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  1. quais destas cidades vocês ja foram, Aguas de Lindoia, Baependi, Serra Negra, Penha Santa Catarina, são destinos com muitas atrações e entretenimento, cachoeiras entre outras atividades conheça mais sobre estas cidades e outros destinos maravilhosos para se explorar
  2. As trilhas turísticas brasileiras serão integradas e terão sua sinalização padronizada a partir de um plano estruturado pelos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo junto com estados e municípios. O diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Pedro da Cunha e Menezes, destacou entre as ações planejadas a implantação, em até 18 meses, de um Caminho do Mico-Leão-Dourado, que vai se articular com a Trilha TransCaboFrio, Rio das Ostras e o Caminho da Serra do Mar. O objetivo é gerar emprego e renda por meio de pousadas, aluguel de bicicletas e diversos outros negócios. O anúncio foi feito na última quarta-feira, durante o Seminário Regional de Ecoturismo, realizado pelo Sebrae Rio. Leia mais : https://www.jornaldeturismo.tur.br/noticias/88853-rio-de-janeiro-trilhas-turisticas-serao-integradas
  3. Olá, algum grupo programando fazer o Vale do Pati em abril/maio deste ano? Com preferência para 15 de abril a 15 de maio. Sou de Vila Velha, penso em fazer a rota de 5 dias para aproveitar o entorno (paisagens e atrativos), pegar um voo até Vitoria da Conquista e, locar um carro de lá para Lençois. Alguém? Aceito opniões...
  4. Olá! Eu sou o Daniel, de São Paulo, vim contar pra vocês minha experiência na Chapada das Mesas em Outubro de 2021, decidi contar o relato pra vocês porque não encontrei em nenhum lugar algum relato que falasse de uma viagem para alguém que iria da forma mais simples e querendo gastar o menos possível. Então busquei as informações perguntando antes para pessoas no Instagram, Whatsapp até fechar um roteiro esquematizado. Seu destino será a cidade de Carolina, onde fica a maior parte das atrações turísticas da Chapada das Mesas, para chegar até lá a forma mais barata de se ir é por ônibus saindo da cidade de Imperatriz, também no Maranhão. Eu fiz a viagem em 7 dias, sai em um domingo e voltei em outro, é o tempo mais que ideal para se fazer a viagem, você consegue ver todas as principais atrações disponíveis (existem outras que estão sendo abertas pela secretária de turismo e o ICMBIO), só não fará passeios em um dia que é para chegar até Carolina. A cidade de Carolina não tem nenhum preparo para receber turistas em termos de estrutura, não existem ônibus que levam as atrações, ficando reservados a quem faz passeios com guias ou está com um carro 4x4, a cidade em si não tem nenhuma atração, apesar do grande fluxo de turistas, a maioria só faz passeios e pouco mudou a cidade, a vida local pouco mudou para se adaptar e receber o turista, então vocês não verão quase nenhum lugar voltado para o turista, ou seja, você não encontrara nenhuma loja de lembranças na cidade, nem qualquer estrutura pensada para você. Os passeios são muito tranquilos, exigem pouco ou quase nenhum esforço, tirando as trilhas, claro, dos passeios que estavam disponíveis quando fui. Recomendaria para quem quer fazer passeios sem precisar fazer trilhas ou ter um esforço físico grande, realmente tudo é bem acessível nos pontos turísticos, com construções que facilitam (e muito) o acesso de quem quiser ir. Se você é mais aventureiro e gosta de tudo meio roots, gosta de fazer trilhas e ter muito esforço pra chegar em algum ponto turístico, talvez esse não seja o lugar ideal para você, mas de verdade, vale muito a pena, porque é muito bonito e pouco conhecido ainda, então, apesar de toda estrutura e facilidade, os lugares são bem conservados e bonitos. Aliás outro ponto é que todos os passeios são pagos, quase nenhum deles é de graça, são todos propriedades privadas, eles cobram uma taxa que varia de 20 a 100 reais, dependendo do lugar, então além de guia, você terá gastos com os passeios também. Vou detalhar cada dia explicando o que fiz, preços e minhas impressões de cada passeio, vou separar e detalhar a parte de transporte e hospedagem que é o que deve interessar a maioria de vocês. Transporte Fui de ônibus saindo de Imperatriz até Carolina, a única viação que faz esse trajeto é a JR4000 (https://www.jr4000.com.br/ ou Whatsapp 9999344000) a passagem custava 30 reais, é a forma mais barata de se chegar lá, alguns guias ou companhias fazem transfer de Carolina até Imperatriz, mas era um custo muito elevado, se não me engano era algo em torno de R$1.000,00 ida e volta, rachando em 5-6 pessoas talvez não fique tão caro assim, porém estava sozinho então a melhor opção foi e é o ônibus. O ônibus sai da nova rodoviária, você consegue embarcar lá ou na velha rodoviária onde fica o guichê da JR4000, eu peguei o ônibus na velha rodoviária e foi bem complicado, você não tem nenhuma indicação se o ônibus está atrasado ou não, porque é um horário estimado e o destino do ônibus na verdade é Balsas, ele para em Carolina, porém também não sabia disso, porque não encontrei em nenhum lugar essa informação. Entrei no ônibus e perguntei para os passageiros se o ônibus pararia em Carolina, não souberam responder, então perguntei ao motorista que me confirmou que sim. A viagem dura cerca de 4hrs, o ônibus da JR4000 é extremamente confortável, ar condicionado funcionado bem, com bom espaço, tive sorte de ir sozinho, então tinha o assento do lado livre. Eu peguei o ônibus das 18:00 que chegaria em Carolina as 22:00, há outras opções de horário, as 6 da manhã e às 10. Na viagem você passa pela cidade de Estreito, onde há a única parada antes de Carolina, lá você pode comer algo ou ir no banheiro (caso queira pagar pra ir no banheiro, eu usei o do ônibus mesmo). Eu não dormi na viagem, porque o motorista não avisa que chegou na cidade ou algo do tipo, ele abre a porta e você sai, então fiquei olhando no mapa a cada meia hora para se ver se estava próximo, quando vi a placa de Carolina, já arrumei de pegar minhas coisas e descer. Aliás se você der a sorte que eu dei, consegue ver a Chapada das Mesas de noite, vi em um dia de céu aberto todo estrelado, com a luz da lua, coisa linda de se ver, eu fiquei na janela e fiquei animado para o que veria nos dias seguintes. Na cidade de Carolina em si não há nenhum ônibus, é uma cidade pouco estruturada, por ser pequena, as pessoas fazem tudo a pé ou de bicicleta/moto. Então caso você vá de ônibus, a rodoviária fica na entrada da cidade, longe de todos os hotéis e do hostel da cidade, o meu ficava 20 minutos andando, peça para seu guia te levar até o hostel, o Silvio (meu guia) se ofereceu para fazer isso sem eu pedir, acho que eles já sabem que é difícil para quem vai de ônibus e já ajudam desde o início. Hospedagem A cidade de Carolina só tem um Hostel, é o Hostel da Cris (https://www.booking.com/hotel/br/pousada-dos-amigos-carolina.pt-br.html ou 66 81153913), fica perto do centro da cidade, bem localizado, tem um supermercado na rua de trás, opções de restaurantes e perto do Rio Tocantins, onde há um passeio de barco também. Eu paguei R$ 45 a diária no hostel em um quarto compartilhado, você ainda tem direito a um café da manhã, com pão, ovos, suco e café, bem simples, mas de super valia numa viagem. O hostel também é uma cacharia, então você pode aproveitar as cachaças que a Cris faz e vende. A estrutura do hostel é muito boa, você tem um bom espaço aberto, os quartos são bem limpos, todos tem ar condicionado (para aguentar o calor maranhense), banheiros limpos e uma cozinha com o suficiente para você se virar e cozinhar, caso queira. É um lugar muito agradável, fiquei muito feliz pela recepção, pessoas e pelo local. Há outras opções, todas mais caras, de hotel ou pousada, caso esteja fazendo uma viagem de mochileiro como eu, escolheria o hostel da Cris, Ela é muito prestativa e foi graças a ela que encontrei meu guia na viagem e consegui baratear os custos dos passeios, já que na internet só tinha visto duas opções que são a Cia do Cerrado e o Vale da Lua, que são as principais, porém mais caras agências, na próxima seção explico bem pra vocês a parte dos guias, da necessidade ou não em alguns casos. Guia O meu guia foi o simpático e ultra prestativo Silvio (https://www.instagram.com/tripchapadadasmesas/?hl=en ou 9981981860), ele é um "cabra" local, um cara muito gente boa e extremamente prestativo, é de Carolina mesmo. Ele fez o melhor preço e conseguia fazer todos os passeios que queria, fiz 6 dias de passeio, que foram R$960,00 no total. Eles são todos unidos e caso não consigam te atender, recomendam um amigo que também é guia para fazer os passeios com você. Eu recomendo o Sílvio, porque ele é uma pessoa de um grande coração e quer que você tenha a melhor experiência possível, ele não tem medo de se molhar, é um guia que vai entrar com você nas cachoeiras e, aliás, ele tem uma futura carreira como fotografo, porque tira umas fotos incríveis. Silvio se lembrará de mim como o japonês fofoqueiro que queria fazer trilhas e ele ficou achando que era um grande atleta hahaha Fechei o roteiro com o Silvio por Whatsapp, foram 6 dias de passeios do dia 25 ao 30 de Outubro, ele me buscou e deixou no hostel todo dia, além dele ter me buscado e levado até a rodoviária quando cheguei e quando estava para voltar para Imperatriz, todos os guias tem um 4x4, que é realmente necessário para chegar em alguns dos passeios, explico cada dia com mais detalhes nas seções abaixo, os passeios foram: 📍1 dia 25- Trilha do bananal + cachoeira da mansinha 📍2 dia 26 - Cachoeiras de São Romão e Prata. 📍3 dia 27 - Morro do Chapéu e cachoeira gêmeas do Itapecuru. 📍4 dia 28- Poço Azul e encanto azul 📍5 dia 29 - Complexo de pedra caída. 📍6 dia 30- Aldeia do Leão e cachoeira do talho e dodo Caso você viaje sozinho(a) e tenha um tempo limitado de viagem, sugiro que faça inteiramente com os guias, todos os lugares se recomenda ter guias e são de difícil acesso, porque a cidade de Carolina não tem nenhum transporte que te leve nos passeios ou perto deles, por isso você vai com os guias, caso esteja só ou com mais uma pessoa, ou caso vá com mais gente (ou seja extremamente rico(a)), alugue um carro no aeroporto, você conseguiria acessar boa parte dos passeios tendo um carro, porém muitos deles você ainda precisaria de um guia. Dia 1 Imperatriz (domingo) Vamos lá, eu peguei um vôo de São Paulo até a cidade de Imperatriz (cidade da fadinha do skate, Rayssa Leal), a viagem demora em torno de 3hrs, foi super tranquilo, saí de Cumbica as 8:20 e pouco antes das 11:30 já estava saindo do aeroporto de Imperatriz, fui em um domingo. Se você procurar coisas pra fazer em Imperatriz, vai ver que a cidade não oferece muitas opções pra quem vai passar manhã/tarde. Eu optei por usar um 99, estava com bons descontos e descobri que os motoristas de aplicativo usam muito a 99, há opções de moto taxi também. Como falei, não há tanto para fazer em Imperatriz, definitivamente não é uma cidade turística, o roteiro que sugiro é um almoço no beira rio, com alguns restaurantes na margem do Rio Tocantins, o lugar é lindo, se você for em épocas de mais seca, se forma uma praia de água doce. Todos os restaurantes são caros para uma pessoa apenas, eles cobram em média R$60 num almoço simples para uma pessoa, achei caro e perguntei para o garçom de um desses lugares onde conseguiria almoçar barato, tem um trailer de comida no fim da rua com um almoço honesto e bom, paguei R$20,00 e tomei uma cerveja, porque faz um calor que nunca senti na vida lá. Conversei com o dono do lugar e ele disse que nos finais de semana tudo fica fechado, só o shopping fica aberto, então naquele período que estava não encontraria nada aberto, o que percebi pela falta de movimento das ruas e lojas. Eu não fiz o passeio até o Tocantins de barco, mas algumas pessoas do Hostel que fiquei em Carolina fizeram e recomendaram, é um passeio que custa em torno de R$50, pelas fotos que me mostraram e vi por aí, me parece valer a pena. Imperatriz neste horário de manhã e tarde pode ser bem perigoso, tome cuidado, como disse, tudo estava fechado, por recomendação do dono do restaurante, andei com um local pelo beira rio (porque queria ver como era), então ninguém tentou me assaltar/roubar, porém vi que antes disso tinha um cara me seguindo, além disso falaram para tomar cuidado com grupos de homens que andam juntos e fazem arrastões (vi um grupo deste andando), depois de andar todo o beira rio, fui no único lugar aberto na cidade, já que nenhum outro ponto turístico estava aberto, então fui ao shopping e assisti um filme lá no cinema, comprei comida para levar no ônibus e jantar. Fiquei perto do ponto de embarque bebendo uma cerveja em um boteco de rua até a hora do embarque. Como disse na seção de transporte, foram 4 hrs de viagem, chegando em Carolina, mandei uma mensagem para o Silvio que me levou até o Hostel, já tinha jantado, então chegando lá tomei um banho e dormi. Dia 2 (Trilha do bananal + cachoeira da mansinha) Já fui fazer uma trilha logo no primeiro dia, é a trilha mais legal que fiz em termos de vista, é bom ter um preparo físico mínimo, se você pratica esportes não deve sofrer muito, caso não, pode ser um pouco difícil, pois ela é descampada em um trecho e também é uma subida. Fizemos a trilha com 40 graus, estava um sol muito forte, o próprio Silvio disse que estava com muito calor e nunca tinha feito a trilha nessas condições. A trilha em si não exige tanto, mas como disse o calor é o que torna difícil, leve muito protetor e bastante água, não existem pontos de água lá, recomendo usar aquelas camisas longas de UV também. Há 7 mirantes nessa trilha conforme você vai subindo, consegue ver algumas formações e também o Morro do Chapéu, ponto mais alto das Chapadas, é realmente de tirar o fôlego. A trilha em si não é longa, fizemos em cerca de 3 hrs ida e volta, parando para tirar fotos, descansar. A trilha é de graça, portanto se você quiser ir conseguiria ir sem pagar nada, porém a trilha é muito mal sinalizada e o trecho do bananal (sim, tem um bananal na parte de cima do morro, onde a terra é mais fértil) é quase impossível de se localizar, mesmo usando um wikiloc da vida, o bananal muda o tempo todo, Silvio contou que ja foi buscar umas pessoas que se perderam lá e imagino que realmente possa acontecer, não é nada fácil de se localizar lá. Depois de irmos em todos os mirantes, descemos até o portal das chapadas (você já deve ter visto pelas fotos, é uma formação de arenito com um buraco no meio onde as pessoas tiram fotos), descemos por lá então pagamos 20 reais na porteira do mirante da chapada. Saímos de lá e fomos almoçar na Ivone, que serve uma comida muito saborosa, com opções de galinha caipira, peixe frito ou carne de sol, todas são ótimas, além dela preparar um suco de goiaba incrível. Se vocês forem com o Sílvio, com certeza algum dia ele irá comer lá com vocês, vale super a pena, se não engano um PF é 30 reais, você sairá feliz e satisfeito (a). Fotos de algum dos mirantes e do mirante da chapada das mesas Pegamos o carro e fomos até a cachoeira da mansinha, também para entrar é R$20, é uma cachoeira bem pequena, mas super boa de ficar banhando tranquilamente, vale a pena de ir. Aliás as águas das cachoeiras do Maranhão não são frias, são super boas de entrar e ficar lá tranquilamente. Não tirei fotos, mas é uma cachoeira pequena, não tem uma queda acentuada, é realmente boa se você tiver com pouca gente e quiser se banhar e aproveitar uma tarde. Voltei para o hostel e comi em um lugar na mesma rua do hostel, é o churrasco do Picolé, você paga R$25,00 (aceitam cartão, dinheiro ou pix) e come um PF com arroz, feijão, vinagrete, farinha e uma carne de sua escolha, nesse dia comi o de carne, mas em outros dias comi de coração de gado (boi) e de lingua que estavam muito bons, também eles tem suco de cajá e de cupuaçu. E o espeto é muito grande, vem muita comida, muita carne, nem se compara aos espetinhos que conheço aqui de SP. Dia 3 Cachoeiras de São Romão e Prata. Esse é o passeio que você definitivamente precisa de um guia para fazer, o acesso é muito difícil, sendo necessário um 4x4, você entra por dentro do parque, faz uma viagem de cerca de 2hrs de carro para chegar até as atrações, a primeira que fui é a Cachoeira da Prata que é bem bonita e imponente, são duas quedas d`água, você consegue ver as duas de frente, tem um ponto de banho onde você consegue ficar tranquilo, pode ir nadando até uma outra parte para ver a outra queda, tem uma corda que você pode ir segurando caso não saiba nadar, é bem tranquilo, um lugar super bonito. A taxa para ir na Cachoeira da prata é de 30 reais, vale super a pena porque é realmente legal, a água não estava tão clara, porque tinha chovido uns dias antes de eu ir. Almoçamos la no restaurante da cachoeira da Prata e também foi 30 reais, com opções de peixe, galinha caipira ou carne de sol. Depois disso fomos para a Cachoeira de São Romão, uma das mais legais da Chapada, também é 30 reais para entrar e você verá uma bela cachoeira com uma queda imponente, dá pra ficar banhando nas margens, é possível alugar um caiaque por 20 reais, que foi o que fiz, você consegue chegar bem proximo a queda, é bem legal e vale super a pena. Também é possível tirar fotos atrás da queda da cachoeira, o que é uma experiência de tirar o fôlego, na época que fui as andorinhas ficavam atrás da cachoeira e estava cheia de cocô, então tome cuidado para não escorregar caso vá nessa época. Dia 4 - Morro do Chapéu e cachoeira gêmeas do Itapecuru. Depois de um dia só de cachoeiras para se recuperar da trilha do primeiro dia, fizemos a trilha mais conhecida, a do Morro do Chapéu, é o lugar mais alto do parque, o acesso é feito por uma estrada de terra, o Silvio nos deu luvas, porque em um trecho íngrime era necessário usá-las para segurar uma corda e subir. A trilha em si foi tranquila, fizemos em cerca de 40 minutos até o topo, porém já que é só subida, pode ser difícil caso não tenha um preparo físico. A história do Morro do Chapéu é interessante, houve um confronto entre os indígenas locais (os Timbira) e a Coluna Prestes no Morro do Chapéu, depois o povo Timbira fugiu e se separou em alguns outros povos, o que você terá contato é o povo Krahô, que você terá contato na Aldeia do Leão, a história deles, eu aprendi toda lá e com uma turista que estava nos passeios das cachoeiras da Prata e São Romão, ela era uma pesquisadora da Federal que fica em Imperatriz, estudava a história dos Krahôs e a relação com a Chapada das Mesas, então tive essa sorte, ela me passou um material que li na volta então aprendi mais sobre as histórias deles, vocês conseguem achar um pouco da história deles na internet lendo algum artigo científico. A vista do Morro do Chapéu não é tão incrível como o da trilha do Bananal, porque no bananal você vê o morro do chapéu que é o ponto mais alto, já do Morro do Chapéu você está no ponto mais alto, vê em volta um pasto e do outro