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O dia já vai pela metade quando alcanço a Praia de MARANDUBA e adentro sua areia e apesar de um sol vibrante, não encontro uma só alma devido ao vento que varre o litoral Paulista nesse inverno. Minha jornada descompromissada tem como objetivo chegar até o final desse pedaço do litoral e investigar onde exatamente parte a CLASSICA TRAVESSIA DAS 7 PRAIAS DE UBATUBA. Claro que como um bom trilheiro, amante dos esportes de aventura, eu já havia realizado essa travessia, mas passados 25 anos, nem me lembrava mais onde ela começava e só sabia que era na Praia da LAGOINHA e como estava de bobeira, fui esticar minhas pernas na areia da praia. O vento se foi e o sol resolveu queimar tudo, mas o mar se mostra um pouco revolto e não demora para que uma onda me esprema junto a muralha de proteção de algumas casas. É uma caminhada solitária e prazerosa e apesar de já ter visitado essas praias em alguns pontos, essa é a primeira vez que efetivamente me dou ao desfrute de pisar cada metro dessa areia. Logo termino Maranduba, chego a Praia do SAPÊ e me deparo com o Camping Club do Brasil, bem em frente da Ilha do Pontal, onde parece já estar nos domínios da grande praia da Lagoinha. Passo por uma placa característica que aponta a direção de várias praias famosas do nosso litoral e até de fora do país e finalmente, depois de quase 6 km de pernadas, chego ao final da areia, junto ao estacionamento de algumas embarcações e alguns metros mais, tropeço no próprio Rio da Lagoinha, onde uma garça solitária pesca, nesse meio de tarde. Minha missão era encontrar a trilha para a Travessia das Sete Praias e achar um lugar onde eu pudesse deixar o carro no dia seguinte. Atravesso o Rio da Lagoinha, que não tem mais que 30 cm de profundidade e do outro lado, à direita, já vejo a placa que indica o caminho e então adentro na trilha que, passados 25 anos, mais parece uma pequena estradinha. Ando uns 100 metros e retorno, mas ao invés de voltar a atravessar o rio, continuo subindo ele, junto a uma trilha que vai beirando uma cerca, até que chego numa guarita e peço licença para sair e ganhar o próprio condomínio da Lagoinha e ali consigo descobrir que, apesar de ser um condomínio particular, o acesso é livre, onde poderei estacionar meu carro bem na entrada da trilha e dou por encerrada a minha missão. ( MENTIRA) rsrsrsrsrsrsrsrrs Subo em direção à Rio-Santos, por dentro do condomínio e logo saí na rodovia e pego para a esquerda e me ponha a marchar vagarosamente, uma perna à frente da outra. Eu poderia simplesmente esperar um ônibus e voltar para casa em Maranduba, onde estavam minha filha e o namorado, mas prefiro continuar minha jornada a pé mesmo, mas como ser estúpido ainda não paga imposto, me lembro que logo à frente tem a entrada à direita da rodovia que leva até as RUÍNAS DA LAGOINHA, que, apesar de frequentar esse litoral há muito tempo, nunca havia me animado a desviar da minha rota para ir lá conhecer, então pensei: É HOJE! Localizei as ruínas no mapa do celular, adentrei o bairro e fui ganhando terreno até na direção que achei que deveria seguir e lá chegando, me deparei com uma grande construção, datada do século XIX. Bati umas fotos e quando pensei em retornar, encontrei uma trilha que se enfiava mato à dentro e aí não tem como, imediatamente já fui cooptado, sequestrado pelos meus pensamentos macabros que me impulsionou para dentro dela, só para ver onde ela levaria, ainda mais depois de escutar o marulhar de um rio, onde me pareceu haver alguma cachoeirinha. A trilha foi ganhando altura aos poucos, passei por uma pequena construção , que me pareceu ser da companhia de água e logo cheguei numa barragem de captação. Antes de voltar, olhei no mapa e localizei uma cachoeira perdida com o sugestivo nome de Véu de Noivas. Claro, me lembrei que havia mesmo uma cachoeira naquela região, mas pensei que fosse algo bem turístico, onde o carro chegava. No relógio, a tarde já estava por um fio, mas mesmo assim, continuei subindo a trilha e ao chegar numa bifurcação, peguei para direita e quanto mais eu andava, mais a trilha se fechava. Pensei em voltar, mas o demônio do “ vai só mais um pouco, trouxa” me convenceu a continuar seguindo, até que eu me vi meio sem saber para onde ir, mas continuei em um arremedo de caminho, já usando as técnicas de dobrar galhos para me localizar na volta, porque meu gps simplesmente travou e não poderia contar com ele, caso me perdesse. Claro que eu poderia varar mato às cegas e voltar para a civilização, mas nem lanterna eu tinha e só fiquei mais tranquilo quando