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  1. Olá pessoal. Alguma indicação de transfer para fazer o deslocamento do centro de El Chalten até Hosteria del pilar
  2. Olá, galera, farei a volta à Ilha Grande RJ, provavelmente entre o fim de março e o início de abril, +- 6-7 dias. Será minha 4a vez, vou com uma amiga e pretendo fazer um documentário, gostaria de saber se alguém tem o interesse de se juntar. Meu insta: @guiamadruga Valeu!
  3. Olá... Sou iniciante no trekking e gostaria de sugestões de trilhas por Ribeirão Preto e região. Penso em começar com trilhas menores de 2 a 3 dias e ir aumentando conforme a prática. Desde já agradeço
  4. Lima e Huaraz 27/08 - chegada em Lima - miraflores 28/08 - passeio centro de Lima - ida para Huaraz 29/08 - aclimatação em Huaraz - trilha Puka Ventana 30/08 - Glaciar Pastoruri 31/08 - Laguna 69 01/09 - Chavin 02/09 - Laguna Churup 03/09 - Laguna congelada - retorno a Lima 04/09 - compras Lima - retorno ao Brasil Valores: Em Lima - entradas de 5 a 30 soles, depende do que vai visitar. Em Huaraz - os passeios custaram em torno de 45 soles por pessoa a entrada do passeio 30 soles - boleto com 3 entradas 60 soles alimentação por volta de 50 soles por pessoa ônibus para Huaraz - a partir de 75 soles Usamos o aplicativo da Nômade para passar cartão, foi ótimo e melhor custo x benefício com relação às taxas. Mas não são todos os lugares que aceitam e muitos cobram taxa. É bom levar dinheiro mesmo. Levamos dólar e trocamos em Lima. ✔️Ei, que tal ter uma conta global 100% digital e sem taxa de abertura? Conheça a Nomad! Viaje, compre e economize no exterior de forma fácil e segura. 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O câmbio no aeroporto é ruim, só quebra galho, trocamos o resto em Miraflores. Pegamos um uber e fomos para o hotel. Como o check in era só a tarde, deixamos as malas no hotel e fomos andar pelo bairro. Tomamos café no Café de la Paz e fomos para o Parque do Amor, mirante de Miraflores e arredores, tudo ali é pertinho. Ficamos a parte da manhã por lá. Seguimos para Huaca Pucllana, um sítio arqueológico bem bacana que fica em Lima. O passeio é guiado e custa 15 soles para não peruanos. O tour dura mais ou menos 1h. Ao lado do museu tem um restaurante com vista pras ruínas. Miraflores é bem charmosinho. Voltamos pro hotel pra descansar e a noite andamos pelo bairro novamente. Jantamos no Barra Maretazzo. Tem bastante opção de restaurantes em Miraflores, e também tem mto cassino rsrs Dia 28/08 - centro de Lima No dia seguinte fizemos check out no hotel, deixamos nossas malas num quartinho e fomos ao centro de Lima. O uber nos deixou na Praça Maior/Plaza de Armas - lá fica a Catedral de Lima, o Palácio do Governo e ali perto fica o Museu Convento Sao Francisco e Catacumbas. A entrada do museu, senão me engano, foi 30 soles. Vale bastante a pena, o tour é guiado e o convento é enorme, arquitetura linda e cheio de histórias. A catacumba foi o ponto alto da visita. Passamos também pelo parque da Muralha, fica mais ao fundo da praça central. Lá tem resquícios das muralhas construídas pra proteger Lima. Uma belezinha, bem cuidada! Bom, nesse link tem todos os pontos bacanas ali do centro. Sugiro tirar um dia todo pra poder bater perna. https://www.machupicchupacotes.com.br/6-atracoes-para-conhecer-no-centro-historico-de-lima.html A noite fomos até o parque/circuito das Águas - fica um pouquinho longe do centro, fomos de uber. Lembrando que o trânsito em Lima é o CAOS! O que seria um trajeto de 10 min virou 30. O parque é enorme, pagamos uns 7 soles pra entrar. Super bonitinho, tem atração pras crianças, e mtas fontes de agua. De noite elas sao iluminadas, uma graça. Na frente da entrada tem uma feirinha de rua e alguns restaurantes. https://www.viagensmachupicchu.com.br/destinos/lima/atrativos/parque-de-la-reserva-e-o-circuito-magico-de-agua Voltamos para o hotel umas 20h, jantamos e fomos para a MovilBus. Nosso ônibus para Huaraz saia às 23:30h. Precisa ficar atento com os horários dos ônibus por causa do trânsito e com o local de saída, pois pode variar. Sempre muito atento com as malas, li que tem mtos furtos. O ônibus saiu no horário. Nosso ônibus era um leito bem confortável e a viagem foi tranquila. A estrada é meio ruim e alguns trechos com curvas, então balança bastante e a velocidade fica bem baixa, demora pra chegar, mas foi tudo bem. Dia 29/08 - Huaraz - Puka Ventana Chegamos em Huaraz umas 7:30h, estava friozinho. Pegamos um taxi ate o hotel. Ficamos no Akilpo. Tomamos cafe da amanha e fomos dormir pq ne, a viagem foi tranquila mas cansativa, fora a altitude - Huaraz esta a 3000m do mar. Não podemos ignorar o soroche pq ele bate real. A tarde conversamos no hotel e nos indicaram a trilha Puka Ventana que fica dentro da cidade pra poder fazer a aclimatação. A trilha da pra ir ate o Mirador de Rataquenua e voltar, ou seguir na trilha. Por fim empolgamos e fizemos 10k. A trilha é linda, mas tem um pouco de subida - deu pra cansar. Ficamos bem com a altitude. No Mirador tem um trailer que vende agua, salgadinhos, e a dona é uma fofaaaa. Tirou foto com a gente, pegou meu contato (inclusive me mandou feliz ano novo <3) e ela tem caderninho pro pessoal deixar um recadinho pra ela. Passem la pra dar um beijo na Dani rsrs A Dani ❤️ A noite fomos jantar e conhecer a cidade. Ai gente, eu amei a viagem, mas não voltaria pq la é bem pobre, pouca estrutura, bicho abandonado pra td qto é lado, um frio de dar dó. Dificil! Um potencial daquele largado desse jeito… Enfim, fechamos todos os passeios no hotel msm - la foi o melhor preço. Praticamente todos os passeios fazem parte do Parque Huascaran. Cada trilha precisa pagar a entrada - quando fomos era 30 soles cada. Tem o boleto que custa 60 soles e dá direito a 3 entradas. No nosso caso o Pastoruri, Laguna 69 e Churup eram do parque. Quem for fazer Paron, senao me engano, tb é. Quando fomos ela tava fechada com risco de deslizamento e não fizemos Dia 30/08 - Glaciar Pastouri Li que era um bom passeio de aclimatação pq não tem subida alguma e o percurso é curto, MASSS a altitude é de 5000m. Na ida ao Glaciar a van para num restaurante (horrivel, por sinal). Comprei chá e bala de coca pra amenizar o soroche. Na voltei precisei tomar remedio pra dor de cabeça 🥴 Depois tem uma parada para ver as águas gaseificadas, laguna sete cores e as belíssimas Puyas. É jogo rápido, mas é super bonitinho. Na entrada do glaciar tem banheiro. A trilha realmente é tranquila, sem subidas e dá mais ou menos 1,5km de distância. Mas a altitude pega, tem que ir devagar. No dia que fomos estava sol, mas estava frio. O guia orientou a usar óculos de sol e touca por causa do vento. O glaciar e o caminho são lindos! Na volta paramos no restaurante horrível de novo pra almoçar, eu pedi a sopa levanta defunto kkkkk mas comi so um pouco, a carne dei pros dogs famintos que estavam na porta. Chegamos em Huaraz umas 18h, fomos pro hotel e saimos pra jantar. Como muitas pessoas, sempre olhamos o trip advisor pra escolher nosso restaurante. Em 1º lugar estava El casita del mago…. Vamos la? Vamos. Gente…que picareta. Resumindo, pagamos caríssimos pra comer magic toast, arroz com frutos do mar e molho de caixinha, finalizando com muffin de mercado. Como diria aquele ditado: ‘Todo dia sai um malandro e um trouxa de casa, se eles se encontram, sai negócio’. FUJAM! Dia 31/08 - fomos para a cereja do bolo: Laguna 69. Esse passeio sai muito cedo, o ônibus passou no hotel 5h da manha - o trajeto é um pouco mais longo que os demais, leva 3h pra chegar. Paramos no caminho pra tomar café e tirar fotos no Lago Llanganuco. Que agua linda! Parece muito as cachoeiras do Laos. Continuamos mais um pouco até a entrada da laguna - eram umas 8h. Recomendo fortemente bastão de caminhada, ajuda muito. Nosso ônibus tinha pra alugar. A trilha é de 7,5 km, sendo a maior parte subida. A orientação do guia foi: vcs precisam chegar até o 3º km em 1:30h - se não conseguir, não vai dar tempo de ir até a laguna e voltar. No total a trilha deve ser feita em 3h. No inicio é um retão, mas logo começam as subidas. Eu considerei uma trilha moderada, o que pega mesmo é a altitude. Fizemos até que rápido, mas sempre parando e hidratando, parando e hidratando. É difícil, é subida, a altitude cansa, mas gente, QUE TRILHA MAIS LINDA DA VIDA! Amei, faria de novo! Tinha ate vaquinhas peludas 🥹 Por fim, depois dos 7,5 km está a laguna, maravilhosa e azulzinha. Tive um pequeno mini infarto pq teve um deslizamento nela, mas foi td bem rs. É normal, na verdade. Ficamos 1h na laguna, fizemos um lanche, descanso e voltamos. Incrível! Façam!! Dia 1/09 - Chavin Pra descansar um pouco, fizemos um passeio pro sítio arqueológico em Chavin. A ida tem uma paisagem maravilhosa! Faz parada para fotos. Chavin fica no centro das montanhas, então sooobe muito, depois desce até o pé da montanha (Acho que o percurso pra chegar nos passeios é mais difícil do que a altitude, tudo muito longe e demorado, cansa demais 🫥). É uma cidadezinha pequena, bem tranquila. Visitamos as ruínas e depois almoçamos no restaurante da cidade. Uma dica: o prato dá tranquilamente pra 2 pessoas. É enorme! Na volta paramos no museu da cidade. https://www.viagensmachupicchu.com.br/destinos/huaraz/atrativos/sitio-arqueologico-chavin-de-huantar Dia 2/09 - Churup Minha segunda trilha queridinha rsrs Churup foi assim, a maior dúvida que tivemos na viagem. Vamos ou não? Vai com guia ou sem guia. Pesquisando sobre ela, lemos que era perigosa, que precisava de guia e tal. Outras pessoas falavam que dava pra fazer mas que era mto dificil. Na noite anterior resolvemos ir! Se no meio do caminho a gente achasse que nao ia rolar era so voltar. Fomos até o ponto de ônibus circular mesmo, não por agência. Ela é pertinho de Huaraz 🙏 Procurem o ônibus que vai para PITEK! Pegamos as 8h da manha (deve ter mais cedo) e a volta tem van as 14h, as 15h e as 16h. Se perder, aí so taxi msm. Custa 20 soles e sempre tem alguem indo pra la! Fomos sem guia, mas tinha bastante gente subindo junto A laguna é lindissima! A trilha tb tem uma vista incrivel. Amei! Churup e Laguna 69 eu faria novamente com certeza. A trilha é difícil pq tem mta subida e alguns pontos que precisam de atenção para subir. A altitude judia da gente tb, pra variar! Tudo começa com uma escadaria enorme até chegar na entrada onde valida o boleto - nesse local tem um banheiro, horrivel mas tem. Subindo mais um parte a gente chega na bifurcação (placa Pitec) e tem 2 caminhos: o da direita é o mais curto e menos íngreme, mas possui uns trechos de 'escaladas' com correntes. O da esquerda é mais longo e nao passa pelas temidas correntes, maaaas tem uns trechinhos difíceis. Fui pela esquerda e voltei pela direita - achei melhor opção da direita (passando pelas correntes com calma e um bom calçado da td certo). Ambas precisam de atenção e calma! Se da medo ou nao, é mto individual. Eu sinceramente achei de boa, mas uma colega teve bastante medo e quase desistiu. 20230902_133009.mp4 Marido quase me mata do corazón! Na duvida, vá! Kkkk Qq coisa no meio do caminho volta e pelo menos curte a paisagem que é linda! Retornamos pra pegar o onibus das 15h. No pé da trilha tem locais vendendo umas coisas e no retorno eu comprei um mix de raizes feito na pedra, chama pachamanca. Segundo uma moça peruana que estava com a gente, é uma comida local que é dificil encontrar feito na pedra e no chão. Chegamos cedo em Huaraz e fomos tomar café no Café Andino - ótimo lugar. A noite jantamos no restaurante Calima, achei mto bom! O melhor que fomos em Huaraz e com o preço acessível. Dia 3/09 - Laguna Rocotuyoc - laguna congelada No último dia em Huaraz fizemos um passeio ‘novo’, a laguna Rocotuyoc. Como a laguna Paron estava fechada, tivemos que trocar. É mesmo esquema das outras lagunas... longe de Huaraz, estrada maioria com pedras, no caminho para em uma cachoeira e também num local onde, segundo eles, tem pinturas rupestres. A trilha é curtinha ate a laguna. É um bom passeio, mas não imperdível. Na madrugada voltamos para Lima e dessa vez ficamos hospedados no Tarata Boutique hotel - honesto e bem localizado. Durante o dia andamos por Miraflores e fomos nos mercados que tem por la pra comprar algumas coisas. Fomos no Indian Market e arredores. Na madrugada voltamos para o Brasil Eu amei as trilhas, sao lindas. O Peru é incrível, ne! O caminho ate as trilhas é super cansativo, todos sao umas 2h pra chegar (menos Churup) com estradas ruins, grande parte de terra e com muitas curvas porque precisa subir as montanhas. Acho que fizemos uma boa escolha colocando Chavin no meio, pq não andava tanto. Huaraz atende com hotéis, restaurantes e mercados, mas é uma cidade pobre e precária. Nem se compara a Cusco - espero que em breve isso mude, a cidade merece mais investimento! ❤️ 20230902_133009.mp4.crdownload
  5. Olá, pessoal! Eu e meu marido queremos pegar uma Van que nos leve até a trilha da hidreletrica. 1. Onde conseguir pegar essas vans? 2. Dicas sobre essa trilha?
  6. Galera, sou de São Paulo Capital, terei as 2 primeiras semanas de Janeiro de folga e estou querendo fazer uma cicloviagem de baixo custo, preferencialmente acampando ao longo do trajeto. Sei que essa época chove, por isso optei por cicloviagem ao invés de travessia de montanha ( trekking), mas só tenho exatamente essas duas primeiras semanas de janeiro mesmo. Estou pesquisando qual roteiro fazer, esta bem dificil decidir, entao, caso alguém aí tenha algum conselho/dica, será um prazer estabelecer essa troca ! Por enquanto estou entre: - Estrada Real, iniciando por Diamantina e descendo até no maximo Tiradentes ( pois ja fiz de Tiradentes até Parati em uma outra viagem). - Chapada dos Veadeiros ( não faço ideia qual roteiro seguir, mais sei que é possivel) - Vale Europeu, por ele ser mais curto, talvez pudesse conectar com outros caminhos que levem a lugares legais. Iria pegar o onibus em São Paulo. então tem tudo uma questão de preço de passagem e se a empresa deixa eu levar bicicleta. Bom, a principio é isso, se alguem tiver mais dicas de roteiros legais com predominancia de estrada de terra e o maximo de natureza possivel...lago, cachoeira, etc..compartilha aqui que vai ser lega l!! Grato pelo atenção !! boa semana !
  7. Boa noite, pessoal! Qual melhor época do ano para visitar o Cânion Guartelá, no Paraná? Quem já foi pode dar dicas de roteiro para um ou dois dias? Abraços!
  8. Muitas pessoas tem me recomendado ir para Machu Picchu sem fechar pacote de trilha inca/trilha hidrelétrica (ainda não decidi qual fazer). Alguém aqui fechou os pacotes todos localmente? Me conta como foi a experiência please
  9. Salve, galera! Esse é o resumo de um mochilão radical que fiz há alguns meses, espero que gostem. Caso queiram mais informações, podem acessar meu blog Rediscovering the World ou o livro que acabei de lançar (Trekking Extremo no Himalaia: Acampamento Base do Everest + Gokyo). Dia 1 Em 17 de março de 2019, ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, tomei uma sequência de voos pela Air China, cujo destino final seria Mumbai, na Índia. Compradas quase 5 meses antes, as passagens de ida e volta custaram 734 dólares. Dia 2 Após breve conexão em Madri, o avião grande seguiu até Pequim. Ambos voos foram bem-sucedidos. Como a espera até o voo final levaria o dia todo, decidi aproveitar que o visto não é necessário para permanecer até 144 horas na capital chinesa. Dessa forma, passei pela fila da imigração em uma hora, saquei yuans (1 real = 1,75 yuans) num dos caixas automáticos e deixei o aeroporto no metrô que me levou até o centro da cidade. O trajeto de meia hora custou 25 yuans. Deixei a linha do aeroporto para pegar outra, ao custo de 4 yuans. Logo me impressionei pelo desenvolvimento e pela limpeza de Pequim, tirando a névoa permanente que quase esconde o sol. Só a falta de educação dos chineses que seguiu conforme o esperado. O primeiro monumento visitado foi o do conjunto Templo do Céu (28 yuans). Numa área grande, fica um parque com as estruturas erguidas em 1420 para orar em busca de uma boa colheita. A construção principal é o maior templo redondo de madeira da China. Depois de uma boa caminhada, comprei 4 bolinhos (dumpling) de carne por 2,5 yuans cada, mesmo sem saber antecipadamente o que viria dentro. Segui então caminhando até chegar à sequência de postos de controle policial de onde ficam as principais atrações de Pequim. Primeiramente, o museu nacional. É em sua maioria gratuito, num prédio bastante amplo, mas com conteúdo quase todo em mandarim e poucas exposições realmente interessantes. Entre essas, os presentes recebidos pela China de todo o mundo. Em seguida, caminhei ao redor da Praça Tian'nanmen, a Praça Celestial. É famosa por um massacre que aqui ocorreu durante protesto da população. Também não se paga e há espaço de sobra, com um memorial a Mao Tse-tung e um monumento aos heróis chineses. Por fim, entrei na Cidade Proibida. Como estava faminto e o corpo já se entregando de cansaço, tive que almoçar ali mesmo, pagando 32 yuans num prato raso. Mais uma atração enorme: são dezenas de palácios, muralhas e portais. Para visitar em baixa temporada (agora), custou 40 yuans. Mesmo assim, é difícil conseguir uma foto boa, tamanha a quantidade de chineses que visitam o complexo. Na saída, tentaram me aplicar o golpe de bater um papo num bar e ser extorquido, mas como eu já sabia dessa, escapei. Esgotado, retornei ao aeroporto no final da tarde. À noite, voei num avião menos novo pra Mumbai, tirando um belo cochilo a bordo. Dia 3 Desembarquei já na madrugada seguinte. Passei pela imigração com o eVisa feito antecipadamente na internet e troquei dólares por rúpias (1 dólar = 66 rúpias) logo após a imigração. Por fim, pedi pra chamarem um Uber pra mim, pois o táxi até o hotel próximo custava 500 rúpias, enquanto o Uber saiu por 210. O problema foi achar o danado, escondido numa viela. Somente às 3 e meia eu entrei no Ahlan Dormitory. Pra ficar num quarto coletivo, gastei 250 rúpias por noite. Só que o lugar não era muito agradável, pois era barulhento, fedia, estava sujo e quase sem água. Algo me picou na cama e me deixou com marcas por semanas. Pelo menos o wi-fi, o ar e o guarda-volumes funcionavam. Pra piorar, fui acordado antes das 8h pelos hóspedes e funcionários, não conseguindo mais dormir - o que já tinha dado bastante trabalho antes, vide o jet lag. Levantei, tomei o “chai” (na Índia, o chá é misturado com leite) e parti pra luta. Caminhando um pouco já notei a diferença colossal na (falta de) limpeza, em relação a Pequim. Peguei o metrô recém inaugurado, com ar condicionado, a partir de 10 rúpias. Para começar a preparar meu estômago, tomei um suco natural por 40. Em seguida, entrei na estação de trem suburbano. Que caos! Gente correndo e se empurrando por tudo que é lado, pendurada nas portas dos vagões como nos filmes, e tal. Para vivenciar um pouco disso, e porque eu queria economizar, comprei um bilhete da 2ª classe de Andheri a Churchgate. Apenas 10 rúpias até ponto final, 22 km adiante! Ainda que estivesse bem quente, os indianos vestiam quase todos roupa social, nenhum (além de mim) de bermuda. Da estação, fui até o principal museu da cidade, de nome complicado: Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya. Construído pra homenagear o príncipe do País de Gales, hospeda hoje num edifício de arquitetura indo-sarracena uma porção de artefatos relacionados a Índia e além, contando sua história. Pena que o ingresso seja meio salgado: 500 rúpias + 100 pra usar câmera. Nessa hora, começaram a pedir pra tirar foto comigo, como se eu fosse famoso. O almoço foi no renomado Delhi Darbar. Fiquei com um picante mas apreciável prato de “angara chicken” por 550 rúpias. Saí cheio. Acabei optando por fazer um city tour de 3h por 3500 rúpias, bem mais do que eu deveria pagar. Nele, passei por vários locais interessantes, como uma lavanderia a céu aberto, diversos prédios públicos e privados com arquitetura colonial britânica, o museu-casa do Gandhi (Mani Bhavan), a orla de Marine Drive, a colina de alto padrão Malabar e o templo da religião jainismo. Depois, fiquei no mercado de rua, onde não consegui caminhar em paz, indo então de volta pro hotel através de outra linha de trem da estação central. Retornei pendurado na porta aberta do trem. Comi um negócio, antes de conhecer dois jovens ucranianos no dormitório. Fiquei papeando e dei uma volta com eles, pra conferir o movimento das ruas poluídas. Aproveitei para provar a sobremesa quase sem gosto chamada “falooda” (40 rúpias) e levar umas bananas (6 por 1 real). Dia 4 Com o feriado do Holi, o qual me gerou uma pintura facial, o transporte público ficou bem menos cheio, ainda que sua frequência também tenha diminuído. Peguei os mesmos 2 transportes da manhã anterior, mas quando cheguei à estação final, pedi um Uber até o monumento Gateway of India, de onde partem os barcos até Elephanta Island, por 200 rúpias ida e volta. A baía até a ilhota é entulhada de estruturas. O translado leva cerca de uma hora; no total da minha hospedagem até a ilha eu levei quase 4 horas de deslocamento! Ao chegar, peguei um trenzinho da alegria (10 rúpias). Almocei no restaurante Elephanta Port, escolhendo um prato de “biryani” por 275 rúpias. O “biryani” de frango viria a se tornar meu prato preferido no país. Depois, subi o morro em meio a inúmeras barracas de souvenires. Para acessar as cavernas de Elephanta, patrimônio da UNESCO, paga-se atualmente 600 rúpias. São 5 delas, entalhadas diretamente na rocha durante 1300 anos do século 6 até a invasão e destruição parcial pelos portugueses. Há colunas, santuários e muitas estátuas em homenagem à deusa Shiva. Pena que com a quantidade de visitantes, praticamente todos indianos, fica difícil sacar boas fotos. O guia local Krishna me encheu tanto o saco que acabei aceitando uma explicação de meia hora por 500 rúpias. Quando ele me chamou pra ir num bar depois, meu sensor de golpe apitou. E eu estava correto, pois ele tentou fazer com que eu pagasse a cerveja dele e ainda tomar meu dinheiro com a desculpa de que iria pagar minha parte, mas não teve sucesso quando eu o peguei fugindo… Essa cerveja Kingfisher, a mais popular da Índia, não é boa. Só poderia ser assim, já que leva açúcar e xarope de arroz e milho na fórmula. Depois desse fato lastimável, subi as escadarias até o topo do morro, com vista para o mar e cheio de macacos fofos (Macaca radiata) - até eles roubarem sua comida. Ali fiquei famoso de novo, visto a quantidade de gente que pediu foto comigo. Retornei à hospedagem, chegando após escurecer. Só comi algo salgado e repousei. Dia 5 Acordei cedo pra pegar uma condução até o terminal 1 do aeroporto (110 rúpias), onde voei de SpiceJet até Bangalore. Que bom que mesmo as companhias de baixo custo da Índia permitem despachar até 15 kg gratuitamente, já que meu mochilão cheio dificilmente passaria por bagagem de mão. Em Bangalore, embarquei logo num segundo voo da GoAir até Port Blair, a capital maior cidade do arquipélago isolado de Andaman e Nicobar. Como se já não estivesse quente o suficiente em Mumbai, a temperatura de Port Blair na chegada estava em escaldantes 34 graus. Peguei um tuk-tuk (100 rúpias) até a estação de ônibus principal. Como