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Trilha feita em 03/04/2015. Álbum com todas as fotos estão em: https://picasaweb.google.com/110430413978813571480/ParanapiacabaCircuitoDasCachoeirasDoValeDaMorte?authuser=0&feat=directlink Eram 10:15 de uma bela manhã de outono qdo lá estava eu, saltando do trem na Estação de Rio Grande da Serra para mais uma pernada, dessa vez não exploratória, mas sim para fins de ter registros fotográficos digitais de algumas cachoeiras que eu já estivera 11 anos atrás, mais precisamente em 2004. Naquela época, a máquina que dispunha ainda era daquelas analógicas. A logística inicial era chegar aqui 2 horas antes, mas infelizmente o despertador falhou e eu só fui acordar 2 horas depois, saindo de casa por volta das 9h00, qdo o programado era sair até as 7h00. Tinha planejado fazer essas cachoeiras desde Fevereiro desse ano. Para essa trilha, convidei algumas pessoas com algumas semanas de antecedência, mas como nenhuma delas mostrou interesse em me acompanhar (inclusive não dando resposta alguma), acabei deixando para lá e optei por ir solo mesmo, infelizmente.... Chegando ao tradicional ponto do busão para Paranapiacaba, es que encontro a mesma cheio de gente, mas felizmente a maioria estava indo para a vila inglesa de Paranapiacaba. As 10:45 salto em frente ao inicio da trilha para a tradicional cachoeira da fumaça, trilha essa que já foi palco de várias outras pernadas exploratórias nos últimos 10 anos e que outrora já foi uma larga estrada de terra, mas que ficou reduzido a uma reles trilha estreita. Após ajeitar a mochila e fazer os alongamentos básicos de praxe, dou inicio a pernada propriamente dito as 10:50, logo de cara tendo que meter os pés no mini-lago permanente que existe bem no começo da trilha, por conta da mesma estar em um vale e por passar um córrego ali. Por isso nem calço as botas e vou de chinelo mesmo, calçando as botas mais para frente. Enquanto terminava de ajeitar a mochila, um grupo grande (de cerca de 12 pessoas que desceram junto comigo) passaram por mim e eu logo vi que iriam me atrasar. Dito e feito, os alcancei num piscar de olhos, mas tive que seguir no ritmo deles até chegar à uma enorme área de charco (o tal pântano), para só então conseguir ultrapassa-los. Isso porque, estavam em ritmo de tartaruga manca com muletas. Assim que cheguei, passei rapidamente na frente deles e disparei na frente, enquanto dava boas risadas por conta das meninas gritando por terem mergulhado seus tênis na lama, literalmente.... Trecho erodito da trilha A medida que ia me distanciando deles, o silêncio da mata voltou a ser a minha cia, nessa pernada que realizei totalmente solo. Após passar pelo Pântano, a trilha logo mergulha no frescor da mata me livrando do sol forte. Após passar por um grande trecho erodito da trilha, chego ao primeiro riacho, afluente do rio principal, onde quase dou adeus ao conforto da bota seca, se não tivesse visto um banco de areia a esquerda que tornou possível saltar de um lado para o outro sem molhar as botas. Ufa, ainda bem! Após o trecho de travessia de rio, a trilha passa por uma bifurcação em "T" (onde o caminho a seguir é para a direita), mais uma área de charco e depois passa a acompanhar o rio à direita até chegar ao mirante. Passo por uma mega piscina natural do rio e um descampado que cabe pelo menos umas 3 barracas. Água não é problema nessa trilha, pois a trilha passa por vários bicas e pequenos afluentes do rio e como estava com 1 litro de gatorade + 1 de suco natural na mochila, nem paro para coletar água. Mega piscina natural, onde tb há descampados Como não tem chovido nos últimos dias, a trilha estava bem menos enlameada e com isso pude desenvolver um bom ritmo, principalmente para recuperar um pouco o atraso lá do começo por conta do grupo grande. Uns 30 minutos desde a rodovia, chego ao 1º mirante, onde faço uma rápida parada para beber algo e também para ver o incêndio nos tanques lá em Santos. Dali era possível ver de longe as labaredas e a imensa cortina preta de fumaça poluindo o já poluído céu de Cubatão. Sempre achei um absurdo esses tanques