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  1. Preparação Mais uma vez começamos um planejamento para uma trip em grupo, e acabamos terminando em dois só, kkkk. Levantamos muita informação, dados, e dicas. Não é segredo algum que minhas viagens geralmente não contam com guia contratado, eu mesmo navego e planejo tudo. De posse das informações, havíamos levado dois meses aprendendo sobre a Serra dos Órgãos, talvez por isso as pessoas desistiram. Tiveram tempo de pensar no que fariam. Encarar uma grande aventura exige mesmo espírito livre. A Grande Jornada Em 19/07/19 saímos de Campo Mourão às 00:00, foram 1.100 km de estrada, cerca de 17h de viagem. Ainda bem que um dos passageiros que me acompanhou (BlaBlaBla Car) se dispôs a dirigir entre São Paulo e o Nova Iguaçú. Foi um dia todo na estrada. Chegamos em Terezópolis já se passavam das 17:50; o primeiro furo da viagem. Eu havia estimado chegar em Tere dia 20/07 antes das 17h e conseguir viajar até Petrópolis no mesmo dia ainda, dormindo próximo da portaria lá. Doce ilusão, já era noite e tive de procurar um camping ainda, mas tudo certo os Óreas (deuses da montanha) sempre fazem certo. Paciência ... tenha paciência. Levantamos acampamento ás 06:00, que é a hora que abre (deveria abrir) o Parque em Tere. Chegamos na portaria para guardar o carro e lá estava um aglomero de gente, logo fiquei sabendo que a recepcionista não tinha chegado. Foram 45min de espera, enquanto isso ia aumentando a fila. Quando a mulher chegou já armou-se um fuzuê danado, o povo queria brigar ao invés de me deixar fazer checkin. Com muito trabalho consegui fazer o meu checkin e deixei o povo lá batendo boca. Com o carro estacionado voltei para a portaria na esperança de um Uber me levar a Petro. Outra trabalheira danada, uns cinco motoristas recusaram a viagem, chegaram a pedir dinheiro por fora pra fazer o carreto, mó sacanagem. Mas o sexto Uber não hesitou e nos levou ao destino. Dia 1, subida, subida, s u b i d a . . . Às 10:15 começamos a trilha, foram 7h de subidas sem fim, mas com um visual de tirar o fôlego, até o desgaste físico passa desapercebido diante da exuberância da mão verde. Quase todo o dia foi por dentro do Vale do Bomfin subindo suas encostas. Quase no fim do dia chegamos a Isabeloca de onde já podemos avistar a Baía de Guanabara e os Castelos do Açú, nossa parada para dormir. No final da tarde, o pôr do Sol visto do Morro do Açú foi apaixonante. Leia mais aqui. Dia 2, sobe e desce, sobe e desce... O segundo dia é o mais intenso de toda a travessia, e provavelmente um dos mais belos dias que você pode passar na vida. Toda a cadeia da montanhas da Pedra do Sino ficam de frente para nós. A navegação também é mais complicada, presenciamos alguns grupos perdidos (geralmente pessoas sem experiencia ou fanfarrões). A cada descida uma subida maior esperava do outro lado, mas tinha-mos a certeza que o visual depois da ascensão e durante a próxima descida seriam ainda mais incríveis. Foram cerca de 8 km, caminhamos por 6 morros (Morro do Açú, Morro do Marco, Morro da Luva, Morro do Dinossauro, Pedra da Baleia e Pedra do Sino), é nesse trecho também que ficam os obstáculos mais difíceis (Elevador, Lajão, Grotão e Cavalinho). Eu particularmente me apaixonei pela pedra conhecida como Garrafão, talvez seja a lembrança que ela me traz que tenha me conquistado. Foi um dia realmente incrível e às 17h novamente chegamos no Abrigo. Ainda tive tempo de tomar um banho frio numa tarde de 4º C. Leia mais aqui Dia 3, uma corridinha para encerrar a travessia.🏃‍♂️ Levantei com o escuro e subi novamente na Pedra do Sino contemplar a sinfonia de Apolo ao empurrar seu Astro sobre as montanhas. Saímos do abrigo às 07:15, a partir daí só descida praticamente uma trilha bem relax, com a oportunidade de avistar Teresópolis de cima, o Morro da Caledônia e os Três Picos no horizonte. De brinde uma vista por entre as montanhas da Granja Comari, onde um dia já treinou uma seleção de dar medo. Chegamos na barragem às 11:00 fizemos a trilha suspensa e conhecemos o encanto (Cachoeira Peri e Ceci) onde nasceu uma obra prima nacional: "O Guarani". Deixei a tralha no carro e tomei a trilha para o mirante do cartão postal, logo na entrada li que tinha 1.200 m, e eu com pressa; ainda tinha 1.110 km de rodovia até a casa. Não deixei me abalar, liguei a Go Pro e saí em disparada, em 15 min estava de frente para a formação que encantou os portugueses. Mais 15 min estava novamente no carro, exausto agora. Reuni tudo, dei uma parada para repor as calorias e às 14:00 rumava novamente para o Paraná, dessa vez tive de dirigir sozinho por 16h. 06:30 do dia 24 de julho eu deligava o carro com aquela sensação de euforia, sinônimo de missão cumprida, só no aguardo da próxima. Leia o relato completo aqui.
  2. Olá pessoal, resolvi criar esse post desde já com intuito de obter muitas informações que possa agregar e me ajudar a começar a me preparar para a primeira travessia de 32 km da Petro - Terê, eu já fiz Pedra do Sino 3 vezes, mas nunca a travessia, estou ansioso, querendo levar o mínimo de peso, mas sabemos sempre que isso é quase impossível, então irei montar a lista dos equipos que provavelmente irei levar já com algumas imagens. Quem quiser deixar dicas eu agradeço. A data da minha travessia será nos dias 06, 07 e 08 de Julho de 2019, alguns amigos que iram comigo farão a travessia em 2 dias (Sábado e Domingo) eu e uma amiga ficaremos até na segunda feira. Ficaremos no Bivaque do Abrigo Açu e no Bivaque do Abrigo 4 (Pedra do Sino) onde já dormi duas vezes no Bivaque e uma no Camping. Ainda preciso comprar uma bota de trilha porque a minha da The North Face esta com o solado gasto, mas acredito que ainda vá dar tempo porque temos alguns meses pela frente, e preciso também de uma calça resistente pra trilha. Vamos a lista de Equipos que já tenho e pretendo levar na mochila e no corpo Mochila Trilhas e Rumos 68 litros. Camisetas de Mangas e sem mangas The North Face, Nike, Adidas, Puma todas respiráveis Jaqueta de Plumas de Ganso MacPac Modelo Equinox Alpine Series Casaco de Fleece The North Face Saco de dormir Western Mountaineering modelo Versalite -12ºC Isolante Térmico EVA Quechua Tripe para máquina fotográfica ou celular e Bastão de Selfie Bastão de Trilha Quechua Lanterna Led de Cabeça Calça Forclaz da Decathlon que vira bermuda Bota Quechua da Decatlhon Ao longo das semanas eu irei postando o que for lembrando e o que a turma recomendar, grato por algum comentário nesse tópico, abraços em todos. No vídeo a seguir esta alguns dos equipamentos pela qual estarei levando para minha travessia.. Jaqueta MACPAC e o saco de dormir WM.
  3. Ola Farei a travessia Petro-tere pela primeira vez no mes de agosto, de preferencia no fds de 16-18, saindo do rio capital Gostaria de saber de mais pessoas que estejam planejando estar por la, podemos combinar carona, resgate e logico, atravessarmos juntos cntt vinicius.goncalvessa@gmail.com
  4. Conhecida como uma das travessias mais bonitas do país, a travessia Petrópolis x Teresópolis é feita dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e conta com aproximadamente 30 quilômetros de trilha, que podem ser feitos em um, dois ou três dias. Antes de mais nada, é preciso comprar os ingressos no site do Parnaso e, se for fazer a trilha em mais de um dia, pagar pela sua estadia, que pode ser em camas beliche ou bivaque dentro do abrigo, ou no camping. Vale lembrar que em feriados, principalmente no inverno, a travessia fica bem cheia e os abrigos esgotam rápido. Nós demos sorte e pegamos uma desistência, conseguindo fazer no feriado de 7 de Setembro. Para quem fica no abrigo, é disponibilizado panelas, utensílios de cozinha, fogão e banheiro com (pasmem!) água quentinha. Já para quem fica no camping, você também vai poder usar o banheiro para tomar banho, além de outro banheiro do lado de fora do abrigo e um ponto de água, onde dá para encher as garrafas e lavar as panelinhas e utensílios que você levar. No total, pagamos R$ 102,00 cada um, incluindo o valor da travessia (R$ 26 da trilha e R$ 26 de adicional de fim de semana), duas noites de camping (R$ 10 cada uma) e dois banhos (R$ 15 cada um). O próprio site do parque oferece informações oficiais sobre a travessia, sempre vale dar uma olhada. DIA 1 – Petrópolis x Castelos do Açu Distância: 8 km Tempo: 7 horas Ganho de altitude: 1.145 metros Saímos do Centro de Petrópolis um pouco antes das 8:00 e chamamos um Uber para adiantar um pouco as coisas. Para quem quiser ir de ônibus, primeiro você vai ter que pegar um para o Terminal de Correias e depois outro para um pouco antes da portaria do parque. Pagamos R$ 36,00 até lá. Chegamos na portaria, assinamos o termo de responsabilidade, enchemos as garrafas de água e começamos a subir às 9:20. O primeiro ponto depois da portaria é o Poço do Presidente e a Cachoeira Véu da Noiva. Como saímos um pouco tarde da portaria, fomos só até o primeiro ponto, enchemos as garrafas, comemos uma barrinha de cereal e seguimos. A subida até aqui ainda não é tão íngreme, mas depois do poço comecei a sentir as pernas avisarem que a declividade tinha aumentado (e eu achando que estava bem preparada). Chegamos na Pedra do Queijo às 11:30 e paramos para beber água, comer e subir na pedra para ver o visual. Pedra do Queijo Pedra do Queijo Visual de cima da Pedra do Queijo De lá, partimos para o Ajax, onde chegamos às 13:15. Essa, para mim, foi a subida mais puxada, até mais que a Isabeloca que vem depois e dizem ser a parte mais difícil do primeiro dia. Acho que o bastão de caminhada fez a diferença, já que subi essa parte sem ele, mas usei na Isabeloca. O Ajax é o próximo ponto de água depois do poço e o último antes do abrigo, além de ser também onde o pessoal costuma parar um pouco mais para almoçar (ou comer alguma coisa com mais sustância). Atenção para os períodos de seca, já que é comum o Ajax secar. Nós pegamos o ponto com pouca água, mas ainda deu para encher as garrafas. Até esse ponto, já havíamos caminhado por volta de 5 quilômetros, com mais 3 pela frente até o abrigo dos Castelos do Açu. Parada no Ajax De cara para aquele paredão que era a Isabeloca, saímos do Ajax às 13:55 e começamos a última subida do dia. Conseguíamos ver as pessoas lá em cima, com suas mochilas coloridas, já quase chegando ao topo. Depois de muito anda e para, chegamos lá em cima às 15:15 e paramos na próxima plaquinha para tirar um pouco as cargueiras, beber água, comer e tirar umas fotos. De lá, conseguíamos ver uma formação rochosa bem ao longe que parecia ser os Castelos do Açu, e que ainda estava distante para caramba. Subindo a Isabeloca Topo da Isabeloca Colocamos as cargueiras de volta e voltamos a seguir a trilha quando, de repente, os Castelos do Açu (agora de verdade) surgiram à nossa frente, imponentes e tão mais perto do que a gente imaginava. Ali a emoção bate de leve e você começa a fazer o balanço do que foi o primeiro dia. E se a emoção dali não bastasse, andando mais um pouquinho surgem o abrigo e a Serra dos Órgãos, que se faz ver pela primeira vez, com o Dedo de Deus em riste. Chegamos ao abrigo às 16:30, depois de aproximadamente 7 horas de caminhada. Depois de dar nossos nomes, o cara do abrigo informou que o camping poderia estar lotado e, se esse fosse o caso, poderíamos armar a barraca no próprio castelo (o que eu acho que já foi permitido um dia, mas hoje é proibido em dias normais). Subindo de volta para os castelos, encontramos um ponto perfeito, logo abaixo de outro casal que havia armado a barraca um pouco acima. Chegando nos Castelos do Açu Abrigo do Açu e a pontinha do Dedo de Deus Pôr do sol dos Castelos do Açu Barraca armada, seguimos de volta para o abrigo para um banho mais que merecido. Os banhos são de 5 minutos contados no relógio pelo responsável do abrigo, que fica do lado de fora do banheiro controlando o pessoal e batendo na porta quando o tempo acaba. Com um pouco de desorganização, conseguimos tomar banho (que no fim deu um tilt na água quente e o pobre do Marcello terminou na água congelante) e voltamos para a barraca para fazer o jantar, que seria um arroz Tio João com calabresa para ele e com tofu para mim. Alimentados, fomos aproveitar um pouco da vista dos castelos, de onde dá para ver toda a cidade do Rio de Janeiro e suas luzes cintilantes, e depois fomos dormir. DIA 2 – Castelos do Açu x Sino Distância: 7,5 km Tempo: 8 horas Tendo acordado um pouco de noite, uma das vezes com frio, acordei de vez por volta das 5:30 e comecei a ouvir as vozes murmuradas do pessoal que acordou para ver o sol nascer. Juntei todas as forças que eu tinha para encarar aquela friaca e saí da barraca. Mas caraca, como valeu a pena. O céu laranja começava a iluminar a Serra dos Órgãos à esquerda e a Baía de Guanabara à direita. Subi na pedra com a câmera preparada e os primeiros raios de sol começaram a sair de trás das nuvens. Acho que foi o momento mais mágico de toda a travessia (com direito à musiquinha do Rei Leão, cantada pelo casal da outra barraca). Os primeiros raios de sol