reencontrei a trilha principal, que fui subindo, tentando achar alguma bifurcação que pudesse me levar até a cachoeira, mas não encontrando nada, resolvi dar um fim naquela procura e retornei. Na volta, encontro uma bifurcação à esquerda, que havia me passado batido e resolvo conferir. Ela vai descendo sem dó e é preciso se segurar nas árvores para perder altitude, até que avisto o branco da queda d’água e desço em definitivo até o pé da CACHOEIRA VÉU DE NOIVAS DA RUÍNA DA LAGOINHA. Não deixa de ser uma bela cachoeira, mesmo estando com pouca água por estarmos no inverno. Bati uma foto e retornei a passos largos, antes que a escuridão da noite me atingisse e ao retornar à trilha principal, foi que notei que eu havia realmente me perdido na ida, porque a volta é feita numa trilha larga e desimpedida, uma moleza que se eu tivesse pego para o lugar certo, não tinha passado de um caminho turístico, mas também não há placas e mesmo que seja um caminho fácil, há de se tomar cuidado porque sem experiência, é fácil de se perder. O Certo é que rapidinho eu estava de volta ao asfalto, onde a trilha termina, uns 50 metros depois das ruínas. Já no escuro, me pus novamente a caminhar até ganhar a rodovia e me arrastar novamente até onde estávamos hospedados, quase 20 km de andanças, bem mais do que eu pensava caminhar, quando saí de casa naquela tarde de sexta feira, a fim de investigar uma trilha. A CLÁSSICA DAS CLÁSSICAS . No dia seguinte, apanhei uma mochilinha, joguei uns lanches, umas garrafas d’água, meia dúzia de equipamentos de emergência, peguei minha filha e o Murillo e seguimos de carro para o Condomínio da Lagoinha, mas na guarita, que fica bem em frente ao Supermercado Garotão, porque me parece haver 2 guaritas de entrada. Na referida guarita, fizemos o cadastro do carro e entramos sem dar maiores explicações, só dissemos que iríamos fazer a travessia. Assim que cruzamos a portaria, nos mantivemos colado à cerca e vamos andar por uns 500 metros até uma nova guarita, onde estacionamos o carro uns 50 metros à frente. Nessa nova guarita, que fica junto ao Rio da Lagoinha, também entramos sem dar maiores explicações, só perguntamos onde era a trilha, não que eu não soubesse, já que havia estado lá investigando no dia anterior. Menos de 5 minutos de caminhada, a trilha nos leva bem ao final da Praia da Lagoinha, bem na foz de rio de mesmo nome, onde já avistamos a continuação da trilha, agora um caminho bem largo e desimpedido, justamente o início de uma das travessias mais clássicas do nosso litoral. Nesses últimos 25 anos, acampei dezenas de vezes na praia do Cedro, uma das praias selvagem dessa travessia, inclusive, minha filha Julia, cresceu acampando comigo desde bebê, mas sempre partíamos da Praia da Fortaleza, onde deixávamos o carro, porque em apenas 1 hora de caminhada, é possível atingir a referida praia. E eu mesmo, nesses 25 anos, havia feito essa travessia completa apenas uma vez, então não me lembrava de muita coisa. Já o Murilo, namorado da Julia, era um debutante em travessias, essa seria sua primeira. Então, pouco depois das nove, botamos os pés na trilha e iniciamos nossa travessia. Como eu havia dito, no início é uma trilha tão larga que poderíamos confundi-la com uma estradinha, que em algumas partes chega a ser concretada. Não dá nem 20 minutos de caminhada, cruzamos por algumas casas penduradas no barranco e já estamos descendo na minúscula PRAIA DO OESTE, vazia e silenciosa, onde apenas uma velha barraca de praia destoa da paisagem. Há algumas casas na praia, mas todas vazias e sem nenhum vestígio de gente, talvez usadas só no alto verão. No final da praia do Oeste, encontramos a trilha que já vai nos conectar com a próxima praia, onde vamos cruzar por algumas línguas de areia e em poucos minutos somos apresentados a PRAIA DO PERES, igualmente vazia. Sem perder tempo, atravessamos essa prainha, interceptamos a trilha, passamos por uma árvore gigante, onde uma escadaria em círculo leva a uma linda construção que mais parece anteceder a entrada de um castelo. À Frente, passamos por um PIER que nos apresenta uma paisagem incrível, com todas as praias que margeiam a Rio-Santos, desde Maranduba até a Lagoinha e em menos de uma hora de caminhada desde a Lagoinha, descemos até a PRAIA DO BONETE. A praia do Bonete é outra prainha encantadora. Cruzamos um riozinho no meio da praia e acessamos a trilha que sobe o costão e agora iremos cruzar um pontão selvagem por não mais que uns 500 metros de trilha e saltar na GRANDE PRAIA DO BONETE. Uma praia linda que no início é totalmente selvagem, com a floresta lambendo o