar maneiro. O escolhido foi o Matbah, um restaurante com uma proposta diferenciada onde o chefe recriou receitas palacianas de origem otomana. Fantástico da entrada à sobremesa e o mais interessante: pagável. E o terceiro dia foi o dia do famoso Bósforo!!! Um estreito que conecta o Mar Negro com o Mar de Mármara, separando Istambul em duas partes: a europeia e a asiática. O comprimento total do estreito é de 30 quilômetros e a largura vai dos 700 metros até quase 4 quilômetros da saída para o Mar Negro. Agora, definitivamente eu já posso colocar um pin na Ásia. Justamente nesse dia, o tempo amanheceu um pouco nublado. Confesso que meu tesão fotográfico diminui bastante em dias assim, mas faz parte de qualquer viagem. Fomos cedinho para o porto em Eminöu e pegamos a barca local que sai do píer pertinho da Ponte Gálatas. Aceitamos as dicas da Lonely Planet e assim escapamos do cruzeiro turistão (pela bagatela de 15 liras/R$10,50). No caminho passamos pelos palácios construídos pelos otomanos, por algumas das pontes mais altas que eu já havia visto e pela Fortaleza de Rumeli Hisar, que foi construída para conter as invasões. Desembarcamos na última estação, Anadolu Kavagi e voltamos de busão (15A) pelo lado asiático, parando em Kanlica para experimentar o delicioso e famoso iogurte produzido lá e depois pegamos o 15F para ir ao Palácio Beylerbey. Foi uma experiência fantástica, pois a comunicação em turco era inexistente, mas o olhar, as risadas quando nos pegavam enroladas e aquela coisa da comunicação por olhar que só o viajante sabe entender. Me faltam as palavras corretas para descrever. O ápice mesmo foi a visita ao palácio, que não pode ter o interior fotografado. Foi construído entre 1861 e 1865 pelo sultão Abdulazize como casa de verão e para receber diplomatas estrangeiros. Conta uma história que Maria Eugênia, esposa de Napoleão III, tomou uma senhora bofetada da mãe do sultão, porque em um evento, entrou de braço dado com ele. Se fez isso com a visita, imagina o que fazia com as noras e com as concubinas, pois como se sabe, era a mãe do sultão que tocava a administração do harém. Tomara que eu não tenha passado por isso nas encarnações passadas! Almoçamos tarde em Uskadar, depois partimos para a famosa loja de doces Hakki Zade e nos rendemos a baklava (doce folheado com amêndoas). Para encerrar o dia, pegamos o barco de Uskadar para Eminöu (2,60 liras), cruzamos de volta para o lado europeu e seguimos para o final do roteiro do dia: Beyglou e a Taksim, a famosa e enorme praça que aparece na TV quando os turcos vão para as ruas fazer suas reinvindicações e que descobrimos que é o “point consumista”, as marcas famosas tem lojas na rua principal, onde um charmoso bonde sobe e desce, com várias sorveterias com atendentes engraçadinhos que fazem malabarismos com as casquinhas (encantando inclusive os adultos), bares e kebabs para todos os gostos e até uma igreja católica. Paramos para beber uma cerveja em um local bem legal onde o “nossaquehomemlindo” foi entoado diversas vezes. Saímos fedendo a cigarro puro, pois os turcos fumam horrores!!! Quarto dia e último dia da primeira etapa em Istambul e a chuva chegou junto com nosso desespero em saber que não daria para fazer tudo que gostaríamos de fazer. Perdemos uma hora indo para a direção errada no tran e desistimos de Balat, o que foi ótimo, pois não é um lugar para fazer com chuva. Assim descemos na última estação do tran (Kabatas, onde o s com cedilha tem som de x – liiiindo!!!!) Já na saída do tran tinha uma galera vendendo capas de chuvas (me senti no Brasil) e fizemos amizade com um libanês que estava no tran. Seguimos juntos a pé para o Palácio Dolmabahçe. Fofucho, professor de francês e não falava