Pesquisar na Comunidade
Mostrando resultados para as tags ''trekking do descobrimento''.
Encontrado 3 registros
-
Importante: Esse trekking apesar de parecer fácil (só andar pela praia) exige uma alta compreensão sobre marés e condições climáticas (todos os dias olhávamos o tábua de marés de noite e de manhã), pois qualquer mudança de tempo pode acarretar na abordagem do trekking. É recomendável fazê-lo na lua nova* Iolanda me chamou para realizar esse trekking por volta de Setembro/2017 com previsão de realizarmos em Março/2018, como eu já estava no mochilão pelo Brasil eu não dei certeza, mas me programava para realizá-lo, pois depois de pesquisar sobre o trekking me encantei com a história. Em fevereiro consegui a passagem para Itamaraju para o dia 09/03 e estávamos marcando para iniciar o trekking no dia 12/03. Embarquei no dia 09/03 para Itamaraju para encontrar a Iolanda na casa da avó dela. Após 27hrs de viagem cheguei em Itamaraju na madrugada do dia 11/03. Ficamos o dia 11/03 inteiro atrás de mercado e lugares para comprar o que faltava, mas esquecemos que era domingo e cidade do interior não funciona igual Sampa rsrs 1° Dia - Itamaraju a Barra do Cahy Percorridos: 11km. Tempo estimado: 4hrs (com parada para fotos, banhos de mar e descansos) (Ônibus Itamaraju x Prado: R$14 Táxi Prado x Cumuruxatiba: R$15) Acordamos por volta das 6hrs da matina e fomos tomar café, nos despedimos de todos e corremos para rodoviária, chegando na rodoviária vimos o ônibus para Cumuruxatiba saindo e o próximo seria só às 14h30. Optamos pela opção de ir até Prado e de Prado tentar um táxi ou pegar o ônibus às 12hrs para Cumuruxatiba. Chegando em Prado nos deparamos com os primeiros oportunistas que encontraríamos no caminho dessas cidades que estão virando turísticas, o senhor queria cobrar R$200 (exatamente duzentos reais) para deixar a gente no trevo de Cumuruxatiba e assim tentarmos carona, nem fodendo que íamos pagar tudo isso em um táxi sendo que o ônibus não era nem R$15. Aproveitamos o intervalo para irmos no mercado para comprar o restante das coisas que comeríamos nos próximos dias. Voltando do mercado um senhor ofereceu para levar a gente por R$15 até Cumuruxatiba e nos deixaria onde quiséssemos, por esse preço não dá para recusar né...logo aceitamos! Chegamos em Cumuruxatiba por volta das 10h30 e junto conosco chegou uma puta de uma chuva! Como estava chovendo muito resolvemos parar em um restaurante para “encher a pança” antes de começar a caminhada. Encontramos PF há R$15 no Restaurante da EMA que fica atrás da igreja de Cumuruxatiba. Após comermos iniciamos o trajeto até Barra do Cahy era por volta das 12hrs. No começo da caminhada estava uma maravilha, tinha parado de chover, o sol estava entre nuvens, estava um vento agradável, a vista da praia era muito foda. Mas como nem tudo são flores o céu começou a fechar e logo começou a chover muito. Começou a ficar ruim para andar na areia com chuva e maré alta corremos para andar perto das vegetações. E foi desta forma que achamos o camping da Glória, onde decidimos entrar e ficar para esperar a chuva passar Pagamos R$ 30 pp, o camping é bem estruturado e tem uma “puta de uma vista”. 2° dia - Barra do Cahy x Corumbau Percorrido: 16km Tempo estimado: 5hrs (com parada para fotos, banhos de mar e descansos) Acordamos por volta das 5h para ver o Sol Nascer, mas o tempo não colaborou para um belo nascer do sol. Fizemos nosso café e enquanto comíamos olhavamos o site Tábua de Maré para saber o horário exato da maré morta, assim não teríamos surpresas ao chegar no Rio Cahy. Nesse dia a maré morta seria por volta das 9h portanto saímos do camping por volta das 9h já que estamos há uns 30min do Rio. Passamos pela tão famosa “placa do desembarque e pela Cruz do Marco do Descobrimento” (que cada um diz que foi em um lugar). Chegamos no Rio e ele estava realmente muito baixo e como diz os locais “a água berava o jueio”. A vista é espetacular, mas a maré estava subindo e isso dificultou a nossa passagem por um dos “cotovelos de falésias” onde atravessamos com a água “berando o jueio”, mas depois desse “cotovelo” já avistávamos a ponta de Corumbau que dizem que chega a 200m a dentro do mar (eu não tinha uma fita para medir, mas ia longe…). Após algumas horas de caminhada (até que tranquila já que o clima ajudou bastante), chegamos em Corumbau e fomos direto olhar o Rio para ter uma noção da maré no pico mais alto e ver se dava para atravessar na maré morta. Chegando perto do rio já fomos surpreendidos por um índio muito louco de cachaça que queria de todo jeito levar a gente para o outro lado, mas decidimos pernoitar em Corumbau e sair no dia seguinte. Encontramos o camping Ilha do Sossêgo do Seu Zé que nos cobrou R$10 pp. O camping não era tão estruturado, tinha banheiro e se quisesse usar a cozinha poderia usar a da casa do Seu Zé. Por volta das 18hrs a maré estaria quase morta então resolvemos ir no Rio Corumbau para ver a possibilidade de atravessar no dia seguinte. Mesmo a maré não estando morta dava para atravessar com a água na cintura, ou seja, na maré morta a gente passa com a água “berando o jueio”. 3° dia - Corumbau x Caraíva Percorrido: 12km Tempo estimado: 3hrs (com parada para fotos, banhos de mar e descansos) Acordamos por volta das 5hrs, mas novamente o tempo nublado não quis colaborar para vermos um belo nascer do sol. Enquanto preparavamos nosso café da manhã Seu Zé veio “trocar um dedinho de prosa” com a gente e tomar um cafezinho de mochileiro. Contou diversas histórias de quando era mais jovem e fazia esses caminhos a pé pois não tinha outra opção. Contou sobre como a vila e a aldeia vem crescendo nos últimos tempos e melhorando o acesso às cidades vizinhas. Contou mais um monte de histórias, típico de senhor do interior que já vivenciou muita coisa e sempre tem bons "causos" pra contar. Depois de boa conversa com Seu Zé saímos para mais uma caminhada e já beirava as 9hrs onde passávamos tranquilamente pelo rio “berando o jueio”. Agora sim estávamos trilhando na Bahia o sol batia os 35° logo pela manhã e andar na areia fofa de Corumbau para Caraíva não estava sendo nada fácil. Pouco tempo andando na areia corremos para a estrada que liga Caraíva a Aldeia de Corumbau (onde passa muitos bugs), o chão ficou melhor para caminhar mas o sol e a ausência