de gasolina do lado de um ambiente natural e selvagem, como a serra do mar. Vista de Cubatão As 11:30, após atravessar o rio, passo por um descampado plano para 3 ou 4 barracas e ao lado da 1ºqueda significativa do Rio, uma bela cachoeira com uma piscina natural, onde havia um grupo de 4 pessoas curtindo o local e que cumprimento cordialmente. Por ter perdido cerca de 20 minutos lá atrás, nem paro na cachoeira e continuo em frente, aproveitando alguns rabichos de trilha que cortam caminho e que me livram do tédio de ter que caminhar entre as pedras do rio. 1ºCachoeira 10 minutos desde a mirante, vejo uma entrada de uma trilha bem demarcada a direita, que não existira até meados de 3 anos atrás. Antigamente, assim que se passava pela 1º cachoeira, o restante da pernada era pelo leito do rio até chegar ao topo da cachoeira da fumaça. Alto da Cachoeira dos Grampos, com o morro do careca em destaque, a frente Piscina natural do Rio vermelho, que se encontra com o rio da cachoeira da fumaça próximo ao portal Vou seguindo pela trilha bem demarcada que segue margeando o rio a direita e que termina bem próximo ao topo da cachoeira, o que ajudou a acelerar bastante os passos do que ir pelo rio. As 11:50, com cerca de 1 hora de caminhada desde a rodovia (meu normal sem atrasos é de 40 a 50 minutos), finalmente chego a famosa cachoeira da fumaça, onde para minha surpresa (ainda mais pelo horário -quase meio dia e feriado sem chuva) só havia meia duzia de gato pingado na cachoeira. Imaginei que por ser feriadão e com sol, estaria lotado. Mirante da cachoeira da Fumaça, detalhe para o incêndio nos tanques de gasolina em Cubatão Topo da Cachu da fumaça, vista do alto de um morro Descampado próximo a cachoeira da fumaça Como meu objetivo não era ali (e por conta dessa cachoeira já ter sido palco de várias outras pernadas que fiz na região nos últimos 10 anos), nem paro e logo pego uma trilha a esquerda do topo dela e inicio a íngreme descida serra abaixo pela sua encosta esquerda em direção ao conhecido vale da Morte, onde se encontram as cachoeiras da Garganta do Diabo e várias outras. A descida nesse trecho inicial é bem tranquila e 15 minutos depois já estava na base da cachoeira da fumaça, que foi merecedora de alguns cliques, é claro. Vale a pena descer até sua base para contempla-la. Descendo pela trilha Vista lateral da Cachu da fumaça Após os cliques, atravesso o rio e pego a continuação da trilha em direção as outras quedas do rio, como as cachus do funil, Poço da fumaça, Portal e Garganta do Diabo. Já havia passado do meio-dia e não poderia perder muito tempo, para não comprometer o retorno e ter que voltar no escuro, embora tenha trazido lanternas para isso.Do outro lado do rio, encontro a continuação da trilha que dá acesso as outras cachoeiras em patamares inferiores a da fumaça. Vista de uma das 2 grandes quedas da cachu A cachoeira, vista por baixo São quedas menores em relação a fumaça, mas que são compensadas por belas poções naturais. As 12:05, chego a uma nova queda do rio, que por não saber o nome, batizei de cachoeira poço da fumaça. É uma bela cachoeira com cerca de 10 metros de queda. Mas chegar ali não foi fácil, pois depois que saí da base da cachu da fumaça, a trilha vira uma pirambeira daquelas, onde qualquer descuido, significaria despencar morro abaixo até o rio. Nos trechos mais complicados, existe cordas que se mostraram extremamente útil, principalmente se você estiver passando por aqui com mochila cargueira ou voltando de noite, por exemplo (antigamente não tinha). Cachoeira poço da fumaça Piscina natural da cachu Um outro grupo que estava na base da fumaça (no momento que passei por lá) tb estavam descendo, mas pareciam não saber o onde estava a continuação da trilha e estavam descendo pelo rio a esquerda, enquanto eu atravessei em linha reta até a outra margem e desci pela trilha que segue a direita. Cheguei na base da cachoeira e eles ainda estavam lá em cima procurando o caminho. Dei uns gritos e apontei para onde estava a trilha que desce. Já na poço da fumaça havia um casal e mais um carinha apenas. Parei rapidamente