iluminam a Serra dos Órgãos Nascer do sol dos Castelos do Açu A Serra dos Órgãos e a nossa barraca Abrigo visto de cima dos Castelos Com o sol já mais alto, tomamos café, desmontamos a barraca e seguimos para o abrigo, onde terminamos de nos preparar para o segundo dia. Saímos de lá às 9:00 (bem tarde!) e logo de cara vimos a primeira descida e subida do dia, que seria o Morro do Marco. Com pedras que formam uma escadinha, às vezes com degraus altos que vão precisar da ajuda das mãos, chegamos ao primeiro ponto às 9:30 depois de um quilômetro, onde só tiramos algumas fotos e seguimos em frente. De lá, já conseguíamos ver o próximo vale, bem mais profundo que o anterior, onde encontraríamos o primeiro ponto de água do dia. Saindo do Abrigo do Açu Visão do Morro do Marco com os totens que guiam o caminho Chegamos no ponto de água às 10:10, onde encontramos um grupo sentado descansando e comendo alguma coisa. Enchemos nossas garrafas, comemos umas castanhas e seguimos com a subida em mata fechada e bem íngreme, com raízes servindo de degraus. Nossa próxima parada era o Morro da Luva, onde chegamos às 11:25. Lá, avistamos o Garrafão pela primeira vez, que serviria de guia pelo resto do dia, virando sua cara carrancuda aos poucos até se revelar completamente na Pedra da Baleia. Mas calma que ainda faltava muito para isso (e bote muito nisso). No Morro da Luva, tiramos as cargueiras um pouco para aliviar o peso, bebemos água e tiramos fotos. Depois, seguimos atrás de um grupo com guia que disse que aquele ponto era muito fácil de se perder, já que a rocha abre muitos caminhos e não é tão bem sinalizado quanto o primeiro dia. Subindo o Morro da Luva Topo do Morro da Luva com os Castelos do Açu ao fundo Garrafão e o Dedo de Deus começando a ficar encoberto Depois de descer mais um vale, chegamos ao próximo ponto de água logo antes do Elevador, que estava seco. Descansamos um pouquinho e chegamos ao temido Elevador às 12:30. Com 67 degraus, ele é bem mais longo do que eu imaginava, e também mais cansativo. Subi usando a mochila de lastro, que nem o Corcunda de Notre Dame, para ver se ela me jogava para frente e não para trás. Contei três vergalhões faltando, mas a rocha dá um bom apoio nessas horas, e a tração da bota é essencial. Com 3,5 quilômetros caminhados (e escalaminhados) desde o Açu, chegamos ao topo do Elevador, onde tínhamos mais 4 quilômetros pela frente. Totens e Elevador visto de longe Elevador Depois do Elevador, a coisa começou a esquentar e nem tirei mais a câmera da mochila, tirando fotos só com o celular. Logo após o topo do Elevador, surge uma rocha com uma subida bastante íngreme, onde é preciso usar as mãos e confiar na bota, acompanhada como sempre de outra descida, também bem íngreme e onde me pareceu melhor descer meio de lado (as bolhas que eu ganhei depois não concordam muito com a minha teoria). Subindo mais um pouco, chegamos ao Morro do Dinossauro, onde paramos para beber água e descansar. O rosto carrancudo do Garrafão já nos observava, assim como a cabeça do elefante (indiano, e não africano, como disse um outro trilheiro também descansando por ali). Morro do Dinossauro Cara mal humorada do Garrafão De lá, tocamos para o Vale das Antas, onde chegamos às 14:30. Último ponto de água do dia, aproveitamos para comer e encher as garrafas. Um dos guias que encontramos lá ressaltou que essa água não é muito legal, já que muitas pessoas usam os arredores da nascente como banheiro, então não se esqueça de levar Clorin e talvez evitar esse ponto de água se sua garrafa ainda estiver cheia. Depois de dois belos pães com atum e castanhas, começamos a subida do Vale das Bromélias até a Pedra da Baleia, chegando lá às 15:10. O topo da Pedra da Baleia fica a 6 quilômetros do Açu, faltando ainda 1,5 quilômetro até o abrigo do Sino. Pedra da Baleia Quando começamos a descida em direção ao Mergulho, vimos no paredão do outro lado várias mochilas coloridas subindo a escadaria de pedra que daria no Cavalinho. Logo depois, vimos o Cavalinho. Uma rocha triangular um pouco mais clara que as demais que chegava a brilhar com o sol da tarde que começava a se pôr. Naquela hora, bateu um frio na barriga. Mas ali não tem o que fazer se não seguir em frente, e foi o que fizemos. Pessoal subindo em direção ao Cavalinho No Mergulho, tivemos a sorte de encontrar um grupo com guia que estava usando cordas para descer, que ele caridosamente nos deixou usar. Já vi vários vídeos de pessoas que fazem esse pedaço sem corda, mas com certeza seria mais difícil, sem contar que provavelmente nós teríamos que tirar a cargueira das costas. Logo antes da próxima subida, uma setinha de ferro fincada no chão (como muitas outras antes) indicava o caminho e fiz ali meu check point, no estilo Super Mario. Se caísse do Cavalinho, pelo menos eu não ia precisar voltar tudo! 😂 Chegamos no Cavalinho às 16:05 com uma pequena fila de pessoas para subir. O espírito de camaradagem que rola lá em cima foi o que nos fez conseguir subir aquele negócio. O grupo da frente nos ajudou a içar as mochilas e um dos caras ajudou a puxar o Marcello depois dele ter montado no Cavalinho, que então me ajudou a subir. Mas o Cavalinho era brincadeira de criança perto da próxima rocha, apelidada carinhosamente de “coice”. Nela, de novo ajudaram o Marcello a subir com a cargueira nas costas, oferecendo a mão de cima dela, mas quando chegou na minha vez, tive que tirar a cargueira e a menina atrás de mim ainda teve que empurrar meu pé para que minhas pernas dessem altura para subir (malditas pernas curtas!). Cavalinho Passado o desafio, ainda foi preciso subir uma escada de ferro e caminhar mais um pouquinho até a bifurcação do abrigo e da Pedra do Sino. Chegamos lá às 16:40 e no abrigo às 17:10. Alguns grupos seguiram direto para a Pedra do Sino para ver o pôr do sol, mas nós optamos por descer para pegar um bom lugar no camping e deixar para ver o nascer do sol do cume. Bifurcação Pedra do Sino, Abrigo 4 e Travessia Montamos nossa barraca e fomos logo para a fila do banho, muito mais organizada que no dia anterior. E que banho! A água quente não desligou dessa vez e conseguimos tomar banho em até menos que os 10 minutos totais que nós dois tínhamos. Banhados, fizemos nosso sopão de macarrão e capotamos. DIA 3 – Sino x Teresópolis Distância: 11 km até a barragem, 14 km até a portaria Tempo: 4 horas até a barragem Acordei por volta das 4:30 com o burburinho do pessoal se movimentando para ir ver o nascer do sol na Pedra do Sino. Ponderei todas as minhas escolhas de vida até aquele momento e decidi que continuaria deitada ali, no quentinho, e que veria o nascer do sol da Pedra da Baleia que tem atrás do abrigo (que não é a mesma Baleia do dia anterior). Abri a barraca por volta das 5:40 e segui a trilha que sai de trás do abrigo. Consegui pegar os primeiros raios de sol da Pedra da Baleia, de onde se vê o pessoal no topo da Pedra do Sino. Nascer do sol da Pedra da Baleia, atrás do Abrigo 4 Pessoal vendo o nascer do sol da Pedra do Sino De lá, voltei para a barraca, sacudi o Marcello, tomamos café e seguimos para a Pedra do Sino enquanto muitos grupos já começavam sua descida. Saímos do abrigo às 8:40 e chegamos no topo da Pedra do Sino às 9:10. A subida não é muito íngreme e a rocha é bem sinalizada, com totens de pedra que indicam o caminho. E o que se pode dizer da diferença que é andar sem a cargueira? Ali eu consegui entender como um ser humano faz essa travessia em um dia só. Pedra do Sino com os Castelos do Açu ao fundo Visão da Pedra do Sino com Teresópolis ao fundo A Pedra do Sino é o ponto culminante da Serra dos Órgãos, com 2.263 metros de altitude e de onde se pode ver os três picos de Friburgo, a ponta do Garrafão, os Castelos do Açu e a Baía de Guanabara. Depois de muitas fotos, descemos para o abrigo, onde desmontamos a barraca e seguimos para Teresópolis. Começando a descida para Teresópolis O terceiro dia é praticamente só descida, quase toda ela em zigue zague e com a trilha muito bem marcada. Tendo saído do abrigo às 10:45, chegamos às ruínas do Abrigo 3 e ao Mirante de Teresópolis às 11:50 e na Cachoeira Véu da Noiva, já na parte baixa do parque, às 13:45. Lá, era como se a gente já tivesse chegado, mesmo faltando ainda 2 quilômetros até a Barragem e mais 3 até a portaria do Parque. Mirante de Teresópolis ao lado do antigo Abrigo 3 Quando vimos a porteira que dá para a Barragem, bateu a emoção de novo. Concluímos nossa primeira travessia. Quase 30 quilômetros de muita subida, descida, rochas e pirambeiras. O casal que desceu com a gente do Véu da Noiva até ofereceu carona, mas agradecemos e dissemos que queríamos fazer portaria a portaria. Orgulho besta. 😄 Chegamos! DICAS Se você pretende fazer a travessia durante um feriado, compre os ingressos com bastante antecedência. Os abrigos lotam rápido e não ter que carregar a barraca com certeza ajuda bastante. Uma boa bota (já amaciada!) ou tênis de trekking são essenciais, já que em muitos momentos você vai depender da tração dela para subir ou descer as rochas com segurança. Não aconselho fazer com tênis de academia ou de corrida, já que eles tendem a escorregar. Lembre-se que você vai ter que carregar sua mochila durante três dias, e que o peso dela vai se multiplicar com as subidas e o seu cansaço. Leve apenas o essencial. Com isso em mente, não subestime o frio. No inverno, as temperaturas podem ser negativas lá em cima e ninguém merece dormir com frio. Leve isolante, um bom saco de dormir, e roupas térmicas (tipo ceroula) se for acampar. Há diversos pontos de água no caminho, mas alguns deles podem secar no inverno. Nós levamos duas garrafas de Gatorade (totalizando um litro) e mais uma de 750 ml e foi suficiente, mas pegamos apenas o ponto do Elevador seco. O Ajax também pode secar, então leve isso em consideração. Mesmo com previsão do tempo boa, leve capa de chuva. O clima na serra pode ser imprevisível e bem diferente da situação na portaria. Leve um GPS ou celular com aplicativo de trilhas já instalado e o mapa e tracklog já baixados. Nós usamos o Wikiloc e seguimos esta trilha. Sobre a sinalização, ela é muito boa no primeiro e terceiro dia, e razoável no segundo, com pontos onde é possível se perder, principalmente se o tempo estiver fechado e com serração. Os totens de pedra ajudam bastante, já que são visíveis de longe, e há também setas pregadas na rocha e pegadas pintadas no chão. Mas mesmo assim, não deixe de levar algum tipo de GPS, já que no segundo dia há trechos em que essa sinalização fica devendo. Lembre-se que todo o lixo deve voltar com você e não pode ser deixado nos abrigos (e muito menos durante a trilha!), inclusive restos de comida. Então, não esqueça de levar saquinhos para o lixo. Já sobre as cordas, nós não levamos nenhuma, mas tivemos a sorte de sempre estar perto de grupos com guia que levaram e usamos as deles. Eu não diria que são totalmente indispensáveis, já o Marcello acha que seria quase impossível fazer sem elas, principalmente na hora de descer o Mergulho e içar as mochilas no Cavalinho. EQUIPAMENTO Mochilas: Quechua de 40l e Trilhas e Rumos de 48l Barraca: Quechua Arpenaz 2XL Sacos de dormir: Trilhas e Rumos Super Pluma (conforto +6°C e extremo 0°C) Isolante: Conquista 9mm Travesseiro: Quechua Air Basic Fogareiro: Guepardo Mini Fogareiro Compact Panelinha e utensílios: Quechua Cartucho de gás: Nautika 230g (de acordo com o que pesquisamos, dura por volta de 120 minutos) Lanterna de cabeça: Forclaz ONNIGHT 50 (30 lúmens) Bastão de trilha: Quechua Arpenaz 200 ALIMENTAÇÃO Para a principal refeição, que seria o jantar, levamos um arroz Tio João da linha Cozinha Fácil, Sopão Maggi de macarrão com legumes, uma calabresa e uma lata de atum (para o Marcello) e tofu defumado (para mim). Para o café da manhã, levamos pão integral, Polenguinho, Toddynho e o tofu. Durante o dia, comemos amendoim, castanhas, avelã, Club Social, torradinhas Equilibri, barras de cereal, salaminho, chocolate e pão com Polenguinho e atum. Levei também um pacote de cookies Jasmine que voltou fechado. DESVIOS Há diversas outras trilhas para se fazer dentro do Parque, mas eu diria que o principal desvio dentro da travessia é para os Portais do Hércules. Nós chegamos a ponderar se faríamos ou não, mas os relatos variavam de 40 minutos a 1h30 de trilha para ir e depois o mesmo para voltar, tempo esse que nós não tínhamos. Sem contar que disseram que é uma trilha de difícil navegação, muito fácil de se perder. Mas se você realmente quiser encarar, o que o pessoal normalmente faz é sair muito, muito cedo do abrigo (às vezes antes do nascer do sol) e esconder as cargueiras na mata perto da bifurcação para fazer a trilha sem elas. Só não vale esquecer onde escondeu a mochila. Ouvimos a história de um cara que não conseguia encontrar sua cargueira de jeito nenhum e, depois de uma hora procurando achando que havia sido roubado, desistiu e seguiu a trilha. Ele só conseguiu reavê-la esse ano, dois anos depois de ter feito a travessia, quando alguém fazendo a trilha a encontrou junto com sua carteira e documentos.