de vento continuava o mesmo. Cada sombra que encontrávamos tínhamos que parar para um descanso e em uma delas encontramos uma entrada de carro que dava para uma estupenda vista do mar esverdeado. Entramos e logo avistamos diversos coqueiros e o mar mais bonito visto até agora (Praia do Negro). Conversamos com dois senhores que estavam parados lá pegando coco e aproveitamos para pegar coco também pelo menos a água de coco para matar um pouco desse calor bahiano. Dali em diante seguimos pela areia até começarmos a avistar as aldeias de Caraíva e o calor nada de diminuir. Entramos no primeiro camping que vimos e negociamos um valor para ficarmos 2 noites já que estávamos com tempo e não tínhamos pressa de chegar em lugar algum. No camping do xando cobram R$15 pp e não é tão estruturado, os banheiros são compartilhado com a aldeia toda e a cozinha se quiser usar pode usar de uma das casas. Após fecharmos os dias no camping fomos conhecer a vila e realmente Caraíva é muito aconchegante, diversas casas coloridas e um povoado bem hospitaleiro, andamos bastante na vila e fomos para a barra para analisar o Rio e o nível da maré no seu pico máximo, aproveitando que estávamos lá ficamos para curtir o restante do dia. De noite fomos até a vila para conhecer o comércio e tudo é muito limpo e organizado, mas os preços são absurdos! Tudo é superfaturado (mesmo para um local de difícil acesso). Aproveitamos o horário para ver a maré morta para estudarmos uma forma de passar. Voltamos para a vila e curtir um pouco mais da noite e os poucos lugares abertos (talvez porque era uma quarta pós temporada). 4° dia - Caraíva Percorrido: 0km Tempo estimado: dia de descanso Novamente acordamos as 5hrs e a neblina não ajudou no nascer do sol, mas também não dava para ficar muito tempo na barraca afinal estamos na Bahia. Após o café da manhã fomos na barra ver o nível na maré morta e se realmente dava para passar. Depois ficamos o dia todo curtindo a praia, a vila e o rio. A noite fomos em um MPB que estava rolando em um dos bares e a maioria dos comércios estavam abertos (creio que porque era quinta) diferente do dia anterior que estavam todos fechados. 5° dia - Caraíva x Curuipe (um pouco mais pra frente) Percorrido: 12km Tempo estimado: 3hrs (com parada para fotos, banhos de mar e descansos) Novamente acordamos as 5hrs para ver o sol nascer e o tempo nublado não ajudou, mas aproveitamos para tomar café e arrumar as coisas para sairmos. Após 10min de caminhada chegamos no Rio Caraíva no momento exato da maré morta e conseguimos passar com a água “berando o jueio”. Andamos aproximadamente 3km e chegamos na praia do Satu (homenagem ao antigo morador da praia) e, na minha opinião, o local é muito mais bonito que Caraíva e tem opção de camping agora. Seguindo pela praia de Satu passamos pela primeira lagoa que sabíamos que encontraríamos pelo caminho, mesmo estando vazia preferimos seguir pois sabíamos que havia outra logo a frente e que era ainda mais bonita. chegamos na segunda e paramos para admirar a paisagem e tomar um “banhão” naquela bela Lagoa esverdeada e de água morna. Para nossa surpresa pouco tempo depois da segunda lagoa encontramos uma terceira é essa terceira é bem agitada, mesmo na maré morta a água estava com um nível elevado e a correnteza forte pra caramba. Seguimos para a falésia onde subiríamos para chegar no espelho (e para bom um observador a trilha da falésia é vista de Caraíva). Subimos por uma escada que ajudou bastante, mesmo em construção, e logo avistamos a placa indicando a praia do espelho para esquerda, mas também tinha uma trilha para a direita que, aparentemente, iria para a ponta da falésia, claro que pegamos para a direita! E que bom que pegamos para a direita passamos por diversos mirantes com vistas de tirar o fôlego e conseguíamos avistar até Corumbau. Seguimos a trilha e encontramos as placas do espelho novamente, ou seja, devemos ter andado 1km a mais do que a trilha indicava. Descendo a falésia avistamos um mar surpreendente e a movimentação de turistas, deduzimos que estávamos bem perto da praia do espelho. Chegando na praia do espelho tava lotado de turistas, não tinha nem lugar para sentar mais portanto seguimos e Curuipe também não foi diferente. Lembramos que era sexta-feira e que a parte “tranquila” de praia tinha acabado. Andamos um pouco mais e decidimos parar para dormir do jeito que a gente gosta (no bivaque). 6° dia - Curuipe x Trancoso Percorrido: 18km Tempo estimado: 4hrs Novamente acordamos as 5hrs e hoje sim valeu ter acordado cedo, que nascer do sol foda! Na nossa cara, saindo de dentro do mar. Tomamos café e saímos por volta das 7h30 para chegar no Rio dos Frades na maré morta. Após 1h de caminhada chegamos no Rio dos Frades e ele realmente é como falaram, largo e com muita correnteza. Mas como estávamos sempre atentos na tábua de maré sabíamos que estaria chegando a hora da maré morta e daria para passar, dessa vez a água chegou na cintura e foi um pouco mais trabalhoso a correnteza, mas passamos! Estamos firmes seguindo o plano de não pagar canoa proposto no início da trilha. Como estava bem cedo tinha muito pescador de polvo e de siri. Seguimos firmemente por todas as praias aproveitando o tapetão de areia firme formado pela maré morta e o sol entre nuvens também estava ajudando, tudo propício para andar mais de 15km. Após passar várias praias sem ninguém, começamos avistar muito, mas muito guarda sol e logo tivemos certeza que estávamos chegando em Trancoso pelas abordagens. Foram umas 5 abordagens de turistas perguntando onde estávamos, quantos km, se dormíamos (?) e essas coisas (até pediram para tirar foto com nossas cargueiras). Enfim, Trancoso e a muvuca de turistas e muita gente e sem paz nem Sossêgo. Fomos então para o famoso quadrado de trancoso, entramos na placa da associação, passamos por uma ponte de madeira que corta o mangue e já começamos avistar muitos carros principalmente subindo a estrada para o quadrado. Andamos pelo quadrado e lembra bastante Caraíva (só que 3x maior e mais cheio de gente), paramos no mercado pra comprar uma breja e brindar a caminhada. Enquanto conversávamos sobre como Trancoso estava cheio e como a cidade estava grande (tem de tudo por aqui mas para alta sociedade) uma senhora abordou a gente e perguntou se não queríamos