lado algumas outras formações, porém é um lugar cheio de história que você precisa ir. Depois fomos novamente na Ivone almoçar, saímos para as cachoeiras gêmeas do Itapecuru, lugar onde havia uma hidrelétrica antes, a cachoeira em si é bem legal, porém todo o entorno dela é decepcionante, fizeram um complexo com um prédio ao lado, é todo cimentado, até a parte de entrar na água, se você gosta mais da natureza em sua forma mais bruta possível, com certeza irá se decepcionar com esse passeio, a entrada é 25 reais, você tem um serviço de restaurante, podendo pedir porções e bebidas lá. De novo, a noite a cidade não oferece muitas coisas, há sorveterias que você pode provar sabores do Cerrado, há alguns botecos e restaurantes também, as pessoas se reunem no centro da cidade, na praça. Então é bem tranquilo, não espere agitação ou coisas do tipo. Dia 4 - Poço Azul e encanto azul Depois da trilha, novamente fomos em passeios de água, esses dois lugares do dia são mais caros, você irá gastar 100 reais nos dois passeios, porém são dois lugares lindos, com uma água azul que nunca tinha visto antes na minha vida. As duas atrações ficam na direção de Riachão (Sentido contrário de Imperatriz), primeiro fomos no Encanto Azul, passamos a parte da manhã lá, saindo do hostel umas 8, o encanto azul é realmente muito bonito, você tem um período que entra luz e faz com que a água tenha um azul incrível, porém esse sol é das 11 às 12, é tranquilo de nadar, caso você saiba, se não há opções de alugar coletes também. É um lugar que dependendo da época que você for estará cheio de turistas, fui fora de época (época de chuvas) então estava mais vazio, além de ter mais dias disponíveis para passeio, evitei de fazer os passeios deste dia, assim como o do dia seguinte em finais de semana quando ficam lotados. O Poço Azul é um complexo muito bem estruturado, fica a uns 20-30 minutos do Encanto Azul, almoçamos lá e não foi uma boa experiência, a comida demorou 1h para chegar e não era barata, então perdemos um bom tempo nisso, minha sugestão é comprar um lanche numa lanchonete que tem no complexo, já falar com seu guia que você quer descer para o Poço, se você tiver em um grupo tente levar um lanche e comam no carro, combine com seu guia dele te levar até o poço, então você consegue aproveitar mais e talvez pegar o poço mais vazio ainda. O Poço também tem a mesma água que o Encanto Azul, um azul turquesa, além dele, tem uma cachoeira enorme, a maior do passeio, a Cachoeira de Santa Bárbara, ela tem uma grande queda, é difícil de nadar, mas realmente impressiona, porém não é a maior da Chapada, na Chapada existe uma cachoeira que os guias de Carolina não vão, fica em Riachão e é a cachoeira mais alta do Maranhão, a Cachoeira do Macapá, porém me parece que é perigosa, parece que há muitas arraias e é de difícil acesso. Porém caso você tenha mais tempo, dá pra ir até Riachão e tentar fazer o passeio com algum guia lá, com certeza existem opções e pelo que vi vale realmente a pena, porque é muito bonita. Dia 5 - Complexo de pedra caída. Esse foi o dia de conhecer o complexo da Pedra Caída, se você conversar com os locais vai saber a história de um sujeito chamado Pipes, é o dono de Carolina, ele é o dono de todas as balsas da cidade, além de outros locais, é um idoso extremamente rico, ele manda e desmanda na cidade, é o dono desse complexo ecoturístico, também é dono de vários estabelecimentos na cidade de Carolina. É uma figura que anda com trajes simples, você irá vê-lo andando por aí de bobeira, é um cara excêntrico com uma história pouco contada. Esse e o dia anterior foram os dias que mais gastei dinheiro, também gastei mais de 100 reais aqui, se paga para entrar e se paga para entrar em cada passeio, absolutamente tudo é pago, você irá gastar em média uns 120-150 reais comendo e fazendo pelo menos dois passeios, sendo o único que você precisa ir de fato é a Cachoeira do Santuário, a cachoeira mais bonita que vi na vida. Você consegue ir de carro, caso esteja de carro, dá pra pagar menos, você pode só comprar o passeio para o Santuário, ir e voltar, pagando 70 reais. Em todos esses passeios fica alguém do Complexo controlando o tempo, então não espere ficar o tempo que quiser, porém é o tempo necessário para você aproveitar bem. Fomos na Cachoeira da Capela e da Fumacinha primeiro, não tem nada demais, depois de ver algumas cachoeiras você começa a se impressionar menos. E ai fomos para a cachoeira que realmente me impressionou, sem dúvidas é a mais bonita que vi na vida, é uma cachoeira dentro de uma caverna, antes você passa por um cânion, é de cair o queixo, você sai de lá impressionado, porque é uma das coisas mais bonitas que vai ver na vida, impressiona demais. Você consegue se apoiar nas cordas e ver mais de perto a cachoeira, é uma queda grande dentro de uma caverna, nunca vi algo assim, infelizmente não tenho fotos do lugar porque não tem como tirar foto, a luz é muito ruim e pela quantidade de água dentro da caverna fica difícil tirar uma foto que faça jus a tudo que vi, vocês ficarão sem fotos desse dia, mas te garanto que vocês precisam ir na Cachoeira do Santuário. Almoçamos no Self Service e o Silvio deixou a gente livre pra fazer o que quisessemos a tarde, por pagar a entrada ao parque, você tem direito a usar a piscina, porém eu não fui viajar pra ficar em piscina, então fiquei descansando nas redes, já que ficamos mais tempo lá na Cachoeira do Santuário, acabei almoçando quase às 15. Tem um teleférico que leva em uma pirâmide de vidro em um morro que faz parte do complexo, não fiz esse passeio porque estava ventando muito, dá pra fazer esse mesmo caminho de trilha, porém não daria tempo. É o lugar com melhor estrutura no geral, os lugares em si tão bem preservados, porém todo o entorno é extremamente moderno. A noite comi no famoso Crepe, se você for viajar, com certeza alguém te falará do crepe, é realmente muito bom, eles fazem uma massa de crepe fina e tem diversos recheios, servem em um formato de wrap de cone, é muito saboroso, vale muito a pena ir lá, fui duas vezes, nesse dia e no dia seguinte também. Dia 6 - Aldeia do Leão e cachoeira do talho e dodo Esse era meu último dia, já que no mesmo dia teria o ônibus às 20 de volta para Imperatriz, no dia seguinte tinha o vôo as 10:30 para SP. As opções eram fazer o passeio de barco no Rio Tocantins, que custava 120 reais ou fazer mais cachoeiras e também a Aldeia do Leão. A Aldeia do Leão tem uma cachoeira pequena, porém o mais rico é você conversar com a dona, descendente Krahô, que preserva a história do seu povo e conta um pouco dela para os turistas. Para mim foi essencial ter ido lá para entender melhor da história do local, de como era a relação daquele povo com a terra e conhecer um pouco de história e costume, parte do que é a Chapada hoje, se você não se interessa tanto por isso e é mais voltado aos passeios em si, talvez não seja o lugar pra você. Depois fomos as cachoeiras do Talho e Dodo, que foram 40 reais, eu recomendaria você fazer esses dois passeios nos primeiros dias, são cachoeiras menores, legais também, mas depois que você viu lugares como São Romão, os poços azuis e a Cachoeira do Santuário, sua régua estará muito alta para cachoeiras e pouco te impressionará. Se você fizer antes e terminar no último dia indo em alguma dessas que falei, com certeza vai valer a pena. Cheguei umas 18 no hostel, já tinha preparado minhas coisas, tomei um banho, me troquei, fui até o crepe comer minha última janta em Carolina e chamei o Silvio para que ele me levasse até a Rodoviária, que fica na entrada da cidade, longe de tudo, já que não existe ônibus, ou você vai com seu guia ou vai a pé. A meia noite ja estava em Imperatriz, lá eu pensei em dormir no aeroporto, porém descobri que aos domingos o aeroporto fica fechado (segundo o google), não quis arriscar, então fiquei em um hotel barato, o Hotel Resende, chegando na rodoviária chamei um 99 e cheguei lá em 10 minutos, já que era muito tarde não quis ir a pé. Dia 7 Nesse dia eu usei só para voltar, como meu vôo era as 10:20, o hotel era 70 reais e tinha café da manhã, então acordei por volta das 8:30, tomei um banho e um café, que tinha muitas opções de comida, muito bem servido mesmo, deu para comer bem, achei que no fim valeu a pena, apesar do preço um pouco mais alto. Depois fui direto ao aeroporto, peguei meu vôo e cheguei às 13 em SP. Resumo A Chapada das Mesas é um lugar muito bonito e ainda pouco explorado, a cidade não tem preparo algum para receber o turista, talvez isso mude daqui uns anos, dependendo de quando você estiver lendo esse relato algumas coisas podem ter mudado já. É um lugar que os acessos são feitos quase exclusivamente de carros, seja você alugando ou estando com um guia, então acaba saindo um pouco caro para quem está acostumado a viagens que utilizam mais ônibus. Além disso, todos os passeios são pagos, é uma coisa brasileira de privatizar espaços naturais protegidos, então o título de Parque Nacional da Chapada das Mesas pode enganar se você pensar que é um Parque único que você paga um valor e tem acesso a tudo, sei que muitos parques são assim, mas para atender as expectativas é essa a situação. Se você não quer fazer muito esforço físico, é um lugar muito acessível, em que você pode ter nenhum trabalho para acessar os locais do passeio. Se você é um viajante mais roots que curte trilhas longas, não é o lugar que encontrará isso, porém é um lugar que vale a visita de qualquer forma. Caso vá sozinho(a), faça tudo com um guia, vai te facilitar muito a vida, se você estiver com mais de uma pessoa, faça as contas e veja se vale a pena alugar um carro, mesmo que ainda tenha que ter um guia em muitos dos passeios, isso com certeza barateia alguns custos que você vai ter. O período ideal para se viajar para lá é no período de seca, nos meses de inverno, onde você não corre o risco de pegar chuvas que podem deixar as águas turvas ou inviabilizar alguns passeios (como trilhas), se você quiser fazer todas as atrações o ideal é ficar no mínimo 6 dias em Carolina. A única mudança que eu faria é trocar a cachoeira de Itapecuru ou da Mansinha pelo passeio no Tocantins, de resto os passeios valem a pena, mudando a ordem para que sua viagem seja uma crescente nas atrações ou já tenha a expectativa das coisas que irá ver, para não ser menos interessante. Um fator que deixou a viagem mais legal ainda é o povo maranhense, todo lugar que fui me senti muito bem recepcionado, independente de onde fosse, é um povo muito alegre, que leva as coisas no bom humor e com um senso de ajuda muito grande, com certeza isso deixou a experiência ainda mais legal. Foi minha primeira viagem sozinho, então ela está marcada para sempre em minha vida, espero que vocês aproveitem e gostem de lá o tanto quanto eu curti. Me contem nos comentários o que acharam de lá e depois batemos um papo por lá do que acharam! Abraços e boa viagem!
  5. Buenas galera! Agora me animei em escrever relatos hehe e nada melhor que ensinar a turistar na minha cidade querida... Então não é necessariamente um relato de viagem já que moro lá (digo lá porque agora to longe, aqui na Bolívia), mas sim relatos dispersos de passeios por espaços naturais urbanos e também unidades de conservação do meu Portinho. Vamos passar por duas praias e dois morros: Lami, Ponta Grossa, Morro do Osso, Morro Tapera, e como extra por Itapuã (fica em Viamão, a cidade do lado). Começando pelo Lami. Assim como os demais lugares, fica na Zona Sul da cidade. Do centro histórico, ali no Mercado Público, se pega o bus 267 ou R47 Lami e pede pra descer na praia. Sim, Porto Alegre tem praia e se pode tomar banho! é uma linha de costa no Guaíba, nosso rio/lago, com uma faixa de areia e atrás a vegetação de restinga. Infelizmente, assim como por todos os lugares, tão querendo conceder pra iniciativa privada estragar com a conservação da natureza que os ambientalistas tanto querem proteger. Enfim, ali se pode caminhar pela orla, tomar um banho, comer um pastel, tem gente que acampa, nunca passei a noite ali mas adoraria. Aí tem o morro da Ponta Grossa. Pra chegar lá se pega o 171 Ponta Grossa até o lugar onde era o antigo retiro dos funcionários da Varig. Ali tem uma casa com um portão onde a entrada é gratuita pra trilha no morro, a não ser que tu esteja de carro, aí tem que pagar 10 reais de estacionamento. O morro tem algumas trilhas diferentes, dá pra subir até o topo do morro (não cheguei a ir ali) e também chegar na beira da praia. No início da trilha tem uma antiga pedreira. É tudo lindo o caminho no meio do mato, as pedras, do nada chegar na prainha da pg. O Morro do Osso é uma Unidade de Conservação, um Parque Natural Municipal. Se não me engano, a entrada é gratuita e tem alguns ônibus que chegam lá perto, melhor pesquisar melo app Moovit pra ver qual o melhor de acordo com o lugar onde tu tá. Dá pra agendar trilhas guiadas ou fazer elas por si mesmo. Nesse morro tu pode conhecer o que é a formação dos morros graníticos de Porto Alegre, que são o último vestígio norte do escudo rio-grandense chamado também de Serra do Sudeste. Essa formação é composta por morros graníticos com mata nas encostas e campos nativos no topo, cheios de rochas e gramas maravilhosas. Assim dá pra sentar lá no topo e ficar mirando o Guaíba de cima. Já o Morro Tapera é mais roots, esse tem que se virar sozinho. Tem várias entradas diferentes, só fui com amigos que sabiam o caminho e fomos de carro, então não sei explicar como chegar. Fica pertinho de Ipanema, então não é muito difícil. Tem um app de trilhas que é o Wikiloc onde vocês podem encontrar o caminho. É um pico seguro, tem gente da comunidade que sobe lá pra tomar um chima no fim de tarde dos fins de semana, mas por alguns dos lados o acesso é meio difícil por causa da degradação do solo. Igual rola, só tem que tomar cuidado, ir com o calçado adequado e tal, e as trilhas são fáceis de seguir, são claras, então rola não se perder e passear tranquilo. Nesse também se consegue ter uma vista panorâmica da cidade. O Morro do Osso tem uns 190m de altitude, enquanto o Tapera tem uns 250. Lugares mais altos são o Morro São Pedro, com 280, e o Morro Santana, ponto mais alto da cidade com 310m. Os dois são acessíveis mas o São Pedro tem que entrar em contato como Econsciência, que faz as trilhas, e o Santana dá pra ir sozinho mas dizem que é perigoso, então se entra em contato com o grupo Preserve Morro Santana que faz trilhas por lá. Como já disse, todos esses lugares são na Zona Sul, com exceção do Santana que é na Zona Leste. Morro do Osso e Morro Tapera são pertinho de Ipanema, que é tipo o início da ZS, enquanto a Ponta Grossa e o Lami estão mais pro extremo sul, se afastando cada vez mais do centro, inclusive por isso que é possível tomar banho no Guaíba. Agora o extra, saindo um pouco de Porto Alegre e chegando em Viamão, a cidade do lado. O pico é Itapuã. Partindo do centro, de pega o bus Viamão (um azulzinho) Itapuã Colônia ou Itapuã Praia das Pombas, custando cerca de 10 reais. Tem dois destinos possíveis (ou três caso tu tenha carro), um deles é gratuito e na comunidade e o outro é pago dentro do Parque Estadual de Itapuã. Na vila o destino pode ser a Praia de Itapuã ou a Praia dos Passarinhos, que eu nunca fui então não tenho muito o que comentar. Para o parque, que a entrada é cerca de 20 reais mas vale cada centavinho pela maravilhosidade. Tem a sede com um museuzinho e uma apresentação que conta a história do parque, que é muito interessante como um episódio importantíssimo da luta ambientalista na cidade. Aí tu pode escolher entre as praias, a última vez que fui tinha só duas abertas ao público, a Praia das Pombas e a Praia da Pedreira. Só fui na das pombas também porque é a mais perto pra quem tá a pé, mas dizem que a da pedreira é maravilhosa também. Além das praias, no parque se pode combinar com um guia comunitário pra fazer a Trilha da Visão, com custo extra de 10 reais. Até agora falei só das praias do Guaíba, mas em Itapuã também se pode ir além e chegar na Laguna dos Patos indo na Praia da Varzinha. Aí precisa ir de carro porque é mais longe e lá tem um camping que cobra 30 reais a entrada, mas logo ao lado do camping tem um portão que dá pra comunidade e é só pular que tu chega no mesmo lugar de graça e sem ninguém te incomodar, bem tranquilo. Outro pico maravilhoso que vale muito a pena, mas essa é uma praia pequenininha e costuma estar cheia de gente. Imagino que as duas praias da vila também tenham bastante gente, então pra quem curte sossego melhor ir nas que são dentro do parque ou no Lami, que tem uma costa bem grande e se quiser pode se afastar do pessoal. Já sobre os morros, são passeios mais tranquilos e com pouca gente. Nas fotos, em ordem: 3 no Lami, 3 na Ponta Grossa, 3 no Tapera, 1 na Varzinha e 1 na Visão. Espero que curtam os cantinhos naturais da Porto Alegre que gosto tanto! Qualquer coisa podem pedir, coisas específicas desses lugares ou rolês pelo centro também
  6. Ferrotrecking de Viana ao Pontilhão que Limita com Domingos Martins. Quarta dia 10 de Outubro resolvi continuar meu Ferrotrecking que eu parei fiz 35 km de Argolas até o Pontilhão de Viana onde passa a estrada para Baía Nova , nessa pedaço cheguei 13:30 parta ir pelo menos até o Pontihão que Limita com o município de Domingos Martins andei por umas Duas Horas e quinze Segundos. Passando Por Lugares maravilhosos, aspectos da Ferrovia muito legal como Vales, Precipícios e Lugares com Rochas Saindo Água show demais. Passando por Fazendas e Areas Rurais muito lega a Ferrovia bem cuidada nesses trechos muito bom de caminhar só prestar Atenção mesmo nas Pedras para não Dá Torção. Vamo que Vamo Aqui Começou entrarmos na área alagada mais não tive problemas por caminhar pois era só do lado. nesse ponto muito bonito a paisagem avistei uma família de Falcões ficaram olhando para min enquanto eu seguia nesse trecho vi muito macaquinhos Saguis também nessa parte a linha se cruza com uma estrada chamada de Peixe Verde Zona Rural de Viana Baia Nova mais 300 mts essa curva eu apreciava as fazendas do Lado esquerdo com suas plantações e suas fontes de criação de peixes partir daí já não via mais casas só eu e a mata e o Rio Jucu que começa aparecer mais na frente apareceu essa porteira com uma trilha para essa Paróquia aí eu só registrei mesmo passei direto. chegando perto das fontes e das Bicas De Águas olha o Rio Jucu perto perfeitíssimo Nesse Trecho encontrei Águas Mineirais saindo das Rochas pelo longo da Ferrovia e também uma bica de água mais na frente do qual experimentei a água e tava uma delicia de´pos dessa parede de Rocha mais 600 mts eu chegaria no Pontilhão que limita os Municípios de Viana com Domingos Martins. chegada no Pontilhão show demais foi muito legal depois retornei de volta para viana e Gastei mais duas horas chegando em Viana do ponto de partida umas 16:50 . prometi que ia retornar no Feriado do Dia 12 para seguir até Marechal por 31 km na Linha Férrea.