inglês e nós não falávamos nem francês nem árabe, foi uma conversa ótima em sinais e palavras soltas. Na bilheteria já sentimos o que nos esperava: chineses, muitos deles, tentando escapar da chuva como nós, fazendo um roteiro coberto! O palácio é de deixar qualquer um boquiaberto, principalmente quando se chega ao salão cerimonial. Nada pode ser fotografado (se pudesse, o engarrafamento lá dentro seria ainda pior) e os ingressos são comprados separadamente se quiser ir ao harém, fomos e valeu a pena. Uma das coisas mais interessantes é que o palácio foi moradia do presidente Atatürk, o cara que proclamou a república e até hoje é reverenciado pela população. Ele faleceu em um dos aposentos e o relógio foi parado exatamente na hora da sua morte e ninguém mais mexeu. Conseguimos, antes de seguir para o aeroporto, ir à Pequena Aya Sofia, uma pequena joia que Justiniano e Teodora construíram entre 527 e 536, antes de construir a Aya Sofia. Era uma igreja batizada em homenagem a São Sergio e São Baco, os santos padroeiros do exército romano. As colunas de mármore verde ainda são originais, mas os mosaicos não sobreviveram. Foi convertida em mesquita aproximadamente no ano 1500, quando foram construídos os minaretes. Para Izmir, conseguimos uma tarifa ótima pela Turkish Airlines, a melhor companhia aérea da Turquia, saindo do aeroporto Sabiha Gokcen. Para chegar até ele, a melhor opção é usar o Havast, um ônibus arrumadinho que faz o trajeto a partir do parque de Sultanahmet. Utilizamos o mesmo serviço quando voltamos de Konya e para pegar o voo final para Barcelona, porém para o Aeroporto Atatürk, o Havast sai da Praça Taksim. Uma hora depois estávamos desembarcando em Izmir, cujo metrô está praticamente no pátio de desembarque (outro nível!). Um cara que estava no nosso voo puxou assunto na estação e nos ajudou com a compra dos bilhetes e em dicas para nossos dois dias na cidade. Os turcos são muito amáveis... esse não era lindo, mas tinha borogodó. Achar o hotel foi um pouco mais complicado. Escolhemos o hotel pela proximidade com a estação Bazmane, mas ao sair tinham várias bifurcações. Tentamos pedir informação quanto à direção, mas ninguém falava inglês, na linguagem dos sinais, um rapaz nos colocou na direção. Entramos na rua que, na verdade parecia um beco, com casas de chá e vários homens jogando gamão (nenhuma frase “nossaquehomemlindo” saiu da minha boca), rolou um certo cagaço até que vislumbramos a placa do hotel (ufa!). Hotel honesto, preço ótimo, café da manhã básico e localização excelente já que a meta era ficar próximo ao trem pela mobilidade de ir para as demais cidades, mas teve sua parcela de susto. Izmir é a terceira maior cidade da Turquia e os turistas e base para ir à Éfeso, uma cidade construída no século X a.C e é uma das sete congregações citadas no Livro do Apocalipse. Há inclusive teorias que acham que o Evangelho de João pode ter sido escrito em Éfeso. O Templo de Artêmis, uma das sete maravilhas do mundo antigo, se encontrava ali (mas hoje tem apenas uma coluna), assim como a Biblioteca de Celso (ainda de pé). Hoje a cidade encontra-se em ruínas devido aos muitos terremotos. A história da cidade é muito bem contada no museu localizado no centro de Selçuk, cuja visita é importante para entender todo o contexto. Tanto para ir tanto à Éfeso quanto para ir à Casa da Virgem Maria, tivemos que pegar um trem na estação Bazmane para Selçuk, chegando lá pegamos um taxi que nos levou até a casa, nos esperou e depois nos deixou em Éfeso. Ao terminar Éfeso, pegamos outro táxi que nos deixou no centro. A casa foi descoberta no século XIX através das visões da beata Ana Catarina Emmerich (beatificada pelo Papa João Paulo II). A igreja