ficar no camping dela que era R$15 pp e ficava bem próximo da praia. Aceitamos e fomos para a Casa Harmonia. O lugar está começando agora, mas a recepção foi bem boa e decidimos pernoitar nele mesmo. (Como estava tudo muito cheio, praticamente não tiramos fotos) 7° dia - Trancoso x Porto Seguro Percorrido: 21km Tempo estimado: 5hrs (com parada para fotos, banhos de mar e descansos) Como estávamos em um camping tranquilo, não tinha vista pro mar e era praticamente o último dia de trekking resolvemos aproveitar mais para dormir. Acordamos por volta das 7hrs, tomamos aquele café da manhã que acaba com tudo o que tem pra ficar mais leve e seguimos. A praia dos nativos é bem bonita e ainda não tinha muitos turistas, pois era bem cedo. O tempo, novamente, ajudou para mais esse dia de caminhada. Sol entre nuvens, areia firme, maré baixa e pé na areia! Pouco tempo de caminhada passamos pelo rio da barra que estava com a água “berando o jueio” e assim finalizamos nosso acordo de não pagar canoa para atravessar nenhum rio! A vista de Trancoso para Arraial é igual todas que estávamos vendo até hoje, mar azul, mar verde, falésia, areia grossa, areia fina e céu azul tudo muito foda como foram esses 7 dias. Após algumas horas de caminhada começamos ver a movimentação dos turistas andando pela praia e assim foi até chegar na Praia do Mucugê (uma das praias de Arraial d'ajuda). Entramos em uma ruazinha para conhecer a vila e me apaixonei por ela. De todos os lugares que passamos Arraial d'ajuda foi o que eu mais gostei. Casinhas coloridas, bares e restaurantes temáticos, ruas de pedras, nativos bem receptivos, preços não era tão abusivos...era praticamente uma cidade grande com cara de interior na praia (ótima denominação). Andamos bastante por arraial d'ajuda e seguimos pela praia até a balsa para passar para Porto Seguro e finalizarmos nosso trekking. A praia dos pescadores e Araçaipe nem se comparam com as praias que passamos tanto pela cor do mar como pela vista e a movimentação dos turistas. Chegamos na balsa e para atravessar para Porto Seguro não paga, mas para voltar para Arraial d'ajuda tem uma taxa de R$5. Descemos da balsa e fomos andando pela passarela do descobrimento para dar uma olhada na orla de Porto Seguro (e uma analisada nos preços das coisas) fomos até a ponta onde começa a praia e voltamos para finalizar nosso trekking com chave de ouro. Paramos em um bar para beber uma breja e comer porque ninguém é de ferro! Foram 7 dias de trekking, mais de 100km andados e 90km gravados, valeu cada esforço! Dava para ter feito em menos dias, mas não tínhamos pressa de nada e fomos aproveitando cada minuto desse pedacinho do Brasil de tirar o fôlego. O litoral Bahiano não deixa de ser uma bela atração para todos os gostos e nunca desanima. Quem sabe um dia a gente não segue subindo até onde der 😁 Link do trekking no wikiloc: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/trekking-do-descobrimento-23334805 Para mais fotos e dúvidas (@sobralsemfreio): https://www.instagram.com/sobralsemfreio/
-
Trekking do Descobrimento com Fotos [Cumuruxatiba a Trancoso]
MarcosJ70 postou um tópico em Trilhas na Bahia
Tomei conhecimento do Trekking do Descobrimento há mais ou menos 5 anos quando soube que uma empresa de São Paulo forma um grupo para fazer o percurso todos os anos durante a semana do réveillon. Tudo é feito em apenas cinco dias. Por falta de tempo e outras escolhas, só agora entre o fim de dez/2013 e início de jan/2014 pude concretizar o projeto de forma independente – eu e mais 3 amigos de trilhas. Aproveitando o relato de outras pessoas que se aventuraram a fazer o trekking, reuni bastante material para fazer tudo certinho. Planejei o percurso para ser feito em 13 dias líquidos, tudo com muita calma para podermos curtir o imenso paraíso que se descortinava a cada passo dado. Para este trekking, alguns cuidados especiais devem ser tomados. Vários rios cruzam o nosso caminho nas praias, onde alguns só podem ser atravessados na maré baixa. Para isso, fiz as pesquisas no site http://www.tabuademares.com/br/bahia/cumuruxatiba. Demos sorte que o período não foi de marés mortas. A lua Nova em grande parte do tempo nos favoreceu com níveis bem baixos na maré baixa, facilitando, desta forma, as travessias dos rios e nos beneficiando para contemplar o belo visual da praia do espelho que se supera nas luas cheias e novas. Veja neste link uma aula sobre as marés: http://www.tabuademares.com/mares/tipos-mares. A ideia inicial era fazermos o trecho Cumuruxatiba - Arraial D`Ajuda, porém, devido a fatos que ocorreram durante a caminhada, fizemos a pé até Trancoso, que já fica bem pertinho de Arraial. Quanto aos gatos, posso dizer que a viagem se dividiu em dois pontos: 50% minimalista, com dormidas em campings; os outros 50%, com mais conforto e gastos típicos da alta temporada. Chegar a Cumuruxatiba para quem sai de Salvador não é uma tarefa nada fácil. São mais de 800km. Ou você sofre com o transporte coletivo, com direito a troca de ônibus e outras cositas mais ou então chega a Porto Seguro de avião e segue de táxi do aeroporto até Cumuruxatiba, num percurso de 240 km até a vila de Cumuru. Como o nosso grupo era formado por 4 pessoas que tinham os mesmos objetivos – ganhar tempo e não passar por muito perrengue –, não tivemos dúvidas em rachar o custo do táxi do Aeroporto até Cumuru, que ficou por R$ 100,00 para cada pessoa. A viagem é bastante cansativa. Foram mais de 4 horas, com direito na parte final a vencer 35 km de estrada de terra em precárias condições que parecia na verdade ter mais de 100 km. No fim de tudo, percebemos que os R$100,00 gastos por pessoa foram bastante justos [taxista: Joilson - Tel.: 73-9952-9893; 73-8891-5176 ou 73-9171-5253; e-mail: joilson.ferreira405@hotmail.com]. Na primeira noite dormimos no Camping Aldeia da Lua [Tel.: 73 3573-1175 e 73 3573-1168]. É bem arborizado, possui segurança noturna etc. Mas o preço não justificou o que eles ofereciam. R$35,00 pp apenas para dormir, sem direito a mais nada, é mesmo um absurdo, sem falar que quando entrei em contato com o pessoal do Camping o valor passado foi R$30,00 pp. Pode? Este fato sinalizou o que presenciaríamos em algumas situações durante toda a viagem: exploração econômica, social e baixa qualidade nos serviços. Ou era isso ou uma pousada com diárias com preços surreais. Aliás, vale o registro inicial de que os preços nesta época do ano neste trecho do litoral baiano são assustadores, principalmente em Trancoso, quando uma água de coco chega a custar em alguns lugares R$8,00 e uma casquinha de siri beirando os R$40,00. Isso mesmo. Acreditem. Almoçamos numa barraca de praia bastante movimentada. A comida não foi boa e os preços na lua. À noite, demos um rolé pela vila. Está cheia de restaurantes bem transados e um astral bem legal. Gostei bastante. 