perdi o ônibus das 15h e o próximo partiria quase 2 horas depois (somente mais tarde eu descobri que havia mais ônibus no outro terminal chamado Aberdeen), aproveitei pra fazer um lanche ali e comprar mantimentos no supermercado Mubarak. O ônibus saiu cheio. Levou cerca de uma hora e 24 rúpias para chegar ao vilarejo de Wandoor. Lá me hospedei no Anugama Resort, numa suíte privada bem razoável. Só que de resort o lugar não tem nada, nem sequer uma piscina, bar ou internet funcionando. Ao menos, os funcionários são gentis. Na hora do jantar, em que fiquei com um curry de peixe (190 rúpias) no restaurante da hospedagem, conheci uma família de belgas e holandês, com quem bati um bom papo. Dia 6 Acordei várias vezes durante a noite e levantei pelas 6, sendo que já havia sol um bom tempo antes. Eu e um dos companheiros da noite anterior fomos a pé cedo ao escritório do Parque Nacional Marinho Mahatma Gandhi para tentar conseguir a permissão para adentrá-lo, mais especificamente na ilhota de Jolly Buoy. Lá, descobrimos que os barcos já estavam cheios, e que precisaríamos tanto agendar o passeio quanto conseguir a permissão no escritório de turismo em Port Blair. Sendo assim, barganhamos um táxi para nos levar, esperar e trazer de volta por 2 mil rúpias. Emiti a permissão (mil rúpias) e o bilhete do barco para Jolly Buoy (885 rúpias) na mesma hora. Detalhe é que é necessária uma fotocópia do passaporte - mas há um xerox próximo que o faz por míseras 2 rúpias! Depois, fomos ao píer de Phoenix Bay, fechado aos domingos, para comprar nossas passagens à ilha Neil (510 rúpias). Regressamos a Wandoor e eu almocei no próprio hotel. Meu prato de “biryani” de frango (240 rúpias) demorou pra ficar pronto, mas foi uma baita refeição. Em seguida, caminhei até a praia. No caminho, topei com algumas aves, como o martim-pescador. A praia de Wandoor é peculiar por um motivo ruim; não é permitido entrar na água devido à presença esporádica do crocodilo de água salgada (Crocodylus porosus), o maior do mundo. Há inclusive uma tela de proteção. Alguns quiosques vendem souvenires, alimentos e bebidas. Fiquei ali com o pessoal por umas horas, até que eles partiram enquanto eu esperava o pôr do sol. Logo depois, caminhei os poucos quilômetros de volta ao Anugama Resort. Banho, janta e cama. Dia 7 Às 7 e meia embarquei rumo a Jolly Buoy, no Parque Nacional Marinho Mahatma Gandhi. A duração do translado foi de pouco mais de uma hora, em meio a ilhotas desabitadas com floresta nativa intocada. Chegando em Jolly Buoy, tive um grande desapontamento. Não é mais permitido praticar snorkeling! Dá pra acreditar nisso? Se tivessem dito antes eu já estaria a caminho da ilha Neil, e não num lugar minúsculo onde você só pode se banhar num cercado minúsculo. Fiquei lá conversando com a única outra gringa do barco, uma húngara. A única atividade extra é um passeio de 1h num barco sujo e desconfortável, com vidro no fundo para ver os corais e peixes, a um custo extra de mil rúpias… Ao regressar pelas 13h, almocei e parti para Port Blair num ônibus musical. Ao chegar, fui atrás de algum hotel, já que minha reserva para essa noite seria para a outra ilha. Usando a internet de uma acomodação já cheia, encontrei um tal de Lalaji Bayview, com um quarto individual por 800 rúpias. Então fui até lá caminhando, pelo meio de uma comunidade. A internet é paga (60 a hora), mas ao menos existente. Já a suíte é a mais básica possível, enquanto que o restaurante no topo da edificação é bacana. Jantei um enroladão de camarão (250 rúpias) e fui pra cama. Dia 8 Seguindo a tradição de acordar cada vez mais cedo, peguei a balsa das 6:30h para a ilha Neil. Duas horas depois, aportei. Deixei a mochila na acomodação Kingfisher Hotel e fui caminhando até a praia do norte, chamada Bharatpur. Com um bocado de gente, um tanto suja e cheio de barracas vendendo conchas, passeio aquáticos e etc, não é bem o que eu pensava. Atravessei e tive que nadar certo tempo até localizar os recifes de coral. Aqui vi alguma qualidade, até mesmo havia corais que nunca havia observado antes. O ruim foi voltar desviando dos barcos e motos aquáticas. Para almoçar, tentei achar um restaurante que fosse um meio termo entre os dos hotéis chiques e os pés sujos. Acabei parando no Port Canteen, onde fiquei com um arroz frito com camarão (220 rúpias). Com o dinheiro acabando, precisei sacar no único ATM da ilha, que para variar estava indisponível no momento. Contando com que a máquina estaria operando novamente dentro de algumas horas, o próprio funcionário do banco me emprestou seu dinheiro para que eu pudesse pagar o depósito do aluguel da bicicleta! A respeito disso, escolhi uma magrela para me deslocar por essa pequena ilha. A velha bike era pequena demais pra mim, mas por apenas 100 rúpias a diária eu não podia querer muito. Uma scooter custava um pouco a mais (400 rúpias + combustível). Pedalando, cruzei o interior cultivável de Neil até a bonita praia Sitapur, famosa pelo nascer do sol. Ali eu mergulhei novamente, mas no ponto onde fui a visibilidade estava ruim, devido às ondas. Vi menos do que no snorkeling anterior. Consegui sacar grana ao retornar. Assim, segui para outra beleza natural, um arco de rocha que fica no oeste da ilha. Cheio de turistas indianos, para se chegar nele há de passar por cima de poças de maré. Vi o sol se pôr neste lugar e retornei. Peguei dois dos salgados fritos picantes “samosas” (20 pila) e um caldo de cana (30) na parte mais central, onde havia movimento naquela hora. De volta ao hotel, meio velho e sem internet, para dormir. Dia 9 Mesmo que quisesse, não poderia demorar muito a acordar, pois o check-out é às 7:30h! E esse parece ser um horário normal dos hotéis das ilhas Andamã. Definitivamente, não entendem de turismo para estrangeiros. Ainda com a bicicleta, toquei para a praia Lakshmanpur, onde também mergulhei. Só que nessa praia só havia dois pescadores, que logo foram embora, e mais ninguém. Fiquei quase 2 horas e meia me deliciando com a vida nos corais. De especial, vi o maior peixe não cartilaginoso que já presenciei na vida. O peixe-papagaio (Bolbometopon muricatum) era tão grande que pude até tocá-lo. Na volta, fui comprar o bilhete da balsa a Havelock, vendido só no mesmo dia e de forma presencial, tudo para dificultar sua vida. Almocei o prato típico indiano thali (180 rúpias) e peguei a balsa. Em Havelock, pensei em andar apenas de ônibus, mas a frequência é tão baixa (1 a 1:30h cada) que decidi alugar uma scooter (500 rúpias a diária) pela segunda vez na vida. Meio cambaleando, fui até o Emerald Gecko, hospedagem na praia nº5 onde eu fiquei. Paguei 1600 rúpias numa cabana rústica de frente pra praia. Aqui finalmente tive contato com vários estrangeiros, todos europeus. Saí para dar uma corrida na praia, de maré baixa durante o pôr do sol. Só que essa praia não é boa pra nadar. Jantei no restaurante da própria acomodação, um pouco mais caro do que estava pagando. Então fiquei com uma pizza de frutos do mar (300 rúpias). Para variar, a internet não estava funcionando, então depois de um papo fui dormir, em mais um colchão finíssimo padrão Andamã. Dia 10 Tive que esperar o café da manhã incluído pra depois pegar a estrada. Dirigi até o começo da trilha para a praia Elephant, assim nomeada devido aos bichões acorrentados na praia para satisfazer a vontade de turistas que querem passear neles. Só que não foi dessa vez que a conheci, pois ela estava fechada devido a um óbito no dia anterior! Assim sendo, continuei na estrada até a praia Radhanagar. Seguindo a dica de um indiano, parei em frente ao Hotel Taj, onde ficaria um belo ponto de mergulho. Com o tempo fechado, não havia ninguém na praia quando cheguei pelas 8 e meia. Caí na água calma e clara, sobre um fundo exclusivamente arenoso. Nadei mais de 200 metros, sem ver nada. Eis que quando pensava em mudar a localização, comecei a vislumbrar uma maravilha atrás da outra. Cansei de ir atrás de arraias, de contar quantos cardumes e corais enormes diferentes apareciam, assim como polvos e muitas outras criaturas. No final, ainda tive o prazer de ver algumas tartarugas-marinhas e de sofrer comensalismo por uma rêmora! No total, fiquei nadando por 3 horas! Parei na entrada principal da praia, cheia de indianos, para almoçar num dos diversos restaurantes. Fiquei com um “thali” de camarão a conta gotas, por 300 rúpias. Depois, caminhei pela praia no sentido contrário ao anterior, encontrando nesse caminho separadamente os dois casais que eu havia conhecido nessa ilha. Ê mundo pequeno. Com a chuva, a pista estreita ficou um sabão só. Voltei devagar pra não deslizar na moto como um cara que estava à minha frente. Guiei até Kalapathar, a praia mais ao sul acessível por estrada. Legal ela, mas nada de excepcional. Regressei e parei no restaurante Golden Spoon, para comer um prato de peixe e usar a internet. Depois disso, voltei a minha hospedagem. Dia 11 Um bando de infelizes começou a bater panela pelas 5 e pouco. Dormi mais uma hora, tomei o café e segui pro início da trilha da praia Elephant - que ainda estava fechada… Só me restou voltar ao ponto de mergulho do dia anterior. Só que dessa vez não vi nada de novo, além de estar me borrando de medo, agora que eu estava ciente que ali é território do maior crocodilo do mundo. Almocei em Vijay Nagar, no restaurante vegetariano Biswas. Pedi um “paneer butter masala” por 200 rúpias. “Paneer” é o tradicional queijo coalho indiano, enquanto que “masala” é uma mistura de temperos. Depois, devolvi a moto e fiquei matando tempo até a saída do barco para Port Blair. Acabei embarcando no navio errado, e só me dei conta quando ele tinha partido - ainda bem que o destino de ambos era o mesmo. Só que esse estava infestado de baratas. Ao desembarcar já era noite, então só me restou ir pro hotel Sunnyvale, pedir uma janta a tele-entrega, lavar minhas coisas e dormir. Exceto pela barata no banheiro, foi a melhor suíte até então. Dia 12 Café da manhã, seguido pelo voo da IndiGo a Chennai. O voo atrasou, então pude conferir todas as atrações do aeroporto: banheiro, bebedouro, caixa eletrônico, lanchonetes e 3 checagens de segurança obrigatórias. Fazia um inferno de 36 graus quando aterrissei. Do alto e pelas ruas se vê que o forte aqui é a arquitetura. Além de muitos prédios em estilo colonial britânico, as moradias são coloridas com diferentes cores, e há uma infinidade de templos de hinduísmo. Mas também se vê muita sujeira e pobreza no meio. Peguei o metrô até a estação central (50 rúpias). Já na estação de trem, provei o suco de um fruto novo pra mim, o marrom arredondado sapoti. Depois, embarquei no trem (5 rúpias!) para o famoso templo hinduísta Kapaleeswarar, cultuado a Shiva. Não se paga nada pra entrar, mas além de uma torre cheia de ídolos do hinduísmo, não há mais muito o que ver. Na saída do templo, um motorista me abordou com o intuito do famoso golpe do tour barato de tuk-tuk, conhecido em Bangkok. Aceitei a carona de 100 rúpias que me levou primeiro à Basílica de São Tomé, uma das 3 únicas no mundo erguidas sobre a tumba de um dos apóstolos de Jesus. Depois ele me levou a duas lojas caríssimas onde ele ganharia combustível grátis por me levar. Obviamente eu não comprei nada. Por fim, me deixou na Marina Beach, a maior e mais movimentada de Chennai, onde eu caminhei um pouco e tomei um caldo de cana (20 rúpias) naquele final de tarde. A seguir, tomei outro trem e tuk-tuk para chegar ao albergue Elliot's 11 Beach. Um leito no dormitório coletivo me custou 610 rúpias incluindo café da manhã. Dei uma volta na rua cheia que leva à praia. Curiosamente, estava ocorrendo uma missa católica em tâmil (idioma do estado) a céu aberto. Parei para jantar num restaurante barato, Classy - de classe não tinha nada. Provei o tal de frango “tandoori”, assado, marinado, apimentado e avermelhado (160 rúpias). Caminhada noturna breve no calçadão da praia. Ali me desfiz dos meus chinelos que não tinham mais conserto e comprei um par por 150 rúpias. Depois fui pro albergue relaxar. Dia 13 Acordei pro café e o recepcionista estava vestindo uma camiseta de Floripa! Dá pra acreditar que o indiano já morou em minha terra, e adorou? Uber até o terminal, e lá próximo peguei o ônibus #588 até Mamallapuram (43 rúpias), onde fica o conjunto monumental de Mahabalipuram, que é um Patrimônio da Humanidade. Aqui eu finalmente vi turistas estrangeiros. Me esquivei dos guias e vendedores e entrei no complexo, sob um sol de rachar. São diversos monumentos com motivos hinduístas entalhados em granito, como baixos relevos, cavernas, mirantes e templos. Almocei no Moonrakers uma porção de lulas fritas (350 rúpias) e um camarão-tigre (300 rúpias) que foi desnecessário, como eu já estava satisfeito. Saí de lá explodindo - e acho que foi esse almoço que me deixou mal depois. Caminhei até os dois templos pagos, sob um único bilhete de 600 rúpias. O que fica na praia se chama Shore Temple, enquanto o outro é o Five Rathas. Ambos interessantes. Prossegui pelo Sea Shell Museum, uma coleção de 40 mil conchas! Há de diversas espécies, formas, tamanhos e cores de várias partes do mundo. Pelo ingresso que combina uma seção especial das pérolas e outra com aquários (alguns pequenos demais pros peixes que os habitam), paguei 150. Continuando, vi o restante das ruínas na colina cheia de rochas do conjunto central de Mahabalipuram. Cansado, retornei de ônibus no final da tarde. Tomei um milk shake premium no Shakos e me retirei ao albergue. Dia 14 Já estava me acostumando com o tumulto na Índia, mas se tem uma coisa que me tira do sério é a falta de educação deles, tanto a respeito de jogarem lixo no chão e na água, dirigirem como loucos, atravessando em qualquer lugar e buzinando o tempo todo, e também furarem filas descaradamente. Voos de turbo-hélice da SpiceJet a Kochi e de lá a Malé, capital do arquipélago das Maldivas. Estavam me negando o embarque internacional porque eu não tinha como mostrar as reservas dos hotéis de cada dia que eu ficasse nas Maldivas. Só fui salvo porque um funcionário compartilhou sua conexão, já que meu chip estava sem sinal. Imigração tranquila, troquei a grana na parte de fora do aeroporto (15 rufias por dólar), bati um rango superfaturado e peguei o ônibus (10 rufias) que passa pela nova ponte que liga à ilha de Malé. Do ponto final, caminhei meio km até o terminal de balsas de Villingili, onde comprei meu bilhete pra Rasdhoo (53 rufias). De lá, caminhei mais meio km até a hospedagem Nap Corner. Paguei 28 dólares para dormir numa cápsula tecnológica futurista! Como estava me sentindo meio enjoado, não saí mais. Dia 15 Às 9h encontrei meu amigo Vinícius no terminal de balsas. Junto com outros poucos gringos, pegamos a barulhenta até Rasdhoo. Como leva 3 horas e ela foi quase vazia (assim como as seguintes), tiramos um cochilo no caminho até o atol. Fomos recebidos por um representante do Ras Village, hotel onde ficamos. Logo saímos para almoçar no Coffee Ole. Pedimos miojo de frango (fried chicken noodles), o prato mais em conta (55 rufias). À tarde, mergulhamos na praia ao sul da ilhota, destinada aos turistas. Só ali é permitido usar roupa de praia, já que Maldivas é um país islâmico e Rasdhoo é habitada. Com a maré baixa, tivemos certa dificuldade em atravessar o recife interno muito raso, até chegar ao externo, onde a beleza se fez presente. Não tanto pelos corais, pois eles estavam um tanto descoloridos, mas os peixes que os cercavam eram abundantes. Além de grandes cardumes, vimos alguns tubarões-de-ponta-negra-do-recife, uma arraia-chita, uma lula, dois peixes-leão e mais uns extras. Deixamos a água quase 3 horas depois, quando o sol já se punha. Uma pena que, saindo do lado oposto, descobrimos um depósito de lixo que termina no mar, bem desagradável. Vimos o belo pôr do sol no Oceano Índico. Depois, caímos na água novamente pra um mergulho noturno, coisa que nunca havia feito antes. Com lanternas à prova d'água, mergulhamos na escuridão completa. Dá um certo medo, pois é nessa hora que os tubarões saem pra caçar - e nós vimos vários deles! Para completar, também avistamos uma tartaruga e uma sépia, que evadiu com um poderoso jato de tinta. Os lírios do mar também ficam mais bonitos à noite, pois se abrem totalmente para captar os nutrientes. Uma das vantagens de se mergulhar à noite é que, letárgicos pelo sono ou ofuscados pela lanterna, os peixes te deixam chegar bem mais próximo que durante o dia. Curti a experiência. Finalmente, jantamos no mesmo lugar, que tocava umas músicas de reggaeton animadas. Mas nada de álcool, já que fora das ilhas privadas dos resorts é proibido. Dia 16 Após café da manhã razoável, meu amigo foi fazer um passeio de 30 dólares para um banco de areia próximo, enquanto eu fui nadar até o recife Giri, mais afastado do que do dia anterior. O caminho até lá são 300 metros de profundidade inalcançável. De novo, vi os tubarões-de-ponta-branca-do-recife. Também avistei um cardume de peixes-anjo. Almoçamos em outro restaurante, o Lemon Drop. O cardápio é parecido com o anterior, sendo alguns itens mais caros e outros mais baratos. Aqui não tem som, mas há um terraço pra compensar. À tarde, praticamos mais snorkeling ao redor do lado sudoeste de Rasdhoo. Uma arraia diferente, alguns tubarões, cardumes e um peixe-leão no raso foi o que vimos. De vez em quando se misturavam correntes extremamente quentes com as um pouco frias, gerando turbulência na visibilidade. Após, assistimos o pôr do sol, com peixes saltando e morcegos sobrevoando a área. Depois da janta, meu mal estar provavelmente adquirido na Índia revelou-se uma diarreia. Duas semanas de comidas típicas super condimentadas e pouco higiênicas não tiveram um bom resultado. Ainda bem que não durou mais de um dia, talvez devido às leveduras (Floratil) que tomei. Dia 17 Na manhã seguinte, tomamos a balsa de uma hora de duração para a ilha de Ukulhas (22 rufias). Ukulhas é mais limpa e sua praia tem uma areia tão branca que ofusca a vista e o mar tão claro que a visibilidade atinge dezenas de metros! Logo ao cairmos na água, percebemos o quanto esse lugar é especial. O recife externo, junto com o da ilha seguinte, é o melhor que presenciei nessa viagem. Cardumes variados, corais em melhor estado, tubarões, arraia e 3 tartarugas dóceis, das espécies de pente e verde. Nem se preocuparam conosco enquanto comiam as algas dos recifes. Mas como já estava com o sol a pino, fomos nos abrigar. Almoçamos na hospedagem em que dormiríamos, a Olhumati View Inn (55 dólares), com a suíte mais bacana. Para comer, escolhi um espaguete com peixe em estilo das Maldivas (6 dólares) e um suco natural de maracujá (2 dólares). Tirei umas fotos da praia enquanto o Vinícius dormia. Às 3h, mergulhamos uma vez mais, pelo resto da extensão do recife externo da ilha. Os corais na direção noroeste estão em melhor estado. Cansamos de ver tartarugas por lá. Trinta-réis pescavam os infinitos peixinhos que abundam. De espécies novas, vimos uma ou outra. Pena que o lado menos frequentado por turistas tenha sua parcela de lixo. Depois do pôr do sol, partimos pro terceiro snorkeling do dia, ou melhor, já era noite. Só que dessa vez foi curto, pois minha lanterna entrou em colapso, então ficamos usando só a do meu amigo. O mais interessante que vimos foram diversos tipos de plâncton. Quando desligamos as luzes, descobrimos que eram aqueles tais bioluminescentes, que brilhavam ao nosso toque! Um tempo depois, fomos jantar no SeaLaVie, restaurante um pouco menos em conta, mas com um som legal. Pagamos 8 dólares cada num prato razoável. Dia 18 Após o café de panquecas e suco, seguimos ao último mergulho nessa ilha. Na tentativa de vermos as gigantescas arraias-jamanta, voltamos ao ponto da manhã anterior. Não conseguimos, mas em compensação, vimos o dócil tubarão-enfermeiro-fulvo tirando um cochilo sob um recife. Escolhi um prato da comida típica “kotthu roshi” (6 dólares) de almoço, feito com pedaços de chapati. Em seguida, por 22 rufias, subimos na balsa até Rasdhoo e até Thoddoo, a ilha final. Essa é caracterizada por produzir a maior parte dos vegetais do país, principalmente mamão. Só a faixa central é ocupada pela área urbana. Fomos caminhando à praia do pôr do sol, para em meio a muitos turistas russos, observar o fenômeno. No caminho vimos as plantações e alguns dos animais nativos, como os morcegos gigantes, os lagartinhos coloridos e as aves terrestres. Há uma mesquita no centro que fica bonita iluminada à noite. Jantamos próximo a ela, no Maracuya. Mas não recomendo, pois os preços não são os melhores, não há música, a iluminação é fraca e eles ainda tentaram nos passar a perna na hora de pagar a conta. Antes de voltarmos ao hotel, demos uma volta para tirar fotos. Dormimos no Amazing View Guesthouse, um nível abaixo dos outros. Mas ao menos também conta com wi-fi e ar condicionado. Dia 19 Tomamos o café da manhã e saímos a mergulhar na praia do nascer do sol. Em Thoddoo o recife externo é mais distante, então é preciso nadar um pouco mais para atingi-lo. Mas vale a pena, pois os corais aqui são os melhores que vimos nas Maldivas. Começando por um pequeno nudibrânquio, atravessamos cardumes enormes de peixes-papagaio, um polvo, um grupo de arraias-chita, além do que já havíamos visto antes. Não tivemos sorte em encontrar um lugar aberto pra almoçar. Depois de uma bela pernada, é que sacamos que era sexta-feira, o dia sagrado do islã, então os restaurantes só abririam depois das 13:30h. Ficamos pelo Coffee Moon, onde nos deixaram assistindo TV trancados no restaurante, enquanto os atendentes iam rezar. Na hora marcada, pedimos o rango, aqui mais barato. Cinquenta mangos por um pratão de miojo com frango e a partir de 20 pelo suco natural. Só que não tenha pressa, porque aqui o negócio é meio devagar. À tarde, largamos do mesmo ponto inicial, mas seguimos mergulhando no sentido inverso. Só que não foi proveitoso, pois já fomos um tanto tarde e um temporal estragou o mar. Para compensar, vimos o melhor pôr do sol. Surgindo entre as nuvens, o círculo desceu até ser absorvido pelo mar. Jantamos no restaurante e café Seli Poeli, bem próximo da hospedagem. Com luzinhas de natal, toca um som legal, mas os preços não são tão bons - apesar de não cobrarem os impostos que chegam a 16% (e você só sabe se são cobrados na hora que vai pagar a conta). Dia 20 Ficamos boiando na linda praia pela manhã. Para o almoço, escolhemos outro restaurante, o Mint Garden. O ambiente é agradável e os preços também, mas (sempre tem um mas) os peixes que pedimos levaram mais de uma hora para ficarem prontos! À tarde, fizemos o último mergulho. Contando os que fiz nas Ilhas Andamã, totalizei 16 mergulhos! Dessa vez, fomos ao lado oeste de Thoddoo. Tivemos que nadar por quase meia hora para chegar ao fim do recife externo. Nesse caminho, vimos coisas novas, como camarões, outras espécies de arraias, além de espécies incomuns, como moreias marrons e poliquetas. Foi bem proveitoso, mas teve que se encerrar com o sol se pondo. À noite, voltamos ao Seli Poeli pra rangar. Depois, finalmente encontramos a loja de souvenir Ufaa aberta, já que os horários são meio bizarros nessas ilhas - essa fica disponível só das 20 às 21:30h! Dia 21 Acordamos bem cedo pra pegar a balsa das 6 e meia para Rasdhoo. A