  5. Cinco motivos para você fazer a incrível travessia de Petrópolis Teresópolis 1) O pôr do sol do Castelos do Açu é incrível; 2) A vista para Serra dos Órgãos é incrível; 3) O nascer do sol da Pedra do Sino é incrível; 4) A realização ao completar essa travessia difícil é incrível; 5) A história que você contará para o seus netos sobre ela, será incrível (esta foto ainda não temos). Quer ver TODAS as fotos desta travessia para se inspirar? Clique AQUI Quanto tempo leva? A travessia da maneira tradicional é feita em 3 dias, sendo: DIA 1: da portaria do Bonfim até os Castelos do Açu. Duração: 7 a 8 horas; DIA 2: dos Castelos do Açu até o Abrigo 4 (próximo à Pedra do Sino). Duração: 7 a 8 horas; DIA 3: do Abrigo 4 até a portaria em Teresópolis. Duração: 4 a 5 horas. Qual a melhor época? Época com menor ocorrência de chuvas, maio a setembro. As chuvas podem tornar a travessia bem perigosa. Preciso contratar um guia? Se você está na dúvida, a resposta com certeza é sim! Se você está pensando em ir sem, saiba que a trilha exige experiência em navegação, muito preparo físico e técnicas com corda. Nós fomos sem guia, mas aconselhamos você a não fazer o mesmo. ☺ Nossas indicações: Janio de Oliveira - (24) 98812-5782 - janiooliver@hotmail.com; Daniel Miller (Sherpa Adventure) - (21) 97222-7745 www.sherpaadventure.com.br Lista dos condutores cadastrados no PARNASO (Parque Nacional da Serra dos Órgãos); Quanto custa? Custos do Parque: consulte o site do Parque, pois os preços costumam variar de acordo com a data. Guia: os custos podem variar entre R$ 200,00 e R$ 400,00 por pessoa, variando de acordo com o guia e a quantidade de pessoas. Atente-se para a quantidade de pessoas por guia, não é indicado mais do que 10 por guia. Alimentação: é preciso levar toda a comida para os 3 dias. São 3 cafés da manhã, 3 almoços, 2 jantares e lanche de trilha para 3 dias, tudo ao gosto do freguês. Transporte: Ida (Petrópolis): - A partir da sua cidade até Petrópolis - RJ. Em nosso caso, saímos de SP (rodoviária do Tietê) de ônibus e custou R$ 125,00 por pessoa; - Rodoviária até a sede em Bonfim (Petrópolis): ônibus para o terminal Corrêas + ônibus até a Escola Rural do Bonfim (número 616 - Pinheiral), R$ 4,00 Volta (Teresópolis): - Nós voltamos para Petrópolis, para aproveitar o restante do feriado. Ônibus coletivo até a rodoviária R$ 4,00 e ônibus da Viação Teresópolis saiu da rodoviária e custou R$ 20,37. - De Petrópolis - RJ para SP (rodoviária Tietê), R$ 125,00. Nossos gastos (por pessoa): • Entrada do parque + taxa + camping no Açu + Camping no Abrigo 4 + 1 Banho Quente + Taxa de Conveniência = R$ 80,96 • Alimentação = R$ 80,00 • Transporte = R$ 278,37 ► Total = R$ 439,33 O que levar? Aqui, você pode encontrar a nossa checklist. Caso você contrate algum guia, confirme quais itens você não precisa levar. ! Leve os comprovantes dos pagamentos e reservas do Parque impressos. Quanta água é preciso carregar? Durante a trilha existem vários pontos de água, com um reservatório de 2 a 3 litros por pessoa foi o suficiente. Para todos os pontos de água precisamos purificá-la (Clorin, Água Sanitária, Hidrosteril, etc). Quer ver mais fotos desta travessia para se inspirar? Clique AQUI Vem acompanhar a gente no Facebook, Instagram ou nosso blog
  6. Travessia Petrópolis - Teresópolis A travessia Petrópolis-Teresópolis é um clássico nacional de caminhada e montanhismo, sendo por muitos considerada a travessia mais bonita do Brasil. Com cerca de 30 km de extensão, a travessia da Serra dos Órgãos exige preparo físico e equipamento adequado. É necessária a presença de guia experiente, principalmente no trecho entre os Castelos do Açú e a Pedra do Sino. ROTEIRO DA TRAVESSIA O roteiro recomendado tem início na Portaria do parque em Petrópolis, localizada no bairro do Bonfim, e duração de 3 dias. O sentido Petrópolis-Teresópolis se justifica tanto pela menor dificuldade na passagem de determinados trechos críticos, quanto pela beleza da paisagem, podendo-se admirar de frente a majestosa cadeia de montanhas da Serra dos Órgãos. • Primeiro dia: Bonfim-Castelos do Açú • Duração estimada: 6 horas • Distancia: 8,5 km A caminhada até o Açú é considerada pesada devido à grande variação altitudinal. Parte-se da portaria do parque (cerca de 1.100m de altitude), chegando-se a 2.245m na Pedra do Açú. A caminhada é relativamente curta (pouco mais de 7 Km de extensão) mas demora cerca de 6 horas para o montanhista médio. A travessia começa na Sede Petrópolis do PARNASO, no bairro do Bonfim. Após cerca de 40 minutos na trilha chega-se à entrada para a Gruta do Presidente e a Cachoeira Véu da Noiva. Mais 50 minutos de caminhada e chega-se à Pedra do Queijo, um bom local para descanso com vista panorâmica para o Vale do Bonfim e os picos da Alcobaça, do Alicate e outras montanhas de Petrópolis. Após mais 40 minutos de subida chega-se ao Ajax, local com fonte de água. O acampamento é proibido no local. Após a passagem pelo Ajax inicia-se o trecho de subida mais íngreme de Petrópolis. Conhecido como Isabeloca, em homenagem a uma suposta passagem pelo local da princesa Isabel em lombo de mulas, este trecho encontra-se bastante erodido. A situação é agravada pelos diversos atalhos que a equipe do parque e voluntários vêm tentando fechar para evitar o agravamento da situação. Ao fim da Isabeloca chega-se ao Chapadão, trecho mais plano de onde já se avista a Pedra do Açu, também conhecida como pico do Cruzeiro, ponto mais alto de Petrópolis, e os Castelos do Açu, interessante formação rochosa cheia de reentrâncias onde é possível se abrigar da chuva e do vento. Próximo aos Castelos do Açu existe um dos dois Abrigos de Montanha ao longo da Travessia (o outro sendo na Pedra do Sino) e a área de camping adjacente. Este é o local do primeiro pernoite. Em noites abertas é possível observar as luzes da cidade do Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense. • Segundo dia: Castelos do Acú-Pedra do Sino • Duração aproximada: 7 horas • Distancia 11 km Após o espetáculo do nascer do sol atrás da Serra dos Órgãos, inicia-se o segundo dia de caminhada. Neste trecho é indispensável a presença de guia experiente. É frequente a ocorrência de montanhistas perdidos, principalmente em dias com muita neblina. A caminhada é quase toda nos campos de altitude, formação vegetal de pequeno porte que, no Estado do Rio de Janeiro, só ocorre na Serra dos Órgãos, em Itatiaia e no Parque Estadual do Desengano. Seguindo na direção leste chega-se ao Morro do Marco após cerca de 30 minutos. O local é facilmente identificado pela pirâmide de pequenas pedras que dá nome ao morro. No Morro do marco é possível pegar uma variante da trilha e conhecer os Portais de Hércules, uma espécie de mirante na beira das vertentes mais inclinadas da Serra dos Órgãos, com bela visão do vale da Morte. Descendo o Morro do Marco, em cerca de 30 minutos chega-se ao Vale da Luva, local coberto pela interessante mata nebular, com grande abundância de plantas epífitas, entre as quais destacam-se orquídeas endêmicas da Serra dos Órgãos. O Vale é cortado por um pequeno riacho onde é possível se refrescar e encher os cantis. O local é uma alternativa de acampamento para aqueles que pretendam fazer a travessia com apenas um pernoite ou para roteiros mais longos do que três dias. Em seguida inicia-se a subida do Morro da Luva. O cume é atingido em cerca de 30 minutos. Após a descida em superfície rochosa, onde a trilha não é bem marcada e o risco de se perder em dias de neblina é alto, chega-se à Cachoeirinha (mais 30 minutos), local com água abundante e ponto recomendado para descanso. A subida do Elevador, logo após a Cachoeirinha, é uma escada de ferro que exige equilíbrio para passar com mochilas cargueiras (foto ao lado). Na seqüência chega-se, após cerca de 40 minutos, ao Morro do Dinossauro, um dos pontos mais altos do parque, de onde já é possível avistar a Pedra do Sino, o Vale das Antas e a Pedra do Garrafão. A descida até o Vale das Antas leva cerca de 40 minutos. No vale estão outras nascentes do Rio Soberbo e o local tem água o ano inteiro. O camping é proibido no local em função da fragilidade do ambiente e das nascentes do rio Soberbo. Após mais uma subida íngreme chega-se ao Dorso da Baleia, em frente à vertente da Pedra do Sino. Do local é possível avistar a maior parede de escalada (bigwall) do Brasil, onde estão as vias Franco-Brasileira e Terra de Gigantes. Após a descida de uma grota, inicia-se a subida do paredão que leva à Pedra do Sino. A subida é íngreme e a passagem conhecida como Cavalinho é o ponto mais perigoso da travessia (foto abaixo), sendo obrigatório o uso de cordas. Após o Cavalinho, o montanhista segue por uma estreita trilha que contorna a Pedra do Sino até encontrar a trilha de subida para o cume, ponto culminante da Serra dos Órgãos (2.263m). Dependendo da hora de chegada neste ponto, pode-se optar pela subida ao cume ou descida para montar o acampamento ou se instalar no abrigo da Pedra do Sino (Abrigo 4). É proibido acampar no cume da Pedra do Sino. A subida até a Pedra do Sino à noite é altamente recomendável, principalmente em noites de tempo bom. A vista da cidade do Rio de Janeiro à noite é impressionante e vale o passeio. • Terceiro dia: Pedra do Sino-Teresópolis • Duração estimada: 4 horas • Distancia: 13 km. O percurso do terceiro dia inclui apenas a descida da Pedra do Sino até a Sede Teresópolis do PARNASO. São 11 Km de descida relativamente suave com belas vistas do município de Teresópolis e do Parque Estadual dos Três Picos. Recomenda-se uma nova subida ao cume da Pedra do Sino para admirar o nascer do sol. Abaixo da cota 2000m, a estrutura da vegetação começa a mudar. O campo de altitude é substituído por uma mata nebular, com grande quantidade de bromélias e orquídeas. A trilha sombreada pela mata passa pelas ruínas do antigo Abrigo 3, local de descanso com mirante. Os vestígios do antigo Abrigo 2 são difíceis de reconhecer em meio à vegetação. Uma alternativa para aqueles que desejam mais aventura é fazer outras trilhas com acesso a partir do Abrigo 4, como a trilha do Garrafão, antes de descer. Na descida passa-se por duas cachoeiras, com destaque para a Véu da Noiva de Teresópolis com cerca de 16 metros de queda. https://www.facebook.com/pedraodobrasil