  7. ***RESUMO DOS GASTOS*** Moeda: Pagamos R$1 = 0,32 rands (trocamos R$4000) Cotei no site melhorcambio, fiz oferta e a casa de câmbio que aceitou fez tudo por whatsapp e entregou o dinheiro na minha casa. Custos (pagos antes da viagem): Passagens: R$4254 pela Taag Angola (não gostamos do atendimento, das aeronaves e do aeroporto em Luanda) Aluguel do carro + seguro: R$832 (+R$53 de IOF) pelo site Rentalcars com a locadora First. AirBNB e hostel: R$2094 (+R$14 de IOF) TOTAL: R$7247 Combustível (como "regra" tentamos abastecer sempre que chegava a meio-tanque): Bredasdorp: R310 Plettenberg Bay: R358 Addo: R417 Oudtshoorn: R417 Stellenbosh: R357 Aeroporto: R315 TOTAL: R2174 (aproximadamente R$600) por 2800km rodados com o carro. Pedágios: Chapmans Peak Drive: R47 Tsitsikamma toll plaza: R53 Tunnel toll plaza: R39,50 TOTAL: R139,50 (aproxidamente R$44) Clima: nos primeiros dias fez 16ºC durante o dia. Como no outono em São Paulo, de manhã e à noite esfria, tendo feito uns 11/12ºC, chegando a 30ºC durante o dia. Se você também for em março, prepara-se para grandes variações de temperatura. Dia 11 - Chegada Saímos de SP no dia 10/03, depois de 8h+- de vôo fizemos escala em Angola (não recomendo - aeroporto pior que rodoviária, sem wifi que funcione, sem nenhuma rede de fast-food "conhecido", não aceita cartão de crédito em lugar nenhum, só dólar ou euro se você quiser comer algo e embarque extremamente bagunçado [a nível de conhecimento, não deixaram o pessoal que ia entrar na sala de embarque destino SP porque ainda estava cedo, mesmo sendo o horário que constava no nosso cartão de embarque, mas chamaram todos que iam para Joannesburgo e vejam só... entramos no avião e a galera pra Joannesburgo ainda estava lá na sala de embarque esperando o avião que não tinha pousado!]). Chegamos em Cape Town no dia 11/03 no início da tarde e no aeroporto mesmo compramos um cartão do Myciti de viagem única até nosso destino final por 100ZAR cada (que no final saiu mais caro que pegar um táxi e dividir por 2 o valor). Disseram que estavam sem sistema e por isso não conseguimos comprar o cartão recarregável, apenas quando desembarcamos na estação Civic Centre para conexão é compramos por 35ZAR cada cartão e carregados com 300ZAR cada um (um exagero, descobrimos depois que não usamos nem 80ZAR cada um). Aluguei um AirBNB no centro da cidade (11 a 18/03 por R$961 https://www.airbnb.com.br/rooms/5301821) e descemos na estação Adderley, bem pertinho. O custo-benefício foi incrível! Era muito perto de tudo, há uns 20min de caminhada de Waterfront, barato para pegar Uber e fácil para o transporte público. O único ponto negativo é que por ser centro, à noite fica bem deserto e nos recomendaram muito não andar por ali a pé, sempre pedir Uber para ida e volta por questões de segurança. Nesse dia, apenas andamos ali perto do apartamento e jantamos no KFC (que tem milhares de lojas espalhadas pela África do Sul, nunca vi tanto!) e não recomendo! Fomos no que conhecíamos achando que seria menos erro e acabamos nos arrependendo. Dia 12 - Walking tour Nossa prioridade era o hiking para a Table Mountain, mas como conseguia visualizá-la do apartamento e a previsão do tempo era de dia nublado, decidimos fazer o walking tour que funciona com gorjetas ao final de cada tour e tem saída de frente ao Motherland Coffe Company, que era bem perto do nosso apartamento. O primeiro tour que fizemos foi o Historic City Tour que sai às 11h e termina no Green Market Square, um lugar onde você pode comprar suas lembrancinhas e artesanatos, mas precisa pechinchar MUITO! Nas lojas ao arredor dessa praça e mesmo ao lado do Motherland Coffe Company você encontra os mesmos produtos e por preços mais em conta, então não caia na lábia dos vendedores e pesquise antes de comprar o que você quer. Bem ao lado da praça temos o Food Lovers Market, super recomendado no tripadvisor e que tem uma variedade muito boa de lanches e buffet self-service. Almoço para 2 + 1 Coca saiu por menos de ZAR100 e a comida é bem boa (tirando o arroz deles que parece ser cozido só em água, sem tempero algum). Esse foi nosso tour preferido e fica mais fácil enxergar o país com outros olhos quando você conhece um pouco de tudo o que aconteceu. Aproveitando a vibe da caminhada e a proximidade, resolvemos sair no tour das 14h com a mesma empresa para conhecer o bairro Boo Kaap. Gostamos menos desse tour apesar de toda a história, mas é um bairro bem famoso pelas casinhas coloridas e valeu o passeio. Continuando na empolgação, decidimos esticar até Waterfront e paramos no V&A food market, mercado com muitas opções e preço justo e depois fomos até o prédio African Trade Port que têm lojas de lembrancinhas e artesanatos, e acredite, pagamos mais barato aqui do que na feira de rua que tínhamos ido na hora do almoço. Perambular pelo Waterfront e ver o sol se pôr por ali é uma delícia! São muitos artistas de rua fazendo apresentações, muita gente de todo lugar do mundo e uma vista linda da Table Mountain. Dia 13 - Aquário, Waterfront e Robben Island Como a previsão era de tempo nublado novamente, caminhamos até Waterfront para comprar os tickets de Robben Island e só tinha ida para às 15h (chegamos era umas 9h na bilheteria) e pagamos 360ZAR cada um. Aproveitando o tempo livre, fomos para o Aquário (175ZAR cada ticket), gastamos umas 2h30min lá e gostamos demais! Almoçamos no shopping Waterfront mas não lembro o que comemos além do Cinnabon e se você não sabe o que é isso, você precisa conhecer! Partimos para Robben Island numa viagem que demora uns 30min. Lá fomos recebidos em ônibus que fazem pequenos tours na ilha enquanto um guia explica e ao final desse mini tour somos deixados com o guia que nos mostra a prisão por dentro. A maioria dos guias são ex-detentos de Robben Island, como foi conosco. Entretanto, nos foi dito que estão treinando novas pessoas, já que os guias são pessoas de mais idade, para no futuro ter quem continue passando a história adiante. E que história! Além da visão linda de Cape Town que se tem até chegar na ilha, a história é tão viva, tão recente e tão triste que eu não tenho nem como descrever. Em determinados momentos do relato do nosso guia eu só tive vontade de chorar pensando que o Apartheid terminou depois que eu já tinha nascido e que os negros, principalmente, ainda sofrem as consequências de tudo isso. Vale cada dinheiro que pagamos para ir conhecer! Dia 14 - Kirstenboch Botanical Garden e Table Mountain Finalmente o dia de subir a montanha! Decidi fazer a trilha que inicia no Jardim Botânico porque 1-a ida seria diferente da volta e 2-gosto de jardins botânicos! rs Pedimos um Uber até lá (R$30) porque o Myciti não tem ônibus até lá. No site ele mostra outras formas de chegar, mas preferi evitar a fadiga. A entrada para o Jardim custou ZAR70 cada e como lá é grande demais, escolhemos ir na parte das Proteas, flores típicas e lindas da África do Sul e conhecer o Tree Canopy Walkway, as famosas passarelas acima do nível das árvores (linda visão, mas bem menor do que eu imaginava). De lá, iniciamos a trilha Skeleton Gorge rumo à Table Mountain. O único relato que eu li sobre essa trilha foi no blog http://www.adreamoverland.com/blog/table-mountain-via-trilha-skeleton-gorge-cape-town/ e confesso que achei bem pior do que ela relatou. P.S.: Nós fizemos de tênis todas as trilhas, mas me arrependi horrores de não ter levado bota e recomendo que você não faça como eu! Vá com botas de trekking que elas facilitam muito! Ponto positivo: a trilha é auto-guiada, fácil de localizar (pelo menos no início) e tem no Google Maps, então qualquer dúvida, é só abrir no celular e ver se você está no tracejado da trilha por lá (fizemos isso algumas vezes, principalmente quando estávamos chegando no topo, quando a trilha estava mais difícil de enxergar e a vegetação um pouco alta). Só não esqueça de fazer o download da área no Google Maps para conseguir usar offline caso não compre chip de internet. A trilha começa no meio da mata o que é ótimo para proteger do sol e não tão ótimo quando pensamos em animais! rs O início é basicamente percorrendo o lado de uma pequena cachoeira, mas o negócio vai ficando íngreme e mais íngreme e o solo vai molhando por causa dessa pequena cachoeira que às vezes cruza a trilha e em determinado momento você precisa de uma pequena escalaminhada nas pedras dessa cachoeira para prosseguir, além de alguns trechos terem umas escadas de madeira enormes para subida. Até o final da "Skeleton Gorge" nós levamos 1h30. Lá tem uma plaquinha sinalizando as outras trilhas e rumos que você pode ir (inclusive uma que passa por um lago) e seguimos a subida em direção ao Maclears Beacon. Até esse ponto, encontramos pouquíssimas pessoas (contei apenas 10 que nós ultrapassamos ou que passaram por nós) e o que parecia uma subida interminável, acabou com mais 1h+- de caminhada e 5,5km até esse ponto (segundo smartwatch da MiBand) e não se engane, são 5,5km de lindas vistas, porém foram possivelmente os piores da minha vida. Chegamos no Maclears Beacon e paramos lá uns 30min para almoçar, tirar fotos e apreciar a vista. Mas... Ainda falta um tanto para chegar no bondinho ou no café que tem lá perto. Gastamos mais 1h (~2,6km) até o café, onde paramos para usar o banheiro e comprar bebidas porque a subida praticamente acabou com toda nossa água. Mais um tanto de fotos e vistas bonitas por lá e iniciamos a descida pela trilha Platteklip Gorge, a mais conhecida e também recomendada lá (algumas trilhas necessitam de equipamentos de escalada/segurança) e meu Deus, que bom que nós só descemos essa trilha, porque subir por ela deve ser ainda pior do que pelo jardim botânico! Várias pessoas que subiam nos pararam para perguntar se faltava muito para chegar ao topo e uma moça estava quase desistindo, até que meu marido disse que lá tinha um café e que ela poderia descansar tomando alguma bebida/comendo e ela se animou. Essa trilha é basicamente uma subida/descida íngreme, com terreno extremamente pedregoso (nunca senti tanta falta da minha bota de trekking) e por isso bem perigoso e fácil de escorregar, além de ter poucos lugares com sombra. Gastamos 1h30min só descendo (+-7km segundo MiBand) e resumindo: só suba por essa trilha se seu condicionamento físico estiver em dia e vá preparado com muita água e cedinho, já que são poucos lugares com sombra. De lá, ainda caminhamos na estrada até chegar no Lower Cable Station, onde um shuttle gratuito do Myciti passa e te deixa na parada Kloof Neck onde você pode pegar as linhas de ônibus que vão até o centro de Cape Town. Paramos numa Debonairs Pizza (duas pizzas grandes por 129ZAR) próxima ao nosso apartamento, pegamos para viagem e levamos para comer por lá e descansar. Resumo 2 - se você tiver dinheiro sobrando, recomendo que suba e desça de bondinho. Você pode caminhar lá em cima e pegar alguma trilha menor por lá para apreciar diferentes visões da cidade. Dia 15 - Lion's Head e praias Tempo bom e mais um trekking! Pegamos a linha 107 do Myciti na Longmarket Street, descemos na parada Kloof Neck (a mesma que leva à Table Mountain) e seguimos para a Lion's Head. O início da trilha é bem no começo da estrada (também possível de ver no Google Maps) e boa parte da trilha não tem sombra. Ela foi relativamente fácil, gastamos 1h30min para subir e 1h para descer num percurso de ~7km ao todo. Entretanto, apesar de "fácil", achamos um tanto perigosa, porque em vários trechos você fica basicamente à beira de precipícios e não há corrimão ou qualquer corrente de segurança no caminho. Em um determinado momento, você pode escolher pelo caminho fácil (por pedras) ou subir com emoção um paredão com cordas e grampos presos para auxílio. Decidimos pelo caminho fácil (e recomendado segundo as plaquinhas), mas na volta perdemos esse caminho e tivemos que descer essa parte pelas cordas e grampos. Gostaríamos de ter ido na Wally's Cave, mas vi no Google que ela foi fechada permanentemente e que existia fiscalização e multa, então nem arriscamos. A subida da trilha é um 360º pela montanha, então antes mesmo de chegar no topo já é possível ver todo o arredor. A vista das praias e dos 12 apóstolos foi a minha preferida. No mesmo ponto de ônibus que descemos, pegamos a linha 107 e descemos em Camps Bay. Que praia gostosa! Andamos até o canto direito dela, onde você tem uma vista melhor dos 12 apóstolos e se tiver sorte, consegue uma sombra entre as pedras (o sol estava ardido demais!) A água dessa praia faz jus à fama que tem e eu não consegui nem andar na beira da água porque meus pés ficaram dormentes super rápido de tão gelada que é! Vimos poucos corajosos entrarem e o calor nesse dia beirava 30ºC. De lá, pegamos a linha 108 e descemos em Clifton 3trd, que nada mais é do que uma praia dividida por grandes pedras e por isso eles chamam de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª. Água igualmente gelada e praias lindíssimas! Amamos! Voltamos com a linha 108 até Adderley, próxima ao nosso apartamento. Dia 16 - Walking around Esse dia era destinado à Devils Peak e Woodstock Caves, mas como tivemos que mudar a ordem do roteiro nos primeiros dias por conta do tempo nublado, todos os trekkings ficaram nos últimos dias e resolvemos pegar leve e deixar esse de lado (tinha lido relatos de que devils peak era o menos impressionante dos 3) já que as dores musculares se intensificaram depois da Lion's Head. De manhã, nós saímos andando pelo centro da cidade sem destino certo. Almoçamos no Eastern Food Bazaar, bem famoso pelo excelente custo-benefício e as porções ofertadas são gigantescas! Nós não demos conta dos pratos que pedimos e acabou sobrando muita comida. Como não tínhamos muito o que fazer, pegamos o ônibus e fomos até Waterfront, onde descemos e fomos ver o estádio que sediou alguns jogos da Copa do Mundo. Continuamos a caminhada até o Green Point Park, um parque muito bonito e agradável, com campo de golfe e uma linda visão para o estádio. Saímos em frente ao Greenpoint Lighthouse, um farol super fotogênico e voltamos para Waterfront beira-mar por See Point Promenade. Jantamos no V&A e ficamos por lá curtindo os artistas de rua e a visão da Table Mountain. Dia 17 - Cape of good hope, Boulder beach, Muizenberg beach Andamos cedinho até a First, locadora de carros onde já tinha reservado e pago um categoria mini. Não pediram habilitação internacional, apesar do meu marido ter tirado para essa viagem. Fizemos a inspeção do carro, explicaram algumas coisas e hora de dirigir! Meu marido ficou como motorista principal porque li muito a respeito da polícia da África do Sul e ele foi o único que tirou a PID, então preferimos não arriscar. Foi bem díficil dirigir em mão inglesa, uma tensão constante se estava no lado certo da pista, as conversões, a seta do lado contrário... mas depois de um tempo fica menos ruim! rs Para essa viagem, baixamos os mapas offline do Google Maps e usamos como GPS. Não tivemos problemas quanto à isso. Nossa ideia era pegar a Chapmans Peak Drive, uma rota com lindas vistas da praia (joga no google e veja por si só), mas o tempo estava super nublado e acabamos não vendo nada. Pagamos R47 se não me engano de pedágio para trafegar nessa rodovia e paramos antes na Hout Bay, que é uma praia muitíssimo bonita (os ônibus Myciti chegam até ela), mas como estava frio, acabamos só olhando e indo embora. Seguimos viagem a Boulders Beach, onde pagamos R304 a entrada para os dois. Essa é a famosa praia dos pinguins e apesar de não tirado nenhuma foto pertinho deles, vimos até um casal copulando! Andamos com calma por lá e pegamos a estrada para o Cabo da Boa Esperança e que estrada bonita! Têm alguns mirantes no caminho que valem a parada. Pagamos R606 de entrada (para os 2). Recebemos um mapa do parque e dirigimos até Cape Point onde subimos até o farol pelas escadas mesmo (não acho que vale a pena subir de funicular, a subida é rápida e tranquila pelas escadas) e de lá continuamos por uma trilha que leva ao antigo farol. Retornamos para Cape Point e lá pegamos a trilha para Cape of Good Hope que passava por Dias Beach, na minha opinião, a praia mais bonita do parque. Acredito que levamos menos de 1h, mas não encaramos a descida até a praia de águas tão agitadas porque ainda tínhamos dores musculares. Pegamos nosso carro e dirigimos até o Cabo da Boa Esperança, apenas para tirar foto com a placa, já que tínhamos visto o Cabo de cima, pela trilha que fizemos antes. Vale lembrar que esse parque é conhecido por babuínos. Vimos poucos na estrada, mas vale tomar cuidado quando for comer e sempre tranque seu carro! Dentro do parque existem lojinhas, com bons preços de souvenirs e um restaurante com uma vista muito bonita. Não comemos por lá, então não sei dizer sobre os custos. Partimos para Muizenberg Beach, mas antes paramos para comer em um Pick'n Pay que encontramos no caminho. Muizenberg Beach é famosa pelas casinhas coloridas que servem como vestiário para os surfistas. Apesar disso, não achamos nada demais, mas gostamos da cidadezinha de Simon's Town. É possível chegar até lá de trem - a praia fica bem ao lado da estação - no entanto, não achamos que valeria a visita à Muizenberg só por isso. Como já estava em nosso roteiro e no nosso caminho de volta para CT, paramos, mas se decidir ir até lá, tire um tempo para andar também pela cidade. Dia 18 - Cape Town -> Cape Agulhas -> Mossel Bay Nos despedimos de Cape Town e seguimos para Cape Agulhas, o local onde o Oceano Atlântico encontra-se com o Pacífico. Tinha visto relatos dizendo que não valeria o deslocamento até lá para tirar foto com uma placa, mas discordo completamente. Agulhas é um parque nacional com entrada gratuita e conta com o Cape Agulhas Lighthouse que funciona como museu e por um valor simbólico (que eu não me lembro quanto foi), você pode subir no farol e ter uma visão 360º, além de ver de perto o tamanho da luz/farol de verdade. Paramos na cidadezinha de Bredasdorp na volta para abastecer o carro e comer alguma coisa. Não almoçamos, fomos direto para Mossel Bay, onde inicia a Garden Route. Lá, vimos as piscinas naturais, o farol, a caverna e fomos até o comecinho da trilha St. Blaize. Dia 19 - Mossel Bay -> Buffels Bay -> Knysna -> Plettenberg Bay Eu tinha colocado no roteiro duas opções de parques para ver nesse dia: Witfontein Nature Reserve ou Wilderness National Park. Entretanto, não fomos para nenhum dos dois, seguimos para Buffels Bay e meu Deus, uma das praias mais bonitas da minha vida eu conheci nesse dia. Ela não tem nome, fica antes de chegar em Buffels Bay propriamente dito, mas é impossível não vê-la da estrada (só tem uma para ir e voltar). Essa área é uma reserva natural chamada Goukamma, onde ostras negras se reproduzem e é possível ver centenas delas nas pedras por ali. Lagartixamos ali no sol até não aguentarmos mais e fomos até Buffels Bay, um pequeno e charmoso distrito, com uma praia até "cheia" no dia em que visitamos. O curioso aqui é que muitos falaram conosco em Afrikans ou Dutch mesmo, e ouvimos muitos "Danke". A maioria das pessoas que vimos por ali eram claramente descendentes de holandeses e os negros, minoria. Partimos para Knysna, mas antes paramos no Margaret's view point e fomos para Brenton on sea, onde é possível avistar baleias na temporada. Não era temporada e o tempo também não colaborou e chegou um nevoeiro daqueles de filme que não nos deixou ver absolutamente nada. Chegamos no Waterfront de Knysna, bem pequenininho, com muitas lojas de souvenirs e restaurantes. Comemos numa pequena lanchonete que claramente faz muito sucesso ali porque estava sempre com fila e não nos arrependemos. Custo-benefício excelente. Sei que Knysna tem muito a oferecer, como passeios de barco/escuna, mas nosso foco era chegar em Plettenberg Bay então lá fomos nós. Curtimos um pouco a praia de Sanctuary Beach, fomos ao AirBNB fazer o check-in e saímos para jantar. Fomos conhecer a Central Beach e o Beacon Island e jantamos numa pizzaria chamada Full Circle. Gastamos R68 apenas! (Pizza de margerita por R50 e uma coca de 300ml R18) e fomos dormir. Essa noite não foi muito fácil para mim porque como todo viajante que se preze, tive um desarranjo intestinal rsrs. Dia 20 - Robberg Nature Reserve O dia amanheceu com uma garoa fina, mas aceitando a sugestão da nossa host de que não continuaria assim o tempo todo, fomos fazer a trilha em Robberg. Pagamos R100 na entrada para os dois. A dica é chegar bem cedo, porque o estacionamento é pequeno e mesmo nesse dia que não estava sol, ficou super cheio e muitos tiveram que estacionar próximo da entrada do parque e não do início da trilha. Levamos 3h45 para fazer o maior percurso do parque (9km), no sentido proposto por eles (anti-horario). Não havia muita sombra durante a trilha, apenas nos primeiros minutos de caminhada. Apesar de termos demorado bastante, fizemos em ritmo bem lento, parando para muitas fotos e vídeos e para comer (lembrando que eu não estava 100% por causa do desarranjo da madrugada). Não achamos a trilha pesada ou difícil. É necessário um certo cuidado e condicionamento físico próximo ao "the point" quando a trilha vira cheia de pedras e fica um pouco complicado. Toda a trilha é sinalizada com plaquinhas com focas. Apesar de ter sido altamente recomendada no tripadvisor, não achamos tuuuudo isso que as pessoas falaram mas valeu a experiência. Pegamos o carro e partimos para Stormsrivier. Almojanta foi no Marilyn's 60's Dinner, onde pedimos filé de frango empanado acompanhado por arroz (sem tempero nenhum), milho e ervilhas. Não existem muitas opções por lá e os restaurantes fecham cedo. Gostamos do ambiente e do preço (~R200 os 2 pratos + 1 Coca). Dia 21 - Stormsrivier e Tsitsikamma A ideia era ir para Tsitsikamma, acredito que o parque mais famoso da Garden Route, mas o dia amanheceu super fechado e com garoa, por isso decidimos fazer a trilha gratuita no próprio vilarejo chamada Fynbos Walks (2km circular) e minha dica é: não faça! rs A segunda parte da trilha estava com mato praticamente fechado e trata-se apenas de uma caminhada em meio aos finbos, sem nada "demais" para olhar. Depois de perder um tempo nisso, decidimos ir para o Tsitsikamma com chuva mesmo e não é que depois o tempo melhorou? A entrada do parque é bem salgada (R470 para os dois), mas valeu muito a pena! Fizemos duas trilhas por lá: 1 - Mouth Trail - A mais famosa, é uma trilha fácil, de aproximadamente 900m (levamos menos de 15min ida) praticamente todo o caminho de madeira. No final encontramos as 3 pontes suspensas e o encontro do rio com o mar, um visual lindo! 