hospedagem nos fez a gentileza de adiantar o café da manhã e nos conseguir uma carona até o porto. Tivemos que aguardar umas horas até a seguinte de volta a Malé. Ficamos no café e restaurante Palm Shadow. Ao chegar à capital, almoçamos na praça de alimentação que fica bem em frente ao terminal de balsas. Em seguida, pegamos um ônibus até o aeroporto (10 rufias) e outro até Hulhumalé (20 rufias). Para pegar um ônibus direto custaria 20 pelo cartão não retornável + 20 pelo transporte (e não poderia levar bagagem). Hulhumalé é uma ilha mais nova onde mora a população de Malé - há inúmeros blocos de condomínio padrão. Demos uma volta por lá, incluindo o parque central, mas não vimos nada de tão interessante para turistas. Antes de ir para o hotel, tomamos um suco no Juice Corner (a partir de 20 rufias) e uns salgados. Nos hospedamos no Loona Hotel, em frente à praia urbana. Pagamos 50 dólares por um quarto com café e ficamos vendo TV. Tomamos o pequeno-almoço na correria e dividimos um táxi (100 rufias) com um indiano até o aeroporto. Vinícius trocou suas rufias restantes na mesma cotação da compra (15 por dólar). Voamos com a IndiGo até Bangalore, onde tivemos que aguardar mais umas tantas horas para o voo consequente de AirAsia a Jaipur. De volta à burrocracia indiana. Mesmo com o visto dentro do prazo de validade, vou precisar pedir um novo pra minha terceira entrada na Índia, ainda que seja pra ficar menos de 1 dia e não sair do aeroporto. Outra coisa, em Bangalore (e possivelmente nos demais aeroportos) não é possível sair depois que entrar nele, mesmo sendo no saguão do check-in. Meia hora, muita desinformação e uma permissão especial depois, conseguimos nos ver livres; caso contrário, passaríamos fome, já que havia onde almoçar lá dentro… Depois desse rolo, almoçamos na praça que fica bem na saída da área coberta do aeroporto. Escolhemos o Wok Shop Para a refeição principal e o Frozen Bottle para a sobremesa (249 rúpias por meio litro de milk shake). Depois de certa turbulência, descemos em Jaipur já com a noite surgindo. Seguimos diretamente ao albergue Jaipur Jantar Hostel de Uber por 190 rúpias, devido ao trânsito. No Uber daqui há opção até de moto ou tuk-tuk. No caminho, vi o quarto acidente de moto na Índia em 10 dias. O albergue é bacana, num prédio de arquitetura interessante. Largamos a mochila no guarda-volume do dormitório com triliches e fomos diretamente ao restaurante da hospedagem comer um prato variado de “thali”. Dia 22 Por 250 contos comemos e bebemos à vontade no café da manhã; valeu a pena. Depois, seguimos de Uber (190 rúpias) ao Forte de Amber, nas colinas áridas ao norte da cidade. A entrada individual para estrangeiro adulto é de 500 rúpias, mas escolhemos o ingresso combinado de 1000 para incluir outras atrações. É um baita complexo palaciano, cercado de muralhas longínquas que mais parecem as da China. No interior, pátios, mirantes e cômodos. Altamente turístico. Ao retornar de tuk-tuk, seguimos ao Museu Albert Hall. É um prédio de 2 andares em estilo indo-sarraceno, com arte indiana nas mais variadas formas, como estátuas, pinturas, moedas e armas. Almoçamos num lugar meio caído, o restaurante Ganesh, já dentro dos portões da rosada cidade velha. Pedi um “paneer butter masala” (190 rúpias) e um “onion naan” (95 rúpias). Continuando, caminhamos no sol infernal até o palácio Hawa Mahal. Famoso por sua fachada, também é permitida a visita em seu edifício de 5 andares. Em sequência, Jantar Mantar. Patrimônio da UNESCO, é uma série de instrumentos astronômicos antigos e grandes, incluindo o maior relógio de sol do mundo. Às 18h, na avenida do portão Tripoli, começou o desfile do Festival Gangaur, que tivemos sorte em presenciar com vista panorâmica da laje de uma loja. O desfile religioso foi composto por pessoas fantasiadas tocando instrumentos e dançando, bem como animais, incluindo um elefante. No caminho de volta, tomei na rua o caldo de cana mais barato do universo (10 rúpias, ou seja, 55 centavos de real!). À noite, jantei e fiquei conhecendo gente no albergue. Dia 23 Nos levantamos tranquilamente para pegar o trem das 11h. Compramos os bilhetes (75 rúpias cada) alguns minutos antes na confusa estação, e nos empurramos pra dentro do vagão do Ranthambore Express na hora em que ele chegou. Cerca de duas horas depois, descemos em Sawai Madhopur. Pegamos um tuk-tuk (150 rúpias) até a C. L. Saini Guesthouse, mas acabamos sendo despachados pra outra hospedagem, a Paridhi Niwas. Neste lugar, ficamos num quarto sem ar condicionado e com internet intermitente. Almoçamos lá mesmo, o melhor “thali” da viagem, por 250 rúpias. Depois, fomos conhecer o Forte de Ranthambore, que fica dentro do Parque Nacional Ranthambore, onde faríamos safáris no dia posterior. Pelo transporte até o forte, com a espera, tivemos que desembolsar mil rúpias. Só havia indianos lá, além de muitos macacos do tipo langur. Passamos mais tempo os fotografando do que as ruínas do forte em si, que em conjunto com os demais do estado de Rajastão, formam um Patrimônio da Humanidade. À noite fomos dormir cedo, pois teríamos que estar de pé às 5h da madruga! Dia 24 Apesar da reserva paga pela na internet (~1800 rúpias) afirmar a necessidade de se obter o bilhete no escritório do parque na noite anterior, ele fica fechado, então às 5 e meia já estávamos lá, os únicos estrangeiros entre várias dezenas de guias e motoristas, pois os turistas pagam pros hotéis fazerem essa função. Com mais 4 belgas de meia idade, fomos de jipe até a zona 10 do parque, bem distante. O caminho até lá exige uma máscara contra poeira. O ambiente é semidecidual, com morros e matas baixas, bastante seco nessa época. Vimos diversos langures, veados-sambar, veados-manchados, antílopes-azuis e aves, como pavões (nativos da Índia), no trajeto irregular. Estávamos chegando ao fim do safári de 3 horas e meia, quando atingimos o objetivo máximo, um tigre! Mais precisamente uma tigresa de 2 anos, estava deitada pegando um solzinho ardente. No máximo ela deu umas lambidas e fez umas caretas, mas mesmo assim foi muito legal ver. Almoçamos no próprio hotel mais um gostoso “thali”. A única coisa que não conseguimos comer/beber é a amarga coalhada. À tarde, mais um safári, das 3 às 6 e meia, desta vez na zona 4, mas em um veículo de 20 lugares. Essa zona possui paisagens mais belas que a outra. Quanto aos animais, vimos tanto quanto antes e até mais: chacais, outras aves, crocodilos. E no finzinho já com o sol se pondo, outra tigresa! Jantamos em nosso hotel. Depois, ficamos assistindo vídeo-clipes na MTV indiana até dormir. Dia 25 Café da manhã meio esquisito. Depois, seguimos à estação de trem. Para variar, só conseguimos comprar pra segunda classe (a pior), por 100 rúpias para um trecho de 4 horas e meia até Agra Fort. Como os compartimentos dessa classe estavam entupidos, seguimos caminhando em direção aos vagões posteriores, que são melhores. Passamos por vários com camas e ar condicionado, todas lotadas, até que chegamos à classe superior dos assentos, também sem uma vaga sequer. Como resultado, só nos restou ficar no limbo, no espaço apertado e fedido do banheiro entre vagões, numa mistura de ar quente de fora e frio de dentro. No fim, apareceu um fiscal querendo nos cobrar a diferença dos bilhetes, como se estivéssemos na classe 3AC, que custava 815 rúpias a mais cada! O cara não falava muito inglês, então foi bem difícil argumentar com ele. O melhor que conseguimos foi pagar metade desse valor cada, já que não estávamos em assentos adequados… Ao chegar em Agra, combinamos com um tuk-tuk para nos transportar até a hospedagem e de lá até o forte, depois ver o pôr do Taj Mahal e retornar, por 700 rúpias. O Forte de Agra, patrimônio UNESCO do século 16, ocupa uma área grande, só que há poucas construções no interior, pois os britânicos as destruíram. Mesmo assim, os detalhes e o tamanho da obra de arenito vermelho são impressionantes. Entrada de 600 rúpias. Alguns sikh pediram pra tirar foto, então aproveitei para aprender um pouco sobre essa religião. Para o pôr do sol, ficamos num jardim bem atrás do Taj Mahal, mas do outro lado do rio que corta a cidade. Há que se pagar 300 rúpias para essa vista, mas se você gosta de amoras e vier nessa época, dá pra recuperar a grana catando as infinitas frutas que estão nos pés do jardim. Jantamos no Bob Marley Café. É tão autêntico que, além da decoração e das músicas, a bebida deles vem aditivada com aquele ingrediente que vocês devem estar pensando. O Special Bob Marley Lassi ("lassi" é um tipo de iogurte indiano) custou 180 rúpias. Umas duas horas depois, começamos a sentir os efeitos da bebida. Foi uma comédia só. Dormimos no Yoga Guesthouse, só no ventilador e cercado de mosquitos, por 350 rúpias cada. O ambiente não é tão limpo, mas a pessoa que cuida não poderia ser mais solícita, visto que até levou os tênis do meu amigo para costurar sem cobrar. Dia 26 Taj Mahal pela manhã. Quanto mais cedo melhor, mas não fomos tanto. Pra chegar lá, só caminhando ou de riquixá. A entrada pra estrangeiros é abusiva: 1300 rúpias. Dentro, plantas, águas, mesquita, muita gente e o imponente mausoléu de mármore com a tumba da mulher preferida que foi presenteada pelo rei mugal. Na saída, compramos um souvenir, tomamos o café da manhã e corremos pro ônibus refrigerado da Ashok Travels, que nos levaria a Délhi por 400 rúpias cada. Três horas depois, desembarcamos na estação de metrô Akshardham, onde fica o maior templo hindu do país. Almoçamos umas misturas boas num restaurante da estação, seguindo então para a do albergue Backpackers@CityCenter, por 30 rúpias. Deixamos as coisas lá, e como já era tarde e as atrações estavam fechadas, fomos às compras. Primeiro descemos no shopping Moments Mall, entrando no hipermercado More Mega Store. Lá eu pude comprar barras de proteína pro trekking no Nepal e o meu amigo alimentos típicos indianos (como a "chana") pra levar pro Brasil. Em seguida, o shopping Pacific Mall, para acessar a Decathlon (onde comprei meu calçado pra trilha) e jantar na praça de alimentação. Ao retornar pra dormir no quarto coletivo refrigerado de 635 rúpias cada, tive a maior ré da viagem. Meu voo para o Nepal com a porcaria da Jet Airways havia sido cancelado há alguns dias (falência da companhia) e eu nem tinha sido notificado! Para piorar, todos os voos de outras cias para os dias seguintes estavam absurdamente caros e não havia vaga nos ônibus que levam mais de um dia pra chegar! Acabei tendo que pagar uma fortuna no voo da IndiGo, caso contrário meu trekking no Everest ficaria comprometido... Dia 27 Havia levado minhas roupas na noite anterior pra lavanderia, ao custo de 30 rúpias por peça. Quase que fiquei sem elas, pois ficaram prontas no momento em que eu estava saindo, ainda que a lavagem tenha sido bem mal-feita. Para ir ao aeroporto eu fui de metrô, na linha expressa que custa 50. Na hora do check-in, conheci dois brasileiros (Lucas e Amanda) que fariam o mesmo trajeto que eu no Everest. Ao chegar em Catmandu, preenchi o formulário eletrônico, paguei o visto para um mês (40 dólares), passei a imigração e fiz o câmbio na cotação de 1 dólar pra 107 rúpias nepalesas. Estava chovendo ao deixar o terminal, mas isso não impediu que eu viesse caminhando até o hotel Sunaulo Inn, onde fiquei num quarto meia-boca por 1200 rúpias (doravante nepalesas). Jantei no próprio lugar, escolhendo um "biryani" de ovo por 280 rúpias. Apesar de ser mais barato que a Índia, cobraram sobre esse valor 23% de taxas! Depois das últimas pesquisas na internet, arrumei o mochilão pro dia seguinte e fui dormir cedo. Dia 28 Fui empolgado ao aeroporto, só pra descobrir que meu voo não sairia tão cedo. Cheguei às 9h e esperei… esperei… esperei, até que às 17h finalmente os voos para Lukla foram cancelados pelo tempo adverso e por um acidente fatal no dia anterior! Um dia inteiro perdido coçando o saco no saguão… Ao menos no final do dia consegui conhecer o complexo do templo hinduísta de Pashupatinath (mil rúpias). A arquitetura é interessante, com várias estupas e teto dourado. Ao longo de um rio, aqui ocorrem rituais de cremação como em Varanasi, na Índia. Tive sorte de presenciar uma dessas cremações, que começam com a cobertura do defunto com flores e o som de uma banda ao vivo. Em seguida, cobre-se de madeira e material inflamável e acende-se uma fogueira, que transforma o corpo em cinzas, que vão parar no rio. Meio macabro. Jantei um "chowmein" de frango, que é um macarrão chinês (250 rúpias), e repousei no mesmo hotel sujinho da noite anterior. Dia 29 Achei que não iria de novo, mas depois de 3 horas de tráfego aéreo (pra desafogar os atrasos dos dias anteriores), nos enviaram pro aviãozinho que recém havia pousado. E pensar que eu quase troquei por um caro helicóptero, como alguns dos turistas fizeram. Logo estávamos no ar, chacoalhando entre montanhas e terraços agrícolas. Pousamos uns 45 minutos depois, na pista minúscula e assustadora do aeroporto de Lukla. Dali já se vê um monte nevado. Comecei a caminhada às 13:40h pela cidade de Lukla a 2900 metros de altitude, onde se pode obter o que lhe faltou, como o dinheiro, que consegui sacar (ao contrário do aeroporto de Katmandu). Paguei as 2 mil rúpias pra entrar no parque rural de Khumbu, primeira etapa da trilha para o acampamento base do Everest. No começo, há muitos vilarejos, muitos turistas e carregadores (sherpas). E descidas, ao contrário do que se imagina. Essa região segue o budismo tibetano, então há muitos monumentos, como estupas, rochas com mantras e rodas "mani", além de alguns monastérios. Parei após duas horas, na metade do caminho que faria no dia, para pegar água duma bica e descansar por uns 10 minutos. Depois, foi só subida e descida. Suei um bocado. Algumas pontes pênseis cruzam um rio glacial turquesa lindo. Uma dessas, fica em Phakding, vilarejo badalado onde repousaram os demais trilheiros que largaram comigo. Eu prossegui até Monjo, onde cheguei no final da tarde, 4 horas depois do começo, e um tanto cansado. Fiquei com um quarto com banheiro, chuveiro quente e wi-fi por 500 rúpias, no Monjo Guesthouse. Estava vazio, então só encontrei um senhor francês pra conversar, enquanto esperava a janta vegetariana de "dal bhat", o prato mais típico nepalês, que consiste em arroz, lentilha, curry de vegetais aleatórios e um pedaço de algo salgado. É muito bem-servido, pois se pode repetir (500 rúpias). Após, continuei na sala comum com calefação, ouvindo músicas nepalesas e tomando "raksi", uma bebida alcoólica caseira de arroz e maçã, que o pessoal da pousada me ofereceu. Dia 30 Dormi relativamente bem. Comi uma barra de proteína e parti. Logo fica a entrada do Parque Nacional Sagarmatha. Mais 3 mil rúpias de pagamento. Depois de uma breve descida em Jorsalle, cercada por florestas de coníferas e cachoeiras, começa uma subida violenta até Namche Bazaar. Não há nenhum vilarejo no caminho. Quase 3 horas mais tarde, cheguei cansado da ascensão de 600 metros. Ao menos o tempo até então estava bom, tanto que eu ainda usava roupa de corrida - exceto pelo calçado. Namche Bazaar é a última cidade da trilha. No seu semicírculo de construções cravadas na montanha, há uma infinidade de hospedagens, restaurantes e lojas, onde se encontra de tudo para compra, a um certo preço. Entrei em 3 pousadas até encontrar uma que não estivesse cheia ou que cobrasse até para respirar. Fiquei na Pumori Guesthouse, por 500 rúpias, com banheiro compartilhado, recarga de aparelhos gratuita, bem como a internet. Só o banho é cobrado, mas nesse dia tomei na pia mesmo. Almocei ali uma pizza broto de cogumelo (550 dinheiros) e saí pra reconhecer a área. Só foi eu botar o pé pra fora que começou a chover e não parou mais. Rolou um fenômeno climático incomum também, uma precipitação monstruosa de granizo com neve! Enquanto isso, passei um tempo no bar The Hungry Yak, onde são transmitidos documentários sobre a montanha. Assisti a impressionante primeira ascensão do Everest, no filme "The Wildest Dream". Enquanto isso, tomei uma Nepal Ice, cerveja forte nepalesa, mas que chega aqui num preço salgado: 600 rúpias pelo latão de meio litro. Em seguida, passei por quase todas ruas, pelo Monastério Gomba, e, já escuro, voltei pra hospedagem para jantar. Ao comer meu bife de iaque (750 com acompanhamentos), gostoso mas meio fibroso, conheci um russo que quase chegou ao final da trilha com duas crianças de 8 e 6 anos! Fui dormir sob temperatura negativa, o que se repetiria até o retorno a Namche. Dia 31 Comi um omelete com pão tibetano (sem graça) e parti pra rua, para aproveitar o lindo dia ensolarado que fazia. Para ajudar na aclimatação, subi a íngreme rota que leva ao mirante do Monte Everest, mais de 400 metros acima de Namche. Lá em cima, coincidentemente, encontrei um grupo de trilheiros de Floripa, que estavam sendo guiados por nada menos que Waldemar Niclevicz, o maior montanhista brasileiro! Fiquei um tempo apreciando a vista do vale de Khumbu, por onde eu vim e para onde irei. Também estavam visíveis alguns dos picos mais elevados, como Ama Dablam e Lhotse. Infelizmente o Everest estava coberto por nuvens constantes. A temperatura não estava tão baixa, mas o vento estava de matar, então tive que descer. Visitei o Sherpa Cultural Museum & Mount Everest Documentation Center (250 rúpias). Há um modelo de residência Sherpa com seus utensílios típicos. Também há uma galeria com fotos, equipamentos e jornais a respeito das expedições ao Everest e sobre o povo das montanhas. Almocei lá mesmo um "dal bhat" (600 rúpias). A seguir, conheci o gratuito centro de visitantes do Parque Nacional Sagarmatha, onde fica essa trilha que estou seguindo. No centro há diversas informações a respeito do meio ambiente do parque. No final da tarde, fui em outro bar (Everest Burger & Steakhouse) para assistir outro filme, dessa vez "Everest". Também aproveitei pra provar outro prato típico, o "thukpa", que é uma sopa de macarrão com vegetais (450 rúpias). Jantei "momos" (bolinhos de massa fritos ou cozidos com recheio de vegetais ou carne em formato de meia-lua) em minha acomodação, agora cheia de chineses. Tomei um banho quente (400 rúpias), carreguei meus eletrônicos e fui dormir. Dia 32 Noite boa de sono, sinal da aclimatação funcionando. Café da manhã pago básico. Me livrei de 1 kg de roupa que não usaria adiante, deixando na hospedagem para pegar na volta. Às 9 e meia, comecei a leve subida e o contorno plano do vale de Khumbu, com vista pro Everest, Lhotse e picos vizinhos. Até aí tudo bem, mas quando o caminho desceu num bosque até a altura do rio no povoado de Phunki Thanga, começou uma subida chata de 550 metros em 2,4 km até Tengboche, onde pernoitei. Do final da subida, dá para ver uma morena, que são os detritos deixados por uma geleira que retrocedeu pelo aquecimento global. Já no topo, fica o pequeno povoado, centrado em um monastério interessante, que visitei. Lá reencontrei o grupo de Floripa, e troquei umas ideias com o Waldemar Niclevicz, um cara bem simpático e inspirador. Passei por 3 hospedagens até achar uma boa opção, pois a mais popular estava lotada, a que conta com uma padaria queria cobrar 1000 rúpias, mas a "teahouse" Tashi Delek cobrou 500 e até que era bacana. Para a internet, eu comprei um tal de Everest Link (2500 rúpias), que lhe dá direito a 10 GB em todas as hospedagens do caminho - e daqui pra frente o sinal do celular não pega. Dei um rolê pra passar o dia durante uma leve nevasca, e no final da tarde quando iria jantar em minha acomodação, encontrei um trio de brasileiros (Danniel, Samir e Felipe) descendo a montanha. Passei o resto do dia conversando com eles. Dia 33 Tomei o café junto, e logo nos despedimos, seguindo para lados diferentes. Às 9 e meia, desci um pouco dos 3860 metros até os povoados seguintes, ao redor do rio glacial Imja Khola. Fazia um baita frio, e às vezes o vento castigava. Botei um pano na cara para resolver essa questão. Ao passar Pangboche, que possui o monastério mais antigo da região, comi uma barra de proteína e recarreguei de água em Shomare, o vilarejo onde a maioria dos grupos almoçava. Com a diminuição de oxigênio disponível, meu ritmo de caminhada também decaiu. Outra coisa que decaiu foram as árvores. Ao passar dos 4 mil metros de altitude, só restaram arbustos. Passei por alguns campos só com plantas herbáceas e arbustivas até a bifurcação Pheriche-Dingboche, bem em frente aos restos de rochas brancas de uma geleira não mais visível. Após um esforço final de subida, cheguei 3 horas e 45 minutos depois na entrada de Dingboche, a mais de 4300 metros de elevação. Esse povoado é maior do que eu esperava. Novamente, minha hospedagem pretendida estava lotada, então acabei ficando com a Tashi Delek. Só que ao contrário desse hotel no vilarejo anterior, aqui não havia nem vaso sanitário… Paguei 500 mangos num quartinho duplo. Ainda bem que era duplo, pois precisei dos dois colchões, cobertores e travesseiros. Escolhi um restaurante aleatório para almoçar, e acabei me dando bem, pois os preços do Himalayan Culture Home Lodge, também hotel, são comparáveis com os de Namche Bazaar, um quilômetro abaixo em altitude. Tomei um chá de limão com gengibre e comi "momos" vegetarianos por 580 no total. Posteriormente, caminhei por Dingboche, só pra ver os campos marrons de plantação serem adubados com fezes. Tomei um banho quente no Tashi Delek (500 rúpias) e fiquei relaxando, já que a rua estava fria, com um neblina que impedia a visão de qualquer montanha, além do cheiro da bosta usada na calefação dos interiores já estar forte. Ao sol se pôr, jantei em meu hotel o clássico "dal bhat". Por fim fiquei debaixo das cobertas lendo um pouco em meu Kindle. Dia 34 Depois do café da manhã de pão, ovo e chá, usei meu dia de folga/aclimatação para subir o primeiro pico da viagem, o mais alto da minha vida. Sobre Dingboche, reina o árido Nangkartshang, com 5083 metros. Saí às 9 e meia como usual. O tempo estava bom, com algumas nuvens, mas não se via o cume por causa de uma névoa. A parte inicial é uma estupa, seguida de um mirante, numa altitude ainda não tão elevada. Depois, a inclinação fica severa. Entre rochas, poucas plantas miúdas, musgos e líquens. O vento aumentou a força, mas não incomodou tanto porque batia nas costas protegidas. Mais além, a fadiga muscular começou a bater, mas não pior que a respiração, já que o oxigênio estava bastante escasso. Conforme o gelo surgia no caminho, eu ia quase cambaleando para chegar logo ao topo. Duas horas e 15 depois, finalmente conquistei o cume! Só que meio atordoado pela falta de ar, acabei atirando minha GoPro ladeira abaixo! Ela bateu numa pedra e foi parar num banco de gelo em outro nível. E agora, perder todo registro da viagem ou arriscar minha vida? Ponderei o risco, e desci em direção à câmera, conseguindo recuperá-la. Ufa! Fiquei um tempo em cima tirando fotos, mas a névoa não deu muita trégua, então desci, faminto e sedento. Parei no Café 4410, que permite a recarga gratuita de aparelhos eletrônicos. Pedi um hambúrguer vegetariano, fritas e milk shake por 1200 rúpias. Enquanto aguardava a recarga, reencontrei um grupo de colombianos que havia conhecido no cume. Passei o resto da tarde conversando com eles; foram tão gentis que até me pagaram um