1º DIA DO TREKKING – CUMURUXATIBA – BARRA DO CAHY TOTAL PERCORRIDO: 14KM TEMPO GASTO: 6 HORAS, COM PARADAS PARA BANHOS EM DUAS PRAIAS. PERNOITE NA BARRA DO CAHY: CAMPING DA DONA GLÓRIA [TEL.: 73-9106-2659 – falar com Edson] – R$25,00 pp Acordei bem cedo para apreciar o nascer do sol e não me arrependi. Os primeiros raios de sol já marcavam o início de um belo dia. Aliás, todos os 14 dias na região foram de altas temperaturas, com o sol brilhando forte, contribuindo com os registros fotográficos. Neste dia, a travessia dos pequenos rios é tranquila. O início da caminhada pode ser feito por uma estradinha de terra que beira a praia. Em poucos minutos, a moleza termina. É hora de pisar na areia da praia e começar a refletir se seria fácil ou não vencermos os quase 80km num terreno nada comum para os nossos pés. Percebemos que a caminhada se torna bem mais difícil quando a maré está alta, pois o que sobra geralmente é o trecho seco, que quase sempre é de areia fofa, que, diga-se de passagem, ninguém merece pisar num terreno desses por horas. Depois de uns 30min de caminhada, o cenário começa a mudar. Falésias surgem e roubam a visão das amendoeiras que dominavam a margem das praias. Com um céu azul e os tons de cores fortes das falésias, o resultado não podia ser outro: belas fotos. Show!! Logo adiante se vê que a falésia avança mar adentro, o que dificulta a passagem com segurança. Neste caso, a opção é subi-la por um caminho já bem marcado. Do topo, o visual é recompensador. Paramos para fotos e em seguida zarpamos rumo à Praia do Moreira, que é a mais bonita a ser conhecida neste dia. Paradisíaca e quase deserta, só é frequentada por algumas poucas pessoas que saem de Cumuru a pé. Uma grata surpresa foi encontrar um vendedor de água de coco que disponibilizava o seu produto numa sombra preciosa de uma frondosa amendoeira. Não tivemos dúvidas e cada um de nós tomou a água de coco mais saborosa do mundo. Se não era, não sei, mas a verdade é que estava boa demais. Aproveitamos para descansar e tomar um belo banho. Devidamente energizados, juntamos nossas tralhas e seguimos o nosso caminho rumo a Barra do Cahy. Mais uma vez, encontramos a ponta de um morro que avança mar adentro, forçando-nos a subir a falésia e, para os amantes da fotografia, bons registros dos cenários são feitos. Vale registrar que todos os trechos sobre as falésias renderam fotos fantásticas. No fim da falésia, tivemos de atravessar um pequeno rio, que mesmo já estando a maré num nível alto não encontramos dificuldades para vencê-lo. Do outro lado da margem, paramos para o nosso almoço: pão com sardinha, sucos e banana desidratada. Neste horário, o sol já castigava bastante. Haja protetor solar para aguentar. Depois de alguns minutos passamos pela famosa casa de pedra, que se encontra abandonada e em fase final de desmoronamento causado pelo salitre, vento e pela força do mar. Ao passar por ela, pensei: como alguém teve a brilhante ideia de construir uma casa “dentro do mar”? Finalmente, após algumas pisadas, desta vez já em areia fofa, pois a maré já estava bem alta, chegamos ao restaurante onde fica o Camping da Dona Glória, que é uma Fazenda. Como ninguém é de ferro, aproveitamos o restaurante para almoçarmos de verdade. Estava bastante cheio de turistas que vêm de Cumuru principalmente para passar o dia. Preços altos e comida mediana predominaram no restaurante, infelizmente. Por outro lado, o Camping da Dona Glória foi ótimo. Banheiros limpos, visual incrível... Apenas nós 4 e mais umas duas famílias ocuparam o grande espaço reservado. O local é lindo. Fica no alto de uma falésia repleta de coqueiros. À noite, conhecemos Dona Glória, uma senhora muito simpática. Nos ofereceu um delicioso bolo de aipim e café. Uma mãezona. Gente finíssima. Cansados, fomos dormir bem cedo. 2º DIA DO TREKKING– BARRA DO CAHY / CAMPING SEGÓVIA NA PRAIA DE CORUMBAU TOTAL PERCORRIDO: 12KM TEMPO GASTO: 5H30MIN, COM PARADAS PARA BANHOS, LANCHES E FOTOS PERNOITE EM CORUMBAU: CAMPING SEGÓVIA [TEL.: 73-9986-2305 OU 73-9102-0333] – R$20,00 pp. Acordei, na Barra do Cahy, por volta das 5h com o canto dos galos e dos pássaros. Saí da barraca e caminhei até a ponta da falésia para assistir a mais um belo nascer do sol. Às 6h, Dona Glória nos preparou um verdadeiro banquete. Tinha de tudo. Como a caminhada seria dura, ela se preocupou bastante com a nossa alimentação. Me senti em casa cuidado pela mamãe. Para este dia, o horário da maré é importantíssimo, pois o Rio Cahy é muito perigoso. A correnteza é forte e pode derrubar facilmente qualquer pessoa que transporta uma mochila pesada. O cálculo é o seguinte: veja o horário da maré mínima para este dia e saia do Camping da Dona Glória com 30min de antecedência, que é o tempo gasto até a foz do Rio Cahy. Se não for observado este detalhe, a travessia pode se tornar um perrengue dos grandes, pois não parece ser um lugar fácil de encontrar alguém com barco para ajudar. Foi aqui que, segundo os historiadores, Cabral e a sua turma fizeram a primeira parada antes de chegar a Porto Seguro, daí o nome “Trekking do Descobrimento”. Já do outro lado do rio, paramos para contemplar a beleza do lugar. Falésias com cores fortes cheias de coqueiros em seus topos, bancos de areias formados pela maré baixa, o mar, o rio e um céu azul com nuvens formavam a visão do paraíso. Minutos depois, montamos as mochilas em nossas costas e continuamos a marcação da vida curta de nossas pisadas na areia de cada praia que passamos. Antes de chegarmos ao nosso destino do dia, mais uma vez o caminho foi desviado para uma falésia. Do alto, já era possível ver a grandiosidade da praia do Corumbau, com a sua ponta de areia em evidência, mesmo que ainda bastante embaçada pela distância. A entrada para a Vila Segóvia, onde fica o