católica nunca se pronunciou sobre a autenticidade da casa por falta de evidências aceitáveis. As visões indicaram que Maria, depois da morte de Cristo, foi perseguida e levada por São João à essa casa. Verdade ou não, o local recebe muitos peregrinos, inclusive foi visitada pelo papa Bento XVI. Voltamos de trem até Bazmane e usamos o metrô para chegar à Praça Konak, onde fica a Torre do Relógio e a Mesquita Yali e sentamos na Kordon Izmir, também chamado de calçadão para assistir ao pôr do sol. Para ir à Pamukkale, o usual é se hospedar em Kusadasi, pois de lá saem tours. Como ficamos em Izmir a opção era ir de trem até Denizili (4 horas para ir e 4 para voltar) ou fazer de forma privada. Estávamos cansadas pacas e resolvemos nos presentear, ainda que o bolso tenha ficado ligeiramente impactado. O recepcionista do nosso hotel nos arrumou um motorista e às 8 da manhã, Omar estava nos aguardando e nos levou com tranquilidade pelos 240 quilômetros. De novo, nada de inglês, mas com o Google Tradutor ele nos contou todo o contexto político atual. Super gentil, parou quando pedimos para comprar frutas que ele prontamente escolheu. Nossa primeira visitação foi à Hierapolis, uma cidade fundada no século II a.C e que desmoronou durante um terremoto no ano 17, foi reconstruídas nos séculos II e III d.C e servia de casa de veraneio para os nobres que a visitavam pela águas termais, mas foi completamente destruída por um novo terremoto em 1354. A cidade é mencionada uma única vez na Bíblia, na Epístola de Colossenses. Pamukkale está no mesmo parque, inclusive o pagamento é feito por um ticket único. O lugar é lindo demais, mas era domingo e parecia o Piscinão de Ramos. Fotos sem pessoas? Só apagando no Photoshop. E para a Capadócia usamos uma companhia aérea lowcost chamada SunExpress, partindo de Izmir, parece nome de empresa de ônibus, mas o avião era novinho, não serviu nem água, mas para um pouco mais de uma hora de voo foi um excelente custo x benefício. Já tínhamos um transfer contratado pelo hotel e tudo correu entre o aeroporto de Keyseri e Goreme, a cidade que escolhemos como base. Passamos por Ugrup, que eu achei muito lindinha, apesar de ser menor. Foi o único local que não fizemos por conta própria, quando comecei a fazer o planejamento cotei os tours e o voo de balão, mas não fechei. Em alguns blogs havia a indicação de contratar na hora para baratear. Foi um erro dos grandes. Chegamos em uma segunda e não tinham mais voos para a terça e quarta, pois nos dias anteriores os balões não subiram, ou seja: a oferta estava bem menor que a demanda. Quase ficamos sem fazer o voo. Entramos em uma fila e só conseguimos fazer na quinta pela manhã, no dia da nossa ida para Konya. Essa brincadeira custou mais 100 euros. Entendendo mais o roteiro agora, faria um pouco diferente e assim sobraria um dia a mais em Istambul. Na Capadócia, as agências oferecem dois tours e com tudo organizado dá para fazer o Balão + Red + Goreme em um dia e o Green no outro. No dia da chegada, tiramos férias das férias e ficamos só rodando a cidadezinha e as lojinhas. O Red Tour é o mais interessante, na parte norte, com as paisagens típicas formadas por milhões de anos de erosão. Começamos com uma parada em Uçhisar Castle e Pasabag Valley, que parece a terra dos Smurfs, os demais lugares são mirantes, mas ainda assim muito legais: Devrent Valley, Love Valley e para fechar com chave de ouro: O Goreme Open Air Museu que foi monastério e igrejas e as pinturas remanescentes estão muito desgastadas, resultado da tentativa dos otomanos em acabar com os resquícios cristãos. O mais impressionante é que focaram na retirada dos olhos. O Green Tour merece um dia ensolarado, o que não foi o caso e por