lanche. Quem diria que eu comeria torta de maçã num vilarejo remoto desses! À noite, jantei "thukpa" (450 rúpias) no hotel, e relaxei. Dia 35 Café da manhã repetido. Parti para Lobuche. O início é um vale desolado e ventoso, cercado pela montanha que escalei e por outra nevada. Quando chegara o momento de cruzar o Rio Lobuche e começar uma inclinação foda, parei pra um lanche. Acontece que quando fui trocar o cartão de memória da GoPro, que estava cheio, ele se partiu no meio! Perdi a maioria dos vídeos e fotos que havia feito com ela, pois não havia feito backup. Parece que o que ocorreu na montanha no dia anterior foi uma premonição. Que lástima! Meio abatido, subi o caminho pedregoso com o fôlego no limite. Em cima, fica o memorial para os alpinistas mortos no Everest. Há dezenas de monumentos. Logo depois, já é possível ver um campo coberto de gelo. Mais além, fica o pequeno vilarejo de Lobuche. Aqui o preço mínimo é 700 rúpias. Consegui um quarto duplo e banheiro com privada, mas nada de pia (nessa altitude já não há encanamento), no Above the Clouds Lodge. Começou a nevar bastante, então parei na padaria mais alta do mundo para fazer outro lanche (doce+chá=550 rúpias). Em seguida, fui ao ar livre fotografar o cenário lindo que se formou com a neve acumulada. Até passarinhos estavam por lá. Com o tempo, a neve cessou e a névoa dissipou. Com isso, subi um morro para ter uma vista ainda melhor do vilarejo e do Glaciar de Khumbu, do outro lado. Com o fim do dia, o tempo piorou novamente, então voltei pra hospedagem, onde fiquei esperando um tempão pelo jantar, "dal bhat" (800 rúpias). O bom é que o refil tava incluído, então fiquei satisfeito. Banho de lenço umedecido e cama. Dia 36 Levantei mais cedo e tomei o café da manhã (omelete e chá - 750). Em seguida, subi até Gorak Shep, o assentamento mais elevado do mundo (5100 metros). O caminho estava com bastante trânsito e não foi tão fácil quanto pensei, pois há subidas e descidas sobre rochas. Quase na chegada, se vê o Glaciar de Khumbu, o pico Kala Patthar e o acampamento base do Everest. Em Gorak Shep, tive ainda mais dificuldade em achar um lugar pra ficar. Precisei dividir um quarto no Snow Land Highest Inn (500 rúpias pra cada). Deixei minhas coisas e parti pro acampamento base. O caminho é rochoso e passa ao lado da geleira. Entre as atrações, vi um casal da ave terrestre chamada de galo da neve tibetano, além de uma avalanche na montanha do lado oposto da geleira. Parecia um trovão o estrondo. Peguei ainda um tráfego de iaques carregadores. Ao chegar, há um marco com bandeiras onde todo mundo comemora. Mais uma etapa concluída com sucesso. Desci até a parte interior, lotada de barracas, onde os alpinistas ficam até um mês se aclimatando. Pisei no gelo e retornei, já que o tempo começava a piorar. Bati um rango violento quando voltei. O "dal bhat" da hospedagem veio com repetição, então fiquei cheio até a hora de dormir, a ponto de me deixar meio mal. Enquanto tentava fazer a digestão, um pessoal da Venezuela e Espanha sentou ao meu lado. Comecei a falar com eles; acabamos jogando cartas até a hora de se retirar - sem banho novamente, já que aqui custa mil rúpias! Também tive que recarregar o celular por 400 rúpias pra uma hora... Dia 37 Dormi mais ou menos, mesmo usando o saco de dormir pela primeira vez. Às 7 me levantei com leves sintomas de Mal de Altitude, mas isso não me deteve. Fui escalar o monte Kala Patthar. O começo é sobre terra, bem inclinado, cansa bastante. Depois que se contorna essa parte, percebe-se que o cume na verdade é mais distante e alto do que o que parecia ser visto de Gorak Shep. Continuei lentamente, agora sobre neve e rochas. Uma hora e meia depois, cheguei ao topo do ponto mais alto em minha jornada: 5650 metros! A vista do topo é sensacional. Ali fica o melhor mirante do imponente Monte Everest, bem como do Glaciar de Khumbu e diversas outras montanhas altas da região. Havia umas 10 pessoas essa hora no cume. Desci, almocei "momos" e, um pouco depois, segui o caminho de volta. A parte repetida até a bifurcação em Dughla foi meio monótona. De diferente, apenas um grupo que seguia na direção inversa em bicicletas! Quando atravessei o campo de gelo do acampamento base do Lobuche, não cruzei com mais ninguém. O trecho até Dzonghla é meio arriscado, pois segue à beira do precipício na maior parte do tempo. De vista compensa, pois passa em frente à baita montanha Cholatse e seu lago parcialmente congelado. Também vi uns tantos passarinhos. Quase na chegada, ultrapassei novamente o grupo de Cingapura cujo líder Saravanan foi até o EBC usando calçado minimalista. Na terceira tentativa, fiquei hospedado no Himalayan Lodge. Quinhentas rúpias pelo quarto duplo e banheiro com vaso, mas nada de pia. No mesmo lugar, ficaram os singapurenses e o espanhol Claudi, que eu havia conhecido em Gorak Shep. Jantei uma macarronada e passei o resto do tempo conversando com ambos. Todos foram dormir cedo para a travessia do dia seguinte. Dia 38 Pelas 5 da madruga os demais já estavam tomando café da manhã, enquanto eu pedi meu omelete e chá pras 6 e meia. Na primeira longuíssima subida, já passei um dos grupos. Tanto no dia anterior quanto nesse, alguns conhecidos tiveram que desistir da trilha pelos sintomas do Mal de Altitude. Um deles precisou até mesmo ser levado de helicóptero de volta. Estava com receio que tivesse que fazer essa travessia perigosa sozinho, já que a maioria vai cedo, mas acabei encontrando gente suficiente. Já cansou bastante a primeira elevação, que culminou em uma escalada entre rochas e neve. A paisagem, bem como as seguintes, fez valer a pena o esforço. O passo seguinte foi mais técnico do que cansativo - atravessar uma parede de neve sem proteção alguma contra o abismo que se seguia. Dei graças que Claudi me emprestou cravos para o tênis (crampons) na noite anterior, pois sem eles eu teria chance de despencar nessa etapa ou na seguinte. Passado o trecho sujeito a avalanches a nada menos que 5420 metros de altitude, veio a descida nesse meio escorregadio. Venci, chegando no vale seguinte, uma tundra alpina. Nova subida, seguida de nova descida, mais fáceis dessa vez. Por fim, seguindo o riacho originado numa dessas geleiras, cheguei no pequeno Dragnag, composto apenas de uns 7 alojamentos e nada mais. Desesperado por um banho, usei o próprio riacho para satisfazer meu desejo. Como eu estava aquecido da longa trilha de 6 horas, a temperatura não foi um grande problema. Aproveitei para lavar minhas roupas suadas também. Fiquei hospedado no Khumbi-la Hotel (500 rúpias). Tão básico quanto os demais. Almocei tardiamente "momos" fritos de batata (650 rúpias), botei minha GoPro para carregar (350 rúpias), e passei o resto da tarde entre conversas com os colegas e à toa. Jantei sopa, li um pouco e capotei. Antes, pedi quanto custava 1 mísero rolo de papel higiênico, já que o meu havia acabado: 550 contos! Dessa forma, peguei os guardanapos da sala de jantar pra resolver o problema... Dia 39 Comi e vazei em direção a Gokyo. O caminho é sobre a morena da maior geleira do Himalaia, a Ngozumpa, com 36 km! A caminhada dentro da geleira segue em ziguezague pra cima e pra baixo entre pedaços de rochas soltas, manchas de gelo e laguinhos congelados. Com uma subida final, chega-se a Gokyo. Meu corpo estava tão cansado que levei mais de duas horas para essa travessia, quando deveria levar menos. O povoado de Gokyo é único entre os da rota do trekking, pois fica na beira de um lago semicongelado lindo, cheio de aves e com montanhas nevadas próximas. Deixei minha mochila na Fitzroy Inn. São 500 rúpias, sendo que o banheiro possui vaso e pia, e o quarto é um pouco melhor. Comecei então a ascensão da última montanha da rota, a Gokyo Ri, com 5360 metros. Devido a meu estado precário, fui subindo a passos de tartaruga. Essa montanha é inclinada demais, pois possui 600 metros acima do lago, onde inicia. A paisagem do meio do caminho é sensacional, mas conforme eu subia o tempo ia fechando, pois já era o começo da tarde. De fato, fui o último a subir. Uma hora e 45 minutos depois, usando somente a força de vontade, cheguei ao cume. Lá em cima estavam uma argentina e meu colega Claudi. Descemos e fomos tomar um chá e conversar. Em seguida, jantei "dal bhat" em meu alojamento, com vista para o lago. Não estava me sentindo muito bem do estômago essa hora. Carreguei o celular (300 rúpias), comprei um rolo de papel higiênico (250 rúpias), um pão doce grande (600 rúpias), li um pouco e fui dormir cedo. Dia 40 Acordei com dor de garganta - também, todo esse tempo respirando ar frio e seco pela boca, só poderia acabar assim. Gastei minha última rúpia no check-out, mas pelo menos ganhei uns chocolates de brinde. Esse foi o dia mais longo de caminhada, pois tive que percorrer 24 km até Namche Bazaar. Ainda bem que em sua maioria, o trecho foi de descida. O começo foi passado ao lado dos lagos cênicos de Gokyo. Depois, acompanhando o rio glacial. Passei por alguns vilarejos, descansando, me hidratando e consumindo meus alimentos energéticos a cada cerca de 2 horas, sempre à beira de algum riacho. Encontrei meu colega Claudi nesse caminho, mas ele ficou em Dole, metade do trajeto que eu percorreria. Além desse povoado, as florestas começaram a ressurgir. Junto delas, uma parte lotada de cachoeiras. Já estava cansado, quando em frente a Phortse, uma elevação grande surgiu. Subi a passos lentos. Dali em diante, acelerei o possível no terreno irregular, quase torcendo meu tornozelo algumas vezes. Quase solitário, cheguei à bifurcação em Sanasa, quando entrei na trilha que já havia percorrido no quarto dia. Exausto, com dor nas costas, cheguei em Namche Bazaar às 16 horas, exatamente 8 horas depois de iniciar. Saquei dinheiro e fui pra hospedagem onde havia deixado uma pilha de roupas, a Pumori Guesthouse. Morrendo de fome, devorei uma macarronada (550 rúpias) enquanto carregava meus dispositivos. Por fim, apaguei. Dia 41 Acordei pior do que no dia anterior, dessa vez à dor de garganta, somou-se um resfriado. Não tive escolha; comi um omelete de queijo e tomate (400 rúpias) e vazei. O percurso inicial é de pura descida, mas isso não quer dizer que tenha sido rápido, já que há trânsito e o terreno é irregular. Em sequência, descidas e subidas intermináveis, enquanto atravessava de um lado do rio pro outro nas pontes pênseis. E o corpo reclamando. Mais além, passei pela vila de Phakding. Dali pra frente, foi o maior sofrimento: dor nas costas, nos ombros e nos pés. Eu ia cada vez mais devagar. O trecho final, majoritariamente de subida, foi um martírio, mas 6 horas e meia depois, cheguei ao portal de Lukla. Finalmente, 150 km de trilhas depois do começo, missão cumprida! Comemorei e fui pra alguma hospedagem, no caso a Alpine Lodge (500 rúpias). Tomei um banho (250 rúpias) e me joguei na cama, imprestável. Jantei outra macarronada e fui dormir. Dia 42 Comi uma panqueca com mel de manhã (400 rúpias) e fui cedo pro aeroporto. Precisei chegar lá às 7 e meia, mas não embarquei antes das 11… Me livrei dum dos aeroportos mais perigosos do mundo, descendo em Catmandu. Por 900 rúpias, tomei um táxi até o lar Laughing Buddha Home & Villa (5 dólares cada noite). No caminho pude constatar que o trânsito de Catmandu é do nível das cidades grandes indianas. E bem empoeirada. Desci pra conhecer as atrações recomendadas pela anfitriã, a começar pelo almoço na Army Canteen, lugar onde o exército vem rangar. Como o menu é em nepali, precisei apontar para o que havia na bancada: escolhi feijão, batata e cebola. Na hora de pagar a conta, fiquei de queixo caído… 50 rúpias (R$1,75)! O almoço mais barato da minha vida! Para a sobremesa, fui na padaria Best Choice. Realmente a melhor escolha, pois comi deliciosos doces a partir de 25 rúpias! Até levei uns pro café da manhã. Em seguida, entrei no museu de história natural (100 rúpias). É basicamente o depósito da seção biológica de uma universidade, contando centenas de animais empalhados, insetos, plantas e outros seres viventes no Nepal, com breves descrições. Prosseguindo, o templo do macaco (Swayambhunath). É um templo budista tibetano com algumas estupas, relíquias e muitos macacos sagrados. Entrei pela escadaria de acesso gratuito que os turistas desconhecem. Lá em cima há vendas de souvenires, mirante pra cidade toda e, na mata ao redor, bastante vida. Ao descer, mesmo sem muita fome, parei pra jantar no Chuden Shelzey. Optei por um "chowmein" de frango (120 rúpias). Para minha surpresa, um grupo de monges budistas estava ali jogando videogame! Retornei à tranquila hospedagem, onde fiquei à noite. Dia 43 Comecei o longo dia ingerindo meus doces da padaria. À continuação, pedi para que me chamassem um moto-táxi via Pathao, aplicativo tipo Uber. Até Bauddhanath custou apenas 170 rúpias. Já para a entrada desse Patrimônio da Humanidade, 400. Há uma grande estupa central, reconstruída após o terremoto de 2015, cercada de monastérios, templos, relíquias e lojas meio superfaturadas. Ao deixar o complexo budista que é o principal da capital, tomei um ônibus de 25 rúpias até Ratna Park, onde ficam as estações dos coletivos. Não quis pagar para entrar no parque, pois não me pareceu interessante, então segui até Ason, um bairro antigo central onde se vende de tudo a preços em conta. Aqui tentaram me aplicar o golpe do jovem aprendiz de inglês que quer treinar o idioma e o leva a um templo para benzê-lo e depois a uma loja de pinturas que só está aberta no dia do festival fictício que ocorria justamente naquele dia - não tiraram uma rúpia de mim. Almocei num muquifo um prato de "chowmein" vegetariano por somente 80 rúpias. Pensei em entrar na tradicional praça Durbar em seguida, mas o estado dos edifícios pós-terremoto e a exigência de que estrangeiros pagassem mil rúpias enquanto os nativos não pagavam nada, me fez mudar o rumo. Com o preço tão barato da comida, acabei tomando um caldo de cana por 30 rúpias e depois um "lassi" de banana por 100. Rapidamente adentrei o jardim Garden of Dreams, que cobra 200 pratas, mas é pequeno. Dessa forma, me embrenhei nas ruas apertadas e lotadas de comerciantes e turistas de Thamel. Procurava alguns equipamentos eletrônicos e pra trilhas, mas não encontrei nada de qualidade, já que aqui é quase tudo pirateado. Tomei um sorvete de Ferrero, que não era de Ferrero, e comprei em Ason dois souvenires (roda mani - 1500 rúpias e placa Namastê - 400). Me encontrei com Danniel, um dos brasileiros gente boa que conheci no caminho do Everest. Batemos um papo bom e tomamos um balde da cerveja artesanal Sherpa Red no bar Phat Khat. Depois jantamos "kebab" (225 cada) e eu peguei um táxi pra voltar à hospedagem (600 rúpias). Antes de dormir, conversei um pouco com o pessoal que se encontrava no Laughing Buddha. Dia 44 Acordei com os cães latindo e pessoas falando. Fui em direção aos museus, parando para ter um café da manhã no Vajra Café, já que o Chuden Shelzey não tinha nem ovo e nem vitamina naquela manhã. Acontece que esse café deixa bastante a desejar em comparação com a padaria de 2 dias atrás, além de estar cheio de moscas… Para meu desgosto, hoje era feriado do dia do trabalhador, então tanto o Military Museum quanto o National Museum estavam fechados! Não queria ir até a distante Bhaktapur, então caminhei até uma avenida onde pude pegar um ônibus à região central. Em Ason, fui às compras: relógio minimalista à prova d'água (3000 NPR=rúpias), carteira minimalista (375 NPR), boné minimalista c/ pescoceira (1000 NPR). Como os restaurantes turísticos de Thamel são meio caros, almocei numa birosca chamada Ravi Panipuri Chaat Shop. Fiquei com um tal de "papadi chaat" 70 NPR + "chicken egg roll" 100 NPR + Fanta amarela 40 NPR. Há uma infinidade de casas de câmbio em Thamel, mas como as raras que possuíam rial do Catar não tinham cotação boa, troquei o resto das minhas rúpias pelo famoso livro Into Thin Air na livraria Tibet Book Store (700 NPR). Enquanto procurava um transporte barato para retornar ao alojamento, tomei um suco de abacaxi grande (200 NPR). Depois, embarquei numa van (20 NPR). Me despedi e embarquei no voo da Nepal Airlines com destino a Doha. Havia lido que essa companhia era uma das piores do mundo, então fui sem expectativas, mas me surpreendi: avião grande e novo, entretenimento de bordo e alimentação decente - talvez eu tenha tido uma baita sorte, ou a companhia realmente melhorou. Dia 45 Com um pouco de atraso, desembarquei. A imigração sem visto foi ridiculamente rápida. Saquei dinheiro (1 rial do Catar = 1,07 reais), chamei um Uber até a hospedagem da vez (24 rials). O albergue Q Hostel, localizado num condomínio de casas de alto padrão, refrigerado, me custou 180 rials por 3 noites. Todos meus colegas de quarto eram de países islâmicos. Ao acordar, chamei um Uber pra me levar ao museu nacional (13 rials). A entrada individual custa 50 rials, mas o passe para 3 museus é 100, então o comprei no cartão de crédito. O Qatar National Museum já impressiona no exterior, inspirado na rosa do deserto. Por dentro, ainda mais. Com tecnologia de ponta, conta sobre a biodiversidade do país, bem como sua história, do passado remoto, passando pela conquista árabe, a era de ouro da coleta de pérolas e a atual do petróleo, que superdesenvolveu o Catar. Fiquei mais de 3 horas aqui. Almocei "chicken biryani" no Al Jazeera Kabab, bem em frente ao museu, por 12 rials. Há um ônibus gratuito rosa que passa uma vez a cada hora e leva aos dois outros museus. Peguei ele e desci no de arte islâmica. A construção é bem bacana também, mas por dentro não há tanto conteúdo. As obras de arte de várias localidades islâmicas são belas, mas nada excepcionais. Esperava um pouco mais. Uma hora depois, fui pro Mathaf, de arte moderna, que fica afastado dos demais. No caminho, pude notar as obras de infraestrutura e lazer pra Copa do Mundo de 2022. Havia apenas mais duas visitantes além de mim. Não consegui ficar nem uma hora vendo essas coisas estranhas que chamam de arte. Peguei o transporte de volta e fui passear pela Corniche, a avenida beira-mar. Ainda fazia calor pelas 5 e pouco, mas o sol já estava baixo no horizonte. Atravessei metade do semicírculo a lentos passos, admirando a arquitetura dos arranha-céus, que, assim como o resto da cidade, perdem pouco para Dubai. Tomei um "smoothie" meio caro de 25 rials no Costa Café, e segui por entre os prédios, que agora estavam com iluminação noturna variada. Entrei no shopping center City Center pra jantar (no Subway mesmo - 29 rials no Sabrina de 30 cm) e comprar mantimentos no completíssimo Carrefour, que só não tem cerveja com álcool. Gostei do preço do kiwi, 2,75 o kg. Voltei de ônibus #76 até o terminal de Al-Ghanim, onde pegaria outro busão até próximo da minha hospedagem. Um cartão para 2 viagens na cidade custa 10 rials e pode ser comprado com o próprio motorista. Pegaria, pois quando cheguei lá quase às 23h, já não havia mais linhas disponíveis para onde eu iria. Como não consegui sinal para chamar um Uber, convenci um táxi a aceitar a corrida por 15 rials. Dia 46 Como fui dormir tarde, acordei assim também. Tomei meu café da manhã de brownie + suco natural + frutas e tomei um Uber à estação de ônibus (12 rials). Chegando lá, fiquei sabendo que para embarcar no ônibus para fora de Doha, precisaria de um cartão ilimitado para 24 horas, ao custo de 20 rials. Então aproveitei para dar um rolê bom. Primeiro desci em Al Wakra. Como era o dia sagrado do islã, os "souqs" (mercados antigos) estavam fechados. Com isso, dei uma conferida na praia de água turquesa. Almocei logo no Alfanar Restaurant Yemeni Food, onde pedi um tal de "mandi chicken" por 25 rials, mesmo sem saber o que era - mas gostei. Caminhei mais um pouco e retornei à avenida, onde há uma estátua de ostra, uma mesquita bonita e um forte fechado ao público. A intenção era continuar pro sul até Mesaieed, mas eu acabei indo parar no ponto errado e só percebi quando o ônibus de volta estava passando, então decidi retornar ao centro. Fui então ao Souq Waqif, onde ficam as lojas tradicionais. Tentei comprar um souvenir decente, mas os feitos no Catar são caros demais. Ali também ocorria a feira internacional de tâmaras. Entrei e saí, pois eu nem gosto dessa fruta típica de países desérticos. Essa área revitalizada é a mais antiga da cidade. Visitei os museus Msheireb, que contam um pouco dessa história. Gratuitos, são 4 casarios antigos que também falam da escravidão na região e o desenvolvimento com a descoberta do petróleo. Fiquei algumas horas em seus interiores. Quando saí, já era noite. Fui à orla, um tanto escura, para admirar os arranha-céus coloridos do outro lado da baía. Ao retornar, parei num dos restaurantes/lanchonetes baratos ao lado da estação de ônibus para jantar. Comi um "biryani" de frango por somente 10 pilas no Taxi Land Restaurant. Depois, voltei à acomodação de ônibus. Doha tem um problema sério de trânsito no centro, mesmo a altas horas. Dia 47 Acordei uma vez às 4 e meia com o anúncio de Allah nos alto-falantes da mesquita mais próxima. Voltei a dormir. Fiz o check-out e deixei minha mochila na recepção enquanto passeava. Fui até a rodoviária, comprei outro cartão ilimitado e com o #104A através do deserto até Dukhan, o princípio da exploração petrolífera no país. O baita ônibus confortável é uma mudança e tanto pra caminhonete que levava os operários na caçamba. Em Zekreet, há umas formações geológicas tabulares interessantes. Pena eu não haver meio de explorá-las. Duas horas e meia depois, o ônibus parou na entrada de Dukhan, ao lado de uma refinaria. Almocei pizza na Domino's (29 rials pelo combo) enquanto aguardava o ônibus de retorno. Ao retornar, parei no Mall of Qatar, um shopping grandão e ligado à linha de metrô quase pronta. Aproveitei para a assistir o lançamento dos Vingadores. Acreditam que o ingresso mais barato pro cinema era de 45 reais o inteiro? Voltei com os ônibus. À noite, fui até o aeroporto, onde aguardei um bocado de horas até o voo das 4:40 com a IndiGo até Mumbai. Dia 48 Desembarquei sonolento, passei a imigração e peguei um Uber (180 rúpias) até a cápsula bacana onde eu passaria o dia, no Hotel Astropods Airport, por mil rúpias. De volta ao aeroporto, lanchei e embarquei na Air China para Pequim. Dia 49 Depois de umas 5 horas em voo, passei o resto do dia no aeroporto da capital chinesa, entre cochilos e eletrônicos. A comida é meio cara e há poucas opções de refeição, então fiquei à base de KFC e Costa Café. Dia 50 Na madrugada seguinte, fui com a mesma companhia para Frankfurt, onde desci para dar uma volta na cidade. Comprei um passe diário ilimitado pro transporte público (9,65 euros) e peguei o trem até a estação central. Como já conhecia a cidade, não mirei exatamente os pontos turísticos. Caminhei aleatoriamente, mas parei para fotografar a arquitetônica Römerplatz. Aproveitei o dia para ingerir algumas das delícias culinárias europeias, como queijos, cerveja, bagas e salsichão - a maioria comprado em supermercados. Fiz compras também: eletrônicos na Saturn, chocolates e outras comidas nos supermercados econômicos Penny e Aldi, e roupas na Primark. Final da tarde retornei e aguardei o bom voo da Lufthansa, que, junto com o trecho final da Gol até Floripa, concluiu a viagem, 3 dias depois!