  7. Parque Nacional Serra dos Órgãos - PARNASO Travessia: Teresópolis/RJ x Petrópolis/RJ Ano: 2016. 24.03.2016 | Dia 01: Sede Teresópolis/RJ x Mirante do Cartão Postal x Barragem x Cachoeira Véu de Noiva x Abrigo 4; 25.03.2016 | Dia 02: Pedra do Sino x Cavalinho x Mergulho x Pedra da Baleia x Morro do Dinossauro x Elevador x Morro da Luva x Morro do Marco x Abrigo do Açu; 26.03.2016 | Dia 03: Castelo do Açu x Isabeloca x Ajax x Pedra do Queijo x Cachoeira Véu de Noiva x Sede Petrópolis/RJ. =========================================================================================== Olá! Leitor (a). Nesse relato será apresentada a trilha, feita por Fael e Graziela, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO, localizado no Estado do Rio de Janeiro. Sua travessia só pode ser realizada a partir da compra de ingresso no site ou na portaria sede. O percurso tradicional é iniciado no município de Petrópolis/RJ, passando pelo município de Guapimirim/RJ e finalizando na cidade de Teresópolis/RJ. Contudo, devido a não encontrar ingressos para a trilha tradicional, Fael e Graziela arriscaram em comprar os ingressos no sentido inverso, iniciando a trilha na cidade de Teresópolis/RJ e finalizando na cidade de Petrópolis/RJ. Todos os detalhes da travessia realizada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (sentindo inverso) serão descritos no relato abaixo. ============================================================================================== # - Planejamento da rota. Era manhã de sábado, por volta das 09:00. Fael e Graziela estavam dialogando sobre possíveis viagens no decorrer dos feriados do ano de 2016. Para isso os dois agendaram destinos para cada feriado. Fazendo uma pesquisa no site melhores destinos, Graziela percebeu que havia uma promoção de passagens aéreas, entre as cidades de Salvador/BA e o Rio de Janeiro/RJ, nas datas coincidentes com o feriado da páscoa. Sem pensar muito, os dois fizeram a compra e se articularam a se encontrar e reunir com o intuito em planejar uma trilha e executá-la. No dialogo foi decidido a travessia da Serra dos Órgãos. Na reunião, Fael e Graziela acessaram o site do Parque Nacional Serra dos Órgãos - PARNASO, onde o visitante deve se cadastrar e fazer a compra do ingresso para ter acesso ao parque. Sabendo que o parque tem um número limite de visitantes, Fael e Graziela resolveram comprar os ingressos, de forma antecipada, para ter acesso a trilha. Contudo, na hora da realização da compra do circuito tradicional, com inicio na cidade de Petrópolis/RJ e finalizando na Cidade de Teresópolis/RJ, o site avisava que em um dos abrigos não tinha mais vagas, impossibilitando a realização da compra. Como as passagens estavam pagas, e não poderia cancelar, Fael e Graziela buscaram alternativas para ter acesso ao parque. Para isso foi pesquisado outras rotas dentro do Parque Nacional Serra dos Órgãos - PARNASO. A rota que mais agradou foi a “trilha inversa”, que tem o seu inicio em Teresópolis/RJ e o final em Petrópolis/RJ. Entrando em acordo, Graziela fez a compra e imprimiu o comprovante, que está disponível no próprio site. Existe uma nota de rodapé recomendando a apresentação do documento que comprove o pagamento ao guarda do parque (quem comprou pela internet), onde tem a responsabilidade de liberar o acesso ao visitante. Outro documento que o trilheiro deve ter acesso e levar-lo para ser entregue a portaria, é o Termo de Reconhecimento de Risco e Normas, onde o indivíduo se responsabiliza na condução do grupo e dele mesmo, arcando com a responsabilidade de qualquer eventualidade feita por ele e pelo grupo. Após a garantia dos ingressos de acesso a trilha da Serra dos Órgãos, Fael e Graziela foram à busca de um local para serem acolhidos ao final da trilha, pois os dois já imaginaram estarem sujos e necessitarem de um uma “base” para organizar os equipamentos, tomar banho, entre outros. Recorrendo ao site do couchsurfing (http://www.couchsurfing.com), Fael enviou alguns pedidos solicitando uma hospedagem por algumas horas. Com poucos minutos de espera, um dos convites foi aceito por uma garota, de nome Maristela, que reside no município de Petrópolis/RJ, dizendo que ia acolher-los em sua casa. Sendo assim, Fael pegou o seu endereço e o telefone. Os detalhes de valores pagos por Fael e Graziela, dês as passagens aéreas, transporte coletivo, ônibus intermunicipal e taxas de acesso ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO estará nas imagens abaixo (NA IMAGEM 01. Onde se lê “Bigen”, leia-se “Bingen”). - Salvador, 23 de março de 2016. Quarta-feira. # - Salvador/BA (SSA) x Rio de Janeiro/RJ (GIG). Dia da viagem, Fael ligou para Graziela avisando que o local de encontro dos dois será no salão de embarque do Aeroporto Internacional 2 de Julho. O destino dos trilheiros é o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), localizado no município do Rio de Janeiro/RJ. O embarque está previsto as 20:30, no vôo JJ3197 da empresa TAM, linha SSA x GIG, com previsão de duas horas. Esperando no salão de embarque, Fael encontrou com Graziela, as 18:30 e aproveitaram o restante do tempo para fazer os últimos ajustes nos equipamentos e a logística quando chegar até a cidade do Rio de Janeiro/RJ. As 20:30, no horário previsto, Fael e Graziela embarcaram no avião da TAM, em um vôo direto, com previsão em chegar as 22:30 no Galeão. No Estado do Rio de Janeiro, próximo ao Aeroporto, o avião que Fael e Graziela estavam pegou uma forte turbulência, devido ao temporal. Inclusive, a chuva foi tão forte que virou manchete nacional. Fael passou mal, tendo náuseas e chegando a vomitar, devido as quedas de altitude que o avião tinha por conta do mal tempo. Os passageiros foram comunicados que não seria realizado o pouso no horário, devido a forte chuva. A tripulação estava cogitando em realizar o pouso no Estado de Minas Gerais, precisamente o Aeroporto Tancredo Neves (CNF), localizado na cidade de Confins/MG, mas não foi necessário. Após 30 minutos sobrevoando as cidades de Petrópolis/RJ e do Rio de Janeiro/RJ, o avião pousou debaixo de uma forte chuva, para a alegria dos passageiros. As 23:15, Fael e Graziela conseguiram pegar as mochilas no salão de desembarque e seguiram até o ponto de ônibus executivo do Galeão (conhecido como frescão), a espera do ônibus da linha 2018 da empresa autobus, que faz a linha: Aeroporto Internacional x Alvorada, com o valor da passagem de R$ 14,00. A perspectiva dos dois era chegar antes da meia noite no terminal rodoviário Novo Rio, para comprar a passagem até o município de Teresópolis/RJ, que está disponível até as 00:00, seu ultimo horário. A espera pelo frescão foi grande, Fael e Graziela só conseguiram embarcar as 23:55, sem esperanças em conseguir embarcar no intermunicipal até a cidade de Teresópolis/RJ. As 00:25, os dois desembarcam na Rodoviária, encontrando o guinche da empresa Viação Teresópolis (única empresa que eles observaram que faz a linha) fechada. Sendo assim, Fael e Graziela caminharam na grande rodoviária do Novo Rio até encontrar um local, seguro, para que possam se acomodar e descansar, esperando o dia amanhecer e seguir viagem até o município de Teresópolis/RJ. Rio de Janeiro, 24 de março de 2016. Quinta-feira. # - Teresópolis/RJ. À noite na Rodoviária Novo Rio foi tranqüila, poucas pessoas descansando, a maioria nos bancos, enquanto Fael e Graziela estavam deitados em um isolante térmico e usando o saco de dormir para se proteger do forte ar-condicionado do terminal. As 03:30 da manhã, o guinche da empresa Costa verde abre, atraindo a maioria das pessoas que estavam cochilando nos assentos de espera. Essa empresa faz linha para os municípios de Paraty/RJ e Angra dos Reis/Rj, destinos bem conhecidos mundialmente, gerando a grande procura por passagens. A organização ocasionou barulho, despertando Fael e Graziela que não conseguiram dormir. Sem muitas alternativas, os dois ficaram sentados esperando o horário das 05:20 para comprar a passagem até a cidade de Teresópolis/RJ. As 05:25, da manhã, o guinche da empresa Viação Teresópolis/RJ abre, onde Fael estava na fila para comprar as passagens. O mesmo adquiriu duas passagens da linha: Rio de Janeiro/RJ x Teresópolis/RJ (direito), embarcando no primeiro horário das 06:00 da manhã. A viagem foi no ônibus, modelo G7, da Viação Teresópolis, e durou uma hora e meia, no belo e revitalizado trecho da BR 116, região serrana do Estado do Rio de Janeiro. As belíssimas paisagens atraem os passageiros a observarem as serras que margeiam a rodovia federal, tirando até o sono de quem viaja. Contudo, Fael e Graziela estavam muito cansados e acabaram dormindo até a cidade de Teresópolis/RJ. No trevo da cidade, Fael e Graziela pediram ao motorista e desembarcaram na portaria do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO, que está na Av. Rotariana, na entrada da cidade. Agradecendo ao motorista, os dois seguiram em direção a sede da PARNASO Teresópolis/RJ. # - P.N. Serra dos Órgãos. Sede Teresópolis/RJ. Na portaria do Parque Nacional Serra dos Órgãos - PARNASO, Fael e Graziela apresentaram o termo de conduta / responsabilidade e o comprovante de pagamento ao vigilante. Após, os dois tiveram o acesso liberado. O inicio é pavimentado de cimento moldurado, com passagem de veículos pelos três quilômetros iniciais da trilha. A maioria desses veículos que Fael e Graziela observaram era de funcionários que trabalhavam no parque. Mas o visitante que tiver veículo pode seguir até o estacionamento da barragem, localizado a 3 km após da portaria. Caminhando por alguns metros, Fael e Graziela se acomodaram em um ponto de apoio ao visitante, onde oferece uma estrutura básica ao trilheiro que chega de viagem e precisa de alguns ajustes antes de seguir na caminhada . Aproveitando o apoio, Fael e Graziela trocaram a roupa da viagem pela roupa de trilha, dividiram o peso dos equipamentos, roupas, alimentos, prepararam as maquinas digital, encheram as garrafas de águas e iniciaram a caminhada em direção ao abrigo 4 da Serra dos Órgãos. Próximo a bifurcação, Fael e Graziela foram “abordados” por um grupo de Quatis (Nasua-Nasua), que bastante curiosos se aproximaram dos trilheiros e começaram a cheirar. A curiosidade foi tanta que Fael deixou a mochila cargueira no chão e imediatamente um dos quatis foi até a sua mochila e tentou abrir com a pata, atraído pelo cheiro das variedades de comida que estava na cargueira. Aproveitando esse momento, Fael fez uns registros fotográficos do grupo e seguiu a trilha. # - Mirante do Cartão Postal. No km 02, aproximadamente, Fael e Graziela começaram a observar pequenas trilhas alternativas, ideais para quem está iniciando a prática de trekking (para serem futuros trilheiros), além de quem queira se distrair em um passeio alternativo. Contudo, o que chamara atenção dos dois, que estava previsto no roteiro, foi uma placa sinalizando uma trilha chamada mirante do Cartão Postal. Segundo a informação da placa instalada no inicio da trilha, o mirante possibilita a melhor vista para a formação rochosa batizada de “Dedo de Deus”, além de visualizar os demais cumes da serra (inclusive o dedo de Deus). Previsto na caminhada, Fael e Graziela seguiram, a esquerda da bifurcação, conforme a orientação da placa, em direção ao mirante. A trilha do mirante do Dedo de Deus é toda “batida”, ou seja, caminho definido e sinalizado, onde há trechos que passaram por manutenção a fim em facilitar a caminhada. Um exemplo dos reparos na trilha é a inclusão de madeiras nos trechos íngremes e com desníveis, possibilitando a criação de degraus com o intuito em da mais “segurança” a caminhada do visitante. Além disso, as madeiras evita o deslize do solo e da vegetação quando o visitante caminha nos trechos íngremes. Por exemplo, em épocas de chuva o solo fica encharcado, aumentado a probabilidade de um deslize após uma pisada do trilheiro. Nos primeiros 300 metros são de subidas, em antigos trechos íngremes que hoje são “degraus”, além de um pequeno trecho plano, de solo encharcado, margeada da mata atlântica densa, que impossibilita a intensidade da luz solar. Após, surge mais trechos de subidas. Depois dos 300 metros a trilha continua com as mesmas características citadas acima, contudo com menos luz natural, devido a altas espécies da flora que margear o percurso. No momento em que Fael e Graziela estavam caminhando, em torno das 09:00 da manhã, a trilha estava com muita neblina, aumentando a atenção dos mesmos. Após 800m, próximo ao fim da trilha, existe uma pequena construção, em forma de ponte, colocada acima de um córrego, com o intuito de auxiliar o trilheiro na caminhada. Entretanto, as madeiras estavam quebradas e a construção com sinal