2 - Waterfall trail - Trilha de ida fácil, com 2,9km (marcamos com smartwatch) e 1h para completar. No final somos recompensados com uma cachoeira enorme e lindíssima, com um poço bem grande (e fundo!) para refrescar. É necessário saber nadar. Não há locais rasos para se apoiar e não há salva vidas. Boa parte da trilha é feita na sombra, e o terreno é de grandes pedras. Não é difícil, mas é necessário certa flexibilidade e condicionamento físico. Recomendo uso de botas de trilha porque o terreno é escorregadio. Em todo percurso há pegadas e setas amarelas indicando o caminho. Existem algumas entradas de outras trilhas, então é preciso ter cuidado para não ir para outro lugar, entretanto, você pode acompanhar a trilha demarcada pelo Google Maps (só fazer download do mapa para usar offline). Não é recomendado iniciar essa trilha após às 15h. A maré sobe e uma parte da trilha com grandes pedras começa a ficar "inundada". Ficamos impressionados porque na ida estava tudo seco e o mar bem longe e quando voltamos parecia outra trilha! De volta ao vilarejo, jantamos novamente no Marilyn's 60's Dinner, só que dessa vez pedimos um hambúrguer para cada + porção de batatas fritas (não sabíamos que o lanche já vinha acompanhado de batata frita) e 1 Coca, o que foi demais para nós dois mesmo após as trilhas. A conta deu ~R200. Dia 22 - Stormsrivier e Port Elizabeth A programação era a trilha Plaatbos Walks, gratuita e que fica no próprio vilarejo. Deixamos o carro no escritório do SanParks, pedimos informação e para nossa surpresa, nem o pessoal que trabalhava lá sabia informar direito onde era o início da trilha! Tinha visto na internet que eram 3 rotas diferentes (amarela, vermelha e verde) e queríamos ter feito a amarela, que era a maior com 8km, mas não encontramos a entrada da trilha em lugar nenhum. As poucas pessoas que passaram por nós (correndo) estavam em treinamento para bombeiros e não souberam informar nada também. Desistimos e pegamos estrada para Port Elizabeth. No caminho, paramos na Storms River Bridge para apreciar a vista. Também pegamos um pequeno desvio para conhecer uma praia chamada Paradise Beach em Jeffreys Bay, entretanto, não curtimos. Achamos uma praia bem comum, nada parecida com as demais que nos conquistaram nessa viagem. Dia 23 - Addo Elephant Park Entramos no Addo pelo portão Matyholweni (o mais próximo de Port Elizabeth) às 7h da manhã, horário de abertura do parque e pagamos R614 a entrada para os 2. Já na entrada do parque vimos muitos macacos e em menos de 5min andando encontramos javalis. Fomos seguindo os "loops" conforme eles apareciam no mapa e foi onde encontramos mais bichos. Nos demoramos umas 4h30 no parque e passamos por quase tudo de sul ao norte. Saímos pelo portão principal, bem ao norte, para não precisar voltar todo o caminho por estrada de terra. O parque não é tão grande e como o nome sugere, tem muiiiitos elefantes. Encontramos a maior parte deles nos loops da parte norte e vários passaram tão próximo do nosso carro que achamos que eles encostariam! Para nós, valeu muito a pena a experiência do self drive. Após o parque fomos conhecer a orla de Porth Elizabeth e jantar. Dia 24 - Kragga Kamma Game Park Esse é um parque bem pertinho de Porth Elizabeth que tem boas avaliações no tripadvisor. A entrada custa R100 por pessoa e trata-se de um parque bem pequeno, onde os predadores ficam isolados/presos. A única vantagem que vimos nesse parque é que é mais fácil ver os animais e que eles têm girafas (o Addo não tem). Gastamos ~1h30 para fazer todo o percurso e mesmo estando num ambiente isolado, não vimos a cheetah, o grande atrativo desse game parque, mas vimos leão, que segundo a internet são animais resgatados. Fomos no Shark Pier conhecer a praia e almoçamos no restaurante Angelo's, que tem um preço super justo por tratar-se de um restaurante a beira-mar. Dia 25 - Cango Caves Esse era um dia basicamente de estrada. Saímos de Port Elizabeth e nosso destino era Stellenbosch, mas adicionei Cango Caves "no meio" e fizemos esse desvio. Apesar de termos chego antes do meio-dia, só conseguimos comprar o Heritage Tour das 13h, por isso, almoçamos no restaurante que tem lá mesmo (comida e atendimento bem mais ou menos, trouxeram o pedido errado do meu marido). O tour teve 1h de duração e valeu super a pena! A caverna é imensa e as explicações são bem detalhadas. Também existe o adventure tour, mas pelo que nossa guia disse, consiste em passar perrengue, então não nos arrependemos de ter feito o regular (no adventure você passa por câmaras beeem estreitas e ela disse que já houve casos em que pessoas ficaram entaladas e o socorro demorou quase 12h). Seguimos para Stellenbosch pela R62, que descobrimos ser uma rota turística e muitíssimo bonita! A estrada segue em meio à montanhas, com alguns pontos panorâmicos para parada um total de zero pedágios (fiquei impressionada porque se fosse no Brasil teríamos falido de tantos pedágios que temos). Dia 26 - Stellenbosch Stellenbosch é uma cidadezinha histórica encantadora que faz parte das Winelands, cercada por lindas montanhas, e possui mais de 200 vinícolas. Nos perdemos pelo centro histórico, sem roteiro definido, e entramos no jardim botânico da Universidade de Stellenbosch, pequeno, mas muito bonito e bem conservado (cobram R20 pela entrada, se não me engano). Depois do almoço fomos conhecer a vinícola Neethlingshof. Não marcamos horário, só chegamos e pedimos a degustação mais simples que eles tinham (5 vinhos diferentes) e pagamos R75 por pessoa, se não me engano. Adoramos o atendimento e os vinhos e os preços da lojinha deles estavam excelentes! O mais caro que compramos saiu por R70. Dia 27 - Jonkershoek Nature Reserve Entrada por R50 por pessoa. Fui convencida pelas fotos na internet e decidida a fazer o Panorama Circuit, uma trilha circular de 17km. Acontece que esse foi o pior parque que encontramos na África do Sul. Ele é administrado pelo Cape Nature, que não tinha mapa disponível na recepção e as sinalizações da trilha eram praticamente inexistentes. Tivemos que cruzar um córrego pequeno sem sinalização nenhuma, seguindo apenas a trilha traçada pelo Google Maps e dessa forma, perdemos muito tempo tentando achar o caminho olhando no celular, já que a trilha não tinha placas ou marcações. Depois de uns 5km, entramos em mata mais fechada e aí ficou ainda pior para nos localizarmos. Como tínhamos que chegar em outra cidade nesse mesmo dia, decidimos abandonar a trilha e voltar. As trilhas da primeira e segunda cachoeiras também achamos que não valia a pena 1: a primeira cachoeira é bem pequena e decepcionante; 2: a segunda cachoeira tem uma descida sinistra e bem perigosa, por isso só vimos de longe e mesmo ela não é tão grande. O parque é lindíssimo com as montanhas ao redor e as Proteas no caminho e tudo mais... infelizmente não está bem sinalizado e não tínhamos tempo para tentar uma trilha tão longa só com a ajuda do celular. Duas horas dirigindo e chegamos na nossa última cidade: Langebaan, um caribe perdido na África do Sul, a 100km de Cape Town. Nesse dia, visitamos a Langebaan Lagoon e as fotos falam por si! Dia 28 - West Cost National Park Entrada R174 para os dois. Não é um parque muito grande, mas é possível pescar, fazer observação de pássaros, andar de barco e fazer trilhas. Dispensamos a trilha (bem longa e em dunas) e só fomos apreciar a beleza desse lugar mesmo. Visual super lindo, valeu a pena! Dia 29 - Saímos de Langebaan cedo para ir no V&A Waterfront gastar nossos últimos rands, partimos para o aeroporto onde devolvemos o carro pegamos nosso vôo de volta. Resumindo: Recomendo muito a África do Sul! Povo simpático, natureza exuberante, trilhas em abundância, moeda que vale menos que a nossa... vale muito a pena!
  8. Salve, pessoas! Vou trazer aqui pra vocês um relato com a minha experiência sozinho e sem carro na Chapada Diamantina e no Vale do Pati, que rolou agora em julho. Antes de mais nada eu queria dizer que fui pra ficar 5 dias e fiquei 12. E aviso que pra quem tem flexibilidade de datas provavelmente fará a mesma coisa hahahaha. Fiz Rio-Salvador, mas por motivos promocionais cheguei na capital baiana somente as 3hrs da manhã. O ônibus só saia as 7 da manhã da rodoviária, então fiz o que qualquer pessoa normal faria: dormi no aeroporto pra fazer hora. Infos sobre o ônibus: Ele faz Salvador-Seabra e custa uns 90 reais, com paradas em algumas cidades antes, mas na Chapada ele para em Lençóis (+-8hrs de viagem e que é a principal cidade) e Palmeiras (+-8h30). Eu comecei minha viagem pelo Vale do Capão, então desci em Palmeiras e peguei um carro que faz Palmeiras-Capão pelo valor de R$ 15-20 reais (depende da quantidade de pessoas). A viagem dura cerca de mais uns 30 minutos em uma estrada de terra batida. O Vale do Capão é bem pequeno, porém é incrível a vida ali, eu notei algo diferente e eu não sabia o quê, até que me disseram ser ali a principal cidade do Brasil em Theta Healing, e descobrindo o significado, me fez sentido. Não sei se essa info é verdade, se alguém puder/quiser confirmar.... Fiquei 2 dias e meio lá, como cheguei tarde no primeiro dia só fiz o reconhecimento da cidade e comi algo. No dia seguinte me juntei com um cara e uma alemã que estavam no hostel e fomos fazer a trilha da Cachoeira Angélica e da Purificação (são contínuas). A trilha não é difícil porém em alguns pontos você perde o caminho, já que precisa cruzar o leito do Rio. Usamos o Wikiloc e ainda assim em 1 ou 2 pontos tivemos dificuldades para achar a direção correta, mas nada grave. Particularmente eu acho que pra pagar guia/agência não valeria a pena, as cachoeiras são legais mas não impressionam tanto. No segundo dia eu fechei de fazer a Cachoeira da Fumaça, tida como a maior do Brasil com seus 340 metros de queda. Dá pra fazer sem guia mas eu penso que contratando um, a gente colabora pro desenvolvimento local e contribui para manutenção dos lugares etc, além de claro, gerar emprego. Esse rolé tbm sai de Lençóis, porém sai mais caro. A trilha tem 12km (ida e volta) e uma subida inicial de 2km, depois fica tranquila. A foto clichê de lá é deitar-se sobre uma pedra pontuda e angular a foto pegando a cachoeira. Bem, eu dei "um pouco" de sorte e consegui um arco-íris completo na minha vez! No dia seguinte peguei a van de manhã e retornei para Palmeiras, onde peguei o ônibus para Lençóis. Eu tinha na cabeça que queria fazer, além dos pontos principais que saem de Lençóis , a Cachoeira do Buracão e a Fumacinha, ambas em Ibicoara (Sul da Chapada, sendo que Lençóis fica no Norte). Chegando já fui atrás das agências para ver se teria. Buracão é mais tranquilo encontrar e até saem passeios de bate volta de Lençóis, mas se passa mais tempo dentro do carro do que na trilha e cachoeira. No dia seguinte fechei de fazer Gruta da Lapa Doce + Gruta Azul + Pratinha e Pai Inácio. O tempo estava ótimo e o Por do Sol no Pai Inácio foi o mais incrível que já vi! Gravei o time lapse com a gopro mas deu algum erro e perdi, mas na memória a gente nunca esquece. Na volta desse dia acabei conseguindo um passeio de 3 dias com a Eco Por do Sol, que incluiu Buracão, Fumacinha e Poços Encantado e Azul, paguei um valor que considerei justo antes de ir, e de baratíssimo quando voltei após conhecer esses lugares surreais. Inclusive recomendo demais a agência, o Vitor, dono, se importa demais com os clientes e busca a todo tempo ajudar e trocar feedback. A cachoeira do Buracão é demais! Imponente, a queda forte faz uma correnteza de assustar hahaha. A trilha por si só já é linda também, ótimos lugares para belas fotos e apreciar a natureza. Na volta, dormimos em Ibicoara mesmo, para no dia seguinte fazermos a Fumacinha. Ficamos na hospedagem da Bia, são 3 quartos super confortáveis, todos com cama de casal e uma de solteiro. A Bia tbm oferece janta e café da manhã e a comida é deliciosa. A cachoeira da Fumacinha é considerada por mt gente como a trilha de 1 dia mais difícil da Chapada. E realmente é difícil, além dos 18km ida e volta, a maior parte andando (e pulando) pedras, mas há ainda escaladas verticais em alguns pontos, e no último trecho para ter acesso a ela se escala na fenda, de lado por uns 10 metros. É a parte mais difícil na minha opinião. A cachoeira fica no final de um cânion e a gente anda o tempo todo rio a cima dentro dele. O visual da trilha é demais e tem de tudo! Até colméia de abelha africana que requer silêncio absoluto na passagem rsrs. Na foto eu to de casaco por motivos de: a água é super gelada e ali não bate sol, ou seja, faz um frio absurdo (recomendo levarem também) A minha estadia na Chapada que já tinha se estendido de 5 para 9 dias ainda teria mais uma alteração: Durante esse último passeio conheci uma menina que faria a Travessia do Vale do Pati de 3 dias tbm com a Eco Por do Sol. Ela me convenceu a ir e eu a agradecerei pra sempre hahaha. Pois bem, chegamos cerca de 17hrs desse passeio a nossa saída pro Vale do Pati já seria no dia seguinte, então só deu mesmo tempo de comer algo, arrumar as mochilas e descansar. Bom, na Travessia do Vale do Pati normalmente nos hospedamos nas poucas casas dos moradores ainda da região, mas que estão devidamente estruturados para receber o turismo. Ficamos todos os dias no lugar conhecido como "Igrejinha", mas é comum também mudar diariamente a hospedagem a depender do que se fará. Sobre a Travessia: Inicíamos em Guiné as 10hrs da manhã e chegamos por volta das 15hrs. Deu tempo ainda de irmos até a cachoeira do Funis e revigorar o corpo e alma numa água gelada. No dia seguinte amanheceu um pouco fechado e achei o dia mais difícil de caminhada, com a subida do Morro do Castelo. No Castelo tem de tudo: andar no plano, travessia de rio, subir mata a dentro, escalar pedras, atravessar cavernas....enfim! Mas mais uma vez o visual recompensa. No último dia andamos rumo ao Cachoeirão, que pra mim foi a melhor vista de toda a viagem. O acesso em si não tem grandes dificuldades, mas a distância percorrida é a mais longa de todas (acho que no dia inteiro se anda ali cerca de 20km). A volta do Cachoeirão para finalizar a travessia durou umas 4 horas ainda, com 90% desse tempo com o sol na cara, andando em meio aos gerais (como são chamadas as planícies) que por vezes eu parava e olhava em 360° e pensava: eu to no meio do nada! hahahaha Finalizamos a Travessia já no fim da tarde, escurecendo. Ao todo andamos cerca de 50km em 3 dias, com muitos trechos bem difíceis e cansativos, mas tudo totalmente recompensado a cada fim de dia. Retornamos para Lençóis as 20hrs e meu ônibus saia as 23h30. Fim de viagem e o pensamento de retornar para a Chapada já está na minha cabeça, afinal aquele lugar é o mundo e ainda falta muita coisa linda pra descobrir. Bem, é isso. Capaz de eu ter esquecido de algo mas posso tirar dúvidas caso tenham, é só deixar msg aqui. No meu instagram tem mais outras fotos no feed (e ainda postarei bastante coisa da Chapada) e mais um monte nos Destaques: @danielcorreat_ Podem tbm deixar as msgs por lá. Espero que tenha ajudado quem pretende conhecer a Chapada, e quem ainda não conhece, só vai! O lugar é mágico!
  9. Estou querendo fazer a travessia de salkantay em outubro de 2021. Se aguem quiser, chama no WhatsApp 24 998703490
  10. Oi turma, tudo bem com vcs? Eu fiz algumas viagens durante a pandemia e acabei não fazendo o relato por aqui, tava meio desanimada! Mas como muita gente procura infos sobre a Chapada dos Veadeiros, vou deixar um resumo aqui de como foi a minha trip pra lá. Tb pq ela é disparada a minha viagem favorita no Brasil, rs! Não vou colocar muitas fotos aqui, mas se quiser ver mais tenho destaques salvos no insta: @familia.mochileira QUANDO? Viajamos pra Chapada em ABRIL de 2021, fim da baixa temporada. Pq baixa temporada? Pq no verão chove, e cachoeira com chuva não combina, sabemos. Lá eles levam bem a sério esse lance das chuvas e ao menor sinal de pingos várias atrações nem abrem. Algumas ficam permanentemente fechadas até o início da estação seca, que começa em maio. Não pegamos nenhum dia de chuva forte, e pegamos as cachus com volumes absurdos de legais, deve ser uma visão bem diferente visitar tb na estação seca, um dia volto. A trilha da cachoeira do Dragão e a trilha longa dentro do Parque (travessia de dois dias), por exemplo, não estavam “funcionando” em abril, só a partir de maio. COMO? Moro no interior do PR, os planos iniciais eram ir de avião até BSB, alugar carro lá e seguir. Mas com medo da pandemia, cancelamos as passagens e fomos de carro desde o PR mesmo. Ficamos 12 dias na Chapada, entre São Jorge e Alto Paraíso. Os planos originais incluíam Cavalcante, que cancelamos pq lá estava tudo fechado. HOSPEDAGENS! Acabamos fazendo duas passagens em Alto Paraíso, pq nossa primeira hospedagem, em Cavalcante, acabamos cancelando conforme contei acima. A gente queria ficar em um lugar bem privativo (sem contato com pessoas) e que tivesse cozinha, pq não faríamos refeições fora (por causa da pandemia). Nossas escolhas foram todas do AIRBNB, vou deixa-las abaixo. De 5 a 8 de abril ficamos na casa da Sandra. Adoramos. Ela é muito gente fina! Durante a noite a gente ficava na varanda da casa conversando e bebendo a distância. Tem várias casas no quintal. https://www.airbnb.com.br/rooms/24808714 De 8 a 13 de abril ficamos na Vila de São Jorge, na casa do Emir. A casa era o piso superior da casa dele, com entrada separada. Bem funcional, e o Emir foi super atencioso. https://www.airbnb.com.br/rooms/16404869?guests=1&adults=1 De 13 a 17 de abril ficamos na casa do Nadav, adoramos! A casa é perto da Loquinhas, mas fica na zona rural, então só recomendo pra quem está de carro. O Nadav é israelense mas foi daqueles que veio visitar, se apaixonou e ficou. Ele acabou passando pela propriedade algumas vezes pq o quintal estava parcialmente em obras. Ele sempre avisava quando ia (pedia permissão) e em algumas destas ocasiões trocamos ideia! A casa é um arraso. https://www.airbnb.com.br/rooms/24957551?guests=1&adults=1 ROTEIRO COMENTADO: Fizemos 8 dias de rolês sozinhos com nosso carro e 4 dias com guia e carro 4x4. Vou falar sobre cada um deles a seguir e depois sobre o guia. As trilhas que fizemos guiadas vou indicar, a que não tiver essa informação é pq fizemos sozinhos. CONTINUA.