Camping Segóvia, é facilmente localizada. Após passar pelo Restaurante da Pousada Corumbau, há uma entrada a 300 metros aproximadamente. Não tem erro. Vale lembrar que o Camping está a mais ou menos 6 km da Ponta do Corumbau, onde deságua o Rio Corumbau. O camping nos cobrou R$20,00 pp, apenas para dormir. O defeito do local era o pouco espaço de grandes sombras. Havia muitos pés de mangaba, que, para a nossa sorte, várias estavam maduras. No mesmo terreno do camping, há também uma pousada, cujos preços cobrados eram assustadores: quarto duplo com ar, R$400,00. E não pensem que estou falando de uma pousada espetacular não. Básica mesmo. No camping, há também um restaurante com preços razoáveis e uma boa comida. Servem também café da manhã completo a partir das 8h, a um custo de R$20,00 pp. A vila dispõe de pousadas, restaurantes, mercadinhos etc. Como optamos por fazer o trekking curtindo com calma as praias, decidimos ficar duas noites em Corumbau. 3º DIA DO TREKKING – PRAIA DE CORUMBAU PERNOITE EM CORUMBAU: CAMPING SEGÓVIA [TEL.: 73-9986-2305 OU 73-9102-0333] – R$20,00 pp. Neste dia, aproveitamos para descansar. Passamos o dia curtindo a praia de Corumbau no restaurante da Pousada Corumbau que, apesar dos preços altos, oferecia um ótimo serviço e uma boa comida. 4º DIA DO TREKKING – PRAIA DE CORUMBAU / CARAÍVA TOTAL PERCORRIDO: 6 KM A PÉ + 12 KM DE BUGGY TEMPO GASTO: 1H30MIN A PÉ + 30MIN DE BUGGY PERNOITE EM CARAÍVA: CAMPING DO CALANGO [NÃO PEGUEI TELEFONE] - R$25,00 pp. Mais um dia de sol forte. Às 5h, o sol já gritava em nossa cara. Acorda!!!!! E não tinha jeito mesmo. O calor dentro das barracas nos expulsava facilmente para iniciarmos o desmonte de todo o aparato. Improvisamos um café rápido e zarpamos às 7h10min do Camping Segóvia. Como a maré mínima se daria às 9h, pegamos um chão ótimo para caminhar: areia batidona. Aos poucos, a famosa Ponta do Corumbau se aproximava, mostrando que é mesmo espetacular. Após 1h30min de caminhada, chegamos ao destino. O fenômeno fica mais evidente na maré baixa das luas cheias e novas, quando, segundo registros extraoficiais encontrados na internet, a ponta de areia pode atingir até 2km de invasão ao mar. Como estávamos no 1º dia da Lua Nova, nos contentamos com a sua beleza parcial que, mesmo assim, nos impactou bastante. Neste horário, a fome era grande. Decidimos tomar o nosso café na Barraca do Loirinho. Estava ótimo e custou R$50,00 para os 4. Havia sucos, pães, queijos, frutas etc. A vila da Ponta do Corumbau está bem movimentada atualmente. Há pousadas, campings, restaurantes e passeios de barco pelo Rio Corumbau e pelo mar com destino ao Recife de Itacolomi. Para atravessar o rio, há vários barqueiros disponíveis para prestar o serviço. Como tínhamos tempo suficiente, decidimos contratar um barqueiro para nos levar às piscinas naturais de Itacolomi, formadas com a maré baixa [R$ 50,00 pp]. O lugar é pouco frequentado, porém a vida marinha não nos pareceu abundante. De qualquer forma, valeu o passeio para ver de perto o encontro do Rio Corumbau com o mar que insistia em não se misturar. Nitidamente vê-se de um lado as águas escuras do rio e, do outro, as esverdeadas do mar, formando um belo cenário. Acrescenta-se, ainda, o privilégio de se ver a Ponta do Corumbau por outro ângulo [do mar para o continente] e o Monte Pascoal bem ao fundo. Na volta do passeio, pedimos ao barqueiro para nos deixar já do outro lado do rio para seguirmos rumo a Caraíva. Antes de atracar o barco para descermos, um problema técnico surgiu. Por alguns instantes ficamos à deriva. A arrebentação era forte no local, o que me assustou um pouco, mas, para a nossa sorte, tudo foi resolvido após alguns minutos. Assim que pisamos na areia da praia, demos de cara com um buggy, que estava vazio. Um dos amigos do grupo disse estar se sentindo mal e sugeriu que não fizéssemos a parte final deste trecho a pé. Eram 12km de areia fofa, sob um sol fortíssimo do meio-dia a serem vencidos até Caraíva. Optamos por contratar o buggy, que nos cobrou R$100,00. De fato, foi uma ótima escolha. A paisagem, apesar de deserta, não era lá essas coisas. Aproveitamos então para passar na Aldeia de Barra Velha dos Índios Pataxós, que se encontra dentro do Parque Nacional do Monte Pascoal, antes de chegarmos a Caraíva. Foi uma decepção. Nada demais mesmo. Não sei o se o bugueiro nos levou ao lugar certo, mas o que vimos foi apenas uma comunidade bem simples. Depois de mais alguns minutos, chegamos finalmente a Caraíva. De cara, achei a vila muito bonita. Cheia de casas coloridas, várias pousadas, restaurantes, lojinhas etc. Porém, como nem tudo são flores, Caraíva me decepcionou bastante por vários motivos. Era 31/12, a noite de Réveillon se aproximava e o fluxo de pessoas que chegavam aumentava a cada minuto. Era algo impressionante. Parecia que a vila ia explodir. O primeiro grande problema foi encontrar um camping com vagas. Depois de rodar bastante, descobrimos o Camping Calango, cujo ponto positivo é a ventilação. Não era tão quente quanto os que vi na parte mais baixa da vila. Mas não foi fácil convencer o dono a ficarmos no local, pois ele deixou claro que não havia estrutura suficiente no camping para suportar tanta gente. De fato, estava muito cheio. A explosão do consumo nestes dias causou falta de luz e água. Imaginem o caos gerado no camping: banheiros sujos, cozinhas imundas, lixeiras entupidas de resíduos etc. O nosso amigo piorou com o passar das horas: febre, diarreia e outros vários sintomas, deixando-nos bastante preocupados. Passamos a atacar o problema com soro, buscopan e floratil. Sorte que no grupo havia um farmacêutico para orientar no tratamento. As horas se passavam e o quadro não melhorava. Síntese: o nosso Réveillon não foi nada legal. A nossa estada no Camping em Caraíva estava programada para ser de 4 noites, mas, devido à má sorte de nosso amigo, decidimos procurar uma pousada para termos um pouco mais de conforto. Foi aí que vimos mais um outro lado ruim de Caraíva nesta época do ano. Não havia vagas nas pousadas. Depois de rodar bastante, consegui encontrar um quarto numa pousada com ventilador apenas. Quanto queriam nos cobrar? Pasmem: R$600,00 para os 4, sendo que 2 dormiriam no chão. Isso mesmo. Os donos das pousadas pareciam que carregavam o rei na barriga. A resposta de que não havia vagas era dada por alguns sem sequer olhar para a minha cara. Chocante! Decidi, então, entrar em contato com a nossa Pousada na Praia do Espelho para ver se havia vaga para o dia seguinte, o que anteciparia a nossa saída de Caraíva. Por sorte, havia sim. Voltando à rotina de Caraíva, almoçamos um dia no famoso Boteco do Pará. Pedimos um peixe assado na telha que custava os olhos da cara. Qualidade da comida: um dos piores peixes que eu já comi na vida. Havia crianças trabalhando nas barracas das praias, servindo bebidas alcoólicas aos turistas, tudo na maior naturalidade. Acreditem nesse absurdo!!! Caraíva na alta temporada é para quem gosta de barulho, festas, filas para almoçar ou jantar e não se importa em pagar preços altos com baixa qualidade nos serviços. Se você não curte nada disso, Caraíva não é a sua praia. 