  10. Oiiie pessu! Gostaria de saber se a Trilha inca curta (2 dias 1 noite) é muito difícil de ser feita, qual é o preparo físico que pedem, se pessoas que fazem academia (musculação e cardio) conseguem dar conta. Tenho pouco tempo para fazer essa viagem, entao optei pela trilha inca curta, mas tenho medo de nao dar conta por causa da altitude. me contem os relatos de voces, de pessoas que conhecem, se fecharam o pacote da trilha no local ou aqui no BR mesmo..
  11. Trilha Saco das Bananas ou Trilha das 10 Praias Desertas - Caraguatatuba x Ubatuba - SP Praias: Praia da Tabatinga, Praia da Figueira, Praia da Ponta Aguda, Praia da Lagoa, Praia do Simão, Praia Saco das Bananas, Praia da Raposa, Praia da Caçandoquinha, Quilombo Caçandoca, Praia do Pulso, Praia da Maranduba e Praia do Sape. Dificuldade: Moderado Distância: 28 km Salve salve mochileiros! Segue o relato desta trilha fantástica situada entre Caraguatatuba e Ubatuba no litoral Norte de São Paulo, iniciada na Praia da Tabatinga a aproximadamente 20 Km da cidade de Caraguatatuba e finalizada na praia do Sape. A trilha é de nível médio com subidas e descidas mostrando belas paisagens e diversas praias. A maioria das praias são quase que desertas com pontos de água potável. Partida - 17/11/20 - Ida 7:30am - São Paulo x Caraguatatuba -> BlablaCar R$45,00 - Caraguatatuba x Praia da Tabatinga -> Ônibus R$4,65 Partimos do bairro do Butantã em São Paulo capital onde combinamos com o motorista do aplicativo BlablaCar para sair às 7:30am. Saímos no horário marcado e fomos em 4 pessoas no carro. A viagem foi tranquila, segura, todos de máscaras pela pandemia e com duração de duas horas e meia até chegarmos ao Terminal Rodoviário de Caraguatatuba onde pegamos um ônibus do transporte público com sentido a cidade de Ubatuba. Depois de aproximadamente 35 minutos descemos no último ponto da praia da Tabatinga próximo ao Mercado Prime onde fica o início da trilha pela rua à direita do mercado. Compramos mais alguns mantimentos e água e iniciamos por volta das 11:00am a Trilha do Saco das Bananas ou Trilha das 10 praias desertas. A trilha teve início na rua ao lado direito do Supermercado Prime pela Rua Onze onde seguimos por ruas com um terreno muito acidentado com muitos buracos e lama até chegar na entrada para a Praia da Figueira. Resolvemos não entrar nesta praia pois o tempo não estava ajudando muito e então seguimos em frente. Alguns metros a frente chegamos no Mirante da Praia da Ponta Aguda de onde se tem uma bela vista da Praia da Figueira e da Praia da Ponta Aguda. (Entrada Praia da Figueira) (Estrada) (Mirante da Praia Ponta Aguda) - (Praia da Figueira) (Praia da Figueira) (Praia da Figueira) Passando o mirante a trilha começa a adentrar a mata mais fechada passando por diversos pontos d'água. Andamos por mais ou menos mais 1 hora e chegamos em um casarão abandonado com várias bananeiras ao redor. Não sei a história desta casa mas parecia ser bem antiga. Neste ponta a trilha se divide em duas, para a esquerda se segue a trilha para a Praia do Simão, e para a direita se chega na Praia da Ponta Aguda. Descemos uns 15 minutos de trilha passando por um descampado até chegar na Praia da Ponta Aguda. (Praia da Ponta Aguda) (Praia da Ponta Aguda) Ficamos pouco tempo na Praia da Ponta Aguda pois estávamos correndo contra o tempo que a todo momento mostrava que podia desabar com muita chuva. Retornamos pela mesma trilha que chegamos na praia e continuamos a trilha seguindo as placas rumo a Praia da Lagoa. (Praia da Lagoa) A Praia da Lagoa que faz jus ao nome contém uma lagoa que desagua no mar situada do lado esquerdo da praia. Retornamos pela mesma trilha e seguimos as placas para a Praia do Simão que a princípio iríamos pernoitar e seguir no dia seguinte. Apesar da placa de proibido resolvemos seguir em frente e caminhamos por mais ou menos umas 2 horas neste trecho. A trilha estava muito molhada pela chuvas do dia anterior tornando o trecho escorregadio e muito difícil de render a caminhada. O tempo até que estava colaborado pois só tínhamos pego chuviscos durante o caminho, até que chegando próximo da Praia do Simão o tempo simplesmente resolveu dizer qual seria o nosso destino pelos próximos 3 dias ahahauhauhauha. Começando com um chuva bem fina, toda aquela água que estava acumulada durante o dia resolveu cair bem na hora que estávamos chegando na Praia do Simão ahuahuah e não parou mais. Depois de vários escorregões e tombos passando por alguns trechos que sem chuva até seriam fáceis, mas com toda aquela água caindo do céu com a trilha encharcada e muito escorregadia ficaram bem complicadas. E depois de algumas horas chegamos na Praia do Simão ou Praia Brava do Frade. (Praia do Simão ou Brava do Frade) (Praia do Simão ou Brava do Frade) (Praia do Simão ou Brava do Frade) (Praia do Simão ou Brava do Frade) Segundo moradores a Praia Brava do Frade possui este nome pois a um tempo atrás morou um frade na praia por muitos anos, razão do nome original. A praia é bastante procurada também por surfistas que buscam tranquilidade em uma praia deserta longe da badalação, mas neste dia não tinha ninguém na praia. Chegamos e já montamos acampamento no meio das inúmeras árvores pensando em obter alguma sombra pra caso no dia seguinte o sol desse as caras ahuahuah. A praia tem mais ou menos 1 km de extensão com mar de águas agitadas, areia clara, praia de tombo, aparentemente com muitas correntes de retorno. Também ficamos próximos ao um ponto de água potável que fica no meio da praia formando uma pequena lagoa que com a forte chuva virou uma grande cachoeira que corria até o mar. A pernoite estava garantida, mas a chuva não parou mais aquela noite e nem no outro dia. Choveu forte, com trovoadas e muito vento o tempo todo. (Praia do Simão ou Brava do Frade) (Praia do Simão ou Brava do Frade) (Praia do Simão ou Brava do Frade) (Acampamento) (Praia do Simão ou Brava do Frade) (Bica d'água) Acordar em uma praia deserta certamente é um desejo de muitas pessoas, mas acordar com a praia deserta e com muita chuva também foi uma experiência muito boa com sentimento de frustração e agradecimento. Ficamos por três dias nesta praia por causa da chuva, as barracas viraram nossos lares naquele paraíso por alguns dias ahuahua. A chuva não deu trégua no segundo dia, choveu por várias horas de manhã até o meio da tarde. Tivemos que esperar por horas pra sair da barraca pra poder conhecer aquele paraíso, mas quando a chuva deu uma trégua nós saímos para desbravar e conhecer a praia. Do lado direito andando pela praia existe um paredão de pedra que dependendo do volume d'água é um bom ponto para um banho de cachoeira, mas neste dia apesar de toda a chuva estava com volume baixo. (Cachoeira) A chuva começou novamente e retornamos para o camping e por ali ficamos. Fizemos toda nossa comida dentro da barraca. Uso o modelo QuickHiker 2 Quechua que tem duas portas e dois grandes avanços possibilitando usar o fogareiro sem nenhum problema. Choveu o resto do dia e toda a noite. Dormimos cedo com muita água ainda caindo, e por volta das 4:30am da madrugada a chuva resolveu finalmente parar. Resolvi sai da barraca assim que amanhecesse para ir ao banheiro e me deparei com um nascer do sol sensacional saindo lá longe no horizonte do mar. E depois de tanta chuva tive uma sensação de euforia, alegria, minhas energias se renovaram e todo aquele cenário de frustração por causa de toda aquela chuva mudou imediatamente ao ver os primeiros raios de sol naquele dia ahuahua, foi muito emocionante. Bom Diaaaaaaaaaaa! (Praia do Simão ou Brava do Frade) Com toda aquela animação já preparei um belo café da manhã e comecei a desmontar acampamento para seguir em frente pois além de toda aquela chuva que estava caindo antes, o mar também estava um pouco revolto e impossibilitou a travessia pela praia para poder continuar a trilha. E naquela manhã tudo isso estava ao nosso favor para poder continuar a travessia, então tomamos um café reforçado, desmontamos todo acampamento e seguimos para o lado esquerdo no final da praia onde fica a continuação da trilha. No final da praia havia um acampamento fixo montado com barracas, panelas, talheres, pia, agua encanada hauahuahua. Depois de todo o perrengue que passamos com a chuva, aquele acampamento iria ser muito útil pra nós. Mas como não tivemos muito tempo de desbravar a praia, só encontramos esse acampamento quando estava saindo do Simão. Um morador local que encontramos na trilha nos disse que são de surfistas que se juntam e passam alguns dias neste local. A continuação da trilha fica atrás deste acampamento. Neste trecho existe uma subida até chegar em um mirante que se vê toda Praia do Simão. E é neste trecho da trilha que se faz jus ao nome Saco das Bananas. Caminha-se por diversas plantações de bananas revelando belas paisagem. (Mirante - Praia do Simão ou Brava do Frade) A caminhada neste trecho foi um pouco cansativa pois existem algumas subidas e descidas que desgastam um pouco por causa do peso da mochila. Caminhamos por uma hora e meia mais ou menos até chegarmos nas ruinas de uma escola abandonada, a Escola do Saco das Bananas construída em 1973 que atendia por volta de 25 crianças fechando em 1993 por falta de alunos. Ao lado esquerdo da escola segue a trilha para praia da Raposa e para o lado direito fica a trilha que chega na próxima praia da travessia, a Praia do Saco das Bananas. (Escola E. P. G. Saco das Bananas) Seguindo a trilha da escola até a Praia do Saco das Bananas começamos a perceber o quanto ela é histórica com a frequente presença da Comunidade Quilombola existentes em algumas ruinas da época da escravidão. Levaram 10 minutos de descida até a praia e chegando encontramos um casarão de frente para o mar, que provavelmente seria dos donos de toda aquela plantação de bananas, encontramos uma praia pequena de aproximadamente 55 metros de largura, areias amareladas, águas cristalinas, com algumas pedras enterradas nas areias e cercada pela Mata Atlântica. (Praia Saco das Bananas) (Praia Saco das Bananas) Na Praia Saco das Bananas encontramos com alguns moradores que nos informaram que a praia era como um porto para os barcos levarem os produtos que os moradores cultivavam e que na sua maioria eram e é até hoje as bananas. Chegamos bem na hora que eles tinham colhido vários cachos. Nos contaram também que a trilha Saco das Bananas em alguns trechos, foram estradas construídas de pedra com intuito de facilitar o transporte de mercadorias cultivadas no roçado como: cana, mandioca, banana e outras especiarias. A praia guarda muitas histórias e muitos mistérios de sofrimento do período escravocrata e ainda sofrem até hoje com a especulação imobiliária. (Praia Saco das Bananas) Ficamos por uma hora nesta praia contemplando e logo seguimos para a próxima praia que seria a Praia da Raposa. Retornamos até a escola e na bifurcação da trilha principal fomos para a esquerda. Neste trecho existem algumas subidas de tirar o fôlego, mas que nos proporcionaram vistas fantásticas das praias. Caminhamos por uma hora e meia neste trecho até que chegarmos na entrada da Praia da Raposa, mas por causa do tempo ruim decidimos seguir em frente e não passar por esta praia. A entrada pra praia fica em uma trilha pequena onde existe uma corda para ajudar na descida ingrime. A entrada é bem pequena e fica à direita pra quem vem da Praia Saco das Bananas. Caminhamos mais alguns minutos e chegamos na Praia de Caçandoquinha. (Praia da Caçandoquinha) (Praia da Caçandoquinha) (Rio de água doce) Chegando na Praia da Caçandoquinha se vê um casarão de fazenda do período escravagista mas que, por ser privada, não é aberta ao público. É uma praia de mar calmo, areias claras, muitos borrachudos, do lado direito da praia existe um riacho de água doce e contém algumas árvores centenárias propiciando ótimas sombras para ficar a beira mar. Hoje a Caçandoquinha guarda uma história de riqueza branca e sofrimento escravo, amenizado com o reconhecimento e regularização do Primeiro Reduto Quilombola do litoral norte do Estado de São Paulo. (Praia da Caçandoquinha) Ficamos um tempo nesta praia para descanso e aproveitamos para fazer um lanche embaixo das sombras de umas das grandes árvores centenárias que têm de frente para o mar. Ao contrario da sua vizinha, Caçandoca, esta praia é muito tranquila, não existe nenhuma estrutura para o turismo, não se chega de carro, e é pouco frequentada. Do lado esquerdo da praia existe uma trilha que leva ao Quilombo Caçandoca, nosso próximo destino. Caminhando por uns 10 minutos já se chega no costão onde existe uma corda para a descida até a Praia da Caçandoca. A praia é fantástica, um paraíso quase que intocado sem construções e com uma enorme história. De areias claras, mar calmo o lugar tem um deslumbrante vista da baía do Mar Virado, Maranduba e algumas ilhas. Esta praia por ter acesso de carros pelo km77,5 da rodovia Rio-Santos já tem um pouco mais de estrutura como alguns campings e alguns quiosques a beira mar, mas tudo bem simples. A região do Quilombo Caçandoca tem muita história, faz parte de uma área legalizada como pertencente aos Quilombolas remanescentes das comunidades da época do período de escravidão contando com 890 hectares. O Quilombo Caçandoca é o mais antigo do litoral norte de São Paulo e encontra - se em um dos lugares mais belos do Brasil. A escravidão só teve um "fim" em 1888 através da Lei Áurea, mas muito tempo antes os negro já lutavam por sua liberdade. A história como a dos remanescente de Quilombos, como a da antiga Fazenda Caçandoca, mostra que a luta foi árdua, mas foi vencida, e esta parte da história é passada de pai para filho, netos e bisnetos, mantendo sempre acesa a memória da Comunidade Quilombola. (Praia da Caçandoca) Assim que chegamos já fomos atrás de um camping pois o tempo estava fechando novamente mostrando que iria chover novamente. Sentamos no Quiosque Pastel da Vó e conversando com alguns locais, nos recomendaram o Camping do Jango que fica do outra lado da praia no canto esquerdo. Fomos até lá e fechamos por R$25,00 Reais pra cada por uma noite com banho quente. Montamos a barraca e retornamos para o quiosque Pastel da Vó para curtir o resto do dia com sol enquanto tinha. (Quiosque Pastel da Vó) Retornamos ao camping onde tomamos um bom banho quente, fizemos um rango reforçado e dormimos pois a chuva não deu trégua no começo da noite. No dia seguinte o sol prevaleceu no céu o dia todo, o que nos proporcionou ver o quanto aquele lugar é maravilhoso mostrando belas paisagens. Decidimos ficar mais um dia e seguir para próxima praia somente no dia seguinte. (Camping do Jango) (Igreja) (Praia da Caçandoca) (Praia da Caçandoca) (Praia da Caçandoca) Passamos quase que o dia todo no Quiosque Pastel da Vó, pois além do tratamento maravilhoso, a cerveja tava muito gelada e ainda nos deram o valioso repelente que os locais usam para parar os borrachudos. Uma mistura de óleo de cozinha com vinagre de álcool. A mistura funcionou e lambuzamos o corpo. Bye bye Borrachudos! huahauhau (Praia da Caçandoca) Foi o dia mais quente da travessia com uma temperatura de quase 30 graus. Almoçamos pela praia mesmo, comemos porções e pasteis da Vó e tomando uma merecida gelada. Até que os preços estavam de boa, nada abusivo. Retornamos ao camping por volta das 19:00pm horas, fizemos mais um rango reforçado e descansamos para poder seguir bem cedinho para as próximas praias. (Praia Quilombo Caçandoca) Desmontamos acampamento por volta das 6:00am horas da manhã com um nascer do sol sensacional que fomos presenteados naquela linda manhã de Domingo. (Praia Quilombo Caçandoca) Tomamos um café da manhã reforçado, contemplamos por mais alguns minutos aquele momento e aquele lindo lugar e logo seguimos para a próxima praia, a Praia do Pulso. A trilha fica no canto esquerda da praia da Caçandoca muito próximo do camping que ficamos. . Caminhamos por uns 15 minutos até que chegamos em uma guarita com um guarda que nos informou como passar pela Praia do Pulso. A praia de acesso restrito tem na sua maioria acesso por condôminos. Descemos mais alguns minutos e chegamos em uma praia com um extenso gramado comunitário, areias fofas amarelas, enormes árvores proporcionando uma grande sombra em dias ensolarados, mar calmo de águas claras, porém o que chamou mais atenção foram as enormes casas chegando quase que nas areias da praia. Não existe nenhuma estrutura para turismo, ambulantes, quiosques. (Praia do Pulso) (Praia do Pulso) (Praia do Pulso) (Praia do Pulso) (Praia do Pulso) (Praia do Pulso) (Praia do Pulso) Comtemplamos por alguns minutos e seguimos até o canto esquerdo da praia onde fica a continuação da trilha. Neste trecho a trilha foi um pouco cansativa pois o sol estava bastante quente e as subidas deste trecho nos castigaram bastante. Durante a trilha vimos diversos mirantes com vistas espetaculares passando pelos fundos das casas até chegarmos aos fundos da famosa Igreja de Nossa Senhor de Fátima ou também conhecido como o Castelo dos Arautos. Uma fantástica construção de 9 mil m² parecido com castelos medievais com obras de Aleijadinho e com uma vista fantástica da Ilha do Pontal, Ilha e Praia de Maranduba e ao longe uma parte da Trilha das Sete Praias. (Praia do Pulso) Após passar pelo Castelo dos Arautos caminhamos por uma estrada chamada Estrada da Caçandoca até a rodovia BR101 Rio-Santos, onde seguimos por alguns quilômetros até a praia de Maranduba. Procuramos logo por um camping e encontramos o Camping Toa Toa que fica entre as Praias de Maranduba e Praia do Sapé. Fechamos por R$35,00 Reais e ficamos por uma noite. O Camping Toa Toa é bastante estruturado com banheiros amplos, com chuveiro quente, uma grande área gramada com vários pontos de energia, churrasqueiras, cozinha comunitária e com entrada tanto para praia quanto para rodovia Rio-Santos BR101. Montamos acampamento e saímos logo para procurar algum lugar pra almoçar e depois conhecer o local. (Praia do Sapé - Ilha do Pontal) A Praia de Maranduba e do Sape são praias mais voltadas para banho, crianças, família. Tem uma ampla estrutura comercial e turística como quiosques, pousadas, hotéis, mercados e restaurantes. Como estávamos passando por praias quase que desertas sem ninguém a alguns dias já, esta praia foi meio que um choque pois estávamos voltando para a cidade. (Camping Toa Toa) (Praia de Maranduba) Desmontamos acampamento e mais uma vez o sol nos presenteou com mais um lindo nascer. Mochila feita e café tomado fomos para a rodovia Rio-Santo aguardar o ônibus para retornar a Caraguatatuba. Aguardamos por alguns minutos até prgar o ônibus sentido Caraguatatuba por R$4,65 e em 40 minutos chegamos na rodoviária. Almoçamos em um restaurante ali próximo do terminal e fechamos com um BlablaCar pra algumas horas depois por R$48,00 Reais de Caraguatatuba até São Paulo. E assim acaba mais uma trip e eu só tenho a agradecer! GRATIDÃO Retorno - 23/11/20 - Volta 9:00am - Maranduba x Caraguatatuba -> Ônibus R$4,65- Caraguatatuba x São Paulo ->BlablaCar R$40,00 Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/
  12. EDIT 2023: Ainda alugo, só mandar whatsapp! Abraços e boas trilhas! Olá mochileiros! Comprei há um tempo a mochila Deuter Kid Comfort 3 para carregar meu filho, fizemos algumas trilhas e a mochila é excelente e posso atestar a qualidade da mesma, conforto para mim e para ele! Ultimamente não tenho tido a oportunidade de utilizá-la (e também ele cresceu e está bem mais pesado 😅), a última vez foi no Réveillon do ano passado, onde carregá-lo nessa mochila provou ser uma vantagem imensa em Copacabana, ele aproveitou bastante a queima de fogos em segurança e "de camarote". Abaixo seguem algumas imagens. Para alugar por um dia ou fim de semana é só entrar em contato comigo que conversamos: 21 99780-5858 (whatsapp) Edit 08/2020: Peço que o contato seja whatsapp pois não consigo acompanhar o fórum, enquanto esse post estiver aqui eu estarei alugando 👍 aguardo o contato!
