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  1. Essa travessia envolveu um percurso de quase 170 km. Fui sozinho, entre 11 e 18 de julho de 2017. Começa no povoado "fantasma" de Cemitério do Peixe e termina em outro povoado, Serra dos Alves. Sempre de norte pra sul. Mochila cargueira (70 litros no mínimo) com material de cozinha + suprimentos para 10 dias é importante. Levei aquele aparelhinho, o Spot Satellite Messenger, comprado em 2013 (mais conhecido hoje como Spot Gen3) para o caso de um resgate emergencial (que pra mim seria uma picada de cobra, um osso quebrado ou uma cólica renal - quem já teve pedra nos rins, sabe do que tô falando…). Como eu disse, estava “solo”. Saí de Taubaté-SP de ônibus para BeloHorizonte-MG; de BH peguei outro busão para Conceição do Mato Dentro e de lá, outro pra Congonhas do Norte. Aí tem um problema de logística: não existe transporte oficial para o povoado de Cemitério do Peixe. Carona? Não tem tráfego constante pra lá… carro? Vc sozinho vai sair caro. Moto? Foi o que me sobrou: conversa daqui e dali, consegui a garupa de uma motoca por 50 reais. Detalhe: não vá com a mochila nas costas, peça pra colocar sobre o tanque ou coisa parecida. Serão 33km até Cemitério do Peixe e chegará com a lombar no bagaço (isso se não cair da moto, pois será uma briga constante com o seu centro de gravidade naquela garupa). No povoado do Cemitério do Peixe, comecei a caminhar perto do pôr do sol, pois os horários de ônibus vão te colocar nessa enrascada. Caminhei então apenas 1km para sair da área do Peixe (antes fiz um “turismo” pela vila “fantasma”) e acampei a primeira noite ali por perto mesmo. Nos dias seguintes, sempre comecei a caminhar no máximo às 0800h e parava sempre por volta das 1700h (lembrando que o pôr do sol era perto das 1730h). Depois do camping próximo ao Peixe, acampei mais 3 noites antes de chegar no povoado da Lapinha (a noite Nr 04 foi próxima ao Poço do Soberbo, antigo garimpo de diamantes). E a noite Nr 05 já foi na Lapinha da Serra. Ali abasteci a mochila com suco em pó, biscoito e pão sovado numa das 3 mercearias que lá existem. Detalhe: do Peixe até ali só cruzei com 2 cavalos soltos no cerrado. Ou seja, prepare-se pra ouvir apenas sua respiração/batidas do coração/passadas durante esses dias. Depois da Lapinha, parti na direção do Alto do Palácio, para entrar no PARNA CIPÓ (Parque Nacional da Serra do Cipó), emendando o Trekking com a famosa travessia daquele parque. Saindo da Lapinha é fácil perceber a saída nítida pra sudeste, logo depois da saída para leste na clássica travessia para Tabuleiro. Não é uma trilha muito usada. Depois que vc sobe a serra, lá no planalto, terá uma vista maravilhosa de uma campina bem extensa e verde até onde a vista alcança. E uma casinha vazia na direção SE. Segui direto pra ela. Lá eu encontrei a passagem para outro compartimento do terreno que, através de algumas estradas abandonadas e fechadas, e depois de pular uma porteira trancada com cadeado, me levaram até o asfalto da MG-10 de onde foi fácil encontrar a sede do Parque Nacional, chamada de Alto do Palácio e assim entrar no PARNA CIPÓ. Um detalhe: o planejamento inicial era chegar na estátua do Juquinha na MG-10, via Cachoeira da Capivara (que está fechada ao acesso de turistas). Essa cachoeira fica nas terras da CEDRO TEXTIL que mantém uns “vigilantes” moradores por ali, cuidando da pequena Usina Hidrelétrica que gera energia para a fábrica de tecelagem. Um grupo grande caminhando por ali pode chamar a atenção. Encontrei com um vigilante, o Toninho, “gente boa” que, ao me descobrir “sozinho” naquela aventura, não encheu o saco e até me ensinou o caminho para o asfalto. Mas optei seguir a rota que eu havia planejado em casa e estava no GPS (e que era mais a LESTE da cachoeira). Olhando o Google Earth agora, talvez subindo a cachoeira, eu chegasse mais rápido ao asfalto… acabei que não segui nem via Cachoeira, nem via Juquinha. Fui por umas estradas antigas que por lá existem. Não consegui chegar no asfalto naquele mesmo dia e dormi a noite Nr 06 acampado de novo longe de tudo. No dia seguinte, acabei batendo numa ponte “destruída”, o que me fez explorar as redondezas dela para cruzar o rio que não dava vau. Perdi tempo ali mas conseguir cruzar o rio. Depois, já dentro do Parque, acampei a noite Nr 07 na Casa de Tábuas e a noite Nr 08 na Casa de Curral - locais obrigatórios para pernoite - dentro dessa última casa, o pessoal do ICMBio/Brigadistas de Incêndio, ficam lá por 7 dias pernoitando e patrulhando o parque e revezando com uma outra turma de 5 brigadistas semanalmente. Ou seja, não conte com pernoite dentro da Casa de Curral. Fica cheio de funcionários. O chefe da equipe daquela semana era o Geraldinho, gente boa. A noite Nr 09 (se necessário caso esteja cansado) já pode ser no povoado de Serra dos Alves, que é bem menor que Lapinha ou um pouco antes de chegar no povoado, se não quiser pagar camping/pousada. Lá só existe a pousada Portal da Serra, do Sr. Francisco, que cobra 70 reais a diária pra uma pessoa. Eu apenas almocei ali (25 reais com WIFI), tomei um banho e paguei 60 reais para me levarem, desta vez de carro ) até Ipoema, cidade próxima, onde peguei um busão de volta pra BH (direto em 2 hs) e de lá, outro pra Taubaté-SP Total de km: 169. Total de noites: 8. Média de km diário: 20km Obs.: - Levei um GPS MAP64s da Garmin, com os tracklogs planejados em casa. - Levei um mosaico de 4 cartas topo na escala 1:100.000 (Baldim, Presidente Kubitscheck, Conc Mato Dentro e Itabira), recortei o que interessava e plastifiquei. - Água: 2 litros no CamelBak e 1,5 litros pra cozinhar num Dromedary da MSR. - Clorin em todas as águas que bebi. - Meu BIG THREE (Pack/Shelter/Sleeping) : mochila Deuter Air Contact Pro 70+15 (velha e pesada…3,3kg), Barraca Kelty Salida 2 pessoas (1,8kg fly+corpo) e o saco de dormir da Marmot Plasma -1C pena de ganso (0,650kg). - Temperaturas variaram entre 7 graus de noite e 36 graus durante o dia. - Kit S.O.S com antibiótico + remédio pra cólica renal + diversos: fundamental. Usei antiinflamatórios (gripado). - Não precisa de luva nem facão de mato (pro pessoal que tá acostumado com a Serra da Mantiqueira). - Não paguei nenhum tipo de taxa para passar/entrar/permanecer em lugar algum. Nem no PARNA CIPÓ. - Entrei em contato com o ICMBio para solicitar autorização para entrar no PARNA CIPÓ via e-mail. - Encontrei “seres humanos” apenas na Lapinha (noite Nr05); mais tarde o vigia Toninho da CEDRO (antes da noite Nr 06) e depois, dentro do PARNA CIPÓ nas duas noites apenas com um grupo de universitários fazendo a travessia do Parque, ou seja, é uma caminhada bem isolada e solitária: esteja preparado física e psicologicamente pro caso de dar pane no trajeto.
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