5º DIA DO TREKKING – CARAÍVA TOTAL PERCORRIDO: ZERO PERNOITE EM CARAÍVA: CAMPING DO CALANGO - R$25,00 pp. Por vota das 5h, o sol já incomodava bastante. A posição da minha barraca não ajudou. Como disse antes, o Camping estava entupido de gente. Fomos à padaria, que fica na Praça da Igreja, e tomamos um café da manhã bem básico. O nosso amigo doente até que tentou levar o dia como se tudo estivesse bem, mas não teve jeito. Após o almoço, os sintomas se agravaram. Percebemos que se tratava de uma infecção intestinal e atacamos o caso com antibióticos a partir da noite deste dia. Nesta mesma noite, conversamos e decidimos que se não houvesse melhoras a partir da manhã do dia seguinte, o restante da viagem seria abortado e seguiríamos para Porto Seguro na busca de um Hospital. 6º DIA DO TREKKING – CARAÍVA TOTAL PERCORRIDO: ZERO PERNOITE EM CARAÍVA: CAMPING DO CALANGO - R$25,00 pp Acordamos por volta das 5h e, graças aos Deuses, sentimos que o nosso amigo começou a dar alguns sinais de melhoras. Ninguém mais do grupo teve problemas. Até agora não sabemos o que pode ter causado a infecção, mas, para quem curte estar no meio do mato, estas coisas são mesmo fáceis de acontecer. 7º DIA DO TREKKING – CARAÍVA / PRAIA DO ESPELHO [CURUÍPE] TOTAL PERCORRIDO: 9 KM TEMPO GASTO: 4H30MIN, COM PARADAS PARA BANHOS E MUITAS FOTOS PERNOITE NA PRAIA DO ESPELHO: POUSADA RECANTO DO ESPELHO - R$133,00 pp EM QUARTO DUPLO. No dia anterior, informamo-nos acerca da ida à Praia do Espelho de barco, já que esta seria a melhor forma de o nosso amigo em recuperação chegar até o destino do dia com esforço zero. Tudo ficou acertado para sair de Caraíva às 9h de lancha [R$80,00]. Quem vai de barco, o valor cobrado é R$60,00 pp. Às 9h, em ponto, chegamos ao local combinado e, para a nossa surpresa, o valor exigido para ir de lancha passou a ser R$100,00 pp. Mais uma de Caraíva. As pessoas se rebelaram e o preço voltou aos R$80,00 combinados no dia anterior. Às 9h20min, despedimo-nos do nosso amigo e atravessamos o Rio Caraíva com uma canoa [R$10,00 para os 3]. Após 1h de caminhada, chegamos à bela Praia do Satu, nome dado em homenagem a um antigo morador. Paramos para descansar, beber água, comer algo, tomar um banho e fotografar o lugar. Em seguida, minutos depois, chega-se a uma Lagoa, de água escura, que ajuda a compor a beleza do lugar. Como havia muitas pessoas, decidimos não parar para banho. A caminhada continua e surge um rio com cara de lagoa e de águas esverdeadas. Visual lindo! Aqui, não tivemos dúvidas. Descemos as mochilas das costas e caímos dentro. Banho mil! Ficamos um tempão aqui. O lugar merecia ser curtido. Mais uma vez, a pisada na areia é desviada para uma falésia. Na entrada há uma plaquinha sinalizando o caminho para a Praia do Espelho. Não tem erro. No topo da falésia, não deixe de parar nos mirantes para curtir o visu e fazer belas fotos. Acredito que sobre as falésias deve-se caminhar uns 3km. Assim que o trecho da praia é alcançado novamente, para a nossa felicidade, havia um vendedor de cocos. Era a o que eu precisava naquele momento. A partir dali, já era possível avistar o movimento de barcos que vêm de Caraíva e Porto Seguro para curtir a Praia do Espelho/Curuípe. Na verdade, a Praia do Espelho é a que fica antes do Rio e não é a mais procurada. A de Curuípe sim, já do outro lado do rio, é onde ficam as pousadas e restaurantes e é o local preferido pela massa de turistas que chegam de barco. Chegar até a Praia do Espelho/Curuípe é rápido. Em 2,5 horas num bom ritmo é possível, mas, como este trecho é tão bonito, é proibido fazer tudo correndo [rsrsrs], daí o tempo gasto por nós ter sido de 4h30min. A Praia do Espelho marcou o início da parte light da caminhada e serviu para mostrar a todos nós que o desconforto e alguns perrengues, de vez em quando, devem sim ser vividos para que a capacidade de valorizar o que temos fique sempre presente em nossas mentes. A Pousada Recanto do Espelho é bem bacana. Fica de frente para a praia. Serviço de primeira e um excelente restaurante, porém com preços um pouco altos. A vantagem é que as porções eram bem servidas, e 2 pratos, ditos como individuas, comem 3 pessoas tranquilamente. Como estava em férias e já estava preparado psicologicamente para o momento, meti mesmo o pé na jaca. Curtimos a praia, que de fato é muito bonita, principalmente quando é vista do alto da falésia do Condomínio Outeiro das Brisas. À noite fomos a uma Pizzaria que fica no Outeiro. O lugar é bem bacana, mas os preços totalmente incompatíveis com a qualidade da comida. Para se ter uma ideia, a pizza que pedimos – marguerita – em cada fatia havia um pedaço minúsculo de tomate e uma única folhinha de manjericão. Putz! Dá pra entender? Mas, enfim, alta estação, infelizmente, é isso mesmo. 8º DIA DO TREKKING – PRAIA DO ESPELHO [CURUÍPE] TOTAL PERCORRIDO: 2 KM TEMPO GASTO: NÃO CALCULEI PERNOITE NA PRAIA DO ESPELHO: POUSADA RECANTO DO ESPELHO - R$133,00 pp EM QUARTO DUPLO Tiramos o dia para curtir com calma as praias que ficam à esquerda da Praia de Curuípe e caminhar nas falésias do Condomínio Outeiro das Brisas. O chato é ser interrogado na entrada do condomínio privado que dá acesso aos mirantes. Querem saber onde vão e entram em contato com rádio com um segurança volante para solicitar a autorização. Fiquei na dúvida se o procedimento adotado é arbitrário ou não. Do alto, de fato, se tem a melhor visão da praia. Simplesmente, espetacular! A Praia do Espelho [Curuípe] é o tipo de praia que o seu momento mágico se dá na maré baixa. Fora isso, na minha opinião, é apenas mais uma praia bonita. Então fica a dica: quando for a praia do espelho, se ligue no horário das marés e na fase da lua, pois se for cheia ou nova, o show será mesmo grandioso. 