  11. A Praia do Rosa é conhecida como um dos melhores picos de surf do Brasil, além de ter um clima de paz e tranqüilidade que agrada a muitos que lá frequentam. Além disso, a praia é uma grande reserva ambiental, e por isso não possui avenidas beira mar como grande parte das praias do Brasil. Localizada a cerca de 90 quilômetros ao sul de Florianópolis-SC, na cidade de Imbituba, a Praia do Rosa é um dos destinos mais procurados por pessoas que amam praia, esportes de aventura e contato com a natureza. O local recebe visitantes de todo o mundo durante o ano inteiro, desde os mais baladeiros, como é o caso de quem chega para o réveillon e as famosas festas de verão; até quem procura sossego e tranqüilidade à beira-mar. São inúmeras as atrações que você vai encontrar ao visitar a Praia do Rosa, como passeios a cavalo, pára-quedismo, observação de baleias-francas (de junho a novembro), restaurantes, casas noturnas e muitas outras opções de entretenimento. Portanto, certamente você vai precisar selecionar suas atividades preferidas para passar dias incríveis no paraíso e aproveitar o melhor da Praia do Rosa. Pensando nisso, separamos cinco itens que não podem faltar no seu roteiro. Confira: plano de investimento em bitcoin. 1 FAZER A TRILHA DA PRAIA VERMELHA O início desta trilha é no costão Norte da Praia do Rosa e o destino final é a Praia Vermelha. De nível médio e duração aproximada de 30 minutos (sem parada para fotos), vale encarar o trajeto pela vegetação nativa que você irá desfrutar pedras e visual panorâmico fantástico da praia. A Praia Vermelha, por sua vez, é uma praia quase deserta, sem acesso para carros, com água limpa e muito verde por volta. Ou seja, você terá como recompensa um paraíso particular. 2 MERGULHAR EM UMA PISCINA NATURAL Também localizadas no Rosa Norte, as piscinas naturais que se formam junto ao costão são perfeitas para quem ama o mar, mas não lida muito bem com as ondas. Passar algumas horas nas piscinas naturais da Praia do Rosa vai lhe render momentos relax e o merecido descanso. Aproveite para bater fotos de tirar o fôlego. 3 VER O SOL NASCER Parece clichê, mas só quem já parou para assistir ao nascer do sol no mar entende que este momento é indescritível. No caso da Praia do Rosa, não importa se você estiver mais próximo ao Sul ou ao Norte, a vista será maravilhosa e única. À noite, o espetáculo fica por conta da lua, que não deixa por menos em termos de beleza. Nos dois casos, a dica é que você opte pela hospedagem em alguma pousada próxima ao mar, com acesso direto. Assim, a experiência se torna muito mais agradável e pode estar acompanhada de um bom vinho ou café da manhã. 4 PASSEAR NO CENTRINHO O centrinho da Praia do Rosa é o ponto de encontro perfeito do fim de tarde, especialmente na alta temporada. O local é pequeno, mas conta com uma variedade enorme de bares, restaurantes e lojinhas que têm tudo a ver com o clima de praia. Escolha uma casa noturna para esticar a noite, um bom restaurante com frutos do mar ou simplesmente um bar ao ar livre para beber algo, em clima mais rústico. É no centrinho onde todas as tribos se encontram. 5 IR ATÉ A PRAIA DO LUZ POR TRILHA No canto Sul da Praia da Rosa, existem dois caminhos que levam à Praia do Luz. O mais conhecido é o Caminho do Rei, trilha mais longa, com alguns trechos calçados e outros de chão batido. Já a trilha da Praia do Luz, de nível mais leve, oferece uma vista panorâmica incrível e um contraste de campo e mar ao fundo que fica para sempre na memória. Se for caminhar pela Praia do Luz, aproveite para conhecer a Barra da Ibiraquera, logo ao lado. Diferentemente do lado Norte, o local oferece estrutura de bares e restaurantes para receber turistas e nativos.
  12. Acredito que demorará um tempo até retomarem fazer esta trilha, não?
  13. Olá pessoal, esta será a minha primeira viagem fora do país, meu inglês é bem fraco e espanhol é apenas o que eu aprendi assistindo a Usurpadora e Maria do Bairro kkk, da um pouco de medo, mas let it go! Vou ir deixando registrado aqui o que estou planejando para o meu mochilão, talvez sirva de ideia para algumas pessoas e super aceito dicas também. Muitas coisas do que eu estou planejando tem como referência depoimentos e dicas que li na internet. As passagem de avião pesquisei pelo app KAYAK, o app mostra os dias mais baratos para viajar e isso ajudou bastante. Também fazei viagem de ônibus, deixarei o link dos locais que comprarei as passagens. Trajetos: Avião Dia 24/02 - São Paulo (GRU) ---> Buenos Aires (EZE) chegada 09:55am Dia 27/02 - Buenos Aires (AEP) ---> Ushuaia (USH) chegada 08:10am Ônibus 29/02 - Ushuaia ---> Punta Arenas 55,37 DÓLARES Saída 9am Chegada 19:30 pm 29/02 - Punta Arenas ---> Puerto Natales 11,88 DÓLARES Saída 21pm Chegada 00:15 am 03/03 - Puerto Natales ---> El Calafate 23,72 DÓLARES Saída 7:30 am Chegada 13:30 pm 06/03 - El Calafate ---> El Chalten Saída 8 am Chegada 11am 10/03 - El Chalten ---> El Calafate 152,38 reais (ainda vou decidir o horário) Avião 10/03 - El Calafate (FTE) --> São Paulo (GRU) As passagem de avião ficaram em torno de 1860 reais incluindo uma bagagem de mão e uma mala. Hospedagem Eu escolhi hostels pelo booking, dando preferência para os que serviam café da manhã e eram próximos de rodoviárias. Agora só preciso me organizar para fazer um roteiro de passeios e trilhas.
  14. Oi Pessoal! Meu nome é Diogo, e queria apresentar o meu canal no Youtube e site chamado "Uma Câmera na Mão e o Pé na Estrada" Nele mostro locais na natureza, trilhas, praias, cachoeiras, permacultura, e muitas outras experiências, sempre prezando pelo meio ambiente, e com a interação com o mesmo. Convido a quem quiser, se inscrever no canal, isso ajuda muito a mim, e além de entregar os vídeos novos pra quem se inscreve. "Quanto mais os anos passam, fico mais medroso, coloco a culpa na correria, no cansaço, ou no trabalho, mas eu tento sempre me forçar a arriscar, porque no momento que saio de casa pra fazer o que quero, tudo faz sentido. Eu quero chegar na velhice ainda fazendo coisas pela primeira vez." Endereço do canal: www.youtube.com/umacameraviagens Alguns vídeos do canal: Algumas fotos: Valeu pessoal, espero que gostem!
  15. 4 Noites na Chapada dos Veadeiros - Alto Paraiso / São Jorge - Goiás >> Quinta - Voo cedo SDU x BSB, chegada em Brasília 10h, retirada do carro alugado (hatch compacto) e partida para a Chapada - Chagada 13h30. - Vale da Lua. Local de fácil acesso e lotado de pessoas. - Passagem pelo Jardim de Maytrea (Bela paisagem/Cartão postal da Chapada). É apenas um local para parar o carro na beira da estrada e aguardar o por do sol. Pessoas tiram fotos sentadas no teto do carro. - Check in na Pousada em Alto Paraíso no final da tarde. >> Sexta - Cataratas dos Couros - Distante 50km de Alto Paraiso - Trecho de estrada de terra com subidas difíceis para carro comum. Precisamos empurrar junto com outros grupos também com carros atolados. - Orientação de tracklog pelo Wikiloc. - Várias quedas, mirantes e ótimos pontos para tomar banho. - Circuito para um dia inteiro. >> Sábado - Parque Nacinal da Chapada dos Veadeiros - Saltos, Carrossel e Corredeiras ~14km com 420 de elevação. - Espetacular. Foi tão bom que voltei no dia seguinte para fazer outro circuito. >> Domingo - Parque Nacinal da Chapada dos Veadeiros - Circuito dos Canions (Canion 2 e Carioquinhas) ~ 11km com 200 de elevação. >> Segunda - Visita aos poços do Circuito Loquinhas. Entrada é cara e volume de água estava baixo em julho. Mas foi um programa rápido e adequado para o dia de retorno. - Retorno a Brasília e voo BSB x SDU a tarde. Atenção especial para o restaurante Zu's Bistro (risotos e massas). * O período curto de 4 noites é pouco para conhecer o básico da Chapada dos Veadeiros. ** A hospedagem é cara em Alto Paraiso. Uma boa opção é entrar em contato direto com a pousada e reservar sem sites intermediários. *** Foi decidido não ir em Cavalcante, a Cachoeira Santa Barbara (queridinha da Chapada) estava fechada no período.
  16. Slovenska Planinska Pot, às vezes também chamada Transverzala, é uma travessia de Maribor até Ankaran. Abrange a maior parte das áreas montanhosas da Eslovênia, incluindo Pohorje, os Alpes Julianos, os Alpes Kamnik-Savinja, os Karawanks e a parte sudoeste da Eslovênia. Distância 617km com nada menos que 37.300 metros de subida acumulada. Umas das mais difíceis trilhas de longa distância que eu já fiz, porém uma das mais belas também. Oficialmente pode ser feita em 37 dias, eu demorei 42. Essa trilha passa pela montanha Triglav, símbolo nacional da Eslovênia (a montanha da bandeira nacional), 2864 metros, ponto mais alto da travessia. A Eslovênia é um país lindissímo, com montanhas por todos os lados. O povo é muito hospitaleiro, o que tornou este trekking uma aventura bastante prazerosa. Eles são simplesmente fanáticos por montanhas, é comum ver famílias inteiras escalando, desde o netinho até o avô. Existe um livro, tipo um passaporte, onde você coleta o carimbo em cada topo de montanha e é bem tradicional. Conversando com um senhor, ele me disse que praticamente todo Esloveno tem esse livro e que é uma tradição coletar todos os carimbos antes dos 50 anos. Ele também me disse que poucos conseguem, eu coletei todos em 42 dias. A maioria das pessoas não consegue não porque é difícil, mas por não ter tempo, o que me lembrou o quanto eu tenho sorte em ter liberdade geográfica e financeira. Eu comparo esse passaporte com a vida, onde cada carimbo é um sonho que você tem. Quantos carimbos você tem coletado? Comenta aí... Eu tinha várias desculpas para não realizar meus sonhos, sempre ocupado com trabalho, estudos ou qualquer outra coisa. Somente com 38 anos eu me dei conta que a vida voa e se você não sair do “automático” e começar a viver ela vai passar e você nem vai perceber. Felizmente nunca é tarde, não importa a sua idade, sua condição financeira, sua experiência, se você quer ter uma vida cheia de momentos incríveis e experiências transformadoras, vá viajar! Nada vai te proporcionar uma vida tão intensa e com propósito. Se você não sabe por onde começar eu escrevi um livro contanto tudo que eu fiz desde que sai do Brasil quase sem grana até me tornar um Nômade Digital. Acredito que vai te trazer bastante clareza de como é possível viver viajando. Vou deixar o link aqui: https://bit.ly/liberdadenomade2021 Muito Obrigado! 20200904_094216.mp4 20200906_073409.mp4 20200906_101058.mp4 20200908_130642.mp4 20200909_074100.mp4
  17. Sua participação e contribuição é muito importante! Segue o link: https://chat.whatsapp.com/Ks6BieKQLhb2hNOoMsfmLu
  18. Ah Galápagos! Famosa pela teoria da evolução de Charles Darwin, hoje é muito mais do que isso. Nos últimos anos, as ilhas vêm recebendo cada vez mais turistas de todo o mundo, em busca das mais variadas atrações que as ilhas oferecem: cruzeiros luxuosos, mergulhos, observação dos animais e plantas, trilhas por vulcões ativos e descanso em praias paradisíacas. Difícil de acreditar que um lugar como esse existe. Gostou do aperitivo? Então dá uma olhada no que fizemos por lá durante a nossa visita. Ilha de Santa Cruz Ficamos 3 dias em Santa Cruz e achamos o suficiente para conhecer por completo as principais atrações da ilha. Conhecemos as principais praias, demos um rolê em Puerto Ayora e conhecemos a famosa Estação Científica Charles Darwin. Planejamos também visitar um das fazendas para observar as tartarugas gigantes, mais o passeio melou aos 45 minutos do segundo tempo. Como chegamos Voo de Quito (com escala em Guayaquil) à Baltra, uma pequena ilha ao norte de Santa Cruz. Todo o trajeto foi feito com a companhia Tame. Já adianto que o preço da passagem vai te desanimar um pouco. Fizemos a estratégia de chegar por Santa Cruz (Baltra) e ir embora de Galápagos por San Cristóbal. Assim, ganhamos tempo e deu pra aproveitar mais cada ilha. Onde nos hospedamos Em Santa Cruz, nos hospedamos no Galápagos Best Hostel. O local é bem simples e bem afastado do centro de Puerto Ayora (uns 20 minutos de caminhada). Entretanto, gostamos bastante do hostel. Era limpo, água quente e os quartos privados tinham uma mini cozinha. Fizemos o café da manhã todos os dias que ficamos em Santa Cruz. Valeu a pena! O que fizemos Santa Cruz foi de longe a ilha com a melhores praias. Além disso, é a ilha mais desenvolvida do arquipélago, então, você vai encontrar mais opções de restaurantes, comercio, agências, etc. PUERTO AYORA A maior cidade de Galápagos, também a mais desenvolvida. Puerto Ayora é o ponto de partida para quem quer conhecer tudo em Galápagos. Agências de viagens estão espalhadas por várias ruas. Em uma das ruas principais, a Av. Charles Darwin, você vai encontrar inúmeras opções de restaurantes, dos mais ocidentais (hambúrguer, pizza, batata frita, etc.) até os mais tradicionais de comida local. Nós, por outro lado, amamos a Av Binford. A rua concentra vários restaurantes de comida realmente local. De noite fica super movimentada. Se você quer um almoço com um precinho mais amigo ( por volta de USD 5.00), é lá que você vai encontrar. Outro destaque é o Mercado de Peixes de Puerto Ayora. É lá que os barcos carregados de pescado chegam para serem pesados, lavados e vendidos. Mas a clientela não é só de pessoas. Toda a fauna de Galápagos se reúne por lá: leões marinhos, pelicanos, pássaros, iguanas, etc. Todo mundo esperando a oportunidade perfeita para roubar um pedaço de peixe. Vale a visita. TORTUGA BAY E PLAYA MANSA Tortuga Bay. As ondas eram mais intensas. Vimos vários surfistas por lá. Pegando uma trilha de 2 km por dentro da vegetação típica de Galápagos, você vai acessar primeiramente Tortuga Bay, uma praia onde o banho não é recomendado, mas que é linda mesmo assim. O acesso a praia é gratuito. A areia é branquinha e o mar azul claro. Várias iguanas passam constantemente por você e em algumas pedras, você vai poder ver os famosos caranguejos vermelhos de Galápagos. Playa Mansa. Dá pra entender o nome, não dá? Andando mais um bocadinho, você vai chegar no ponto alto de Puerto Ayora, a Playa Mansa. Tire pelo menos metade de um dia para relaxar nessa praia. A água é bem calma e você pode ficar um tempinho na areia, perto das árvores, só relaxando. O único problema é que a praia pode ficar muito cheia a partir do final da manhã. LAS GRIETAS E PLAYA LOS ALEMANES Normalmente você vai fazer Las Grietas e Playa los Alemanes em uma só tacada. Pra chegar lá, você vai ter que pegar um barco no porto de Puerto Ayora por USD 0.5 que vai te levar até um hotel/restaurante. Descendo, é só seguir a plaquinha que indica "Las Grietas" que não tem erro. Depois de percorrer uma trilha bem curta, você vai chegar em Las Grietas. Um pedaço de mar localizado entre dois rochedos enormes, ideal pra se refrescar rodeado de peixes. Já a Playa los Alemanes é bem pequenininha, mas muito linda. Ficamos sentados alguns minutos olhando a paisagem e pudemos ver, sem entrar na água, vários peixes e duas arraias que passavam tranquilamente entre os banhistas. PLAYA EL GARRAPATERO Essa praia fica mais afastada de Puerto Ayora. Pra chegar lá, tivemos que pegar um táxi que nos custou, ida e volta, por volta de 30 dólares. A praia é maravilhosa. O taxista te deixa em um estacionamento (combine o horário da volta) e você tem que andar por uns 15 minutos antes de chegar na praia propriamente dita. Playa El Garrapatero. O lugar é um paraíso. Quando fomos, vimos alguns leões marinhos (um inclusive dormia a menos de 2 metros das nossas mochilas), pelicanos, iguanas e uma garça cinza linda. Além disso, se você quiser, você pode alugar caiaques que ficam disponíveis na entrada da praia. Não chegamos a perguntar os preços, mas fica a dica. ESTAÇÃO CIENTÍFICA CHARLES DARWIN Fica pertinho de Puerto Ayora e dá pra ir andando mesmo. Lá funciona um centro de pesquisa e recuperação animal. O centro é aberto ao público e a entrada é gratuita. Dentre as principais atrações, você vai poder visitar um pequeno museu da biodiversidade das ilhas de Galápagos; vai poder ver o George, a tartaruga mais famosa de Galápagos que morreu em 2012 (ele foi empalhado e se encontra em uma câmara resfriada para sua preservação); e vai poder ver inúmeras tartarugas gigantes e iguanas que estão sob cuidado do centro. Vale muito a pena a visita. Ilha San Cristobal Foram somente dois dias em São Cristóbal, mas muito intensos. Aqui, a principal atração foi os leões marinhos. Estavam por todos os lados, em todas as praias que visitávamos. Como Chegamos Chegamos de barco, vindos de Puerto Ayora. Compramos os tickets em uma agência de viagens qualquer perto do porto. Sim, você pode comprar o ticket entre as ilhas em qualquer agência. Eles contactam as empresas que fazem os percursos e tudo funciona direitinho. Só não deixe pra última hora, porque a procura é grande e são poucos barcos por dia. Pagamos USD 30 por pessoa para a viagem de barco entre Santa Cruz e San Cristóbal. A viagem demora cerca de 2 horas e meia e é um pouco desconfortável. A lancha é bem pequena (devem caber umas 20 pessoas no máximo) e não há espaço para acomodar os braços. Além disso, dependendo da condição do mar, a viagem pode ser um pouco enjoativa. Tivemos sorte que o mar estava calmo no dia que fomos. Onde nos hospedamos Em San Cristóbal nos hospedamos no Guesthouse Hostal Cattleya. Sabe aquelas pousadas do Brasil, onde os próprios donos tocam o lugar e conseguem fazer você se sentir em casa? Ficamos em um quarto triplo (reservamos em cima da hora...) bem simples, mas arrumadinho e limpo. O café da manhã estava incluso e era preparado pelo donos (pão comprado no dia, frutas, iogurte, e um cafezinho bem preparado). No momento da reserva, a dona entrou em contato comigo para pedir mais informações da nossa chegada. Quando chegamos em Puerto Baquerizo Moreno, o marido dela já estava nos esperando e enquanto nos acompanhava a caminho do hotel ele nos deu várias dicas. Recomendadíssimo! O que fizemos Basicamente praias e contato com a natureza! Tínhamos somente 2 dias para aproveitar a ilha então resolvemos gastar todo o tempo na praia, curtindo o tempo que faltava antes de voltar pra casa. PUERTO BAQUERIZO MORENO Pôr do sol em Puerto Baquerizo Moreno. Não preciso acrescentar nada... Capital de Galápagos e ponto de partida para todas as praias da redondeza. Diferente de Puerto Ayora, as praias aqui estava um pouco mais perto do centro. Fomos andando para todas elas sem nenhum problema. Aproveite o final da tarde para ver os leões marinhos que se encontram aos montes e para comer em um dos restaurantes espalhados pela rua principal da cidade. PLAYA MANN A Playa Mann é a mais próxima do centro de Puerto Baquerizo Moreno e uma das mais populares para ver o pôr do sol em San Cristóbal. No final da tarde, centenas de pessoas se reúnem nas areias da praia para ver o espetáculo e alguns se arriscam a tomar um banho de mar. A praia também é frequentada pelos leões marinhos. Se você estiver procurando um lugar para almoçar ou tomar um suco de fruta, é na Playa Mann que você vai encontrar vários restaurantes. São restaurantes simples, mas que servem uma comida deliciosa e com preço em conta. Recomendo. PLAYA PUNTA CAROLA Um pouco mais ao norte da Playa Mann, se encontra a Playa Punta Carola. A praia não é tão boa para banho pois é repleta de rochas. Entretanto, a água é cristalina e você vai ter a companhia constante de leões marinhos que usa a areia da praia para descansar. Ela também é mais intocada que a sua vizinha Playa Mann, com mais árvores e locais de descanso. É de lá que parte a trilha para o mirador Cerro Tijeretas, parada obrigatória em San Cristóbal. MIRADOR CERRO TIJERETAS E MUELLE TIJERETAS Uma pequena trilha vai te levar para o mirador Cerro Tijeretas. O mirador proporciona vistas incríveis de San Cristóbal, principalmente de Muelle Tijeretas, um pequeno pier onde a galera aproveita pra mergulhar e observar a vida marinha da ilha. Na mesma trilha, se encontra a famosa estátua de Charles Darwin. PLAYA LA LOBERIA Lobos marinhos descansando na beira da praia - La Loberia. Foi o dia mais tranquilo da nossa visita à San Cristóbal. Não tínhamos hora pra ir e nem para voltar. O plano era ir bem cedo para Playa La Loberia, voltar mais ou menos de tarde e ver o por do sol na Playa Mann (pela segunda vez). Fomos andando do hostel até a praia. Foi uma caminhada longa, mas nada impossível. Lá, tivemos nossa mais intensa experiencia com leões marinhos da viagem. Eles estavam por todos os lados. Não é a toa que a praia se chama La Loberia. Eles mandam por lá. Não se importavam com ninguém e em alguns momentos, até chegavam a avançar nas pessoas que entravam na água. Um momento muito especial foi quando vimos um casal de leões marinhos brincando dentro da água e correndo um do outro. Nadavam muito rápido, saltando como golfinhos para fora da água. Valeu muito a pena visitar essa praia! Conclusão sobre Galápagos Galápagos foi um lugar que me expôs a vários tipos de emoções e experiencias. Galápagos é um paraíso, repleto de vida e energia, que vai te fazer pensar sobre como estamos cuidando da nossa natureza. Um lugar onde a vida selvagem consegue viver em quase-harmonia com os homens. Um lugar inesquecível. Quer ler mais sobre as nossas viagens? É só acessar o nosso site: www.feriascontadas.com