isso tirou um pouca da graça. Começamos pelo Selime Valley, onde foi gravado Star Wars, em seguida fizemos um trekking de 5km no Ilahra Valley, caiu a maior chuva enquanto estávamos almoçando e cessou ao fim do almoço e seguimos para Derinkuyu, uma cidade subterrânea (eu odiei esse lugar, não dá para imaginar 100 mil habitantes vivendo tão produndamente), o último mirante foi o Pigeon Valley. Ambos tours são completos, te pegam e deixam no hotel, o almoço (ruim) está incluído, guia em turco e inglês e um monte de paradas em lojas “pega turistas”. A nossa sorte é que chegam relativamente cedo em Göreme e assim finalizamos as duas tardes com uma cervejinha marota e ainda saímos para jantar, uma das noites fomos ao Turkish Ravioli e claro comemos o carro chefe: o raviolli com molho de iogurte. No dia seguinte fomos encarar o tal cordeiro cozido no pote, mas é maneiro ver o negócio pegando fogo, mas o sabor não era lá essas coisas. E então, antes do amanhecer, uma van passa no hotel e te leva para a área onde os balões estão sendo inflados, a luz começa a aparecer por trás da montanha e sol aparece todo lindo lançando raios para cima dos balões que já estão no ar. Subimos na cesta e ficamos apertados (são 15 pessoas no total), mas o aperto é legal, o baloeiro gira algumas vezes para que todos dentro consigam ver as paisagens em 360 graus. Só tenho uma reclamação a fazer: poderia ser menos caro! Voltamos para o hotel, tomamos café e tomamos o rumo para Konya (230Km) dessa vez de ônibus. Konya está localizada na Anatólia Central e que incluímos no roteiro para entender como surgiram os dervixes, cuja apresentação acabamos vendo em Istambul, já que em Konya somente se apresentam às sextas e sábados à noite e por lá ficamos apenas uma noite e duas metades de dia. O Museu e a Mesquita da Ordem Mevlana são dois dos maiores centros de peregrinação do mundo, pois ali encontra-se a sepultura de Celal el-din Rumi, um dos maiores pensadores sufistas da história. O sufismo é a corrente mística e contemplativa do Islamismo, os sufistas procuram desenvolver uma relação íntima, direta e contínua com Deus, através de cânticos, música e movimentos, por isso temos a impressão que os dervixes, ao rodopiar, estão em outro lugar, dá até para sentir e é lindo de se ver. Além do Museu e da Mesquita central, fomos ao maior borboletário da Europa, visitamos a vila de Sille e a Aya Elena, passeamos pelo parque, nos perdemos nos mercados, nos acabamos de comprar lenços (em Konya, todas as mulheres usam) e ainda fomos na Mesquita Azize, uma das mais bonitas da viagem. Antes do almoço, tivemos a maravilhosa experiência de assistir aos fiéis orando ao lado de fora da mesquita, na praça, muitos deles. Konya foi um escolha ótima, até mesmo porque não é uma cidade turística. Ahhhh... já ia esquecendo... lá tem um prato típico chamado etlikmek que é tipo uma pizza, mas em formato diferenciado. Amei essa parada e o restaurante que provamos: o Sifa. http://www.sifarestaurant.com/menu E assim voltamos para mais um só dia em Istambul, que confirmo mais uma vez, merecia mais uns dois dias. Acordamos cedinho, tomamos café no porto e pegamos a barca local para fazer o Chifre de Ouro (que é uma península que divide Istambul no lado europeu). Descemos em Ayvansaray e fomos a pé até o Museu Kariye (Igreja de Chora), uma construção bizantina repleta de mosaicos conservadíssimos, que datam de 1312 e representam a vida de Cristo e da Virgem Maria, incluindo a genealogia de Cristo. Eu fiquei tão encantada que comprei até o livro. Continuamos a pé, descendo até Balat, o bairro badalado dos cafés e da galera alternativa e seguimos em direção à Igreja Búlgara de São Estevão (a cúpula acabou nos chamando a