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  1. Fala pessoal, boa noite, ou bom dia sei lá que horas são aii haha... Estou aqui para escrever meu primeiro relato, portanto, me desculpem pelos erros ortográficos, falta de concordância, gírias e etc. Vou contar o relato sobre uma trilha já conhecida por muitos deste fórum (Poço formoso), o que eu quero mostrar é como um virgem de trilhas só faz merda haha... E para os novos trilheiros sempre se informem sobre o local correto a seguir, entrada da trilha, dificuldade de etc. Pois bem, tudo começou na noite do dia 06/09/2011, um dia antes do feriado de 07 de Setembro, eu estava há alguns dias já namorando o site dos mochileiros e não vendo à hora de me aventurar por aiii. Foi quando surgiu o feriado e conseqüentemente a idéia de ir até Paranapiacaca que é relativamente próximo ao Ipiranga (onde moro). Chamei dois amigos para ir comigo o Vinição e o Patrik, de inicio ambos concordaram em ir, pois, íamos ficar provavelmente mofando em casa ou na rua vendo o pessoal passando escutando funks em seus carros (sinceramente já estou cheio disso)... Ops. Nada contra quem curte que fique claro! Depois de acordado com o pessoal sobre a trip, faltava o destino certo em Paranapiacaba, qual trilha fazer? Dei uma pesquisada básica no santo Google e gostei das informações sobre a “cachoeira da fumaça” então por que não fazer? Destino decidido! Nem dormi direito de ansiedade, estava parecendo criança na noite antes de ir à excursão da escola quando é era para o Hopi-Hari hehe... Já havia preparado minha mochilinha de 10 l para a viagem. Acordei às 07hs e chamei meus amigos às 07:30hs conforme combinando na noite anterior tomamos um cafezinho reforçado na padoca e pegamos o busão até o terminal Sacomã, paramos na estação Tamanduateí e pegamos o trenzãoo até Rio Grande da Serra, e depois um busão até Paranapiacaba, para pegar o ônibus da EMTU que vai até Paranapiacaba basta atravessar o trilho do trem em Rio Grande da Serra entrar a direita após a travessia do trilho e na primeira esquerda o ponto estará a uns 100 mts, chegando ao ponto... Meu Deus estava LOTADO, havia uns farofeiros incluindo nós, umas criancinhas que Deus que me perdoe, mas pareciam uns diabinhos isso sim, e uns dois cachorrinhos, um já chegou pondo as patas na minha barriga e sujando minha camiseta branca haha, nem liguei. Embarcamos no busão e os ‘’diabinhos’’ continuavam gritando e cantando a eterna musica “o motorista, pode correr, que os FAROFEIROS não têm medo de morrer’’, bem eles não disseram farofeiros, mas seria apropriado rs. Depois de uns 15 minutos o busão chegou, o motorista parecia o Shumaquer (deve estar escrito errado, mais estou com preguiça de pesquisar no Google então vai ficar assim mesmo hehe), quando desembarcamos em Paranapiacaba, o lugar parecia o jogo Silent Hill, a neblina cobria tudo, demos umas voltas na vila, mas não dava p/ enxergar nada, perguntamos para um morador muito simpático onde ficava a trilha da cachoeira da fumaça e o mesmo informou que teríamos que voltar muito, pois, havíamos passado o início da trilha. Começamos a caminhada no asfalto voltando sentido Rio Grande da Serra, o senhor informou que a trilha começava na torre de eletricidade do lado esquerdo da pista, andamos umas 2 horas até chegar ao local (os burros nem pegaram um ônibus, decidimos ir andando mesmo)... Chegamos a uma suposta trilha do lado esquerdo sentido Rio Grande da Serra, a trilha era após uma empresa de portão azul e a “trilha” haha... Era bem marcada, uma represa do lado esquerdo, caminhamos uns 10 minutos e chegamos a um lugar que tinha uns carros 0 km, vários! Todos os Gols geração 05 rock en rio, olhei os carros de perto e todos estavam abertos e com as chaves no contato, aquilo estava estranho, voltamos p/ estrada, pois, aquela trilha com certeza não levava a cachoeira nenhuma (depois soubemos