para tirar fotos e logo retomei a pernada em direção da segunda queda, a cachoeira do Funil. Rio da Cachoeira do vale Trecho pirambeiro com uma corda E da-lhe pirambeira dos infernos novamente, essa eu tive que descer na base da desescalaminhada, literalmente. Assim como a outra, também havia uma corda instalada que novamente foi bem útil. Mesmo assim, tive que tirar a mochila das costas em alguns trechos, por cautela. Mesmo com as cordas, foi um pouco tenso descer ali, pois a trilha estava um pouco escorregadia e os poucos pontos de apoio não eram confiáveis. Passado esses trechos, chego na base da 2ºcachoeira, onde não havia ninguém. Dono absoluto do lugar, fiz uma parada para um lanche e relaxar os músculos, que estavam meio trêmulos devido aos trechos tensos que exigiu bastante dos músculos da perna de tão ruim que estava. Só se salvou o fato da trilha ser bem demarcada, não ter bifurcações e agora ter cordas fixas que ajudaram bastante nos trechos mais pirambeiros. Cachoeira do Funil Os 2 trechos são curtos, mas perde-se muito tempo ali. Claro que tudo isso pode ser facilmente evitado pegando uma trilha-atalho que sai lá do topo da cachoeira da fumaça e desce direto por dentro da mata e cai quase ao lado do Portal. Ela corta um belo caminho, evitando todos esses perrengues. Em cerca de 15 a 30 minutos vc chega ao Portal. A outra trilha que desce até a base da cachoeira da fumaça e vai pela margem do rio é só para quem quer ver a cachoeira da fumaça por baixo e quiser passar pelas outras cachoeiras do rio. Por isso, se quiser chegar mais rápido ao Portal e as cachoeiras do Vale da Morte a partir do topo da cachu da fumaça, desça pela trilha atalho que sai dos descampados lá do topo da cachoeira. Ela é bem fácil de achar. Assim, economiza-se pelo menos 40 minutos de caminhada e a descida é bem mais tranquila. Fica a sua escolha! Após o breve descanço, retomo a pernada, agora em direção ao Portal, onde os 3 grandes rios da cachoeira do vale, grampos e fumaça, se encontram. Depois da 2º cachoeira, há mais um trecho complicado de descida, onde encontro mais uma corda fixa amarrada, dessa vez sobre uma grande rocha. Como estava sozinho, os cuidados tem que ser em dobro para evitar acidentes, pois um resgate num lugar desses é bem complicado e em meio de vales, sinal de celular praticamente inexiste. Fim da descida do rio da cachoeira da fumaça, detalhe para a corda no rochedo Bifurcação onde os rios vermelho (da cachoeira dos grampos) e da fumaça se encontram). É exatamente nesse ponto que as 2 trilhas-atalho terminam Pouco antes de chegar ao portal, encontro com 3 trilheiros que estavam fazendo a travessia da ferradura, vindos do Poço de Cristal e cachoeira do vale e que perguntaram da trilha que sobe até a cachu da fumaça. Indiquei as 2 opções de trilhas à eles. A trilha atalho que vai direto ou a trilha que passa pelas cachoeiras, mais bonita, porém mais demorada e com trechos ruins. Eles optaram pela trilha atalho e após mostrar onde estava a entrada, me despeço deles e retomo minha caminhada. No portal, além do encontro dos 3 grandes rios, há tb uma cachoeira conhecida como a Cachoeira do Portal, onde chego as 13:00hs. Cachu do Portal A partir de agora, os 3 grandes rios viram um só e a partir desse ponto, inicia-se o Rio da Onça, rio esse que desce furiosamente, formando várias outras cachoeiras serra abaixo. Ali é praticamente o coração do Vale da morte. Um vale que fica na base do Morro do careca e encravado em meio a vários outros morros. Após contornar os enormes rochedos, passando por pequenas grutas em meio dos rochedos, inicio a descida do Rio da Onça. A partir dali são cerca de 30 a 40 minutos de caminhada até a Cachoeira da Garganta do Diabo. Inicio do Rio da Onça No Rio da Onça (trecho entre o Portal e a Garganta do Diabo) Vou descendo o rio sem grandes dificuldades, já que o trecho mais íngreme entre a cachu da fumaça e o Portal ficou para trás. E depois de pular pedra aqui, ali, acolá, finalmente chego à cachoeira da Garganta do Diabo as 13:43, com exatas 3 horas de caminhada desde a rodovia para o merecido descanço. Mas não