  19. Saudações meus queridos! É com muito prazer que começo esse relato. Afinal, relatar não é apenas descrever, mas é REVIVER! Bom. A história da travessia começou no Mirante da Serra do Rio do Rastro, onde eu, @darlyn e @Dionathan Biazus encontramos o senhor Miguel. Fizemos 6 horas de estrada desde Chapeco até o Mirante. O Miguel é o proprietário das terras onde a travessia acontece, então é com ele que tem que combinar as paradas. Cara super gente fina, de uma simplicidade enorme. O próprio mirante já é um ponto de partida (mas longe de ser o ápice da trip). Mirante da serra do rio do Rastro: o mirante tem um murinho onde as pessoas ficam contemplando o visu da estrada da serra, cercada por suas montanhas. E tem sempre visitas dos quatis... É bom pontuar que aqui é sempre cheio de pessoas, se você quer ficar em contato com a natureza, não apenas olhe a mata, mas entre nela. Não só olhe a montanha mas vá até o topo! Seguindo então, encontramos nossos outros dois parceiros dessa empreitada @dumelo39 e o Lucas, que vieram do Rio de Janeiro! Assim juntou toda a piazada haha. Fomos com o Miguel de 4x4 até a primeira fazenda. Ele cobra cerca de 150 pila o transfer (total) e 30 por dia pra acampar nas terras. Pra entrar nessa primeira fazenda mais 10 pilinha por cabeça. Começamos então a subida até o primeiro destino: canyon Laranjeiras, daí foi cerca de 2 horas. O caminho é relativamente tranquilo, apenas umas partes com barro (fichinha perto do que viria a frente). Canyon Laranjeiras: maravilhosamente lindo, o canyon tem 3 pontos principais pra parar. A parte mais do fundo é onde fomos pra descansar um pouco e comer. Estávamos nessa função quando do nada o tempo se armou e caiu um mundo de água. Ainda bem que deu tempo que fazer uma casinha com uma lona grande que o querido Dihonatan levou. Ficamos um tempo ali até que passou a chuva e seguimos. Nos tracklog tem uma parte que direciona pra fazer a borda do laranjeiras. Mas como estava muito úmido resolvemos seguir a dica de um guia que estava por ali, e cortamos reto saindo do laranjeiras. Nessa primeira parte já tivemos contato com nossos amigos que apareceram muito nessa travessia: OS CHARCOS! Isso mesmo, lemos tanto sobre eles nos relatos que já chegamos meio preparados. Mas quando começou de verdade, que o pé afundou no barro ou na água que nos demos conta do que eram esses caras. Foi só até acostumar. Chegamos então na entrada de uma floresta, onde começou uma trilha punk. Íngreme, floresta fechada, terreno encharcado (a mochila ficando presa nos galhos uhuuull) coisa linda! Depois de atravessar e subir pelo mato conseguimos ver uma abertura e chegamos a uma plantação de pinheirinhos americanos. Dali passamos uma cerca e entramos na pior parte de charcos. Apareceu outro desafio. A Viração, que é uma neblina densa que cobre tudo. Decidimos acampar ali na plantação mesmo. Arrumamos as coisas, fizemos nosso super miojo e descansamos o corpo pro outro dia, nesse primeiro dia fizemos uns 7 kms. O dia amanheceu com um sol tímido e seguimos viajem, andamos uns 10 kms nesse dia, passando por vários picos de tirar o fôlego. Chegamos ao canyon do Funil cedo, as 15:30, e resolvemos ficar por ali pra aproveitar a vista e continuar no outro dia. Armamos acampamento e logo veio a chuva. Mas já estávamos preparados, ali perto tem um córrego que da pra tomar um banho massa. Era umas 18 e a gente já estava dormindo, porque o corpo estava pedindo. Umas 2 da manhã olhamos pra fora esperando ver uma chuvarada, que o barulho lá fora tava de arrasar, mas era só o vento chegando. O céu estava limpando e lua deu seu espetáculo. Depois de um bom chá /café deu pra olhar as estrelas um tempo até o sono voltar. Aí dormimos até umas 5 e pouco, quando o vento aumentou e o sol começou a chegar. Demos muita sorte, porque o amanhecer foi coisa de outro mundo. Começamos a desmontar o acamps umas 8 e demoramos porque o vento tava do caramba. Caminhamos mais uns 8 kms pelas bordas dos canyons até o final da travessia onde chegamos na porteira final saindo no asfalto, perto da sub estação. Mais alguns kms no asfalto uns 3 e voltamos ao Mirante... Super cansados, mas já querendo voltar e começar tudo de novo. Tivemos um almoço dos deuses lá no Mirante. Depois de quase três dias a base de miojo, uma lasanha caiu super bem. É muito difícil traduzir em palavras o que é uma travessia ou trilha com montanha. Porque o sentimento só pode ser sentido, todo o desafio, desde o peso, o cansaço, o medo, até ficar deslumbrado olhando a imensidão e tendo um pouco de consciência de como somos pequenos nesse universo e como a natureza é perfeita, com respeito, prudência e amor pela natureza, concluímos com sucesso a travessia. Super recomendado. 🙏👏🌲🌲🌲
  20. Período: 15 a 19/11/2017 (período chuvoso) Cidade-Base: Caiapônia/GO, a 550 km de Brasília e 335 km de Goiânia. Relato escrito pela companheira de viagem Maria Fernanda. Fiz só algumas pequenas adaptações. Dessa forma muitas vezes vai estar se referindo a mim na 3ª pessoa...hehehe Além dela o Raphael também integrou o grupo, na verdade foi ele o mentor da viagem em seu Uninho Mille. Dia 15/11, quarta: - Saída DF: 05h30 - Chegada Caiapônia: 13h30 - Estrada via Iporá em ótimo estado de conservação ao longo de todo o trajeto - Fomos direto às Cachoeiras Jalapa e Tobogã. No caminho de terra à direita avista-se ao longe o "Morro do Gigante Adormecido". Lindão! Nível dificuldade das cachús: Zero! Segundo nossa avaliação, são as mais "simples", de menor beleza cênica e sujeitas a estarem lotadas nos feriados e finais de semana. Entretanto, quando lá chegamos só havia mais 3 pessoas. Depois de ficarmos ali um tempinho, seguimos rumo a Cachoeira Três Tombos Como chegar: 5 km antes de Caiapônia na GO-221 no sentido Iporá-Caiapônia Cachoeira Três Tombos Chega-se por cima, onde o Rio São Domingos encontrava-se raso, (na altura de minhas canelas, se tanto!). Do alto, aprecia-se um lindo desfiladeiro e a bela Três Tombos (nome autodescritivo). Próximo ao local do estacionamento à direita há uma trilha para a descida com mais segurança, com cordas para apoio. Não é preciso fazer como nosso audaz e intrépido Anderson Paz que - não encontrando a "descida oficial" - bancou o "Indiana Jones" numa descida arriscada pirambeira abaixo, ok?! O poço dessa cachú é DE-LI-CI-O-SO!! Todos concordamos que suas águas são as mais deliciosas em que tivemos a experiência de nadar / mergulhar. NÃO DEIXEM DE VIVENCIAR ISSO, certo?! Como chegar: BR 158, 46km em direção a Piranhas a partir do trevo que sai de Caiapônia + 16km de estrada de chão. Tem algumas placas. Confie nelas. (Digitar “Cachoeira 3 Tombos” no Google Maps) À noite: Restaurante do Ernesto, frente do Hospital Municipal. Fernanda e Rapha foram de "jantinha" (PF reforçado!) e Anderson foi de sanduba sem carne (com ovo, tomate, milho, alface e maionese). Dia 16/11, quinta feira. Cachoeiras Samambaia e Abóbora Chega-se por cima da Samambaia, literalmente! Inclusive, cruzamos o riacho q a origina sem que déssemos fé disso. Um pouco mais a frente percebemos que havíamos passado do ponto - ela estava logo à direita do riacho. Ao fazermos o retorno, tivemos a sorte de avistarmos 2-3 catetos ariscos. A de scida da Samambaia é tranquila e sinalizada. Queda d'água bonita. Há um poço pequeno . Para chegarmos a Abóbora, voltamos ao ponto de início da descida à Samambaia e pegamos uma trilha em frente, curta (talvez 250 m) e discretíssima! É provável q exista outra trilha por baixo, mas não vimos! A queda e o poço da Abóbora são maiores do que a Samambaia. No entanto, ao chegarmos, deparamo-nos com um fedor forte e nauseante de algum bicho morto nas proximidades. Não permanecemos mais do que alguns poucos minutos por ali. Peninha... Nota Importante: das que visitamos, estas duas cachoeiras ficam muuuito próximas de pastagens e plantações imensas. Como chegar: BR 158, 10km em direção a Piranhas a partir do trevo que sai de Caiapônia + 30km de estrada de chão. Na BR entrar na placa escrita "Vivas Samambaia". O carro para em um estacionamento ao lado do córrego que desemboca na Samambaia. A primeira cachoeira é a Samambaia. Uns 300m de trilha a direita fica a Abóbora (digitar “Cachoeira Abobora” no Google Maps) Após, retornamos ao carro e seguimos nossa aventura em busca à Cachoeira São Domingos... Nessa tarde, fomos agraciados com um original e generoso "Safari no Cerrado". Além dos catetos que avistamos mais cedo conseguimos ver: 10 ou 12 emas, vários tucanos, dezenas de periquitos, muuuuitas corujas, alguns carcarás, seriemas aos montes, curicacas às dezenas, muuuuuitas Araras. Em especial, passamos por um grande pequizeiro e, logo atrás dele, uma fascinante "Árvore de Araras" com 12 exemplares delas, algumas com pequis nos respectivos bicos! Muitos bichos depois, chegamos ao mirante natural da cachú São Domingos... Cachoeira São Domingos Respirações suspensas, expressões estupefatas... Até agora, não encontramos a palavra exata para descrevê-la... BELÍSSIMA! EXUBERANTE! ENCANTADORA!* Para quem conheceu o *"Buraco das Araras" em Formosa... 3 ou 4x o diâmetro dela x 96 m de altura. Para quem conheceu o "Véu de Noiva da Chapada dos Gimarães...mais bela na nossa opião! Após muitas fotos e contemplações, ficamos por uns 40 min procurando a trilha para descer até seu poço. Já estávamos desistindo da descida, quando um som de esperança inundou o ar... uma moto estacionou: era uma das moradoras da casa logo na entrada do terreno de acesso à cachoeira. Apontou-nos o início da trilha ao lado da cerca da propriedade. Após uns 15 min de percurso no sentido contrário à cachoeira, em um caminho plano, a trilha inicia uma descida relativamente inclinada rumo ao vale; por baixo, retorna-se por cerca de 1 km em direção à cachoeira e VOILÁ: a queda belíssima e o poço magnífico!! Dá pra chegar bem embaixo da cachoeira, como é possível ver na foto abaixo. Após uns 40 min, vimo-nos obrigados a abandonar o paraíso recém-encontrado e retornar: já eram 17h40h. Não queríamos correr o risco de retomar a trilha, em geral bem marcada, mas com alguns trechos que requeriam um pouco mais de atenção, e realizar a subida no escuro. Ao chegarmos no topo, não pudemos apreciar o pôr do sol... dia nublado. Mas, fomos premiados com um belo passarinho azul da cara preta e mais 2 casais de curicacas. Como chegar: a partir da Abóbora, há uma estrada de chão de aproximadamente 40 km (digitar Cachoeira de São no Google Maps) Início da noite. Já na estradinha deserta em direção à Caiapônia avistamos 3 belíssimos veados (um deles galhado), pastando serenos até que o Anderson tentou tirar uma foto deles e... saíram em disparada! Chegamos famintos na cidade e fomos jantar no Varandas: restaurante e lanchonete do Daniel, próximo à Universidade Rio Verde. Recomendamos o delicioso macarrão ao molho branco. Dia 17/11, sexta feira Cachoeira e Corredeiras Santa Helena Local de acesso facílimo, extenso, prazeroso, com variados poços e cascatas. À direita da estrada, sobe-se para um dos seus melhores e maiores poços. Contaram-nos depois que em algum ponto mais acima há um encontro de águas quentes e frias, com uns ótimos poços de banho seguindo pela esquerda. De volta ao carro e a caminho das Três Barras, em dois momentos distintos, avistamos tatus próximos à estrada. Como chegar: seguir 45 km pela GO-221 em direção a Doverlândia, seguir 13 km na GO-188 e entrar a esquerda onde há placa indicativa da Cachoeira Paraíso (acesso 2 km depois da Cachoeira Lageado), seguir por mais 11 km Cachoeira Três Barras Outro local que nos deixou estupefatos, boquiabertos e sem palavras...talvez DESLUMBRANTE! seja uma boa palavra para descrevê-lo. Ainda pouquíssimo conhecida pelos próprios nativos. Seguindo uma trilha bastante discreta após a segunda ponte, conseguimos chegar na cabeceira da que fica mais no alto (nível da estrada) e tomamos um banho nela. Pela lateral à sua esquerda, "achamos"(?!) uma trilha (discretíssima, cheia de folhas e plantas) que desembocou numa pirambeira perigosa. Retornamos, não sem antes perder o rumo de onde estava o nosso valente Fiat Uno Mille, embrenhados que estávamos literalmente num mato sem cachorro, porém pleno de carrapatos e micuins. No que pese a deslumbrante paisagem, não recomendamos esta aventura para turistas incautos ou iniciantes no trekking. Por enquanto e pelo que pudemos avaliar in loco, temos a firme convicção de que apenas pessoas com ampla experiência em trilhas, com os equipamentos necessário, possam fazer esse desfiladeiro magnífico! Como chegar: seguir 12 km pela GO-118 após o acesso para a Cachoeira Santa Helena e depois entrar a esquerda onde há placa indicativa da cachoeira e andar mais 13 km À noite, voltamos ao restaurante Varandas. O Rapha comeu e recomenda o Burritos de Frango. Fernanda não gostou do contra-filé com mandioca: estavam duros! E Anderson manteve-se na aposta segura e apetitosa do macarrão com molho branco! Dia 18/11, sábado chuvoso Mais um dia de aventuras, descobertas e encantos na Serra do Caiapó/GO. Excepcionalmente, fomos acompanhados do Guia Valdivino "Jacaré". Cachoeiras Salomão e Índio O estacionamento fica logo acima e à direita da cabeceira da Salomão. A descida foi tranquila, ainda que escorregadia (há cabo de aço para apoio). Queda de 26 m e um poço pequeno. Ao subirmos e nos dirigirmos à cachú do Índio, tivemos a enorme felicidade e emoção de ver bem próximo um belíssimo exemplar do Tamanduá Bandeira. Chegando em sua cabeceira, o Guia e o Raphael avistaram um Cangambá. A descida era muito inclinada, fechada e, por conta das chuvas, estava um pouco escorregadia. Mas mesmo assim o Anderson quis descer até o poço da cachoeira. Não teve jeito: lá foi o pobre do Jacaré acompanha-lo! Fernanda e o Rapha aguardaram na cabeceira. Minutos depois, eles retornaram da empreitada sãos, salvos e felizes (desconfio que o guia mais ainda que o Anderson! ) Retornamos todos ao Valente Fiat Mille. Cachoeiras Rio Verdão e do Coqueiro Para chegar nelas, paramos o carro próximo à sede de uma fazenda e atravessamos a pé 1 km d'uma estrada barrenta, escorregadia e mais uns 600m d'um pasto verdejante, sob uma chuva fina. A descida foi tranquila. "Rio Verdão" consiste num paredão em formato de meia-lua com uma queda d'água abundante e um grande poço, mas o fundo estava com muitos troncos e (não sei se porque chovia?) a água estava escura. Quando saíamos dela, a chuva engrossou! A "Cachoeira do Coqueiro" é uma "irmã-menor" da Rio Verdão. Foi a nossa quarta e a mais difícil do dia, pois a fizemos varando o mato, SEM TRILHA, meio que às cegas e com chuva forte! Quando retornávamos absolutamente encharcados e com frio ao carro, o guia Jacaré informou que poucas vezes viera até ali, uma vez q os turistas preferiam ir nas atrações mais conhecidas e badaladas. Após um reconfortante banho quente no Hotel e deliciosas roupas secas, fomos no "Jantinha Ki Delícia", bem ao lado da Igreja Matriz. Um local simples, mas surpreendeu-nos com UM SHOW de DELÍCIAS e SABORES!! Tudo o que comemos estava DE-LI-CI-O-SO: a jantinha, os bolinhos de arroz, o caldo de galinha, o pudim de leite... PUTZ!! Afirmamos: quem ainda não provou as gostosuras feitas pela Dona Elma e sua filha, não sabe o que está perdendo. 19/11/2017, domingo nublado Anderson e Raphael saíram cedo para uma aventura "exploratória" à Cachoeira Pantano. Fernanda que já estava cansadinha, com dores nos joelhos das aventuras dos últimos e intensos 4 dias, descansou até às 10h e depois foi bater pernas pela simpática e limpa Caiapônia. Tentei visitar a Igreja Matriz, mas estava fechada. A imensa Assembléia de Deus (logo em frente) estava em pleno funcionamento. Fui até a feirinha local, onde comprei alguns hortifrutigranjeiros a bom preço. E descobri que há mais hotéis e pousadas no Centro do que supõe nossa vã internet. *** [Agora é a parte que eu entro na escrita do relato... hehehe] Cachoeira Pantano A cachoeira é uma das mais próximas da cidade, a apenas 10 km dela. O dono da fazenda não permite o acesso de grupos ou pessoas que não estão acompanhadas por guia. Como não queríamos pagar um apenas para ir nessa cachoeira. Paramos o carro na estrada, pouco depois da ponte que passa sobre o rio da cachoeira, e seguimos andando pela beira da mata de galera/ciliar, acompanhando um tracklog. Há trilhas abertas na mata, tanto de um lado quanto do outro do rio. Atravessamos o rio e seguimos pela sua margem direita, acompanhando o tracklog. Chegamos ao ponto final e não achamos a cachoeira. Voltamos, acreditando que poderíamos ter passado ela, mas não a encontramos. Depois de algumas idas e voltas e de muita perda de tempo, consideramos que o tracklog estava errado e resolvemos seguir a nossa intuição. Seguimos então acompanhando a mata da margem direita do rio e depois de uma caminhada de aprox. 30 min a partir da ponte, avistamos a cachoeira deslumbrante do alto. Vista maravilhosa e uma grande satisfação de termos encontrado a cachoeira seguindo a nossa intuição. Infelizmente, como estávamos com o tempo um pouco apertado e também como não conseguimos ver facilmente uma trilha para descer até a parte de baixo da cachoeira, tivemos que deixar a vontade de conhecer a cachoeira por baixo para uma próxima viagem. Como chegar: GO - 221, 10km em direção a Doverlândia. Deixamos o carro na estrada logo após a ponte. Depois da cachoeira, voltamos ao hotel, tomamos banho, terminamos de arrumar nossas coisas e pegamos a estrada. Na saída da cidade, paramos para abastecer e percebemos que o restaurante do posto estava aberto. Era o único aberto no domingo. Comemos ali uma boa comida goiana no self-service com precinho camarada. Depois do almoço, nos despedimos de Caiapônia, já pensando em um retorno para conhecermos a Pantano por baixo, a maravilhosa Cachoeira Alvorada (que segundo relatos estava com pouca água) e outras cachoeiras como a bela Campo Belo. Hospedagem: Hotel Palace Avenida. Limpo, organizado e observei que todos os dias a camareira promovia o arejamento e limpeza dos quartos - ainda que desocupados. Ótimo café da manhã. Apreciei, em especial, o capricho da cozinheira Márcia que procurava enfeitar as bandejas, fazendo esculturas com os alimentos. Apreciei também sua higiene e cuidado com os utensílios e ambiente de trabalho. Funcionários simpáticos.