  13. No sábado de carnaval chegamos em Ilhabela por volta de 11h, na travessia da balsa vimos golfinhos, bom pressagio.... pegamos um ônibus para o bairro do Borrifos, R$5,00 o valor da passagem e acredito que uns 40min de viagem até o ponto final, ja numa estrada de terra. Ai é apenas seguir em frente por volta de 3km até a portaria do parque onde se preenche uma ficha e adentra a real trilha onde os carros ja não passam mais. Para quem vai de carro tem estacionamento mas não faço ideia do valor. Andamos uns 2,5km até chegar na placa que indica a direção da fazenda da lage, 500m após a placa. Na metade desse caminho tem uma entrada do lado esquerda que vai dar na Cachoeira da Lage, muito legal tem uma pedra para escorregar, bastante agua e o sol bate com força em cima das pedras então da pra se refrescar bastante. Depois de 1h ali na cachoeira seguimos até a fazenda onde iriamos passar a noite, acertamos o camping no valor de R$50,00 por pessoa, aceitam cartao, pois iriamos seguir para a praia do Bonete na manha seguinte, disseram que se fosse ficar mais tempo seria R$70,00 por pessoa. Estava com a cozinha para o camping em construção entao após os visitantes que estavam apenas passando o dia irem embora deixaram a gente usar a cozinha do restaurante. Na fazenda voce tem acesso ao lago dourado, uma parte da mesma cachoeira de antes que continua descendo até encontrar o mar, do alto da pra ver o rio desembocando na agua salgada porem ja estavamos um pouco cansado e nao descemos até o fim, ficamos apenas na parte de cima mesmo num poço onde colocaram um slackline com cordas para quem nao sabe se equilibrar conseguir ficar em pé tranquilamente. Outro ponto legal é o buraco do cação tambem pertinho do restaurante onde se pode apreciar um desfiladeiro enorme e o oceano batendo nas pedras, uma vista bem legal, quem nao vai dormir la pode apenas pagar R$10,00 e visitar esses dois atrativos, acredito que vale a pena ja que esta la mesmo. Não fomos dormir muito tarde e no dia seguinte logo cedo acordamos, tomamos café e partimos 10km rumo a praia do bonete, a trilha é tranquila no quesito navegação, para os mais sedentarios a caminhada pode ser chatinha mas nada impossivel, passa por duas cachoeiras nao muito chamativas, fomos direto e chegamos antes do meio dia na praia. Bonete é legal, o fato dos quiosques não ficarem na areia deixa com um ar mais natural a praia, mas bastante movimentada muitos turistas, acredito que 99% das pessoas vao pra la de barco a minoria encara a trilha. Tem a opção de ir de trilha e voltar de barco tambem. Chegamos na praia e um rapaz abordou a gente oferecendo camping, disse que ficava um pouco mais pra dentro da vila nao na beira da praia, falamos que iriamos pensar e ele simplismente sentou perto da gente, fiquei incomodado pois na nossa frente tinha um camping chamado OUTRO CANTO e ficou uma situação chata largar ele ali e ir la perguntar valor mas fui mesmo assim. O valor era o mesmo porem nao tinha chuveiro quente, o diferencial era que ficava a beira mar, mas no calor que estava nao faria diferença. Quando entramos para montar a barraca percebemos que ao lado fica um hostel bem famoso da galera que curte festas e naquela noite de carnaval teria um evento, pra gente que queria descansar pra pegar uma trilha de 18km era inviavel perder noite de sono com som alto na orelha. Fomos entao para o camping que o homem ofereceu, acampamos no camping da vargem pagamos R$50,00 por pessoa no pix. Tem cozinha tambem, chuveiro quente e clima tranquilo, foi uma boa escolha. Bonete é uma vila, tem alguns comercios até mercadinho, pizzaria, lanches, etc... pagamos R$35,00 no PF a heineken estava R$11,00 longneck no mercadinho R$7,00 a skol açai 20,00 500ml adicional R$2,00, todos aceitavam cartão. Saimos bem cedo para a praia de castelhanos, usando o app wikiloc, a trilha é de navegação moderada e fisicamente dificil ainda mais levando as cargueiras, passamos pela praia das anchovas e indaiatuba, depois atravessamos mata adentro saindo na praia vermelha, fizemos em umas 6h 7h parando algumas vezes, pelo caminho. O uso do tracklog trouxe muita segurança em algumas partes da trilha mais fechadas rapidamente conseguimos corrigir erros e voltar para trilha principal. Chegamos no castelhanos e procuramos o camping do leo pagamos R$30,00 por pessoa no dinheiro. Camping simples mas contava com fogao a gas tambem, na beira da praia. almoçamos por R$40,00 PF heineken R$15,00 long neck R$20,00 600ml pastel camarao R$15,00 e a famosa caipirinha de folha de tangerina R$25,00, recomendo a de saque. skol fininha R$5,00 na barraca da fofoca. Acordamos na terça e fizemos a trilha da cachoeira do gato, começa no fim da praia e sobe 2km mata adentro chegando numa cachu bem legal, vale a pena. Querendo economizar decidimos fazer apé a estrada castelhanos x centro, pior decisão da viagem, em 2km subimos 400m, um morro interminavel e seriam 22km se quiséssemos chegar até a balsa, o horario funciona assim : sentido Centro-Castelhanos é das 7h às 14h O retorno é a partir das 15h. os carros só desciam e a subida nunca saia do lugar, ja sofrendo bastante passou um anjo num caminhao e deu carona pra gente, no final dexei R$20,00 de agradecimento mesmo sabendo que ele parou por pura gentileza, os jipes estavam cobrando R$60,00, R$70,00 por pessoa para fazer o trajeto, depois do que eu vi acredito que valha a pena, o caminho centro>>castelhanos parece ser menos cansativo mas mesmo assim pensaria duas vezes antes de ir apé. saindo do parque fomos apé até o praia do pereque e almoçamos num restaurante R$70,00kg acho que nunca comi tanto na vida. ficamos na praia ali descansando até a hora de atravessar a balsa e pegar onibus em sao sebastiao de volta pra casa num quiosque o valor da heineken esta R$11,00 agua de coco R$10,00 Nunca vi um lugar com tanto borrachudo quanto Ilhabela, foi tanto que talvez eu nao volte por conta disso, uma vez até vai mas é realmente traumatizante. Mas vale a pena conhecer ainda mais essas praias do sul que sao mais naturais com menos turistas. Só funciona o repelente deles, citroilha, paguei R$25,00 no frasco, na farmacia no centro estava por R$20,00 escrevi correndo mas é isso qualquer duvida manda ai, vou deixar algumas fotos, valeu
  14. Episódio 1: A Preparação Depois de tantos anos, muitos lugares visitados, experiências maravilhosas, resolvi tirar um tempo pra organizar as minhas memórias e contar sobre a maior e mais marcante aventura que já vivi: a primeira viagem ao Peru! Ela foi planejada nos mínimos detalhes e cheia de expectativa… Afinal de contas, era pra um destino que sempre sonhei: Machu Picchu. Quer saber como foi essa jornada inesquecível e acompanhar todos os detalhes? Eu sou @Paulonishi e esta é a história de uma aventura inesquecível: a primeira viagem ao Peru! Neste capítulo vou falar de toda a preparação para essa façanha, desde a compra das passagens e todas as etapas do planejamento… tudo isso pra ajudar e até inspirar a quem quiser saber como montar a sua viagem para o Peru. E se puder ajudar, deixe o seu comentário ou perguntas sobre o assunto.... Vamos lá? Apesar de ter sido em 2016, ainda a considero como a mais desafiadora que já fiz, não só por ter sido o primeiro mochilão no exterior, mas pela complexidade envolvida.... Eu costumo dizer que a distância entre o sonho e a realidade é o planejamento que precisa ser feito para realizá-lo… Tudo precisa ser levado em conta e friamente calculado… E não poderia ser diferente nesse caso né? Bom, eu não tinha dinheiro sobrando… atravessava uma verdadeira tempestade na minha vida pessoal, com uma separação complicada, mudança de cidade e trabalho… Esse era o meu quadro pessoal no final de 2015. Mas no início de 2016 prometi para mim mesmo que tudo mudaria e que me reergueria e faria a tão sonhada viagem. E esse foi realmente o começo de tudo! Comecei a pesquisar tudo sobre o Peru, fazendo uma verdadeira imersão na sua cultura e principalmente na história, além de começar a estudar espanhol pela internet… tudo de graça! Procurei fazer pesquisas de passagens aéreas em promoção… só aguardando a oportunidade… e ela chegou em abril! Sempre busquei fazer todos os meus gastos no cartão de crédito pra acumular milhas e com isso já vinha acumulado uma boa quantidade delas até então… Às vezes tinha que trocar por uns eletrônicos pra evitar perder quando estavam vencendo... E foi aí que teve uma megapromoção da LATAM (LATÃO ), para transferência de milhas pro programa de fidelidade Multiplus (hoje LATAMPASS), onde consegui mais do que dobrar a quantidade de milhas que eu tinha e que estavam pra vencer!… Agora sim já poderia pegar essas milhas e trocar por passagens aéreas…Então a busca começou. Fiquei por dias fazendo a simulação de passagens saindo de Florianópolis com destino ao Peru, mas a quantidade de milha era muito alta. Até dava pra trocar, mas resolvi esperar um pouco mais... Aí, numa das noites seguintes, consegui encaixar um intervalo de 18 dias, entre a saída do Brasil e o retorno. Chegaria em Lima no mesmo dia da partida, no dia 7 de outubro e estaria de volta em Florianópolis no dia 24 de outubro. Dias para aproveitar mesmo seriam 14. O resto perderia nos voos e conexões. Agora sim, consegui as passagens aéreas eliminando o maior custo da viagem, praticamente de graça, e mesmo assim sobraram muitas milhas, que usaria pra viajar no ano seguinte. Com as datas já definidas, era só trabalhar no roteiro e no planejamento completo da viagem! A maior motivação em ir pro Peru sempre foi a de conhecer Machu Picchu... mas como sempre costumo fazer, não iria só pra conhecer esse lugar. Procurei aproveitar a oportunidade pra otimizar a viagem e conhecer a melhores atrações no caminho entre Lima e Cusco, que percorrendo o caminho de ônibus. A base de todo o roteiro foi o Google Maps. Consultava o mapa, via as atrações em potencial e ia marcando como favoritas… aí, partia pra pesquisar na internet, principalmente no site Mochileiros.com e no youtube, pegando as dicas do lugar: tipo se era realmente bom, o que tinha pra se ver e fazer, como chegar, os custos de ingressos e transportes… E os valores que eu ia levantando já anotava na minha planilha de gastos. Assim, fui completando o roteiro e buscando agora os horários dos ônibus pra ver se dava pra conciliar o deslocamento e também as possíveis hospedagens. Resolvi escolher a empresa Cruz del Sur, pelas recomendações de outros viajantes no Mochileiros e também por ter linhas para todos os destinos do meu roteiro. Apesar de ser mais cara, resolvi optar pela segurança. O site dela é bem completo e consegui excelentes descontos em promoções com compra antecipada. Assim, já comprei as passagens de ônibus no cartão ainda no Brasil e mesmo que pagando o IOF de 6,28% e a conversão do dólar, a economia foi de mais de 50% no valor normal… Porém, não permitia a troca e nem o reembolso da passagem em caso de necessidade… Mas é o custo da oportunidade! Depois disso, com os lugares mapeados e as passagens de ônibus compradas, me concentrei nas hospedagens, fazendo buscas entre o booking e o airbnb. Novamente, a busca foi baseada no Google Maps, levando em conta a localização do hostel, a distância da rodoviária pra evitar pagar táxi, se tinha café da manhã, avaliações positivas e é claro, o preço. Outra coisa bem legal pra se olhar é se tem cozinha compartilhada, pra poder fazer uma comida à noite e economizar um pouco mais. Visto tudo isso, já fui fazendo as reservas, mas sem ter que pagar nada antecipadamente… Só quando chegasse pagaria em dinheiro… Lá não aceitavam cartões ou cobravam uma taxa muito alta e não compensava. Tirando as passagens de ônibus, a única coisa que comprei antecipado foi o acesso à Machu Picchu, porque tem um limite diário de visitantes. Esse detalhe é essencial e deve ser muito bem observado! Por isso ter certinho a data de ir é tão importante, principalmente agora que também ter que escolher se vai ser no período da manhã ou da tarde! Para não correr nenhum risco, fiz a compra para garantir que no dia 21 de outubro pudesse conhecer o local… Melhor do que contar com a sorte! Imagina só chegar lá em Machu Picchu e não poder entrar por estar lotado… Parece incrível, mas eu vi acontecer lá… O custo do ingresso foi de 133 nuevos soles, aproximadamente 39 dólares. Como viajar MAIS gastando POUCO! O roteiro ficou o seguinte: 07/10 - Florianópolis x Guarulhos x Lima . 08 a 10 - Lima 11/10 - Lima x Ica 12/10 - passeios em Paracas 13/10 - Viagem a Nasca e sobrevoo 14/10 - Arequipa 15/10 - Vale do Colca 16/10 - Arequipa x Cusco 17/10 - Cusco 18/10 - Trilha Salkantay 21/10 - Machu Picchu 22/10 - Cusco x Lima 23/10 -Lima x Guarulhos 24/10 - Guarulhos x Florianópolis O maior desafio da viagem seria a trilha Salkantay, uma trilha inca em grande altitude, chegando a mais de 4200 metros, percorrida por entre as montanhas mais sagradas da região de Cusco e com o final em Machu Picchu, com o diferencial que não precisa de guia e nenhuma taxa pra pagar. A previsão mais otimista de terminar a trilha era de 3 dias, segundo os relatos que encontrei. Assim, durante essa viagem, enfrentaria vários climas e uma grande variação de altitude, aumentando de intensidade bem na parte final da viagem. Para tudo isso, resolvi comprar uma boa mochila de 60 litros da Trilhas e Rumos… Achei um bom tamanho pra levar tudo e também era bem resistente e com várias regulagens nas alças pra deixar bem confortável mesmo quando cheia. Tive que comprar também roupas adequadas ao calor e ao frio. Pra isso, passei na Decathlon e comprei 3 camisas de manga comprida com proteção solar, uma calça e jaqueta impermeáveis e também calça e blusas térmicas, além de uma toalha de microfibra que seca bem rapidinho… E isso fez diferença, porque na maioria dos hostels não forneceram toalha de banho. Na internet, comprei ainda um par de bastões de caminhada e 2 power banks. Separei para levar um par de tênis, chinelos, botas de cano médio impermeável, luvas, cachecol, gorro, boné e chapéu, além de uma série de câmeras fotográficas, gopro, celular e um tripé… Pra a viagem, comprei dólares no câmbio de R$3,42… ô saudade desse valor! Levei um total de $400 dólares só pra garantir, além do cartão de crédito internacional por segurança. Agora, com tudo reunido, roteiro pronto e planejamento completo, estava tudo pronto para iniciar a épica aventura… Mas isso é assunto para o próximo capítulo! Espero você na continuação dessa viagem, acompanhando a partida do Brasil e a chegada na capital peruana! Deixarei 2 vídeos aqui do meu canal no youtube para inspirar outros viajantes... É isso aí... Até o próximo capítulo! ✌️🤠 Partindo de Florianópolis em direção à Lima!
  15. O Caminho dos Naufragados é uma trilha centenária localizada no extremo sul da ilha de Florianópolis. Seu percurso é de 2.300m e é considerada de nível fácil e de esforço moderado. Para chegar até lá, temos a opção de ônibus urbano (paga-se apenas uma passagem de R$4,50 - mar 22). Saindo do terminal do centro, o TICEN, pega-se o ônibus para o terminal TIRIO e, de lá, para Caieiras da Barra do Sul. Aos domingos as saídas são bem escassas, então é necessário planejar o dia para o passeio. Do terminal TIRIO seguimos até o ponto final da linha, o que leva quase 60 minutos. Saltamos em frente a um estacionamento. Descendo a principal, já encontramos a indicação para a trilha. Desça 50m para não entrar pelo estacionamento. A entrada correta é numa pequena rua mais abaixo. Esta acima é a entrada correta para a trilha. A melhor coisa é que nem precisamos muito esforço para chegar no começo e também para sair da trilha. O deslocamento de ônibus facilita muito, mas, se preferir ir de carro ou moto, o estacionamento cobra R$ 20,00 pelo período. A entrada é muito bem sinalizada. Só é uma pena que a placa informativa esteja bem desbotada e vandalizada. No dia que escolhi estava fazendo 30°C e a umidade estava bem alta (10/03/2022). Pelo menos o caminho é todo arborizado e estava um vento bem refrescante que ajudou muito. Eram 10:20h quando iniciei o percurso. Nos primeiros 7 minutos é só subida. O terreno é bem limpo e o caminho largo. Apesar do calor, resolvi ir equipado com botas, calças e camiseta de mangas compridas com proteção UV, além de um chapéu e mochila. Nesta, levava água, lanche, kit de primeiros socorros e equipamentos fotográficos, num total de 9 Kg. Levei 2 celulares também, ambos rodando o APP Alpine Quest com os mapas da região e da trilha. A marcação do tempo do percurso fiz no Strava. Os primeiros 8 minutos são bem puxados devido à inclinação acentuada. Porém, o terreno, apesar de ter chovido na noite anterior, proporcionava boa aderência. Acredito que daria para ir de tênis tranquilamente... mas... não costumo ariscar em trilha. Uma torção no tornozelo durante uma aventura pode tomar proporções dramáticas quando nos aventuramos sozinhos. Devemos ficar atentos ao caminho e, nas bifurcações, escolha SEMPRE o caminho da ESQUERDA! Acima, se fôssemos pela direita sairíamos lá no caminho do Farol. Durante o percurso, encontrei poucas pessoas na ida e muitas durante a volta. É uma região bem segura e muitos moradores utilizam o caminho para o deslocamento rotineiro. A região faz parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e é uma importante referência de conservação da Mata Atlântica. Nesta época de verão de intenso calor, os córregos e nascentes estavam praticamente secos. Este seria um dos pontos em que um pequeno córrego costuma atravessar a trilha. Ainda tinha alguns peixinhos no pequeno olho d´água restante. As poucas placas informativas da trilha estão muito destruídas, tanto pela ação do tempo quanto pela depredação humana. No terço final do caminho, encontramos um rio de águas bem claras e mornas, de onde os moradores locais fazem a captação para abastecerem suas casas. Por ser um caminho relativamente curto, em pouco mais de 40 minutos de movimentação chegamos ao final da trilha. E a recompensa pelo esforço... É uma praia simplesmente paradisíaca! Águas incrivelmente transparentes... mornas... Azuis! Parece até Cancún (estive por lá em 2020), até pelas areias branquinhas e finas... Ah, e o melhor de tudo... Sem a muvuca das praias mais badaladas! Para se chegar aqui, só pela trilha ou através de barcos. Inclusive, quem quiser retornar pelo mar tem várias ofertas no lugar. Temos até a opção de comer no local, com pequenos restaurantes improvisados servindo refeições e bebidas. Aceitam até cartão de crédito (acima de R$30,00 de gasto) e de débito, além de PIX. Daqui, pode-se passar boas horas curtindo o mar ou se aventurando pelas outras trilhas que partem deste lugar, como a que leva ao farol e canhões. Mas esses outros caminhos, contarei no próximo episódio! 🤠👍 Acompanhe o passeio na íntegra nesse vídeo que gravei para o Canal Trips & Flicks. Trips & Flicks: Caminhos dos Naufragados Espero que as informações lhe sejam úteis e que lhe inspirem a conhecer ou a retornar a este lugar tão especial. Ajude o canal curtindo, compartilhando e se inscrevendo. Um grande abraço e até breve!