atenção), pegamos um taxi e descemos logo a frente, pois perdemos a paciência com o trânsito caótico, já era hora do almoço e fechamos o roteiro comendo o famoso (e delicioso mesmo!) sanduíche de peixe em um dos restaurantes sob a Ponte Gálatas. Estava tudo super movimentado, um monte dos “nossaquehomemlindo” passando de um lado para outro vestidos com a camisa do Gálata Saray (onde o Felipe Mello jogou e ainda é rei). Passamos para o outro lado do Chifre e seguimos para Orkatoy, uma mesquita pequena mas lindamente decorada. Ao redor, feirinha de artesanato e bares, um fervo! Ficamos pouco tempo, porque ainda tínhamos o chá com por do sol do lado asiático (ufa!). Voltamos pra Eminöu, pegamos a barca, andamos mais um tanto a pé e chegamos às escadas em frente ao Kiz Kulesi (também chamada de Torre da Donzela), que foi construída em 408 a.C para controle do movimento dos navios persas no Bósforo. Há lendas sobre a construção dessa torre. Uma delas conta que um sultão tinha uma filha e um dia, um oráculo profetizou sua morte depois da picada de uma cobra venenosa aos 18 anos e assim mandou construir a torre para que ela se mantivesse longe da terra. No aniversário de 18 anos, o sultão levou um cesto de frutos de presente e adivinha o que tinha dentro do cesto? Uma cobra! E assim se concretizou a profecia. Por isso, é também chamada de Torre da Donzela. E assim nos despedimos da Turquia... Onde ficamos: Istambul: Hotel Sultahill – Colado no Hipódromo e na Mesquita Azul. A localização é fantástica, mas os quartos são pequenos e o café da manhã básico. Custo x Benefício nota 10. Izmir: Hotel Baylan Basmane – Próximo a estação de trem. Basicão, mas camas confortáveis e pessoal muito atencioso e um preço muito bom! Konya: Bera Konya Hotel - Para uma noite foi ótimo. Boa localização, quarto enorme e confortável. Café da manhã farto, mas não saboroso. Göreme: Blue Moon Cave Hotel – Quarto ótimo, localizado na rua principal (sem precisar subir ladeira!!!), café da manhã espetacular. Custo x Benefício nota 1000. Para ver as fotos é só acessar: https://www.flaviamoreirafotografia.com/turquia Ou pelo instagram: lugaresfotogenicos
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Se você é da Europa (ou está viajando por ela), provavelmente acredita que o Chipre possa ser um destino potencial para suas próximas férias de praia. E se você é de fora da Europa, pode ser que você não saiba muito sobre essa linda e estranha ilha dividida! Porém, há muito mais no Chipre do que você possa imaginar. Sim, o Chipre é o lar de praias imaculadas, águas cor de esmeralda turquesa e um lindo litoral rochoso. Mas e além disso? Uma visita a Chipre também lhe dá a chance de…. Explorar as ruínas da Grécia antiga ou um dos muitos imponentes castelos e fortes das “cruzadas” espalhados pelo país. Continue lendo: Viagem de carro pelo Chipre – Roteiro de 5, 7 e 10 dias (com Chipre do Norte)
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Pessoal, passei quase 1 mês na Turquia, esse país incrível. É um país super interessante, cheio de coisas pra fazer, rico em história, com praias maravilhosas e uma cultura muito interessante. Nesses 26 dias eu passei por: Istambul: 5 dias Selçuk e as ruínas de Éfesos: 2 dias Pamukkale: 1 dia Capadócia: 6 dias Konya: 1 dia Antalya: 3 dias Fethiye: 4 dias Bodrum: 4 dias O que nao pode faltar aí em uma viagem pra Turquia é Istambul e Capadócia, os pontos mais famosos do país. Como eu tenho tempo eu comecei a adicionar várias outras coisas, como a parte histórica (Selçuk), a parte de belezas naturais (Pamukkale), a parte religiosa (Konya) e as praias fantásticas (Antalya, Fethiye e Bodrum). Vou colocar alguns posts aqui e espero que ajude a viagem de vocês.