sem antes contemplar a bela cachoeira, que realmente parece uma garganta de tão estreita e profunda que é. O rio afunila e despenca em meio a um enorme paredão estreito que é de impressionar. Cachoeira garganta do Diabo visto por cima De frente Descampado ao lado da cachu Ao lado da cachoeira, há descampados protegidos e planos no meio da mata para cerca de 4 a 5 barracas do tipo "iglu" e que havia vestígios de acampamento recente, inclusive. Como não havia nínguem, fui dono absoluto do lugar. Depois da contemplação da cachu, almocei e fiquei cerca de 40 minutos a toa ali. Até pensei em seguir mais para frente, mas com o horário avançado (Já havia passado das 14h30 e o céu estava com cara de chuva), resolvi abortar o resto da caminhada até a cachoeira do Tobogan e do Poção. A garganta Bem profundo As 14:40 dou adeus a cachoeira e inicio a caminhada de volta que transcorreu sem grandes problemas. Ao contrário da ida, na volta optei por subir pelo atalho que vai direto até o topo da cachu da fumaça. A ideia era essa até notar uma trilha nova que começa exatamente no cruzamento entre 2 rios (da fumaça e dos grampos), que me despertou a curiosidade em explora-la e ver aonde iria dar. Então, abandono a trilha principal em favor dessa trilha nova. As 15:20, inicio a subida da mesma que logo de cara se mostrou uma pirambeira daquelas, com vários lances de escalaminhada, onde o auxílio das mãos foram constantemente necessários para impulso nos troncos e pedras. Cachoeira do rio vermelho Mesma foto, com zoom A subida é árdua, o que me fez parar algumas vezes para recuperar o fôlego. E da-lhe escalaminhada, mesmo sabendo que é curta, parecia não ter fim. 25 minutos desde o portal, a trilha nivela e logo chego a bifurcação onde a trilha nova encontra com a antiga bem no final dela, terminando nos descampados do alto da cachu da fumaça. Ambas as trilhas sobem o mesmo morro em caminhos diferentes. Trecho pirambeiro da trilha nova com uma corda A antiga achei melhor por estar mais larga e batida, embora tenha alguns trechos de trepa-pedra, onde é necessário até tirar a mochila e jogar para cima, para facilitar a escalada por alguns trechos eroditos, estreitos e de pedras. Na trilha nova, não encontrei nenhum trecho assim e em alguns trechos havia até cordas para auxílio, porém ela é um pouco mais estreita que a outra. De volta ao topo da cachu da fumaça, dou um tempo ali para relaxar os músculos das pernas e aproveito para comer algo e molhar a goela seca. As 16:30 inicio o caminho de volta, chegando a rodovia por volta das 17:25 a tempo de pegar o busão das 17:30 de volta para a estação de trem e depois o trem de volta para Sampa, chegando em casa pouco depois das 19:00h, cansado, mas feliz. Mesmo 12 anos depois de ter posto os pés pela primeira vez nessa região e de ter explorado trilha por trilha cada fim de semana nessa parte fora da vila de Paranapiacaba, ainda me surpreendo como essa região da serra ainda reserva tantos lugares e cachus escondidas, prontos para serem descobertos. Tudo isso a menos de 50 km duma das maiores cidades da América do sul. As melhores e mais bonitas cachoeiras e belezas naturais de mata virgem e selvagem você só encontra nas entranhas da serra do mar. ---------- Algumas infos, principalmente para os iniciantes em trilhas na serra do mar: -> A cachoeira da Garganta do Diabo está a mais ou menos 3 a 4 horas de caminhada a partir da Rodovia, contando com algumas paradas para descanço e lanche, dependendo do seu ritmo ou do grupo. A trilha até a cachoeira da Fumaça é bem tranquila, mas a partir do Portal, não há mais trilha e a caminhada é feita pelo leito do rio. Você só reencontrará a trilha na Garganta do Diabo. Já a Cachoeira da Fumaça leva-se em torno de 1 hora em ritmo médio da rodovia até lá. A maioria das pessoas costuma ir somente até a Fumaça. -> Se não quiser passar pela base da cachoeira da fumaça, além das outras 2 cachoeiras logo abaixo dela, desça pela trilha atalho que sai dos descampados do topo da cachoeira da fumaça a direita. Ela desce direto e termina próximo ao Portal. De lá, segue-se por mais ou menos 40 