9º DIA DO TREKKING – PRAIA DO ESPELHO [CURUÍPE] TOTAL PERCORRIDO: 4 KM TEMPO GASTO: NÃO CALCULEI PERNOITE NA PRAIA DO ESPELHO: POUSADA RECANTO DO ESPELHO - R$133,00 pp EM QUARTO DUPLO Desta vez, a curtição de praias se deu para o lado direito. Após a travessia do rio, chega-se à Praia do Espelho. Deste lado, por ser mais deserto, tem-se a sensação de estar no paraíso. Foi uma caminhada que se estendeu até o fim da falésia não feita por nós na chegada de Caraíva. Este trecho tinha sido fotografado do alto da falésia quando fazíamos o trecho Caraíva/Praia do Espelho. Cuidado: quem faz o trekking sentido contrário ao nosso, ou seja, de Trancoso sentido Sul, deve ficar atento à placa que indica o desvio para Caraíva. Dá-se logo no início da falésia. Se você não subir a falésia neste lugar, você caminhará uns 1.000 metros a mais e terá de voltar, já que será impossível passar para o outro lado da praia devido à barreira natural da ponta da falésia. De qualquer forma, a vantagem é que você vai conhecer este lado a pé. Conclusão: mesmo errando, vai valer a pena. Tudo vai depender de seu tempo e de sua disposição. 10º DIA DO TREKKING – PRAIA DO ESPELHO [CURUÍPE] / TRANCOSO TOTAL PERCORRIDO: 21 KM TEMPO GASTO: 6H30MIN, COM PARADAS PARA BANHOS, LANCHES E FOTOS PERNOITE EM TRACOSO: POUSADA DO BOSQUE - R$150,00 pp EM QUARTO DUPLO Acordamos por volta das 7h30min e tomamos o café da pousada bem reforçado. Precisávamos, pois o que vinha pela frente não era brincadeira. Os 21km que separam a Praia do Espelho de Trancoso maltratam um pouquinho. Às 9h, iniciamos a nossa caminhada. A maré estava alta, o que traz bastante desconforto para pisar na areia. Além da inclinação, o terreno é fofo. Em menos de 2 horas, após termos passado pelas praias de Setiquara, Outeiros e Jacumã, chegamos ao Rio dos Frades. A travessia a pé era impossível naquele horário. Mesmo já um pouco mais baixa a maré, não dava mesmo. No fundo do rio, há muitas pedras, tornando bastante perigoso se arriscar. Por sorte, no local, há uma casa de pescadores. Cobraram-nos R$5,00 pp para fazer a travessia. E lá fomos nós na canoa guiada por pescadores chapados de cana. Por pouco, a canoa não virou. Ufa!!! O melhor de tudo foi ouvir, ao final, o assistente de pilotagem de canoa falar com o “chefe” o seguinte: tenho direito a mais uma dose agora? kkkkkkkk. Do outro lado do rio, a paisagem se tornou bem interessante. Uma imensidão de uma praia virgem até chegarmos à Ponta de Itaquena, na qual há um condomínio de casas. Lá, paramos para comer algo e dar um mergulho para refrescar o cérebro. Calorão!! Saindo deste ponto e caminhando mais uns 40min, chega-se à Praia de Itapororoca, antes da de Pedra Grande, cujo local é procurado pelos adeptos ao naturismo. O lugar realmente atrai para a prática. Passando a Praia da Pedra Grande, já se vê o grande movimento das praias mais próximas de Trancoso. Acabou de vez o nosso sossego. A partir de agora, só agitação. A saída para o Quadrado de Trancoso é feita por meio de uma passarela de madeira suspensa sobre uma área de mangue, localizada por trás de um bar na Praia dos Nativos, que é a mais lotada. Ao chegarmos no Quadrado, um acidente. Ao tentar tirar uma foto da Igreja, me desequilibrei após enroscar a alça da bolsa da minha câmera no meu pé e caí. E caí feio. Como ainda estava com a mochila cargueira nas costas e ao tentar proteger a câmera de forma automática, não teve jeito. Ao cair, o meu dedão da mão esquerda foi levado ao chão para apoiar a queda. Por sorte, não sofri uma fratura. Após exames já feitos aqui em Salvador, o diagnóstico apontou uma tendinite por trauma. Estou fazendo fisioterapia, mas a recuperação é bem lenta. Haja paciência. Esquecendo o acidente [não foi fácil, pois a dor era grande], nos dirigimos até a Pousada do Bosque para deixarmos as mochilas. Muito boa! Charmosíssima! Literalmente, estávamos mesmo dentro de um bosque. Depois de um banho, fomos almoçar e curtir o Quadrado, que, na verdade, é retangular. Tudo nessa região é caríssimo. São preços voltados para atender aos endinheirados, principalmente às celebridades que, facilmente, são vistas circulando pelas vielas de Trancoso. Por sorte, encontramos dentro do Quadrado um restaurante a peso, no valor de R$50,00 o kg. Baratíssimo!!! Claro que não. Mas, quando comparados com os preços dos restaurantes a la carte, nos quais uma casquinha de siri ou uma cocada de forno beiram os R$40,00, o valor do kg do restaurante é uma pechincha. Descobrimos que no dia seguinte Elba Ramalho e Toni Garrido fariam um Show na Vila. Não acreditamos. Este evento seria a festa do nosso Réveillon que não aconteceu em Caraíva, motivado pela doença do nosso amigo. Como a minha dor no dedo insistia em não ir embora, passei a tomar anti-inflamatório para poder dormir bem. 11º DIA DO TREKKING – TRANCOSO TOTAL PERCORRIDO: 6 KM TEMPO GASTO: NÃO CALCULADO PERNOITE EM TRANCOSO: POUSADA DO BOSQUE - R$150,00 pp EM QUARTO DUPLO A ideia do trekking era chegar até Arraial D`Ajuda. Porém, o show programado para esta noite, que com certeza se estenderia madrugada a dentro, combinado com o meu dedo machucado, fizeram com que abortássemos a rota final a pé. Sendo assim, dedicamos para este dia caminharmos para o sentido norte, até às proximidades da Praia de Taípe, a mais ou menos 3km do Quadrado. Na volta, resolvermos parar em uma barraca na Praia do Rio da Barra. Ficamos apenas alguns segundos. O valor exigido de consumação mínima era R$200,00 por pessoa. Não são R$20,00. São R$200,00 [DUZENTOS REAIS]. Acreditem. Em outras, o valor era menor: R$100,00 pp. Eram áreas administradas por Pousadas bem transadas e caras. Concluímos que os preços absurdos cobrados em Trancoso em lugares com cara de legais estão direcionados a um público com altíssimo poder aquisitivo. Os menores preços são encontrados nas Praias de Coqueiros e Nativos, nas quais, mesmo assim, uma água de coco pode chegar aos R$5,00 facilmente. À noite, fomos ao Show de Elba e Toni Garrido. Foi sensacional! Para a nossa surpresa os preços praticados no local não foram absurdos. 