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Aqui fica o meu último Post sobre a Turquia: 25 factos interessantes sobre o país. Espero que gostem https://realidadeextraordinaria.wordpress.com/2019/04/14/turquia-25-factos-interessantes-turkey-25-interesting-facts/ https://www.instagram.com/ruiadamasioalvites_/?hl=pt
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Aqui fica o meu último post de análise da minha viagem à Turquia, este centrando-se na cidade de Amásia. Espero que gostem https://realidadeextraordinaria.wordpress.com/2019/04/07/turquia-amasia-turkey-amasya/ https://www.instagram.com/ruiadamasioalvites_/?hl=pt
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O meu novo post sobre a minha viagem à Turquia desta vez sobre a visita às regiões de Kızılırmak e Vezirkopru. Espero que gostem https://realidadeextraordinaria.wordpress.com/2019/03/30/turquia-kizilirmak-e-vezirkopru-turkey-kizilirmak-and-vezirkopru/ https://www.instagram.com/ruiadamasioalvites_/?hl=pt
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Entre Setembro e Outubro de 2018 viajei para a Turquia, Balcãs e Europa Central. Meu roteiro foi esse: Goreme - Istambul - Bucareste - Sófia - Belgrado - Budapeste - Varsóvia - Cracóvia - Praga. Farei o relato de toda viagem, mas em partes. Neste falarei de GOREME/CAPADÓCIA. LEGENDA USD - Dólar Americano EUR - Euro BRL - Real Brasileiro TRY - Lira Turca Goreme é uma linda e simpática cidade localizada na região da Capadócia, Turquia. Muito viajantes usam essa cidade como ponto de apoio para realizar seus passeios na região. A cidade possui uma boa infra estrutura: vasta rede de hotéis e pousadas, restaurantes, bares, casas de câmbio e agências de turismo. Contratei a empresa Happy Capadócia que fez tudo pra mim: dos transfers, passeios às pernoites num Cave Hotel. A Roseli (brasileira que vive lá há 5 anos) foi quem me atendeu e ela foi super legal e atenciosa. Quem for pra lá, recomendo entrar em contato com eles e pedir um orçamento. Fechei tudo por 320EUR 1º Dia de Viagem: SP -> Istanbul -> Goreme (7 a 8 de Setembro de 2018) Meu vôo saiu de SP e fiz uma escala em Roma antes de chegar no aeroporto de Ataturk, em Istanbul. Goreme fica à 750km de Istanbul. Até dá pra ir de ônibus, mas é melhor pegar um vôo até a cidade de Kayseri, que fica à 70km de Goreme. Eu paguei 694TRY nos vôos de ida e volta (Ataturk - Kayseri) pela Turkish Airways. Fui chegar em Kayseri às 23h do dia 8 de Setembro. Havia uma van me esperando que também levou outros passageiros Me deixaram no Eliseé Cave Hotel era mais de 1h da manhã. Tomei banho e dormi. 2º dia de viagem: Goreme (9 de Setembro de 2018) Acordei às 4h45 da manhã e às 5h10 a van da agência Urgup já estava na porta do meu hotel para fazer o passeio de balão. Nos levaram até um lugar que os grupos que iam em cada balão e nos serviram um café da manhã café, chá, fatias de bolo pronto e pão. Simples mas muito gostoso. Deixamos a agência às 5h45 e fomos até o local da decolagem dos balões. Decolamos às 6h éramos em 17 pessoas: 16 passageiros e o piloto. Foi sem dúvida um dos passeios mais incríveis que eu já fiz em toda a minha vida. É impressionante ver toda aquela quantidade de balões decolando ao mesmo tempo, subindo devagar de forma organizada. A vista fica ainda mais linda quando o sol nasce e ilumina as montanhas e os outros balões que nos acompanhavam. Depois de 1h10 aterrizamos e nos serviram um champagne pra brindar o final do passeio. PASSEIO DE BALÃO Por volta das 8h me deixaram de volta em meu hotel. Fui tomar um café da manhã mais “reforçado”: queijos, salsicha, um tipo de “mortadela” que eu não sei o nome mas é muito boa, ovos, pães, coalhada… Tb tinha cereais, frutas e até salada de pepino e tomate. Tomei tb um café com creme e suco de laranja. Por volta das 9h30 passaram pra me levar ao GREEN TOUR. Éramos em umas 10 pessoas em uma van. Fizemos a primeira parada num mirante com um vale e várias lojas de artesanato local. Por volta das 10h30 seguimos para a CIDADE SUBTERRÂNEA. MIRANTE DO VALE A Cidade Subterrânea foi encontrada por acidente pelos fazendeiros da região nos anos 60. Ela tem vários túneis, salas, quartos e até estábulos debaixo da terra e 10% está aberto ao público. Descemos por mais de 100 degraus e 40 metros. Havia lugares que mal passava uma pessoa. CIDADE SUBTERRÂNEA ***Dica: se vc tem claustrofobia ou qualquer tipo de incômodo de lugares fechados NÃO FAÇA esse passeio. Também não aconselho pessoas que têm qualquer tipo de dificuldade ao se movimentar a fazer uma vez que há muitas escadas.