mar, onde as ondas são um pouco violentas. É uma praia com quase 1 km de extensão e no seu canto esquerdo fica a vilinha de pescadores, onde o mar é mais abrigado. A sequência do caminho também é no final da praia, junto a um riacho, que deve ser cruzado e a trilha encontrada andando-se alguns metros para a esquerda, mas uma placa se encarrega de nos mostrar a direção. Até a próxima praia levaremos cerca de meia hora e no início, a trilha é bem fechada e vai subir ao alto, onde teremos uma vista deslumbrante da ilha do Mar virado e outras ilhotas ao redor. A trilha vai cruzar por mato ralo e começar a descer para valer, se enfiando em canaletas até que nos determos por um instante para admirar as praias que almejamos, bem no mirante improvisado, um cenário de tirar o folego. Despencamos uns 100 metros, nos valendo de uma corda que nos dá sustentação e agora descemos até a PRAIA DESERTA ou do DESERTO. Uma das mais Belas de Ubatuba, selvagem, silenciosa, sem nenhuma casa, com uma vegetação nativa preservada. Que prazer rever essas praias e não foram poucas as vezes que aqui acampei nesses 25 anos. Aqui trouxe quase toda minha família, aqui vi minha filha crescer, acampando comigo em dias memoráveis. Infelizmente, já fazia quase 10 anos que não pisava aqui, depois que acampar ficou meio inviável por causa das proibições . Dez minutos de caminhada e já estamos pisando na famosa PRAIA DO CEDRO, que é separada da praia do Deserto por apenas uma língua de pedra. Essa é outra prainha encantadora, onde um pequeno riacho nos abastece de água. Hoje por estarmos no inverno, a água não está transparente, mas no verão isso vira um paraíso de aguas claras, onde tartarugas e toninhas passeiam constantemente. Escondida quase no final da praia, um pequeno casebre ainda resiste, mas por hora só serve de abrigo para uma pequena vendinha que só deve abrir no verão e hoje está completamente fechada. Gastamos até o Cedro, não mais que 2 horas de caminhada desde a Lagoinha, viemos um pouco rápido porque não paramos para mergulhar no mar devido a temperatura da água. Mas agora resolvemos descansar por uns 15 ou 20 minutos para fazer um lanche e apreciar o visual. Agora nos falta apenas a travessia entre o Cedro e a Fortaleza e essa é sem dúvida a trilha com maior desnível nessa clássica travessia, além de ser a mais longa. Pegando por tanto, o caminho do casebre, passamos do seu lado esquerdo e já interceptamos a trilha que vai ganhando altitude aos poucos, adentrando uma floresta mais selvagem, passando por um lugar um pouco mais exposto, onde uma corda instalada em forma de teia de aranha nos serve de referência. A trilha vai curvando para a esquerda até que, em menos de meia hora chega ao alto, num terreno plano onde encontramos um rancho abandonado, que serviria muito bem para um abrigo de emergência. A subida se foi e agora descemos beirando um córrego pontilhado por bananeiras, até que a trilha envereda para a esquerda até sairmos em campo aberto e sermos presenteados com as largas vistas da Ponta da Fortaleza, onde um amontoado de rochas faz a alegria de quem escala, mas não iremos até lá, vamos cruzar a ponta pela floresta até que a trilha se estabiliza de vez, passa por outro casebre abandonado e desce de vez à PRAIA DA FORTALEZA, oficialmente o fim dessa travessia. No verão, as piscinas da Fortaleza é um espetáculo à parte, onde se forma um aquário natural, mas dessa vez vamos passar batidos e nos apressamos em cruzar essa bela praia, de ondas calmas. A Fortaleza é o final dessa travessia, pouco antes do seu final, poderíamos apenas nos enfiar num beco e ganharmos a estrada asfaltada e ali pegar um ônibus até a Rio-Santos ou simplesmente caminhar por mais uma hora e meia até a rodovia, mas eu queria muito mais. O BÔNUS: Gastamos exatamente 3 horas de caminhada para fazer toda essa TRAVESSIA, com certeza a mais clássica caminhada no litoral Paulista, talvez pela sua facilidade, sem problemas de navegação e pela sua beleza cênica, uma bela trilha para os que estão começando e no verão, pode se estender por um dia inteiro, com paradas demoradas pelas praias para mergulhos memoráveis. Chegando à Praia da Fortaleza, é possível achar algum lugar para ficar e aproveitar as várias praias ao longo da estradinha. Bom, havíamos cumprido com o cronograma inicial, mas ainda estávamos no meio do dia e eu resolvi que poderíamos, ao invés de ficarmos só com essas 7 praias, colocar mais umas 10 praias no bolso, coisa que eu já havia feito em outra oportunidade, mas partindo lá da Rio-Santo, exatamente na Praia Dura e findando aqui mesmo na Fortaleza e agora