de abandono. Os administradores colocaram um papel plastificado com o aviso “ponte quebrada, passar ao lado”, sendo que o caminho do lado estava com muita lama e escorregadio. Para Fael e Graziela o trecho é tranqüilo, mas para uma família que não é acostumada a caminhada e leva seu filho para a trilha, pagando para ter acesso a essas trilhas? As 09:20, Fael e Graziela chegaram no mirante do cartão postal, após 55 minutos de caminhada. O Mirante do cartão postal é um local seguro, com uma proteção de madeira feita próxima a uma escarpa, isolando. Existe uma placa com a identificação dos cumes e a altitude de cada um, além de umas rochas que serve de “banco”. O ponto negativo é que o local está todo pinchado (inclusive a placa de identificação), devido a ignorância de alguns visitante que não respeita e se quer tem a consciência em preservar o local. Para a surpresa de Fael e Graziela, o mirante não tinha nenhum visitante, além de está com muita neblina, cobrindo a vista dos picos. Obviamente os dois ficaram decepcionados, estavam ansiosos para observar a cadeia de morros e visualizar o principal deles: o Dedo de Deus. Entretanto, Fael e Graziela decidiram esperar mais um pouco, com a esperança da neblina dispersar e o tempo abrir. Após 25 de espera, por volta das 09:45 da manhã, uma parte da neblina dispersa e a cadeia de morros começa a ser visualizada por Fael e Graziela. Apesar de não está nitidamente, dava para observar a beleza paisagística dos paredões rochosos. Mas a visão só durou alguns minutos, pois a neblina voltou a cobrir as rochas deixando o tempo fechado e sem visibilidade das formas da paisagem em redor do mirante Cartão Postal. As 10:05, Fael e Graziela iniciaram o caminho da volta, trilhando no caminho inverso. Como na ida era mais subida, a volta foi mais descida. Próximo a 600m de caminhada, Graziela escorrega e cai, colocando a mão como apoio. Porém, essa ação resultou em uma patologia de risco, o seu dedo médio, da mão direita, ficou torto, com suspeita de fratura (posteriormente foi confirmado em um exame de raios-X realizado no município de Feira de Santana/BA), informando que estava sentindo muita dor. Fael fez um paliativo para que amenizar-se a dor e que a mesma pudesse continuar a trilha. Seu dedo foi imobilizado, de forma reta. Para isso foi utilizado um pedaço de galho e esparadrapo. Por volta das 10:40, Fael e Graziela chegaram na bifurcação e seguiram na estrada principal até a porteira de acesso a trilha do abrigo 4 / Pedra do Sino. # - Barragem. Na estrada da barragem, Fael e Graziela caminharam, por mais 1 km, até o estacionamento. No caminho foi observado um hotel, que serve de apoio aos visitantes que buscam conforto e mais comodidade (pós- viagem), além das casas de estudo onde os pesquisadores produzem pesquisas e monitoramento na região do parque. Alguns córregos passam por baixo da estrada da barragem, pavimentada de paralelepípedos. As águas são limpas e geladas, com gosto de “água mineral”, Fael e Graziela fizeram uma parada no local para saborear a deliciosa água da Serra dos Órgãos. A barragem é importante, pelo fato de ser o local de capacitação de água para todo o município de Teresópolis/RJ. Por tanto, o parque sempre monitora o local. As 11:18 da manhã, Fael e Graziela chegaram na barragem . # - Cachoeira do Véu da Noiva (Teresópolis/RJ). Ao lado esquerdo do estacionamento da barragem, Fael e Graziela observaram mais um placa de sinalização, indicando a direção da Trilha do Sino e a trilha alternativa. Como o destino é o abrigo 4, eles seguiram até o inicio da trilha da Pedra do Sino . A referência da trilha é uma porteira e uma placa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO, com detalhes do percurso a ser realizado, através de um mapa. O trilheiro pode abrir a porteira e seguir sem avisar, como fizeram Fael e Graziela. O caminho inicial é bem batido, definido e tranqüilo em se fazer. Possui umas pequenas subidas íngremes, mais nada que assuste. Contudo, Fael e Graziela estavam muito cansados, devido a longa viagem que fizeram. Para eles as pequenas subidas pareciam longas e intermináveis. A subida prosseguia, em forma de zig, zag. Segundo alguns relatos que Fael leu, a trilha é dessa forma até o abrigo 4. O PARNASO diz que a distância, entre a portaria até o cume da Pedra do Sino, é de 11 km. Nos primeiros quilômetros não existem “atrativos paisagísticos de características serranas” que atraem o indivíduo, pois as margens das trilhas estão compostas por matas arbóreas que sombreiam e “cobre” as cadeias de serras do PARNASO. Contudo, existem algumas plantas e animais que atrai o trilheiro. O que atraiu Fael e Graziela foi um beija-flor cinza, manso, que não se incomodava e nem se assustava com a presença deles. Os mesmos tentaram registrar uma foto nítida da ave, mas o animal estava acomodado em uma grande árvore, alta, onde a maquina não conseguia focalizar-lo. Sendo assim, Fael e Graziela caminharam, com algumas paradas, até um dos atrativos que compõe esse trecho de 9 km, aproximadamente, até o abrigo 4, atrativo denominado como Cachoeira Véu de Noiva de Teresópolis. Aproximadamente com 15m de altura, a Cachoeira Véu de Noiva de Teresópolis possui um pequeno poço de águas transparentes e de tons amarelados. O banho é gelado, espantando a sensação de calor. Além disso, as suas águas servem como um “relaxante” muscular, devido a temperatura baixa. Fael classificou o banho da Cachoeira como “espanta cansaço”. No local possui um pequeno corrimão, que serve de apoio ao trilheiro caminhar sobre o córrego que as águas do véu de noiva forma no trecho da trilha (nada que assuste). A parada no atrativo é obrigatória, pela simplicidade e beleza dessa bela paisagem natural. Graziela até tentou se banhar nas águas geladas da Cachoeira Véu de Noiva, sem sucesso. A mesma sentiu a sensação de câimbra e quase se acidentava ao caminhar no poço. # - Abrigo 4 Depois do banho na Cachoeira Véu de Noiva, Fael e Graziela caminharam na “extensa” trilha, em formato de zig zag, parecia que nunca iria acabar. Exaustos, devido a viagem e a noite que passaram na rodoviária, com poucas horas de sono, Fael e Graziela faziam algumas paradas que atrasava a caminhada. Em alguns trechos é possível observar belas paisagens serranas, como a vista do município de Teresópolis/RJ “abaixo das nuvens”, Fael e Graziela aproveitaram o fenômeno a fim em observar. Segundo o GPS que Fael possuía, os dois estavam a 1950m de altitude. A caminhada continuou em trechos sinuosos, até chegar a uma trilha mais batida, contudo o solo estava encharcado e escorregadio em alguns trechos. A trilha seguiu reta e em seguida em direção a esquerda, sentido a Pedra do Sino. Próximo ao abrigo 4 existe uma formação rochosa (que parece ser natural) de uma “mini-caverna” que atraiu os olhares de Fael e Graziela. Após 06:18 minutos de caminhada, precisamente as 16:56, Fael e Graziela chegam ao Abrigo 4. Na Pedra do Sino, a cerca de 2.200m de altitude, está localizado o Abrigo 4, um chalé de montanha destinado a receber visitantes e controlar o uso das áreas de montanha. A construção foi projetada pelo Laboratório de Produtos Florestais do IBAMA, contando com energia solar e tratamento biológico de afluentes. O atual Abrigo 4 foi erguido sobre as ruínas das fundações do antigo abrigo, que fazia parte da rede de abrigos da trilha da Pedra do Sino. Com capacidade para 30 visitantes (12 beliches e 18 bivaque), dispõe ainda de cozinha e banho quente. A casa foi toda construída de madeira simples e rústica, atraindo o visitante a explorar todos os seus cômodos. Aos arredores do abrigo estão 3 (três) áreas para camping, sendo que o terceiro está um pouco abaixo do abrigo. A superfície é plana e coberta por gramas. No momento que Fael e Graziela chegaram não tinha nenhum visitante acampado, deixando-o os dois com algumas duvidas. A certeza era de encontrar o local movimentado, devido aos poucos ingressos que restavam no site. Dois rapazes estavam no abrigo e abordaram Fael e Graziela. Os mesmo se apresentaram como Charlie e Rolan, funcionários do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO. A função deles é cuidar do abrigo e da o apoio ao visitante. Fael e Graziela já sabiam que eles estavam a espera, pois o vigilante da sede de Teresópolis/RJ havia comunicado, através do rádio, que um casal teve acesso ao parque e que irá dormir no abrigo 4. Esse papel é um dos poucos pontos positivos que merecem ser citados na administração do PARNASO. As 19:00, Fael tomou um banho que o congelava, Graziela ficou com medo, quase não tomava banho. A noite estava muito fria e o banho de água quente não está incluso no ingresso do camping. Para tomar banho de água quente deve ser pago um valor de R$ 20,00, sendo que tem um tempo limite ao banho. Como os dois não estavam com muito dinheiro, encararam esse grande desafio em se banhar, a noite, na água fria da região serrana. As 21:00, a temperatura estava em 4°, obrigando a Fael e Graziela se recolherem nas barracas. As 22:20 os dois foram descansar para no dia seguinte continuar a caminhada na travessia Teresópolis/RJ x Petrópolis /RJ. - Teresópolis, 25 de março de 2016. Sexta-feira. # - Cume da Pedra do Sino. Manhã fria, com muita neblina e ventos fortes. As 07:00 da manhã, Fael e Graziela estavam preparando o café e estipulando o tempo do roteiro do dia 2. No dialogo apareceram os funcionários do parque, que logo se juntaram a conversa. Os mesmos passaram algumas experiências vividas no abrigo e deram dicas do percurso até o Abrigo do Açu, próxima base onde Fael e Graziela montarão acampamento. Alimentados, Fael e Graziela desarmaram acampamento, se despediram dos funcionários e seguiram em direção ao cume da Pedra do Sino, iniciando a caminhada as 09:30 da manhã. O caminho segue em frente a trilha que vai em direção a cidade de Teresópolis/RJ, logo no inicio da área principal do camping do abrigo 4. Trecho batido e delimitado, Fael e Graziela caminharam acompanhados de uma forte neblina que atrapalhava a visibilidade dos dois, até uma bifurcação identificada com uma placa, apontando o destino de cada trilha. O trecho durou em torno de 10 minutos, em uma superfície pouco íngreme, de leve subida. A Placa de sinalização é toda confeccionada de madeira e implementado pela administração em uma das bifurcações da trilha Teresópolis/RJ x Petrópolis/RJ (vice-versa), do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO. Existem três indicações orientado o destino das trilhas. A Primeira, a esquerda, que vem do abrigo 4, aponta que a trilha leva em direção ao cume da Pedra do Sino, ponto mais alto da Serra dos Órgãos; a segunda, a frente, indica que o caminho é para que está sentido a sede da PARNASO em Petrópolis/RJ, passando pelo abrigo do Açu; e a ultima, atrás (a frente para quem inicia a caminhada do município de Petrópolis/RJ), leva o trilheiro até o abrigo 4. O destino de Fael e Graziela é o abrigo do Açu, contudo os dois resolveram atacar o cume do sino, mesmo sobre uma forte neblina. Sendo assim, caminharam, à esquerda, iniciando o curto caminho até o ponto mais alto da Serra dos Órgãos. A trilha é batida e sinalizada com riscos nas rochas, onde facilita o trilheiro. Entretanto, Fael e Graziela caminhavam sobre uma forte neblina, onde atrapalhava a visibilidade do trecho. Em alguns momentos os dois caminhavam próximos e olhando para o chão, devido há alguns trechos íngremes no trecho da trilha. O vento cada vez mais forte e a sensação da temperatura