minutos até a Garganta do Diabo. Muito cuidado no trecho de rio, pois há várias fendas entre as rochas. Utilize calçados adequados, como bota de trilha por exemplo. -> No trecho entre o Portal e a Garganta do Diabo, há 2 descampados que cabem apenas 1 barraca do tipo "iglu" que podem ser utilizados em caso de emergência ou para o caso de você ter começado tarde a trilha e estar chegando ali a noite. Uma delas está localizado em uma gruta do lado esquerdo do Rio e a outra um pouco mais abaixo, do lado direito do rio. -> Também é possível chegar na Garganta e em outras cachoeiras mais abaixo a partir da trilha da Cachoeira do Vale e Poço de Cristal. Porém, a distancia até lá é maior. O caminho mais rápido é pela trilha da cachoeira da fumaça. A partir da Garganta do Diabo não me recordo se há descampados planos para montar barraca. Por ser relativamente perto, eu montaria acampamento na Garganta e desceria o resto só de mochila de ataque, se livrando do peso da cargueira. -> Se for fazer apenas batevolta, comece a trilha no máximo até as 9h00, afim de chegar na Garganta por volta do meio dia e ainda ter tempo para ir as outras 2 cachoeiras logo abaixo que são relativamente próximas a da Garganta (não dá nem 1 hora de caminhada, dependendo do seu ritmo) -> Se for acampar, traga o seu lixo de volta, mantenha o local limpo, seja consciente para que o local não seja fechado, como ocorreu nas trilhas de Paranapiacaba. Ali, segundo fiquei sabendo, os motivos eram porque tinha gente se perdendo e a quantidade enorme de lixo que muitos deixavam nas areas de acampamento, assim como nas cachoeiras também. -> Não faça fogueiras em hipótese alguma, pois um descuido e você pode começar um incêndio de grandes proporções na mata. Se for esquentar comida, utilize fogareiros. -> Se não tiver experiência suficiente em caminhadas por trechos de rios e nem farejo de trilha, vá com alguém mais experiente e ganhe conhecimento com essa pessoa. -> Repelente e protetor solar são itens indispensáveis, principalmente o repelente, pois na Serra do mar há muitos borrachudos que picam até por dentro da roupa, se encontrarem qualquer abertura. -> Mesmo se não for acampar, leve sempre lanternas com pilhas reserva para não correr o risco de ser pego pelo cair da noite antes de chegar no final. Na Floresta, escurece mais cedo do que na cidade. Atente-se a esses detalhes.
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Data: 17/12/2011 – Local: Rio Grande da Serra – Cachoeira da Fumaça. Integrantes: Bárbara – Jefferson – Leliane– Renata–Patrícia – Valéria. Mês de Dezembro, o clima natalino toma conta dos lares, o espírito de união fica mais forte e a única coisa que aumenta neste mero mortal é na sede por aventura e perrengues, que natal o quê? Eu quero é aventura!. A trip da Cachoeira da Fumaça não é digamos “um perrengue”, podemos chama lá de uma trip light, ‘’para iniciantes’’. Porém o visu é um dos mais fantásticos da Serra do Mar e vale a pena a qualquer aventureiro, trekking , trilheiro, ou termo q preferir, a dar uma chegada até este pico. A trilha se inicia um pouco antes do ponto após a Empresa Solvay, sentido Paranapiacaba. Após descer no ponto pós Solvay, basta andar alguns metros de volta (Sentido R.G da Serra) até a visualização de uma picada à esquerda. Pois bem, após a entrar na picada mencionada, é só seguir em frente. A trilha em seu início tem trechos de lamaçal, e brejo, alguns locais podem cobrir o seu pé facilmente , em épocas de chuva, passar por esta região será uma árdua tarefa, seu pé ficará encharcado logo no princípio da trip, comprometendo seus pés (cuidado onde pisa!). Depois de transpassar o trecho mais crítico e alagado, a mata começa a se fechar e o puro clima da mata atlântica da o ar de paz e harmonia. A trilha se fecha um pouco e há uma parte onde é uma “vala”, causada pela erosão e constantes chuvas na região, esta vala faz parte de boa parte da trilha e é preferível q a pessoa esteja com um calçado apropriado, a não ser que queira levar vários escorregões. Trecho da trilha que requer atenção, para não torcer o pé, ou cair. Após a travessia