eu pensava em fazer ao contrário, então intimei a Julia e o Murilo para o desafio, mas sem trilha, apenas caminhando e escalando O COSTÃO ROCHOSO , afinal de contas, eles são jovens e tem energias de sobra e mesmo eu já tendo comido quase 20 km de caminhada no dia anterior, me sentia muito bem fisicamente. Tomamos, portanto, o rumo do final da praia da Fortaleza e subimos o costão, primeiro caminhando, depois fazendo pequenas escaladas em grandes pedras, passando por baixo de outras. A julia me segue de perto e logo atrás vai o Murilo. Até então, achei tudo tranquilo, nenhum dos dois me disse nada, muito porque, minha filha já está mais que acostumada com esses lances de escalada, então apenas deixei as ações fluírem, orientando qual o melhor caminho a tomar, onde seria melhor botar as mãos, qual pé usar, ou seja, orientações comuns. Dá outra vez que aqui passei, o mar estava calmo como um grande lago, mas agora as ondas explodem no costão e é preciso tomar cuidado para não ser apanhado de surpresa. Chegamos à parte alta do costão, me lembrei que havia descido ele da outra vez, mas agora, por causa do mar bravo, teremos que escalar, mas há um porem: teremos que encontrar um intervalo entre uma onda e outra para fazer a passagem. Quando a última onda se vai, me atiro rapidamente e me jogo na parede, agarro uma grande ranhura mais acima e me elevo rapidamente até me ver no alto de uns 3 ou 4 metros, a salvo das bravuras do oceano. Saquei a cordinha da mochila e joguei a ponta dela para o Murilo e pedi para que ele amarrasse na cintura, afim de que eu lhe desse uma maior segurança, muito mais psicológica, porque não vi nenhuma dificuldade na escalada. Assim que ele subiu, o processo se repetiu com a Julia. A invés de continuarmos pelo costão, adentrei na mata e contornei uns 20 metros de pedras e desci escorregando o barranco, me agarrando à vegetação rasteira e auxiliando a descida dos 2 que vieram atrás e mim e juntos ganhamos a descida final e ganhamos a areia da bela PRAIA BRAVA DA FORTALEZA, uma praia quase particular, já que só é possível acessar pelo mar ou por uma trilha que parte da estradinha asfaltada, onde é complicado para estacionar. Eram pouco mais de uma da tarde, o sol reinava absoluto e até fazia muito calor. Paramos na praia para um gole de água, aliás, na praia somente meia dúzia de gatos pingados se organizando para um casamento. Aproveitando a parada, resolvi trocar minha papete por uma sapatilha aquática, não que fosse necessário, mas como seria eu o responsável por escalar primeiros o costão e se fosse necessário, instalar a cordinha para ajudar na ascensão dos meninos, achei que seria melhor para ajudar na aderência . Me dirigi para o final da praia e mesmo antes de subir a rampa que leva ao costão, percebi que a Julia e o Gustavo confabulavam entre si. Voltei para ver o que estava acontecendo e fui logo interpelado: - Pai, tem algum caminho para voltar para a estrada? Recebi aquela pergunta com espanto, já que ela partiu da Julia, acostumada a estar comigo em roubadas memoráveis. - Sim filha, todas essas praias que iremos passar, sempre haverá uma trilha que poderá nos devolver rapidamente à estrada. - Vamos voltar pai, o Murilo tá cansado. Pensei: como assim tá cansado, o menino tem menos da metade da minha idade, cheio de energias, rato de academia, andamos não mais que 4 horas, não é possível que já tenha pregado? A fim de respeitar o limite de cada um, mas um pouco frustrado, ainda tentei persuadir ele a ir só até mais uma praia, só até a praia do Costa, mas recebi um GRANDE NÃO como resposta e sem ter outra alternativa, nos dirigimos até o lado direito da praia, interceptamos a trilha e ao sair de novo no asfalto, conseguimos pegar o ônibus até a Rio- Santos, onde conseguimos outro ônibus que nos levou de volta à Maranduba e assim encerramos nossa travessia. Foi um grande prazer ter refeito essa travessia com minha filha depois de 25 anos e apesar da trilha estar com algumas construções que não haviam na época, ainda continua uma bela caminhada, com praias incríveis e algumas selvagens como sempre foram. Depois a Julia me disse que o Murilo, ao me ver calçando a sapatilha aquática, se espantou, pensando que os próximos trechos de costão, teríamos que fazer escaladas complicadas, mas isso pouco importa, o que valeu mesmo, foi podermos juntos, reviver lugares que sempre fizeram parte das nossas vidas e exatamente no dia dos pais, podermos cruzar o que é considerada por muitos, A MAIS CLÁSSICA TRAVESSIA DO LITORAL PAULISTA. Divanei Goes de Paula
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