caindo. Fael e Graziela tinham esperança de que quando estivesse no cume o tempo ia de melhorar. Mas, a neblina cada vez ficava mais forte, atrapalhando a visualização da trilha. Nos pequenos trechos, em lajedo, Fael pausava a fim em se orientar. As 10:10, Fael e Graziela chegaram ao cume do Pedra do Sino, o ponto mais alto está representado por um objeto de cimento em forma de “viga”. Com 2.275m de altitude, aproximadamente, a Pedra do Sino é o ponto mais alto da Serra dos Órgãos . Como o tempo estava fechado, coberto pela forte neblina, Fael e Graziela não puderam observar a paisagem da Serra dos Órgãos no ponto mais alto do Parque Nacional, o máximo que observaram foi à vegetação úmida e o céu branco e cinzento. Devido ao tempo, Fael e Graziela passaram pouco tempo na Pedra do Sino, decidindo voltar para a bifurcação e seguir em direção ao Castelo do Açu. O Percurso da volta foi mais rápido que da ida, durando 15 minutos de caminhada. As 10:35 os dois chegaram na placa de sinalização. # - Cavalinho. A partir da placa a trilha se caracteriza por uma leve descida, em alguns trechos íngremes. Devido a forte neblina que estava no momento, Fael e Graziela andava com cautela para não se acidentar. Caminhando alguns metros os dois encontraram uma escada de ferro, soldada a uma barra que está “chumbada” na rocha. Essa escada serve de apoio para “descer o paredão” e prosseguir na trilha abaixo. Bastante segura e de fácil descida, a escada serve de apoio para facilitar a trilha e seguir em direção ao Castelo do Açu. No circuito tradicional, que é o inverso, o objeto serve de apoio para subir e prosseguir ao cume do sino. Como Fael e Graziela estavam fazendo a trilha “inversa”, os dois desceram e seguiu na batida trilha, em direção ao cavalinho. Descendo a um trecho bastante acidentado, ao lado de um grande paredão na margem esquerda, e um penhasco ao lado direito, Fael e Graziela caminharam alguns metros até uma rocha inclinada, ali é o ponto denominado Cavalinho. Um trecho bastante íngreme, com duas rochas sobreposta, que dificulta a passagem do trilheiro, o cavalinho foi denominado esse nome devido ao indivíduo “montar” na rocha a fim de se apoiar e conseguir impulso para continuar a caminhada acima. Algumas pessoas se arrastam e abraçam a rocha superior até a trilha acima, outras colocam uma corda nas bases presas no paredão e “escalam”. Como Fael e Graziela iam descer, os dois foram “sentados” na base da rocha inclinada até a trilha abaixo. Na margem direita (para quem está descendo), existe uma falésia, tornando a descida perigosa, onde Fael e Graziela tiveram muita atenção. Caso se desequilibre e se direcione a margem direita, a queda pode se tornar fatal. Contudo, apesar do trecho merecer um rápido estudo em como passar-lo, o cavalinho não é difícil, basta se concentrar e “escalaminhar”. Descido o cavalinho, Fael e Graziela continuaram a caminhada na trilha batida, com pequenas subidas e descidas íngremes. A neblina continuava com a mesma intensidade, dificultando os dois em alguns trechos devido a baixa visibilidade. Nesse percurso, Fael e Graziela encontraram um rapaz, que estava trilhando sozinho, o mesmo ia fazer Petrópolis/RJ x Teresópolis/RJ em um único dia, muita disposição. # - Mergulho. As 12:25, Fael e Graziela estavam na base de uma grande rocha chamada Mergulho. O nome se dá devido o trilheiro (que faz a trilha Petrópolis/RJ x Teresópolis/RJ) passar rápido e pular, devido a declividade da rocha, como se fosse mergulhar. Existem uns ganchos para amarrar a corda, fixados na rocha, que auxiliar na descida ou subida do indivíduo. O objetivo de Fael e Graziela é subir o “mergulho”, devido está seguindo até o Castelo do Açu. Sendo assim, Fael subiu primeiro e pegou uma corda que estava na sua mochila, onde jogou para Graziela, que estava abaixo do mergulho, a mesma amarrou nas mochilas cargueiras para que Fael puxasse até o topo da rocha. Com as duas cargueiras acima, Fael amarrou a corda em dois ganchos para que Graziela pudesse subir. A corda serviu como um “corrimão”, dando um pouco mais de segurança e tranqüilidade a Graziela. Após 30 minutos, aproximadamente, Fael e Graziela estavam no topo do mergulho. # - Pedra da Baleia | Morro do Dinossauro. Terminado o lanche no cume da rocha “mergulho”, Fael e Graziela iniciaram a caminhada na Pedra da Baleia, em uma trilha plana e de vegetação rasteira. Em direção sudoeste está localizado o Vale das antas e o sul está à belíssima rocha chamada de Garrafão . Nesse trecho a neblina tinha diminuído a sua intensidade, possibilitando maiores detalhes paisagístico da Serra dos Órgãos, além de uma melhor visibilidade para Fael e Graziela na caminhada até o Castelo do Açu. # - Elevador. Finalizando a Pedra da Baleia, Fael e Graziela se depararam com um trecho de forte subida, com um ângulo próximo de 140°, praticamente pode se considerar uma parede. Nesse trecho existem uns totens que orienta o trilheiro na forte subida. E questão de segundos a forte neblina volta a cobrir a paisagem da Serra dos Órgãos. Fael e Graziela estavam até animados da neblina ter dispersado mais cedo, quando estavam na Pedra da Baleia. Os dois ficaram surpresos pela rapidez do fenômeno, “alegria de pobre dura pouco”. No inicio da subida do grande lajedo, Graziela pediu a ajuda de Fael. Pois a mesma estava com dificuldade em subir, devido ao peso da cargueira, o forte vento e a neblina, que estava voltando a atrapalhar a visibilidade dos dois. Ao auxiliar Graziela, Fael seguiu mais a frente a fim em se orientar e seguir na trilha correta. Em percursos de lajedo é muito fácil do indivíduo se perder. No percurso existem vários totens que auxilia o trilheiro a se orientar, o único fator que atrapalhava a identificação de alguns totens era a neblina, que deixou a visão de Fael e Graziela embasada. Por volta das 14:00, Fael e Graziela chegaram ao ponto mais esperado da Serra dos Órgãos: O Elevador. Com vários “grampos” de ferro, feito por vergalhões chumbados na parede, o Elevador auxilia o trilheiro a subir ou descer no trecho localizado em uma escarpa na travessia Petrópolis/Teresópolis/RJ e vice-versa. Como Fael e Graziela estavam fazendo a travessia Teresópolis/RJ x Petrópolis/RJ, os dois iniciaram a descida ao elevador. A neblina continuava com intensidade, deixando o percurso com mais emoção. Subindo o elevador deve ser mais fácil que descer (e de fato é), pois quem está la em cima percebe a altura da Escarpa, quem não é acostumado toma um susto. Sendo assim, Fael iniciou a descida com a sua mochila cargueira, se apoiando nos “grampos” úmidos. Falando em umidade, o elevador parecia que tinha tomado “um banho”, pois as margens estavam encharcadas e escorregadias. Com muita atenção e tranqüilidade, Fael desceu o elevador, enquanto Graziela aguardava acima. Nos “grampos” finais (para quem desce) requer muita atenção, devido alguns vergalhões estar partidos, ficando “frouxos” e inseguros, sem nenhuma resistência. Percebendo essa falha, Fael memorizou quais grampos estariam danificados e chegou até a base do elevador, deixando a mochila cargueira ao chão. Em seguida, o mesmo subiu o elevador para carregar a mochila cargueira de Graziela e descer. Na terceira vez, Fael auxiliou a Graziela a descer, já que a mesma não se sentia segura e estava ansiosa. Fael aproveitou o auxilio a Graziela e gravou o momento da descida, para integrar com o vídeo de apresentação que foi feito antes da descida. A descida do Elevador apesar de ter sido demorada foi executada com bastante tranquilidade, devido a prioridade dos trilheiros ser a integridade física dos mesmos. Chegando a base do elevador os dois começaram a rir dos momentos que aconteceram na descida. Graziela percebeu que sua calça rasgou, já que a mesma se acomodava na margem do elevador (mata e rocha) para se apoiar e descer. A calça de cinza ficou preta, mas nada que não fizesse perder a graça. Após, os dois passaram por uma pequena “ponte” de madeira, fazendo uma parada no córrego chamado de Cachoeirinha. Com uma fina queda que escorre sobre um lajedo acidentado, a Cachoeirinha serve como ponto de descanso para quem desce do Elevador. Á água serve para repor os reservatórios e dependendo da intensidade da queda possibilita o banho. Um corrimão de ferro foi implementado na trilha pelos administradores do parque, a fim em facilitar a travessia do córrego e evitando acidentes, já que existe um desnível próximo. Fael e Graziela resolveram repousar alguns minutos na Cachoeirinha, aproveitando o momento para lanchar e fazer registros fotográficos. As garrafas d água estavam quase vazias e os mesmos encheram com as águas geladas da Cascata. Fael tentou explorar a queda acima, mas não deu para ir muito longe. A neblina não diminuía a intensidade, deixando Fael e Graziela bastante frustrados. Afinal, as belas paisagens da Serra dos Órgãos ficaram “encoberta” pelas neblinas. # - Morro da Luva & Morro do Marco. As 15:43, Fael e Graziela iniciaram o trecho sobre o Morro da luva, com 2.263m de altitude, é o segundo ponto mais alto da Serra dos Órgãos. A trilha se caracterizava por ser um percurso de lajedos e pequenos trechos de solo encharcado, margeada pela vegetação de pequeno porte. A subida é plana, contudo com bifurcações. A neblina começa a diminuir a intensidade, possibilitando a vista de algumas cadeias da serra. Ao fundo já era possível observar o elevador por completo. No lajedo, Fael passou junto a uma serpente, que por sorte não a pisou. Graziela, que estava mais atrás, viu o animal e o avisou para ver se sabia de qual era a espécie. Ao observar percebeu que era um filhote, mas a espécie não dava para identificar. O máximo que Fael fez foi um registro fotográfico, já que o animal estava assustado e ao mesmo tempo não ficava quieto, sendo que os dois estavam se incomodando por “perturbar” o animal. A frente está o Vale da luva, um trecho de mata nebular e vegetação de médio porte, mudando a característica tradicional da Serra dos Órgãos. A descida é íngreme e úmida, exigindo bastante a atenção do trilheiro. Ao final da descida do vale existe um pequeno riacho, onde Fael e Graziela fizeram uma parada a fim em encher as garrafas que estavam vazias. Em seguida, iniciaram a subida ao Morro do Marco. Já passava das 17:00, quando Fael e Graziela iniciaram a subida do Morro do Marco. Um fato importante aconteceu na trilha foi à dispersão da neblina, “limpando” a paisagem e mostrando a beleza da Serra dos Órgãos. Animados, os dois estavam ansiosos para chegar ao ponto mais alto e fazer registros fotográficos. Sendo assim, aceleraram nos passos. O cansaço era visível, Fael e Graziela fizeram algumas pausas para respirar, o dia estava despedindo e a noite chegando para ficar, sendo que o abrigo do Açu está alguns quilômetros ao sudoeste. As 17:47, Fael e Graziela chegaram no ponto, que segundo o GPS, estava a 2.258m de altitude, deixando em duvida se é o ponto mais alto do Marco ou não. O que foi mais legal para eles é que a neblina tinha se dispersado, possibilitando em fazer as fotos com a paisagem descoberta. # - Abrigo do Açu. Após os registros, Fael e Graziela continuaram a caminhada com cautela, pois começava a escurecer. Os mesmos desceram um trecho íngreme e em seguida subiram, em direção ao Abrigo do Açu. Graziela fez algumas paradas, pois estava esgotada. Próximo ao abrigo, os dois já observaram algumas barracas fora da área de camping, sinal de que o local está cheio. Na área de camping improvisada, Fael e Graziela abordaram