de tal trecho, notamos uma bifurcação “a única” que eu notei nesta trilha, devido a informações já levantadas anteriormente, seguimos á picada p/ direita q logo nos levou a um grande “lago”, que estava todo barrento devido ao pessoal que estava nadando no local e se divertia em meio ao calor escaldante de nosso verão, fazendo com que a terra por baixo do lago, tornasse a água turva e barrenta, de qualquer maneira, é um belo lugar, inclusive com pontos p/ acampamento! Lago sentido Cachoeira da Fumaça. Para continuar a trilha que leva a Fumaça, basta seguir a trilha localizada na parte esquerda e que margeia o rio no sentido em que o mesmo corre. Seguindo a trilha, haverá descidas, subidas, tudo muito fácil. Até a chegada no mirante que se localizada em uma picada à esquerda com vista p/ Cubatão e direi por passagem que a vista é fantástica!!! Retornando à trilha logo após o mirante, trombamos de frente a uma descida brusca com certa de uns 30 mts, terreno escorregadio que requer atenção aos menos experientes. Descida concluída e é só atravessar o rio e seguir a trilha que margeia o rio sentido litoral e a menos de 20 mts surge uma cachoeira q facilmente é transpassada. Alguns metros á frente e logo podemos ver um pequeno riacho que se encontra ao rio principal, se seguir por este riacho poderá apreciar a cachoeira “escondida” da fumaça, sendo que a outra “cachoeira escondida” pertence à trilha do “Lago de Cristal”. Mirante p/ Cubatão. Primeira Cachoeira. Cachoeira escondida vista do topo para baixo (escalada fácil até o topo). Cachoeira escondida localizada, e bora continuar descendo o rio sentido ao ponto alto de nossa tranquila caminhada, daí p/ frente é só descer pelo próprio rio e ir pisando nas pedras,local lindo para várias fotos. O rio faz uma leve curva à esquerda e foi neste ponto que notei uma trilha pela encosta oposta (margem esquerda do rio sentido litoral), Logo imaginei q seria um mirante, e estava certo! Subi rapidamente a encosta junto as minhas parceiras de trilha e podemos ver a bela cachoeira da fumaça por cima e com uma galera considerável que se banhava no laguinho enquanto outros desciam a cachoeira de rapel e ainda outros que faziam seus lanches! Trecho final sentido Cachoeira da Fumaça. Cachoeira da Fumaça vista por cima. Descemos rapidamente do mirante e em minutos estávamos fazendo amizades e conhecendo o lugar. Logo quando chegamos fomos nos enturmando com a galera que lá estava, até o momento em que um novo amigo nos convidou p/ rapelar na fumaça, eu e a Renatinha não pensamos duas vezes. Sensação indescritível!!! O Chiquinho é a pessoa responsável por dar aulas de rapel em Mauá, senhor simpático e cheio de energia, disposto a nos ensinar de bom grado as técnicas que ele conhece. Rapel. Enfim, escalada, banho no lago, novas amizades, rapel e risadas tornaram o nosso Sábado de Dezembro perfeito! Pena que no domingão estava exausto e não tive pique para encarar o perrengue junto aos nossos amigos Gabriel, Massa e Soto que também aproveitaram demais em sua trip. Oportunidades de novas empreitadas não faltarão tenho certeza! No mais, é isso ai pessoal, forte abraço a todos. Trekking forever!
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Trilha das 7 cachoeiras realizada: 21/04/2013 participação: Diego Lopes & Vgn Vagner Quando o assunto é trilhar em Paranapiacaba, o instinto de navegação natureba de vários mochileiros é instigado, devido a riqueza histórica cultural que a cidade dispõe e a possibilidade de aventuras oferecidas "junto a flora", e comigo não foi diferente. O convite viera como mensagem surpresa na minha página da rede social mais acessada do momento, onde pessoas ligadas por interesses em comum postam suas fotos, curtem muito bestirol publicado e as vezes comoartilham informações úteis. Nessa mesma rede muitos acabam se conhecendo, pra futuramente se tornarem companheiros de aventuras, situação que se pôs à prova depois de marcar com Diego Lopes minha primeira visita à cidade de fundação inglesa. Confiei meu dia de domingo a um até então desconhecido e não me arrependi. Pois Diego já havia feito a