12º DIA: TRANCOSO / ARRAIAL D`AJUDA TOTAL PERCORRIDO: ZERO [FOMOS DE VAN] PERNOITE EM ARRAIAL D`AJUDA NO ARRAIAL D`AJUDA GOLD HOTEL - R$120,00 pp EM QUARTO DUPLO. Acordamos por volta das 9h, com muito sono. A farra na noite anterior foi muito boa. Depois do café nota 10 da pousada, caminhamos até o ponto de ônibus que iria nos levar até Arraial. Não demorou nada e a van apareceu. Até Arraial são mais ou menos 50min, a um custo de R$6,50 pp. A van nos deixou no Centro Histórico de Arraial. De lá, caminhamos até o Arrail D’Ajuda Gold Hotel, que dista uns 800m do Centro, numa rua bem sem graça. A pousada era normal. O valor é que não combina com o que ela oferece. Arraial é legal. Os preços das comidas e dos produtos em geral vendidos já não são tão caros. Diria que normais para uma lugar eminentemente turístico. Decidimos passar a tarde numa praia. A escolha foi a do Parracho. A barraca tem um bom atendimento e a comida estava razoável. O tempo fechou e caiu um pé d`água violento, porém não demorou muito para o tempo abrir. 13º DIA: ARRAIAL D`AJUDA/PORTO SEGURO TOTAL PERCORRIDO: 2KM [ATÉ O CENTRO HISTÓRICO DE PORTO SEGURO] PERNOITE EM ARRAIAL D`AJUDA NO ARRAIAL D`AJUDA GOLD HOTEL - R$120,00 pp EM QUARTO DUPLO Elegemos passar o dia em Porto Seguro. Atravessamos de balsa e iniciamos uma caminhada pela rua mais comercial da cidade até o Centro Histórico. Chegando ao monumento de Pedro Álvares Cabral, em frente há um morro com duas escadarias. Basta subir a que fica do lado direito. O Centro Histórico é bem agradável. Muito verde e uma vista espetacular da região. Depois, fomos curtir o fim do dia na barraca de praia mais famosa de Porto Seguro: Axé Moi. O que é aquilo? Diversão pura, em uma área dominada pelos mineiros. Há 13 anos estive em Porto Seguro, nesta mesma barraca, e tudo continua igual. Destaco que o atendimento na mesa não foi nada bom. Na volta, curtimos um pouco a passarela do álcool. Entupida de turistas. 14º DIA: PORTO SEGURO - SALVADOR Fim da viagem. O táxi do Terminal de Balsas de Porto Seguro até o Aeroporto custou R$25,00. -
Trekking do Descobrimento Cumuruxatiba X Porto Seguro 12 a 19/10/2016 86 km Sai de vitória no dia 10 de outubro as 22: 00 hs no intuito de chegar antes e já ir preparando as coisas para o início da travessia. Fui para Itamarju e peguei um táxi. Chegando em Cumuruxatiba as 09:00 hs. como estava cansado dormi e dei uma volta pela cidade. No outro dia dei um rolé até a Barra do Cahy totalizando 20.4 km. O início do trekking ocorreu como previsto dia 12. Cumuruxatiba: Camping Aldeia da Lua 73 3573-1175 e 73 3573-1168 1°dia: 12/10. Sai as 9 horas em direção a Barra do cahy. Passando do pelas lindas praias da região. O tempo estava meio nublado mas com sol aparecendo com força. As praias da região são de areias duras onde o caminhar na maré baixa é bem divertido. Praias do peixe pequeno, peixe grande. Ponta do Moreira. Imbassuaba e barra do cahy. Cheguei na barra do cahy as 13 hs. Montei acampamento e conheci a Foz do Rio. O qual iria transpor no outro dia. Conheci algumas pessoas locais e foi muito bom. Acampei na dona Glória. O melhor camping . A tarde a chuva caiu com força. Resumo Distância. 10.6 km Tempo 4 horas com banho e fotos. Barra do Cahy: CAMPING DA DONA GLÓRIA [TEL.: 73-9106-2659 2°dia: 13/10 . acordei cedo 05 hs fiz café caputino e parti em direção a ponta do Corumbau. A maré já estava baixa e possibilitaria a minha passagem sem o auxílio de uma canoa. No meio do caminho tinha o Rio Cahy. O qual para transpor tinha que ser na maré baixa. A correnteza estava muito forte, como estava sozinho resolvi não arriscar e fui mais próximo do mar e consegui. Ao chegar na ponta do Corumbau pude perceber a semelhança com o caribe Resumo: Distância 13 km. Tempo 4 a 5 horas de caminhada. Ponta do Corumbau: Fiquei no Camping Ilha do Sossego. 3°dia. 14/10. Sai cedo da ponta do Corumbau, o objetivo era chegar andando em Porto Seguro. .Cheguei no Rio Coirumbau. Como lá não dá para atravessar peguei uma canoa que custou 5 reais. Logo alcancei Barra velha e enfim depois de 4 horas de caminha. Banho. Fotos . Porém peguei muita chuva no caminho . Então cobri a mochila R rumei em direção a Caraiva. Lugar que há tempos ao ia. Porém com muito cuidado. Nomeio do caminho vários bugres ofereciam carona que foi rejeitado, pois meu Objetivo era chegar andando em porto Seguro. Resumo. Distância 13 km. Tempo. 3 a 4 horas de caminhada. Caraiva: Camping Caraiva, na beira do Rio e chuveiro quente. http://www.campingcaraiva.com.br 4°dia 15/10. Acordei cedo. Pois tiraria este dia para descansar em caraiva. Curtir um forró e ainda por cima lua cheia. Nada disso encontrei Paulinho da chapada e sua família X. Muito bacana. Passamos o dia na boca do Rio e mar se banhando e a tarde no camping caraiva onde eu estava acampado rolou um churrasco só de picanha. Uma delícia. 5°dia 16/10. Caraiva. 6°dia 17/10. acordamos e partimos as 08 hs em direção a Espelho /Curuipe. Passamos por praia do Satu, Lagoas Mucaba e ponta Grossa e finalmente Espelho. Praia de aguas claras e tranquila. Chegamos por volta das 12 hs. Eu e a família X. Ficamos na parte baixa é depois fomos para parte alta. Chegamos na pousada Brisa do mar Lugar legal o qual passei a noite acampado. Espelho: http://www.brisadomarespelho.com.br 7°dia18/10. Sai cedo por volta das 07:50 h . Devido a maré baixa Possibilitaria a passagem pela praia durante todo o percurso. Com tinha que transpor o Rio dos frades, tentei passar mas em vão. Pois a correnteza estava muito forte. Então decidi que o barco seria a melhor opção. Fui até o morador e pague para fazer a travessia. 5 reais. Então daí rumei até Trancoso onde cheguei por volta do meio dia. Durante o percurso pude observar a beleza nos arredores do Rio Do Frade. Também as praias setiquara, Itaquena, etc.... Resumo. Distância 19,2 km. Tempo. 5 horas de caminhada Trancoso: http://cubapousadatrancoso.blogspot.com.br/ 8°dia Travessia. 19/10. Trancoso X Porto Seguro. Acordei cedo por volta das 5 hs .Fiquei conversando com a turma. Pois tinha que esperar a maré baixar para poder caminhar tranquilamente. Foi 12 km até Arraial dájuda e 5 km até Porto Seguro. Neste mesmo dia peguei um ônibus da viação águia branca para Vitória. https://www.facebook.com/pedraodobrasil