  21. Morretes DDD (41) Período: 03 a 10/12/2018 Cidades: Morretes, Antonina, Paranaguá e Quatro Barras* A região turística Litoral do Paraná engloba as cidades de Morretes, Antonina, Guaraqueçaba, Paranaguá, Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná. São cerca de 100 km de litoral, destacando-se a Ilha do Mel e o Parque Nacional do Superagui. Nas praias, ilhas e baías, podem ser avistados golfinhos e muitas aves. Além dos encantos do mar, há cachoeiras na maior área contínua brasileira de Mata Atlântica. Somando-se às belezas naturais, destacam-se as cidades históricas como Guaraqueçaba, Morretes, Antonina e Paranaguá e os caminhos históricos das ligações entre o litoral e o planalto como o Caminho do Itupava, a Estrada da Graciosa e a Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba. Suas riquezas também estão na cultura caiçara das canoas de bordadura, do fandango e na culinária típica do barreado e da banana servida na forma de bala, cachaça e chips. Confira abaixo as dicas e o relato de viagem. Fiquei hospedada no centro de Morretes, de onde parti para conhecer Antonina e Paranaguá. A infraestrutura turística é pequena, pois atende majoritariamente os turistas que só vem almoçar e passar parte da tarde na cidade, mas é suficiente para atender quem desejar pernoitar. * Quatro Barras, na verdade, faz parte de outra região turística, a Rotas do Pinhão. Obs.: ATENÇÃO: Não possuo nenhum vínculo com hotel, restaurante, agência, loja e qualquer outro tipo de estabelecimento divulgado nos meus relatos de viagem. Alguns dos pontos turísticos listados, bem como alguns estabelecimentos, não foram visitados por mim e as informações foram obtidas de guias ou funcionários de CITs ou são provenientes de pesquisa. Portanto, recomendo que antes de utilizar qualquer serviço, verifique com a secretaria de turismo da cidade e/ou outras fontes idôneas e confiáveis, como sites oficiais do governo ou órgãos de ensino/pesquisa, se os dados são atualizados e/ou verossímeis. Verifique também as datas dos relatos; algumas informações permanecem válidas com o passar dos anos, porém outras são efêmeras. Esse site não se propõe a ser um guia turístico, trata-se apenas de um relato de viagem e um apanhado de observações, experiências vivenciadas e opiniões de cunho pessoal que não têm a pretensão de ser uma verdade absoluta, pois retratam apenas uma faceta ínfima do diversificado e amplo universo histórico e cultural que um destino de viagem proporciona. Vá, experimente, vivencie e encontre a sua verdade. **************************************** Nanci Naomi http://nancinaomi.000webhostapp.com/ Trilhas: Grupo CamEcol - Caminhadas Ecológicas Taubaté Relatos: 23 dias no PR - dez/2018 - Parte 1: Natal de Curitiba | Parte 2: Morretes 15 dias em SC - fev/2018 - Parte 1: Vale Europeu | Parte 2: Penha Paraty e Ilha Grande - jul/2015 - Parte 1: Paraty | Parte 2: Araçatiba e Bananal | Parte 3: Resumão das trilhas 3 dias em Monte Verde - dez/2014 21 dias na BA - fev/2014 - Parte 1: Arraial d'Ajuda | Parte 2: Caraíva | Parte 3: Trancoso | Parte 4: Porto Seguro 11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo 21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi 21 dias em SC - jul/2012 - Parte 1: Floripa | Parte 2: Garopaba | Parte 3: Urubici | Parte 4: Balneário Camboriú 8 dias em Foz do Iguaçu e vizinhanças - fev/2012 - Parte 1: Foz do Iguaçu | Parte 2: Puerto Iguazu | Parte 3: Ciudad del Est 25 dias desbravando Maranhão e Piauí - jul/2011 - Parte 1: São Luis | Parte 2: Lençóis Maranhenses | Parte 3: Delta do Parnaíba | Parte 4: Sete Cidades | Parte 5: Serra da Capivara | Parte 6: Teresina Um final de semana prolongado em Caldas e Poços de Caldas - jul/2010 Itatiaia - Um fds em Penedo e parte baixa do PNI - nov/2009 Um fds prolongado em Trindade e Praia do Sono - out/2009 19 dias no Ceará e Rio Grande do Norte - jan/2009 - Parte 1: Introdução | Parte 2: Fortaleza | Parte 3: Jericoacoara | Parte 4: Canoa Quebrada | Parte 5: Natal 10 dias nas trilhas de Ilha Grande e passeios em Angra dos Reis - jul/2008 De molho em Caldas Novas - jan-2008 | Curtindo a tranquilidade mineira de Araxá – jan/2008 Mochilão solo: Curitiba e cidades vizinhas - jul/2007 Algumas Cidades Históricas de MG - jan/2007 - Parte 1: Ouro Preto | Parte 2: Tiradentes 9 dias nas Serras Gaúchas - set/2005 - Parte 1: Gramado | Parte 2: Canela | Parte 3: Nova Petrópolis | Parte 4: Cambará do Sul
  22. Fala galera, estou colocando aqui a nossa experiência fazendo o trekking pela Walker's Haute Route, na Suíça/França. Se quiser dar uma força nosso trabalho, passa lá no nosso site que tem mais posts sobre a Suíça e também se cadastrando na nossa newsletter, a gente oferece o livreto "Trekking pela Walker's Haute Route - O Guia Completo", onde a gente responde todas as perguntas, como por exemplo, custo, como chegar, o que levar, melhor época pra fazer, etc. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Ja pensou em fazer trekking na Suíça? Muita gente vai pra conhecer as principais cidades, consumir bons queijos e viver a cultura da Suíça. Mas poucas pessoas sabem que o país é repleto de trilhas que ligam pequenas vilas e refúgios no alto das montanhas. Foi por isso que resolvemos fazer o trekking pela Walker’s Haute Route e viver uma aventura diferente por A Walker’s Haute Route é uma variação simplificada da famosa Haute Route, feita normalmente com o uso de skis e que atravessa os maiores montes dos Alpes franceses, suíços e italianos. É considerada um dos 10 melhores circuitos de trekking do mundo e um dos mais belos, desbancando até o famoso trekking do Mont Blanc (TMB). Pra falar a verdade, muitas pessoas acabam fazendo o TMB sem saber da existência da Walker’s Haute Route. Uma pena! QUAL FOI O NOSSO ITINERÁRIO? A rota clássica parte de Chamonix, na França, coladinho ao Mont Blanc, e atravessa vilarejos, florestas, vales incríveis, glaciares, tudo isso próximo à 3000 metros de altura. Depois de 2 semanas e mais de 180 km de trilha, o destino é a cidade de Zermatt, na Suíça, com o famoso Matterhorn de plano de fundo. Entretanto, que tal fazer algo diferente? Como a gente gosta de ser do contra, decidimos fazer o itinerário no sentido inverso, com algumas adaptações (sim você pode adaptar como quiser!). Tínhamos somente 15 dias de férias e queríamos conhecer algumas cidades da Suíça, como Zurique, Genebra e Berna. Portanto, não poderíamos fazer os 14 dias recomendados para o trekking completo. Decidimos fazer tudo em 10 dias, cortando os trechos menos importantes (mais fáceis ou com paisagens menos extraordinárias, se é que isso existe nos Alpes!) e chegamos ao seguinte itinerário (e os relatos completos😞 Dia 1: Zermatt – Cabana Europa Hut Dia 2: Cabana Europa Hut – Grächen Dia 3: Grächen – Gruben Dia 4: Gruben – Zinal Dia 5: Zinal – Cabane Moiry Dia 6: Cabane Moiry – La Gouille Dia 7: La Gouille – Cabane de Prafleuri Dia 8: Cabane de Prafleuri – Cabane du Mont Fort Dia 9: Cabane du Mont Fort – Martigny Dia 10: Martigny – Chamonix DIA 1 – ZERMATT ATÉ EUROPA HUT Último viewpoint do Matterhorn rumo à cabana Europa Hut. Tudo começou em Zermatt, no coração dos Alpes suíços, depois de uma viagem de trem bem corrida vindos de Zurique. Chegamos na madrugada do dia que iniciaríamos o trekking. Só deu tempo pra tomar banho e correr pro quarto e dormi pra descansar para o primeiro dia de trilha. Seriam os primeiros 22 quilômetros de trilha, saindo de Zermatt, subindo o vale de Mattertal e pegando a famosa trilha Europeweg com destino à Europa Hut, uma cabana/refúgio no alto das montanhas. Além de todas as vistas incríveis no meio do caminho (incluindo o famoso Matterhorn) e todos os precipícios enormes, o destaque do dia foi passar pela maior ponte suspensa por cabos de aço do mundo. Sim, eram quase 500 metros de ponte! Bom, posso adiantar que chegamos exaustos na cabana. Esse foi só o primeiro dia, imagina os demais… DIA 2 – EUROPA HUT ATÉ GRÄCHEN A trilha entre Randa e Saint-Niklaus era praticamente toda assim. Foi um descanso para as pernas e joelhos. Segundo dia na Walker’s Haute Route. A gente decidiu não continuar pela Europeweg e descemos o vale de Mattertal pra continuar a trilha por baixo. Passamos pelos vilarejos de Randa e Herbriggen, antes de chegar em Saint-Niklaus, nossa penúltima parada do dia. Nosso destino seria a cidade de Grächen. No total, foram quase 14 quilômetros de percurso desde a cabana Europa Hut até o nosso hotel em Grächen. Indo por baixo pelo vale, a gente abriu mão das paisagens das montanhas, pra ganhar uma experiência cultural incrível, vivenciando a vida das pequenas cidadezinhas da Suíça e dos seus habitantes. A propósito, os suíços sempre foram muito simpáticos com a gente. DIA 3 – GRÄCHEN ATÉ GRUBEN A borboleta e o pássaro lá no fundo fizeram questão de aparecer na foto. Depois de dormir em um hotel fantasma (conto mais se você comentar!), a gente começou a trilha de Jungen, acessível de teleférico a partir de Saint-Niklaus, e de onde a gente teve uma das mais lindas vistas de todo o trekking (foto acima). De Jungen, a gente pegaria a trilha até Gruben e passaria o nosso primeiro passe de todo o trekking, o Augstbordpass (2894 metros). A alegria foi imensa mesmo com todo o esforço e cansaço da subida. Chegando em Gruben, depois de passar por um bosque lindo, descobrimos uma vilazinha simpática e acolhedora. A gente chegou acabados, com as pernas doendo e os joelhos em estado crítico por causa do peso da mochila. A gente ficou o restante do dia se questionando se continuaria ou não… DIA 4 – GRUBEN ATÉ ZINAL Glaciar de Turtmanntal, pra mim um dos mais lindos dos Alpes. Quarto dia de trekking pela Walker’s Haute Route e sem dúvidas, o dia mais decisivo de todos. Seriam 17 quilômetros até a cidade de Zinal, localizada no vale de Zinal. A cidade foi primeira de língua francesa de todo o trekking. Ainda estávamos pensativos sobre a nossa decisão de continuar. No dia anterior, a gente juntou um monte de coisa que julgamos não necessários e deixamos lá mesmo no hotel. Partimos mais leves, mas sem saber se terminaríamos o trekking! Falando da trilha, o ponto mais alto do dia foi o passe Col de la Forcletta, à 2874 metros. Com o peso a menos, tudo parecia melhor. Estávamos mais felizes e dispostos! Em Zinal, fomos acolhidos no nosso hotel por uma senhora super simpática e fez o nosso dia terminar com chave de ouro. DIA 5 – ZINAL ATÉ CABANE MOIRY Quinto dia de trekking pela Walker’s Haute Route e incríveis 66 quilômetros percorridos. Faltavam um pouco mais do que a metade até o nosso objetivo final. Nesse dia, a gente teria que ir de Zinal até a Cabane de Moiry, o nosso primeiro refúgio da trilha, localizada pertinho da barragem e do glaciar de Moiry. Esse foi um dia muito agradável. A maior parte da trilha era contornando o Lac de Moiry, imenso, cor azul esmeralda. A parte final, entretanto, foi mais complicada. Pra chegar até o refúgio, a gente teve que subir umas centenas de metros. Mas o esforço valeu a pena. A cabana fica bem do lado das montanhas e do glaciar de Moiry. Vista que recompensou tudo, mas não tirou as dores nos joelhos que nunca estiveram maiores. Ha! E quase ia me esquecendo, a gente conheceu um casal de brasileiros super simpáticos que nos ensinou bastante sobre perseverança e determinação. DIA 6 – CABANE MOIRY ATÉ LA GOUILLE Vista que a gente tinha do Lac de Chateaupré, com o glaciar de Moiry atrás. Sexto dia de trekking pela Walker’s Haute Route e mais de 91 quilômetros de trilha percorridos. A gente tava preocupado com o estado dos nossos joelhos, mas por milagre no dia seguinte, eles já não doíam tanto como no dia anterior. Começamos a descida pela mesma trilha rumo ao destino do dia, a cidade de La Gouille. Só que esse seria um dia mais puxado. A subida até o passe Col de Tsaté não era o problema. Fizemos bem tranquilo e chegamos no passe, à 2868 metros, com muita energia. O problema foi a descida. Foram mais de 1200 metros de descida que não acabava nunca! Ainda perdemos o ônibus em La Sage e tivemos que ir andando até Les Haudères, de onde a gente pegou um ônibus para La Gouille. DIA 7 – LA GOUILLE ATÉ CABANE DE PRAFLEURI Sétimo dia de trekking pela Walker’s Haute Route. O primeiro ônibus para Arolla saindo de la Gouille sairia por volta das oito da manhã. A viagem até Arolla foi rápida, cerca de 20 minutos. Estávamos contando o tempo, pois seriam 16 quilômetros naquele dia, cinco deles praticamente em linha reta, contornando a Barrage des Dix. Além das vistas incríveis, o ponto alto do dia foi passar pelo famoso Pas des Chèvres. Nada mais do que um conjunto de escadas de metal que ajudam um pouco na descida até o Val des Dix. As escadas são super bem construídas, mas bate aquele medinho, sabe como é… Terminamos a trilha com uma subida até o Col de Roux (2804 metros), de onde a gente já podia ver a Cabane de Prafleuri, onde a gente dormiria aquela noite. DIA 8 – CABANE DE PRAFLEURI ATÉ CABANE DU MONT FORT Oitavo dia de Walker’s Haute Route e um dos mais difíceis do trekking tecnicamente falando. Seriam três passes em um só dia, algo inédito até então. No dia anterior a responsável da Cabane de Prafleuri havia dito que o dia seria de mau tempo e chuva. Ela nos aconselhou a sair bem cedo pra evitar maiores imprevistos. Foi o que a gente fez. Mesmo sendo um dia de trekking mais puxado, foi o dia com as melhores fotos. A parte mais complicada foi que tivemos que pegar a rota mais curta (pelo temido Col de la Chaux) que levava até a Cabane du Mont Fort, ao invés de pegar a rota pelo Col de Termin, com vistas melhores, mas perigosa em dias de mau tempo. Só que a gente não sabia que a rota mais curta era uma rota alpina, mais exigente! Daí você tira que passamos bons bocados nessa última parte. E foi nesse dia que a gente viu os primeiros Ibex da viagem. DIA 9 – CABANE DU MONT FORT ATÉ MARTIGNY Nono dia da Walker’s Haute Route. Depois de um dia de trekking puxado e alguns sustos, decidimos que pegaríamos mais leve. O plano inicial era fazer toda a trilha da Cabana du Mont Fort até Le Châble e de lá ir para Orsières, o que acrescentaria um dia no itinerário. Adaptamos o plano e fomos para Martigny, encurtando o trekking em um dia, mas ganhando um para descansar. De lá partiríamos para o nosso último e mais aguardado dia na Walker’s Haute Route. DIA 10 – MARTIGNY ATÉ CHAMONIX Último dia na Walker’s Haute Route. O cronograma seria ir de Martigny até Chamonix. Mas tudo tinha que sair como previsto. De Martigny, a gente pegou um ônibus até o Col-de-la-Forclaz, e de lá começou os últimos quilômetros de trilha até Chamonix. Depois de 10 dias e mais de 135 quilômetros de trilha, enfim a gente tinha chegado onde queríamos. Ao fazer a última subida até o Col de Balme (divisa entre a Suíça e França) e olhar pro horizonte, lá estava ele, o Mont Blanc, imponente! O dia não poderia estar melhor! A vista do Mont Blanc estava nítida, sem interferência alguma, nenhuma nuvem, perfeita. Não poderia pedir mais nada. Nos sentamos, tiramos as mochilas e ficamos ali por pelo menos uma hora, comendo e apreciando a vista do Mont Blanc. QUER SABER MAIS SOBRE A WALKER’S HAUTE ROUTE? Ficou com vontade de fazer um trekking na Suíça? Tem mais perguntas sobre a Walker’s Haute Route? Estamos preparando um livreto “Trekking pela Walker’s Haute Route – De Zermatt até Chamonix”, onde a gente conta com detalhes tudo que você precisa saber pra se preparar pra esse trekking e também a nossa experiência, dia à dia, durante os mais de 135 quilômetros de trilhas pelos Alpes da Suíça e França.