😵 Deixamos a Cidade Subterrânea e passamos pelo MONASTÉRIO, que são salas construídas em uma montanha. Na verdade a gente não ia passar lá, mas um italiano do nosso grupo disse que no programa do passeio mencionava esse monastério. Então a nossa guia resolveu nos levar lá. Mas pelo jeito ela não sabia muito sobre o lugar pq não houve explicação alguma… Depois caminhamos por uns 15 minutos numa trilha. Passamos por pontes, riachos e um pouco de mata. Ao final da trilha estava nosso restaurante. O almoço (que já estava pago) foi: sopa de lentilha, salada e prato principal (almôndega, frango ou peixe). As bebidas não estavam inclusas e eu paguei 6TRY numa coca-cola. Depois do almoço passamos por um lago e pelo mirante do PIGEON VALLEY. Depois o tour nos levou a uma loja de doces e artesanatos locais. Houve uma degustação dos doces mas eu não gostei muito (não sou muito fã de doces). Por fim passamos numa joalheria que faz o beneficiamento da pedra ONYX. Além da pedra onyx, havia também jóias de pedra turquesa. Mas era tudo muito caro. Voltei ao meu hotel as 17h30 e descansei até as 20h, quando fui encontrar com a Roseli (da agência Happy Capadócia) e uma amiga dela inglesa que era professora lá. Fomos ao restaurante FAT BOY onde comemos porções de batata, nachos e bebemos a cerveja turca EFES. Fomos muito bem atendidos pelo Nuri, simpatico garçom do restaurante. Fiquei lá até 1h quando voltei para dormir. Distância caminhada no dia: 5km 🚶♂️ 3º dia de viagem: Goreme (10 de Setembro de 2018) Acordei as 8h30 e fui tomar café. Às 9h20 vieram me buscar para o RED TOUR. Primeiro passamos no OPEN AIR MUSEUM que é um conjunto de cavernas onde pessoas moravam. Estimam que cerca de 300 pessoas viviam naquele lugar. Esse cálculo foi feito pelos lugares nas mesas de jantar. Há também igrejas e capelas, todas elas com referências à Jesus e seus apóstolos. Uma dessas igrejas, a DARK CHURCH, tem que pagar 10TRY para entrar. OPEN AIR MUSEUM De lá nos levaram a uma loja de cerâmica onde nos mostraram o processo de fazer os potes, vasos, etc. Deixamos a loja e fomos a um restaurante almoçar, que também já estava incluso no tour. O restaurante era bem melhor que o anterior e era buffet: havia muitas opções de pratos quentes, saladas e doces. Paguei a bebida à parte: 7TRY a pepsi lata. Do lado de fora do restaurante tomamos um chá turco (2,50TRY). Seguimos para o IMAGINATION VALLEY que tem esse vale pq vc precisa usar a sua imaginação para ver alguns formatos nas formações rochosas. Tem “camelo”, “chapéu do Napoleão”, etc… IMAGINATION VALLEY Depois fomos ao FAIRY CHIMNEY que são formações rochosas tão peculiares que os antigos achavam que foram feitas por fadas. FAIRY CHIMNEY ***DICA: Não esqueça de passar protetor solar! Esses passeios são todos ao ar livre e o sol lá é muito forte!🌞 Por fim passamos no CASTLE que são mais moradias esculpidas nas montanhas e seu formato lembra um castelo. Voltamos as 15h45 pra Goreme. Me deixaram no centro da cidade e passei num mercado pra comprar uma cerveja EFES (lata 500ml) por 9TRY.