que a trilha estava bem mais a frente) aushuhasa... Pegamos um busão de volta a Paranapiacaba, eu que não andaria uns 5 km de volta nem fodendo... Demos o sinal fora do ponto mesmo e o busão parou “que sorte”, chegamos à cidadezinha novamente e o mesmo morador do início ainda estava lá, pedimos informação sobre alguma trilha fácil para não perdemos a viagem, nisso já eram 14hs, o tiozinho informou sobre uma suposta “trilha da onça” logo após o cemitério, perguntei para um flanelinha onde começava a trilha e o sujeito informou, porém disse – Vocês não irão conseguir entrar não, pois existe fiscalização, mas por trás da minha casa aqui da p/ cortar o caminho. Logo de cara já vi que o cara estava a fim de morder uns ‘’caranguejos’’ nosso, agradeci a informação e disse que iria tentar fazer outra trilha... Chegamos ao início que fica a esquerda logo após o estacionamento, no início da trilha existe na parte direita um mirante que provavelmente tem vista p/ Cubatão, eu não sei afirmar por só via neblina... Entramos na trilha que para a nossa surpresa estava sem fiscalização, a sorte estava mudando, descemos e logo no início havia uma bifurcação, uma parte descia para a esquerda e a outra continuava reta, resolvemos seguir reto, que foi justamente o correto a ser feito, depois de andar mais um tempinho encontramos alguns mochileiros que estavam por nossa sorte justamente na segunda bifurcação, essa era em forma de “U”, se não fosse por eles eu iria descer reto (não sei aonde vai essa trilha), perguntei ao grupo simpático onde a trilha em que eles subiam chegava e me informaram que ia ao poço formoso, gostei da idéia, pois, já havia visto fotos e relatos deste lugar no site dos mochileiros, onde o nosso amigo “Massa” mencionou algumas informações muito importantes. Continuei descendo, seguimos na parte da bifurcação que tem formato de “U”, mais a frente encontramos a terceira bifurcação, uma ia reta e a outra virava a esquerda e passava por baixo de uma torre de eletricidade, fizemos merda, seguimos reto . Comecei a notar que na trilha não havia mais pegadas, e o pior, existiam teias de aranha que atravessavam a trilha, foi ai que após a décima teia de aranha eu me perguntei “se o pessoal estava subindo do poço formoso, por que existem essas teias de aranha intactas no caminho que supostamente eles fizeram?” Ou as aranhas estavam rápidas demais fazendo novas teias ou nós havíamos errados na última bifurcação, não deu outra! Resolvemos voltar e pegar a trilha que passava por baixo da torre de alta tensão, depois de voltar na bifurcação e entrar na trilha a esquerda não demorou muito para escutarmos barulho de queda d’água, e mais uns 5 minutos andando chegamos ao poço formoso, lugar fantástico e de rara beleza. Aventuramos-nos nas cascatas que iam abaixo, tiramos fotos, filmamos, entramos na água, foi fantástico! Não há valor no mundo que pague! Ficamos por lá aproximadamente uma hora curtindo, pois, parecia um troféu, depois voltamos e encaramos a subida novamente, chegamos à vila, tomamos água, nos limpamos e voltamos para casa, confesso que ao chegar a minha casa estava exausto, porém, a minha felicidade era extrema. Agora não vejo a hora de realizar a próxima trip que está marcada para a próxima sexta-feira 16/09/2011 que será de Parelheiros até Itanhaém, vamos ver no que dá Né? Haha... Pessoal, queria agradecer demais pela paciência em ler o relato, pelas dicas que todos vocês passam no site, agradecer ao colega Massa por ajudar sempre com dicas de alguns roteiros... No mais é isso aiii... Abraços. Segue abaixo as fotos; Uma parada para o descanso. Uma parada para as fotos, no caminhos da "trilha" da cachoeira da fumaça... A suposta "trilha" da cachoeira da fumaça haha... Seguindo caminho As fotos abaixo são da chegada ao poço formoso! Meu pequeno nariz!!!