caminhada que corta a vegetação em trilha lamacenta até a cachoeira da fumaça e outra trilha vizinha, que sai do asfalto em direção ao Lago cristal e cachoeira escondida. Só não havia ainda, realizado a ligação de ambas que formam (nossa missão), o Circuito: Ferradura da fumaça ou Trilha das 7 cachoeiras, como também é conhecida. A última estação da linha 10-Turquesa da CPTM, foi o local marcado para encontro às 08:00am, horário esse que foi prorrogado para 1h mais tarde devido a manutenção das linhas e lentidão dos trens. Mais isso não atrapalharia o itinerário, sendo que o ônibus partiu assim que chegamos e compensou o atraso. Já no km 45 saltamos em frente a trilha que inicianos às 09:50am. Trilha de fácil navegação, mais que não nos deixou livre dos capotes. Logo no primeiro obstáculo, onde tem um lamaçal, encontramos um grupo de +ou- umas 30 pessoas seguindo na mesma direção, e foi ali, que na intenção de ganhar tempo, desviamos do caminho mais suave que faziam que enfiei metade da canela na lama e capotei, batizando a roupa. Dali pra frente, foi só seguir em trilha bem batida que nos levou a um mini canion, a um rio raso pra atravessar e um lago que divide espaço com um banco de areia, onde contormanos pela esquerda e seguimos a picada que está do mesmo lado, mais alto que o leito. Pouco a frente se tem um outra picada a esquerda que termina num mirante dando visão parcial da cidade e litoral de Cubatão, as montanhas banhadas com o verde formando o Vale do Rio Mogi e o Vale da Morte. Desse ponto, logo deixamos a trilha pra andar dentro d'água e encontrar a primeira cachoeira, e seguimos pelo rio. Quando chegamos na leve curva pra esquerda, uma surpresa: o topo da cach da fumaça com mais de 70 pessoas (contei numa foto que tirei), se banhando, lanchando e sob atividades suspeitas...rsrs. Não sabiamos se desceriam, então nem fizemos pausa ali, optamos por seguir picada íngrime à esquerda em direção ao vale. No primeiro patamar abaixo paramos com mais sossego pra lanchar e tirar fotos na base da cachu. A partir desse ponto fica notável a adrenalina habitando o corpo, pois o terreno se mostra muito acidentado, com rochas escorregadias à transpassar e poucas picadas de curta navegação forçando seguir pelos obstáculos. Pouco se desce e já temos mais uma linda cachu com uns 4 mts de queda e um poço esverdeado e profundo. Metros a frente temos mais uma cachu de proporção semelhante, só que com o paredão vertical esquerdo dando destaque por ter pequenos blocos estreitos encaixados uns aos outros emoldurando a queda. Metros abaixo está o portal, paredão que se tem como referência onde se juntam os rios: Solvay, Das pedras e Vermelho dando início ao Rio da Onça no Vale da Morte, que não seria nosso caminho no momento. O sentido correto seria o Rio Solvay, mas o escalaminhado foi o Das pedras, onde se tem um curso bastante encachoeirado e difícil subida a partir daquele ponto. Sem trilhas, apenas vara mato em forte aclive onde a gente caía e deslizava fácil fácil, ganhando arranhões e machucados leves quando o solo não suportava nosso peso. Explorações a parte, vimos mais algumas cachus por alí, desescalaminhamos uma delas com uns 6mts e depois de 1h +ou- decidimos voltar ao nosso destino. Agora na metade do caminho, estavamos na base do Morro do Careca subindo o Rio Solvay, cansados e com as pernas pesadas devido a tanto sobe e desce de obstáculos. Mais não demorou muito e logo chegamos à Cach Escondida pra tomar um banho e renovar as energias numa água que parecia ter uns 500 graus negativos...afff. Bem ao lado a Cach Encantada e pouco mais acima outra cachu pequena formada pelas águas vindas do Lago Cristal (lindo), com uns 2,5mts de profundidade finalizando as atrações do circuito. Do Lago Cristal pra frente foi hora em terreno, hora com os pés na água, até chegarmos em trilha firme que findaria no asfalto 1h depois, onde se completa a forma de "U" do trajeto, por isso o nome: Ferradura da Fumaça. Dali mesmo, no lado oposto da saída da trilha pegamos o ônibus para RGS e em seguida o trem até o Brás, e depois ZONA LESTE RAPPÁÁÁ, CASAAAAA!!! Abraço.