  16. 11/03/2020 Cobá é um dos sítios arqueológicos mais interessantes da região, com o grande diferencial que se pode explorar e subir em grande parte das construções, o que para mim é uma experiência ainda mais enriquecedora! O relato aqui tá bem resumido porque preferi dar mais ênfase no vídeo que fiz, e pode ser acompanhado no link que deixarei abaixo. A intenção é justamente ajudar aos outros exploradores mochileiros como eu a montar suas viagens tendo em vista o menor custo com o maior proveito possível da viagem. Continuando as andanças pelo México, mais precisamente na Riviera Maia, acordei muito cedo e fiquei aguardando até às 7h para o café. Guardei a mochila maior no depósito (gratuito) e, como o sistema do café da manhã é self service, me servi bem... Fiz o checkout, recebi os $50 de volta (depósito que paguei quando cheguei ao hostel) e cheguei ao ponto de vans às 07:30h. Como não havia nenhuma lá, perguntei se era ali mesmo e um motorista de outra van disse que sim, mas que demorava. Fiquei na praça de Tulum e vi a tal van que parou em um semáforo. Perguntei ao motorista e ele só indicou o lugar, que era onde eu estava inicialmente. Fui para lá e ele disse que a van só saía com 20 pessoas, o que demoraria até umas 8h ou 9h da manhã. Bom, usei o tempo para tirar fotos pela praça e arredores. Ficar parado assim me incomoda. Sentei em um banco e fiquei escrevendo este relato até quando vi uma movimentação na van e fui até lá. Outro motorista disse que poderia aguardar sentado e entrei. Eram 08:44h e, além de mim só havia mais duas pessoas. A van lotou às 09:10h e ainda assim só saímos às 09:17h. Havia muitos estrangeiros. Ainda bem que me posicionei mais cedo, porque senão seria bem apertado. O preço ficou em $70. Chegamos a Cobá às 10:00h e a van nos deixou quase na portaria. Comprei a entrada por $80 e comecei a explorar o lugar. Logo no início, as primeiras construções já impressionam, como o jugo de Pelotas e seus arcos. A caminhada é grande e existem bicicletas para alugar ou táxi (triciclo com motorista pedalando). O caminho é bem arborizado mas as atrações carecem de placas informativas. Procurei não demorar muito na entrada e seguir direto às atrações distantes, para depois, na volta, poder ver com mais calma e menos gente. O sol estava escaldante e recomendo levar água e algo para comer pelo caminho. Como mencionei, a possibilidade de poder subir nas estruturas torna o passeio ainda mais interessante... Na pirâmide subi num único fôlego. As pedras são muito escorregadias e requerem cuidado. Existe uma corda central que ajuda tanto na subida quanto na descida. A vista é muito bonita, como se abaixo a vegetação formasse um tapete verde encobrindo todas as construções, com exceção do topo dos templos mais altos. Ainda que o fluxo fosse grande no topo, como subi rápido, levei vantagem e pude tirar boas fotos, com pouca interferência. Na descida fui cuidando com as pedras lisas e cheguei rapidinho. Depois fui ao observatório e, por fim, à praça das estelas, passando pelo templo das pinturas antes. Mais uma vez ficaram devendo mais informações, porém a riqueza das obras supera esse detalhe. O mapa offline do Google Maps foi de vital importância. O lugar é gigante e as construções, que são nomeadas por grupos, são muito distantes! Prepare-se para caminhar muito... Por isso que é essencial ir na parte da manhã, pois se pode aproveitar melhor o lugar e não ter tanto sofrimento com o sol da tarde. Na volta procurei nem pensar no quanto os pés doíam. Já quase no final, lembrei que faltavam alguns prédios atrás da Plaza de Pelotas e, para a minha surpresa, tinha uma outra pirâmide bem alta (la Iglesia), mas que não se podia subir. Próximo, havia uma equipe fazendo filmagens com crianças para uma novela. Dei a volta e tirei as últimas fotos no lugar. Saí às 13:15h. Fazia um sol terrível e agora, fora da cobertura das árvores, senti o pescoço e rosto queimando. Segundo o Strava, foram quase 8 Km de caminhada pelo sítio arqueológico! Um detalhe interessante e que é muito bom usar é a rede de WIFI gratuita disponibilizada na região próximo à portaria de entrada. Pude mandar mensagens e compartilhar algumas fotos, além de poder usar o banheiro gratuito e bem limpo. Fui em busca da van de retorno e, perguntando daqui e dali, disseram que só havia ônibus, que saía em frente a igreja. Lá fui eu e o pior que o horário era às 15:10h e o preço $100. Quase uma hora e meia de espera... No sol! Fiquei olhando cada van que passava para ver se não seria da empresa que vim. Às 14h passou um ônibus da Mayab. Fiz sinal mas o motorista disse que o destino era Valladolid. Bom, agora já sei que de Cobá à Valladolid tem ônibus de ida e volta. Ainda mantendo a esperança, vi a van passando e retornei mais um pouco, pois tinha um rapaz que veio comigo. Nesse meio tempo, apareceu um ônibus feio e as pessoas atravessaram a rua para pegar. Fui no bando para ver qual era, mas subi e o motorista já fechou a porta... Agora já era. Perguntei o valor para Tulum e, para a alegria geral do povo mochileiro, era mais barato ainda: $50! Peguei uma poltrona bem na frente para filmar, mas não deixei de colocar o cinto, como sempre. Tirei o tênis e as meias. Meus dedos estavam bem úmidos e doloridos, pelo constante vazamento de líquido das calos. Pelo menos dava para dar uma respirada até chegar. A viagem foi bem mais rápida do que com a van e o motorista me deixou na rua atrás do hostel. Fui pisando em espinhos até o Hostel, onde peguei a mochila e água também, enchendo a garrafa. Tirei o tênis, coloquei um Band aid no pior dedo e calcei os chinelos. Pelo alívio que deu, consegui voltar a caminhar. Na rodoviária, comprei a passagem à Valladolid por $110 e a atendente disse que seria uma van. Para mim não tem problema, pois era mais barato e escolhi a poltrona 3, na qual poderia filmar a viagem e esticar as pernas lá na frente. Segui para a taqueria pedir uma saideira... Não de bebida, mas de empanadas! Foram 2 de queijo e mais um taco de asada. Comi primeiro com o molho verde e nada... Resolvi colocar o vermelho. Até chorei! Rsrs. Pior que não pedi nada para tomar e comi uns limões para ajudar, se é que isso seria possível. O valor foi de $30 e saí satisfeito para o terminal. Esperei menos de 20 minutos e o ônibus chegou, sendo anunciado. Levantei, apresentei o bilhete, guardei a mochila maior no bagageiro e me posicionei na poltrona 3. A van era bem confortável, o ar condicionado agradável e com tomada USB funcionando! Coloquei o celular para carregar, mandei as últimas mensagens pelo wi-fi gratuito e, pontualmente, saímos de Tulum. A viagem foi bem tranquila. Estiquei bem as pernas e fiquei observando a sinalização, que difere da nossa em alguns aspectos, como por exemplo, os veículos podem transitar pelo acostamento para dar passagem a outro e, por isso, ele tem a pintura tracejada. Pelo caminho foram muito poucas curvas pois tudo era plano é de ótimo asfalto. O próximo destino será Valladolid! Gastos: $70+$50 (transporte Cobá), $80 ingresso, $30 empanadas, $110 ônibus Valladolid, $400 hostel, $128 compras. Total $768 (pesos mexicanos) Desculpe o resumo, mas no vídeo tá bem explicadinho, inclusive a história do lugar e das principais construções:
  17. Esse ano resolvi que viajaria sozinha pela primeira vez. Confesso que estava com medo e li em muitos relatos que Bonito era um destino bem seguro e por isso achei adequado fazer isso lá pela primeira vez. A experiência foi incrível, é um lugar com natureza sensacional. Confesso que se tivesse pesquisado mais sobre o destino teria aproveitado mais a viagem, mas escolhi fazer do modo "o que for será". De qualquer forma, vou deixar aqui minhas impressões e dicas que podem ajudar alguém a ter uma experiência ainda mais completa que a minha. IDA: Voei de São Paulo* para Campo Grande, de lá peguei um transfer que fechei direto com o hostel. Não existem muitos horários disponíveis, e por isso tive que ficar algumas horas esperando no aeroporto. Dica: leve um bom lanche e algo para se distrair, como um livro, pois aeroporto lá não tem absolutamente nada. A viagem de ônibus durou cerca de 4 horas, cheguei por volta de 23hrs em Bonito, que estava completamente vazia por conta do toca que recolher que está em vigor e da baixa temporada. *Comprei minha passagem saindo de Congonhas, mas a companhia mudou para Guarulhos. Por isso tive que pagar uma grana de uber, já que a gol não está oferecendo transfer atualmente. Alguém sabe se posso pedir o reembolso deste dinheiro pra eles? VOLTA: Novamente tive problemas com companhia aérea. Havia comprado o voo saindo direto do aeroporto de Bonito para o Rio de Janeiro, para descobrir que o aeroporto está FECHADO. Com isso a Azul ofereceu datas de remarcação muito depois do dia que eu tinha que voltar. Resultado? Tive que comparar outra passam, dessa vez com a Latam, saindo de Campo Grande. Ainda não sei o que fazer quanto a isso. Se eu cancelar a passagem terei que pagar multa? Acho que vou acabar só por perder o dinheiro. Novamente fechei o transfer, mas o hostel me botou num ônibus de rodoviária, que fez uma viagem bem mais lenta, levando quase 6 horas. Paguei 90 reais dessa vez. HOSPEDAGEM: Fiquei hospedada no BONITO HI HOSTEL, que descobri lendo relatos que era o mais em conta e um dos mais famosos da região. A estrutura do local é boa, quartos limpos e confortáveis, um café da manhã bom e honesto. O staff é muito simpático e amigável. Tinha algumas regras de uso da cozinha que tornava a possibilidade de fazer comida ou esquentar coisas lá bem limitadas. Além disso, é um pouco longe da cidade, o que não me incomodou tanto pois eu sempre ia andando e conversando com os outros hóspedes. Paguei 40 por noite, com café da manhã incluído. DESLOCAMENTO EM BONITO: Acredito que aqui esteja a maior dica que eu posso dar. Se estiver em duas pessoas ou mais, ou até mesmo sozinho e se sente seguro, alugue um carro! - O transporte custa 50 reais para passeios de metade do dia e 80 para passeios de dia inteiro; - Como fechei os passeios só quando cheguei na cidade, muitos não consegui ir pois não havia vaga no transporte. Só vai uma van por dia para cada local. A opção alternativa é moto taxi, que cobra ainda mais caro; - As vezes seu grupo termina o passeio mas a van só vai te buscar num horário específico e você tem que ficar esperando; - É muito mais confortável de ir até a cidade e voltar de carro, economizando caminhadas de quase meia hora. PASSEIOS: Como eu disse, deixei para fechar tudo em cima da hora. Foi um erro que não cometo mais, pois muitos não consegui por estarem lotados ou falta de transporte. Não vou deixar preços aqui, pois são todos tabelados e essa tabela da pra achar fácil no google. DIA 1 - INSTÂNCIA MIMOSA: Esse passeio tive que fechar no mesmo dia e era o único que ainda tinha vagas, ainda assim tive que ir de moto táxi por falta de transporte. Sinceramente achei bem meia boca, não sei por qual motivo consideram uma das atrações principais. Não tem nada muito surpreendente quando se compara com tudo que há para ver em Bonito. Pelo menos o almoço é muito bom! DIA 2 - RIO DA PRATA: Esse passeio veio para me reanimar despois da frustração do primeiro dia. Mesmo estando meio nublado consegui ver a beleza de Bonito. Fiz a flutuação e deu para vez muitos peixes! É um passeio bem extenso, com muitos locais para foto e curiosidades. É imperdível e o almoço é semelhante ao da instância mimosa, pois as duas fazendas são do mesmo dono. DIA 3 - BOCA DA ONÇA: Um dos principais passeios de Bonito e é maravilhoso. Esse dura o dia inteiro e para em vários pontos diferentes e muito interessante. Também peguei um pouco de céu encoberto e ainda assim foi maravilhoso. Essa fazenda oferece um café da manhã muito bom, então se o da sua hospedagem não for nada demais, deixe para comer lá. No fim do passeio também tem um almoço muito bom. Não deixem de fazer esse! DIA 4 - PRAIA DA FIGUEIRA: Para esse dia não consegui fechar nada, então fui parar nesse lugar que é basicamente um day use, com toboágua, stand up, tirolesa e outras atividades do tipo. Só vale a pena pra quem está com criança e quer um dia para relaxar sem se preocupar. Fora isso, não vá. DIA 5 - GRUTA SÃO MATEUS E RIO SUCURI: GRUTA SÃO MATEUS: É muito interessante, gostei bastante e é bem diferente do resto dos passeios. No entanto, acho que só vale para quem está de carro. O passeio não dura nem 2hrs e tive que ficar esperando bastante para ir embora. RIO SUCURI: Esse é simplesmente o passeio mais incrível que fiz. Fechei a viagem com chave de outro. Fiz "Barra do Sucuri", existe também o "Nascente do Sucuri" que dizem que é ainda melhor. Nem consigo imaginar pois esse lugar é simplesmente sensacional. Muito mais encantador do que qualquer foto. OUTROS: Infelizmente não consegui fazer alguns passeios que eu queria, por diversos motivos, mas se você se planejar antes não deixe de ver: Rio do Peixe (não consegui vaga) Abismo Anhumas (infelizmente não encaixava no meu orçamento) Boia Cross (não consegui vaga) Gruta do Lago Azul (fechado por questões da política local) ONDE COMER: Nesse quesito, minha intenção de fazer uma viagem low cost caiu por terra. Bonito tem ótimos restaurantes e bares. - Os dois principais restaurantes são Juanita e Casa do João. Gostei de ambos, não saberia dizer meu preferido. Apesar de não ser o que eu chamaria de barato, considero um preço justíssimo para o que oferecem. Em São Paulo pagaria pelo menos o dobro pelo mesmo serviço e qualidade; - Também é famosa a carne de jacaré. Não achei nada demais mas acho interessante experimentar; - Não comi o sorvete assado que é um atrativo da região, infelizmente; - O hostel deu o contato de um lugar que envia quentinha para o almoço por uma média de 20 reais e dá para dois. Servem no almoço. Não sei no jantar. ÚLTIMAS DICAS: A composição da água de bonito ressaca muito pele e cabelo. Eu não fui preparada e senti bastante. Leve cremes potentes para o corpo e o cabelo. Além disso, não pode ser bebida por turistas que não estão acostumados. Beba sempre água mineral. Não deixe para fechar seus passeios de última hora e correr o risco de não conseguir fazer algo que queria muito. (...) Espero ter ajudado com esse relato, que pra mim também é um registro do que vivi. Bonito não é a viagem mais barata do mundo mas com certeza vale a pena e, se você seguir algumas dessas dicas, vai conseguir economizar mais do que eu consegui.
  18. Pessoal, Alguém tem sugestões de trilhas em SP pet friendly em São Paulo? Tenho um grupo de amigos com cachorros que adoram curtir a natureza.
  19. Trilha da Praia do Bonete - Ilhabela - São Paulo Praias: Praia do Bonete, Buraco do Cação e Praia das Enchovas Cachoeiras: Cachoeira da Laje, Cachoeira do Areado e Cachoeira do Saquinho Dificuldade: Média Distância: 15 km Salve salve mochileiros! Segue o relato desta famosa trilha situada em Ilhabela no litoral Norte de São Paulo, iniciada na parte sul da ilha a aproximadamente 9Km da balsa entre São Sebastião e Ilhabela. A trilha é de nível fácil/moderado com muitas subidas e descidas na maior parte caminhando dentro da mata, passando por três lindas cachoeiras, com alguns mirantes e sempre caminhando com o som do mar. Partida - 13/09/21 - Ida 9:00am - São Paulo x São Sebastião -> BlablaCar R$60,00 - Balsa x Ponta da Sepituba -> Ônibus R$5,00 Partimos do Terminal Rodoviário do Tietê na zona Norte de São Paulo por volta das 9:00hrs da manhã de carona que conseguimos pelo aplicativo BlablaCar pagando R$60,00 cada um até a Balsa entre São Sebastião e Ilhabela. A viagem foi tranquila e em aproximadamente duas horas e meia chegamos na Balsa do lado de São Sebastião. Tivemos a sorte de chegar e já pegar a balsa/catamarã até Ilhabela que durou menos de 30 minutos a travessia. Chegando do lado de Ilhabela caminhamos por alguns metros até um pequeno terminal de ônibus à esquerda onde pegamos o ônibus com nome de Borrifos. O ônibus logo saiu e seguiu sentido sul da ilha passando por praias como a Praia da Feiticeira, Praia do Julião, Praia do Veloso entre outras até parar no ponto final. A trilha começa basicamente neste ponto pois após descer do ônibus começamos caminhando por 3 km até a entrada da trilha. Na entrada da trilha existe uma guarita onde fica um monitor passando algumas instruções, informações e dicas da trilha. Enchemos nossas garrafas d'água na guarita, checamos nosso equipamento, passamos o repelente e iniciamos a trilha por volta das 13:00hrs. Já no início da trilha se tem uma ideia de como será difícil todo o percurso com todo o peso das mochilas nas costas. Já começamos com uma subida daquelas onde o filho chora e a mãe jamais vê ahahahahha. Mas como quase toda subida tem uma recompensa no final ahuahauha, fomos presenteados também com o primeiro mirante com vista para o mar da trilha. Depois de alguns minutos contemplando aquele lindo visual do mirante, seguimos em frente por mais uns 2 quilômetros até chegar na entrada da Fazenda da Lage. O local tem uma estrutura boa e simples onde oferecem camping, pousadas, restaurante, wi-fi, cozinha compartilhada, cachoeiras, linda vista do mar e uma linda vista de cima do famoso Buraco do Cação. Para quem quiser passar o dia só para visitação será cobrado o valor de R$10,00 Reais e para camping o valor e de R$60,00 Reais por pessoa. Existem também opções de quarto compartilhado e suítes. Como tínhamos tempo e provavelmente iríamos chegar quase à noite na Praia do Bonete naquele dia, resolvemos ficar na Fazenda da Lage e curtir os atrativos naturais do local e seguir a trilha até o Bonete no dia seguinte. Conseguimos acampar por R$50,00 Reais em um camping com um visual de tirar o fôlego. Com o sol ainda alto no céu deixando o tempo abafado e muito quente dando um cenário ideal para curtir uma boa cachoeira de águas geladas da Mata Atlântica, resolvemos nos refrescar primeiramente na Cachoeira da Laje. Após uma trilha de 5 minutos logo chega em um complexo com diversas cachoeiras e corredeiras chamada de Cachoeira da Laje. Depois da alma lavada nas águas geladas da cachu, retornamos o mesmo caminho e fomos para a outra trilha que leva para o mar. A trilha também é de 5 minutos e leva para a costa do mar. Não existe praia neste local e sim um costão onde o mar encontra as rochas fazendo do local ótimo para contemplação dos elementos da natureza. Com o sol quase se pondo atrás das montanhas, corremos para fazer a trilha do Buraco do Cação. Retornamos ao camping e de lá partimos para a trilha que leva ao local. A trilha é rápida, fácil, sinalizada e em poucos minutos estávamos em cima da fenda do Buraco do Cação. A vista é fantástica! O buraco do Cação é um paredão de rocha de aproximadamente 80 metros de altura e devido as altas marés existe uma caverna esculpida nas rochas de quase 50 metros de comprimento. A vista de cima é surreal e ao mesmo tempo muito perigosa. O acesso ao final da trilha onde da uma visão exatamente de cima da fenda e extremamente perigoso e com muita exposição a altura. Mas o visual é de tirar o fôlego e vale muito a pena! Antes do sol se por retornamos para o camping para tomar um bom banho quente, comer alguma coisa e jogar um pouco de conversa fora com alguns locais e campistas que estavam no local. A noite estava linda e estrelada com o som forte das ondas contra as rochas e com um clima muito agradável. Fomos dormir cedo para descansar e acordar com disposição para ai sim fazer toda a trilha até a Praia do Bonete. Assim que os primeiros raios de sol saíram nós despertamos para comtemplar o seu nascer. Fizemos um bom café da manhã reforçado para encarar a trilha e como o tempo amanheceu muito bom, não podíamos perder tempo para começar a caminhar. Desmontamos acampamento, despedimos do pessoal e partimos para trilha rumo à Praia do Bonete por volta das 9:00hrs. Saindo do camping Fazenda da Laje caminhamos por poucos metros e já atravessamos por meio de uma ponte a Cachoeira da Lage. Logo após atravessar a ponte ou pela água mesmo, em poucos metros existe um pequeno desvio que leva a algumas cachoeiras e poços d'água para nadar e mergulhar que fazem parte do complexo de cachoeiras da Lage. Continuamos a caminhada sem ficar muito tempo nas cachoeiras, pois pelos relatos o trecho a seguir entre as cachoeiras da Laje e do Areado seria o mais complicado da trilha. E realmente foi. Neste trecho existem muito sobe e desce, muitas pedras escorregadias pelo caminho e o clima estava muito quente e úmido que nos desgastou um pouco. Após aproximadamente umas duas horas e meia caminhamos até chegar na Cachoeira do Areado, que também contém uma ponte para travessia sem necessidade de atravessar pelas águas. Fizemos uma breve parada para fazer um lanche, encher as garrafas d'água e partimos. Após a Cachoeira do Areado o caminho se torna um pouco melhor rendendo mais na caminhada. Neste trecho encontramos o primeiro mirante que da vista para a praia do Bonete, uma dose de ânimo para chegar logo à praia. Andamos por aproximadamente mais uma hora e chegamos na Cachoeira do Saquinho. Na minha opinião a cachoeira mais bonita das três da trilha. , Passando pela Cachoeira do Saquinho já se vê uma placa informando que faltaria somente 1 km para praia. É um dos trechos mais bonitos da trilha, pois existem diversos mirantes com a vista completa da Praia do Bonete. A Praia do Bonete realmente é fantástica. Suas areias claras, águas claras azuladas, rio de água doce, praia vazia, as pessoas da comunidade são super receptivas com turista e muita natureza para sair explorando, foi a combinação perfeita para um dos lugares mais bonitos de Ilhabela. Colocar os pés naquelas areias foi como ganhar um troféu! Ficamos por algumas horas sentados debaixo de uma sombra na areia da praia comtemplando aquele paraíso. Assim que chegamos vimos uma placa de um camping com uma vibe bem legal e de pé na areia. Fomos até lá onde fomos recebidos pela proprietária Valéria extremamente simpática conosco e resolvemos ficar lá mesmo. O camping se chama Outro Canto e fica no canto da praia assim que se chega pela trilha. Fechamos por R$45,00 para cada um. Neste dia havia somente dois lugares de camping disponíveis, o outro chamado de Camping da Vargem ou Camping do Eugênio é muito bom também porém fica um pouco mais para dentro da comunidade mas com chuveiro quente, já o Camping Outro Canto estava só com ducha fria, mas resolvemos ficar mesmo assim. O camping disponibiliza banheiros com ducha de agua fria, cozinha compartilhada, área para camping na areia ou grama e fica de frente para o mar. Para quem gosta de mais conforto o espaço também disponibiliza quartos compartilhados e individuais. Depois de uma boa proza com a proprietária, estávamos aptos para desbravar aquele paraíso com algumas opções para fazer. Como o dia estava de sol, ficamos aproveitando a praia, pois pelas previsões dos locais o tempo iria mudar ainda naquela tarde. Andamos por toda a praia até a outra ponta onde fica o Rio Nema de água doce e que desagua no mar. É onde também ficam todos os barcos que chegam e voltam com os turistas. Caminhamos voltando por dentro da comunidade do Bonete para conhecer. A comunidade do Bonete é muito charmosa e seus moradores muito simpáticos. Fui muito bem recebido por todos que encontrei. Deu tempo só de voltar para o camping ahahaha, a previsão dos locais estava muito certa e o tempo deu uma grande reviravolta trazendo muito vento e chuva para aquele finzinho de tarde. Retornamos para o camping e algumas barracas de campistas estavam todas reviradas pelo vento. A noite chegou fizemos um rango e descansamos para acordar bem no dia seguinte. Acordamos bem cedo, preparamos um bom café da manhã e partimos para a trilha do Mirante da Barra e para a Praia das Enchovas. A trilha inicia dentro da comunidade ao lado da Pousada da Rosa ou vá seguindo as placas. Caminhamos por aproximadamente 40 minutos cruzando toda comunidade do Bonete e subimos até o Mirante da Barra que tem uma visão muito bonita da Praia do Bonete de um lado e da Praia das Enchovas do outro. Ficamos por um tempo contemplando aquele lugar e logo descemos para a Praia das Enchovas. A trilha para a Praia das Enchovas ou Anchovas levou uns 15 minutos partindo do Mirante da Barra até a praia. O lugar e maravilhoso com praia de areia clara e em alguns pontos negra por causa das diversas pedras de formatos redondos que se encontram na praia. Existe também um rio de água doce que desagua no mar e somente uma residência. Um lugar muito paradisíaco! Após um tempo de contemplação tivemos que retornar pois o tempo estava se fechando outra vez. Retornamos toda trilha e ao chegar na comunidade resolvemos passar em algum lugar para comer e achamos o Restaurante Camping da Vargem onde ficamos para almoçar. Foi o tempo de entrar no restaurante e a chuva começou a cair sem piedade ahahha. Ficamos um bom tempo conversando com alguns nativos e turistas e logo fomos para o camping onde ficamos o resto do dia. A chuva veio e ficou o dia e a noite toda. Acordamos