  2. Oi, pessoal Ontem fui para Paranapiacaba. Como fui fazer trilha, não levei minha máquina fotográfica (mais peso na mochila é o que eu menos precisava), mas a equipe tinha uma point-and-shoot disponível. As fotos eu fico devendo (e todo mundo sabe que eu sempre acabo colocando as fotos online...), mas a narração do passeio vai seguir. As informações relevantes estão no meio da história. Postei esse mesmo texto no meu blog (o endereço está na minha assinatura), mas achei que fosse interessar pro pessoal do fórum. Cap. 1 - Introdução: como chegar em Paranapiacaba A história desse passeio começou no sábado, quando meu amigo Smurf me ligou e perguntou: "ei, vamos para Paranapiacaba fazer trilha?". Claro que eu respondi: "achei legal, mas quanto isso vai custar?". O Smurf me respondeu na hora: "não sei. A gente chega lá e vê". "Então eu estou dentro!". Resultado: ontem às quatro da manhã levantei e comecei uma mega-romaria até Paranapiacaba. Peguei um ônibus daqui de Campinas até o terminal Tietê, em São Paulo. De lá, um bilhete de metrô me levou até a Estação Luz (na linha azul mesmo...), onde eu fiz gratuitamente a transferência para a CPTM, tomando a linha 10 com destino a Rio Grande da Serra. A linha 10 parece ser um nome novo, porque em alguns lugares ainda está indicada como linha D - o que vale mesmo é que você tem que pegar o trem na Luz até Rio Grande da Serra. Chegando lá, esperei o resto da equipe (que saiu de Santo André e chegou no trem seguinte. Ao todo éramos eu, Smurf, Sabrina e Lucas) e comi uma coxinha numa lanchonete qualquer. Aproveitei para perguntar onde se tomava o ônibus para Paranapiacaba, afinal, se quem tem boca vai a Roma, que dirá de Paranapiacaba... O ônibus deixou a gente ao lado do cemitério de Paranapiacaba, na parte alta da vila, em frente a um mapa que não teve a dignidade de incluir uma indicação do tipo "você está aqui". Um cara, até então desconhecido, nos abordou. Disse que se chamava Ulisses, e que, nas segundas-feiras, estava tudo fechado na cidade, mas que ele podia nos levar até o Poço Formoso, uma caminhada de mais ou menos uma hora que chegava num poço com uma cachoeira. Disse que seu preço era de 10 reais por pessoa. Após uma breve reunião de grupo, decidimos aceitar a proposta do Ulisses e descer até o poço. Cap. 2 - A Liga Universal dos Santos em Ajuda aos que Caminham Morro Abaixo A trilha para o Poço Formoso começa na entrada da cidade anterior ao cemitério. Fui conversando com o Ulisses, que acabou contando um monte de coisas interessantes sobre Paranapiacaba. A primeira coisa é que a floresta que a gente estava, pelo menos naquela região, é mata secundária: tudo já tinha sido devastado durante a construção da ferrovia e das linhas de eletricidade. E também falou sobre os guias da cidade. Guias em Paranapiacaba Em Paranapiacaba existem guias locais e monitores ambientais (e eu dou um doce pra quem adivinhar qual desses grupos é ligado à prefeitura!). Na verdade, ele mesmo estava tentando fazer o curso pra virar monitos ambiental, que é mais tranquilo para trabalhar, mas enquanto não conseguia, guiava as pessoas assim mesmo, embora tivesse algumas restrições - por exemplo, aos fins de semana, a preferência é sempre dos monitores ambientais frente aos guias locais. Acontece que a prefeitura também colocou uma placa avisando pra ninguém confiar em guias não-credenciados (ou seja, os guias locais), e o Ulisses fez uma observação interessante: o pessoal da prefeitura tende a acelerar os passeios, para tentar levar mais grupos no mesmo dia, enquanto ele estava lá para passar o dia fora guiando a gente (ou seja, a gente é que tava mandando no tempo). No meio dessa briga de quem está certo ou não, quem sai perdendo é o turista. Assaltos nas trilhas No meio da conversa, eu perguntei sobre os assaltos que teriam acontecido em trilhas. O Ulisses explicou que tem algumas trilhas que ficam próximos à Anchieta/Imigrantes, e, bem, quem