🍻 Voltei ao meu hotel e descansei até as 17h30, quando passaram pra me levar ao ATV TOUR, ou “passeio de quadriciclo”. Nos levaram até a saída da cidade, onde estavam os quadriciclos. ATV - ALL TERRAIN VEHICLE Haviam vários grupos, cada um com seu guia. Alguns tinham 10 ou 15 pessoas. Mas no meu só tinha eu e um casal de italianos. Cheguei a pegar 60km/h e fomos seguindo um guia que pilotava uma moto tradicional. Primeiro paramos no SWORD VALLEY, que leva esse nome pq lá os soldados treinavam lutas com espadas. Depois seguimos para o ROSE VALLEY onde havia um belo mirante e uma loja de comida, bebida e artesanatos. ROSE VALLEY Por fim fomos até outro mirante onde haviam muitos turistas, todos se “acotovelando” para ver o pôr do sol. Por volta das 19h seguimos de volta à cidade. Chegando lá passei novamente no mercado e comprei 2 cervejas: 1 Bomonti (7TRY) e 1 Efes Malte (8TRY). Cheguei ao meu quarto, tomei as cervejas e comi um salgadinho que tinha comprado no aeroporto. Descansei até umas 21h e fui para o bar ONE WAY. Lá encontrei novamente a Roseli e tomei 3 cervejas TOUBORG (22TRY cada). A Zoey (inglesa amiga da Roseli) chegou mais tarde e vimos na TV a seleção de futebol da Turquia vencer a Suécia por 3x2 de virada. Fechamos o bar as 1h e no caminho de volta ao hotel passei novamente no mercado pra comprar as “últimas” da noite: 1 EFES EXTRA e 1 EFES FIÇI (10TRY cada). Tomei as 2 cervejas e fui dormir as 2h. Distância caminhada no dia: 7,5km 🚶♂️ 4º dia de viagem: Goreme -> Kayseri -> Istanbul (11 de Setembro de 2018) Acordei com batidas na porta do quarto. Tinha esquecido de colocar meu relógio pra despertar e era o pessoal do transfer que ia me levar ao aeroporto! Era 9h e meu vôo saía as 11h30. Arrumei minhas coisas VOANDO e em 5min já estava dentro da VAN. Gostei muito do Eliseé Cave Hotel. Fica a menos de 10min caminhando do centro da cidade. Os quartos estavam bem limpos e o staff era muito simpático. Altamente recomendado! Já na estrada, no caminho para o aeroporto, o motorista foi informado que 2 passageiros ficaram para trás. Paramos no acostamento e depois de uns 10 minutos alguém apareceu trazendo eles. Chegamos ao aeroporto as 10h35 e fiz o check-in. Às 11h30 estava decolando e 13h30 estava chegando em Istambul. FIM DA CAPADÓCIA. Próximo relato: Istanbul
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Mais um post sobre a minha viagem à Turquia, desta vez nas regiões de Rize e Trabzon. Espero que gostem https://realidadeextraordinaria.wordpress.com/2019/03/17/turquia-rize-e-trabzon-turkey-rize-and-trabzon/ https://www.instagram.com/ruiadamasioalvites_/?hl=pt
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Oi pessoal!!! Acabo de voltar da Turquia. Eu tive uma escala por lá e acabei decidindo fazer um stopover e ficar uma semana. Como já conhecia Istambul, eu fui pra Capadócia dessa vez. Apesar de ter ido no inverno (fevereiro-2019) e estar extremamente frio, eu gostei muito do lugar. Como estava menos lotado de turistas, tive uma experiência super agradável por lá e vi até neve! Eu estava na dúvida se valia a pena fazer o voo de balão por ser inverno, já que essa é uma atividade bem carinha. Como não acho que irei pra lá novamente, acabei me arriscando e não me arrependi. Foi sensacional mesmo assim, as paisagens são incríveis e pude ver os picos nevados das montanhas. Estava nublado mas mesmo assim, as paisagens estavam lindas. Eu até escrevi um post no meu blog listando todas as vantagens e desvantagens de se voar de balão no inverno (já aviso que é bem mais barato rs). Se alguém tiver interesse em ler para mais informações: https://www.mochilaoadois.com.br/balao-capadocia/
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O novo post no meu blog, relativo à minha viagem à Turquia. Desta vez o destino escolhido é Sinop e atracções próximas. Espero que gostem https://realidadeextraordinaria.wordpress.com/2019/03/10/turquia-sinop-turkey-sinop/ https://www.instagram.com/ruiadamasioalvites_/?hl=pt
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O meu novo post sobre a minha viagem à Turquia, desta vez sobre a cidade de Samsun, uma cidade importante na costa do Mar Negro. Espero que gostem https://realidadeextraordinaria.wordpress.com/2019/03/03/turquia-samsun-turkey-samsun/ https://www.instagram.com/ruiadamasioalvites_/?hl=pt
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A quarta e última parte da minha sequência de Posts sobre Istambul. Espero que gostem https://realidadeextraordinaria.wordpress.com/2019/02/17/turquia-istambul-4-turkey-istanbul-4/ https://www.instagram.com/ruiadamasioalvites_/?hl=pt