com o tempo ainda muito fechado e chuvoso. Tomamos café da manhã ainda no camping e saímos um pouco pela praia para tentar achar alguém para negociar a ida até a Ponta da Sepituba de barco. Conversando com alguns moradores descobrimos que o mar estava um pouco mexido e com previsão de ressaca e que talvez poderia ser difícil a saída da praia de barco naquele dia. Até nos indicaram uma pessoa que faria o trajeto, mas o valor ficaria um pouco alto por ir somente duas pessoas no barco. Devido a esse imprevisto resolvemos ficar mais um dia no Bonete e gastar esse valor na estadia. Retornamos ao camping e no meio do caminho resolvemos mudar de lugar para passar a próxima noite. Entramos em uma pousada e perguntando por quartos mais em conta descobrimos uma pousada que ficaria só cinco reais mais caro que o valor do camping e ainda tinha o café da manhã incluso. Como o tempo estava muito chuvoso e não estava com cara de que o sol iria abrir e o mar acalmar, decidimos sair do camping e ficar hospedado na pousada até o próximo dia. A decisão foi muito boa, pois ficamos na pousada mais tradicional e antiga da Praia do Bonete. A famosa Pousada da Rosa. O valor de um quarto duplo com banheiro particular fora do quarto com café da manhã incluso ficou por R$90,00 Reais. Fizemos o check-in na pousada e logo saímos para fazer a trilha da Cachoeira do Poço Fundo. A trilha se inicia pelos fundos da comunidade, foi só seguir algumas placas e perguntando para as pessoas que logo chegamos ao Poço Fundo. Chegando lá vimos que não existe uma grande cachoeira e sim pequenas quedas d'água e um grande poço para mergulhar e nadar. Ficamos pouco tempo pois os mosquitos estavam com armamento pesado este dia. Fomos bombardeados pelos famosos mosquitinhos da Ilhabela, os Borrachudos ahahuahauha. Retornando a trilha resolvemos passar novamente no restaurante que almoçamos no dia anterior, (Restaurante Camping da Vargem) pois além da comida ser ótima tem o fator economia que cabia no nosso bolso e ainda ganhamos uma ótima conversa com a proprietária do lugar que nos contou diversas histórias do lugar. Foi muito interessante e acolhedora essa conversa. Passamos o resto do dia tentando encontrar algum barqueiro ou mais pessoas que queriam fazer a travessia de volta à Ponta da Sepituba mas não obtivemos sucesso nessa missão. O dia estava nublado mas sem chuva com poucos turistas na praia, um cenário perfeito para desligar de tudo e de todos. Este cachorro muito fofo na praia que ficava trazendo vários cocos para brincar com ele. Ficava latindo o tempo todo para alguém jogar o coco para ele ir correndo buscar. Foi engraçado! Retorno - 17/09/21 - 11:00am - Praia do Bonete x Porto de Borrifos -> Barco R$80,00 - Borrifos x Balsa -> Ônibus R$5,00 - São Sebastião x São Paulo -> BlablaCar R$50,00 Retornamos para a pousada e fomos informados que possivelmente na manhã seguinte um barqueiro iria fazer o trajeto que precisávamos para retornar. Acordei bem cedo e entrei em contato com o barqueiro mas a mensagem não tinha chegado pelo Whatsapp. Então tomamos um belo café da manhã da Pousada da Rosa com direito à frutas, bolo, pães, suco, leite, café e cereais e retornamos ao quarto até chegar o nosso check-out às 13:00hr e ai iriamos resolver o que fazer. Foi quando umas das funcionárias da pausada nos chamou e informou que o barqueiro já estava na lá nos aguardando para retornar com ele. Arrumamos as mochilas bem rápido, fizemos o check-out na pousada e negociamos com o barqueiro que já estava na pousada nos aguardando por R$80,00 para cada um até Borrifos nos fundos do Restaurante Nova Iorqui. Saímos da pousada direto para o Rio Nema onde estava o barco. Arrumamos nossas mochilas para não molhar com uma lona que o barqueiro já tem para isso, nos acomodamos no meio da embarcação e partimos. O mar ainda estava mexido mas conseguimos passar pela praia onde tem as maiores ondas e após 30 minutos chegamos no ponto de Borrifos. O local onde ficamos é uma espécie de porto onde possui um local para pequenas embarcações. Descemos com segurança e seguimos por uma trilha subindo até a rodovia onde estava o ponto de ônibus para retornar à balsa. Seguimos a trilha por algumas placas e depois de aproximadamente uns 15 minutos chegamos na estrada e no ponto de ônibus. Assim que chegamos no ponto já tinha um ônibus saindo para a balsa. O trajeto levou aproximadamente 20 minutos e custou R$5,00 Reais. Descemos no ponto e caminhamos por 5 minutos até a balsa de Ilhabela para São Sebastião. Aguardamos por volta de 20 minutos até pegarmos a balsa e a travessia levou aproximadamente o mesmo tempo. Já em São Sebastião conseguimos um Blablacar às 15:00hr por R$50,00 Reais para cada um até o Terminal Rodoviário do Tietê em São Paulo onde desembarcamos por volta das 19:30hr e terminamos esse rolê incrível de baixo custo e muito próximo da cidade de São Paulo. Vlw Galera, espero ter ajudado em algumas dicas... qualquer dúvida fico a disposição de vocês! Vlwwwww Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/
  20. Salve salve mochileiros! Segue o relato com algumas dicas para fazer uma bela trilha de nível médio onde irão encontrar duas grandes cachoeiras, uma bela floresta, uma natureza fantástica bem perto da cidade de São Paulo e de baixíssimo custo. --> 15km ida e volta (Iniciando a trilha na balança no Km77) --> Passagem metrô/trem/ônibus R$17,30 --> Nível de dificuldade: DIFÍCIL (trilha com várias bifurcações) Partida - 18/02/19 - Partida 08:00am - São Paulo x Mogi das Cruzes x Biritiba Mirim (Serra do Mar) - Metrô e Trem R$4,30 - Ônibus R$4,50 Partindo de São Paulo do bairro Perdizes Zona Oeste, peguei o Metrô na estação Vila Madalena (linha verde) até a estação Paraíso (linha Azul) para baldear para a linha vermelha seguindo até a estação Sé (linha Vermelha) sentido Itaquera e descendo na estação Brás (linha Vermelha) onde encontrei mais duas amigos para pegarmos o trem da CPTM sentido Guaianases (Linha Coral) e finalmente após a troca de trem pegamos para o sentido final e para nossa primeira parada, a Estação Estudantes (Linha Coral). Na Estação Estudantes existem 3 formas de você chegar nesta trilha: A 1ª é de lotação de carros ou vans. Logo que você cruza as catracas da estação de trem você já irá ser abordado por alguém te perguntando se precisa descer para o litoral pela estrada Mogi x Bertioga. Essas pessoas lotam um carro ou uma van e descem até as cidades de Bertioga e do Guarujá cobrando o valor de R$25,00 a R$30,00 por pessoa. O único problema desta opção seria o valor que é mais alto e as vezes ter que ficar esperando lotar o carro ou van e isso levaria mais tempo para iniciar a trilha. Já a 2ª forma de chegar ao início desta trilha seria de ônibus. Saindo da estação de trem pelo lado esquerdo você encontrará um terminal de ônibus onde realizam também a descida pela rodovia Mogi x Bertioga feita pela empresa de ônibus Breda. O valor é aproximadamente R$29,00 e é só pedir para o motorista parar no KM81 para iniciar a trilha. A ª3 forma de chegar no início da trilha e foi a que nós escolhemos e é também de ônibus, porém de ônibus circulares. Saindo da estação você encontra uma passarela que te leva para o lado direito da estação Estudantes. Chegamos em uma rua e caminhamos para a esquerda por alguns metros e já de frente vimos um terminal de ônibus onde pegamos um ônibus circular de transporte público intermunicipal até o ponto final que fica no KM77. O ônibus é o NºE392 (Manoel Ferreira) que nos levou em 30 minutos até o KM77 seu ponto final. No ponto final do ônibus existe uma balança, um pequeno bar e uma feirinha com várias frutas, uma ótima opção pra levar pra trilha como bananas, mangas, uvas etc. Compramos água e algumas frutas e iniciamos a caminhada pela rodovia para iniciar a trilha mata a dentro. Neste trecho de 4km andamos pelo acostamento da rodovia até o KM81 onde fica a entrada da trilha. O inicio da trilha fica antes de uma placa amarela e preta escrito "DESCIDA DA SERRA DESÇA ENGRENADO". Quando ver esta placa após caminhar até o KM81 terá uma entrada à direita, e é ali que se inicia a trilha para cachoeira do elefante. Entrada da trilha direita --> Andamos por aproximadamente 10 minutos e encontramos uma ponte destruída pela erosão onde demos a volta pelo lado e continuamos em frente até chegarmos na travessia do rio. A travessia é tranquila pois o rio é bem raso neste ponto, então conseguimos atravessar sem precisar molhar nada além dos nossos pés. Do outro lado do rio tem um bom local para camping pois o local é como uma praia de água doce. Tem areia, pedras e um ótimo local pra um mergulho. Após a travessia do rio seguimos pela trilha que segue atrás da área de camping onde nos levou a uma bifurcação que seguimos pela esquerda para a cachoeira do Elefante. Já a trilha que segue pela direita leva para as torres de energia elétrica. Então neste ponto da trilha após o rio Itapanhaú é preciso seguir a trilha atras da area de camping rente ao rio e continuar a trilha até a primeira bifurcação onde se seguirá também para esquerda pois pela direita se chega nas torres de energia elétrica que também tem uma vista fantástica das praias de Boracéia, São Lourenço, Juquei, Barra do Una etc, mas o esforço nesta trilha é de nível alto pois as ladeiras são muito ingrimes e isso nos desgastou bastante. Entrar pela direita foi um erro que nos mostrou uma paisagem fantástica de cima da montanha mas aconselho a chegarem somente na primeira torre, as outras não são tão interessantes. A trilha de modo geral é bem demarcada e contém algumas fitinhas amarradas nas arvores de cor azul e amarela informando a direção da trilha, então é só ficar ligado nelas para seguir a trilha corretamente. Após este erro na trilha retornamos e fizemos a trilha corretamente pela esquerda onde a trilha segue do lado do rio e de algumas cachoeiras. Uma delas é a cachoeira do Limo que fica virando a esquerda logo depois da bifurcação que entramos a esquerda também. É uma cachoeira pequena mas muito legal de conhecer, ficamos por alguns minutos contemplando e retornamos pela mesma trilha que viemos e logo seguimos em frente. Andando por mais alguns minutos do lado da trilha começamos a ouvir o som de uma enorme queda d'água. Seria a primeira queda da cachoeira que se chama Véu da Noiva. Resolvemos descer e contemplar também esta cachoeira. Ficamos pouco tempo pois o volume d'água estava muito grande neste dia impossibilitando de entrar na águas do véu da noiva. Mas vale a pena ir pois é uma queda muito bonita para contemplar. Voltamos para a trilha principal e caminhamos por mais alguns bons minutos até que encontramos uma placa pequena escrito "Recicle Leve seu Lixo" de cor branca e verde e neste ponto da trilha seguimos as fitinhas coloridas que estão amarradas nas árvores e não descemos a trilha passando a placa, nós seguimos reto na trilha que segue ao lado direito. Após mais 1 hora de caminhada de uma descida intensa chegamos em mais uma bifurcação do rio Rio Itapanhaú, para a direita a trilha segue junto da margem do rio e leva a um local conhecido como Casarão e para a esquerda a trilha segue para o nosso destino, a base da Cachoeira do Elefante. Neste ponto a trilha depois de alguns minutos a trilha ira atravessar o rio novamente e continuar do outro lado. A travessia no dia foi tranquilo sem precisar entrar na água, atravessamos por pedras e continuamos do outro lado. Neste ponto da trilha passamos por diversos locais para camping e algumas grutas que até dá para abrigar algumas pessoas. Um lugar muito bacana para acampar. Andamos por alguns minutos e logo ouvimos o som ensurdecedor das gigantescas quedas da cachoeira e quando mais nós caminhávamos o som ia ficando mais alto. La estava ela, após aproximadamente quase três horas de trilha e duas tentativas sem sucesso em dias anteriores nós finalmente conseguimos encontrar a famosa Cachoeira do Elefante. A forte queda faz com que tudo fique molhado pelas gotículas d'água que ficam no forte vento que vem das fortes quedas. A cachoeira realmente é uma imponente obra da natureza com milhares de litros d'água descendo pelas pedras criando um cenário fantástico da natureza. A cachoeira oferece diversos locais para um bom banho. Do seu lado direito onde a correnteza é mais forte estava mais perigoso de se banhar mas mesmo assim conseguimos ficar debaixo de uma enorme pedra onde em um fenda se tem uma ótima cachoeira. Mas é do lado esquerda da cachoeira que aproveitamos melhor. Existem diversas quedas ótimas para banho e descendo mais um pouco contém um poço bom para mergulho. Ficamos por diversas horas contemplando o lugar, fizemos um lanche para recarregar as energias pois ainda teríamos a volta que já no começo nos aguardava a subida mais foda de toda a trilha ahahahha. Mas depois de lavar a alma, tirar as urucas, banhar os piolhos dos dreads rs e recarregar todas nossas energias nas águas da cachoeira do elefante nós estávamos dispostos a subir até na lua se for preciso hahahaha. Volta - 18/02/19 - Volta 18:00am - Biritiba Mirim (Serra do Mar) x Mogi das Cruzes x São Paulo - Ônibus R$4,30 - Metrô e Trem R$4,50 Arrumamos nossas mochilas e começamos o caminho de volta, andamos por aproximadamente duas horas e meia e retornamos toda trilha até o início que fica na rodovia no KM 81, dali caminhamos pela rodovia até o bar no KM 77 onde aguardamos por alguns minutos o ônibus R$4,50 para retornar ao terminal urbano de Mogi das Cruzes e para a Estação Estudantes da CPTM R$4,30 onde finalizamos mais uma fantástica trilha. Vlw mundão! Facebook: https://www.facebook.com/tadeuasp Instagram: https://www.instagram.com/tadeuasp/
  21. Alguém sabe me dizer como está a trilha/caminho da cachoeira da usina, desde a cidade até chegar a cachoeira! Queria saber se está tendo fiscalização na linha do trem, ou se estão proibindo. Bom proibido sempre foi mas nós vamos mesmo assim, porém parece que a fiscalização está mais prestativa. FB_VID_2537588188253581839.mp4
  22. Olá galerinha! Minha segunda vez na trilha da Pedra da Gávea e pela primeira vez subindo pela P4 com uma parada na Janela do Céu, a trilha é moderada e extensa começamos a subir 8:30 eu e um grupo de amigos com um guia o Davi, ele levou corda e cadeirinha para ajudar e apoiar os que tivessem dificuldade como eu rsrsrs sou baixinha 1,46 então tinha partes que minha perna não chegava até algumas pedras rsrsrs sim tem escaladas. Depois de 1hora e 30 minutos de subida forte chegamos até a Janela do céu um ponto de parada com uma vista incrível para fotos, vídeos e admirar a natureza. Depois dessa parada estratégica continuamos a subida foi então que veio os dois lances de corda e escalda ás 12horas e 30min estávamos no alto da Pedra da Gávea com uma vista incrível porem entre nuvens uma ventania e as nuvens iam e voltavam durante todo o tempo que ficamos no Alto da Pedra da Gávea. Após 1h no Topo descemos no caminho pela carrasqueira, utilizei novamente a corda e a descida foi muito intensa mas sobrevivi rsrsrsrs, após 8horas dentro da mata saí finalizamos a trilha. Segue vídeo dessa aventura para incentiva-lo a subir também é uma super aventura!!!
  23. Um sol escaldante, mas glorioso, céu azul e agradável e vento refrescante são a receita perfeita para sair de sua casa e embarcar em uma aventura de caminhada! Para a maioria das pessoas, o verão é a melhor época para fazer caminhadas com a família, amigos ou sozinho. Um dia passado na trilha pode ser revigorante, emocionante e, claro, queima calorias. Pode ajudá-lo a relaxar e liberar um pouco da serotonina armazenada nas profundezas do seu cérebro. Normalmente, a maioria das pessoas prefere fazer caminhadas no verão por causa das horas de luz do dia mais longas. No entanto, você também pode caminhar durante o inverno ou em qualquer outra estação, se não se importar com o clima. Independentemente de quando você for, é importante que você esteja pronto não apenas com o equipamento apropriado, mas também com o conhecimento adequado que pode ajudar a tornar sua experiência de caminhada gratificante. Ao caminhar em clima quente, você deve saber como controlar o calor intenso, a desidratação, as cãibras de calor e outros problemas que possa encontrar. Aqui está uma lista de dicas para ajudá-lo quando você estiver caminhando ao ar livre. 1. Verifique o tempo antes de sua caminhada Embora o verão seja uma ótima estação para caminhadas, é fundamental verificar o tempo antes de tomar qualquer decisão. Fazer exercícios em um clima extremamente quente pode colocar mais estresse em seu corpo e, se você não considerar o calor, pode arruinar sua viagem. Quando você se exercita no calor, pode causar exaustão, desidratação e, na pior das hipóteses – uma insolação. Se a temperatura estiver perto de 35 graus e a umidade estiver em ou perto de 100%, adie seus planos até que o tempo esfrie. Além disso, evite caminhadas durante o meio-dia, pois a temperatura é mais alta durante esse horário. Alicia Gerber, diretora do acampamento de verão da Pali Adventures, diz que você deve começar a caminhada o mais cedo possível em um dia quente. Portanto, saia cedo o suficiente para garantir que você termine a sessão mais árdua antes do meio-dia. Dependendo do calor do tempo, você pode preferir fazer caminhadas no início da manhã ou no final da noite. 2. Encha garrafas de água… muitas delas! Você vai suar muito, o que significa que provavelmente ficará desidratado depois de algum tempo. Portanto, certifique-se de carregar água suficiente com você. Certifique-se de que cada pessoa tenha sua própria garrafa de água para que todos possam matar a sede facilmente. É sempre melhor beber mais água do que você acha que pode precisar, porque mesmo se você tiver grande resistência, caminhar em clima quente vai fazer você suar muito! 3. Traga alguns lanches com você para manter seus minerais elevados Como você vai suar muito durante a expedição, é essencial levar lanches para manter o nível de açúcar no sangue ideal. O suor afeta mais os níveis de sal, portanto, para evitar pressão arterial baixa ou fadiga, coloque algumas barras de proteína ou outros lanches nutritivos dentro de sua mochila. Se você estiver caminhando com seu filho, traga alguns lanches para ele também ou coloque-os em sua própria mochila. Claro, não traga refeições completas, para que você não fique com sono ou preguiça durante a caminhada. Mas traga comida suficiente para ajudar a mantê-lo ativo e fornecer a energia necessária. Continue lendo em: 9 Dicas Essenciais para Caminhadas e Trilhas no Calor
  24. Vale Do Pati vindo de São Paulo Estamos (Eu e minha esposa) no planejamento ainda... a viagem vai ser em outubro, sairemos aqui de São Paulo dia 13 e voltamos dia 24 de outubro( ficaremos no Vale do Pati uns 7, 8 dias...) Já comprei as passagens, consegui comprar com os pontos do cartão de credito porém além dos pontos teve + uma taxa de +/- 210 reais ( valor referente a ida e volta para nós dois)...e mais pra frente terei que pagar uns 200 reais para despachar a minha mochila (100 pra ir e 100 para voltar) acredito que terei que despachar pois a minha talvez não passe como bagagem de mão, ai coloco tudo dentro dela assim só pagamos o despache de 1 mala. OBS: A ideia é iniciar o Trekking entrando pelo Vale do Capão e sair por Andaraí. Para Chegar no Vale do Capão: -Pegaremos o voo no dia 13 de outubro de São Paulo para Salvador às 14:10, previsão de chegada às 16:25 em Salvador Eu tinha visto que teria que pegar um ônibus até Lençois e de Lençois pegar outro até Palmeiras e de Palmeiras pegar um até o Vale do Capão, porém descobri que existe uma opção de ônibus que vai direto de Salvador até Palmeiras e sai até mais barato (R$105,60), pois se pegar o ônibus de Slvador até Lençóis ele sai por 99 reais, aí de Lençóis até palmeiras sai +/- 13 reais, fora o desgaste de sair de um ônibus e esperar o horário do outro, etc....se eu conseguir a passagem para o dia e horário que eu quero vou pegar ônibus direto para Palmeiras, vamos ver se vai rolar....se não vou por Lençóis mesmo... !! O horário que daria para eu pegar seria o das 23 hrs saindo de Salvador e chegaria às 5:45 do dia 14 em Palmeiras. Detalhe não faremos o trekking com agencia, nem guia, pois o dinheiro que separamos e temos, não daria para contratar esses serviços ( se fossemos contratar, o rolê pelo Pati que poderia durar 8 dias duraria no máximo 3 com os custos dos serviços, eu super valorizo porém nesse momento não estou tendo dinheiro o suficiente para bancar)....pesquisei bastante sobre o local e junto com os relatos das pessoas, decidir ir por conta usando gps, o app Wikiloc e vou atrás de um mapa impresso da região tbem por precaução...Grato a todos que fizeram os relatos por aqui ( ajudou muito ) Ai em Palmeiras pelo oque eu vi tem opções de condução que fica na rodoviária para fazer esse translado até o Capão...acredito que como vou chegar de manha, devo conseguir esse translado. Descobri que as casas dos moradores não estão recebendo as pessoas para acampar, e que estão funcionando com 50% a menos da capacidade devido a pandemia, ou seja é necessário fazer as reservas com antecedência, as minhas eu já fiz no começo de setembro ( vou colocar o whastapp das principais casas que estão recebendo as pessoas, assim quem tiver interesse é só chamar pelo Whats que o pessoa retorna rapidinho) Estão cobrando 200 reais por pessoa com jantar e café da manhã inclusos ou 80 reais para dormir, tem casas que cobram uma taxa de uns 20 reais para usar o fogão a gás, e outras não cobram caso use o fogão a lenha. No caso faremos um Mix, levaremos alguns itens para cozinhar na mala, outros compraremos nas casas e locais de apoio que tenham essas opções e prepararemos as nossas refeições lá ...e um dia ou outro pegaremos o pacote completo de 200 reais cada um. Como somos veganos veremos como seria a flexibilidade e possibilidade dos moradores em relação a adaptação das refeições, acredito que seria de boa, pois sempre conseguimos nos virar em outras situações que passamos, nada que um belo arroz e feijão não resolva :D, e se sobrar feijão da janta, já temos uma bela pastinha proteica pra passar no pão para o café da manhã do seguinte rsrsr. Segue o Whats da galera Agnaldo e Miguel –+55 75 9221-2159 Alto do Luar – +55 75 9128-2170 Seu Eduardo – +55 75 98190-7153 / +55 75 98247-9816 João (Dona Raquel) – +55 75 98127-1012 Igrejinha- +55 75 98330-5594 Prefeitura (Jailso e Maria) – +55 75 99131-9076 Dona Raquel – +55 75 99296-4664 Seu Jóia- 75 82758313 Ah, teve lugares, como Prefeitura que já estava lotado que não tinha vaga..... Vários moradores me deram uma baita assistência para me auxiliar na tomada das decisões em relação ao roteiro que eu ia fazer dentro dos dias que eu tinha para ficar dentro do Vale do Pati ( no caso entre 7 e 8 dias ), como não conheço nada, precisava saber em qual localização o morador estava para assim eu poder reservar o dia que eu chegaria lá na casa dele, e nessas eles acabavam me auxiliando no roteiro e eu fui entendendo cada vez melhor sobre o lugar, os caminhos e as sequencias das casas de acordo com o trecho, enfim vale perguntar quando for fazer a reserva onde o morador está localizado. A princípio o roteiro está assim (estou aberto para sugestões e dicas, caso alguém queira se manifestar :D) 1° dia (14/10) chegarei no Vale do Capão, vou ver se pego um mototáxi até o Bomba que é por onde acessa o vale do pati ( pelo menos foi oq eu vi) ai vou até a igrejinha onde já fiz a reserva, vou dormir lá e descansar. 2° dia ( 15/10)- Igrejinha x Cachoeirão por cima, retorno a igrejinha e descanso ou caço algo pra fazer por lá se chegar cedo de mais.... 3° dia (16/10) Igrejinha x casa do Agnaldo ( deixo as coisas lá ) e faço as cachoeiras do Funil e depois o Castelo e volto para o Agnaldo 4°dia (17/10) Agnaldo x Cachoeira do Calixto X Poço da Arvore X Agnaldo 5° dia (18/10) Agnaldo X casa do Seu Jóia, repousaremos lá (Não sei oq teria no caminho...vamos descobrir) 6°dia (19/10) Seu Jóia x e oque tiver para fazer a partir da casa ele, preciso ver isso ainda, mas era algo do tipo Cachoeirão por baixo e Guariba 7° dia (20/10) Seu Jóia x e mais algum passeio que dê para fazer ainda, e depois retorno para o seu Jóia 8° dia (21/10) Seu jóia x Andaraí 9° dia (22/10) Andaraí x algum passeio por la, pensei na gruta azul e na encantada...não sei ainda, aceito sugestões....esse dia tiraremos para fazer os possíveis passeios a partir de Andaraí e que os que derem para fazer apenas em 1 dia ( não sei ainda onde vou ficar hospedado, mas a ideia é já ficar próximo a rodoviária) 10° dia(23/10) Começar a volta até Salvador ( estou vendo as opções de ônibus para Salvador direto, Palmeiras, Lençois...ta ruim de achar viu) 11° dia (24/10) Salvador voo às 7 da manha para São Paulo É isso por enquanto !! Aceito sugestões pessoal !! Mais uma vez grato pela atenção, e pela dedicação que todos tem em compartilhar, e auxiliar uns aos outros!! Saúde e alegria para toda vida !!!
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