faz trilha sempre leva máquina fotográfica, dinheiro, tênis, etc., e esse tipo de coisa é visada. O número de assaltos diminuiu bastante nos últimos tempos, porque a prefeitura não deu condições para a subsistência de quem não queria trabalhar, então de uns tempos pra cá a situação melhorou bastante. Mesmo assim, há um vilarejo nas proximidades que acabou sendo ocupado por pessoas de má índole: os assaltos que a gente ouviu falar foram feitos por pessoas que moram lá. Na época de fim de ano, o Ulisses mesmo não recomendou fazer algumas trilhas, como a da Cachoeira da Fumaça. A trilha do Poço Formoso, em que a gente estava, é bem policiada (para uma trilha!), tem até uma casinha de guarda florestal no começo (não dá pra ver a casa da trilha, mas ela está lá). Cuide bem da natureza! Enquanto a gente caminhava, o Ulisses parou algumas vezes pra pegar lixo que alguns visitantes sem noção tinham deixado, inclusive cacos de vidro. Pessoal, tragam de volta o lixo que vocês produzirem! Não custa nada e ainda deixa o ambiente limpo. Outra coisa que ele comentou foi que tem uns caras meio sem noção que descem na cachoeira para encher a cara, fazer barulho, etc. Na natureza, você é um visitante: não falte com respeito às plantas e animais. Não saia da cidade grande para se enfiar no meio do mato para encher o saco! Cap. 3 - O Poço Formoso e os incríveis poderes de secagem rápida do tac-tel Depois de muita caminhada, chegamos. O poço era realmente muito bonito. Uma pequena cachoeira forma a piscina natural. A água, como era de se esperar, é gelada, mas nada como um banho de água fria depois de uma caminhada!!! E lá fui eu. Na água, tinham uns girinos gigantes: girinos de sapo cururu. Fazia sentido, afinal estávamos em um rio e a água estava super fria. Na beira do rio, vários sapos ferreiros (aquele cujo canto parece um martelo batendo numa bigorna), que não deixam a gente chegar perto de jeito nenhum. Pulei na água com minha calça de tac-tel. Quando saí, levou quase 5min até que eu estivesse completamente seco. Nada mal, não é? Cap. 4 - A vila de Paranapiacaba? Perguntei pro Ulisses se tem banco na vila, e ele disse: "não, só tem Nossa Caixa". Ironias à parte quanto a esse banco que parece brincadeira, saímos para caminhar. Naquele dia, fez uma neblina absurda na vila. É o clima normal de lá. Aliás, a neblina lembrava aqueles jogos de terror tipo Silent Hill. Fomos no cemitério tirar fotos (e eu me senti num clip do Evanescence...), depois caminhamos pela cidade. É uma vila bem bonita, mas às segundas tudo fecha por lá. Algumas pessoas pareciam não gostar da nossa presença... não saquei porque. Fomos atrás do restaurante Castelinho, recomendado pelo Ulisses, mas estava fechado, então fomos ao Bar da Zilda, ao lado da estação. Não recomendo. Aliás, recomendo que você leve seu almoço só para não comer lá. A comida é muito ruim para o preço que eles cobram, além do atendimento ser péssimo. Pedi um x-salada e veio sem alface nem tomate (ou seja, um x-burguer!), e eu ainda tive que discutir um pouco pra que eles cobrassem um x-burguer e não um x-salada. A cerveja era bem cara (4 reais na garrafa de Bohemia!!!), e a batata frita veio tão oleosa que às vezes grudava uma na outra. Apesar disso, eles aceitavam cartão de débito, e isso foi uma coisa muito boa. Cap. 5 - Voltando prá casa Nossa meu... De volta pra casa: ônibus, trem, metrô, ônibus... sorte que eu arrumei uma carona da rodoviária pra casa, senão ia demorar pra sempre! Quando eu voltar, vai ser de carro. E agora já sei o caminho até o Poço Formoso. O passeio valeu. Muito. O que mais valeu foi visitar um lugar que eu não conhecia com o coração aberto, pronto para descobrir o que aconteceria. As fotos não estão comigo... mas assim que as tiver, vou colocar online! Até mais, pessoal! Continuem preservando a natureza! Tiago
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