um grupo que era dono das barracas, perguntando sobre o abrigo. Os dois foram informados que a área estava lotada e que não haveria vaga. Cismados, Fael e Graziela foram procurar o responsável pelo Abrigo do Açu. As 18:36, Fael e Graziela chegaram no Abrigo do Açu. Na casa foram abordados por dois rapazes que prestam serviço ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO e os mesmo argumentaram que são os responsáveis pelo local. Questionado sobre a área de acampamento, um dos rapazes explicou que não tinha área de camping disponível, que Fael e Graziela teriam que encontrar um local improvisado e armar barraca. Chateados, Fael e Graziela começaram a questionar os dois, já que a PARNASO impõe uma forte burocracia para ter acesso a trilha. Sabendo que não iriam mudar muita coisa através do dialogo e que o horário se estendia, Fael e Graziela resolveram encontrar um local improvisado para acampar. Por sorte, os dois montaram acampamento em um mirante, próximo ao cume do Castelo do Açu, com direito a uma bela vista da cidade, a duvida é se é o município de Petrópolis/RJ ou Guapimirim/RJ. Posteriormente foram encarar as águas do chuveiro gelado do Açu. Tomar banho no Castelo do Açu é um grande desafio, a água gelada “paralisa” seu corpo. A sensação é de tortura, mas ao mesmo tempo é um “remédio” que alivia o cansaço e as dores musculares pós- caminhada. Graziela utilizou o fogareiro e esquentou água em uma panela, Fael tomou “banho de gato”, demorando poucos minutos no banheiro. As 20:00, Fael e Graziela prepararam o almoço junto da casa de madeira, pois o Abrigo do Açu está em reforma e o acesso interno está proibido, temporariamente. Depois da Janta, Fael e Graziela ficaram conversando no mirante por alguns minutos e foram dormir. - Guapimirim, 26 de março de 2016. Sábado. # - Castelo do Açu. Madrugada fria, com ventos fortes que dispersava o sono de Fael e Graziela, devido ao barulho da barraca. As 03:00 da manhã o vento foi tão forte que a Nepal Azteq ficou torta. Felizmente a vareta da barraca não quebrou. Vozes se ouviam dos visitantes de outras barracas, que estavam atentos com o forte vento e com a chuva. As 04:25 começa a garoar, mas não passou disso. O sol, escondido na neblina, surge as 05:40 da manhã, contudo não deu para observar com nitidez o seu “nascimento”. Sem esperança de melhoras no tempo, Fael voltou a barraca e foi descansar, até os grupos acordarem e fazerem bastante barulho, atrapalhando o sono dele e de Graziela. As 07:20 os dois levantaram, debaixo de uma forte neblina, com a sensação da temperatura de 0° graus, a fim em preparar o café na varanda do Abrigo do Açu. Pós-café, Fael e Graziela foram desmontar as barracas. Para a surpresa dos mesmos, a capa de chuva da mochila cargueira de Fael, da marca Curtlo, havia sumido. Antes de dormir, Fael guardou a capa de chuva, junto com a de Graziela, (que é da marca Deuter) debaixo da barraca. Preocupado, Fael cismou e começou a procurar aos arredores com a esperança em encontrá-la. Contudo, sem sucesso, já que se o vento tivesse levado a capa dele, levaria a capa de Graziela, já que as duas estavam juntas. Sendo assim, Fael suspeitou de que tenham furtado a capa, já que é capaz de se adequar em mochilas de 40-70l, ao contrário de Graziela, que só pega em um único modelo. Sem expectativas, Fael desarmou o camping e seguiu, junto com Graziela, até o Castelo do Açu, que fica alguns metros do camping, localizado no Morro do Açu, a 2.232m de altitude. Uma formação com várias rochas “agrupadas”, que de longe se parece um abrigo, o Castelo do Açu impressiona pela localização e posicionamento de cada rocha, onde possibilita a criação de “cômodos” em sua parte interna. O local serve de abrigo provisório quando o PARNASO perde o controle de visitantes, superlotando a área de camping. Fael e Graziela ficaram impressionados pelo local, onde passaram alguns minutos explorando a parte interna do Castelo do Açu. # - Isabeloca. Despendido do Castelo do Açu, Fael e Graziela continuaram a trilha em trecho batido e úmido, onde em alguns trechos estavam alagados, exigindo a atenção do trilheiro. O solo escuro, de coloração preta, chamou a atenção de Fael, onde o mesmo levou uma pequena amostra na garrafinha pet. A neblina intensa atrapalhava a visão de Fael e Graziela, além dos fortes ventos. Uma fina garoa iniciou, agravando a situação. Após 40 minutos de caminhada, aproximadamente, Fael e Graziela chegaram a um grande mirante (Chapadão?), onde possibilita a visualização da descida íngreme no trecho da trilha que leva em direção a Isabeloca. Como era inicio do dia, por volta das 10:00 da manhã, Fael e Graziela resolveram fazer uma pausa para lanchar e observar a neblina que cobria a Serra dos Órgãos. Os mesmos tinham esperança do tempo melhorar e a neblina dispersar. Contudo o tempo piorou e a garoa virou um forte chuvisco. Sem muitas expectativas, os dois continuaram a observar a paisagem, acompanhados de um forte vento e chuvisco, fazendo-os passar frio e ficarem úmidos. No meio da forte neblina aparece um indivíduo solitário, que veio fazendo o mesmo percurso que Fael e Graziela fez, iniciando a caminhada no município de Teresópolis/RJ. Meio desorientado e com dificuldade em visualizar a trilha, devido ao nevoeiro, o mesmo veio em direção a Fael e Graziela perguntando onde continuava a caminhada. Orientado em como continuar a trilha o rapaz se despediu e seguiu, deixando os dois para trás. Sabendo que não teria mais esperança de melhoras no tempo, Fael e Graziela resolveram seguir, prosseguindo na trilha íngreme, descendo, ao lado direito do mirante. Apesar de ser íngreme, a trilha não possui muitas dificuldades, devido a manutenção que o PARNASO fez no trecho de Petrópolis/RJ até o Castelo do Açu. Bem batida, e tranqüila, Fael e Graziela desceram até um trecho menos íngreme, até visualizarem uns “degraus” feitos de madeira. Esse ponto é chamado de Isabeloca. # - Ajax. A Isabeloca é uma referência para o indivíduo saber a proximidade da base do Castelo do Açu. O lugar é a continuação da grande descida entre o Chapadão e a Pedra do Queijo. Entre esses dois limites existem um ponto fundamental para o trtilheiro captar água e abastecer os seus cantis, garrafas, etc., esse ponto da trilha se chama Ajax. O único local de captação de água, entre a Pedra do Queijo e o Castelo do Açu, o Ajax é um ponto de parada obrigatória dos trilheiros. O pequeno córrego que passa na margem da trilha, com águas transparentes, além de geladas, atrai o indivíduo para descansar e se hidratar. Fael e Graziela fizeram uma parada de 20 minutos para abastecer as garrafas, lavar o rosto e observar a paisagem. A água é gelada, parece que saiu da geladeira (risos). O surgimento do córrego não deu para ser observado, já que as margens são caracterizadas por uma vegetação de médio porte. # - Pedra do Queijo. Partindo do Ajax, Fael e Graziela começaram a caminhar na descida que parecia interminável. Em um dos trechos da trilha é possível observar o Vale do Bomfim e a direção do Castelo do Açu. A neblina começava a dispersar e o Vale mostrava a sua beleza. Abaixo estava o bairro do Bomfim, que pertence ao município de Petrópolis/RJ. Chegando a um trecho mais plano, Fael e Graziela observaram uma grande rocha, arredondada, em formato de um “bolo” ou “torta”. Essa rocha se chama Pedra do Queijo. Composta por duas rochas: uma Rocha maior e outra menor acima, a Pedra do Queijo é um ponto onde o trilheiro descansa após iniciar a subida de Petrópolis/RJ. Como Fael e Graziela estavam fazendo o trecho inverso, os mesmos desceram e não estavam tão cansados. O local é famoso e os dois queriam fazer alguns registros. Entretanto, tinha um casal que estavam descansando na Rocha e pareciam estar sem pressa em deixar o local. Fael e Graziela aguardaram por cerca de 30 minutos, sendo que o casal continuou lá, sem se incomodar ou perceber que os mesmos queriam fazer, apenas, o registro da rocha e a paisagem em volta, sem a presença de pessoas. Como não foi possível, Fael e Graziela fizeram algumas observações e perceberam um ponto negativo da Pedra do Queixo: as pichações. No monumento há vários nomes escritos, manchando a paisagem e horrorizando o monumento natural. O registro fotográfico não pode ser feito devido ao fato do casal está “descansando” na rocha. Mesmo se Fael e Graziela fizessem a foto com eles, ia sair, apenas, a rocha debaixo, Que está bastante riscada. # - Cachoeira do Véu da Noiva (Petrópolis/RJ). Despedindo-se da Pedra do Queijo, Fael e Graziela continuaram a triha, descendo serra abaixo, em direção a portaria de Petrópolis/RJ. Nesse trecho a trilha é batida, contudo é um grande declive, aonde a altitude vai diminuindo gradativamente. No percurso os dois encontravam alguns grupos perguntando: - a Pedra do Queijo está longe? - Falta muito para o Castelo do Açu? - Vocês estão caminhando dês de Teresópolis/RJ? Enfim, natural de um percurso bastante conhecido e freqüentado em todas as temporadas. O percurso da trilha abaixo durou em torno de uma hora, devido a alguns zig-zag da trilha (nada se comparando a de Teresópolis/RJ). No trecho mais plano, Fael e Graziela chegaram até uma bifurcação, onde está inserida uma placa orientando os destinos de cada uma das trilhas. Como o percurso da trilha foi invertido, Fael e Graziela se direcionaram a trilha, da direita, iniciando a caminhada a Cachoeira do Véu de Noiva de Petrópolis, com o tempo bastante nublado e alguns trovões, avisando que chuva forte está por vim. Trilha batida e bem sinalizada, Fael e Graziela não tiveram muita dificuldade em fazer a caminhada nos trechos iniciais. Alguns metros os mesmos encontraram um rio, onde deve ser atravessado para seguir na trilha no outro lado da margem. Existe uma placa alertando aos visitantes a precaução em atravessar-lo, devido as rochas serem bastante escorregadias. Fael atravessou o rio com sua cargueira e voltou para auxiliar a Graziela atravessar-lo, já que a mesma não estava confiante e cismada em escorregar na rocha no momento da travessia. No outro Lado da margem da para observar a trilha batida, um pouco a frente, onde o caminho segue, na margem esquerda do rio. Caminhando por mais alguns metros, Fael e Graziela reencontram o rio, onde deve atravessar-lo novamente até o outro lado da margem, onde continua a trilha até a base da Cachoeira. Esse trecho teve um pouco de tensão, por parte de Graziela, devido a travessia necessitar que o trilheiro pule, entre uma rocha e outra. As rochas no leito estavam bastante escorregadias e sendo que algumas não estavam firmes. O cansaço mais o peso a cargueira, que se juntava com a fome, fez com que os dois tivessem atenção nesse trecho. Fael foi o primeiro atravessar com sua cargueira e chegou ao outro lado da margem sem nenhum problema. Sabendo do macete e as rochas certas para atravessar, o mesmo voltou e pegou a cargueira de Graziela e atravessou novamente. Voltando pelo mesmo percurso, Fael auxiliou Graziela e veio, calmamente, auxiliando a mesma e orientando onde deve pular e pisar firme, já que a mesma não estava confiante e já tinha sofrido um acidente em Teresópolis/RJ, que gerou uma fratura no dedo médio. Já na margem direita, Fael e Graziela andaram por alguns metros e visualizaram a bonita Cachoeira Véu de noiva de Petrópolis. Com 32m, de águas geladas e cristalinas, a Cachoeira Véu de Noiva de Petrópolis é propicio ao banho em seu poço e na queda. Além disso, a Cachoeira é adequada para pratica de esportes radicais, como: Escalada, Rappel. No atrativo natural, Fael e Graziela encontrou uma família e um casal. Os dois pensaram em tomar um banho. Porém, na hora que colocaram as mãos e os pés na água, acabaram desistindo, devido a temperatura da água que estava fria, afastando-os. A família que estava no local não encarou o banho, provavelmente pelo mesmo motivo; o casal estava se banhando, sem se incomodar com o frio, deveria ser moradores da cidade e estão adaptados ao clima e o tempo (suposição). # - Sede Petrópolis/RJ. Fael e Graziela permaneceram no local por quase 30 minutos, observando a paisagem e tirando fotografias. Os mesmos observaram ao redor para ver se havia a possibilidade em chegar ao topo da Cachoeira, sem sucesso. As 15:28, começa a chuviscar e trovejar forte, deixando os dois preocupado. As 15:31 Fael e Graziela resolveram voltar até a bifurcação para continuar a caminhada, na trilha principal, até a portaria da PARNASO. A trilha batida continuou com seu declive, contudo sem trechos íngremes. O rio acompanha a trilha na margem direita, a vegetação mudava de característica a todo o estante. O que chamou mais a atenção de Fael e Graziela foi um trecho da trilha, margeado por bambus, formando um túnel natural. Após 35 minutos de caminhada, na trilha principal, Fael e Graziela visualizaram umas casas, chegando à portaria de Petrópolis. Uma das residências chamou a atenção dos dois por ter, em sua varanda, uma maquete das trilhas principais do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO. Um funcionário do parque aproximou e os cumprimentaram, perguntando se os dois vieram de Teresópolis/RJ. Após a confirmação, Fael foi ajustar a mochila e Graziela foi se hidratar. Nesse período, Fael interrompeu um casal e um segurança do parque que estavam dialogando e perguntou onde pega o ônibus em direção ao Centro da cidade. Adiantando a conversa, o casal perguntou se o mesmo não queria uma carona, pois eles iam passar por lá. Sem recusar a gentileza, Fael chamou Graziela e os dois seguiram com um casal, em um Renaut Sandero, em direção ao centro do município de Petrópolis/RJ. # - O imprevisto do Couchsurfing e a Salvação em Bingen. Saindo do bairro do Bomfim começa a chover com forte intensidade. Fael e Graziela resenharam com o casal, que fazem trilhas também. Inclusive o rapaz morou alguns anos no Estado da Bahia, precisamente no município de Lençóis/BA. As 17:50, Fael e Graziela chegaram ao centro de Petrópolis/RJ, debaixo de uma forte chuva. Despedindo do casal, Fael tentou entrar em contato com uma moça, que ia hospedar Graziela e ele em sua residência, após ter feito o pedido no site do Couchsurfing (http://www.couchsurfing.com), porém as mensagens não eram visualizadas pela garota. Sem muitas alternativas, Fael resolveu ligar para a garota e caía na caixa de mensagem. Anoitecendo, Fael e Graziela foram até um terminal central, decidindo seguir até a rodoviária do município. As 18:40 os dois embarcaram no ônibus da linha 100: Rodoviária (Bingen). A passagem custou um valor de R$ 3,50 (por pessoa) e o percurso foi por quase 30 minutos. Por volta das 19:10, Fael e Graziela chegaram ao terminal Bingen ou Rodoviária de Petrópolis. Administrada pela Sinart, a mesma empresa do município de Salvador/BA, a rodoviária parece ser bastante organizada. No local há um espaço para banho, que custa o valor de R$ 7,00 (por pessoa). Fael e Graziela estavam muito sujos de terra e lama, devido a chuva no final da trilha, algumas pessoas os observaram, achando estranho. Pós-banho, Fael e Graziela foram até o guinche da empresa Única /Fácil, que faz a linha Petrópolis/RJ x Rio de janeiro/RJ. Os dois compraram a passagem para o horário das 20:20, cada uma custou o valor de R$ 23,65. Nesse mesmo momento Fael recebe uma mensagem da moça do Couchsurfing, pedindo desculpas e argumentando que um familiar sofreu uma grave complicação em sua saúde e precisou se internar em um hospital, necessitando de apoio familiar. Fael e Graziela agradeceram pela atenção da moça e respondeu dizendo que estava tudo bem, que a trilha foi ótima e que estavam na rodoviária esperando o ônibus para embarcar. Despedindo da moça os mesmo foram em direção a cidade do Rio de Janeiro/RJ, com o percurso feito em uma hora, partindo do município de Petrópolis/RJ. # - Terminal Novo Rio x Aeroporto do Galeão (GIG). No terminal do Novo Rio, Fael e Graziela almoçaram e em seguida foi até a frente da rodoviária para pegar o ônibus. Por sorte o ônibus da empresa Autobus, conhecido como frescão, não demorou e os dois embarcaram, pagando o valor de R$ 14,00 (por pessoa). As 22:10 Fael e Graziela chegaram no Galeão, aproveitaram para fazer o check in e se acomodaram nas cadeiras, a espera do amanhecer para embarcar para o município de Salvador/BA (SSA-BA). No final os dois se “deitaram” nas cadeiras e acordaram no inicio da manhã. Fael tomou algumas quedas quando mudava a posição enquanto dormia. - Rio de Janeiro, 27 de março de 2016. Domingo. # - Terminal Novo Rio x Aeroporto do Galeão (GIG) x Aeroporto 2 de Julho (SSA). O avião, da empresa TAM, decolou as 08:00 da manhã, pousando no Aeroporto Dois de Julho (SSA) por volta das 10:10, em uma viagem tranquila e confortável.
  8. Oi pessoal. Ao longo do 1º semestre de 2000 tivemos uma greve na Faculdade em que eu estudava que se prolongou por alguns meses e com tempo disponível no trabalho, decidi fazer uma caminhada. Chamei o Marcos e o Sérgio e resolvemos marcar a travessia da Serra dos Órgãos para o início de Agosto. Tínhamos a pretensão de fazer em 3 ou 4 dias, mas não conhecíamos nada sobre a travessia e com o retorno das aulas ainda incerto, o Ronaldo se mostrou disposto a embarcar junto com sua namorada na trip. Fotos, mapas e croquis: O Marcos e o Sérgio eram velhos conhecidos de faculdade (até tínhamos feito algumas trilhas juntos) e o Ronaldo eu tinha conhecido naquele semestre, mas parecia que estava disposto a caminhar por vários dias, assim como a sua namorada (no final não aconteceu isso). Peguei algumas anotações do livro Caminhos da Aventura do Sérgio Beck e também da extinta Revista Família Aventura e sem necessidade de reserva para a travessia junto do PN, lá fomos nós. Na noite do dia 12 de Agosto todos nós 5 (eu, o Marcos, o Sérgio, o Ronaldo e a namorada dele - não consigo lembrar o nome dela) nos encontramos na Rodoviária do Tietê para embarcar em direção a Petrópolis no horário das 23:00 hrs. O tempo até que estava relativamente bom e a viagem foi tranquila. Na madrugada o ônibus fez uma parada no Shopping Graal em Resende e pouco antes das 06:00 hrs estávamos chegando na Rodoviária de Petrópolis. Só foi descer do ônibus e já fomos atrás do circular que seguia para o Terminal Correas e ele até que não demorou muito para sair. O ônibus seguiu quase que vazio, mas foi lotando ao longo do caminho e como era Domingo encontramos muita gente que estava voltando da balada e conversando com alguns passageiros, ficamos sabendo que no dia anterior tinha chovido muito durante a noite e dava para ver que em vários pontos da serra a neblina encobria tudo. O percurso até o Terminal Correas foi rápido e uns 30 minutos depois já estávamos tomando um outro circular, agora para o Bairro do Bonfim que nos deixaria no vale que dá acesso a portaria do Parque Nacional. Logo que descemos no ponto final, já arrumamos nossas mochilas e preparamos para começar a subida do vale até a portaria. Esse trecho é todo feito subindo por uma estrada de terra e conforme íamos subindo, a neblina ao redor dos picos ia se dispersando prometendo um dia de muito Sol. Ao longo da subida, enquanto ganhávamos altitude, de vez em quando o Rio do Bonfim aparecia à esquerda ou à direita e em algumas das bifurcações tivemos de perguntar qual caminho seguir até a portaria e por volta das 07:30 hrs chegamos. Aqui tivemos de assinar o Termo de Responsabilidade, colocando os nomes de todas as pessoas que iriam fazer a travessia e fomos avisados de algumas normas do parque. Enchemos também nossos cantis em uma torneira ao lado, mas que se revelou desnecessário, pois até o Ajax, água de qualidade não é tão difícil encontrar. Nesse primeiro dia tínhamos a pretensão de chegar até pelo menos o Ajax ou até um pouco mais. Depois que passamos a portaria, a trilha vai seguindo paralelamente ao Rio Bonfim à esquerda e com isso não ganhávamos muita altitude nesse trecho. Depois de quase 1 hora de caminhada chegamos a uma bifurcação que leva até a Gruta Presidente. Se seguíssemos em frente a trilha seguiria até o Morro do Açú, mas resolvemos virar na bifurcação para conhecer a Gruta, que estava toda pichada. Seguindo a mesma trilha que passa pela Gruta Presidente em cerca de 10 minutos se chega na Cachoeira Véu da Noiva. Clics da cachoeira e logo em seguida voltamos para a trilha principal para seguirmos serra acima e daqui para frente a trilha toma um rumo ascendente muito forte e fomos parando em vários momentos, mas apreciando o belo visual do Vale do Rio Bonfim que vai ficando para trás. Depois de mais de 1 hora chegamos na Pedra do Queijo, onde paramos por um certo tempo para descansar. Daqui a trilha se torna menos íngreme, mas o Sol nos castigava a todo momento, porque a caminhada é sempre em campo aberto. Desse ponto em diante, já conseguíamos ver a crista da serra onde chegaríamos no final da tarde e depois de passar por um trecho de vegetação alta, tínhamos novamente um outro vale, do lado esquerdo e o Ajax logo à frente à direita. Ao lado do Ajax existe um ponto de água potável, do lado esquerdo, sendo um bom lugar para reabastecer. Mais 1 hora desde a Pedra do Queijo e junto do Ajax, vimos uma longa subida íngreme até a crista e só de olhar a inclinação dá para desistir, mas ainda era cedo demais, então resolvemos seguir em frente. Normalmente da portaria até o Ajax o pessoal chega a fazer em 4 horas de caminhada. Passado esse trecho de subida íngreme, já planejávamos chegar no Açú, mas não contávamos com a neblina (mais conhecida como ruço - se escreve com ç mesmo) que chegou assim que terminamos a subida. Eu e o Marcos resolvemos deixar nossas mochilas e fomos seguindo pelo chapadão na direção do Morro do Açú para ver quanto tempo ainda tínhamos de caminhada, mas tava arriscado, já que a visão estava prejudicada pela neblina. Era por volta de 16:00 hrs e resolvemos voltar para o lugar onde o pessoal estava e acampar por lá mesmo. Segundo anotações do Sérgio Beck, o local é conhecido como Isabeloca e nesse primeiro dia tínhamos vencido um desnível de mais de 1000 mts. Se não fosse o ruço até poderíamos ter avançado um pouco além, mas já era o suficiente para o dia. Achamos uma clareira com antigos vestígios de uma fogueira e resolvemos montar as barracas. Só havia um pequeno problema: tínhamos pouca água e seguir até o Açú, onde havia água, estava fora de questão; o jeito seria descer até um pouco abaixo e procurar águas nos pequenos vales, voltando em direção ao Ajax. Achamos um pequeno filete de água na subida da crista e ali todos nós se abastecemos para o jantar. Voltamos para as barracas e de vez em quando o tempo abria e conseguíamos ter vistas a oeste e ao norte, mas a leste e ao sul, o ruço ainda continuava impedindo a visão. Nessa noite até que não ventou tanto assim, mas o frio foi muito forte, chegando até a criar uma crosta de gelo nas barracas e nos fogareiros que deixamos fora das barracas, mas o frio foi muito forte chegando a temperatura de -3 ºC. Continua
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