  23. Fala galera, estou colocando aqui a nossa experiência fazendo trilhando o vulcão Illiniza Norte, em Quito no Equador. Se quiser dar uma força nosso trabalho, passa lá no nosso site que tem mais posts sobre o Equador e também se cadastrando na nossa newsletter, a gente oferece o livreto "Rumo ao Cume do Illiniza Norte - O Guia Completo", onde a gente responde todas as perguntas sobre como chegar ao cume do vulcão à 5126 metros (custo, como chegar, o que levar, melhor época pra fazer, etc.) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ O dia começou bem cedo para nós. O motorista nos buscou às 8h da manhã e o nosso primeiro destino seria Machachi, uma cidadezinha a alguns quilômetros de Quito. Lá, nos encontraríamos com o nosso guia e acertaríamos os últimos detalhes para o Illiniza Norte. Não esperava nenhum grande esforço no primeiro dia. Seria um hiking de umas 4h até o refúgio Nuevos Horizontes (4700 metros de altura). Seria muito parecido ao do Rucu Pichincha que havíamos feito no dia anterior. De lá, no dia seguinte, faríamos o ataque ao cume do Illiniza Norte, com seus 5126 metros de altitude. Chegamos na entrada da reserva ecológica por volta das 10h30 e lá pelas 11h, começamos a subida até o refúgio. Estávamos um pouco cansados do dia anterior. Deu pra sentir o desgaste. Pra piorar, tivemos que levar muito mais peso do que o esperado, o que dificultou ainda mais a subida. O começo lembrava muito a trilha do Rucu Pichincha. Era praticamente a mesma paisagem. Vegetação rasteira, cor verde musgo e muita poeira. Alguns quilômetros depois, a neblina veio com força e a inclinação da trilha aumentou consideravelmente. Tínhamos que fazer zigue-zagues constantes. Não via a hora de chegar, mas parecia que era interminável. A parte final seria uma grande montanha de areia cinza e pedras soltas. 1h de subida desgastante. Após vencer o último obstáculo, vimos uma casinha amarela bem distante. Era o refúgio Nuevos Horizontes, o primeiro refúgio construído no Equador. Estava envolto em neblina. Também deu pra sentir que a temperatura havia caído drasticamente naquele ponto. O REFÚGIO NUEVOS HORIZONTES Enfim estávamos no refúgio. Fomos os primeiros a chegar por incrível que pareça. O refúgio era bem pequeno. Tinha uma pequena mesa e dois banquinhos de madeira bem na entrada. Vários beliches encostados uns nos outros, bem apertado e uma pequena cozinha, onde o administrador do lugar, “Gato”, fazia a coisa funcionar. Não deu tempo nem de colocar as mochilas na cama e já tinha uma sopinha e um chá quentinho nos esperando. O guia aproveitou o momento e disse que o refúgio aceitaria mais pessoas do que o normal e teríamos que dormir nós 3 juntos em uma cama para 2. “Sem problemas”, pensei sem refletir muito. Terminamos a sopa e logo fomos tirar uma soneca. Isso era por volta das 14h da tarde. O silêncio estava maravilhoso. Dava pra ouvir o coração batendo tentando levar oxigênio pra todo o corpo a mais de 4700 metros de altitude. Isso tem seu preço. O corpo usa muito mais rápido o líquido que entra e por conta disso, a vontade de fazer xixi é quase instantânea. E não é qualquer xixi, é muitoooooo xixi. Bom, uma hora depois, outros grupos foram chegando. O silêncio deu espaço ao barulho. Conversa pra lá e pra cá, e nós ali deitados, tentando descansar ao máximo para o dia seguinte. Foi então que a vontade de ir ao banheiro veio. O banheiro ficava no lado de fora. Eram duas cabines bem rústicas, sem luz e bem sujas. O que esperar, além disso? Vamo que vamo. A aventura de usar o banheiro nessas condições poderia render um post separado, mas vou deixar a sua imaginação fazer o resto. Voltando ao refúgio, era hora do jantar. Nos sentamos na mesa com um grupo de mexicanos e começamos a comilança. Uma das meninas virou pra mim e disse “ça va?”. Fiquei meio confuso. Sei falar francês, mas esperava um “¿Como estás?”. Olhei com cara de bunda pra ela e logo veio a pergunta “De onde vocês são?”. Prontamente disse que era brasileiro e todos os mexicanos falaram “HA! Eu disse, ou eram brasileiros, ou franceses!”. Foi a deixa para muita conversa e troca de experiências. Voltando ao jantar, uma sopa veio como entrada. Era uma sopa de legumes neutra. Tinha pedido um cardápio sem lactose. Gato virou para mim e perguntou, pode ter um pouquinho de leite? Ou aceitava, ou não comeria nada naquela noite, então disse que não tinha problema. O prato principal foi frango cozido, arroz quentinho e abacate maduro. Uma delícia! Pra finalizar, pêssegos em calda. Tudo acompanhado com chazinho quentinho. O jantar elevou a nossa moral em todos os sentidos. Voltamos para a cama e tentamos descansar até as 4h do dia seguinte. Não deu nem 1h depois do jantar e já estava com vontade de ir ao banheiro de novo. E lá vamos nós novamente. Sair do saco de dormir, calçar e encarar o frio do lado de fora pela vontade de fazer xixi que era interminável. Era quase 1 minuto de xixi, coisa que nunca tinha visto na vida. O corpo parecia está em seu modo de sobrevivência, produzindo xixi em uma taxa acelerada para se manter em funcionamento. Essa teria sido a última ida ao banheiro antes do ataque ao cume. De volta a cama, coloquei novamente o saco de dormir e dessa vez o guia se juntou a nós. Lembra que dormiríamos 3 em um lugar de 2? Pois, tive que ficar no meio, entre o guia e a Gabriela, por motivos óbvios. Só não contava que seria espremido durante horas, noite adentro. Resolvi dormir do lado contrário e foi assim que consegui recarregar minhas energias até as 4 horas da manhã, quando acordamos para atacar o cume do Illiniza Norte. ATAQUE AO CUME DO ILLINIZA NORTE Era hora do ataque ao cume do Illiniza Norte. 4h da manhã e começamos os preparativos. Colocamos as roupas, camada por camada, capacetes, lanternas e tudo que era necessário e nos sentamos na mesa para tomar café da manhã. O café foi básico, mas bem potente. Aveia com iogurte, pão e café bem forte. Saímos bem alimentados e prontos para as próximas 6 horas de subida até o cume, à 5126 metros de altitude! Saímos e ainda era noite. Fazia menos frio do que o dia anterior, mas ainda sim, incomodava. Ligamos a lanternas pregadas aos capacetes e iniciamos a trilha. Começamos a subida por uma parte arenosa na lateral da montanha, repleta de rochas soltas. Passamos o grupo que saiu minutos antes da gente e continuamos em frente. Em determinado momento, o sol começou a aparecer. Minha expectativa era que pudéssemos ver o nascer do sol lá de cima, com vista privilegiada aos vulcões acima das nuvens, principalmente o Cotopaxi. Tinha visto vários vídeos incríveis e mentalizei aquele momento. Entretanto, a neblina tinha estragado meus planos. Não dava pra ver quase nada, somente um pequeno pedaço do caminho que devíamos percorrer. O vento e o frio foram aumentando e as pedras que antes estavam negras e um pouco úmidas, agora estavam cobertas por gelo e neve. Isso tornaria a subida mais cuidadosa e consequentemente mais perigosa. Pra completar, ventava forte, muito forte, cada vez mais forte. O nosso guia estava focado e tudo que mandava fazer, executávamos sem hesitar. Horas de subida e de pequenas escaladas, havíamos chegado ao famoso Paso de la Muerte, o ponto mais perigoso antes do cume do Illiniza Norte. Era um paredão de rochas que para ser transposto, deveríamos descer um pouco e passar por um desfiladeiro e depois subir novamente. O cume ficava algumas centenas de metros dali. Hesitamos um pouco, mas o guia manteve o foco e nos encorajou. Fui o primeiro a descer. O guia se posicionou mais acima, segurando a corda, me ajudando a descer lentamente, pedra por pedra. Em alguns momentos eu não tinha nada além do meu corpo pra usar como apoio. Tinha que usar as mãos, descer o máximo possível e confiar que haveria outra pedra ali embaixo pra me acudir. Funcionou… Passamos a parte mais complicada e depois de alguns minutos, em uma última escalada, chegamos ao cume. Diferente do Rucu Pichincha, a emoção não veio como esperado. Nenhuma lágrima, nenhum grito, nada. Um sorriso foi a única coisa que veio. De alívio acho. Tinha sido uma subida complicada. O vento batia forte e não perdoava. Minhas mãos já estavam quase sem movimento devido ao frio. Dava pra ver a cruz congelada atrás do guia, mas devido às condições climáticas, ele não deixou ir mais adiante para tocá-la. O terreno estava instável e o vento estava forte. Tiramos fotos com o celular, já que a maquina congelou de tanto frio. Essas são as únicas fotos que temos. Depois de alguns rápidos minutos, começamos a descida. A rota de descida seria outra. Não voltamos pelo refúgio, mas sim por uma rota alternativa, mais rápida pela lateral da montanha. Era um desfiladeiro de rochas e terra. Tínhamos somente que descer, descer e descer. A inclinação era tanta que mal dava pra estabilizar o corpo e a velocidade de descida. Caímos várias vezes pra resumir. Durante uma boa parte decidimos somente descer como um tobogã. Ajudou um pouco, mas não por muito tempo. Tínhamos que sair rápido dali, pois, o grupo que vinha logo atrás poderia jogar pedras sobre nós. Passado o sufoco, a trilha foi se nivelado novamente e alguns minutos depois já estávamos novamente na trilha principal, indo em direção ao estacionamento. Estava com a garganta bem ruim e ficando cada vez mais resfriado. Não pensava muito sobre isso. A cabeça só pensava em chegar logo pra descansar. Teria que me cuidar e descansar bastante se quisesse ter chance de subir o Cotopaxi. Esse sim seria difícil, exigiria de nós muito mais esforço e preparo. Tiramos os próximos dias para descansar e torcer para que o corpo suportasse o último grande desafio.
  24. Fala galera, estou colocando aqui a nossa experiência fazendo trilhando o vulcão Rucu Pichincha, em Quito no Equador. Se quiser dar uma força nosso trabalho, passa lá no nosso site que tem mais posts sobre o Equador e também se cadastrando na nossa newsletter, a gente oferece o livreto "Trilhando o Rucu Pichincha - O Guia Completo", onde a gente responde todas as perguntas sobre como chegar ao cume do vulcão (custo, como chegar, o que levar, melhor época pra fazer, etc.) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Acordamos bem cedinho, preparamos o café e pedimos o táxi até o teleférico de Quito na recepção do hostel. Tentaríamos subir ao cume do vulcão Rucu Pichincha. Deixamos tudo preparado no dia anterior para não perder tempo. Queríamos chegar no máximo às 9h da manhã, hora que o teleférico de Quito (chamado TelefériQo) abriria naquela terça-feira, 1 de janeiro. Saímos do teleférico rapidamente e logo começamos a trilha. Ela começa indo para a esquerda, subindo umas escadarias por trás de um prédio. Dali pra frente, não tem muito erro. Foram quilômetros e quilômetros de subidas intermináveis, mas como estávamos dosando os passos, não foi nada complicado. Eu diria que a trilha ao cume do vulcão Rucu Pichincha é dividida em três partes. A primeira parte, a mais longa, é composta de um hiking moderado em uma trilha bem sinalizada. É a parte mais tranquila de toda a trilha. A vista que tínhamos de Quito e das montanhas ao redor era incrível. Dava pra ver todos os principais vulcões do Equador no horizonte, principalmente o Cotopaxi, imponente, majestoso, surgindo ao fundo da cidade. Além disso, a vegetação era muito característica. Era praticamente rasteira com algumas árvores e flores que nunca tínhamos visto. Parecia um cenário do Senhor dos Anéis. A segunda parte da trilha começou lá pelo 3,5 quilômetro. Estávamos mais perto do cume do vulcão Rucu Pichincha, e lá, as coisas começaram a ficar mais complicadas. A trilha foi deixando de ser fácil para ser tornar somente um filetinho de terra na encosta do vulcão, composto principalmente de pedras soltas, alguns pequenos rochedos (que tivemos que escalar) e areia escorregadia. Um paredão de pedras negras surgiu mais a frente e o vento aumentou consideravelmente, assim como a temperatura ficou um pouco mais baixa. Até esse ponto, nada que nos assustou o bastante para nos desmotivar de continuar e alcançar o cume. E finalmente, a terceira parte e mais complicada de todas. Até ali, não sentimos em nenhum momento o efeito da altitude (estávamos a mais de 4000 metros de altura) e o corpo respondia a todos os comandos. Foi na terceira parte que tivemos a ideia de esforço. Depois de contornar o paredão de rochas negras, um enorme desfiladeiro de areia e pedras apareceu. Muito grande. Começava justamente bem perto ao cume e descia praticamente por todo o vulcão. A trilha ali já não tinha mais sinalizações que faziam sentido e cada um tentava subir da maneira que dava. Isso incluiu a gente. Começamos a subir e vimos que ninguém tinha ido atrás de nós. A pergunta ficou no ar: “Só a gente está certo?”. Demos meia volta, descendo quase que esquiando sobre a areia para acompanhar o grupo de pessoas que subiam com a gente. Depois de alguns minutos de trilha incompreensível, chegamos de fato ao paredão de rochas negras. Não tínhamos escolha, era subir ou subir. A inclinação passava dos 50 graus na maioria dos trechos. Começamos a subida, pedra por pedra, com o maior cuidado possível, pois qualquer deslize poderia ser fatal. Em um dado momento, não sabíamos mais como subir. Lá do alto, um equatoriano gritou, desceu alguns metros e nos ajudou a encontrar o melhor lugar para escalar. Foi muito gentil e nos ajudou bastante! Antes disso, estávamos quase pensando em desistir, com medo da inclinação e da dificuldade da subida. Além disso, algumas pedras que se desprenderam quase nos acertaram. Mas essa ajuda nos trouxe mais ânimo e alguns minutos depois, chegamos ao cume, a incríveis 4698 metros de altitude, nosso recorde até então. A emoção era tanta, eu e Gabriela nos abraçamos e começamos a lacrimejar. O abraço foi demorado, quase de alívio por ter chegado vivo ali em cima. Não conseguíamos acreditar que tínhamos chegado ao cume do Rucu Pichincha. A sensação foi intensa, uma alegria imensa de mais um passo cumprido rumo ao objetivo final. Nos sentamos, comemos e descansamos um pouco. Percorremos toda a extensão do cume e tiramos várias fotos. Lá no alto, encontramos um guia que levava um grupo de americanos ao cume. Era do Equador (se chamava Alejo) e parecia super doido. Conversando com a gente, ele disse que já percorreu todo o Rio Amazonas saindo do Equador de barco e em suas próprias palavras: “foi uma coisa de louco!”. Só ouvindo pra acreditar. Ele também nos ajudou nos informando a melhor rota pra descer o vulcão. Ficamos por mais alguns minutos no cume e resolvemos descer. A descida foi mais tranquila do que a subida, mas devido ao cansaço um pouco mais perigosa. Em um determinado momento, quase despenquei de um rochedo por não ter ponto de apoio para os pés. Mas não passou de um susto, se não estaria aqui para contar a história. A trilha de volta dava uma visão limpa e direta do Cotopaxi. Foi praticamente nosso companheiro durante toda a descida. Algumas horas depois, estávamos novamente no teleférico, prontos para descer e descansar. Teríamos mais um grande desafio no outro dia: o Illiniza Norte.
  25. Fala galera, estou colocando aqui a nossa experiência fazendo trilhando o Sandero de las Orquídeas, na Laguna Cuicocha no Equador. Se quiser dar uma força nosso trabalho, passa lá no nosso site que tem mais posts sobre o Equador e também se cadastrando na nossa newsletter, a gente oferece o livreto "Trilhando a Laguna Cuicocha - O Guia Completo", onde a gente responde todas as perguntas sobre a trilha na Laguna Cuicocha (custo, como chegar, o que levar, melhor época pra fazer, etc.) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Primeira atividade de aclimatação à altitude. Nesse dia, faríamos o hiking em volta da Laguna Cuicocha, localizada a alguns quilômetros de Otavalo. O Sandero de las Orquídeas, como é chamada a trilha que circunda a lagoa, possui 14 km de extensão e é feito normalmente em 4-5 horas. É uma bela experiência pra quem quer conhecer mais a região ao redor da cidade de Otavalo, além do seu famoso mercado artesanal. Chegamos ao terminal de Otavalo bem cedo. Mal tínhamos tomado café e já estávamos procurando o ônibus rumo à Cotacachi (USD 0.35). Esse ônibus faz uma parada em Quiroga, um pequeno povoado de onde saem os táxis rumo à Laguna Cuicocha. Não deu erro. Chegamos a Quiroga e na praça principal, várias caminhonetes brancas já acenavam a espera dos próximos turistas. A viagem de Quiroga até a lagoa durou 15 minutos e custou 5 dólares. O táxi nos deixou no centro de informações do parque. Quando chegamos, estava praticamente vazio. Vimos somente alguns grupos que iriam fazer a mesma trilha com a gente, e nada mais. Por recomendação na entrada do parque Cotacachi-Cayapas (entrada gratuita), começamos a trilha pelo sentido anti-horário. Li em vários blogs que começar pelo sentido horário não é permitido e pude constatar com o aviso acima. Além disso, o sentido anti-horário é bem mais cômodo. A dificuldade maior está no começo. A subida até a altitude máxima da trilha acontece primeiro e depois fica muito tranquilo. A sinalização da trilha é algo a se destacar. Placas e avisos estavam espalhados por todos os lados, sendo quase impossível de se perder. Inúmeros mirantes também estavam dispostos em pontos estratégicos com vista privilegiada para a lagoa. Em questão de organização, esse foi um dos hikings mais bem estruturados que fizemos, melhor até do que os que temos aqui no Canadá. Bom, voltando à trilha, o objetivo seria fazer todo o circuito em pelo menos 4 horas. Mantivemos um ritmo bem tranquilo, mesmo na subida, e paramos constantemente para descansar e tirar fotos. A vegetação era bem característica. Era de cor verde musgo, com inúmeras orquídeas de cores e formatos diferentes. Daí o nome da trilha. Em alguns momentos me pegava pensando: “pera aí, esse lugar parece muito as trilhas pelo cerrado que fazíamos em Brasília”. Parecia de mais! Eu só acreditava que estava em um lugar diferente quando olhava para o lado e via a imensa lagoa, com duas ilhas no meio. Era difícil de explicar. O encanto aumentava quando olhava para os arredores da lagoa e via os vulcões Cotacachi e Imbabura. Em alguns pontos da trilha, dava pra ver os maiores vulcões, como o Cayambe e o Cotopaxi, bem de longe. Era por pouco tempo, já que as nuvens passavam os cobrindo constantemente. Depois de um pouco mais de 4 horas de trilha, 14 km percorridos e muitas paisagens extraordinárias, chegamos novamente ao Centro de Informações, onde comemos e esperamos o táxi de volta à Quiroga com vista privilegiada para toda a lagoa e para o vulcão Cotacachi (foto acima). Na hora exata, o taxista chegou e embarcamos em direção à Quito. A viagem de volta demorou praticamente a mesma coisa que a ida e umas 3h depois já estávamos no hostel em Quito, felizes por ter completado com sucesso o primeiro passo de aclimatação.
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